GEC_2018_PT

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stamos a entrar numa nova fase em que as organizações necessitam de ser diferentes e de utilizar novas estratégias – disruptivas muitas delas – para continuarem a ter sucesso e as novas normas são um importante e necessário apoio que elas valorizam por contraste com uma certa estagnação da ISO 9001 (Qualidade) que foi (ainda é) o grande motor da globalização do comércio mundial. A análise dos dados aponta nesse sentido.

dade enfatiza a importância da conciliação entre a vida profissional e a familiar que preconiza na relação laboral moderna. O artigo sobre a NP ISO 37001 – Sistemas de Gestão Anticorrupção apresenta às organizações a importância da prevenção e combate à corrupção. Portugal, no seu todo, está seguramente necessitado. A multiplicidade de normas existentes pode ser um importante aliado para a Agenda 2030 (Objectivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas como nos refere o autor. A ler, com atenção, o estudo WSQ (World State of Quality) que publicamos e que é um bom contributo para entender o “estado da qualidade” em 110 países. Fechamos a edição com a publicação do relevante e habitual Barómetro da Certificação. A juntar ao reconhecimento que faço anualmente aos autores, organismos certificadores e empresas participantes que em muito contribuem para a edição do GEC, quero manifestar o meu especial agradecimento ao Eng. Ricardo Fernandes (IPQ), que nos deixou recentemente, e que, desde a primeira hora, foi um incondicional apoiante do GEC, quer participando em várias edições, quer na divulgação que é feita no IPQ ao longo do ano. Obrigado!

Esta edição caracteriza-se, essencialmente, pela diversidade e actualidade de conteúdos. A Secretária de Estado para a Cidadania e Igual-

Luís Morais Editor

A grande sofisticação do mundo actual está a provocar uma incessante e voraz procura pela diferenciação, que se traduz, igualmente, em estratégias de inovação suportadas nas novas tecnologias e na gestão da informação que permitem soluções de customização sem precedentes. Estas novas abordagens estão a ser facilitadas por normas específicas, como a gestão de energia, do risco, da segurança (alimentar ou de outra ordem), da saúde no trabalho, de Sistemas de gestão anticorrupção, de normas para serviços hospitalares, farmacêuticos, entre muitas outras. O número não pára de crescer!

E Nota: Texto escrito segundo a ortografia tradicional

N OTA D O E D I TO R |

NOVAS ABORDAGENS


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NOTA DO EDITOR p. 3

FICHA TÉCNICA DIRETOR Luís Morais (luis.morais@cempalavras.pt) COORDENAÇÃO EDITORIAL Graziela Afonso (grazielaafonso@infoqualidade.net) APOIO EDITORIAL Paula Braga (paula.braga@cempalavras.pt) PROJETO GRÁFICO Paulo Sousa PRODUÇÃO GRÁFICA Ana Mendes Patrícia Gonçalves FOTOGRAFIA iStock PUBLICIDADE T 218 124 752 / 218 141 574 E comercial@cempalavras.pt

ÍNDICE AGRADECIMENTOS Rosa Monteiro Catarina Cubo Marco Reis João Luís Ferreira José Luís Graça Mónica Cabecinhas Paulo Sampaio Pedro Domingues Pedro Saraiva Organismos Oficiais Entidades Certificadoras Empresas participantes

DEPÓSITO LEGAL 236 645/05

ENTIDADES p. 12 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS p. 18 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO: CONTEXTO MUNDIAL, ASIÁTICO, AMERICANO, EUROPEU E NACIONAL P. 26 A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA P. 44 PAÍSES EM DESTAQUE: CROÁCIA E REPÚBLICA CHECA P. 54

MORADA Av. Almirante Reis, 114 - 2.º C, 1150-023 LISBOA T +351 218 141 574 / 218 124 752 F +351 218 142 664 E geral@cempalavras.pt S www.cempalavras.pt F www.facebook.com/bycempalavras

WORLD STATE OF QUALITY UMA ABORDAGEM PIONEIRA PARA AVALIAR A QUALIDADE P. 60

TIRAGEM 10.000 exemplares

PERIODICIDADE Anual

EMPRESAS E ORGANISMOS PARTICIPANTES p. 10

PROPRIETÁRIA Cempalavras – Comunicação Empresarial, Lda

IMPRESSÃO Grafisol – Artes Gráficas

DISTRIBUIÇÃO Gratuita

ENTREVISTA – SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE, ROSA MONTEIRO p. 6

É interdita a reprodução total ou parcial por quaisquer meios de textos, fotos e ilustrações sem a expressa autorização do editor. Publicação registada no INPI.

NP ISO 37001:2018 UMA NORMA PARA EDIFICAR SISTEMAS DE GESTÃO ANTICORRUPÇÃO P. 66 AGENDA 2030 CONTRIBUTO DA NORMALIZAÇÃO PARA O SEU CUMPRIMENTO P. 70 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 P. 74 LISTAGEM GERAL DE EMPRESAS, SERVIÇOS E PRODUTOS CERTIFICADOS P. 82


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6 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

GRAZIELA AFONSO Jornalista

ENTREVISTA SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE, ROSA MONTEIRO No cargo desde Outubro de 2017, Rosa Monteiro tem dedicado a sua vida ao estudo das mulheres e às questões da igualdade de género e cidadania, quer enquanto docente e investigadora quer como técnica especialista, tendo agora pela frente o objectivo de promover a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar junto do mercado de trabalho e da sociedade em geral. Um objectivo plasmado em programa e apresentado no dia 5 de Dezembro: o Programa 3 em Linha que, como nos refere, visa a transformação cultural para a conciliação e efectiva igualdade entre mulheres e homens. Sublinha ainda que as organizações têm desde já ao seu dispor um sistema de gestão da conciliação baseado na norma NP 4552:2016, que poderão implementar e ver certificado.

No início de Dezembro foi apresentado um programa que visa contribuir para a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar. Este é um objectivo deste governo? Sim, a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar foi assumida por este governo desde o início e enquanto condição de efectiva igualdade entre mulheres e homens. A Agenda para a Igualdade no Mercado de Trabalho e nas Empresas, lançada em 2015, incluiu expressamente a conciliação como umas das suas cinco áreas prioritárias, a par do combate à discriminação salarial, da promoção da representação equilibrada na tomada de decisão, da promoção da protecção na parentalidade e do combate à segregação sexual nas profissões. Já interviemos em todas as áreas através, designadamente, da proposta que deu origem à Lei n.º 62/2017, de 1 de Agosto – que estabelece o regime da representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração e de fiscalização das entidades do sector público empresarial e das empresas cotadas em bolsa –, e da proposta que deu origem à Lei n.º 60/2018, de 21 de Agosto, sobre igualdade salarial entre mulheres e homens. Criámos também projectos capazes de combater a segregação das profissões, especialmente a reduzida participação de raparigas e mulheres nas áreas tecnológicas, como por exemplo o projecto-piloto “Engenheiras por um dia”, que foi lançado em 2017 e que em 2018 contou com a participação de 35 escolas, mais de 20 empresas e 10 universidades. Sabendo que a realização plena da igualdade no mercado de trabalho e na vida exige condições que garantam que mulheres e homens possam efectivamente exercê-la, o governo lançou no início de Dezembro o “3 em Linha – Programa para a Conciliação da Vida Profissional, Pessoal e


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Portugal já tem normas nesta área – a NP 4522:2014 para diagnóstico e a NP 4552:2016 para implementação de um sistema de gestão da conciliação certificável. Vão estas ser tidas em conta no âmbito do Programa 3 em Linha? O programa 3 em Linha assenta na mobilização de todas as esferas da nossa sociedade para esta transformação cultural para a conciliação. Por isso, para além de outros, construímos o projecto “Pacto para a Conciliação” em parceria com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial, que conta já com a adesão voluntária de 47 organizações que assumem o compromisso de implementarem um sistema de gestão da conciliação baseado na NP 4552:2016, podendo posteriormente obter a respectiva certificação acreditada. Este conjunto de organizações inclui 21 serviços de organismos da administração pública central e empresas públicas, 11 câmaras municipais e 15 empresas privadas, sendo possível outras organizações aderir visto tratar-se de um projecto aberto. Devo dizer que este projecto tem um significado único porque reflecte, por parte destas organizações, a assunção da conciliação como critério estratégico de gestão e também o seu reconhecimento de

que o futuro, o crescimento e o desenvolvimento sustentável exigem trabalhadores/as plenamente realizados/as em todas as dimensões das suas vidas, dando origem a organizações mais igualitárias, equilibradas, responsáveis e competitivas. Essas normas, embora existissem, não estavam a ser utilizadas (à excepção da empresa Pfizer), pelo que durante o segundo semestre de 2018 definimos os requisitos para a acreditação das respectivas entidades certificadoras, com a colaboração do Instituto Português da Qualidade (IPQ) e do Instituto Português de Acreditação (IPAC). Que expectativas tem quanto à adesão de mais organizações à implementação de sistemas de gestão da conciliação segundo a NP 4552:2016? Específicas de algum sector de actividade ou de alguma dimensão em particular? É com enorme satisfação que vejo as minhas expectativas iniciais já em muito excedidas. O número de organizações que já se associou ao Pacto para a Conciliação, do sector público e privado, de diferentes dimensões e dos mais variados sectores de atividade, é bem revelador do reconhecimento da mais-valia e exigência estratégica da conciliação como critério de gestão. As expectativas que tenho agora são relativas ao efeito mobilizador deste projecto. Espero ver chegar a altura em que ter um sistema de gestão da conciliação passe a ser parte imprescindível dos processos internos de qualquer organização. Porque sabem que este é um investimento com retorno, não só para as próprias organizações como para a sociedade. Vai existir algum tipo de incentivo junto das empresas e entidades públicas? No sentido de apoiar as organizações neste pro-

PERFIL . ROSA MONTEIRO Licenciada em Sociologia e com mestrado em Famílias e Sistemas Sociais, doutorou-se em Sociologia do Estado, Direito e Administração, com uma dissertação intitulada “Feminismo de Estado em Portugal: mecanismos, estratégias, políticas e metamorfoses”. Além de docente universitária, é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no Núcleo de Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades. É perita em Igualdade de Género e estudos sobre as mulheres, reconhecida pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género. Foi técnica especialista para a área da igualdade de género e cidadania no gabinete do ministro adjunto entre 2015 e Outubro de 2017, altura em que assumiu o cargo de secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

E N T R E V I S TA – S E C R E TÁ R I A D E E S TA D O PA R A A C I D A D A N I A E A I G U A L D A D E , R O S A M O N T E I R O |

Familiar”, o qual convoca a sociedade para uma transformação cultural nas práticas organizacionais e nos comportamentos. Visando promover escolhas livres em todas as esferas da vida, este programa assenta numa efectiva igualdade entre mulheres e homens, numa distribuição igualitária do trabalho doméstico e familiar, bem como no reconhecimento de que a conciliação é promotora de bem-estar, produtividade e sustentabilidade demográfica. Esta é, aliás, uma questão também prioritária na agenda da UE, como resultado do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, que a assume como condição justa de trabalho.


8 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

cesso, o programa 3 em Linha prevê a abertura, durante o ano de 2019, de uma linha de apoio financeiro para PME e outra para serviços e organismos da administração pública que pretendam implementar os requisitos da NP 4552:2016 e obter a certificação acreditada do seu sistema de gestão. VALIAS DA NP 4552:2016 Concretamente, quais os requisitos da NP 4552:2016 que mais valoriza para a resolução ou minimização dos entraves à conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar? E que vantagens releva daí para as organizações? A NP 4552:2016 traz uma vantagem incontestável ao visar a implementação de processos que passam a fazer parte do funcionamento das próprias organizações em matérias como organização do trabalho, apoio profissional e desenvolvimento pessoal, equipamentos, serviços e benefícios. Para isso, a norma exige a realização de um diagnóstico inicial que permita conhecer a organização e o respectivo contexto. Com base neste diagnóstico, são definidos objectivos, metas e indicadores para a conciliação, devendo as organizações elaborar uma Política de Conciliação, definir um plano de ação e garantir a capacitação das suas equipas e a avaliação da satisfação das partes interessadas com o sistema de gestão. Nesta base, são posteriormente realizadas auditorias internas e preparado o processo de auditoria externa conducente à certificação acreditada do sistema de gestão implementado, a ser atribuída por entidades certificadoras acreditadas para o efeito pelo IPAC. Não posso deixar de realçar ainda dois outros aspectos. Por um lado, a participação dos/as trabalhadores/as em todas as fases do processo, desde a identificação das suas necessidades e expectativas ao seu envolvimento no planeamento operacional e na avaliação da eficácia dos

programas. Por outro lado, o facto de este ser um processo que respeita as especificidades de cada organização. Não se faz pela imposição de soluções únicas, mas pela procura das soluções mais adequadas a cada realidade. A NP 4552:2016 permite, por isso, que a conciliação passe a ser objectivo que deve ser respondido e avaliado de forma permanente e não através de medidas ad hoc adoptadas sem enquadramento específico. Ainda que muitas organizações já desenvolvam medidas promotoras da conciliação, falta esta componente essencial de processo e que é garantia de sustentabilidade das medidas e respectivos impactos. Que outras iniciativas poderão vir a ser realizadas no contexto da conciliação e sua promoção, quer junto das organizações quer da sociedade em geral? Como referi, o 3 em Linha é um programa que mobiliza toda a sociedade. É um programa aberto, que queremos que esteja em constante evolução. Nesta base, e sem pretender ser exaustiva, deixo apenas a nota de que o programa assenta em quatro eixos: • EIXO 1 – (Im)Pacto para a conciliação, que agrega medidas que mobilizam diferentes tipos de entidades empregadoras para o desenvolvimento de práticas promotoras da conciliação e para sua difusão. • EIXO 2 – Conciliar na Administração Pública, que agrega medidas que representam o compromisso da administração pública central e local com a promoção da conciliação. • EIXO 3 – Equipamentos, serviços e incentivos para a conciliação, que agrega instrumentos que favorecem a conciliação, nomeadamente, no domínio do cuidado, da educação, dos transportes e da saúde. • EIXO 4 – Conhecer para conciliar, que agre-

ga medidas que conduzem à produção de conhecimento e à sua divulgação, susceptíveis de apoiar o desenvolvimento de novas acções. Aproveito para convidar todas as organizações a contribuírem para a implementação e desenvolvimento do programa 3 em Linha, para que esta transformação aconteça e em resultado de um compromisso verdadeiramente colectivo. Por último, como se enquadram as várias iniciativas na Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030? E como pode esta ajudar a mudar algo na sociedade portuguesa? A Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 – “Portugal + Igual” assume a promoção da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar como seu objectivo estratégico, a par das demais áreas prioritárias da Agenda para a Igualdade no Mercado de Trabalho e nas Empresas, no âmbito do Plano de acção para a igualdade entre mulheres e homens 2018-2021. O 3 em Linha é a concretização desse objectivo estratégico, enquanto dimensão fundamental do compromisso deste governo com uma intervenção estruturante nas várias dimensões das desigualdades entre mulheres e homens no mercado de trabalho. Este desígnio integra-se numa estratégia abrangente e a longo prazo para a prevenção e o combate às várias manifestações da discriminação em razão do sexo em diferentes esferas, desde a governança ao mercado de trabalho, educação, ensino superior e desenvolvimento científico e tecnológico, saúde, cultura e comunicação social, passando pelo combate à pobreza e à exclusão social. O 3 em Linha visa uma acção concertada e multinível para um desenvolvimento sustentável baseado numa igualdade substantiva e transformativa entre mulheres e homens. Nota: Texto escrito segundo a ortografia tradicional


SISTEMA DE GESTÃO DA CONCILIAÇÃO ENTRE A VIDA PROFISSIONAL, FAMILIAR E PESSOAL

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WWW.SGS.PT

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PT.INFO@SGS.COM

NP 4

808 200 747

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Organismo de

Certificação


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EMPRESAS E ORGANISMOS PARTICIPANTES

p. 5 APCER Associação Portuguesa de Certificação


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CERTIF Associação para a Certificação

p. 21 SGS ICS ­– Serviços Internacionais de Certificação

FUTURO – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA

p. verso de contracapa (DQS Portugal) Sercert Serviços de Certificação, Lda.

p. 23 LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão Resíduos do Grande Porto

p. 37 EIC Empresa Internacional de Certificação

p. 9

p. 41 SINASE, LDA.

p. 13 RELACRE – Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal

p. 29 TÜV – Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda.

E M P R E S A S E O R GA N I S M O S PA R T I C I PA N T E S |

p. verso de capa


ENTIDADES |

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IPQ – Instituto Português da Qualidade O IPQ é um instituto público dotado de personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira e património próprio, sujeito à tutela da Economia, com a sua Lei Orgânica definida no Decreto-Lei n. 71/2012, de 21 de março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. 80/2014, de 15 de maio, bem como nos Estatutos estabelecidos na Portaria n. 23/2013, de 24 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n. 258/2014, de 12 de dezembro. Tem por missão a coordenação do Sistema Português da Qualidade (SPQ) e de outros sistemas de qualificação regulamentares que lhe forem conferidos por lei, o licenciamento de equipamentos sob pressão, cisternas e motores e a promoção e coordenação de atividades que visem contribuir para demonstrar a credibilidade da ação dos agentes económicos, e outras decorrentes das suas responsabilidades enquanto Organismo Nacional de Normalização e de Instituição Nacional de Metrologia. Enquanto enquadramento legal para os assuntos da Qualidade, ao nível nacional, no domínio voluntario, o SPQ integra as entidades e organizações que, seguindo princípios, regras e procedimentos aceites internacionalmente, congregam esforços para a dinamização da qualidade em Portugal, no âmbito dos subsistemas da normalização, da metrologia e da qualificação, com vista ao desenvolvimento sustentado do país e ao aumento da qualidade de vida da sociedade portuguesa em geral.

Sede Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA T +351 212 948 100 F +351 212 948 101 E ipq@ipq.pt S www.ipq.pt Ano de Fundação 1986 Número de Colaboradores 113 Presidente António Mira dos Santos Vogais Ana Ramalho Lídia Jacob

IPAC – Instituto Português de Acreditação O IPAC – Instituto Português de Acreditação, I.P., é o organismo nacional de acreditação, e rege-se pelo Decreto-Lei 81/2012 de 27 de março. É membro das estruturas federativas de organismos de acreditação, nomeadamente europeias (EA – Cooperação Europeia para a Acreditação) e internacionais (ILAC – Conferência Internacional para a Acreditação de Laboratórios e IAF – Fórum Internacional para a Acreditação). MISSÃO › Tem por missão reconhecer a competência técnica dos agentes de avaliação da conformidade atuantes no mercado, de acordo com referenciais normativos pré-estabelecidos, gerindo o sistema nacional de acreditação e integrando-o nos acordos de reconhecimento mútuo europeus e internacionais (EA, ILAC e IAF). Desta forma, o IPAC dota o Estado e a Sociedade portuguesa de uma ferramenta de racionalização, desenvolvimento e competitividade.

Sede Rua António Gião, 2 – 4.º 2829-513 CAPARICA T +351 212 948 201 F +351 212 948 202 E acredita@ipac.pt S www.ipac.pt Ano de Fundação 2004 Número de Colaboradores 26 Número de Clientes 787 Presidente Leopoldo Cortez Vice-Presidente Paulo Tavares


Eventos Events

Comissões Técnicas e Sectoriais Technical and Sectorial Committees

Ensaios de Aptidão Proficiency Testing

Assessoria Técnica e Auditorias Technical Assessment and Audits

Formação Training

Certificação de Pessoas Certification of Persons l

l

Técnicos de Ensaios Não Destrutivos Non-Destructive Testing Technicians Técnicos de Colheita de Amostras de Água de Consumo Drinking Water Sampling Technicians

EVIDENCIE AS COMPETÊNCIAS DOS SEUS RECURSOS HUMANOS EMPOWER THE SKILLS OF YOUR HUMAN RESOURCES

www.relacre.pt | geral@relacre.pt

TÍTULO DD CAPÍTULO |

LABORATORIES, SAFETY AND QUALITY OF LIFE

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OS LABORATÓRIOS, A SEGURANÇA E A QUALIDADE DE VIDA


ENTIDADES |

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APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade Principais Áreas de Atividade Formação Inter e Intra Empresas; E-learning; Webinars; Projetos de Desenvolvimento Organizacional; Realização de Eventos (Congressos, Colóquios, Seminários, Jornadas, Sessões de Networking); Revista Qualidade; Revista TMQ; Site Publicações; Estruturas Dinamizadoras da Qualidade; ONS – Organismo de Normalização Setorial; Níveis de Excelência da EFQM; Certificação EQUASS Assurance; Projetos em Parceria (Observatório Nacional de Recursos Humanos, ECSI Portugal); Representações Internacionais (EOQ – European Organization for Quality; ASQ – American Society for Quality; EFQM – European Foundation for Quality Management; FUNDIBEQ – Fundación Iberoamericana para la Gestión de la Calidad; EPR – European Platform for Rehabilitation).

Sede Rua Carlos Alves N.º 3, Pólo Tecnológico de Lisboa 1600-515 LISBOA T +351 214 996 210 F +351 214 958 449 E geral@apq.pt S www.apq.pt Ano de Fundação 1969 Presidente da Direção Francisco Frazão Guerreiro Número de Associados 1490 (Coletivos e Individuais) Secretário-Geral Fernando Reis

APCER – Associação Portuguesa de Certificação Referenciais de Certificação Certificação: Qualidade (ISO 9001, ISO/TS 16949, ISO 13485, ISO 10667-2, NP 4427, NP 206, PSO – Process Standard Offset); Ambiente (ISO 14001, ISO 20121, EMAS, SEVESO, CELE, MRV, UNE 150301, Ver. Rel. de Sustentabilidade PCIP); Seg. e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001 e ISO 45001); Seg. Alimentar (ISO 22000, HACCP, BRC, IFS, MSC, GLOBALGAP, FSSC 22000, APCER 5001, APCER 3002, APCER 3011, Recom. ERSAR nº 2/2011); Responsabilidade Social (SA 8000, NP 4469, EFR); Energia (ISO 50001); Gestão do Risco (ISO 22301, ISO 55001, ISO 37001); Gestão Florestal (NP 4406, CdR PEFC, CdR FSC); Inovação (NP 4457); Tecnologias de Informação (ISO/IEC 20000, ISO/IEC 27001, Digital Trust Services); Serviços (NP 4413, NP 4444, NP 4445, NP 4492, NP 4494, Respostas Sociais, SQAS, APCER 3006-I, APCER 3006-II, Qualicities, QWeb); Marcação CE (Prod. de Const., Elevadores e Equip. de Medição); Certificação de Produto e Certificação de Pessoas; Auditoria & Inspeção (audit. a fornecedores, códigos de conduta BSCI, SEMEX, entre outros); Educação e Formação (form. contínua p/ ativos, form. pós-graduada e form. para executivos).

Sede O’Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430 – 1º 4150-074 PORTO T +351 229 993 600 F +351 229 993 601 E info@apcer.pt S www.apcergroup.com Ano de Fundação 1996 CEO Eng.º José Leitão Número de Certificados Emitidos 6603 (até 30/09/2018)

BUREAU VERITAS Certification Referenciais de Certificação/Verificação de Conformidade Sistemas de Gestão: Qualidade (ISO 9001) | Ambiente (ISO 14001; EMAS) | Hig. Saúde e Segurança (NP 4397; OHSAS 18001; SCC) | Rec. Humanos (NP 4427) | Inv., Desenv. e Inovação (NP 4457) | Resp. Social (NP 4469-1; SA 8000; ISO 26000) | Resp. Sociais | Seg. da Informação (ISO 27001) | Gestão de Serviço IT (ISO 20000) | Sector Automóvel (ISO TS 16949) | Aeroespacial (AS 9100; AS 9110) | Alimentar (FSSC 22000; ISO 22000; HACCP; BRC; IFS; HACCP-Codex) | Florestal (FSC; PEFC) | Gestão do Risco (ISO 31000) | Call Center (EN 15838) | MSC (Cadeia de Resp. nas Pescas) | Energia (ISO 50001) | Systecode e Systecode Premium (Código de Boas Práticas Rolheiras); Relatórios de Sustentabilidade; Continuidade do Negócio (ISO 22301); Produtos / Serviços: Serviço de Man. de Extintores (NP 4413; NP4513) | Serviço de Tradução (EN 15038) | Andaimes (EN 12810) | Controlo Prod. de Betão (NP206-1); Marcação CE: Estruturas Metálicas (EN 1090); Agregados, Misturas Betuminosas; Execução de Est. de Aço e Alumínio; Auditorias de 1.ª Parte e 2.ª Parte (Cód. de Conduta; Aud. a Fornecedores; Cliente mistério).

Sede Rua Laura Ayres, n.º 3 1600 - 510 LISBOA T +351 217 100 970 F +351 217 100 971 E certification.portugal@ pt.bureauveritas.com S www.bureauveritas.pt Ano de Fundação 1999 Diretor Geral Bureau Veritas Certification Eng.ª Patrícia Franganito Número de Certificados Emitidos 1223


Sede Rua José Afonso, 9E 2810-237 ALMADA T +351 212 586 940 F +351 212 586 959 E mail@certif.pt S www.certif.pt Ano de Fundação 1998 (início de atividade: 1999) CEO Francisco Barroca Número de Certificados Emitidos 2540 até 30 setembro 2018

DNV GL – Business Assurance Referenciais de Certificação › ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 › IATF 16949; 2016 para Indústria Automóvel › UN para Sustainable Development Projects › IFS / BRC / GMP para Segurança Alimentar Acreditações RvA | ENAC | IATF | SINCERT | DAKKS

Sede Av. Infante Santo, n.º 43 – 1.º D 1350-177 LISBOA T +351 213 929 305 F +351 213 977 547 E carlos.cavaco@dnvgl.com S www.dnvgl.es Ano de Fundação 1864 (Fund. DNV) 1970 (Port) CEO Portugal Paulo Viana CEO DNV GL Group Remi Eriksen

DQS Portugal Referenciais de Certificação Qualidade: ISO 9001, DQS-Best; Sector Automóvel: IATF 16949, VDA 6.1/6.2/6.4, SPICE (ISO 15504); Ambiente e Energia: ISO 14001, ISO 16001, ISO 50001, EMAS, CO2-Footprint; Saúde e Segurança no Trabalho: OHSAS 18001, ISO 45001; SCC/SCP; Segurança Sistemas Informação: ISO 27001, ISO 20000-1; Responsabilidade Social: SA 8000, ISO 26000, BSCI; Segurança e Higiene Alimentar: ISO 22000, FSSC 22000, HACCP, EN 15593, IFS, BRC; Aeroespacial: EN/AS 9001/9110/9120; Dispositivos Médicos: ISO 13485, Diretiva 93/42/EEC, ISO 15378; Petróleo, Petroquímica, Gás Natural: ISO TS 29001, HSE, RC 14001; Indústria Ferroviária: IRIS; Telecomunicações: TL 9000; Business Excellence: IBEC, DQS-TIP, Risk Management, BS 25999; EuRA Quality Seal.

Sede Avenida João Crisóstomo 30, 5.º 1050-127 LISBOA T +351 963 038 407 F +351 213 303 733 E info@dqs-portugal.com S www.dqs-portugal.com Ano de Fundação 2009 Office Coordinator António Feio

ENTIDADES |

Referenciais de Certificação Certificação de Produtos | Certificação de Serviços | Certificação do Serviço da Empresas que executam atividades de instalação, reparação, manutenção ou assistência técnica e desmantelamento de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham gases fluorados com efeito de estufa em conformidade com o Regulamento (UE) nº 517/2014, Regulamento de Execução (UE) 2015/2067 e com o Decreto-Lei nº 145/2017 | Certificação de Processos | Certificação do Processo de Controle da Produção de Betão | Certificação de Software | Certificação de Pessoas | Certificação de Sistemas de Gestão: Qualidade (ISO 9001); Ambiente (ISO 14001); Segurança Alimentar (ISO 22000); Segurança e Saúde do Trabalho (NP 4397; OHSAS 18001; ISO 45001); Energia (ISO 50001); Sector Automóvel (ISO TS 16949); Inv., Des. e Inovação (NP 4457); | Cert. HACCP – Códex Alimentarius | Certificação do Sistema de Boas Práticas de Fabrico de Cosméticos (ISO 22716) | Marcação CE: Regulamento Prod. da Construção

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CERTIF – Associação para a Certificação


ENTIDADES |

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EIC – Empresa Internacional de Certificação Referenciais de Certificação Sistemas de Gestão: Acessibilidades; Ambiente; Continuidade de Negócio; Energia; Eventos Sustentáveis; Formação Profissional; FSSC; IDI; Qualidade; Recursos Humanos; Responsabilidade Social; Segurança Alimentar; Segurança da Informação; Segurança e Saude do Trabalho; Serviços de Tecnologia de Informação; Verificação Ambiental EMAS. Produtos: Betão; Cabos de Amarração; Combustíveis Derivados de Resíduos; Luminárias; Produtos Alimentares (Cereais e Leguminosas); Regulamento dos Produtos da Construção (EU/305/2011); Serviços: Boas Práticas de Fabrico; Franchising; Funerários; Gases Fluorados; Instalação e Manutenção de Equipamentos e Superfiícies para Espaços de Jogo e Recreio; Manutenção de Extintores; Modelos de Qualificaçao e Avalização de Respostas sociais; Prestaçao de Serviços de Manutenção; Tradução. Outros: Boas Práticas de Farmácia; HACCP - Codex Alimentarius; Normas de Laboratório Clínico; Processo de Valorização de Resíduos (FER); SGQ – Dispositivos Médicos. Atividades de Inspeção Espaços de Jogo e Recreio

Sede Rua da Tobis Portuguesa, n.º 8, 2.º, escrt 10 › 1750-292 LISBOA T +351 214 220 640 F +351 214 220 649 E geral@eic.pt S www.eic.pt Ano de Fundação 2000 Administradores Executivos Manuel Vidigal Aline Cortez

BM TRADA Referenciais de Certificação: › Qualidade: ISO 9001 › Ambiente: ISO 14001 › SHST: OHSAS 18001 / ISO 45001 › Segurança Alimentar: HACCP, ISO 22000 › Segurança da Informação: ISO 27001 › Energia: ISO 50001 › Cadeia de Responsabilidade FSC® e PEFC (Produtos de Base Florestal) › Cadeia de Responsabilidade RSPO (Óleo de Palma Sustentável) › Cadeia de Responsabilidade UTZ (Chá, Café e Cacau) › Certificação de Produto: Q-Mark

Sede Av. D. João II – Edifício Infante N.º 35 – 11º Parque das Nações 1990-083 LISBOA T +351 211 378 399 /+351 915 736 792 E tecnico@bmtrada.pt S www.bmtrada.com Ano de Fundação 1987 (Portugal: 2008) Diretora Geral/Técnica Cláudia Alexandra Carvalho

Lloyd’s Register EMEA Referenciais de Certificação Qualidade ISO9001, NP4492 / Automóvel: IATF16949 / Ambiente: ISO14001, EMAS, Verificação Emissões CO2, Verificação Relatórios de Sustentabilidade / Segurança e Saúde no Trabalho: OHSAS18001, ISO45001, SGSPAG – Prevenção de Acidentes Graves / Segurança Alimentar: ISO22000, FSSC22000, HACCP, BRC, BRC Packaging, IFS, IFS Logistics / Energia: ISO50001 / Responsabilidade Social: SA8000, SMETA, ISO26000 / IT: RGPD – Regulamento Geral Proteção de Dados, ISO27001, ISO20000, ISO22301 / entre outros. Outros Serviços Customizados: Auditorias de 2ª Parte, Qualificação de Fornecedores, Directivas e Marca CE, entre outros.

Sede Avenida D. Carlos I, n.º 44, 6.º Andar, 1200-649 LISBOA T +351 213 964 131 F +351 213 904 829 E LRQA-Lisbon@lr.org S www.lrqa.pt Ano de Fundação 1985


Sede Avenida da Boavista, 1180 – 2.º C 4100-113 PORTO T +351 226 051 760 F +351 226 051 761 E lusaenor@aenor.com S www.lusaenor.com Ano de Fundação 2005 Diretor Geral José Cândido Gonçalves Pires

SGS ICS ­– Serviços Internacionais de Certificação Sistemas de Gestão – Genéricos Qualidade, Ambiente, Saúde e Segurança, Energia, Ativos, lnvestigação Desenvolvimento e lnovação, Conciliação da Vida Profissional Familiar e Pessoal, Recursos Humanos, Reclamações, Responsabilidade Social, Entidades Familiarmente Responsáveis, Continuidade do Negócio, Segurança de lnformação, Segurança da Cadeia de Fornecimento, Eventos Sustentáveis. Referenciais Sectoriais Aeronáutica; Alimentar (Produto, Modo de Produção Biológica, BRC Food, BRC IOP – Embalagens, BRC – Distribuição, FSSC 22000, ISO 22000, GlobalGap, GMP, HACCP, IFS, Pesca Sustentável (MSC); Automóvel (ISO/TS 16949, Reboques e Desempanagem); Caminhos-de-Ferro; Construção (Marcação CE, Produtos de Construção, Domus Natura, Green Building); Contact Centers; Cosméticos; Extintores; Formação e Ensino (NP 4512, ISO 29990); Florestal (FSC, PEFC, SFI); Hotelaria e Turismo (NP 4494, NP 4507); Informática (ISO 20000, ISO 25000); Manutenção Industrial; Oil & Gas (ISO 29001); Respostas Sociais; GDP Produtos Farmacêuticos, Embalagens Primárias lndústria Farmacêutica (ISO 15378); Telecomunicações; Transportes e Logística; Produtos; Serviço.

Sede SGS Portugal, Rua Cupertino Miranda, Pólo Tecnológico de Lisboa – Lote 6, 1600-513 LISBOA T 808 200 747 E pt.info@sgs.com S www.sgs.pt Ano de Fundação 1998 Diretora-Executiva Sandra Matias Número de Certificados Emitidos 3400

TÜV – ­ Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, LDA. Principais Referenciais de Certificação Internacionais: ISO 9001; IATF 16949; VDA 6.ff; EN 9100; EN 9110; ISO 14001/ /EMAS; ISO 20000; ISO 27001; ISO 22000; IFS/BRC/Codex Alimentarius; ISO 50001; ISO 26001; SA 8000/BSCI; FSC/PEFC; OSHAS 18001/ISO 45001; ISO 15593/ISO 15538. Nacionais: NP 4457; NP 4427; NP 4492. Próprios: Eco-Hotel; Food Safety/HACCP; CSR Audits; Cliente Mistério; SPA & Wellness.

Sede Edifício Zenith (Arquiparque) Rua Dr. Ant.º Loureiro Borges, n.º 9 – 3.º, 1495-131 LISBOA T +351 214 137 040 F +351 214 137 045 E geral@pt.tuv.com S www.tuv.pt Ano de Fundação 1989 Administrador Fernando Lamares Número de Certificados Emitidos 1990 Até 30 de setembro de 2018

ENTIDADES |

Referenciais de Certificação Qualidade: ISO 9001, ISO/TS 16949, EN 9100, IRIS, Qualidade do Serviço; Ambiente: ISO 14001, Verificação EMAS, PEFC, Eco-Design, Gestão Energética ISO 50001, Gestão Mineira Sustentável, Verificação REGEE, PEFC, Pegada de Carbono, Validações CDM da ONU; Segurança Ocupacional: OHSAS 18001, NP 4397; Segurança Alimentar: ISO 22000, HACCP, BRC e BRC-IOP, IFS, GLOBALGAP, FACE; Responsabilidade Social: SA 8000, NP 4469, Acessibilidade Global, Verificação de Relatórios GRI, Respostas Sociais, BSCI, RS10; Tecnologias da Informação: ISO 27001, ISO/IEC 20000, Acessibilidade WEB e Boas Práticas de Comércio Eletrónico; Certificação de Produto: mais de 500 esquemas de certificação; Outros: Inovação NP 4457, ISO 28000, NP 4427, Auditorias de 2.ª parte e Formação.

17

LUSAENOR, LDA.


TÍTULO DD CAPÍTULO |

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TÍTULO DD CAPÍTULO |

19

FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS

FUTURO Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. p. 20 LIPOR Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto p. 22


20 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS |

FUTURO – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. DADOS DA CERTIFICAÇÃO

NP EN ISO 9001: 2015

APCER

ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO

OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO

INFORMAÇÃO GERAL

Para a FUTURO, a primeira Sociedade Gestora de Fundos de Pensões a obter a Certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade em Portugal, a Certificação da Qualidade, mais do que um fim, é um meio para alcançar elevados padrões de qualidade de serviço. Sendo o nosso objetivo a excelência na gestão de Fundos de Pensões, destinados a particulares e empresas, pretendemos melhorar continuamente a nossa atuação e processos com vista à satisfação dos clientes e à sua proteção na reforma. Disponibilizamos produtos e soluções inovadoras, assentes em valores como a segurança, credibilidade e transparência, assegurando o envolvimento de todos os colaboradores na orientação para os resultados.

Morada Rua do Carmo, 42 – 6.º 1200-094 LISBOA T +351 210 416 005 T 707 222 222 (comercial) F +351 210 416 001 E geral@futuro-sa.pt

WWW.FUTURO-SA.PT

Atividades de Conceção, Gestão, Comercialização e Prestação de Serviços na área de Fundos de Pensões Abertos e Fechados. N.º Certificado 2001/CEP.1561

Ano de Fundação 1988 NIF 501 965 963 CAE 66300 Capital Social 2.566.800 Euros Registada na CRC de Lisboa Atividade Principal Gestão e Comercialização de Fundos de Pensões Volume de Negócios 2017 1.546 Milhões de Euros Número de Colaboradores 30 PCA Virgílio Manuel Boavista Lima

TUDO COMEÇA COM UM DESAFIO. TEMOS O COMPLEMENTO DE REFORMA INDICADO PARA A SUA EMPRESA.

Administrador Executivo José Luís Esparteiro da Silva Leitão Diretor Administrativo e Financeiro Mário Jorge Tavares Costa Diretora Qualidade Fernanda de Guadalupe Lola Gato Diretor Técnico Luís Alberto Matos de Oliveira Diretora Comercial e de Marketing Maria Alice Silva Medeiros Lima Pinto Canais de Distribuição FUTURO e MONTEPIO


TÍTULO DD CAPÍTULO |

21


22 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS |

LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão Resíduos do Grande Porto DADOS DA CERTIFICAÇÃO

NP EN ISO 9001 NP EN ISO 14001 OHSAS 18001/NP 4397 SA 8000 NP 4457 NP EN ISO 50001

APCER APCER APCER APCER APCER APCER

ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Sistema de Gestão de Ambiente (ISO 14001) e Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001/NP4397) implementado nas seguintes áreas e atividades: aceitação de resíduos provenientes da recolha seletiva; recolha e aceitação de resíduos provenientes da recolha seletiva porta-a-porta (ECOFONE); gestão do Centro de Triagem para resíduos provenientes da recolha seletiva; gestão da Central de Valorização Energética e Confinamento Técnico; recolha de resíduos orgânicos; gestão da Central de Valorização Orgânica; gestão do Ecocentro da Formiga; comercialização do composto orgânico NUTRIMAIS marca registada. Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SA 8000) implementado em toda a Organização na gestão e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457) implementado em toda a Organização na investigação, desenvolvimento e inovação de soluções sustentáveis de gestão de resíduos. Sistema de Gestão de Energia (ISO 50001) estando implementado em todo o perímetro da instalação da LIPOR, em Baguim de Monte, exceto as instalações do Centro de Triagem, Central de Valorização Orgânica, Central Fotovoltaica e Posto de Biogás.

OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO

INFORMAÇÃO GERAL

O Sistema de Gestão LIPOR é fundamentado na observância do processo de melhoria contínua do desempenho dos requisitos da Qualidade, Ambiente, Energia, Higiene e Segurança, tendo como referência a integração dos modelos de gestão respetivos descritos nas Normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001, NP EN ISO 50001 e OHSAS 18001/NP 4397. Tendo como base a uniformização de práticas e procedimentos, estes mesmos princípios são aplicados no que se refere à Gestão do Sistema de Responsabilidade Social (SA 8000) e à Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457).

Morada Apartado 1510 4435-996 BAGUIM DO MONTE T (+351) 229 770 100 F (+351) 229 756 038 E info@lipor.pt

WWW.LIPOR.PT

Ano de Fundação 1982 NIF 501 394 192 CAE 38212 Atividade Principal Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos Volume Negócios 2017 38.723.275,47 Euros Número de Colaboradores 194 PCA Aires Pereira Administrador Delegado Fernando Leite Responsável Qualidade Nuno Filipe Mercados onde atua Portugal


TÍTULO DD CAPÍTULO |

23


TÍTULO DD CAPÍTULO |

24


EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO: CONTEXTO MUNDIAL, ASIÁTICO, AMERICANO, EUROPEU E NACIONAL p. 26 A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA p. 44 PAÍSES EM DESTAQUE: CROÁCIA E REPÚBLICA CHECA p. 54 WORLD STATE OF QUALITY – UMA ABORDAGEM PIONEIRA PARA AVALIAR A QUALIDADE p. 60 NP ISO 37001:2018 – UMA NORMA PARA EDIFICAR SISTEMAS DE GESTÃO ANTICORRUPÇÃO p. 66 AGENDA 2030 – CONTRIBUTO DA NORMALIZAÇÃO PARA O SEU CUMPRIMENTO p. 70 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 p. 74 QR-CODE – LISTAGEM GERAL DE EMPRESAS, SERVIÇOS E PRODUTOS CERTIFICADOS p. 82

TÍTULO DD CAPÍTULO |

ATUALIDADE

25

GUIA DE EMPRESAS CERTIFICADAS


26 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO

CONTEXTO MUNDIAL, AFRICANO, AMERICANO, ASIÁTICO, EUROPEU E PORTUGUÊS

A

nualmente acompanhamos, através do ISO Survey, a evolução dos certificados relativos às normas 9001, 14001, 22000, 27001 e 50001. Esta análise mundial é dividida por regiões (África, América – norte, centro e sul –, Ásia e Europa) e permite observar a evolução (positiva ou negativa) e verificar o seu dinamismo nas diferentes regiões. A norma mais antiga e de maior importância para a globalização atual do comércio é a relativa à área da qualidade (ISO 9001). Existe mais de 1 milhão de certificados a nível mundial, o que diz bem da sua relevância. ISO 9001 QUALIDADE Depois de ultrapassar a barreira de 1 milhão de certificados em 2009, a emissão de certificados ISO 9001 abrandou claramente o ritmo de crescimento, tendo evidenciado inclusive alguns decréscimos, nomeadamente em 2013 e 2015. Em 2014 e 2016 cresceu ligeiramente. Pelos elementos analisados volta a decrescer em 2017 cerca de 47 mil certificados. Estamos, assim o indica, a atingir uma estabilização, maturidade da norma que se fixa ligeiramente acima do milhão. Os números mais recentes indicam que existe 1.058.504 certificados que se encontram em dois grandes blocos comerciais (Ásia e Europa, por esta ordem) com um contínuo afastamento do primeiro em relação ao segundo e que este ano é mais uma vez evidente. O peso relativo de cada um deles não pára de se afastar, tendo a Europa passado de 40% para 36.8% de quota total. Esta queda da Europa pode ser menos significativa do que parece, pois a ISO informa da existência de problemas na recolha e validação de


certificados de alguns países que são tradicionalmente muito importantes na Europa e que mais adiante iremos referir com maior detalhe. O ano de 2017 foi, pois, um ano de queda ligeira do referencial ISO 9001 explicada, como referido, pela descida significativa registada na Europa, embora o decréscimo seja igualmente verificável na América e em África. A Ásia cresce e evita quedas mais pronunciadas. Portugal continua em queda, mas aparentando estar a entrar numa fase de estabilização dado que a redução é de apenas 10 certificados face ao ano anterior. ISO 14001 AMBIENTE O crescimento desta norma é efetivo e continua a trajetória positiva, mas ela é fruto do desempenho significativo da Ásia, que acrescenta mais 25.400 certificados anuais. As restantes regiões estão em queda sendo a mais pronunciada a da Europa, com menos 7.805 certificados. Nos últimos cinco anos a Europa passou de 42% de quota para 31%, aumentando o diferencial existente para com o continente asiático, região fortemente industrializada e que vê na ISO 14001 resposta para os seus problemas ambientais e melhoria de processos produtivos. África e América têm ligeiras quedas. Portugal estabilizou em relação ao ano anterior. ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR O crescimento desta norma continua a ser muito ligeiro, registando-se o aumento da sua implementação sobretudo nos países asiáticos, agora com mais 1.207 certificados. O número de certificados em África cresce 75. Em sentido contrário, encontramos a Amé-

MUNDO ÁFRICA AMÉRICA (Norte/Centro/Sul)

DEZ. 2013

%

DEZ. 2014

%

DEZ. 2015

%

DEZ. 2016

%

DEZ. 2017

%

1 022 877

100

103 6321

100

1034180

100

1 105 937

100

1 058 504

100

9 816

0,96

10 143

0,98

12 154

1,18

13 378

1,21

11 210

1,06

101 057

9,88

91 624

8,84

96 447

9,33

96 346

8,71

83 759

7,91

ÁSIA

512 167

50,1

459 591

44,3

463 341

44,8

521 815

47,2

553 629

52,3

EUROPA

458 814

44,9

453 628

43,8

439 477

42,5

451 415

40,8

389 485

36,8

PORTUGAL/Mundo

7 041

0,69

8 006

0,77

7 498

0,73

7 160

0,65

7 150

0,68

PORTUGAL/Europa

7 041

1,53

8 006

1,76

7 498

1,71

7 160

1,59

7 150

1,84

DEZ. 2013

%

DEZ. 2014

%

DEZ. 2015

%

DEZ. 2016

%

DEZ. 2017

%

273 861

100

296 736

100

319 496

100

346147

100

362 610

100 0,85

Empresas certificadas ISO 14001 MUNDO ÁFRICA

2 519

0,92

2545

0,86

3 024

0,95

3 551

1,03

3 083

18 807

6,87

18 269

6,16

18 269

5,72

18 882

5,45

18 425

5,08

ÁSIA

133 337

48,7

153 064

51,6

173 324

54,2

198 117

57,2

223 517

61,6

EUROPA

AMÉRICA (Norte/Centro/Sul)

115 764

42,3

119 072

40,1

119 754

37,5

120 595

34,8

112 790

31,1

PORTUGAL/Mundo

1 326

0,48

1 321

0,45

1 272

0,4

1 476

0,43

1 475

0,41

PORTUGAL/Europa

1 326

1,15

1 321

1,11

1 272

1,06

1 476

1,22

1 475

1,31

DEZ. 2013

%

DEZ. 2014

%

DEZ. 2015

%

DEZ. 2016

%

DEZ. 2017

%

24 215

100

27 690

100

32 056

100

32 136

100

32 722

100

Empresas certificadas ISO 22000 MUNDO ÁFRICA

949

3,92

1130

4,08

1 281

4

1 056

3,3

1 131

3,46

AMÉRICA (Norte/Centro/Sul)

983

4,06

1272

4,59

1 274

3,97

854

2,66

833

2,55

12 242

50,6

14 377

51,9

17 438

54,4

18 141

56,4

19 348

59,1

9 357

38,6

10 181

36,8

11 181

34,9

11 083

34,5

10 342

31,6

PORTUGAL/mundo

192

0,79

220

0,79

261

0,81

234

0,73

332

1,01

PORTUGAL/Europa

192

2,05

220

2,16

261

2,33

234

2,11

332

3,21

ÁSIA EUROPA

Empresas certificadas ISO 27001 MUNDO ÁFRICA

DEZ. 2013

%

DEZ. 2014

%

DEZ. 2015

%

DEZ. 2016

%

DEZ. 2017

%

21 604

100

23 005

100

27 536

100

33 290

100

39 501

100

99

0,46

79

0,34

129

0,47

224

0,67

301

0,76

984

4,55

1 087

4,73

1 792

6,51

2 033

6,11

2 728

6,91

12 118

56,1

12 665

55,1

14 563

52,9

17 691

53,1

20 944

53

7 952

36,8

8 663

37,7

10 446

37,9

12 532

37,6

14 605

37

PORTUGAL/mundo

58

0,27

55

0,24

56

0,2

96

0,29

112

0,28

PORTUGAL/Europa

58

0,73

55

0,63

56

0,54

96

0,77

112

0,77

AMÉRICA (Norte/Centro/Sul) ÁSIA EUROPA

Empresas certificadas ISO 50001 DEZ. 2013

%

DEZ. 2014

%

DEZ. 2015

%

DEZ. 2016

%

DEZ. 2017

%

MUNDO

4 826

100

6 765

100

11 985

100

20 216

100

22 870

100

ÁFRICA

36

0,75

18

0,27

40

0,33

58

0,29

61

0,27

AMÉRICA (Norte/Centro/Sul)

68

1,41

140

2,07

169

1,41

154

0,76

259

1,13

667

13,8

992

14,7

1 494

12,5

2 749

13,6

3 232

14,1

3 993

82,7

5 526

81,7

10 152

84,7

17 102

84,6

19 024

83,2

PORTUGAL/mundo

11

0,23

12

0,18

38

0,32

37

0,18

47

0,21

PORTUGAL/Europa

11

0,28

12

0,22

38

0,37

37

0,22

47

0,25

ÁSIA EUROPA

27 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

Fonte: ISO Survey Empresas certificadas ISO 9001


28

ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Esta norma continua a apresentar um grande dinamismo, que se traduz por crescimentos anuais robustos e em todas as regiões. Este ano são acrescentados mais 6.211 certificados aos 5.754 do ano anterior, estando próxima dos 40 mil no total mundial. A Ásia e a Europa são os grandes dinamizadores da implementação desta norma, com cerca de 90% dos registos a pertencerem a estas duas regiões. A América cresce igualmente de forma significativa, com uns expressivos 34%, embora o seu valor base seja muito reduzido em relação aos citados anteriormente. África representa menos de 1%. Portugal apresenta um desempenho muito interessante e no último ano cresceu, em termos percentuais, 17%, duplicando o número de certificados existentes em apenas cinco anos. ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA O crescimento recente desta norma é forte em termos globais, representando cerca de 13% de aumento ou 2.654 certificados. Todas as regiões crescem embora a Europa apre-

ISO 9001

Fonte: ISO Survey

G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

Evolução das normas ISO 9001; 14001; 22000; 27001 e 50001 entre 2013 e 2017 em Portugal/Europa/Mundo

rica e a Europa com, respetivamente, menos 21 e 741 certificados. É, portanto, a Europa que apresenta a queda mais pronunciada e que impede um crescimento maior deste referencial. Este é o segundo ano consecutivo de quedas no continente europeu, o que é preocupante quando sabemos da importância de que se reveste para a segurança alimentar este referencial normativo. Contrariando o desempenho do continente europeu encontramos Portugal, a crescer de 234 para 332 certificados emitidos.

1 200 000 1 000 000 800 000 600 000 400 000 200 000 0

2013

2014

2015

2016

2017

ISO 14001 400 000 300 000 200 000 100 000 0

2013

2014

2015

2016

2017

2013

2014

2015

2016

2017

2013

2014

2015

2016

2017

2014

2015

2016

2017

ISO 22000 35 000 30 000 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 0 ISO 27001 50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 0 ISO 50001 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 0 Mundo

2013

Europa

Portugal


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29

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G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : A T U A L I D A D E | 30MUNDO 2016 MUNDO 2017

TOP TEN DA QUALIDADE

TOP TEN DO AMBIENTE

(10 Países em 201) País

TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR

(10 países em 201) Dez. 2016

%

País

(10 Países em 167) Dez. 2016

%

País

Dez. 2016

%

1

CHINA

350 631

31,7

1

CHINA

137 230

39,64

1

CHINA

11 069

34,44

2

ITÁLIA

150 143

13,58

2

JAPÃO

27 372

7,91

2

GRÉCIA

2 227

6,93

3

ALEMANHA

66 233

5,99

3

ITÁLIA

26 655

7,7

3

INDIA

2 000

6,22

4

JAPÃO

49 429

4,47

4

INGLATERRA

16 761

4,84

4

ITÁLIA

1 304

4,06

5

INGLATERRA

37 901

3,43

5

ESPANHA

13 717

3,96

5

JAPÃO

1 180

3,67

6

INDIA

37 052

3,35

6

ALEMANHA

9 444

2,73

6

TAIPÉ (CHINA)

919

2,86

7

ESPANHA

34 438

3,11

7

INDIA

7 725

2,23

7

POLÓNIA

701

2,18

8

EUA/USA

30 474

2,75

8

FRANÇA

6 695

1,93

8

ROMÉNIA

682

2,12

9

FRANÇA

2,12

9

ROMÉNIA

1,75

9

TURQUIA

651

2,02

10

BRASIL

10

EUA/USA

10

ESPANHA

23 403 20 908

1,89

TOTAL MUNDIAL

1 105 937

72,39

N-1*

1 034 180

Crescimento anual

TOP TEN DA QUALIDADE

1,61

346 147

74,32

N-1*

319 496

%

País

1,9

32 136

66,42

N-1*

32 056 80

TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR

(10 países em 181) Dez. 2017

611

TOTAL MUNDIAL

Crescimento anual

26 651

TOP TEN DO AMBIENTE

(10 Países em 189) País

5 582

TOTAL MUNDIAL

Crescimento anual

71 757

6 075

(10 Países em 167) Dez. 2017

%

País

Dez. 2017

%

1

CHINA

393 008

37,1

1

CHINA

165 665

45,69

1

CHINA

11 579

35,38

2

ITÁLIA

97 646

9,2

2

JAPÃO

23 901

6,59

2

GRÉCIA

2 285

6,9

3

ALEMANHA

64 658

6,1

3

INGLATERRA

17 559

4,84

3

INDIA

2 125

6,5

4

JAPÃO

45 030

4,2

4

ITÁLIA

14 571

4,02

4

JAPÃO

1 190

3,6

5

INGLATERRA

37 478

3,5

5

ESPANHA

13 053

3,6

5

TAIPÉ (CHINA)

962

2,9

6

INDIA

36 053

3,4

6

ALEMANHA

12 176

3,4

6

ITÁLIA

898

2,7

7

ESPANHA

31 984

3,02

7

INDIA

7 887

2,18

7

ROMÉNIA

708

2,2

8

EUA/USA

25 087

2,37

8

SUÉCIA

6 486

1,8

8

FRANÇA

622

1,9

9

FRANÇA

21 808

2,06

9

FRANÇA

6 318

1,7

9

ESPANHA

589

1,8

10

BRASIL

10

ROMÉNIA

10

POLÓNIA

17 165

1,6

TOTAL MUNDIAL

1 058 504

72,74

N-1*

1 105 937

Redução anual

-47 433

sente um desempenho superior, seguida da Ásia e da América. A problemática da energia veio para ficar nas nossas sociedades, pelo que não é de estranhar que esta norma, recente, esteja a ganhar espaço na senda internacional. O contrário é que seria preocupante. Embora tenha implantação mundial,

5 555

1,5

TOTAL MUNDIAL

362 610

75,34

N-1*

346 147

Crescimento anual

16 463

é na Europa que ela se faz mais visível. Este bloco económico é responsável por 83% do total mundial, com 19 mil certificados emitidos. Portugal volta a crescer. Feita a apresentação geral das cinco normas, vamos proceder a uma análise mais pormenorizada de cada uma pelas geografias refe-

561

1,7

TOTAL MUNDIAL

32 722

65,76

N-1*

32 136

Crescimento anual

586

ridas anteriormente. Portugal tem um destaque próprio nesta análise, a exemplo dos anos anteriores. MUNDO ISO 9001 QUALIDADE Este é um ano de redução do número de


TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA

Dez. 2016

%

País

Dez. 2016

%

1

JAPÃO

8 945

26,87

1

ALEMANHA

9 024

44,64

2

REINO UNIDO

3 367

10,11

2

INGLATERRA

2 829

13,99

3

INDIA

2 902

8,72

3

ITÁLIA

1 415

7

4

CHINA

2 618

7,86

4

CHINA

1 015

5,02

5

ALEMANHA

1 338

4,02

5

FRANÇA

759

3,75

6

ITÁLIA

1 220

3,66

6

INDIA

570

2,82

7

EUA/USA

1 115

3,35

7

HUNGRIA

546

2,7

8

TAIPÉ (CHINA)

1 087

3,26

8

ESPANHA

465

2,3

9

ESPANHA

752

2,26

9

REP. CHECA

369

1,82

10

HOLANDA

10

TAIPE

670

2,01

TOTAL MUNDIAL

33 290

72,13

N-1*

27 536

Crescimento anual

1,47

20 216

85,53

N-1*

11 985

Crescimento anual

5 754

TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

8 231

TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA

(10 países em 160) País

298

TOTAL MUNDIAL

(10 países em 93)

Dez. 2017

%

País

Dez. 2017

%

1

JAPÃO

9 161

23,19

1

ALEMANHA

8314

36,35

2

CHINA

5 069

12,8

2

INGLATERRA

3078

13,45

3

REINO UNIDO

4 503

11,4

3

FRANÇA

2307

10

4

INDIA

3 272

8,3

4

CHINA

1567

6,85

5

EUA/USA

1 517

3,8

5

ITÁLIA

857

3,7

6

ALEMANHA

1 339

3,38

6

HUNGRIA

610

2,66

7

TAIPÉ (CHINA)

994

2,5

7

INDIA

608

2,65

8

ITÁLIA

958

2,4

8

ESPANHA

568

2,48

9

HOLANDA

913

2,3

9

REP. CHECA

522

2,28

10

ESPANHA

10

TAIPE

803

2,03

TOTAL MUNDIAL

39 501

72,22

N-1*

33 290

Crescimento anual

6 211

292

1,27

TOTAL MUNDIAL

22870

81,87

N-1*

20216

Crescimento anual

2654

Ranking do maior para o menor | *Valores absolutos relativos ao ano anterior | Fonte: ISO Survey

certificados ISO 9001 em todo o mundo. A redução tem algum significado (47.433), mantendo o score global acima do milhão, o que é consistente com os totais apresentados nos anos anteriores. Esta estagnação em torno do milhão de certificados é verificável nos últimos anos, podendo indiciar

que se estará a atingir o seu ponto de maturidade. No entanto, esta afirmação não é aplicável da mesma forma a todas as regiões. A Ásia continua a crescer acrescentando mais 31.814 registos. Mas é a única. Todas as restantes regiões analisadas têm reduções, sendo a da Europa, o outro pilar

31

País

(10 países em 92)

do crescimento da ISO 9001 no mundo, muito expressiva. O decréscimo não tem paralelo no passado recente. Apenas em um ano a Europa perdeu 61.930 certificados. Quando analisarmos pormenorizadamente o continente europeu, voltaremos a estes valores, que podem estar a dar uma ideia errada da tendência existente na Europa, visto que quando a economia está em expansão tendencialmente esta norma acompanha de perto essa fase de maior dinamismo. A ISO reporta problemas existentes na recolha dos dados que, a nosso ver, são, na essência, responsáveis por estes números. A América acompanha a Europa e continua a decrescer a exemplo dos anos anteriores, tendo perdido cerca de 20 mil certificados nos anos mais recentes. África interrompe um ano de crescimento e volta a perder terreno para os demais. Em termos gerais a Ásia é o pilar do crescimento mundial, representando 52% do número total de certificados existentes ou, em concreto, regista 553.629 de um universo constituído por 1.058.504 e continua a crescer ano após ano. Por regiões, a Ásia apresenta o melhor desempenho com um crescimento em quantidade, com 31.814 registos que correspondem a 6% em termos percentuais. As restantes regiões estão em terreno negativo. África vê reduzirem-se 2.168 certificados, o que é significativo quer em quantidade quer em percentagem. A Europa tem a maior queda passando de 451.415 para 389.485, afastando-se cada vez mais da Ásia em termos percentuais e absolutos. No entanto, estas duas regiões continuam a representar a esmagadora maioria de certificados existentes, cerca de 90%. Longe vão

EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

(10 países em 150)


32 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

os tempos de 2010 em que a Europa apresentava valores acima de meio milhão de certificados. Como referido, este ano fica-se pelos 389 mil entrando, ao que indicam estes elementos, num processo de redução da influência desta norma nas empresas europeias e especialmente nos grandes países, como veremos mais adiante. A Itália continua a liderar, embora tenha perdido num só ano cerca de 50 mil certificados ISO. A Ásia continua a evidenciar crescimentos anuais embora, quando analisada ao pormenor, se verifique que este desempenho é fruto da China, país que apresenta um crescimento de mais de 42 mil certificados, ultrapassando a totalidade dos países europeus. Nos restantes países asiáticos, verificamos essencialmente redução do número de empresas certificadas ou uma estabilização. O Japão apresenta um decréscimo de 4 mil certificados e a Índia de aproximadamente mil, contrastando com o que vinha acontecendo no passado recente. Podemos concluir que também nesta zona do globo a tendência nos diversos países é para uma certa estabilização quanto à norma ISO 9001. Pela análise fina dos países, podemos mesmo afirmar que é a China que mantém o crescimento asiático pois, do total de certificados existentes (553.629), a China é responsável por 393 mil. Mas se juntarmos Hong Kong, Macau e Taipé, então esse valor sobe mais 10 mil certificados. Para não fugir à regra, a América volta a descer cerca de 12 mil certificados, pois quase todos os grandes países estão no vermelho. Os EUA voltam a baixar, com uma redução de 5 mil certificados. O Canadá, Argentina e Colômbia baixam ligeiramente. O Brasil re-

duz com algum significado, perdendo quase 4 mil certificados. Em sentido positivo, encontramos apenas o México, que acrescenta cerca de 150 novas empresas certificadas, passando para 7.184. Percentualmente, volta a reduzir a sua expressão ao passar para 7.9% contra os 8.7% do ano anterior. África também teve um desempenho negativo em 2017, representando cerca de 1% do todo mundial. Os seus principais países estão todos ou quase em terreno negativo. A África do Sul, Egipto e Marrocos têm quedas de 500 ou mais certificados nesse ano. A queda de Marrocos é a mais acentuada. Em terreno positivo, está apenas a Nigéria, mas de forma residual. O continente é liderado pelo gigante económico África do Sul, com 4.255 certificados, seguido respetivamente pelo Egipto, Marrocos, Tunísia e Quénia, representando perto de 90% da totalidade do continente africano. Em relação aos países de expressão portuguesa, podemos constatar que Angola e Moçambique acompanham a tendência e perdem certificados passando para, respetivamente, 63 e 60.

Cabo Verde sobe de 16 para 20. A Guiné surge pela primeira vez com 3 empresas certificadas e S. Tomé e Príncipe ainda não regista qualquer certificação. A terminar esta análise aos dados da ISO, apresentamos os dez principais países mundiais em relação ao referencial 9001. A China, por tudo o que já foi dito, lidera destacada e cada vez mais afastada dos demais países. Basta referir que os restantes nove países têm menos certificados no seu conjunto que a China. A diferença é abissal. Em percentagem, a China representa 37% de todos os certificados emitidos e é, dos grandes países, o único que continua a crescer aumentando este ano mais 40 mil registos. É seguida a grande distância pela Itália (97.646), Alemanha (64.658), Japão (45.030) e Inglaterra (37.478). O Brasil fecha este top ten com 17.165. Neste conjunto de países, todos apresentam diminuições anuais com exceção da China, o que será algo inédito. A segunda parte da tabela é liderada pela Índia e seguida de perto pela Espanha. Os EUA e a França seguem nos lugares seguintes, mas já a alguma distância, fechando o Brasil, como já referido. ISO 14001 AMBIENTE O crescimento desta norma continua este ano com um aumento líquido de mais 16.463 certificados. No entanto, com exceção da Ásia (China), todas as restantes regiões apresentam reduções, sendo na Europa de valor significativo (-7.805). O crescimento abranda e passa para 5%, mas na Ásia é de 13%. A região asiática com 61.6% e a Europa com 31% são dominadoras neste ranking mundial, com mais de 90% do total. No entanto, a diferença entre Europa e Ásia nunca foi tão


33

ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR A segurança alimentar é algo de importante para o mundo e para as ligações existentes entre os diversos países, pelo que o aumento do número de entidades com esta norma implementada só pode ser saudado, pois falamos de um conjunto de procedimentos que aumentam a confiança dos produtos/serviços alimentares junto dos consumidores. O crescimento registado nos anos anteriores

continua, mas é marginal e não é uniforme. A Europa apresenta um crescimento negativo e com algum significado estatístico. No entanto Portugal tem um crescimento digno de registo, acrescentando mais 98 certificados. O crescimento mundial é de 2%, ou seja, 586 certificados, passando para 32.722 certificados. Tal como nas anteriores normas abordadas, o crescimento é da responsabilidade da Ásia (+1.207) e de África em muito menor escala (+75 certificados). Mais uma vez Ásia e Europa são responsáveis no seu conjunto por 90% do total mundial relativo a este referencial normativo. No top ten encontramos praticamente os mesmos países do ano anterior e quase pela mesma ordem. Lidera a China com 11.579 certificados que correspondem a 35.38% do total mundial. É seguida pela Grécia, mas a uma distância muito grande, com uma quota de 6.9%. Completa o pódio a Índia com 2.125 certificados e 6.49% de quota. Na quarta posição encontramos o Japão, que sobe uma posição trocando com a Itália. Roménia, França, Espanha e Polónia completam os dez países com maior número de normas emitidas. Pela análise podemos afirmar que todos os países referidos apresentam dinâmicas positivas, mas que o crescimento é anémico (2%), pois desde 2015 que permanece na casa dos 32 mil certificados. Por continentes, registamos os mesmos seis na Europa e quatro na Ásia que já existiam no ano anterior. ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO O crescimento pujante dos últimos anos continua com um aumento próximo de 19% a dar continuidade aos 21% do ano anterior. Em número de certificados foram acrescen-

tados 6.211, mais do que no ano anterior. O total mundial está a atingir os 40 mil certificados em 160 países (+10). O crescimento desta norma é global e muito significativo, dado que é uma das normas mais recentes do universo ISO. Em cerca de cinco anos duplicou o número de empresas que aderiram a este referencial. África e América crescem 34%, Ásia 18% e Europa 17%. Portugal também tem um crescimento a dois dígitos. Também aqui se nota a esmagadora percentagem da Ásia e da Europa com valores de 90% do total mundial. África não chega a 1% e a América fica pelos 6.9%. Em termos absolutos, a Ásia representa 20.944 certificados, a Europa 14.605, África 301 e a América 2.728 certificados, o que não é um valor significativo. Individualmente, os lugares cimeiros são ocupados por dois países asiáticos (Japão e China, por esta ordem). A China dá um pulo, passando do quarto para o segundo lugar. Em termos absolutos, foi o país que mais certificados acrescentou, pois a sua dinâmica é muito superior aos demais. No entanto, a diferença entre os dois primeiros é ainda significativa. O terceiro lugar continua a ser ocupado pelo Reino Unido, com valores próximos da China. As restantes posições são ocupadas por esta ordem: Índia, EUA, Alemanha, Taipé, Itália – que tem uma queda de dois lugares–, Holanda e Espanha, esta a fechar na décima posição por troca com a Holanda que tem vindo a ter um desempenho acima da média. Existe neste ranking diversidade, pois vemos países oriundos de três continentes, facto que não acontece frequentemente. A Europa coloca cinco países, a Ásia quatro, mas quase todos nos primei-

EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

expressiva como este ano. A América representa 5%, com cerca de 18 mil certificados, enquanto que África fecha com menos de 1% e três mil certificados. Em relação aos países de expressão portuguesa, o primeiro da listagem é Moçambique com 18, seguido de perto por Angola com 15 certificados. Depois aparece Cabo Verde com 2 certificados. Guiné e São Tomé e Príncipe ainda não têm qualquer registo de empresas certificadas nesta área. Em relação ao ranking anual, nas primeiras posições encontramos os mesmos países do ano anterior: China e Japão. A China com 165.665 certificados representa 45.6% da percentagem mundial. É seguida pelo Japão, mas que tem apenas 23.901. Os três primeiros da lista representam 55% do total mundial. A Itália este ano desce uma posição trocando com a Inglaterra. No meio da tabela está a Espanha seguida de muito perto pela Alemanha. Índia, Suécia, França e Roménia completam as primeiras dez posições. Desta dezena de países quase todos estão em terreno negativo, com exceção da Alemanha e da Suécia que entra este ano relegando os EUA. Assim, encontramos três países no continente asiático e sete no europeu.


G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : A T U A L I D A D E | 34 EUROPA 2017 EUROPA 2016

TOP TEN DA QUALIDADE

TOP TEN DO AMBIENTE

(10 Países em 50) País

TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR

(10 países em 50) Dez. 2016

%

País

150 143

33,26

1

(10 Países em 49) Dez. 2016

%

País

ITÁLIA

26 655

22,1

1

Dez. 2016

%

GRÉCIA

2 227

20,09

1

ITÁLIA

2

ALEMANHA

66 233

14,67

2

INGLATERRA

16 761

13,9

2

ITÁLIA

1 304

11,77

3

INGLATERRA

37 901

8,4

3

ESPANHA

13 717

11,4

3

POLÓNIA

701

6,33

4

ESPANHA

34 438

7,63

4

ALEMANHA

9 444

7,83

4

ROMÉNIA

682

6,15

5

FRANÇA

23 403

5,18

5

FRANÇA

6 695

5,55

5

TURQUIA

651

5,87

6

ROMÉNIA

12 209

2,71

6

ROMÉNIA

6 075

5,04

6

ESPANHA

611

5,51

7

POLÓNIA

12 152

2,69

7

REP. CHECA

4 183

3,47

7

RUSSIA

590

5,32

8

SUIÇA

11 212

2,48

8

SUÉCIA

3 448

2,86

8

FRANÇA

585

5,28

9

REP. CHECA

10 568

2,34

9

POLÓNIA

3 184

2,64

9

HOLANDA

443

3,99

10

HOLANDA

10 326

2,29

10

SUIÇA

3 136

2,6

10

ALEMANHA

425

3,84

TOTAL EUROPA (100%)

451 415

81,65

TOTAL EUROPA (100%)

120 595

77,4

TOTAL EUROPA (100%)

11 083

74,16

N-1*

439 477

N-1 (Valores Absolutos)

119 754

N-1 (Valores Absolutos)

11 181

Crescimento anual

Crescimento anual

11 938

TOP TEN DA QUALIDADE

TOP TEN DO AMBIENTE

(10 Países em 49) País

Redução anual

841

TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR

(10 países em 49) Dez. 2017

%

País

-98

(10 países em 49) Dez. 2017

%

País

Dez. 2017

%

1

ITÁLIA

97 646

25,07

1

INGLATERRA

17 559

15,57

1

GRÉCIA

2 285

22,09

2

ALEMANHA

64 658

16,6

2

ITÁLIA

14 571

12,92

2

ITÁLIA

898

8,68

3

INGLATERRA

37 478

9,6

3

ESPANHA

13 053

11,57

3

ROMÉNIA

708

6,84

4

ESPANHA

31 984

8,2

4

ALEMANHA

12 176

10,8

4

FRANÇA

622

6,01

5

FRANÇA

21 808

5,6

5

SUÉCIA

6 486

5,75

5

ESPANHA

589

5,7

6

ROMÉNIA

12 031

3,09

6

FRANÇA

6 318

5,6

6

POLÓNIA

561

5,4

7

POLÓNIA

11 846

3,04

7

ROMÉNIA

5 555

4,9

7

TURQUIA

459

4,4

8

REP. CHECA

11 180

2,87

8

REP. CHECA

4 312

3,8

8

HOLANDA

434

4,2

9

SUIÇA

10 252

2,6

9

POLÓNIA

2 885

2,6

9

RUSSIA

426

4,1

10

HOLANDA

10

SUIÇA

2 856

2,5

10

ALEMANHA

TOTAL EUROPA (100%)

112 790

76,04

120 595

9 991

2,56

TOTAL EUROPA (100%)

389 485

79,3

N-1*

451 415

N-1 (Valores Absolutos)

-61 930

Redução anual

Redução anual

ros lugares, e aparece a América do Norte a meio da tabela, com uma subida de duas posições em relação ao ano anterior. ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Mais uma norma lançada recentemente (2011) e que tem a sua base essencialmente na Eu-

-7 805

ropa. Esta região é responsável por 83% do total de certificados, o que se materializa em termos absolutos em 19.024 num total mundial de 22.870. Em relação a esta norma, a Europa estava em boas condições empresariais para a implementar com maior dinamismo até pelas particularidades do próprio

416

4,02

TOTAL EUROPA (100%)

10 342

71,53

N-1 (Valores Absolutos)

11 083

Redução anual

-741

continente e das mudanças energéticas que é necessário efetuar em poucos anos. África apresenta apenas 61 certificados, a América 259 e a Ásia, que ainda não tem nesta norma a relevância habitual, é responsável pela existência de 3.232 certificados. No entanto o seu crescimento é significativo nos


TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA

Dez. 2016

%

País

Dez. 2016

%

1

INGLATERRA

3 367

26,9

1

ALEMANHA

9 024

52,77

2

ALEMANHA

1 338

10,7

2

INGLATERRA

2 829

16,54

3

ITÁLIA

1 220

9,74

3

ITÁLIA

1 415

8,27

4

ESPANHA

752

6

4

FRANÇA

759

4,44

5

HOLANDA

670

5,35

5

HUNGRIA

546

3,19

6

POLÓNIA

657

5,24

6

ESPANHA

465

2,72

7

ROMÉNIA

513

4,09

7

REP. CHECA

369

2,16

8

REP. CHECA

507

4,05

8

AUSTRIA

224

1,31

9

TURQUIA

500

3,99

9

RUSSIA

174

1,02

10

HUNGRIA

421

3,36

10

IRLANDA

137

0,8

TOTAL EUROPA (100%)

12 532

79,4

TOTAL EUROPA (100%)

17 102

93,22

N-1 (Valores Absolutos)

10 446

N-1 (Valores Absolutos)

10 152

Crescimento anual

Crescimento anual

2 086

TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA

(10 países em 49) País

6 950

(10 países em 41)

Dez. 2017

%

País

Dez. 2017

%

1

INGLATERRA

4 503

30,83

1

ALEMANHA

8 314

43,7

2

ALEMANHA

1 339

9,17

2

INGLATERRA

3 078

16,18

3

ITÁLIA

958

6,6

3

FRANÇA

2 307

12,13

4

HOLANDA

913

6,25

4

ITÁLIA

857

4,5

5

ESPANHA

803

5,5

5

HUNGRIA

610

3,2

6

GRÉCIA

727

4,98

6

ESPANHA

568

2,99

7

POLÓNIA

705

4,8

7

REP. CHECA

522

2,7

8

TURQUIA

531

3,6

8

RUSSIA

250

1,3

9

HUNGRIA

472

3,2

9

AUSTRIA

228

1,2

10

REP. CHECA

BÉLGICA

224

1,18

TOTAL EUROPA (100%)

19 024

89,14

N-1 (Valores Absolutos)

17 102

463

3,17

10

TOTAL EUROPA (100%)

14 605

78,15

93

N-1 (Valores Absolutos)

12 532

Crescimento anual

2 073

Crescimento anual

1 922

Ranking do maior para o menor | *Valores absolutos relativos ao ano anterior | Fonte: ISO Survey

últimos anos, estando a conquistar quota. Verificamos igualmente que já são 93 os países que adotaram esta norma. Por países, a Alemanha lidera desde o início destas análises, embora em 2017 apresente uma ligeira queda que, parece-nos, ficar a dever mais ao report feito para a ISO

do que verdadeiramente a uma inversão de tendência. É seguida a grande distância pela Inglaterra e pela França. Este é o único dos rankings mundiais apresentados em que aparecem três empresas europeias nas primeiras posições e sete no total. Os restantes são, pela ordem decrescente, a China

35

País

(10 países em 40)

em quarto lugar, Índia em sétimo e Taipé na décima posição. Quase 82% de quota mundial é o que representam estes dez países. Quase todos os países crescem, embora não de forma tão significativa como vinha acontecendo. As exceções são a Alemanha e Itália (Europa) e Taipé (Ásia). EUROPA ISO 9001 QUALIDADE Perder 61.930 (13.7%) certificados ISO 9001 em apenas um ano é muito significativo, mas foi mesmo isso que aconteceu no continente europeu de acordo com os elementos ISO analisados para um total de 49 países que compõem esta área geográfica, invertendo novamente a tendência positiva que vinha do ano anterior e baixando o patamar dos 400 mil certificados (389.485). O máximo histórico tinha sido atingido em 2010 com 530 mil certificados. Portanto, em sete anos foram perdidos na ordem dos 141 mil certificado, o mesmo é dizer que temos essa cifra de empresas na Europa que deixaram de estar certificadas. Antes de se tecer mais considerações sobre os motivos dessa baixa, é importante assinalar que a ISO no Survey faz referência a problemas que existiram em alguns países, nomeadamente Itália e Alemanha, relativamente à contabilização dos dados. Parece mais plausível que esta grande descida esteja de facto a acontecer por motivos técnicos, pois a economia está em crescimento e os dados dos últimos anos vão todos em sentido positivo. E sabemos por experiência passada que esta norma acompanha de perto os ciclos económicos pelo que nesta altura deveria estar a crescer e não a ter

EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

(10 países em 47)


36 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

esta queda abrupta. Para se ter uma noção do que falamos, basta olhar para Itália que reportava 150 mil certificados em 2016 e que um ano depois não atinge os 100 mil certificados. Desta forma, entendemos não fazer grandes análises e registar apenas que a esmagadora maioria dos países europeus está em terreno negativo. Para além disso, existem grandes oscilações anuais em vários dos países. Dos dez principais apenas a República Checa cresce. Existem mais alguns países que acrescentam certificados, como o caso da Suécia, mas o panorama é globalmente negativo. Assim, vamos aguardar pela confirmação ou infirmação do próximo ano para se poder analisar com maior detalhe o que está a acontecer na Europa da qualidade. Os dois países analisados este ano são a Croácia e a República Checa. A tendência entre estes é mista. Enquanto o primeiro decresce ligeiramente, passando de 2.659 para 2.381 mas mantendo o seu registo na casa dos 2000 certificados nos últimos anos, a República Checa, pelo contrário, vê o seu número aumentar, passando de 10.568 para 11.180, porém ainda distante dos 13 mil certificados que registava em 2014. Nos primeiros dez países encontramos os mesmos do ano anterior. A Itália, apesar da enorme queda, lidera com perto de 100 mil certificados. É seguida pela Alemanha (64.658) e pelo Reino Unido (37.478). A Espanha mantém a quarta posição e o meio da tabela é ocupado novamente pela França. Roménia, Polónia, República Checa, Suíça e Holanda são os países que se seguem. Portugal ocupa um brilhante 11º lugar com 7.150 certificados, embora registando uma perda de 10

certificados. Resumindo, estes valores mostram muita turbulência em diferentes países com alguns pesos pesados a terem decréscimos com significado e que podem não corresponder inteiramente ao que está, de facto, a acontecer na economia e nas empresas. ISO 14001 AMBIENTE O que foi referido para a norma da qualidade aplica-se igualmente a esta e às que vamos analisar de seguida, embora estas duas, pelo seu nível de expressão, sejam mais suscetíveis de apresentar maiores oscilações. O panorama é negativo. A Europa perde quase 8 mil certificados, mas a Itália perde mais de 12 mil. Verifica-se que existem vários países a crescer, mas que no seu conjunto tal não é suficiente para anular esta queda enorme da Itália. Se retirarmos a Itália desta equação, verificamos que a Europa continua a crescer no seu conjunto. O Reino Unido, Alemanha, Suécia ou República Checa apresentam variações positivas e mitigam as perdas referidas anteriormente. Todavia, quer em termos absolutos quer percentuais, a Europa perde terreno nesta norma. Pela primeira vez a Itália não ocupa a primeira posição europeia e é destronado pelo Reino Unido, que passa a liderar com 17.559 certificados. É seguido pela Itália com 14.571 e fecha o pódio a Espanha com 13.053, mas também em perda relativa. Na quarta posição aparece a Alemanha e no meio a Suécia, que apresenta um forte crescimento. Em sentido contrário encontramos a França e a Roménia ou a Polónia e a Suíça, que fecha o pódio. A República Checa, um dos países tema desta edição, está na oitava posição e apresenta um ligeiro crescimento para os 4.312 certi-

ficados. Resumindo, uma parte significativa dos 49 países está em crescimento, mas os resultados são negativamente influenciados pela queda expressiva da Itália que arrasta a Europa para as quedas. ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR Mais um ano em que o crescimento da Ásia foi suficiente para que esta norma de segurança alimentar apresente um desempenho positivo com um ligeiro aumento. No que concerne ao espaço europeu (49 países), o desempenho global é negativo, tendo-se perdido 741 certificados, com forte destaque para a redução italiana que é transversal a todas as normas. A Grécia, Roménia e França são os únicos que crescem entre os dez. A Grécia lidera e reforça a sua posição este ano para um total de 2.285 certificados. É seguida pela Itália em perda, como já referido, e pela Roménia, que sobe para a terceira posição. A França destaca-se igualmente ao subir da oitava para a quarta posição. Espanha sobe uma posição e fica a meio. Polónia, Turquia e Holanda perdem certificados este ano e ocupam as posições seguintes por esta ordem. Rússia e Alemanha fecham a listagem, mas ambas a perder certificados em relação ao ano anterior. No que concerne aos dois países tema desta edição, verificamos que a República Checa cresce e passa para 111 certificados emitidos e a Croácia vai em sentido contrário, perdendo cerca de 20 registos e ficando com 78 certificados emitidos com este referencial. ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Esta norma continua a crescer de forma expressiva e em todas as latitudes analisadas no GEC. Passou de 33 mil para perto de 40 mil


TÍTULO DD CAPÍTULO |

37


38 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

num só ano. A Europa apresenta um crescimento constante, passando para 14.605 certificados, que correspondem a 37% do total mundial. Depois de 20% de crescimento no ano anterior, 2017 fecha com mais 16.5%, sendo em termos absolutos acrescentados em cada ano cerca de dois mil novos certificados. De 2012 a 2017 passamos de 6.379 para 14.605, mais do que duplicando o número na Europa. A estes valores não pode ser alheia a constatação das fragilidades existentes no meio empresarial, que urge colmatar para evitar problemas graves num futuro que pode estar ao virar da rua. O crescimento continua a alicerçar-se na Ásia e na Europa mas todas as regiões analisadas contribuem para o aumento anual verificado. A liderar e com grande diferença para o segundo aparece a Inglaterra a exemplo dos anos anteriores, com 4.503 registos válidos. É seguida pela Alemanha e Itália como no ano transato. A Holanda troca de posição com a Espanha relegando esta para o meio da tabela. Na sexta posição entra a Grécia com uma fortíssima subida. Nas últimas posições encontramos, respetivamente, a Polónia, Turquia, Hungria e República Checa. Relativa a esta norma verificamos que, em concreto, a República Checa tem uma ligeira descida e a Croácia, pelo contrário, uma subida ainda que pouco pronunciada. ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Em seis anos a norma passou de uns modestos 1.900 certificados para uns expressivos 19.000 em 2017. O crescimento é constante e sempre com valores robustos. Este ano acrescenta mais 1.902 certificados aos valores do ano anterior. Em percentagem, o

crescimento é de 11% contra os 68% do ano anterior. É a norma mais europeia de todas elas, pois esta região representa 83% do total. Juntando a Ásia com 14 pontos percentuais, temos praticamente a totalidade dos certificados existentes. Em relação à listagem dos dez principais, ela regista pequenas alterações. A liderar aparece a Alemanha seguida da Inglaterra e França, que sobe uma posição por troca direta com a Itália. A Hungria está no meio. Espanha, República Checa, Rússia, Áustria e Bélgica são os restantes países. De realçar o forte crescimento da França, República Checa, Rússia e Bélgica. A Croácia apresenta, igualmente, um grande crescimento, passando de 21 para 55 certificados. A República Checa passa de 369 para 522 certificados, pelo que ambos os países contribuem claramente para o crescimento europeu. Portugal também dá a sua pequena contribuição, subindo em percentagem 27 pontos.

CONTEXTO NACIONAL ISO 9001 QUALIDADE Portugal continua a perder certificados, embora este ano seja de forma marginal já que recua apenas dez certificados, passando de 7.160 para 7.150. No entanto, a queda é já acentuada se compararmos com o ano de 2014, que apresentou um valor superior a 8.000 certificados. Em três anos são perdidas quase mil empresas, o que é preocupante pelo número em si e pela tendência que se reforça em relação aos anos anteriores. A crise já lá vai e era altura de se ver a recuperação ao nível do aumento destes referenciais normativos, mas não é isso que se constata. Acresce que este ano a Europa no seu conjunto também está negativa, permitindo que, por esta via, a percentagem no total europeu suba ligeiramente para 1.8%, significando isto que em cada cem empresas certificadas duas (ou quase) são portuguesas. Em relação aos dados mundiais, a nossa percentagem fica-se pelos 0.68%. ISO 14001 AMBIENTE Neste ano de 2017 Portugal perde um certificado, interrompendo ainda que sem significado o crescimento do último ano. Nos primeiros anos desta década o crescimento foi constante e com expressão, mas pela análise aos anos mais recentes verificamos que estamos a atingir uma certa maturidade ligeiramente abaixo dos 1.500 certificados. A quota de Portugal é de 1.31% em termos europeus e de 0.41% face ao todo mundial, subindo ligeiramente em relação à Europa, mas baixando também da mesma forma em termos mundiais. No que concerne aos restantes países europeus, Portugal está


39

ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR O crescimento europeu foi negativo e o mundial foi de 2%. Neste contexto, o desempenho português foi significativo, com um crescimento percentual de 42%, a que correspondem mais 98 certificados e passando assim para um total de 332, o que merece um sublinhado numa Europa que tem um ano de perdas com muitos dos principais países em terreno negativo. Depois de em 2016 ter registado um recuo, eis que este ano o crescimento é uma realidade e, por se tratar de segurança alimentar, todas as empresas certificadas são uma garantia adicional para o sistema e, em última análise, para os consumidores. Em termos desta norma, Portugal aumenta a sua expressão quer em termos regionais (Europa) quer mundiais para, respetivamente, 3.21 e 1.01%, sendo a primeira vez que alcança o 1% do total. ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO O crescimento é contínuo em todas as regiões analisadas, aumentando 19% no mundo e 17% na Europa. Em Portugal o crescimento foi igualmente de 17%, a que corresponde um aumento de 16 certificados que permitiram passar a barreira das primeiras 100 empresas certificadas. O crescimento de Portugal é mais expressivo nos dois últimos anos, mas mesmo assim não o suficiente para atingir 1% em termos europeus, sendo uma das nossas piores quotas. A Europa neste momento

contabiliza 14.600 certificados. Em termos mundiais estamos pior, representando apenas 0.28% de um total que se aproxima dos 40 mil. Os problemas de insegurança dos países e das empresas são reais e podem trazer, ou já estão a trazer, questões difíceis de resolver, pelo que urge aumentar a segurança da informação nomeadamente nas empresas, pois ela é considerada cada vez mais como um importante ativo estratégico ao dispor das mesmas. ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Este ano registamos em Portugal 47 certificados, mais dez que no ano transato, o que representa percentualmente um grande crescimento (27%). Se analisado em termos absolutos, então o crescimento não é assim tão fantástico. Desde 2011, ano em que temos certificados emitidos em Portugal, que o crescimento é constante. Todavia, falamos de poucas empresas quando comparamos com o total mundial (22.870) ou europeu (19.024). Esta é uma norma europeia e a sua difusão está a começar para outras latitudes, nomeadamente para o continente asiático. Portugal, pela sua dimensão, dificilmente terá um número significativo de empresas certificadas no âmbito desta norma, mas pelo dinamismo existente no sector das energias parece-nos que este valor é insuficiente. A quota europeia é de 0.25 e a mundial de 0.21%. CONTEXTO ECONÓMICO PORTUGUÊS A análise que se segue ao tecido económico português é efetuada com elementos recolhidos junto do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os elementos são repartidos por

cinco regiões continentais e duas insulares. Em cada, analisamos o número de empresas existentes, o volume de negócios e as variáveis referentes ao emprego, apurando também a variação anual desse período temporal, de acordo com as NUT II. O ano de referência do INE é o de 2016 (últimos elementos disponíveis). Da mesma forma é através do INE que recolhemos e tratamos os dados necessários para apurar as empresas com mais de dez trabalhadores, que são relevantes estatisticamente para este estudo como já explicitado em anteriores edições do GEC. Recolhemos para análise junto das empresas certificadoras a atuar em Portugal, a 31 de dezembro de 2017, elementos sobre as empresas certificadas existentes em Portugal permitindo, desta forma, ficar com uma visão abrangente do que aconteceu em Portugal no último ano neste domínio. O grande número de dados que recolhemos e a diversidade de fontes levam inevitavelmente a que existam alguns riscos que procuramos minimizar sistematizando e uniformizando o mais possível os mesmos. Temos referido anualmente que receber as listagens das entidades certificadoras ao mesmo tempo (dentro do prazo previsto) e da forma solicitada seria um grande passo em frente. Infelizmente tal ainda não acontece e isso dificulta, atrasa e aumenta o tempo (e custos) para se efetuar este trabalho. Porém, analisando dados publicados este ano pela ISO e os alertas que lá encontramos, verificamos que não somos os únicos. Acresce que – como já referido – nem sempre o report dos elementos é feito da mesma forma para a ISO e para o GEC, pelo que aconselhamos que os mesmos sejam lidos de for-

EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

na 19ª posição, a qual contrasta com o 11º lugar ao nível das normas da qualidade, estando países mais pequenos vários lugares à nossa frente.


40 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

ma individual comparando dados da ISO de anos diferentes e dados do GEC nos diversos anos e evitando cruzamentos. A uniformização beneficiaria largamente todos os leitores, técnicos da qualidade que recorrem ao GEC, bem como um grupo alargado de académicos para quem esta publicação funciona como um verdadeiro serviço público, gratuito, na sua necessária recolha de informação para a elaboração de trabalhos académicos. Numa análise aos elementos recolhidos junto do INE, verificamos que a tendência que se vinha verificando continua e ganha força com a criação líquida de emprego, de empresas e o aumento do volume de negócios anual em todas as regiões NUT II existentes. O número de empresas passou de 1.163.082 para 1.196.102, ou seja, foram adicionadas mais 33 mil. Neste período foram acrescidos 125 mil novos postos de trabalho, sendo que nas empresas com 10 ou mais trabalhadores o número foi de 83.643, que se distribuíram por todas as regiões visto o volume de emprego ter aumentado em todas. Este ambiente positivo permitiu acrescentar mais trezentos mil novos empregos na economia nacional. Nas empresas com 10 ou mais trabalhadores, o saldo é igualmente positivo passando de 42.430 para 44.058, ou seja, mais 1.628 empresas, o que confirma a tendência que vínhamos registando nos anos mais recentes embora longe dos 50 mil que já existiram antes da crise, aumentando o potencial de entidades certificáveis (que apresentam dez ou mais trabalhadores) em mais 1.628 empresas. Mas pela dimensão dos números, verifica-se que Portugal é um país de micro e pequenas empresas, com menos de 10 trabalhadores numa percentagem su-

N.º CERTIFICADOS EMITIDOS / N.º EMPRESAS REGISTADAS (INE) POR NUT II

EMPRESAS TOTAL

EMPRESAS C/ + 10 TRAB.

CERTIFICADOS EMITIDOS *

% DE CERTIFICADOS VS EMPR. C/ + 10 TRAB.

% DE CERTIFICADOS POR NUTT II

NORTE

405 518

17 531

3 286

18,74

33,29

CENTRO

254 927

8 864

3 009

33,95

30,49

LISBOA

336 230

11 672

2 698

23,12

27,34

ALENTEJO

81 853

2 278

331

14,53

3,35

ALGARVE

66 106

2 033

239

11,76

11,76

REG. AUT. AÇORES

26 360

791

189

23,89

1,91

REG. AUT. MADEIRA

25 108

889

118

13,27

1,2

TOTAL

1 196 102

44 058

9 870

22,40

100

N - 1**

1 163 082

42 430

10 121

23,85

Fonte: INE e organismos certificadores * Pelas Normas ISO 9001/14001/OHSAS/NP4397/ISO 22000/HACCP/ISO/TS/SA8000/NP4469/NP4457 (IDI) | **Valores relativos ao ano anterior

VARIÁVEIS RELATIVAS AO EMPREGO E AO VOLUME DE NEGÓCIOS POR REGIÕES NUT II (milhares de euros) NORTE CENTRO

VOL. EMPREGO POR REGIÃO

VOL. EMPREGO C/ 10 TRAB. OU +

%

VOL. DE NEGÓCIOS

EM EMPRESAS C/ 10 TRAB. OU +

%

1 262 799

672 732

53,27

97 992 279 593

71 481 788 327

72,95

682 153

312 926

45,87

57 241 367 786

39 746 747 739

69,44

1 278 935

811 582

63,46

152 946 934 823

121 604 740 858

79,51

ALENTEJO

195 452

77 478

39,64

15 535 744 549

10 132 329 591

65,22

ALGARVE

157 492

62 333

39,58

7 966 141 076

4 545 097 314

57,06

63 028

28 329

44,95

4 708 077 591

3 310 665 790

70,32

LISBOA

REG. AUT. AÇORES REG. AUT. MADEIRA

64 881

30 409

46,87

4 089 424 006

2 812 052 624

68,76

TOTAL

3 704 740

1 995 789

53,87

340 479 969 424

253 633 422 243

74,49

N-1*

3 578 913

1 912 146

53,43

331 601 856 055

246 534 757 990

74,35

125 827

83 643

0,44

8 878 113 369

7 098 664 253

0,14

DIFERENCIAL

*Valores relativos ao ano anterior | Fonte: INE


TÍTULO DD CAPÍTULO |

41


GRÁFICO 1 Evolução do N.º de Certificados emitidos por norma assinalada

15 451 14 913 14 073

20000

3 930 4 042 4 145

10000

11 521 10 871 9 928

15000

7 789 7 307 6 741

ISO 9001

2015

ISO 14001

2016

OHSAS 18001

ISO 22000

HACCP

300 311 261

119 82 69

158 154 130

85 90 77

443 398 377

0

896 898 812

5000 1 731 1 631 1 461

42 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

perior a 95%, pelo que urge delinear estratégias concertadas entre poderes públicos e organismos sectoriais de empregadores/ empresas para que possam crescer e, assim, tornarem-se mais fortes. Em anexo pode observar-se dois tipos de gráficos com as variáveis relativas ao número de empresas, o volume de negócios, o emprego total e os certificados existentes em cada uma das regiões, elementos obtidos junto do INE e dos organismos certificadores. Utilizamos as regiões NUT II para a distribuição regional dos mesmos, ou seja: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Como referido, aplicamos um filtro aos números recolhidos para apurar as empresas com 10 ou mais trabalhadores. De um total de 1.196.102 passamos para 44.058 empresas. Uma redução drástica, como já referido anteriormente. Sabendo, por estudos efetuados e validados anteriormente que as micro e pequenas empresas têm muita dificuldade em criar condições para a certificação, o filtro permite definir com maior rigor o potencial de empresas certificáveis na economia nacional. Neste caso falamos de 44.058 empresas. Existe, pois, um largo caminho a percorrer pelos organismos de certificação para que o número de empresas certificadas pelos diversos referenciais cresça mais e não o que temos vindo a constatar, que é de redução geral das empresas certificadas. Apresentamos de seguida dois gráficos que registam e permitem verificar os principais valores e as tendências relacionadas com um vasto conjunto de normas, onde se incluem as principais existentes, quer sejam normas

ISO/TS SA8000/ NP 4457 /NP4469 (IDI)

Total Parcial

Outros*

Total Geral

2017

* Outras normas não assinaladas neste gráfico, serviços e produtos certificados

ISO ou de outras entidades. O objetivo destes gráficos é de analisar e fazer a sua caracterização sem identificar individualmente os organismos, mas tão só o número de certificados emitidos em cada uma das normas. Os elementos que aqui apresentamos são importantes, únicos e procurados por muitas e diversas entidades ao longo do ano, nomeadamente pela comunidade académica que tem utilizado muitos destes dados em teses de mestrado e doutoramento. Desta forma, o nosso agradecimento aos organismos pelo envio dos elementos referidos.

A nosso ver as empresas de certificação têm muito a ganhar e são beneficiárias diretas destas análises e podem inclusive adequar as suas estratégias comunicacionais junto do tecido empresarial. Infelizmente um dos organismos de certificação não teve oportunidade, tempo ou visão estratégica para nos facultar os elementos mais atualizados, apesar das várias tentativas da nossa parte, facto que apenas nos resta lamentar. Os dois gráficos de barras transmitem uma ideia, a mais aproximada possível, do universo existente em Portugal em termos do


43 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |

GRÁFICO 2 Evolução do N.º de Certificados emitidos por norma/ano em percentagem (%)

67,9

67,61

70

67,22

80

60 50 40

ISO 9001

2015

ISO 14001

2016

ISO 22000

HACCP

ISO/TS

SA8000/ /NP4469

2,86

2,63

2,6

0,7

1,03

0,75

1,3

1,37

1,41

0,78

0,83

3,8

3,85

3,66

8,18

OHSAS 18001

0,74

0

número de certificados, produtos e serviços em vigor. Verificamos que a tendência negativa que se vinha registando nos últimos anos se acentua. Todas as normas têm algum tipo de redução (umas mais pronunciadas que outras), como se observa. A qualidade e o ambiente (as duas certificações mais utilizadas pelo meio empresarial) estão em queda, mas de forma mais pronunciada a norma da qualidade, que perdeu mais de mil certificados nos últimos anos. As OHSAS perdem algum terreno que pode ser justificado pelo aparecimento da nova norma ISO 45001 que a vai substituir. As restantes normas apresentam ligeiras reduções com a tendência geral a ser de estabilização em baixa. Com quase 68% de quota, a norma ISO 9001 (qualidade) é omnipresente no universo das empresas certificadas. Adicionando a norma ambiental e as OHSAS, temos cerca de 90%

7,8

10

8,3

14,72

15,02

20

15

30

NP 4457 (IDI)

2017

do total em Portugal. Desta forma, sempre que estas normas perdem terreno, estamos claramente a falar de um conjunto de empresas que deixou de estar certificado, o que é preocupante. Estas normas têm a sua importância reconhecida, especialmente a da qualidade é importante nomeadamente para as empresas que querem exportar e internacionalizar-se. A rúbrica Outros, onde se incluem todas as restantes normas, produtos e serviços certificados, continua a evidenciar uma perspetiva positiva, mas o crescimento é reduzido

apontando também aqui para uma estabilização. São, no entanto, as únicas que crescem e evitam uma descida mais pronunciada do total anual. Uma nota final para referir que não contabilizamos no GEC os certificados de entidades com residência fiscal noutro Estado-membro ou em países terceiros, como os PALOP, onde muitas empresas certificadoras estão a atuar e com algum sucesso a avaliar pelo número de certificados emitidos nesses mercados aproveitando a capacidade e o know-how existente.


G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

44

INFORMAÇÕES GERAIS

A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA

PAÍS

REGIME POLÍTICO

ALEMANHA

República federal

ÁUSTRIA

República federal

BÉLGICA

Governo parlamentar federal (monarquia constitucional)

BULGÁRIA

Democracia parlamentar

CHIPRE

República

CROÁCIA

República

DINAMARCA

Monarquia constitucional

ESLOVÁQUIA

Democracia parlamentar

ESLOVÉNIA

República parlamentar

* Países que aderiram à moeda única (Euro)

ESPANHA

Monarquia parlamentar

N

ESTÓNIA

República parlamentar

FINLÂNDIA

República

FRANÇA

República

GRÉCIA

República parlamentar

HUNGRIA

Democracia parlamentar

IRLANDA

República, democracia parlamentar

ITÁLIA

República

LETÓNIA

Democracia parlamentar

LITUÂNIA

Democracia parlamentar

LUXEMBURGO

Monarquia constitucional

MALTA

República

PAÍSES BAIXOS

Monarquia constitucional

POLÓNIA

República

PORTUGAL

República, democracia parlamentar

REINO UNIDO

Monarquia constitucional

REPÚBLICA CHECA

Democracia parlamentar

ROMÉNIA

República

SUÉCIA

Monarquia constitucional

ESTADOS-MEMBRO Alemanha* | Áustria* | Bélgica* | Bulgária | Chipre* | Croácia | Dinamarca| Eslováquia* | Eslovénia* | Espanha* | Estónia* | Finlândia* |França* | Grécia* | Hungria | Irlanda* | Itália* | Letónia* | Lituânia* | Luxemburgo* | Malta* | Países Baixos* | Polónia | PORTUGAL* | Reino Unido | República Checa | Roménia | Suécia.

o seguimento do périplo que iniciamos neste guia, pelos países pertencentes à Europa comunitária, a Croácia e a República Checa são os dois países que abordamos nesta edição do GEC. A Croácia é um pequeno país, com pouco mais de 4 milhões de pessoas, que resulta da divisão da ex-Jugoslávia. Faz fronteira com a Eslovénia, Hungria, Sérvia, Bósnia Herzegovina e Montenegro. O país tem uma extensa costa, banhada pelo Mar Adriático tendo fronteira marítima com a Itália do outro lado do referido mar. A Capital – Zagreb – é um importante centro financeiro e universitário contabilizando 800 mil habitantes. De referir igualmente Dubrovnik que é Património Mundial da Humanidade. A Croácia está a desenvolver a indústria ligada ao turismo pois é possuidora de grande beleza paisagística e cultural. A indústria aposta nos sectores químicos, maquinaria e ferramentas, produtos de metal e de eletrónica. A Croácia é a 76 ª economia mundial de acordo com dados divulgados pelo Banco Mundial. Os principais parceiros comerciais (de importação/exportação) são a Itália, Alemanha e a vizinha Eslovénia. No ranking de certificação de empresas


FRONTEIRAS

MOEDA

Alemão

Berlim 3,5 milhões

82

357

Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Rep. Checa, Suíça

Euro

Alemão, Esloveno, Croata, Húngaro

Viena 1,7 milhões

8,7

84

Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Itália, Rep. Checa, Suíça, Liechtenstein

Euro

Flamengo, Francês, Alemão

Bruxelas 2,0 milhões

11

30

Alemanha, França, Luxemburgo, Países Baixos

Euro

Búlgaro

Sófia 1,2 milhões

7,1

110

Grécia, Macedónia, Roménia, Sérvia, Turquia

LEV da Bulgária (BGN)

Grego, Turco

Nicósia 251 mil

1

9

Sem fronteiras terrestres

Euro

Croata

Zagreb 687 mil

4,4

56

Bósnia-Herzegovina, Hungria, Sérvia, Montenegro, Eslovénia

Kuna croata (HRK)

Dinamarquês

Copenhaga 1,2 milhões

5,7

43

Alemanha

Coroa dinamarquesa (DKK)

Eslovaco

Bratislava 401 mil

5,4

49

Esloveno

Liubliana 279 mil

2

20

Áustria, Croácia, Itália, Hungria

Euro

46,4

505

Andorra, França, Gibraltar, Marrocos, Portugal

Euro

IDIOMA OFICIAL

Castelhano, Aranês, Catalão, Galego, Madrid Basco, Valenciano 6,1 milhões

Áustria, Hungria, Polónia, Rep. Checa, Ucrânia

Euro

Estónio

Tallinn 391 mil

1,3

45

Letónia, Rússia

Euro

Finlandês, Sueco, Sami

Helsínquia 1,1 milhões

5,4

338

Noruega, Suécia, Rússia

Euro

Francês

Paris 10,8 milhões

66

643

Alemanha, Andorra, Bélgica, Espanha, Itália, Luxemburgo, Mónaco, Suíça

Euro

Grego

Atenas 3,0 milhões

10,7

131

Albânia, Bulgária, Macedónia, Turquia

Euro

Húngaro

Budapeste 1,7 milhões

9,8

93

Áustria, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Roménia, Sérvia, Ucrânia

Forint Húngaro (HUF)

Irlandês, Inglês

Dublin 1,1 milhão

4,8

70

Reino Unido

Euro

Italiano

Roma 3,7 milhões

61

301

Áustria, Cidade do Vaticano, Eslovénia, França, San Marino, Suíça

Euro

Letão

Riga 621 mil

1,9

65

Bielo-Rússia, Estónia, Lituânia, Rússia

Euro

Lituano

Vilnius 517 mil

2,8

65

Bielo-Rússia, Letónia, Polónia, Rússia

Euro

Luxemburguês, Francês, Alemão

Luxemburgo 107 mil

0,8

2,5

Alemanha, Bélgica, França

Euro

Maltês, Inglês

Valeta 197 mil

0,5

0,3

Sem fronteiras terrestres

Euro

Holandês, Frísio

Amesterdão 810 mil

17

41

Alemanha, Bélgica

Euro

Polaco

Varsóvia 1,7 milhões

38

313

Alemanha, Bielo-Rússia, Eslováquia, Lituânia, Rep. Checa, Rússia, Zloti Polaco (PLN) Ucrânia

Português, Mirandês

Lisboa 2,8 milhões

10,8

92

Espanha

Euro

Inglês, Escocês de Ulster, Irlandês, Língua gaélica escocesa, Scots, Galês, Córnico

Londres 10,3 milhões

65

242

Irlanda

Libra Esterlina (GDP)

Checo

Praga 1,3 milhões

10,6

79

Alemanha, Áustria, Eslováquia, Polónia

Coroa Checa (CZK)

Romeno

Bucareste 1,8 milhões

20

237

Bulgária, Hungria, Moldávia, Sérvia, Ucrânia

Leu da Roménia (RON)

Sueco

Estocolmo 1,4 milhões

9,9

450

Finlândia, Noruega

Coroa Sueca (SEK)

A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |

POPULAÇÃO TOTAL SUPERFÍCIE Milhões (Aprox.) - Mil km2 (Aprox.)

45

Fonte: CIA World Factbook, Banco Central Europeu CAPITAL Área Metropolitana (HABITANTES)


G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

46

INDICADORES ECONÓMICOS

(9001/14001) posiciona-se em 21º lugar em 28 países comunitários. Entre 2016 e 2017 a variação foi pequena, mas negativa, interrompendo o crescimento verificado um ano antes. A Croácia não aderiu ao Euro e mantêm moeda própria: a KUNA Croata (HRK). A República Checa situa-se geograficamente no centro da Europa, com fronteira terrestre com a Eslováquia, Áustria, Alemanha e Polónia. Resulta da divisão, pacífica, que ocorreu em 1993 da então Checoslováquia tendo sido seu primeiro presidente Václav Havel. A Capital e principal cidade é Praga, com 1.3 milhões de habitantes e uma história e património cultural muito ricos. É uma das cidades europeias mais visitadas anualmente. A R. Checa conta com uma população de 10.6 milhões de habitantes, idêntica à de Portugal. Possui uma economia desenvolvida, fortemente alicerçada nas exportações nomeadamente de veículos automóveis, máquinas e equipamentos mecânicos, metalurgia, vidro e armamento tendo como parceiros principais de exportações a Alemanha com um terço do total, a Eslováquia e a Polónia. Nas importações encontramos com um peso significativo a Alemanha e em menor escala a China e a Polónia. No ranking da certificação de empresas pelas normas anteriormente referidas (9001/14001), ocupa a 7ª. posição mantendo uma trajectória de crescimento nos últimos anos. A República Checa ainda não aderiu ao Euro sendo a sua moeda nacional a Coroa Checa (CZK). É a 50 ª economia mundial de acordo com dados divulgados pelo Banco Mundial. No que concerne à certificação, a República Checa apresenta, nos últimos anos, uma

PAÍS

EXPORTAÇÕES (2017)

PRINCIPAIS PARCEIROS DE EXPORTAÇÃO (2017)

ALEMANHA

Automóveis, maquinaria, produtos farmacêuticos, instrumentos de ótica e precisão

Estados Unidos 8,8%; França 8,3%; Reino Unido 7,0%

ÁUSTRIA

Maquinaria e equipamentos, veículos e peças, papel e cartão, metal

Alemanha 29,4%; Estados Unidos 6,4%; Itália 6,1%

BÉLGICA

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, produtos farmacêuticos, produtos químicos orgânicos

Alemanha 16,7%; França 15,4%; Países Baixos 11,2%

BULGÁRIA

Vestuário, calçado, ferro e aço, maquinaria e equipamentos, combustíveis

Alemanha 12,5%; Itália 9,2%; Turquia 8,5%

CHIPRE

Combustíveis e óleos minerais, produtos farmacêuticos, máquinas e equipamentos elétricos

Grécia 12,6%; Reino Unido 7,8%; Líbia 7,7%

CROÁCIA

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos

Itália 13,7%; Eslovénia 12,5%; Alemanha 11,8%

DINAMARCA

Maquinaria e aparelhos mecânicos, produtos farmacêuticos, máquinas elétricas e partes, combustíveis e óleos minerais

Alemanha 16,4%; Suécia 11,1%; Noruega 6,3%

ESLOVÁQUIA

Automóveis e outros veículos terrestres, máquinas e equipamentos elétricos e equipamentos mecânicos

Alemanha 21,9%; República Checa 11,9%; Polónia 7,7%

ESLOVÉNIA

Automóveis e outros veículos terrestres, máquinas e equipamentos elétricos e equipamentos mecânicos

Alemanha 19,3%; Itália 10,4%; Áustria 7,4%

ESPANHA

Veículos automóveis e partes, máquinas e equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos

França 15,1%; Alemanha 11,3%; Itália 8,0%

ESTÓNIA

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, madeira, carvão vegetal e obras de madeira

Suécia 16,8%; Finlândia 15%; Rússia 9,3%

FINLÂNDIA

Máquinas e equipamentos mecânicos, papel, cartão e suas obras, máquinas e equipamentos elétricos

Alemanha 13,6%; Suécia 10,1%; Estados Unidos 6,7%

FRANÇA

Aeronaves e outros aparelhos aéreos ou espaciais, máquinas e equipamentos mecânicos, veículos automóveis e outros veículos

Alemanha 13,9%; EUA 8,4%; Espanha 6,3%

GRÉCIA

Combustíveis, óleos minerais e matérias betuminosas, alumínio e suas obras, máquinas, caldeiras e aparelhos mecânicos

Itália 11,3%; Alemanha 7,2%; Turquia 6,7%

HUNGRIA

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas, aparelhos, instrumentos mecânicos, veículos e outro material de transporte

Alemanha 27,2%; Roménia 5,2%; Eslováquia 5,0%

IRLANDA

Produtos farmacêuticos, produtos químicos e orgânicos, instrumentos e aparelhos de ótica e fotografia

Estados Unidos 23,9%; Reino Unido 13,8%; Bélgica 12,9%

ITÁLIA

Máquinas e equipamentos mecânicos, veículos automóveis e outros veículos terrestres, máquinas e equipamentos elétricos

Alemanha 12,6%; França 10,5%; Estados Unidos 8,9%

LETÓNIA

Madeira, carvão vegetal e obras de madeira, máquinas e equipamentos elétricos e equipamentos mecânicos

Lituânia 18,3%; Estónia 12,2%; Rússia 7,6%;

LITUÂNIA

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos, móveis, mobiliário médico

Rússia 13,5%; Letónia 9,9%; Polónia 9,1%

LUXEMBURGO

Ferro fundido, ferro e aço, máquinas e equipamentos mecânicos, plástico e suas obras, veículos automóveis

Alemanha 27,8%; França 14,0%; Bélgica 12,7%

MALTA

Produtos farmacêuticos, máquinas e equipamentos elétricos, peixes e crustáceos, moluscos, combustíveis e óleos minerais

EUA 27,3%; Alemanha 13,9%; França 8,3%

PAÍSES BAIXOS

Maquinaria e aparelhos mecânicos, combustíveis e óleos minerais, máquinas e aparelhos elétricos, produtos farmacêuticos

Alemanha 23,2%; Bélgica 10,4%; Reino Unido 8,9%

POLÓNIA

Máquinas e equipamentos de mecânicos, veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios

Alemanha 27,0%; Reino Unido 6,6%; República Checa 6,5%

PORTUGAL

Máquinas, aparelhos, veículos, outro material de transporte, metais comuns, plásticos, borracha, combustíveis minerais

Espanha 26,3%; Outros 22,8%; França 13,3%

REINO UNIDO

Máquinas, aparelhos mecânicos e partes, pérolas, pedras e metais preciosos, moedas, veículos automóveis, tratores e outros

EUA 14,9%; Alemanha 10,0%; Suíça 7,3%

REPÚBLICA CHECA

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios, máquinas e equipamentos mecânicos

Alemanha 32,5%; Eslováquia 9%; Polónia 5,8%

ROMÉNIA

Maquinaria e equipamentos elétricos, veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios

Alemanha 21,5 %; Itália 11,4%; França 7,2%

SUÉCIA

Máquinas e aparelhos mecânicos, veículos e outro material de transporte, máquinas e aparelhos elétricos

Alemanha 10,2%; Noruega 10,1%; EUA 7,0%


IMPORTAÇÕES (2017)

PRINCIPAIS INDÚSTRIAS (2017)

Máquinas e aparelhos mecânicos, máquinas elétricas, veículos e material de transporte e produtos farmacêuticos

China 9,9%; Países Baixos 8,7%; França 6,9%

Indústria do ferro e do aço, carvão, cimento, produtos químicos, fabrico de veículos motorizados, produtos eletrónicos, fornecimento de produtos alimentares, construção de navios, indústria têxtil

Maquinaria e equipamentos, veículos motorizados, produtos químicos, metal

Alemanha 41,5%; Itália 6,3%; Suíça 6%

Construção, maquinaria, veículos e peças, produtos alimentares, metais, produtos químicos

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, combustíveis minerais, produtos farmacêuticos

Países Baixos 16,8%; Alemanha 13,6%; França 9,5%

Fabrico de produtos de engenharia e de metal, montagem de veículos, equipamentos de transporte e fabrico de instrumentos científicos

Maquinaria e equipamentos, metais e minérios, produtos químicos e plásticos, combustíveis, matérias-primas

Alemanha 12,9%; Rússia 12%; Itália 7,6%

Eletricidade, gás, água, produtos alimentares, tabaco, maquinaria e equipamentos, metais, produtos químicos

Combustíveis e óleos minerais, navios e embarcações, veículos automóveis e outros veículos terrestres

Grécia 21,3%; Alemanha 16,7%; Itália 6,7%

Sector turístico, indústria alimentar e processamento de alimentos, produção de cimento e gesso, reparação e remodelação de navios, indústria têxtil

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos

Alemanha 16,2%; Itália 12,5%; Eslovénia 10,9%

Produtos químicos e plásticos, maquinaria e ferramentas, produtos de metal e eletrónicos, alumínio, papel

Maquinaria e aparelhos mecânicos, máquinas elétricas e partes, veículos e material de transporte, combustíveis e óleos minerais

Alemanha 20,3%; Suécia 12,4%; Países Baixos 8,0%

Produção de ferro e aço, metais não ferrosos, produtos químicos, processamento de alimentos, maquinaria e equipamentos de transporte, têxteis e vestuário

Maquinaria e equipamentos elétricos, automóveis e outros veículos terrestres, máquinas e equipamentos elétricos

Alemanha 20,2%; República Checa 16,9%; Áustria 9,8%

Indústria automóvel, metais e produtos, eletricidade, gás, coque, petróleo, combustível nuclear, produtos químicos

Automóveis e outros veículos terrestres, máquinas e equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos

Alemanha 16,8%; Itália 13,5%; Áustria 9,9%

Indústria metalúrgica e produtos de alumínio ferrosos, chumbo e fundição de zinco, produtos eletrónicos, automóveis, equipamentos de energia elétrica, produtos madeira

Veículos automóveis e partes, combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos

Alemanha 13,5%; França 11,1%; China 8,7%

Indústria têxtil e calçado, indústria alimentar, metais e produtos metálicos, produtos químicos, construção naval, automóveis

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos

Alemanha 10,7%; Finlândia 9,6%; China 8%

Indústria alimentar, engenharia, fabrico de componentes eletrónicos, produtos de madeira, indústria têxtil, tecnologias de informação e telecomunicações

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos, veículos automóveis

Alemanha 14,9%; Suécia 11,2%; Rússia 10,9%

Metais e produtos de metal, produtos eletrónicos, maquinaria, instrumentos científicos, construção naval, papel e celulose, produtos alimentares e químicos

Máquinas e equipamentos mecânicos, combustíveis minerais, óleos minerais, veículos automóveis e outros veículos

Alemanha 14,9%; EUA 8,9%; China 8,1%

Maquinaria, produtos químicos, automóveis, indústria metalúrgica, aeronaves, produtos eletrónicos, indústria têxtil, processamento de alimentos, turismo

Combustíveis, óleos minerais e matérias betuminosas, máquinas, caldeiras, aparelhos mecânicos, produtos farmacêuticos

Alemanha 10,6%; Rússia 8,1%; Itália 7,8%

Sector do turismo, produtos alimentares e tabaco, indústria têxtil, produtos químicos, metálicos, mineração, petróleo

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, veículos e outro material de transporte

Alemanha 26,1%; Áustria 6,6%; China 5,8%

Mineração, indústria metalúrgica, materiais de construção, processamento de alimentos, indústria têxtil, produtos químicos, automóveis

Aeronaves e outros aparelhos aéreos ou espaciais e suas partes, máquinas e aparelhos mecânicos e partes

Reino Unido 25,7%; Estados Unidos 15,6%; França 12,4%

Indústria farmacêutica, produtos químicos, hardware & software, produtos alimentares e dispositivos médicos

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos

Alemanha 16,3%; França 8,9%; China 7,5%

Sector turismo, maquinaria, produção de ferro e aço, produtos químicos, processamento de alimentos, indústria têxtil, veículos, vestuário, calçado, cerâmica

Máquinas e equipamentos elétricos, equipamentos mecânicos, automóveis e outros veículos terrestres

Lituânia 17,5%; Alemanha 11,9%; Polónia 10,4%

Processamento de alimentos, processados de madeira, indústria têxtil, metais, produtos farmacêuticos, fibras sintéticas, produtos eletrónicos

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos, automóveis e outros veículos

Rússia 14,4%; Alemanha 12,1%; Polónia 10,8%

Maquinaria e ferramentas, produção de motores, eletrodomésticos, indústria de refinaria, construção naval, móveis, indústria têxtil, processamento de alimentos, fertilizantes

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos

Alemanha 24,0%; Bélgica 22,7%; França 11,9%

Serviços bancários e financeiros, serviços de construção, imobiliário, indústria do ferro, metal e aço, tecnologias da informação, telecomunicações

Combustíveis e óleos minerais, embarcações e estruturas flutuantes, aeronaves e outros aparelhos aéreos

Itália 20,9%; Ilhas Cayman 11,8%; Canadá 10,4%

Turismo, produtos eletrónicos, construção e reparação naval, indústria alimentar e bebidas, produtos farmacêuticos, calçado, vestuário, tabaco, aviação

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e aparelhos mecânicos, máquinas e aparelhos elétricos

Alemanha 17,2%; Bélgica 9,9%; China 9,0%

Agroindústrias, metal e engenharia de produto, máquinas e equipamentos elétricos, indústria química, petróleo, construção e produção de componentes microeletrónicas

Máquinas e equipamentos elétricos, máquinas e equipamentos mecânicos, veículos automóveis e outros veículos terrestres

Alemanha 22,9%; Rússia 12,4%; China 6,1%

Indústria de aço e ferro, fornecimento de minério, produtos químicos, construção naval, processamento de alimentos, vidro, bebidas e indústria têxtil

Máquinas, aparelhos, veículos, outro material de transporte, combustíveis minerais, agrícolas, químicos, metais comuns

Espanha 32,7%; Outros 22,6%; Alemanha 13,6%

Indústria têxtil, vestuário, calçado, madeira, cortiça, papel e celulose, produtos químicos, lubrificantes, automóveis e autopeças, metais base, minerais, porcelana e cerâmica

Veículos automóveis, tratores e outros, máquinas, aparelhos mecânicos e partes, aparelhos elétricos, combustíveis, óleos minerais

Alemanha 15,0%; China 10,0%; EUA 9,2%

Fabrico de máquinas e ferramentas, equipamento elétrico, automação, ferroviários, construção naval, aviões, veículos e autopeças, produtos eletrónicos e equipamentos de comunicação

Maquinaria e equipamentos mecânicos, equipamentos elétricos, veículos automóveis e outros veículos terrestres

Alemanha 26,2%; China 13,4%; Polónia 7,8%

Indústria automóvel, metalúrgica, maquinaria e equipamentos, vidro, armamentos

Maquinaria e equipamentos elétricos, equipamentos mecânicos, veículos automóveis

Alemanha 20,5%; Itália 10,2%; Hungria 7,4%

Maquinaria e equipamentos elétricos, montagem de automóveis, indústria têxtil e calçado, metalurgia, produtos químicos, processamento de alimentos

Máquinas e aparelhos mecânicos, veículos e material de transporte, máquinas e aparelhos elétricos

Alemanha 18,8%; Países Baixos 8,3%; Noruega 8,82%

Fornecimento de ferro e aço, produção de equipamento de precisão, indústria da madeira e derivados, indústria alimentar

47

Fonte: AICEP

PRINCIPAIS PARCEIROS DE IMPORTAÇÃO (2017)

A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |


48 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

consistente trajetória de subida com 15492 certificados registados (mais 741 que no ano anterior). Em termos percentuais o crescimento foi de 5% ao ano. Nos 28 países da Comunidade Europeia, encontra-se em sétimo, tendo subido uma posição. A Croácia apresenta um desempenho negativo, perdendo certificados nestes dois referenciais (qualidade e ambiente), contrariando a subida verificada no ano anterior, estabilizando um pouco acima dos 3 mil. Em termos percentuais apresenta um decréscimo de 8.13% que correspondem a menos 296 certificados. Nos vinte e oito países da comunidade europeia a Croácia ocupa a 21ª posição tendo perdido duas posições em relação ao que lhe era habitual. A queda de Portugal continua, pelo terceiro ano consecutivo, com menos 11 certificados sugerindo alguma estabilização. Mas, se nos reportarmos ao ano de 2014, verificamos que Portugal perdeu muitos certificados dado que registava na altura 9327 e, 8770, em 2015. A quebra em percentagem é muito ligeira 0.13% não sendo suficiente para perder a posição dos últimos anos ou seja: a 11ª. Mas a Grécia está a cerca de 50 certificados de distância na posição seguinte. Dado que os efeitos da crise já se diluíram, esta contínua redução de empresas certificadas é preocupante e não está a ser compensada por novas normas pois o panorama geral é igualmente negativo. Este é um ano de quedas generalizadas na europa com pequenas subidas de alguns países. A exceção pela positiva é a da Suécia que acrescenta mais 4739 certificados. O

segundo melhor desempenho é da Alemanha com mais 1157 seguido por Chipre e R. Checa com, respetivamente, 867 e 741 novos registos. Depois disso, todos os que crescem e são apenas 12, tem valores de dezenas ou poucas centenas. Em terreno negativo encontramos Dezoito. Nos 28 países analisados, como já referido, apenas doze crescem contra 18 que decrescem. Em 2017 cresciam 16 e estavam 12 negativos. Este ano muito se inverteu. Em 2017 os grandes países cresciam. Este ano tem quedas quase todos sendo o desempenho Italiano dececionante. A ISO refere problemas existentes na contabilização dos certificados Italianos pelo que o valor tem que ser mencionado com reservas. Existiram mais alguns países com problemas, nomeadamente a Alemanha. A crescer 63% em termos percentuais e 4739 nominais encontramos a Suécia. Dos grandes países europeus, está igualmente a crescer nos últimos anos a R. Checa que acrescenta mais 741 certificados. O Reino Unido recupera ligeiramente (375) mas ainda longe de 2015. O maior crescimento percentualmente foi registado no Chipre com +252% e 867 novos registos. Estes elementos merecem, igualmente, muitas reservas pois em 2015 apresentava 1069, em 2016 teve uma queda abrupta passando para 343 e este ano recupera para 1210. São demasiadas alterações, com muito significado, pelo que estamos perante problemas de contabilização anual da ISO ou do envio dos dados. Os países bálticos apresentam um forte crescimento percentual, superior a dez por cento, mas, como pequenos países, o seu valor absoluto é de algumas centenas. A Alemanha cresce 1.5% e o Reino Unido fica-se

pelos 0.69% sendo o último dos que crescem. Com Malta passou-se algo de parecido com o referido para o Chipre. Em 2015 registava 548, passando para 2509 em 2016 o que na altura pareceu pouco credível. Este ano retrocede para 226. Poderemos afirmar algo de parecido com a Itália que nos últimos anos tem apresentado valores com grandes descidas e subidas. Este é o ano da descida como tinha sido em 2015 de grande subida, perdendo 64 581 certificados e estando no topo dos que mais desceram. Percentualmente perdeu 36.8% mais de um terço. É melhor esperar pelos valores do próximo ano para perceber melhor a realidade deste país - líder na certificação na europa - e um dos principais a nível mundial. Com perdas de monta aparecem também a Espanha, Eslováquia e França. Os primeiros, próximos da fasquia dos três mil e o último com 1972. Outro país grande em queda é a Polónia que inverte a tendência e perde seiscentos e cinco certificados. Em termos percentuais as maiores quedas são protagonizadas por Malta (91%), Eslováquia (36.8%) e Itália (36.5%). Num segundo patamar, encontramos a Bélgica, com 12, a Croácia, com 8, a Hungria, Bulgária e a


PAÍS

49

Fonte: AICEP, Comissão Europeia, Eurostat e PORDATA

PIB 2016 (Mil milhões de euros)

PIB 2017 (Mil milhões de euros)

TAXA INFLAÇÃO 2016 (%)

TAXA INFLAÇÃO 2017 (%)

ALEMANHA

3 144 050

3.277.340,0

0,4

1,7

ÁUSTRIA

353 296

369.899,2

1,0

2,2

BÉLGICA

423 048

439.051,9

1,8

2,2

BULGÁRIA

48 128

51.663,0

1,3

1,2

CHIPRE

18 122

19.570,9

-1,2

0,7

CROÁCIA

46 382

48.989,5

-0,6

1,3

DINAMARCA

277 489

292.806,0

0,0

1,1

ESLOVÁQUIA

81 154

84.850,9

-0,5

1,4

ESLOVÉNIA

40 418

42.999,7

-0,2

1,6

1 118 522

1.166.319,0

-0,3

2

21 098

23.615,1

0,8

3,7

ESPANHA ESTÓNIA FINLÂNDIA

215 615

223.843,0

0,4

0,8

2 228 857

2.291.705,0

0,3

1,2

GRÉCIA

174 199

180.217,6

0,0

1,1

HUNGRIA

113 730

124.050,3

0,4

2,4

IRLANDA

275 567

294.110,1

-0,2

0,3

1 680 522

1.724.954,5

-0,1

1,3

LETÓNIA

24 926

27.033,1

0,1

2,9

LITUÂNIA

38 668

42.190,8

0,7

3,7

LUXEMBURGO

53 004

55.299,4

0,0

2,1

9 926

11.139,7

0,9

1,3

PAÍSES BAIXOS

702 641

737.048,0

0,1

1,3

POLÓNIA

425 980

467.167,0

-0,2

1,6

PORTUGAL

185 179

194.613,5

0,6

1,6

2 393 183

2.332.087,3

0,7

2,7

REPÚBLICA CHECA

176 564

191.642,8

0,6

2,4

ROMÉNIA

169 578

187.939,9

-1,1

1,1

SUÉCIA

465 186

475.231,1

1,1

1,9

FRANÇA

ITÁLIA

MALTA

REINO UNIDO

França com aproximadamente 7%. Portugal perde 0.13% que corresponde a 11 certificados. Esta é, igualmente, a secção do GEC em que

é feita a análise e caraterização dos vinte e oito países da Comunidade Europeia com informação diversificada que apresentamos em quadros e tabelas, para facilitar a leitura

e a interpretação. Os dois países em destaque são a República Checa e a Croácia (um país maior e um de menor dimensão) que são analisados individualmente.

A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |

INDICADORES ECONÓMICOS


50 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

DADOS DA CERTIFICAÇÃO PAÍS

Organismos Oficiais (website)

ALEMANHA

Instituto Alemão para a Normalização – DIN (www.din.de) Organismo de Acreditação - DAKKS (www.dakks.de) Associação Alemã para a Qualidade - OVQ (www.dgq.de)

Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos ISO 9001 (2016) ISO 9001 (2017) ISO 14001 (2016) ISO 14001 (2017) ISO 22000 (2016) ISO 22000 (2017) 66233

64658

9444

12176

425

416

ÁUSTRIA

Instituto Austríaco para a Normalização - ASI (www.on-norm.at) Ministério da Economia, Família e Juventude – Acreditação (www.bmwfj.gv.at) Fundação Austríaca para a Gestão da Qualidade - AFQM (www.qualityaustria.at)

3922

3707

1190

1168

62

71

BÉLGICA

Instituto Belga para a Normalização(www.nbn.be)BELAC Acreditação (www.belac.fgov.be/intro_nl.htm) Centro Flamengo para a Gestão de Qualidade – VCK (www.vck.be)

3634

3121

1167

1063

181

148

BULGÁRIA

Instituto Búlgaro de Normalização - BDS (www.bds-bg.org) Serviço Búlgaro de Acreditação - BAS (www.nab-bas.bg) Agência Estatal para Vigilância Metrológica e Técnica – SAMTS (www.damtn.government.bg)

5951

5397

1824

1820

335

261

CHIPRE

Organização Cipriota para a Normalização (www.cys.org.cy/default.asp?id=175) Organização Cipriota para a Promoção da Qualidade - Acreditação (www.cys.mcit.gov.cy) Associação Cipriota para a Qualidade - CyAQ

275

939

68

271

47

213

CROÁCIA

Agência de Acreditação Croata (HAA) (http://www.akreditacija.hr/EN) Sociedade Croata para a Qualidade (HDK) Instituto de Normalização Croata (http://www.hzn.hr/default.aspx?id=160)

2659

2381

984

966

92

78

DINAMARCA

Dansk Standard - Normalização (www.ds.dk) DANAK - Acreditação Dinamarquesa (webtool.danak.dk/english/akkreditering-engelsk) Sociedade Dinamarquesa para a Qualidade – DFK (www.dfk.dk)

2498

2656

1075

1128

95

107

ESLOVÁQUIA

Instituto Eslovaco para a Normalização, Metrologia e Testes - SUTN (www.unms.sk/?slovak-standards-institute) Sistema Eslovaco de Acreditação - SNAS (www.snas.sk) Sociedade Eslovaca para a Qualidade - SSK (http://www.ssk.sk/)

5716

3592

2317

1485

155

97

ESLOVÉNIA

Instituto Esloveno para a Normalização (www.sist.si) Slovenska akreditacija – Acreditação (http://www.slo-akreditacija.si/) Associação Eslovena para a Qualidade e a Excelência - SZKO (http://www.szko.si/)

1848

1720

461

450

16

18

ESPANHA

Associação Espanholade Normalização e Certificação - AENOR (www.aenor.es) Entidade Nacional de Acreditação - ENAC (www.enac.es) Associação Espanhola para a Qualidade – AEC (www.aec.es)

34438

31984

13717

13053

611

589

ESTÓNIA

Centro Estónio para a Normalização - EVS (www.evs.ee) Centro Estónio de Acreditação (www.eak.ee/index_eng.php) Associação Estónia para a Qualidade - EKVA (www.eaq.ee)

973

1048

476

562

22

23

FINLÂNDIA

Associação Finlandesa para a Normalização - SFS (www.sfs.fi) Serviço Finlandês de Acreditação - FINAS (www.finas.fi)

2592

2644

1418

1480

69

68

FRANÇA

Associação Francesa de Normalização - AFNOR (www.afnor.fr) Comité Francês de Acreditação - COFRAC (www.cofrac.fr) Movimento Francês pela Qualidade - MQF (www.mfq-fc.asso.fr)

23403

21808

6695

6318

585

622


51

PAÍS

Organismos Oficiais (website)

GRÉCIA

Organização Helénica para a Normalização (www.elot.gr) Conselho Helénico de Acreditação - ESYD (www.esyd.gr) Associação Helénica para a Gestão - HMA (www.eede.gr)

7303

7056

1324

1520

2227

2285

HOLANDA

Instituto Holandês de Normalização - NNI (www2.nen.nl) Raad voor Accreditatie, RvA - Acreditação (www.rva.nl)

10326

9991

2677

2739

443

434

HUNGRIA

Instituto Húngaro de Normalização - MSZT (www.mszt.hu) Conselho Húngaro de Acreditação - NAT (www.nat.hu) Comité Nacional Húngaro do EOQ - Qualidade (www.eoq.hu)

6559

5946

2233

2195

158

160

IRLANDA

Autoridade Nacional de Normalização da Irlanda - NSAI (www.nsai.ie) Organismo Nacional Irlandês de Acreditação - INAB (www.inab.ie)

2393

2568

930

989

62

47

ITÁLIA

Centro Nacional Italiano de Normalização (www.uni.com) ACCRETIA - Acreditação (www.accredia.it) Associação Italiana para a Qualidade - AICQ (http://aicqna.com/)

150143

97646

26655

14571

1304

898

LETÓNIA

Normalização da Letónia (www.lvs.lv) Serviço Nacional Letão de Acreditação - LATAK (www.latak.lv)

866

962

309

373

41

43

LITUÂNIA

Conselho Lituano de Normalização(www.lsd.lt/en) LA – Acreditação (www.nab.lt)

1 150

1289

668

779

34

34

209

210

87

119

9

3

1864

191

645

35

84

3

12152

11846

3184

2885

701

561

7160

7150

1476

1475

234

332

Instituto Luxemburguês de Normalização, Acreditação, LUXEMBURGO Segurança e Qualidade dos Produtos e Serviços - ILNAS (www.ilnas.public.lu/fr/index.html) MALTA

Autoridade Maltesa de Normalização - MAS (www.msa.org.mt) Organização Nacional de Acreditação - NAB (www.nabmalta.org.mt) Câmara do Comércio, Empresas e Indústria de Malta – Qualidade (www.maltachamber.org.mt)

POLÓNIA

Comissão Polaca para a Normalização - PKN Centro Polaco de Acreditação - PCA (www.pca.gov.pl) Centro Polaco para Testes e Certificação – Qualidade - PCBC (www.pcbc.gov.pl/english)

PORTUGAL

Associação Portuguesa para a Qualidade (www.apq.pt) Instituto Português de Acreditação (www.ipac.pt) Instituto Português da Qualidade (www.ipq.pt)

REINO UNIDO

Instituto Britânico de Normalização - BSI (www.bsigroup.com) Serviço de Acreditação do Reino Unido - UKAS (www.ukas.com)

37901

37478

16761

17559

141

154

REPÚBLICA CHECA

Instituto Checo de Acreditação - CAI (www.cia.cz) Departamento Checo para Normalização, Metrologia e Testes - UNMZ (www.unmz.cz) Sociedade Checa para a Qualidade – CSQ (www.csq.cz)

10568

11180

4183

4312

94

111

ROMÉNIA

Associação Romena de Normalização - ASRO (www.asro.ro) Organismo Nacional de Acreditação - RENAR (www.renar.ro) Associação Romena para a Qualidade - ARC (www.arc.ro)

12209

12031

6075

5555

682

708

SUÉCIA

Instituto Sueco de Normalização (www.sis.se) Conselho Sueco para Acreditação e Conformidade (SWEDAC) (www.swedac.se) Associação Sueca para a Qualidade - SFK (www.sfk.se)

4 041

5742

3448

6486

39

64

A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |

Fonte: ISO Survey Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos ISO 9001 (2016) ISO 9001 (2017) ISO 14001 (2016) ISO 14001 (2017) ISO 22000 (2016) ISO 22000 (2017)


G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

52

Fonte: ISO Survey

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CERTIFICADOS EMITIDOS (ISO 9001 + 14001)

RANKING DOS PAÍSES DA UE POR NÚMERO DE CERTIFICADOS EMITIDOS (ISO 9001+14001) Posição

Posição

2016

2017

País

4 875

1

1

ITÁLIA

4 801

4 184

2

2

ALEMANHA

6 925

7 775

7 217

3

3

CHIPRE

1069

343

1 210

4

CROÁCIA

3 413

3 643

3 347

País

2015

2016

2017

61 219

75 677

76 834

ÁUSTRIA

5 680

5 112

BÉLGICA

4 712

BULGÁRIA

ALEMANHA

DINAMARCA

2 874

3 573

3 784

ESLOVÁQUIA

7 960

8 033

5 077

ESLOVÉNIA

1 838

2 309

2 170

MAIORES CRESCIMENTOS ANUAIS (Qtd/%) (ISO 9001+14001) 2017

Val. Abs.

Certificados

%

SUÉCIA

4739

63,28

76 834

ALEMANHA

1157

1,5

REINO UNIDO

55 037

CHIPRE

867

252,8

4

ESPANHA

45 037

5

5

FRANÇA

28 126

REPÚBLICA CHECA

741

5

6

6

ROMÉNIA

17 586

112 217

8

7

REPÚBLICA CHECA

15 492

7

8

POLÓNIA

14 731

País

REINO UNIDO

375

0,69

LITUÂNIA

250

13,75

IRLANDA

234

7,04

DINAMARCA

211

5,9

ESPANHA

46 040

48 155

45 037

9

9

HOLANDA

12 730

ESTÓNIA

161

11,1

ESTÓNIA

1 686

1 449

1 610

15

10

SUÉCIA

12 228

LETÓNIA

160

13,62

FINLÂNDIA

4 062

4 010

4 124

11

11

PORTUGAL

FINLÂNDIA

114

2,8

FRANÇA

34 691

30 098

28 126

12

12

GRÉCIA

8 576

LUXEMBURGO

33

11,15

GRÉCIA

7 302

8 627

8 576

10

13

HUNGRIA

8 141

PORTUGAL

-11

-0,13

HOLANDA

12 842

13 003

12 730

14

14

BULGÁRIA

7 217

GRÉCIA

-51

-0,59

HUNGRIA

7 729

8 792

8 141

13

15

ESLOVÁQUIA

5 077

ESLOVÉNIA

-139

-6

IRLANDA

3 080

3 323

3 557

16

16

ÁUSTRIA

4 875

ÁUSTRIA

-237

-4,6

HOLANDA

-273

-2,1

CROÁCIA

-296

-8,13

ITÁLIA

8 625

155 220

176 798

112 217

17

17

BÉLGICA

4 184

LETÓNIA

1 503

1 175

1 335

18

18

FINLÂNDIA

4 124

LITUÂNIA

1 959

1 818

2 068

20

19

DINAMARCA

3 784

21

20

IRLANDA

3 557

LUXEMBURGO

359

296

329

MALTA

548

2 509

226

13 479

15 336

14 731

8 770

8 636

REINO UNIDO

57 985

REPÚBLICA CHECA ROMÉNIA

POLÓNIA PORTUGAL

SUÉCIA Total ISO Survey

BULGÁRIA

-558

-7,18

POLÓNIA

-605

-3,94 -12,9

19

21

CROÁCIA

3 347

BÉLGICA

-617

8 625

23

22

ESLOVÉNIA

2 170

HUNGRIA

-651

-7,4

54 662

55 037

24

23

LITUÂNIA

2 068

ROMÉNIA

-698

-3,8

14 480

14 751

15 492

-6,55

31 105

18 284

17 586

27

26

CHIPRE

8 005

7 489

12 228

28

27

LUXEMBURGO

329

ESPANHA

506 535

530 477

460 473

22

28

MALTA

226

ITÁLIA

25

24

ESTÓNIA

1 610

FRANÇA

-1972

26

25

LETÓNIA

1 335

MALTA

-2283

-91

1 210

ESLOVÁQUIA

-2956

-36,8

-3118

-6,47

-64581

-36,5


53

Damos, ainda, a conhecer o número de certificados e a sua evolução (positiva ou negativa) nos anos mais recentes, com base no ISO survey. Este ano o quadro de subidas e descidas inverteu-se em relação ao ano anterior. Temos 12 subidas e 18 descidas com o somatório anual a ser, forte e negativamente, influenciado pela Itália. Verificamos muitas oscilações em vários países que aconselham prudência na análise. CONCLUSÃO Nas primeiras seis posições do Ranking anual encontramos precisamente os mesmos, a saber: Itália, Alemanha, Reino Unido, Espanha, França e Roménia. A República Checa troca com a Polónia e ocupa a sétima posição que já tinha sido sua em 2015. Holanda e Suécia completam os dez primeiros sendo de destacar a Suécia que sobe 5 posições. Portugal

mantem o décimo primeiro lugar mas a Grécia está muito próxima. Nos últimos lugares, pela sua dimensão territorial, encontramos os do costume com algumas alterações posicionais entre eles sendo a mais relevante protagonizada por Malta que desce da 22 para a última posição. O destaque percentual vai este ano para o Chipre que lidera o crescimento. O valor é muito grande existindo fundadas dúvidas sobre o mesmo que serão confirmadas ou infirmadas no próximo ano. A Suécia cresce igualmente muito (63.28%). É seguida, com muito menor valor, pela Lituânia e Letónia – ambos na casa dos 13%. A República Checa cresce 5% e a Alemanha 1.5%. Pela negativa a Itália, França e Espanha que perderam quase setenta mil certificados no seu conjunto. Portugal deixou de estar nos primeiros dez países em 2015, mantendo este ano a 11ª posição. O desempenho é negativo perdendo 10 certificados na qualidade e um no ambiente. Percentualmente a queda é muito ligeira (0.13). A ISO contabiliza para Portugal na qualidade 7150 e no ambiente 1475 que comparam com 7 160 e 1476 certificados no ano transato. Em 2015, os números tinham sido de 7 498 e 1272 e em 2014 8 006 e 1 321 certificados. Estamos, pois, como se observa perante uma redução continuada e com significado. Na europa, 2017 foi um ano negativo muito por culpa da Itália. Outros países contribuí-

A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |

Fica a conhecer o regime político, a população, a dimensão territorial, as fronteiras, o idioma, o PIB e as principais atividades económicas de cada um deles através de uma apresentação geral, com a finalidade de transmitir uma ideia de conjunto, finalizando com mais pormenor sobre a Croácia e a R. Checa. Estes elementos são de enquadramento, sem a veleidade de os entender como suficientes, para uma empresa que pretenda investir nestes países.

ram, em menor escala, para este desempenho como se pode verificar nos quadros. A nível mundial foi um ano misto. As normas da Qualidade tiveram um crescimento negativo mas com a Ásia em terreno positivo, muito por obra da China. Por regiões, o destaque é total para a Ásia liderada pela China. África e América representam pouco e estão aquém do potencial. Em todas as regiões existem muitos países que utilizam com sucesso - no seu dia-a-dia -, estas normas com destaque para os países mais exportadores como são exemplo a Alemanha e Itália e no outro extremo a China e o Japão que encontram nestas normas - com especial destaque para a ISO 9001 (Qualidade) -, uma importante ferramenta de gestão bem como a credibilidade e confiança que elas emprestam ao mundo empresarial globalizado.


54 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

PAÍSES EM DESTAQUE

CROÁCIA E REPÚBLICA CHECA Nesta edição do GEC 2018 os dois países em destaques são a Croácia e a República Checa. O primeiro é Estado-membro da União Europeia desde 1 de Julho de 2013. O segundo desde 1 de Maio de 2004. Estes dois países mantem moedas próprias não tendo aderido até ao momento ao euro. São elas a Kuna Croata (HRK) e a Coroa Checa (CZK) com um valor contra o euro de 0.13466 e de 0.03871 respetivamente. À semelhança de anos anteriores será apresentado – nas páginas seguintes -, um perfil económico e uma breve caraterização dos dois países. Atendendo ao objetivo editorial desta publicação, vamos dar relevo à evolução da certificação em cada um dos Estados e fazer referencia aos organismos de certificação existentes.

A

Croácia é um pequeno país, banhado pelo mar Adriático que recuperou a independência, após o desmembramento da Ex-Jugoslávia em 1991, tendo, quase de imediato, entrado em guerra com a Sérvia para a manter. Como resultado, o país foi severamente afetado do ponto de vista económico e populacional. Segundo o “The Global Competitiveness Report 2017-2018”, do Fórum Económico Mundial,


55

A República Checa é um país com uma população na casa dos Dez Milhões com a capital Praga a atingir 1.3 milhões de Habitantes. Em termos de Superfície conta com 79 mil Km 2. Resulta da divisão pacífica da Checoslováquia ocorrida em 1 de janeiro de 1993 dando lugar a dois estados soberanos: República Checa e Eslováquia. A República Checa tem feito uma aposta constante no ensino sendo considerada pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos da OCDE) como o 15º melhor do mundo. A Competitividade da Economia Checa está alicerçada na indústria Automóvel (Skoda). O Turismo é outro dos pilares sendo Praga uma das cidades mais visitadas da europa. De acordo com o “The Global Competitiveness Report” já citado, num conjunto de 137 países analisados, a R. Checa ocupa o 31 lugar, em termos de índice global de competitividade, com um PIB per capita de 18286.3 (USD). Os dados publicados pela ISO, no que concerne à certificação na Croácia e Rep. Checa, estão, em quase todos os referenciais ana-

lisados, em posições distintas. A R. Checa cresce e a Croácia decresce em quase todos eles. Para além disso, o número de certificados existente em cada um dos países é muito diferente. Na Qualidade, a Croácia reduz ligeiramente para 2 381 enquanto a R. Checa aumenta para 11 180. No Ambiente, encontramos o mesmo panorama. A Croácia desce de 984 para 966 e a R. Checa cresce ligeiramente passado de 4 183 para 4 312. O mesmo se observa na norma da Segurança Alimentar com uma pequena redução e uma ligeira subida respetivamente da Croácia e R. Checa. Nas normas 27001 encontramos um cenário diferente. Quem reduz é a R. Checa que passa de 507 para 463. A Croácia aumenta para 123 (contabilizava 110 um ano antes). Finalmente na 50001 ambos os países crescem nos últimos anos, tendo a Croácia 121 certificados e 522 a R. Checa. Os dois países tem as suas estruturas da qualidade legalmente enquadradas, de acordo com a legislação europeia e mundial. No artigo que dedicamos a este assunto no GEC pode encontrar gráficos e tabelas que ilustram a realidade de cada um deles.

PA Í S E S E M D E S TA Q U E : C R O Á C I A E R E P Ú B L I C A C H E C A |

num conjunto de 137 países analisados, a Croácia ocupa o 74 lugar em termos de índice global de competitividade com um PIB per capita de 12095.5 (USD).


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CROÁCIA

A

Croácia fica localizada no leste do continente Europeu, com a Capital Zagrebe a ser a cidade mais populosa, com 800 mil pessoas. O país, no seu todo, não chega aos 5 milhões de habitantes o que faz da Croácia um pequeno país comunitário. Tem fronteira com a Eslovénia, Hungria, Servia, Bósnia Herzegovina e Montenegro. Conta com mais de mil Ilhas - somente cinquenta são habitadas - e um extenso litoral de águas claras. Recebe por ano inúmeros cruzeiros e turistas de todo o mundo. É banhada pelo mar Adriático que partilha com a Itália. A Croácia está dividida em Condados (županija), a saber: Zagrebe; Sisak-Moslavina; Karlovac; Varaždin; Koprivnica-Križevci; Bjelovar-Bilogora; Litoral-Serrano; Lika-Senj; Virovitica-Podravina; Požega-Eslavônia; Brod-Posavina; Zadar; Osijek-Barânia; Šibenik-Knin; Vukovar-Sírmia; Split-Dalmácia; Ístria; Dubrovnik-Neretva; Međimurje e Cidade de Zagrebe. Muito do território é de planície. O ponto mais alto (Monte Dinara) atinge os 1830 metros de altura. É possuidora de um vasto litoral (Mar Adriático) bastante recortado e com muitas ilhas. O clima divide-se em continental, caracterizado por verões temperados e invernos frios, e a zona litoral, com um clima de tipo mediterrânico, com verões quentes e secos tal como a Itália, sua vizinha. Os principais sectores económicos da Croácia são a Indústria Química, Naval e Metalomecânica. A União europeia é o seu principal parceiro económico e dentro desta a Itália, Alemanha e Eslovénia assumem destaque. O Turismo é outra fonte de receitas muito importante e em crescimento. A guerra recente e a falta de reformas estruturais - em sectores fundamentais da economia e da sociedade -, como a justiça,

dificultam a resolução célere de alguns dos constrangimentos existentes, registando uma alta taxa de desemprego. Em temos mundiais e de acordo com o Doing Business ocupa a posição 74 no ranking da competitividade. Após seis anos de prolongada recessão que afetou a europa, em 2015, a Croácia voltou a crescer. No primeiro semestre de 2018 o crescimento foi de 2.7% com redução do desemprego e aumento real dos salários. O poder de compra é de 63% da média da União Europeia. A Maioria da população vive em áreas urbanas. O Índice de Desenvolvimento Humano Croata é alto, com uma baixa taxa de mortalidade infantil. A Croácia é o 28 membro da União Europeia desde 1 de julho de 2013 não tendo aderido até ao momento à moeda única, o EURO. DADOS DE CERTIFICAÇÃO ORGANISMOS Agência de Acreditação Croata (HAA) A HAA é uma instituição pública, sem fins lucrativos, que atua como serviço nacional de acreditação na República da Croácia. Foi fundada por Decreto do Governo (OG 158/2004 i 44/2005, 30/2010) e tem como missão apoiar a implementação das regulamentações técnicas harmonizadas com a União Europeia em matérias como a segurança dos produtos, a livre circulação de mercadorias no mercado interno, a proteção da saúde dos cidadãos, a proteção dos consumidores, a proteção do ambiente e outras áreas relevantes de interesse público. A HAA representa a República da Croácia e participa ativamente no trabalho de organizações europeias e internacionais de acreditação. É membro pleno da EA (cooperação europeia para acreditação) desde 2005 e da ILAC desde 2010.


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Instituto de Normalização Croata O Instituto Croata de Normalização é uma instituição pública autónoma, sem fins lucrativos, estabelecida como organismo nacional de normalização da República da Croácia, com vista ao cumprimento dos seguintes objetivos de normalização: • Aumentar o nível de segurança de produtos e processos; • Proteger a saúde, a vida humana e a proteção ambiental;

• Promover a qualidade de produtos, processos e serviços; • Assegurar a utilização adequada dos materiais e energia; • Melhorar a eficiência da produção, • Remover barreiras técnicas ao comércio internacional. O Instituto é membro de organizações Internacionais como a ISO, IEC; CEN; CENELEC, entre outros.

I N FO R M AÇ Õ E S G E R A I S Governo

República

Idioma

Croata

População

4,4 milhões (2017)

Capital (habitantes)

Zagreb (800 mil)

Superfície

56 Km2

Fronteiras

Bósnia-Herzegovina, Hungria, Sérvia, Montenegro, Eslovénia

Chefe de Estado

Kolinda Grabar-Kitarović

Primeiro-ministro

Andrej Plenković

Moeda

Kuna croata (HRK)

Adesão à UE

1 de Julho de 2013

I N FO R M AÇ Õ E S E C O N Ó M I CA S PIB 2016

46 382 (mil milhões de Euros)

PIB 2017

48 989,5 (mil milhões de Euros)

PIB Taxa de Crescimento 2016

2,20%

Inflação média 2016

-0,60%

Inflação média 2017

1,30%

Desemprego 2017

10,90%

Principais Exportações 2017

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e equipamentos elétricos

Principais Importações 2017

Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos

Parceiros de Exportação 2017

Itália 13,7%; Eslovénia 12,5%; Alemanha 11,8%

Parceiros de Importação 2017

Alemanha 16,2%; Itália 12,5%; Eslovénia 10,9%

Principais Indústrias

Produtos químicos e plásticos, maquinaria e ferramentas, produtos de metal e eletrónicos, alumínio, papel

Fonte: AICEP e PORDATA

EMPRESAS D E C E R T I F I CAÇ Ã O Bureau Veritas Hrvatska; SGS Adriatica D.O.O; TUV Rheinland InterCert D.O.O.; DNV GL; entre outras.


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REPÚBLICA CHECA

F

ica situada na europa central e faz fronteira com quatro países europeus (Alemanha, Áustria, Eslováquia e Polónia). A população total é superior a 10 milhões de habitantes, sendo a capital Praga a cidade mais povoada com 1.3 milhões de pessoas. É uma das cidades europeias, turisticamente mais visitada. É conhecida como a cidade das cem cúpulas, com um rico património arquitetónico e intensa vida cultural. Administrativamente, a República Checa é constituída por treze regiões (kraje) e uma cidade capital, a saber: Karlovy Vary; Ústí nad Labem; Liberec; Hradec Králové; Pardubice; Olomouc; Morávia-Silésia; Plzeň; Boémia Central; Praga; Boémia do Sul; Vysočina; Morávia do Sul e Zlín. O Clima é do tipo continental, com verões quentes e invernos longos e frios. Chove em todo o ano, inclusive no verão, com um pico em outubro e novembro. Durante a primavera (maio e junho) e no outono (setembro) tem um clima temperado. A nordeste, na divisão com a Eslováquia, situa-se a cadeia montanhosa dos Cárpatos e a Norte, junto à fronteira com a Polónia e Alemanha, localizam-se os montes Sudetos. Em Novembro de 1989 a Checoslováquia voltou a ser uma democracia plena depois de ter vivido, desde a segunda guerra mundial, na órbita da ex-união soviética. As aspirações nacionalistas de uma parte importante do país: a atual Eslováquia levou a uma separação pacífica (1993) ficando, desde então, como república Checa. Os principais sectores industriais da economia Checa são os veículos automóveis, com uma importante marca automóvel europeia a Skoda, a metalomecânica, química, siderurgia, eletrónica e farmacêutica. A produção da famosa

cerveja Checa – um dos símbolos nacionais protegida com denominação de origem -, é também uma atividade importante exportando mais de dois milhões de hectolitros por ano. A Indústria turística é outra importante fonte de receita do país, responsável por 5% do PIB e 9% das exportações. Em temos mundiais, e de acordo com o Doing Business ocupa a posição 31 no ranking da competitividade sendo considerada pelo FMI como uma economia desenvolvida e muito desenvolvida no Índice de Desenvolvimento humano. Em 2017 o seu PIB cresceu 4.3%. A República Checa aderiu à NATO (OTAN) em março de 1999 e tornou-se membro da Zona Euro a 1 de maio de 2004. Não aderiu ao Euro mantendo a Coroa Checa (CZK) como moeda nacional. DADOS DE CERTIFICAÇÃO ORGANISMOS Instituto Checo de Acreditação – CIA Foi criado em 1 de janeiro de 1993 pelo Ministério da economia da República Checa. É o organismo nacional de acreditação, nomeadamente de: • Laboratórios de testes e calibração; • Organismos que executam a certificação de produtos; • Organismos de auditoria e certificação dos sistemas de gestão; • Organismos de certificação de pessoas. É membro de várias organizações internacionais como a EA (Cooperação europeia para a acreditação); ILAC; IAF, entre outros. Departamento Checo para Normalização, Metrologia e Testes – UNMZ O Instituto exerce a competência do Estado


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Checo nas seguintes áreas: • Padronização técnica; • Metrologia; • Testes; • Harmonização das regulamentações técnicas. As responsabilidades do Instituto derivam da lei n º 20/1993 no domínio da normalização técnica, metrologia e testes, da lei n º 22/1997 sobre os requisitos técnicos para Produtos e da lei n º 505/1990 sobre metrologia e tratados internacionais a que está vinculada. Tem

como competências principais a coordenação na elaboração dos diversos documentos técnicos, garantir o desenvolvimento, publicação e distribuição adequada das normas técnicas checas e a cooperação com as organizações europeias e internacionais. Sociedade Checa para a Qualidade – CSQ A Sociedade Checa para a Qualidade promove e divulga a temática da qualidade junto das organizações do país.

I N FO R M AÇ Õ E S G E R A I S Governo

República Parlamentar

Idioma

Checo

População

10,6 milhões (2017)

Capital (habitantes)

Praga (1,3 milhões)

Superfície

79 Km2

Fronteiras

Alemanha, Áustria, Eslováquia, Polónia

Chefe de Estado

Miloš Zeman

Primeiro-ministro

Andrej Babiš

Moeda

Coroa Checa (CZK)

Adesão à UE

1 de Maio de 2004

I N FO R M AÇ Õ E S E C O N Ó M I CA S PIB 2016

176 564 (mil milhões de Euros)

PIB 2017

191.642,8 (mil milhões de Euros)

PIB Taxa de Crescimento 2017

5%

Inflação média 2016

-0,60%

Inflação média 2017

2,40%

Desemprego 2017

2,39%

Principais Exportações

Veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios, máquinas e equipamentos mecânicos

Principais Importações

Maquinaria e equipamentos mecânicos, equipamentos elétricos, veículos automóveis e outros veículos terrestres

Parceiros de Exportação 2017

Alemanha 32,5%; Eslováquia 9%; Polónia 5,8%

Parceiros de Importação 2017

Alemanha 26,2%; China 13,4%; Polónia 7,8%

Principais Indústrias

Indústria automóvel, metalúrgica, maquinaria e equipamentos, vidro, armamentos

Fonte: AICEP e PORDATA

EMPRESAS D E C E R T I F I CAÇ Ã O BEST QUALITY, s.r.o.; BUREAU VERITAS CZECH REPUBLIC, spol. s r.o.; CERTLINE, s.r.o.; DQS Cert s. r. o.; EURO CERT CZ, a.s.; SGS Czech Republic, s.r.o.; TÜV Rheinland Česká republika s.r.o.; entre muitas outras.


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WORLD STATE OF QUALITY UMA ABORDAGEM PIONEIRA PARA AVALIAR A QUALIDADE

O projeto World State of Quality (WSQ) tem como missão avaliar o desempenho de diferentes países em termos da Qualidade, permitindo aos governos, instituições nacionais e associações da área ter orientações concretas para a definição de estratégias e políticas. Nesse sentido, o WSQ assenta num conjunto de indicadores, os quais estão agrupados em várias dimensões da Qualidade. Tendo por base a edição de 2017 do WSQ, foram analisados 110 países que foram categorizados em cinco grupos (do principal ao principiante): Leading, Follower, Moderate, Lagging e Beginning.

O

WSQ – World State of Quality (Saraiva et al., 2017) surgiu da necessidade de perceber a Qualidade em termos macro (países), algo que já é feito ao nível das organizações. O WSQ é um projeto que visa a avaliação, análise e classificação de países tendo em conta os níveis de desempenho numa perspetiva de Qualidade multidimensional, nomeadamente no que à macroqualidade diz respeito. A macroqualidade é definida como a qualidade quando abordada ao nível de um país ou a nível internacional, pelo que facilmente se compreende que esteja mais relacionada com organizações nacionais ou multinacionais, incluindo entidades públicas e governamentais (Saraiva et al., 2018a). Este projeto foi iniciado em 2016, tendo sido desenvolvida uma metodologia com indicadores que espelham a Qualidade de um país agrupados em diferentes dimensões. Esta era constituída por 10 dimensões e 21 indicadores que permitiram aferir o estado da Qualidade de cada um dos 28 países da União Europeia. Isto permitiu atribuir uma pontuação a cada


qual foram mantidas as 10 dimensões originais, mas com o número de indicadores a ser reduzido para 16. A metodologia e o cálculo da pontuação de cada país foram também mantidos, mas a definição dos grupos passou a ser feita tendo apenas em conta o valor da pontuação final de cada país, para que cada grupo fosse constituído por países com comportamentos semelhantes. Para completar a

FIGURA 1 Modelo WSQ: dimensões e indicadores Nº de organizações certificadas pela norma ISO 9001

Nº de membros da Academia Internacional para a Qualidade (IAQ)

Nº de artigos indexados publicados na área da qualidade

Profissionais

Investigação

Índice de educação

Esperança de vida saudável PERFIL . PAULO SAMPAIO

Taxa de mortalidade infantil

Educação

Saúde

WORLD STATE OF QUALITY SCOREBOARD

Competitividade

Coesão Social

Índice de competitividade global

Produto interno bruto

Índice de Gini

Sustentabilidade

• Estudante de doutoramento do Programa Doutoral em Engenharia Industrial e de Sistemas no Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, suportada pela bolsa de doutoramento da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia. • Membro do grupo de investigação “Quality and Organizacional Excellence”. • Formação de base: Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e Mestrado em Engenharia e Gestão da Qualidade, ambos na Universidade do Minho. • Email: id7274@alunos.uminho.pt

N.º de universidades em rankings internacionais Organizações

PERFIL . CATARINA CUBO

Inovação

Satisfação

Resultados de bem-estar ambiental

Índice de inovação global

Índice de felicidade mundial

Pegada ecológica

Ambiente favorável à atividade económica

Taxa de desemprego

• Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Universidade do Minho, em 2002, obteve, em 2008, o grau de Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas, pela mesma Universidade. • Professor Associado do Departamento de Produção e Sistemas, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho. • Investigador Doutorado, na categoria de Membro Integrado, do Centro de Investigação ALGORITMI. • Entre Fevereiro e Agosto de 2015 foi Visiting Scholar no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao abrigo do Programa MIT-Portugal, onde esteve em licença sabática. • Vice-Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho desde Setembro de 2016. • Desenvolve a sua atividade como docente e investigador nas áreas da Qualidade e da Excelência Organizacional. • Mais informação em: http://pessoais.dps.uminho.pt/ paulosampaio • Email: paulosampaio@dps.uminho.pt

W O R L D S T A T E O F Q U A L I T Y – U M A A B O R D A G E M P I O N E I R A P A R A A V A L I A R A Q U A L I D A D E | 61

país tendo por base o valor que cada país ocupava no ranking de cada indicador. Assim, foi possível classificar os países em quatro grupos: Leading, Follower, Moderate e Lagging. A abordagem utilizada em 2016 foi revisitada com o intuito de o modelo ser expandido e passível de ser aplicado a nível global (Saraiva et al., 2018b). A dificuldade de acesso aos dados ditou que um novo modelo surgisse, no


LEADING

TABELA 1 Pontuações WSQ para os 110 países

Leading

Following

Moderate

Lagging

Beginning

análise de resultados, foi ainda realizada uma análise de estatística multivariada aos dados. No futuro pretende-se que o WSQ possa, para além de determinar pontos fortes e áreas de melhoria, ajudar a identificar caminhos e tendências dos diferentes países relativamente a esta área, de acordo com a evolução e comportamento temporais dos mesmos. METODOLOGIA APERFEIÇOADA A metodologia utilizada teve por base a que foi definida para a abordagem de 2016. No entanto, e devido à falta de acessibilidade a dados, o modelo teve de ser reformulado na expectativa de cobrir o maior número de países possível (Saraiva et al., 2018a). Assim, o modelo é neste caso constituído por 10 dimensões e 16

sem dados disponíveis

indicadores (ver Figura 1), com base nos quais se analisaram 110 países em 2017. Para cada país foram recolhidos os valores dos indicadores, os quais foram obtidos em diversas fontes públicas credíveis, tendo sido considerado o valor mais recente disponível em 2017. De referir que os valores dos indicadores das dimensões ‘Organizações’, ‘Profissionais’ e ‘Investigação’ foram normalizados, de modo a ser tida em conta a dimensão de cada país, tendo sido considerado o valor do indicador por cada 1000 habitantes. Com os valores dos indicadores formou-se uma matriz de dados, a partir da qual se obteve uma nova matriz, na qual os valores dos indicadores foram substituídos pelos valores do ranking que cada país ocupava para cada

FOLLOWER

62 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

FIGURA 2 Desempenho dos países de acordo com as pontuações finais WSQ

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

PAÍS Suíça Noruega Suécia Dinamarca Países Baixos Reino Unido Alemanha Áustria Finlândia Irlanda Austrália

SCORE 16,074 19,168 21,426 22,303 22,692 22,736 23,626 24,476 24,631 25,623 25,855

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Japão República Checa Canadá Estados Unidos da América Israel Eslovénia Bélgica França Estónia Itália Espanha Luxemburgo Portugal Roménia Hungria Eslováquia Polónia

28,293 29,194 29,916 30,097 30,587 30,631 31,687 32,826 33,671 33,823 33,900 33,964 35,073 35,667 35,875 36,846 37,104


SCORE 39,223 39,686 40,381 40,936 41,357 42,764 43,602 43,762 45,307 45,377 45,401 46,101 46,529 46,669 47,676 48,872 49,400 49,721 50,197 50,299

LAGGING

49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

Colômbia Argentina Turquia Geórgia Vietname Albânia Peru Sri Lanka Indonésia Filipinas Brasil Ucrânia Azerbeijão Bósnia e Herzegovina Jamaica Equador El Salvador Arménia Índia Guatemala Tunísia Marrocos

52,836 52,844 52,950 53,097 53,276 53,583 54,652 56,039 56,939 56,947 57,003 57,051 57,392 58,036 58,107 58,412 58,456 58,483 58,712 59,598 60,179 60,273

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110

PAÍS Irão Nepal Ruanda Mongólia África do Sul Cambodja Nicarágua República Dominicana Paraguai Quirguistão Tajiquistão Venezuela Butão Honduras Quénia Uganda Paquistão Bangladesh Bolívia Tanzânia Botswana Gana Namíbia Zâmbia Madagáscar Etiópia Zimbabué Senegal Burkina Faso Camarões Burundi Nigéria Benin Malawi Angola Mali Costa do Marfim Lesoto Guiné Moçambique

SCORE 62,123 62,791 63,383 63,682 64,320 64,325 64,667 65,462 65,712 66,086 67,104 67,453 67,655 67,662 68,108 68,353 68,747 69,039 70,280 70,613 70,906 71,544 71,901 73,179 73,313 73,466 73,746 73,858 74,303 74,611 74,875 74,930 75,415 76,424 77,878 78,876 79,170 79,188 80,098 80,254

PERFIL . PEDRO SARAIVA • Licenciado em Engenharia Química pela Universidade de Coimbra (1987), com doutoramento (1993) obtido pelo MIT (EUA). • Professor Catedrático (2010-) no Departamento de Engenharia Química da FCTUC, onde exerce funções docentes desde 1985. • Diretor da NOVA IMS da Universidade Nova de Lisboa • Pró-Reitor (2003-2006) e Vice-Reitor (2007-2009) da Universidade de Coimbra. • Deputado da XI e XII Legislatura da Assembleia da República eleito pelo Distrito de Coimbra (2009-2012 e 2014-2015). • Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (2004-2005, 2012-2014). • Fundador de várias empresas e associações (1986-2012), onde exerceu funções de gestão. • Laureado com o prémio Feigenbaum (1998), atribuído pela ASQ. • Associate Member da International Academy for Quality (2010-). • Email: pas@eq.uc.pt

PERFIL . MARCO REIS • Docente no Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra. • Presidente do European Network for Business and Industrial Statistics (www.enbis.org). • Presidente da PRODEQ e coordenador do grupo de investigação em Engenharia de Sistemas em Processos e Produtos. • Mais informação em: http://www.uc.pt/fctuc/deq/pessoas/docentes/marco_reis http://www.eq.uc.pt/~marco/research/pclab/ http://www.eq.uc.pt/~marco/ • Email: marco@eq.uc.pt

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PAÍS Croácia Chipre Lituânia Letónia Malásia Tailândia Chile Grécia Costa Rica Sérvia Montenegro Bulgária México China Moldávia Uruguai Rússia Maurícia Panamá República da Macedónia

BEGINNING

MODERATE

29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48


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indicador. É importante referir que para alguns indicadores, quanto maior o valor, melhor, enquanto para outros, quanto menor o valor, melhor, o que foi tido em conta na construção da nova matriz de dados. Com isto foi possível determinar a pontuação final para cada país, utilizando uma média ponderada que usou pesos diferentes para cada indicador. Por fim, de acordo com o valor da pontuação final de cada país, foram criados grupos, ordenando as pontuações decrescentemente e calculando a diferença entre o país i e o país i-1, de modo a identificar grupos ou cadeias de países com valores semelhantes. Para definir os grupos, foram tidas em conta as seguintes premissas: o valor mínimo da diferença para formar grupos é 1,75; cada grupo de países deve ser constituído por, pelo menos, cinco países. Com isto, foram obtidos cinco grupos: Leading, Follower, Moderate, Lagging e Beginning. RESULTADOS A NÍVEL MUNDIAL E EUROPEU As pontuações finais do WSQ para 2017 variam entre 16,074 para a Suíça e 80,254 para Moçambique. Esta pontuação indica qual a posição que, em média, um determinado país ocupa tendo por base os 16 indicadores. Por exemplo, no caso da Suíça, país que apresenta o melhor desempenho relativamente à Qualidade, a sua pontuação final é de 16,074, o que significa que, em média, este país ocupa a posição 16 em todos os indicadores. No entanto, isto não é literal, uma vez que esta é uma média ponderada, podendo, por isso, os valores das posições no ranking para cada indicador variar, desde a posição 1 à posição 110, sendo que neste caso concreto variam desde a posição 1 até à posição 91. Assim, é possível perceber que nenhum país tem um

FIGURA 3

Perfil de Portugal para o WSQ 2017 ao longo dos 16 indicadores 120 100 80 60 40 20 0

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I01 Número de organizações certificadas pela norma ISO 9001 I02 Número de membros da Academia Internacional para a Qualidade (IAQ) I03 Número de artigos indexados publicados na área da qualidade I04 Número de universidades em rankings internacionais I05 Í ndice de educação I06 E sperança de vida saudável

I07 Taxa de mortalidade infantil I08 Índice de competitividade global I09 Produto interno bruto I10 Índice de Gini I11 Resultados de bem-estar ambiental I12 Pegada ecológica I13 Índice de inovação global I14 Ambiente favorável à atividade económica I15 Índice de felicidade mundial I16 Taxa de desemprego

desempenho superior ou inferior aos restantes em todos os 16 indicadores. A Figura 2 e a Tabela 1 mostram o desempenho dos países em termos visuais (em que cada grupo tem uma determinada cor) e em termos de pontuações (onde é possível identificar os gaps que permitiram criar os grupos), respetivamente (Saraiva et al., 2018b). É possível retirar algumas conclusões olhando apenas para os valores da Tabela 1 ou da Figura 2. Por exemplo, é de notar que no grupo Leading, todos os países são da Europa, excetuando a Austrália. Além disso, os países escandinavos também fazem parte deste grupo. Os países da América do Norte aparecem maioritariamente no grupo Follower, os paí-

ses da Ásia encontram-se espalhados pelos grupos Moderate, Lagging e Beginning, enquanto os países de África se encontram essencialmente no grupo Beginning. Isto leva à conclusão de que países do mesmo grupo ou do mesmo contexto geográfico poderão ter políticas e estratégias semelhantes no que à Qualidade diz respeito. Olhando especificamente para a Europa, podemos perceber que os países deste continente aparecem, ainda que com países de outros continentes, nas primeiras 54 posições entre os 110 países analisados, ou seja, estão na primeira metade dos países, de acordo com o valor da pontuação WSQ. Importa ainda assinalar que os países da União Europeia (27


POSIÇÃO DE PORTUGAL Portugal, com um score de 35,073, encontra-se na 24.ª posição e pertence ao grupo Follower. Analisando com mais pormenor o perfil das posições no ranking de Portugal ao longo dos 16 indicadores, visível na Figura 3, as posições no ranking variam desde a posição 5 (para o indicador I02 – número de membros da Academia Internacional para a Qualidade) e a posição 83 (para o indicador I16 – taxa de desemprego). De frisar que Portugal apenas apresenta valores na segunda metade do ranking para os indicadores ‘pegada ecológica’, ‘índice de felicidade mundial’ e ‘taxa de desemprego’. No entanto, apenas os indicadores ‘número de organizações certificadas pela norma ISO 9001’ (I01) e o ‘número de membros da Academia Internacional para a Qualidade’ (I02) estão no top 10, aparentando bons resultados em termos de ‘Organizações’ e ‘Profissionais’, respetivamente. Por outro lado, a ‘Educação’ (com o indicador ‘índice de educação’ (I05)), a ‘Coesão Social’ (com o indicador ‘índice de Gini’ (I10)), a ‘Sustentabilidade’ (com os indicadores ‘resultados de bem-estar ambiental’ (I11) e ‘pegada ecológica’ (I12)) e a ‘Satisfação’ (com os indicadores ‘índice de felicidade mundial’ (I15) e ‘taxa de desemprego’ (I16)) alcançaram valores no ranking, dentro de cada indicador, que requerem que Portugal olhe para os mesmos de forma a potenciar melhorias nestas áreas, com vista a alcançar um melhor desempenho global na Qualidade.

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em estudo no WSQ 2017) estão nas primeiras 38 posições. Isto demonstra que a Europa, na amostra de países considerados em estudo, está bem posicionada em termos de liderança da Qualidade.

CONCLUSÕES GERAIS O projeto WSQ permite aferir a Qualidade dos países tendo em conta indicadores relacionados com a Qualidade, agrupados em diferentes dimensões. De acordo com o valor do ranking de cada indicador para cada país, obtido em bases de dados online públicas, credíveis e com publicações periódicas, é possível obter um score global. Com base neste valor foi possível dividir e categorizar os países em estudo (num total de 110) nos cinco diferentes grupos referidos (Leading, Follower, Moderate, Lagging e Beginning). De notar que a maioria dos países da Europa se encontra nos três primeiros grupos, ao passo que os países de África se encontram, maioritariamente, no último grupo, demonstrando comportamentos semelhantes entre os países dos mesmos continentes. É assim possível olhar para a “Qualidade da Qualidade”, levando os países e organizações a definir estratégias e políticas e a encontrar áreas de melhoria no que à Qualidade diz respeito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAIS INFORMAÇÕES sobre este projeto e acesso aos relatórios de 2016 e 2017 em: http://wsq.dps.uminho.pt

Saraiva, P., Sampaio, P., Cubo, C., & Reis, M. (2018a). Macroquality measurement: world state of quality and European quality scoreboard approaches and results. Total Quality Management & Business Excellence, 1-17. Saraiva, P., Sampaio, P., Cubo, C., Reis, M., & d’Orey, J. (2016). European Quality Scoreboard Report 2016, Portugal. Saraiva, P., Sampaio, P., Cubo, C., Reis, M., & d’Orey, J. (2018b). 2017 World State of Quality report, Portugal.


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NP ISO 37001:2018 UMA NORMA PARA EDIFICAR SISTEMAS DE GESTÃO ANTICORRUPÇÃO

Lançada pela ISO em outubro de 2016, a primeira norma internacional para sistemas de gestão anticorrupção tem agora versão portuguesa, publicada em outubro de 2018. Trata-se da NP ISO 37001:2018 e tem como objetivo principal apoiar qualquer tipo de organização na elaboração e aplicação de planos de prevenção e combate da corrupção. A sua implementação traduz-se num conjunto de benefícios para as organizações, entre eles, a conformidade com as leis, regulamentações e boas práticas, o controlo e monitorização dos riscos de corrupção, fraudes, abusos ou qualquer outro ato ilícito, a transparência nas transações ou a proteção à própria marca, imagem e reputação.

N

uma iniciativa a vários títulos significativa, o Instituto Português da Qualidade (IPQ) procedeu, durante as próprias comemorações do Dia Mundial da Normalização, ocorridas a 15 de outubro de 2018, à publicação da 1.ª edição da versão portuguesa da norma ISO 37001 – “Sistemas de gestão anticorrupção. Requisitos e orientação para a sua utilização”, que passou assim a ser referenciada como NP ISO 37001:2018. Não é certamente abusivo referirmo-nos a esta norma como o principal acervo internacionalmente reconhecível de requisitos e recomendações dirigidos à edificação de sistemas de gestão que tenham por fito o combate a fenómenos de perturbação ou diminuição dos valores de dimensão eminentemente ética eleitos pela organização a que se apliquem, sejam tais fenómenos de génese, ou apenas de manifestação, interna ou externa. A adoção formal, estruturada e conscienciosa da norma através da edificação de um sistema de gestão anticorrupção é, assim, para as organizações, um investimento ambicioso e já um ganho.


BENEFÍCIOS E DESAFIOS COM A ADOÇÃO DA NORMA Uma breve reflexão leva-nos a um extenso rol de ganhos por adoção da norma e por edificação do sistema. Vejam-se as possibilidades: • Aplicabilidade a qualquer tipo de organização, seja pública, privada, com ou sem fins lucrativos; • Possibilidade de integração intra e interorganizacional; • Afirmação de uma política anticorrupção e

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ção de adiamento, suspensão ou revisão de transações, projetos ou relacionamentos com os seus parceiros de negócio ou com os seus próprios recursos humanos. O sistema de gestão anticorrupção é, nesta perspetiva, um sistema de forte pendor documental e comunicacional, com recurso a informação documentada (mantida sob controlo e atualizada pela organização) e com emprego muito ativo e vigilante de diligências devidas (processos que permitem avaliar pormenorizadamente a natureza e extensão do risco de corrupção e ajudar a organização a tomar decisões relativas a transações, projetos, atividades, parceiros de negócio e RH). No essencial, vemos aqui uma aplicação muito focada e específica de metodologias de apreciação de riscos (risk assessment) que também comporta uma definição estatutária dos intervenientes no sistema, em particular, a gestão de topo, a função de conformidade anticorrupção (responsabilidade e autoridade sobre o funcionamento do sistema) e, quando exista, o órgão de governação (responsabilidade e autoridade últimas sobre as atividades, governação e políticas da organização e a quem a gestão de topo presta contas).

PERFIL . JOÃO LUÍS FERREIRA • I nspetor da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) desde fevereiro de 2017. • L icenciado em Direito, tem desempenhado funções inspetiva e técnica superior em serviços públicos integrados nos Ministérios da Defesa, Trabalho, Economia e Administração Interna. • A utor de três recolhas legislativas consolidadas (1997, 2006, 2018), a última das quais, em coautoria, intitulada “Legislação sobre Exercício de Atividades Económicas”. • Autor da tradução que serviu de base de trabalho para a elaboração da versão portuguesa da norma ISO 37001.

N P I S O 3 7 0 0 1 : 2 0 1 8 – U M A N O R M A PA R A E D I F I C A R S I S T E M A S D E G E S TÃ O A N T I C O R R U P Ç Ã O |

Não sendo aqui o lugar para descrição e análise de profundidade da norma, importa referir que a adoção do termo “corrupção” nesta versão portuguesa é a que se nos afigura correta para equivaler ao termo de partida “bribery” da língua inglesa – e não apenas porque a versão em língua francesa ofereça conforto (“corruption”). Efetivamente, alternativas como “suborno” ou “recebimento indevido de vantagem” (expressão esta que respeita a um específico tipo infracional de natureza penal) seriam fatalmente insuficientes ou penosamente mancas, não só porque se quedariam em epifenómenos, mas também porque ignorariam o plano discursivo, lexical e semântico em que se inscrevem as discussões doutrinárias e as próprias normas jurídicas nacionais e internacionais dirigidas ao combate a fenómenos de corrupção (e entendemos muito seguramente que a abordagem jurídica não é dispensável na conceção de um sistema de gestão anticorrupção). No plano da edificação do sistema, o combate faz-se essencialmente por circunscrição das áreas organizacionais (departamentos, processos, produtos, serviços, relacionamentos) a sujeitar à sistematização e à incidência de medidas, responsabilidades e recursos, por uma identificação dos riscos de corrupção a que a organização está sujeita, pela respetiva avaliação e pelo subsequente estabelecimento de uma estratégia de minimização dos riscos, ou até de remoção proativa dos fatores ou facilitadores de risco (deterrence). Trata-se, figuradamente, de um espaço altamente regulado dentro de “cordão sanitário” e em que os riscos de corrupção que temos por não negligenciáveis (ing. more than low risk; fr. risque plus que faible) exigem controlos instantes, porventura adicionais, e medidas específicas, que podem passar pela decisão da organiza-


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de um compromisso organizacional com visibilidade externa junto de parceiros de negócio, clientes e outras partes interessadas; • Apelo ao que designarei por “gestão tonal” (tone at the top, tone from the top), ou seja, modelo estruturado de direção característico de uma liderança que se conduz por valores; •E stímulo à obtenção de compromissos anticorrupção por parte de parceiros de negócio; •G eração de ganhos reputacionais; •V alorização dos próprios recursos e ativos materiais e imateriais que o sistema protege; •A bordagem a fenómenos de corrupção, ou com ela conexos, não eminentemente transacionais (conflito de interesses, acumulação de funções, peculato...); •C onciliação com o sistema legal existente e integração modular com outros sistemas e ambientes normativizados (qualidade, ambiente, segurança da informação...); • I ntegração de multitude de instrumentos legais ou informais dirigidos à integridade deontológica e à criação de valor e identidade organizacional (pactos de não concorrência, pactos de permanência, sigilo profissional, proteção do segredo industrial e do negócio, transferências de tecnologia, transmissão de conhecimento, direitos autorais, proteção de dados...). É quanto por ora basta para uma avaliação, pelas organizações – também as públicas, recorde-se –, quanto à oportunidade de encetamento do próprio processo de edificação do sistema. Há, por certo, limitações intrínsecas e desafios: a NP ISO 37001:2018, que concorre com múltiplos outros sistemas normativos técnicos, incide sobre o sistema de gestão e não sobre algum sistema anticorrupção compreensivo dominantemente prescritivo ou proibitivo;

alguns requisitos apelam à razoabilidade e à proporcionalidade; a implantação do sistema não consente indecisões e flutuações de rumo; a operacionalização do sistema é pouco tolerante com hesitações na afirmação de responsabilidades; o sistema cede necessariamente perante a “aparelhagem de Estado” e a aplicação do direito sancionatório; há uma generalizada falta de experiência na conceção deste tipo de sistemas. No entanto, as limitações são naturais e os desafios são acomodáveis pelo próprio sistema. Investimos em valores e em relações (pessoais, organizacionais) ou revemos estas ocasionalmente também por referenciais éticos que damos por estabilizados ou seguros: “A virtude está sempre sóbria” (Joseph Roth, 1936). No entanto, temos visto acelerado crescendo judiciário e jornalístico de manifestações de corrupção em distintos níveis – ou não correspondesse ela, em boa verdade, a uma nebulosa semântica que, estendendo-se muito além de domínios financeiros, corresponde afinal e sempre a uma quebra da adesão a valores. E, enquanto se dá hoje por adiado o fim da história e superado o mito da neutralidade axiológica das tecnologias, vivemos, por outro lado, tempos em que a injeção de pa-

râmetros ético-comportamentais em máquinas e decisores cibernéticos é já real. A publicação da versão portuguesa da norma conjuga-se certeiramente com estas atualidades. Em notas finais, refira-se ainda que a academia portuguesa tem vindo a produzir desde 2016 um conjunto de textos sobre Ética Aplicada (coordenação de Maria do Céu Patrão Neves, Edições 70), que deverão ter-se por incontornáveis na problematização filosófica e decisional em muitas áreas da investigação, do saber técnico e da vida em sociedade. Registe-se também que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), motivada pelo seu envolvimento de longa data na rede EPAC/EACN (European Partners against Corruption/European contact-point network against corruption), propôs ao IPQ, em julho de 2017, a preparação da versão portuguesa da norma, que lhe veio a apresentar em finais de abril de 2018. A versão entretanto publicada acabou por corresponder ao produto de uma interação no plano técnico ao envolver também o Conselho de Prevenção da Corrupção junto do Tribunal de Contas. Feliz foi esta colaboração, de certo modo inesperada, sinalizada por estes parceiros informais como exemplar.


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A Cempalavras presta um serviço “chave na mão” que inclui a ideia, a conceção, o desenvolvimento e a entrega. Sempre com acompanhamento direto em todas as fases do processo.

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TÍTULO DD CAPÍTULO |

COMUNICAR É UM DESAFIO VENHA TESTAR-NOS


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AGENDA 2030 CONTRIBUTO DA NORMALIZAÇÃO PARA O SEU CUMPRIMENTO Como pode a Normalização e concretamente as normas internacionais ISO contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Agenda 2030, ajudando a criar as condições para um futuro mais sustentável a nível global? Que importância reconhecer à Normalização e às normas ISO na melhoria da qualidade de vida? Um exercício de correspondência que aqui deixamos entre a finalidade das normas ISO e a concretização dos ODS.

Agenda 2030, intitulada “Transformar o nosso Mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 25 de setembro de 2015 e em vigor desde 2016, representa um novo compromisso de luta contra a pobreza e de promoção de um modelo de desenvolvimento verdadeiramente sustentável e global, que se traduz num conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e metas comuns a alcançar pelos países até 2030. Para as empresas, os ODS constituem uma extraordinária oportunidade para criar e implementar soluções e tecnologias capazes de ajudar a responder aos desafios da globalização, contribuindo para interligar as estratégias empresariais com as prioridades globais. O desenvolvimento sustentável é imanente à essência do projeto europeu, tal como preconizado nos vários Tratados da UE, a qual procurou, desde logo, integrar de forma plena os ODS nas prioridades da Comissão, identificando as políticas sectoriais que viabilizem o seu cumprimento no pós-2020 e a necessária componente financeira a acomodar no Quadro Financeiro Plurianual (QFP). De entre os respetivos instrumentos, destacam-se a política de coesão, através dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, que visa alcançar um desenvolvimento económico, social e territorial assente na redução das disparidades entre as diversas regiões, e o Programa-Quadro de Investigação e Inovação da UE, Horizonte 2020. O projeto “A Europa no Mundo – Concretizando a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, construído por um conjunto de 25 Organizações da Sociedade Civil (OSC) de 15 Estados-Membros da UE, permitirá promover uma implementação ambiciosa da Agenda


PAPEL DA NORMALIZAÇÃO NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA Num cenário mundial de rápida e permanente evolução, é incontornável o impacto positivo que as Normas podem ter no apoio ao crescimento, à competitividade e à inovação, independentemente da natureza ou dimensão da organização. Pela sua transversalidade e relevância para o desenvolvimento da sociedade, constituem um importante suporte às políticas e à implementação de legislação pelas entidades reguladoras, que sempre poderão decidir autonomamente sobre o grau de utilização e de avaliação da conformidade mais adequado nos diferentes contextos. É possível, assim, manter o controlo dos requisitos legais e ao mesmo tempo evitar a colocação de indesejáveis barreiras ao comércio e à prestação de serviços. Nesta era da sociedade digital, as Normas constituem também um pilar vital para garantir a interoperabilidade das redes e dos sistemas, a compatibilidade entre serviços, aplicações e repositórios de dados, em prol de um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. Da investigação à produção, do produtor ao consumidor, à escala europeia e mundial, as

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Normas constituem um elemento vital para a sociedade em que vivemos, na medida em que facultam, de forma transversal, uma importante e indispensável plataforma de conhecimento experimentado e metodologias consolidadas e testadas, que permitem, suportam e aceleram a inovação, estimulando a concorrência e promovendo a transparência. NORMAS CONTRIBUEM PARA UM FUTURO MAIS SUSTENTÁVEL É consensual o entendimento de que o desenvolvimento sustentável requer uma perspetiva sistémica sobre as consequências a longo prazo das políticas para o ambiente, para a economia e para a sociedade. Sendo reconhecido o valor que a Normalização acresce à promoção do progresso social, à economia, aos negócios, aos consumidores, à sociedade em geral, é então legítimo perguntar quais os seus benefícios, como estes se materializam e como podem suportar o cumprimento dos ODS, sendo adquirido que nenhum deles poderá ser alcançado sem que recorramos a um número muito significativo de Normas. A ISO identificou um conjunto de benefícios que resultam diretamente do contributo da Normalização e das Normas para a consecução dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que aqui abordamos de forma resumida. ODS 1 A norma ISO 20400, destinada às compras sustentáveis, fornece orientações e ajuda as organizações a desenvolver práticas de compra sustentáveis e éticas com benefícios para a sociedade. A ISO 37001 – “Sistemas de gestão anticorrupção” apoia as empresas e os governos ao disponibilizar uma metodologia de gestão tendo em vista garantir a integridade das organizações

PERFIL . JOSÉ LUÍS GRAÇA • Diretor do Departamento de Assuntos Europeus e Sistema Português da Qualidade (DAESPQ) do Instituto Português da Qualidade (IPQ). • Desempenhou diversos cargos de coordenação no IPQ, onde colabora desde 1986, nomeadamente nas áreas da Informação, do Conselho Nacional da Qualidade e do Gabinete Coordenador do SPQ. • De 2008 a 2011 exerceu funções como diretor da Unidade Operacional de Normalização e Certificação de Sistemas e Tecnologias da Informação, na Administração Central do Sistema de Saúde, do Ministério da Saúde. • Foi igualmente membro da rede de coordenação europeia integrante do Programa Competitividade e Inovação da UE.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Mais informação em: https://nacoesunidas.org/wpcontent/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf

AG E N DA 2030 – C O N T R I B U TO DA N O R M A L I Z AÇ ÃO PA R A O S E U C U M P R I M E N TO |

2030 pela UE e pelos seus Estados-Membros, atuando junto de diferentes públicos e procurando sensibilizar os decisores políticos e os cidadãos e as cidadãs para a sua responsabilidade individual e coletiva na construção de um futuro verdadeiramente sustentável que “não deixe ninguém para trás”. Cofinanciado pela UE, este projeto tem como parceiros nacionais a Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento e a Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente.


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e combater o suborno, ajudando dessa forma a reduzir as grandes lacunas de riqueza, uma das principais causas de pobreza em muitos países. ODS 2 De entre as mais de 1600 normas da ISO para o sector de produção de alimentos, destinadas a criar confiança nos produtos alimentícios, melhorar os métodos agrícolas e promover compras sustentáveis e éticas, bem como em matéria de segurança, qualidade, embalagem e rastreabilidade, destacam-se as normas da família ISO 22000 que ajudam as organizações a identificar e controlar os riscos de segurança alimentar, mas também a ISO 26000 respeitante à responsabilidade social e a ISO 20400 relativa às compras sustentáveis. No seu conjunto, estas normas encorajam comportamentos ética e socialmente responsáveis em matéria de condições de trabalho, nas práticas de compras e em toda a cadeia de produção de alimentos. ODS 3 A ISO dispõe de mais de 1300 normas que suportam práticas e equipamentos médicos seguros e de qualidade, que ajudam os prestadores de serviços de saúde a oferecer um serviço mais confiável e eficaz, nomeadamente: série ISO 11137 para a esterilização de produtos de saúde por radiação e a ISO 7153 destinada a materiais para instrumentos cirúrgicos; International Workshop Agreement IWA 18, Framework para serviços comunitários integrados de saúde e cuidados ao longo da vida em sociedades envelhecidas; ISO 37101 para o desenvolvimento sustentável das comunidades. ODS 4 Reconhecendo a importância de uma educação de qualidade para todos, a ISO está a desenvol-

ver normas relativas a sistemas de gestão para organizações educativas e à prestação de serviços de aprendizagem ao longo da vida, incluindo educação vocacional e formação profissional (ISO 21001, ISO 29993), que se destinam a melhorar os processos e a qualidade das instituições educativas para atender às necessidades e expectativas de quem utiliza os seus serviços. ODS 5 A igualdade de género é uma componente-chave da responsabilidade social das organizações. O empoderamento das mulheres e a sua igualdade na sociedade estão sublinhadas na norma ISO 26000, a qual fornece orientações sobre responsabilidade social.

as ISO promovem o crescimento económico estabelecendo uma linguagem comum e especificações acordadas internacionalmente, que podem ser aplicadas no desenvolvimento da regulamentação, contribuindo para a eliminação de barreiras técnicas ao comércio internacional.

ODS 6 A ISO tem inúmeras Normas para a gestão da água, abrangendo uma grande variedade de áreas, com vista a ajudar as comunidades a gerir os serviços de água potável e esgoto no caso de uma crise de serviços de água, das quais se destaca a ISO 24518. Também a recém-publicada ISO 24521 fornece orientações práticas sobre a gestão e manutenção de serviços básicos de águas residuais domésticas no local.

ODS 9 As ISO constituem uma base fundamental para garantir a interoperabilidade, incentivar o investimento e apoiar a inovação. Especial destaque para as futuras normas ISO 50501 sobre sistemas de gestão da inovação e ISO 50503 sobre ferramentas e métodos para parcerias colaborativas de inovação, além da ISO 44001 sobre sistemas colaborativos de gestão de relacionamento, que ajudam as empresas a estabelecer relações comerciais saudáveis, dentro e entre organizações. As ISO apoiam a industrialização sustentável por meio de especificações internacionalmente aceites, que atendem aos requisitos de qualidade, segurança e sustentabilidade e fornecem uma linguagem universal que permite quebrar as prejudiciais barreiras técnicas.

ODS 7 Neste domínio as ISO representam orientações e requisitos acordados internacionalmente para soluções de eficiência energética e fontes renováveis, constituindo-se como uma base técnica sólida para a prossecução de políticas energéticas nacionais e internacionais. Destacamos a ISO 50001 respeitante a sistemas de gestão de energia para uma maior eficiência. ODS 8 De âmbito internacional e pela sua natureza,

ODS 10 As sociedades avançadas contam com um complexo sistema da qualidade e de avaliação da conformidade para garantir o funcionamento


ODS 11 De entre as normas que visam promover o uso responsável dos recursos, a preservação do ambiente e a melhoria do bem-estar dos cidadãos, a ISO possui centenas de Normas sobre sistemas de transporte inteligentes, gestão de água, continuidade de negócios e resiliência da comunidade, que visam tornar as comunidades seguras, sustentáveis e adaptáveis para enfrentar os desafios. Entre elas, destaca-se a ISO 37101, que ajuda a definir objetivos de desenvolvimento sustentável e a implementar estratégias para alcançá-los, e a série de normas sobre indicadores urbanos: ISO 37120, ISO 37122 e ISO 37123. ODS 12 As normas ISO apoiam o consumo e a produção sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental, promovendo o uso de fontes renováveis de energia e incentivando decisões de compra responsáveis, como é proposto pela ISO 20400 ou pela série de normas ISO 14020, a qual fornece princípios orientadores que ajudam a validar queixas ambientais e, assim, incentivar os consumidores a fazer melhores escolhas.

ODS 13 De entre outros referenciais (p. ex., a série ISO 14064 ou a ISO/TS 14067), a família de normas ISO 14000 desempenha um papel essencial na agenda climática ajudando a monitorar as mudanças climáticas, a quantificar as emissões de gases do efeito estufa e a promover boas práticas em gestão ambiental, detalhando ferramentas práticas para as organizações gerirem o impacto das suas atividades no meio ambiente. ODS 14 A conservação e o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos são preocupações devidamente endereçadas pela ISO no seio do ISO/TC 234, tal como sucede com a proteção ambiental marinha (SC 2 Proteção Ambiental Marinha, do ISO/TC 8) com cerca de três centenas de normas desenvolvidas nestes domínios. ODS 15 Proteger e promover a vida na terra através de um melhor uso dos recursos é o objetivo de centenas de normas ISO. A série ISO 14055 define um conjunto de orientações para o estabelecimento de boas práticas para combater a degradação da terra e a desertificação, que complementam a série ISO 14000 para a gestão ambiental, bem como a futura ISO 38200, que promove a rastreabilidade na cadeia de fornecimento de madeira, incentivando o uso de madeira de fontes sustentáveis, constituindo-se uma ferramenta essencial para ajudar a combater o desmatamento ilegal. ODS 16 A governança deve ter como principal objetivo

ODS 17 A ISO valoriza a importância de parcerias globais (independentemente do nível económico dos países), reconhecendo-se, enquanto sistema, como exemplo desta política, já que no desenvolvimento de uma norma internacional está implícita a necessária colaboração e o consenso de uma ampla gama de partes interessadas de todo o mundo, incluindo representantes do governo, a indústria e os organismos de normalização. Como nota final, importa reter que o IPQ, no quadro da sua missão enquanto Organismo Nacional de Normalização (ONN), para além do interesse do Estado português, traduzido nas políticas do Governo, serve também, de forma proporcional, os interesses de um vasto leque de sectores, desde a indústria, aos serviços, aos consumidores e à sociedade em geral, garantindo que as Normas são úteis, relevantes, credíveis e respeitadas, que promovem a equidade e constituem um autêntico passaporte para a disponibilização de melhores produtos e melhores serviços no mercado global, respondendo, assim, às necessidades da sociedade.

73

promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, fornecer acesso à justiça para todos e criar instituições eficazes a todos os níveis. O ISO/TC 309 – “Governança de organizações”, que tem como norma mais emblemática a ISO 37001 – “Sistemas de gestão anticorrupção”, foi criado para consolidar boas práticas para uma governança eficaz, ajudando a promover a paz, a justiça e instituições fortes e a aumentar a transparência e a prestação de contas, independentemente do tipo ou dimensão das organizações.

AG E N DA 2030 – C O N T R I B U TO DA N O R M A L I Z AÇ ÃO PA R A O S E U C U M P R I M E N TO |

adequado do mercado, proteger a saúde e a segurança das pessoas e preservar o ambiente, comummente definido como uma infraestrutura nacional da qualidade (NQI) que engloba os aspetos de metrologia, da normalização, os ensaios, a gestão da qualidade, a certificação e acreditação que influenciam a avaliação da conformidade. Em Portugal, essa infraestrutura existe desde 1986, com a designação de Sistema Português da Qualidade (SPQ) e é gerida pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ, I.P.).


74 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

D

BARÓMETRO DA

CERTIFICAÇÃO

2017

MÓNICA CABECINHAS Departamento de Produção e Sistemas Universidade do Minho id7273@alunos.uminho.pt PEDRO DOMINGUES Departamento de Produção e Sistemas Universidade do Minho pdomingues@dps.uminho.pt PAULO SAMPAIO Departamento de Produção e Sistemas Universidade do Minho paulosampaio@dps.uminho.pt PEDRO SARAIVA Departamento de Engenharia Química Universidade de Coimbra pas@eq.uc.pt

e acordo com a última edição do ISO Survey (valores relativos a 31 de Dezembro de 2016), o número de entidades com sistemas de gestão da qualidade certificados foi de 1.105.937. Apesar da aparente estabilização do número de organizações certificadas segundo a norma ISO 9001, tal como foi observado nos últimos cinco anos, no ano de 2016 é possível observar um aumento do número de organizações certificadas em termos mundiais, situando-se agora em valores entre 1.100.000 -1.200.000 organizações certificadas. Relativamente à norma ISO 14001, o número de organizações com sistemas de gestão ambiental certificados situava-se, a 31 de Dezembro de 2016, em 346.147, valor que reforça a tendência de crescimento da certificação deste tipo de sistemas de gestão. No caso específico de Portugal existiam, nessa mesma data, e de acordo com o ISO Survey, 7160 organizações certificadas segundo a norma ISO 9001 e 1.476 com sistemas de gestão ambiental certificados segundo a norma ISO 14001. No que diz respeito à diferença entre os números publicados pelo Barómetro da Certificação e os números publicados pelo ISO Survey, no que à realidade portuguesa diz respeito, verifica-se a existência de uma diferença de -360 certificados ISO 9001 emitidos, mantendo-se assim o número de certificados apresentados no ISO Survey maior do que os números publicados pelo Barómetro da Certificação. FONTES DE INFORMAÇÃO Para a realização das diversas análises, apresentadas de seguida, foi usada informação recolhida junto das seguintes entidades: • Organismos certificadores – dados relativos ao número de entidades certificadas segundo os diferentes referenciais normativos.


PRÉ-PROCESSAMENTO DOS DADOS Nas análises efetuadas sobre a percentagem de empresas certificadas em cada um dos sistemas de gestão, a respetiva percentagem foi calculada em função do número de empresas com 10 ou mais colaboradores existentes num determinado espaço geográfico, visto que, com base num conjunto de investigações prévias já efetuadas e publicadas, se verificou que a certificação de sistemas de gestão da qualidade tem uma penetração e uma difusão significativamente maiores neste grupo de empresas. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ANÁLISE GLOBAL Pela análise da Tabela 1 pode-se verificar que existiam, em Dezembro de 2016, em Portugal, 6.800 entidades com sistemas de gestão da qualidade certificados pela norma ISO 9001, valor este que corresponde a 0,66 entidades certificadas segundo a norma ISO 9001 por 1000 habitantes, bem como a 15,43% das empresas com 10 ou mais colaboradores. A nível dos sistemas de gestão ambiental e de segurança e saúde no trabalho contabilizaram-se, respetivamente, 1.482 e 808 entidades certificadas. A certificação segundo a norma ISO 22000 continua a liderar o grupo de referenciais com menor expressão junto das organizações portuguesas, existindo, à mesma data, 371 organizações com

75

sistemas de gestão da segurança alimentar certificados. A segunda posição deste grupo é ocupada pela certificação segundo a norma NP 4457, com 288 organizações certificadas. O número de certificados emitidos segundo a norma ISO/TS 16949 foi de 140. Num terceiro grupo encontra-se a certificação HACCP, a certificação segundo a norma SA 8000/NP 4469 e a Verificação EMAS com 87, 72 e 59 certificados emitidos, respetivamente. A nível de sistemas de gestão integrados, à semelhança das edições anteriores e de outras publicações (Sampaio et al., 2012), destaca-se a integração de sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança, com 493 empresas certificadas nestas condições. De seguida aparece o grupo de empresas com sistemas de gestão integrados de qualidade e ambiente, existindo, em Dezembro de 2016, 442 empresas com este tipo de integração. Com sistema integrado ao nível da qualidade e segurança existiam 84 empresas. Existem apenas 71 empresas com um sistema integrado de ambiente e segurança e saúde no trabalho. Pela análise das Tabelas 2 e 3, desde 2007, ano da publicação da primeira edição do Barómetro da Certificação, pode-se verificar que, à exceção da certificação integrada qualidade e segurança, todos os tipos de certificações evoluíram positivamente. São de destacar os aumentos verificados a nível do número de organizações com certificação OHSAS 18001 e com certificação ISO 14001, bem como a certificação integrada ambiente e segurança com valores de 112,6%, 91,0% e 1083,3%, respetivamente. Relativamente à diferença percentual entre o ano 2015 e 2016, os resultados revelam-se mais positivos que no ano anterior quando analisada a diferença percentual entre o ano 2014 e 2015, onde se observou uma diminuição da utilização de todos os referenciais e sistemas

BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 |

• World Bank (dados sobre População datados de 2016). • Instituto Nacional de Estatística (dados sobre População datados de 2016; dados sobre número de empresas com 10 ou mais colaboradores datados de 2016). • ISO Survey referente ao ano de 2016.

PERFIL . MÓNICA CABECINHAS • Licenciada em Engenharia da Energia e do Ambiente em 2013, obteve o grau de Mestre em Engenharia e Gestão da Qualidade em 2016, pela Universidade do Minho. • Frequenta o Programa Doutoral em Engenharia Industrial e de Sistemas, sendo a sua bolsa subsidiada pela Fundação da Ciência e Tecnologia. • Desenvolve, desde 2016, a sua atividade de investigação no Grupo da Qualidade e Excelência Organizacional coordenado pelo Prof. Paulo Sampaio.


76 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

de gestão integrados, exceto quando se tratava de sistemas de gestão integrado ambiente e segurança. Neste caso existe uma variação positiva para todas as certificações em análise, excetuando a certificação segundo a norma ISO 9001 e a certificação integrada qualidade e segurança. As maiores diferenças percentuais verificadas entre os anos 2015 e 2016 referem-se a nível da certificação OHSAS 18001, certificação integrada qualidade e segurança e certificação ambiente e segurança com 2,4%, -8,2% e 12,7%, respetivamente. ANÁLISE POR REGIÕES À semelhança das publicações anteriores, a análise da Tabela 4 permite concluir que as regiões Norte, Centro e Lisboa continuam a ser as regiões do país com maior número de entidades certificadas em todos os referenciais analisados. Nas análises efetuadas em função do número de certificados emitidos por 1000 habitantes, bem como nas análises percentuais, são notórias as diferenças entre a certificação de sistemas de gestão da qualidade e os restantes referenciais. Analisando com mais detalhe os principais sistemas de gestão – qualidade, ambiente e saúde e segurança no trabalho, retiram-se as seguintes conclusões: • Valores absolutos: a nível da certificação de sistemas de gestão da qualidade, a região Norte lidera em termos absolutos com 2.381 organizações certificadas. No âmbito da certificação de sistemas de gestão ambiental e de segurança, a liderança é assumida pela região de Lisboa com 454 e 259 organizações certificadas, respetivamente. • Valores por 1000 habitantes: nesta análise a liderança é assumida pela região Centro a nível da certificação segundo a norma ISO

TA B E L A 1 Número de entidades certificadas por sistema de gestão em Portugal, a 31 de dezembro de 2016 N

Por 1000 habitantes

%

ISO 9001

Referencial

6 800

0,66

15,43

ISO 14001

1 482

0,14

3,36

OHSAS 18001/NP 4397

808

0,08

1,83

ISO 22000

371

0,04

0,84

ISO/TS 16949

140

0,01

0,32

EMAS

59

0,01

0,13

HACCP

87

0,01

0,20

NP 4457

288

0,03

0,65

72

0,01

0,16

ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

493

0,05

1,12

ISO 9001 + ISO 14001

442

0,04

1,00

ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397

84

0,01

0,19

ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

71

0,01

0,16

SA 8000/NP 4469

TA B E L A 2 Evolução do número de entidades certificadas de 2007 para 2016 Referencial

N

Por 1000 habitantes

%

2007

2016

2007

2016

2007

2016

6 576

6 800

0,62

0,66

13,20

15,43

ISO 14001

776

1 482

0,07

0,14

1,56

3,36

OHSAS 18001/NP 4397

380

808

0,04

0,08

0,76

1,83

ISO 9001

ISO 9001 + ISO 14001

436

448

0,04

0,04

0,90

1,00

ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

281

493

0,03

0,05

0,60

1,12

ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397

88

85

0,01

0,01

0,20

0,19

ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

6

71

0,00

0,01

0,01

0,16

TA B E L A 3 Evolução percentual do número de entidades certificadas de 2007-2016 e 2015-2016 Referencial

2007-2016

2015-2016

ISO 9001

3,4%

-0,1%

ISO 14001

91,0%

1,3%

112,6%

2,4%

OHSAS 18001/NP 4397 ISO 9001 + ISO 14001 ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

2,8%

1,3%

-3,4%

-8,2%

75,4%

1,8%

1083,3%

12,7%


77 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 |

TA B E L A 4 Número absoluto por 1000 habitantes e percentual de certificados emitidos por região NUTS II Valores absolutos Referencial

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

RAA

ISO 9001

2 381

2 045

1 726

316

140

102

88

440

425

454

85

28

26

24 10

ISO 14001

RAM

OHSAS 18001/NP 4397

238

238

259

37

11

15

ISO 9001 + ISO 14001

134

130

126

28

13

5

6

26

33

16

4

2

3

0

153

139

154

21

7

10

9

20

20

27

4

0

0

0

ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

Valores por 1000 habitantes Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

RAA

ISO 9001

Referencial

0,66

0,91

0,61

0,44

0,32

0,42

RAM 0,35

ISO 14001

0,12

0,19

0,16

0,12

0,06

0,11

0,09

OHSAS 18001/NP 4397

0,07

0,11

0,09

0,05

0,02

0,06

0,04

ISO 9001 + ISO 14001

0,04

0,06

0,04

0,04

0,03

0,02

0,02

ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,01

0,01

0,01

0,01

0,00

0,01

0,00

ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,04

0,06

0,05

0,03

0,02

0,04

0,04

ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,01

0,01

0,01

0,01

0,00

0,00

0,00

Valores percentuais Referencial

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

RAA

RAM

ISO 9001

13,58

23,07

14,79

13,87

6,89

12,90

9,90

ISO 14001

2,51

4,79

3,89

3,73

1,38

3,29

2,70

OHSAS 18001/NP 4397

1,36

2,69

2,22

1,62

0,54

1,90

1,12

ISO 9001 + ISO 14001

0,76

1,47

1,08

1,23

0,64

0,63

0,67

ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,15

0,37

0,14

0,18

0,10

0,38

0,00

ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,87

1,57

1,32

0,92

0,34

1,26

1,01

ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397

0,11

0,23

0,23

0,18

0,00

0,00

0,00

9001 (0,91), a norma ISO 14001 (0,19) e a norma OHSAS 18001 (0,11). • Valores percentuais: tal como na análise dos valores por 1000 habitante, a liderança é assumida pela região Centro a nível da certificação de sistemas de gestão da qualidade (23,07%), nas certificações de sistemas de gestão ambiental (4,79%) e nas certificações de sistemas de gestão de segurança (2,69%).

Na Tabela 5 apresenta-se a evolução percentual das três principais certificações a nível das diferentes regiões NUTS II. Para cada um dos referenciais, as maiores taxas de crescimento, entre 2007 e 2016, verificaram-se na Região do Alentejo, 24,4% para a norma ISO 9001, na Região Autónoma dos Açores 333,3% para a norma ISO 14001 e para a OHSAS 18001 com 200,0% também na Região Autónoma dos Açores.

PERFIL . PEDRO DOMINGUES • Licenciado em Química em 1995, obteve o grau de Mestre em Química Têxtil, em 2001, e o grau de Doutor em Engenharia Industrial e de Sistemas, em 2013, pela Universidade do Minho. • Está envolvido num projeto de post-doc subsidiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia visando sistemas integrados de gestão. Adicionalmente, desenvolve atividade docente (como professor convidado) no ISEP-IPP em domínios associados aos sistemas de gestão e sistemas integrados de gestão. • O seu trabalho (em coautoria com o Prof. Luís Fonseca) foi alvo de distinções e reconhecimentos a nível nacional (2016 ­– Best paper award revista "Qualidade") e internacional (2017 – ­ Best paper award 11th International Conference on Business Excellence ­– Minitrack: Complexity). • Desenvolve, desde 2010, a sua atividade de investigação no Grupo da Qualidade e da Excelência Organizacional coordenado pelo Prof. Paulo Sampaio.


78 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

Nesta tabela, o maior destaque vai para a diminuição da certificação da qualidade na Região Autónoma da Madeira (-23,5%) e na Região de Lisboa (-6,7%). Pela primeira vez é verificada uma diminuição de certificações face ao ano de 2007 nestas regiões. Na Tabela 6 apresenta-se a evolução percentual das três principais certificações a nível das diferentes regiões NUTS II entre os anos de 2015-2016. Nesta tabela, o maior destaque vai para o crescimento da certificação da qualidade na Região do Alentejo (14,2%) e para o crescimento da certificação ambiente (33,3%) e da certificação segurança (40,0%) na Região Autónoma da Madeira. Por outro lado, também é de destacar a diminuição percentual verificada na Região de Lisboa para as certificações da qualidade (-9,3%), ambiente (-14,8%) e segurança (-15,1%). Na edição anterior foi possível observar um decréscimo notório do número de organizações certificadas em todas as regiões de Portugal e para todos os referenciais em estudo, entre 2014-2015. Esta situação parece manter-se na Região de Lisboa, tendo os atuais dados apresentado resultados mais positivos para as restantes regiões. No seguimento da análise introduzida na edição de 2012 do Barómetro da Certificação – Índice de Crescimento (Sampaio et al., 2014), nesta edição apresentam-se os resultados obtidos tendo em conta os dados de referência usados para este Barómetro (a 31 de Dezembro de 2016).

ICx,z=(0,2xΔi-3)x,z+(0,3xΔi-2)x,z+(0,5xΔi-1)x,z em que:

Δi-3 ; Δi-2 ; Δi-1 , correspondem à variação do número absoluto de certificados no ano i-3, i-2, i-1, no referencial x e na região z.

Com o desenvolvimento deste índice pretendeu-se considerar a evolução do número de certificados emitidos de determinado referencial e em determinada região nos últimos três anos e atribuir a cada uma dessas variações um peso diferente no valor final do indicador. Na Tabela 7, a Região do Alentejo mantém-se destacada como no ano anterior, visto que manteve todos os indicadores positivos para as três certificações e também deve ser destacada a Região Centro, que embora apresente valores inferiores aos da Região do Alentejo, tam-

bém apresenta todos os indicadores positivos. Relativamente à norma ISO 9001, é de destacar o IC da Região do Alentejo, que assume um valor positivo de 9,61, e do lado oposto o IC da Região Autónoma da Madeira, que assume um valor de -12,01. Relativamente aos índices de crescimento das diferentes regiões, relativos à certificação segundo a norma OHSAS 18001, continua a destacar-se a Região Autónoma da Madeira (47,09), e segundo a norma ISO 14001, no ano 2016 destaca-se a Região Centro (20,20).

TA B E L A 5 Evolução percentual de 2007 a 2016 nas Regiões NUTS II Variação 2007-2016 Referencial ISO 9001

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

RAA

RAM

3,4%

11,7%

-6,7%

24,4%

20,7%

10,9%

-23,5%

ISO 14001

62,4%

123,7%

83,8%

174,2%

64,7%

333,3%

118,2%

OHSAS 18001/NP 4397

87,4%

170,5%

108,9%

94,7%

22,2%

200,0%

150,0%

RAM

TA B E L A 6 Evolução percentual de 2015 a 2016 nas Regiões NUTS II Variação 2015-2016 Referencial

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Algarve

RAA

ISO 9001

-0,1%

4,2%

-9,3%

14,2%

7,1%

8,8%

2,3%

ISO 14001

0,0%

11,3%

-14,8%

23,5%

14,3%

23,1%

33,3%

-0,4%

16,8%

-15,1%

18,9%

27,3%

33,3%

40,0%

OHSAS 18001/NP 4397 TA B E L A 7

Índice de Crescimento das Regiões NUTS II Indicador crescimento Regiões

ISO 9001

ISO 14001

OHSAS 18001

Alentejo

9,61

20,20

16,53

Algarve

-1,41

3,49

9,42

Centro

0,05

6,32

8,60

Lisboa

-10,00

-12,27

-8,54

Norte

-1,94

-1,03

-3,73

RAAçores

-3,64

11,58

13,99

RAMadeira

-12,01

15,67

47,09


FIGURA 1

1,2 1

79

0,8 0,6

BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 |

Certificados ISO 9001 por 1000 habitantes

Evolução do número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes

0,4 0,2 0

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Alentejo

Algarve

Centro

Lisboa

Norte

RAAçores

RAMadeira

Portugal

FIGURA 2

Percentagem de empresas certificadas ISO 9001

Evolução da percentagem de empresas certificadas segundo a norma ISO 9001 30,0 25,0 20,0 15,0

PERFIL . PAULO SAMPAIO

10,0 5,0 0,0

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Alentejo

Algarve

Centro

Lisboa

EVOLUÇÃO TEMPORAL As Figuras 1 e 2 evidenciam a evolução do número de organizações certificadas segundo a norma ISO 9001 por 1000 habitantes e a respetiva percentagem, calculada em função do número total de empresas com 10 ou mais colaboradores. Tendo por base a análise da Figura 1 é possível identificar um grupo formado pelas regiões de Lisboa, do Centro e do Norte e outro grupo formado pelas restantes regiões – Alentejo, Algarve, Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores. As Figuras 1 e 2 evidenciam que todas as regiões do país revelam tendências de manutenção dos valores do ano 2015.

Norte

RAAçores

RAMadeira

Portugal

As Figuras 3 e 4 apresentam a evolução do número de certificados emitidos por 1000 habitantes a nível dos sistemas de gestão da qualidade e ambiental, face à evolução da correspondente média na União Europeia (UE 28 países) – os dados utilizados nestas análises são provenientes do ISO Survey. A Figura 3 evidencia que o número de certificados emitidos por 1000 habitantes segundo a norma ISO 9001 em Portugal (0,66) é inferior à média europeia. Olhando ao contexto europeu regista-se ainda um ligeiro aumento do número de certificados ISO 9001 emitidos por 1000 habitantes face ao ano 2015. No que à evolução da certificação de sistemas

• Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Universidade do Minho, em 2002, obteve, em 2008, o grau de Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas, pela mesma Universidade. • Professor Associado do Departamento de Produção e Sistemas, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho. • Investigador Doutorado, na categoria de Membro Integrado, do Centro de Investigação ALGORITMI. • Entre Fevereiro e Agosto de 2015 foi Visiting Scholar no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao abrigo do Programa MIT-Portugal, onde esteve em licença sabática. • Vice-Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho desde Setembro de 2016. • Desenvolve a sua atividade como docente e investigador nas áreas da Qualidade e da Excelência Organizacional. • Mais informação em: http://pessoais.dps.uminho.pt/ paulosampaio


FIGURA 3

MODELOS DE PREVISÃO Nesta secção apresentam-se e analisam-se algumas perspectivas de evolução da certificação de sistemas de gestão da qualidade e sistemas de gestão ambiental em Portugal com base em dois modelos de previsão desenvolvidos para o efeito. À semelhança do exposto nas edições anteriores deste Barómetro, a certificação ISO 9001 em Portugal aparenta estar numa fase de es-

Certificados ISO 9001 por 1000 habitantes

0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ISO 9001 (PT)

UE 28 (Média)

FIGURA 4

Evolução do número de certificados ISO 14001 por 1000 habitantes para a União Europeia e Portugal Certificados ISO 14001 por 1000 habitantes

de gestão ambiental diz respeito, a mesma é de estabilização na UE28, e ao contrário do que tem vindo a acontecer nos últimos anos em que havia a evidência de uma clara convergência em torno de valores obtidos para Portugal e UE28, no ano de 2015 houve uma queda para o valor de 0,14 certificados emitidos por 1000 habitantes para Portugal, que se manteve no ano de 2016. Portugal, que contrariou a estabilização ocorrida em 2011 e apresentou, em 2013 e 2014, um assinalável comportamento de crescimento superior ao da média europeia (UE28), em 2015 apresenta uma clara queda face ao progresso que tinha feito até então, que manteve no ano 2016. Comparando os dados relativos ao número de certificados ISO 9001 recolhidos junto das entidades certificadoras e os contabilizados pelo ISO Survey, apresentados na Figura 5, verifica-se que essa diferença diminuiu significativamente ao longo dos anos. No entanto, no ano de 2015 ocorreu a situação inversa, onde o ISO Survey apresenta maior número de certificados contabilizados do que os números publicados pelo Barómetro da Certificação, e que se manteve no ano de 2016, traduzindo-se numa diferença de -360 certificados. Apesar desta situação, a diferença de valores absolutos é a menor diferença registada até então, reforçando a credibilidade das análises apresentadas neste Barómetro.

0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ISO 14001 (PT)

UE 28 (Média)

FIGURA 5

Comparação entre número de certificados ISO 9001 contabilizados na ISO Survey e de acordo com entidades certificadoras Número de certificados ISO 9001

G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |

80

Evolução do número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes para a União Europeia e Portugal

10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 -2.000

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ISO Survey

Barómetro

Diferença

tabilização. Contudo, os resultados apresentados nesta edição deverão ser acompanhados de perto. Os dados mais recentes sugerem que, nos próximos anos, o número de certificados emitidos pode continuar a cair, embora os valores de queda possam ser baixos (Figura 6). Em termos da certificação de sistemas de gestão ambiental, o país que se encontrava

numa clara fase de crescimento nos últimos anos, apresentou em 2015 uma queda, que se manteve no ano 2016, o que levou à necessidade de ajustar o modelo de previsão utilizado. Com o novo modelo de previsão é possível constatar que também a certificação segundo a norma ISO 14001 aparenta estar a atingir a fase da estabilização.


ISO (2016). The ISO Survey of Certifications 2016. International Organization for Standardization: Geneva, Switzerland.

Sampaio, P., Saraiva, P. e Gomes, A. (2014). ISO 9001 European Scoreboard: an instrument to measure macroquality. Total Quality Management and Business Excellence, 25(4), 309-318.

81

Management 29(4), 402-424.

BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2017 |

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sampaio, P., Saraiva, P. e Domingues, P. (2012). Management systems: Integration or addition? International Journal of Quality and Reliability

Worldbank (2016), http://www.worldbank.org/,

accessed 01/10/2016.

FIGURA 6

ISO 9001

Valores observados e valores previstos para a evolução da certificação ISO 9001 9.000 8.000 7.000 6.000 PERFIL . PEDRO SARAIVA

5.000 4.000

• Licenciado em Engenharia Química pela Universidade de Coimbra (1987), com doutoramento (1993) obtido pelo MIT (EUA).

3.000 2.000 1.000 0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ISO 9001

• Professor Catedrático (2010-) no Departamento de Engenharia Química da FCTUC, onde exerce funções docentes desde 1985.

Modelo (ISO 9001)

• Diretor da NOVA IMS da Universidade Nova de Lisboa. FIGURA 7

ISO 14001

Valores observados e valores previstos para a evolução da certificação ISO 14001

• Pró-Reitor (2003-2006) e Vice-Reitor (2007-2009) da Universidade de Coimbra.

2.500 • Deputado da XI e XII Legislatura da Assembleia da República eleito pelo Distrito de Coimbra (2009-2012 e 2014-2015).

2.000

• Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (2004-2005, 2012-2014).

1.500 1.000

• Fundador de várias empresas e associações (1986-2012), onde exerceu funções de gestão.

500 0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ISO 14001

Modelo (ISO 14001)

• Laureado com o prémio Feigenbaum (1998), atribuído pela ASQ. • Associate Member da International Academy for Quality (2010-).


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