EDIÇÃO14
VERSÃO INTERATIVA GEC 2019
2019
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Obrigado pela Confiança CREDIBILIDADE - IMPARCIALIDADE - RIGOR reconhecidos na certificação de produtos e serviços e de sistemas de gestão Membro de vários Acordos de Reconhecimento Mútuo Presente em 25 países
Acreditada pelo IPAC como organismo de certificação de produtos (incluindo Regulamento dos Produtos de Construção), serviços e sistemas de gestão
R. José Afonso, 9 E – 2810-237 Almada – Portugal — Tel. 351.212 586 940 – Fax 351.212 586 959 – E-mail: mail@certif.pt – www.certif.pt
Este ano, mais do que em qualquer outro, deparamo-nos com um conjunto de dúvidas, de incertezas e de alterações no universo da Qualidade sobre as quais não temos a noção exacta da sua profundidade e alcance. É, para mim, evidente que estamos num ponto de viragem e que as transformações a que assistimos vieram para ficar e são induzidas por tecnologias muito disruptivas. A digitalização acelerada que o mundo vive está a provocar grandes transformações na forma de ser e fazer no mundo empresarial, a que os Recursos Humanos não são alheios. Aliás, estão mesmo no centro da equação.
A
ssistimos a uma viragem, seguramente, das competências requeridas aos profissionais da Qualidade para enfrentarem e responderem com sucesso a este século e aos seus novos paradigmas. O GEC abre com um artigo sobre o Perfil do Profissional da Qualidade no século XXI. Sobressaem do estudo algumas dimensões fundamentais para estes profissionais, que merecem a sua leitura.
Nota: Texto escrito segundo a ortografia tradicional
Viragem ainda, afirmamos nós, do paradigma da certificação mundial a avaliar pelos dados que publicamos. Eles mostram uma
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PONTO DE VIRAGEM? redução significativa das empresas certificadas pela ISO 9001, com fortes quedas nos principais países asiáticos (China, Japão, …) e europeus (Alemanha, Inglaterra, Itália, …), motores maiores da difusão deste normativo no mundo. O crescimento económico atual não explica de todo, bem pelo contrário, esta contracção. Por seu lado, referenciais mais específicos afirmam-se e ganham espaço indiciando uma viragem. Os quadros e gráficos que publicamos, com dados nacionais e internacionais, podem ajudar a visualizar o panorama geral do sector. Nesta edição do GEC encontra, uma vez mais, diversidade e actualidade de temas e conteúdos. Para além do já referido estudo, pode conhecer o novo modelo EFQM ajustado aos tempos actuais ou a nova norma ISO 27701:2019 para a gestão da privacidade da informação. Ainda pode ler um texto sobre a nova norma ISO 45001:2018, que veio substituir as OHSAS, e a fechar o relevante e único Barómetro da Certificação em Portugal. Concluo com o reconhecimento e agradecimento aos autores, organismos certificadores e empresas participantes, que em muito contribuem para a edição anual do GEC. Luís Morais Editor
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NOTA DO EDITOR p. 3
FICHA TÉCNICA
O PERFIL DO PROFISSIONAL DA QUALIDADE NO SÉCULO XXI p. 6
ÍNDICE
EMPRESAS E ORGANISMOS PARTICIPANTES p. 12 ENTIDADES p. 14 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS p. 22
DIRETOR Luís Morais (luis.morais@cempalavras.pt) COORDENAÇÃO EDITORIAL Graziela Afonso (grazielaafonso@infoqualidade.net) APOIO EDITORIAL Paula Braga (paula.braga@cempalavras.pt) PROJETO GRÁFICO Paulo Sousa PRODUÇÃO GRÁFICA Ana Gaveta FOTOGRAFIA iStock PUBLICIDADE T 218 124 752 / 218 141 574 E comercial@cempalavras.pt
AGRADECIMENTOS João Carlos Costa Luís Azevedo Luís Fonseca Mónica Cabecinhas Paulo Sampaio Pedro Domingues Pedro Saraiva Organismos Oficiais Entidades Certificadoras Empresas participantes PROPRIETÁRIA Cempalavras – Comunicação Empresarial, Lda MORADA Av. Almirante Reis, 114 - 2.º C, 1150-023 LISBOA T +351 218 141 574 / 218 124 752 F +351 218 142 664 E geral@cempalavras.pt S www.cempalavras.pt F www.facebook.com/bycempalavras
IMPRESSÃO Grafisol – Artes Gráficas TIRAGEM 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO Gratuita PERIODICIDADE Anual DEPÓSITO LEGAL 236 645/05
É interdita a reprodução total ou parcial por quaisquer meios de textos, fotos e ilustrações sem a expressa autorização do editor. Publicação registada no INPI.
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO: CONTEXTO MUNDIAL, EUROPEU E PORTUGUÊS p. 30 A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA p. 48 PAÍSES EM DESTAQUE: ÁUSTRIA E BÉLGICA p. 58 EFQM 2020 – UM MODELO DE EXCELÊNCIA AJUSTADO AOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS p. 64 ISO/IEC 27701:2019 – UMA NORMA PARA A GESTÃO DA PRIVACIDADE DA INFORMAÇÃO p. 70 ISO 45001 – NOVO REFERENCIAL INTERNACIONAL DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO p. 74 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 P. 78 LISTAGEM GERAL DE EMPRESAS, SERVIÇOS E PRODUTOS CERTIFICADOS (QR-CODE) p. 86
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G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
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A
O PERFIL DO PROFISSIONAL DA QUALIDADE NO SÉCULO XXI Foi desenvolvido um questionário para recolha a nível mundial das perceções de profissionais da qualidade sobre as competências-chave de um profissional desta área no século XXI. As respostas chegaram de 61 países, a amostra compreende 319 respostas válidas e cada inquirido procedeu à avaliação de 27 afirmações relativamente a competências dos profissionais da qualidade. Entre as conclusões sobressai o facto de o profissional da qualidade atuar hoje segundo novos paradigmas introduzidos pela digitalização, responsabilidade social e agilização de novos modelos de negócio. Deste estudo resultou a identificação de sete dimensões significativas que compõem o perfil do profissional da qualidade do século XXI.
necessidade de colaboração entre os académicos (os profissionais da análise) e os practitioners (os profissionais da implementação no terreno) é um assunto cada vez mais premente nos dias de hoje, especificamente no âmbito de um conceito que emerge desta quarta revolução industrial que estamos a viver – o conceito da Qualidade 4.0. Genericamente, uma organização ou empresa digital (ou com competências para enfrentar com sucesso o mundo digital) deve assumir a existência de um sem número de tecnologias ou ferramentas tecnológicas (tecnologia cloud, plataformas IoT, análise de big data, realidade virtual e aumentada, inteligência artificial, os sistemas ciber-físicos, ciência de dados, machine learning, digitalização, redes neuronais, interfaces homem-máquina, etc.) que permitem um rápido, interconectado e eficiente fluxo de informação – o recurso crítico da era digital. As empresas que enfrentarem este desafio com sucesso (recorrendo a recursos humanos melhor preparados e mais bem qualificados) certamente se apresentarão mais competitivas do que as empresas concorrentes e responderão eficientemente aos novos requisitos das partes interessadas como a customização em massa por parte dos clientes. Tal como referido, por entre o conceito de Indústria 4.0 emerge outro, não menos importante: o conceito da Qualidade 4.0, isto é, o reposicionamento da função qualidade na Indústria 4.0. Vários autores já se debruçaram sobre este conceito e anteciparam as várias dimensões associadas. Jacob (2017) propõe um modelo englobando três dimensões – Tecnologia, Processos e Pessoas – e 11 eixos – dados, análise de dados, SG, conformidade, cultura, liderança, competência, colaboração, escalabilidade, conectividade e desenvolvimento de aplicações.
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Cada inquirido procedeu à avaliação de 27 afirmações relativamente a competências dos profissionais da qualidade, tendo-se utilizado uma escala de importância de Likert de cinco pontos para este efeito. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Informações sobre aspetos demográficos da amostra inquirida são apresentadas nesta secção e em linha com a distribuição geográfica por macrorregião adotada no ISO Survey of Certifications. Aproximadamente 48% dos respondentes são europeus e 21% da América do Norte. Os participantes da América Central e do Sul representam 17,6% da amostra, Leste da Ásia e Pacífico 5,3%, África 3,1%, Oriente Médio 2,5% e Ásia Central e do Sul 2,2% (Figura 1). Quase metade dos inquiridos eram CEOs (15,1%), gestores da qualidade (26,3%), engenheiros da qualidade (6,3%) ou supervisores de garantia e certificação da qualidade (1,3%). Os demais respondentes (51,1%) eram supervisores de sistemas de gestão da qualidade (2,2%), supervisores de controlo e planeamento da qualidade (0,9%), especialistas em qualidade (7,2%), professores (15,7%), técnicos da qualidade (1,3%) ou a ocuparem outros cargos na área da Qualidade (23,8%) (Figura 2). A maioria dos respondentes exerce a sua atividade profissional nos sectores industrial e de serviços e detém mais de 15 anos de experiência em funções relacionadas com o domínio da Qualidade (Figura 3). RESULTADOS E DISCUSSÃO Após uma extensa revisão de literatura, cujo objetivo consistiu em identificar as competências mais relevantes a serem avaliadas, o questionário foi difundido mundialmente entre abril e setembro de 2018. Deste modo, avaliou-se a importância de 27 competências distintas (Tabela 1) potencialmente relevantes para o papel do profissional da qualidade.
PEDRO DOMINGUES • Univ. do Minho, Escola de Engenharia, Centro ALGORITMI. Research Group on Quality and Organizational Excellence pdomingues@dps.uminho.pt PERFIL • Licenciado em Química (1996), mestre em Química Têxtil – ramo Ambiente (2001) e doutorado em Engenharia Industrial e de Sistemas (2013) pela Universidade do Minho. • Tese de doutoramento sobre sistemas de gestão integrados e desenvolvimento de um modelo de maturidade. • Atualmente Investigador e Professor na Universidade do Minho, envolvido num projeto de pós-doutoramento tendo por objetivo a avaliação da maturidade e eficiência de sistemas de gestão integrados. • O trabalho de investigação desenrola-se na linha de investigação IEM (ALGORITMI Research Centre). • Coautor em cerca de 70 artigos (revistas, atas de congressos, capítulos de livros), alguns deles reconhecidos e premiados em Portugal e no estrangeiro.
O PERFIL DO PROFISSIONAL DA QUALIDADE NO SÉCULO XXI |
Radziwill (2018) apresentou o contexto ou ecossistema onde o líder da qualidade do século XXI desenvolverá a sua atividade, sendo que deverá dominar alguns conceitos emergentes associados à análise da imensa quantidade de dados que existirão, tal como os referidos anteriormente. Cohen (2019) propõe um modelo que permite avaliar o nível de maturidade do conceito Qualidade 4.0 numa empresa, considerando cinco dimensões (liderança, cultura, facilidade de recolha e acesso a dados, normalização e melhoria contínua) que evoluem ao longo de cinco níveis. Independentemente dos modelos, ferramentas ou frameworks reportados, uma característica comum identificada é a relativa aos recursos humanos no âmbito da “Qualidade”. De facto, os profissionais desta área devem garantir que as equipas se mantêm motivadas e comprometidas face aos objetivos organizacionais e que uma proposta de valor é entregue ao consumidor final. A qualidade de um produto ou serviço é percecionada por estes consumidores e, como catalisadores de qualquer negócio, é importante que as suas expectativas sejam geridas, atingidas e, se possível, superadas. Por forma a se entender como os profissionais no domínio da “Qualidade” podem contribuir assertivamente para este novo contexto desenvolveu-se um estudo no âmbito do perfil do profissional da qualidade do século XXI. Um questionário foi desenvolvido possibilitando a recolha de perceções de profissionais da qualidade de todo o mundo relativamente às competências-chave de um profissional da mesma área no século XXI. A amostra compreende 319 respostas válidas provenientes de 61 países, tendo-se procedido ao contacto via e-mail durante o segundo trimestre de 2018.
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FIGURA 1 Distribuição geográfica dos respondentes
FIGURA 3 Sector de atividade e experiência (anos) dos respondentes ACTIVITY SECTOR DISTRIBUTION
0.3% 14.9%
22.2%
3.2% 21.0%
38.4%
Education
FIGURA 2 Funções organizacionais dos respondentes
Healthcare
Industry
Service
Other
RESPONDENTS’ EXPERIENCE YEAR
RESPONDENTS’ ACTIVE ROLE DISTRIBUITION
40.0% 34.6%
35.0%
70.0%
25.0%
50.0%
20.0%
40.0%
15.0%
16.5%
15.9%
13.7%
10.0%
1.6% CEO (Chief Executive Officer)
Quality Manager
Quality Engineer
2.2%
30.0%
10.0% 1.0%
Quality Quality Quality Assurance Management Control and and System Planning Certification Supervision Supervisor Supervision
1.3% Quality Specialist
22.9%
20.0%
7.3%
6.0%
5.0% 0.0%
64.1%
60.0%
30.0%
Professor
Quality Technician
Other
0.0%
3.2% <2
9.8%
2-5
6-15
>15
Social
9
ABREVIATURA AbsThought Ind4.0 QualTools
CODIFICAÇÃO An1 T1 QO1
SKILL Having an abstract thought Being an Industry 4.0 expert Being an expert on quality tools
Troublesh
T2
Being a troubleshooting expert
ITTools
T3
Being able to work with IT tools
EmoInt
C1
Having emotional intelligence
Persuasive
C2
Being persuasive
Innovative
PT1
Being innovative
Altruistic
PT2
Being altruistic
WorkTeams
C3
Being able to work with teams
Ambitious
PT3
Being ambitious
SocNetwork
PT4
Being able to create social network
ComProblSol
Ad1
Being an expert at complex problem solving
ChangRoles
Ad2
Being able to adapt into changing roles
CogFlex
Ad3
Having cognitive flexibility
GoodComm
C4
Being a good communicator
Instructive
QO2
Being instructive
MotWorkers
L1
Motivating workers
Coordinative
L2
Being coordinative with all departments
AbleDelegate
L3
Being able to delegate
FairObjective
L4
Being fair and objective
ModDiff
L5
Being able to moderate difficulties
Congratulate
L6
Being able to congratulate
CustFocused
QO3
GoodManSkills
L7
Being customer focused Having good management skills (time management, risk management, etc.)
AnalyReas
An2
Being good at analytical reasoning
StatTools
An3
Being capable of adopting statistical tools
PAULO SAMPAIO • Univ. do Minho, Escola de Engenharia, Centro ALGORITMI. Research Group on Quality and Organizational Excellence paulosampaio@dps.uminho.pt PERFIL • Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho em 2002, obteve em 2008 o grau de Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas pela mesma Universidade. • Professor Associado da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. • Investigador Doutorado, na categoria de Membro Integrado, do Grupo Supply-chain, Logistics and Transportation Systems do Centro de Investigação ALGORITMI. • Em 2015 foi Visiting Scholar no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao abrigo do Programa MIT-Portugal, onde esteve em licença sabática. • Desenvolve a sua atividade como docente e investigador na área da Qualidade e da Excelência Organizacional, sendo Coordenador do Research Group on Quality and Organizational Excellence na Universidade do Minho.
O PERFIL DO PROFISSIONAL DA QUALIDADE NO SÉCULO XXI |
TABELA 1 Codificação das variáveis
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FIGURA 4 Importância por dimensão (Média) FIGURA 5 Importância por item avaliado – Dimensão “Competências de Liderança”
DIMENSIONS
5.0 4.09 4.0
3.72
4.23
4.08 3.86
4.19
LEADERSHIP SKILLS
3.53
3.0
Mot Workers
4.14
Coordinative
4.12
2.0
1.0
0.0
Personality Traits
Leadership
Analytical
Adaptability
Technological
Quality Oriented
Communicational
3.96
Able Delegate
4.28
Fair Objective
Através de uma análise fatorial exploratória (AFE) identificaram-se sete fatores/componentes que explicam cerca de 60% da variância total (análise não reportada neste artigo). Estes resultados preliminares foram enviados a um grupo de 11 especialistas e a cada um deles foi solicitada a atribuição de uma nomenclatura que caracterizasse cada componente. As ideias deste grupo de especialistas ditaram a denominação de cada componente. O primeiro componente (que explica 29,1% da variação total) foi nomeado de “Competências de Liderança”. O segundo componente (explicativo de 6,9% da variação total) foi intitulado de “Atributos de personalidade”. Os restantes cinco componentes foram denominados de “Competências comunicacionais”, “Competências Orientadas à Qualidade”, “Adaptabilidade”, “Competências Analíticas” e “Competências Tecnológicas”.
A Figura 4 sumaria a importância atribuída pelos respondentes a cada dimensão identificada. Num primeiro grupo pode-se verificar que as dimensões às quais os respondentes atribuíram maior importância foram (por ordem decrescente): "Competências Orientadas à Qualidade", “Competências comunicacionais”, “Competências de Liderança” e “Adaptabilidade”. Num segundo grupo identificam-se as “Competências Analíticas”, “Atributos de personalidade” e “Competências Tecnológicas”. As Figuras 5 e 6 apresentam a importância média por item avaliado em cada dimensão. Assim, relativamente à dimensão “Competências de Liderança” é possível observar que os respondentes atribuem maior importância ao facto de o líder exibir capacidade de ser justo e objetivo e menor importância ao facto de o líder exibir capacidade de felicitar quando devido (Figura 5).
4.16
Modderate Diff
3.86
Congratulate
4.10
Good Man Skills
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
Com base na Figura 6 é possível observar que características como estar focado no cliente, possuir flexibilidade cognitiva e de abstração, ter capacidade de trabalhar em equipa, ser ambicioso e dominar as tecnologias de informação são itens particularmente apreciados pelos respondentes.
QUALITY ORIENTED
4.15
4.52
4.01
Quality Tools
ADAPTABILITY
Instructive
Cust Focused
3.32
Cog Flex
4.40
Work Teams
Good Comm
3.92
Emo Persuasive Intelligence
ANALYTICAL
TECHNOLOGICAL
4.16
4.14
4.10
3.97
Com Probl Sol Chang Roles
PERSONALITY TRAITS
4.45
4.22
4.11
3.91
COMMUNICATIONAL
3.73
3.69
3.33
3.47
3.64
3.49
AGRADECIMENTOS Os agradecimentos são devidos a todos os respondentes do questionário. Innovative Altruistic Ambitious
Soc Network
Abstract Thought
Analytical Reas
CONCLUSÃO O presente documento identifica sete dimensões significativas que compõem o perfil do profissional da qualidade do século XXI. Este profissional atua segundo novos paradigmas, regidos pela digitalização, responsabilidade social e agilização dos novos modelos de negócio.
Stat Tools
Troubleshooting
IT Tools
Industry 4.0
A investigação desenvolvida resultou num modelo que explica os mecanismos que regem a contribuição de cada dimensão do mesmo, bem como entre dimensões (não apresentado no presente artigo). Para além disto, os resultados sugerem que as “Competências de Liderança” e as “Competências Orientadas à Qualidade” se consagram
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Cohen, C.B. (2019). “Quality 4.0 Toolbox,” 2018. [Online]. Available at: https://www.linkedin.com/ pulse/quality-40-toolbox-carmitberdugo-cohen/. • Jacob, D. (2017). “Quality 4.0 impact and strategy handbook”. LNS Research, 2017. SAS Institute Inc. • Radziwill, N.M. (2018) “Quality 4.0: Let’s Get Digital - The many ways the fourth industrial revolution is reshaping the way we think about quality,” no. October, pp. 0–10, 2018.
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FIGURA 6 Importância por item avaliado – Dimensões “Competências Orientadas à Qualidade”, “Adaptabilidade”, “Competências comunicacionais”, "Atributos de personalidade", “Competências Analíticas” e “Competências Tecnológicas”
como as mais relevantes para futuros profissionais da qualidade. Uma vez que este artigo aponta o conjunto de competências mais apreciadas por futuros líderes da qualidade de empresas de todo o mundo, quem emerge agora neste contexto tem a possibilidade de se adaptar e desenvolver com base nas informações fornecidas. Adicionalmente, as organizações dispõem, agora, de um modelo para especificação e otimização de dimensões que devem ser desenvolvidas pelos seus colaboradores. Face a este cenário e utilizando esta ferramenta é expectável que as empresas obtenham altos benefícios e excelentes resultados, uma vez que as várias dimensões influenciam, direta ou indiretamente, outras e, em conjunto, traduzem o perfil ideal de um profissional da qualidade. Para além disto, aquando da revisão de conteúdos programáticos de cursos na área da Qualidade lecionados em Universidades de todo o mundo, este modelo pode ser utilizado como ferramenta auxiliar e de benchmarking para promoção da formação de profissionais altamente qualificados na área da qualidade.
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p. 5 APCER Associação Portuguesa de Certificação
EMPRESAS E ORGANISMOS PARTICIPANTES
p. verso de capa CERTIF Associação para a Certificação
13
(DQS Portugal) Sercert Serviços de Certificação, Lda.
p. 41
p. 29 SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação
INTERTEK
Precisely Right.
p. 15 EIC Empresa Internacional de Certificação
p. 26 FUTURO – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA
p. 24 LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão Resíduos do Grande Porto
p. 33 TÜV – Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, Lda.
p. 21 RELACRE – Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal
p. 45 URS Portugal
E M P R E S A S E O R GA N I S M O S PA R T I C I PA N T E S |
p. verso de contracapa
ENTIDADES |
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IPQ – Instituto Português da Qualidade O IPQ é um instituto público dotado de personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira e património próprio, sujeito à tutela da Economia, com a sua Lei Orgânica definida no Decreto-Lei n. 71/2012, de 21 de março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. 80/2014, de 15 de maio, bem como nos Estatutos estabelecidos na Portaria n. 23/2013, de 24 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n. 258/2014, de 12 de dezembro. Tem por missão a coordenação do Sistema Português da Qualidade (SPQ) e de outros sistemas de qualificação regulamentares que lhe forem conferidos por lei, o licenciamento de equipamentos sob pressão, cisternas e motores e a promoção e coordenação de atividades que visem contribuir para demonstrar a credibilidade da ação dos agentes económicos, e outras decorrentes das suas responsabilidades enquanto Organismo Nacional de Normalização e de Instituição Nacional de Metrologia.
Sede Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA T +351 212 948 100 F +351 212 948 101 E ipq@ipq.pt S www.ipq.pt Ano de Fundação 1986 Número de Colaboradores 110 (a 30 de setembro de 2019) Presidente António Mira dos Santos Vogais Ana Ramalho Lídia Jacob
Enquanto enquadramento legal para os assuntos da Qualidade, ao nível nacional, no domínio voluntario, o SPQ integra as entidades e organizações que, seguindo princípios, regras e procedimentos aceites internacionalmente, congregam esforços para a dinamização da qualidade em Portugal, no âmbito dos subsistemas da normalização, da metrologia e da qualificação, com vista ao desenvolvimento sustentado do país e ao aumento da qualidade de vida da sociedade portuguesa em geral.
IPAC – Instituto Português de Acreditação O IPAC – Instituto Português de Acreditação, I.P., é o organismo nacional de acreditação, e rege-se pelo Decreto-Lei 81/2012 de 27 de março. É membro das estruturas federativas de organismos de acreditação, nomeadamente europeias (EA – Cooperação Europeia para a Acreditação) e internacionais (ILAC – Conferência Internacional para a Acreditação de Laboratórios e IAF – Fórum Internacional para a Acreditação). MISSÃO › Tem por missão reconhecer a competência técnica dos agentes de avaliação da conformidade atuantes no mercado, de acordo com referenciais normativos pré-estabelecidos, gerindo o sistema nacional de acreditação e integrando-o nos acordos de reconhecimento mútuo europeus e internacionais (EA, ILAC e IAF). Desta forma, o IPAC dota o Estado e a Sociedade portuguesa de uma ferramenta de racionalização, desenvolvimento e competitividade.
Sede Rua António Gião, 2 – 4.º 2829-513 CAPARICA T +351 212 948 201 F +351 212 948 202 E acredita@ipac.pt S www.ipac.pt Ano de Fundação 2004 Número de Colaboradores 29 Entidades Acreditadas 794 Número de Clientes 831 Presidente Leopoldo Cortez Vice-Presidente Paulo Tavares
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APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade Principais Áreas de Atividade Formação Inter e Intra Empresas; E-learning; Webinars; Projetos de Desenvolvimento Organizacional; Realização de Eventos (Congressos, Colóquios, Seminários, Jornadas, Sessões de Networking); Revista Qualidade; Revista TMQ; Site Publicações; Estruturas Dinamizadoras da Qualidade; ONS – Organismo de Normalização Setorial; Níveis de Excelência da EFQM; Certificação EQUASS Assurance; Projetos em Parceria (Observatório Nacional de Recursos Humanos, ECSI Portugal); Representações Internacionais (EOQ – European Organization for Quality; ASQ – American Society for Quality; EFQM – European Foundation for Quality Management; FUNDIBEQ – Fundación Iberoamericana para la Gestión de la Calidad; EPR – European Platform for Rehabilitation).
Sede Rua Carlos Alves N.º 3, Pólo Tecnológico de Lisboa 1600-515 LISBOA T +351 214 996 210 F +351 214 958 449 E geral@apq.pt S www.apq.pt Ano de Fundação 1969 Presidente da Direção Francisco Frazão Guerreiro Número de Associados Ativos 985 (Coletivos e Individuais) Secretário-Geral Fernando Reis
APCER – Associação Portuguesa de Certificação Serviços › Certificação › Auditoria › Educação e Formação (Formação Contínua, Pós-Graduações, Especializações Avançadas, Formação Inter Company) Áreas especializadas › Agrifood (ISO 22000, HACCP, BRC Global Standards, IFS Standards, FSSC 22000, APCER 3002, APCER 5003, Recomendação ERSAR, Cadeias de Responsabilidade) › Climate Change (CELE, SEVESO, MRV, Fim do Estatuto de Resíduo, Verificação da Pegada de Carbono, Verificação PCIP) › Forest (PEFCTM Gestão Florestal NP 4406, PEFCTM Cadeia de Responsabilidade, FSC® Gestão Florestal, FSC® Cadeia de Responsabilidade, PSO – Process Standard Offset) › IT Security (ISO/IEC 27001, ISO/IEC 20 000-1, QWeb, Regulamento eIDAS) › Supply Chain (amfori BSCI, Auditorias internas, Auditorias a fornecedores)
Sede O’Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430 – 1º 4150-074 PORTO T +351 229 993 600 F +351 229 993 601 E info@apcer.pt S www.apcergroup.com Ano de Fundação 1996 CEO José Leitão
BM TRADA Referenciais de Certificação: › Qualidade: ISO 9001 › Ambiente: ISO 14001 › SHST: OHSAS 18001 / ISO 45001 › Segurança Alimentar: HACCP, ISO 22000 › Segurança da Informação: ISO 27001 › Energia: ISO 50001 › Cadeia de Responsabilidade FSC® e PEFC (Produtos de Base Florestal) › Cadeia de Responsabilidade RSPO (Óleo de Palma Sustentável) › Cadeia de Responsabilidade UTZ (Chá, Café e Cacau) › Certificação de Produto: Q-Mark
Sede Av. D. João II – Edifício Infante N.º 35 – 11º Parque das Nações 1990-083 LISBOA T +351 211 378 399 /+351 915 736 792 E tecnico@bmtrada.pt S www.bmtrada.com Ano de Fundação 1987 (Portugal: 2008) Diretora Geral/Técnica Cláudia Alexandra Carvalho
Sede Rua Laura Ayres, n.º 3 1600 - 510 LISBOA T +351 217 100 970 F +351 217 100 971 E certification.portugal@ pt.bureauveritas.com S www.bureauveritas.pt Ano de Fundação 1999 Diretor de Certificação Bureau Veritas Certification Patrícia Franganito Número de Certificados Emitidos 1223
CERTIF – Associação para a Certificação Referenciais de Certificação Certificação de Produtos | Certificação de Serviços | Certificação do Serviço das Empresas que executam atividades de instalação, reparação, manutenção ou assistência técnica e desmantelamento de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham gases fluorados com efeito de estufa em conformidade com o Regulamento (UE) nº 517/2014, Regulamento de Execução (UE) 2015/2067 e com o Decreto-Lei nº 145/2017 | Certificação de Processos | Certificação do Processo de Controle da Produção de Betão | Certificação de Software | Certificação de Pessoas | Certificação de Sistemas de Gestão: Qualidade (ISO 9001); Ambiente (ISO 14001); Segurança Alimentar (ISO 22000); Segurança e Saúde do Trabalho (NP 4397; OHSAS 18001; ISO 45001); Energia (ISO 50001); Sector Automóvel (ISO TS 16949); Inv., Des. e Inovação (NP 4457); | Cert. HACCP – Códex Alimentarius | Certificação do Sistema de Boas Práticas de Fabrico de Cosméticos (ISO 22716) | Marcação CE: Regulamento Prod. da Construção
Sede Rua José Afonso, 9E 2810-237 ALMADA T +351 212 586 940 F +351 212 586 959 E mail@certif.pt S www.certif.pt Ano de Fundação 1998 (início de atividade: 1999) CEO Francisco Barroca Número de Certificados Emitidos 2699 (até 30 de setembro de 2019)
DNV GL – Business Assurance Referenciais de Certificação › ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 › IATF 16949; 2016 para Indústria Automóvel › UN para Sustainable Development Projects › IFS / BRC / GMP para Segurança Alimentar Acreditações RvA | ENAC | IATF | SINCERT | DAKKS
Sede Av. Infante Santo, n.º 43 – 1.º Esq. 1350-177 LISBOA T +351 213 929 305 F +351 213 977 547 E carlos.cavaco@dnvgl.com S www.dnvgl.es Ano de Fundação 1864 (Fund. DNV) 1970 (Port) CEO Portugal Paulo Viana CEO DNV GL Group Remi Eriksen
ENTIDADES |
Referenciais de Certificação/Verificação de Conformidade Sistemas de Gestão: Qualidade (ISO 9001) | Ambiente (ISO 14001; EMAS) | Hig. Saúde e Segurança (NP 4397; OHSAS 18001; SCC; ISO45001) | Rec. Humanos (NP 4427) | Inv., Desenv. e Inovação (NP 4457) | Resp. Social (NP 4469-1; SA 8000; ISO 26000; NP4552) | Resp. Sociais | Seg. da Informação (ISO 27001) | Gestão de Serviço IT (ISO 20000) | Sector Automóvel (IATF 16949) | Aeroespacial (AS 9100; AS 9110; AS 9120) | Alimentar (FSSC 22000; ISO 22000; HACCP; BRC; IFS; HACCP-Codex) | Florestal (FSC; PEFC) | Gestão do Risco (ISO 31000) | Call Center (ISO 18295-1) | MSC (Cadeia de Resp. nas Pescas) | Energia (ISO 50001) | Systecode e Systecode Premium (Código de Boas Práticas Rolheiras); Relatórios de Sustentabilidade; Continuidade do Negócio (ISO 22301); Produtos / Serviços: Serviço de Man. de Extintores (NP 4413; NP4513) | Serviço de Tradução (ISO17100) | Andaimes (EN 12810) | Controlo Prod. de Betão (NP206-1); Marcação CE: Estruturas Metálicas (EN 1090); Agregados, Misturas Betuminosas; Auditorias de 1.ª Parte e 2.ª Parte (Cód. de Conduta; Aud. a Fornecedores; Cliente mistério) | ODS| Zero Waste| Organizações saudáveis.
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BUREAU VERITAS Certification
ENTIDADES |
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DQS Portugal Referenciais de Certificação Qualidade: ISO 9001, DQS-Best; Sector Automóvel: IATF 16949, VDA 6.1/6.2/6.4, SPICE (ISO 15504); Ambiente e Energia: ISO 14001, ISO 16001, ISO 50001, EMAS, CO2-Footprint; Saúde e Segurança no Trabalho: OHSAS 18001, ISO 45001; SCC/SCP; Segurança Sistemas Informação: ISO 27001, ISO 20000-1; Responsabilidade Social: SA 8000, ISO 26000, BSCI; Segurança e Higiene Alimentar: ISO 22000, FSSC 22000, HACCP, EN 15593, IFS, BRC; Aeroespacial: EN/AS 9001/9110/9120; Dispositivos Médicos: ISO 13485, Diretiva 93/42/EEC, ISO 15378; Petróleo, Petroquímica, Gás Natural: ISO TS 29001, HSE, RC 14001; Indústria Ferroviária: IRIS; Telecomunicações: TL 9000; Business Excellence: IBEC, DQS-TIP, Risk Management, BS 25999; EuRA Quality Seal.
Sede Avenida João Crisóstomo 30, 5.º 1050-127 LISBOA T +351 963 038 407 F +351 213 303 733 E info@dqs-portugal.com S www.dqs-portugal.com Ano de Fundação 2009 Office Coordinator António Feio
EIC – Empresa Internacional de Certificação Referenciais de Certificação Sistemas de Gestão: Acessibilidades; Ambiente; Continuidade de Negócio; Energia; Eventos Sustentáveis; Formação Profissional; FSSC; IDI; Organizações de Educação; Qualidade; Recursos Humanos; Responsabilidade Social; Segurança Alimentar; Segurança da Informação; Segurança e Saúde do Trabalho; Tecnologias de Informação. Produtos: Betão; Cabos de Amarração; Combustíveis Derivados de Resíduos; Luminárias; Produtos Alimentares (Cereais e Leguminosas); Marcação CE – Produtos de Construção; Serviços: Boas Práticas de Fabrico; Franchising; Funerários; Gases Fluorados; Gestão de Pragas; Espaços de Jogo e Recreio; Manutenção de Extintores; Respostas Sociais; Prestação de Serviços de Manutenção; Segurança Contra Incêndio; Qualidade do Serviço; Tradução. Outros: Boas Práticas de Farmácia; Declaração PAS 2050; HACCP – Codex Alimentarius; Normas de Laboratório Clínico; Processo de Valorização de Resíduos (FER); SGQ – Dispositivos Médicos; Verificação Ambiental EMAS. Atividades de Inspeção Espaços de Jogo e Recreio
Sede Rua da Tobis Portuguesa, n.º 8, 2.º, escrt 10 › 1750-292 LISBOA T +351 214 220 640 F +351 214 220 649 E geral@eic.pt S www.eic.pt Ano de Fundação 2000 Administradores Executivos Manuel Vidigal Aline Cortez
INTERTEK Principais Referenciais Qualidade: ISO 9001 | Ambiente: ISO 14001 | Segurança e Saúde no Trabalho: ISO 45001 | Segurança da Informação: ISO 27001 | Energia: ISO 50001 | Gestão do risco: ISO 22301, ISO 37001, ISO 55001, ISO 39001 | Segurança Alimentar: ISO 22000 | FSSC 22000 Food Processing, Packaging, Food and feed processing, Biochemical, Transport and Storage, Catering, Retail and Wholesale | BRC Food, BRC Packaging, BRC Agents & Brokers, BRC Consumer Products, BRC Storage and Distribution | IFS Food, IFS Logistics, IFS Broker, IFS Global Markets Food, IFS Global Markets Logistics, IFS Wholesale/Cash and Carry | GMP+ | Sector Médico: ISO 13485, ISO 22716 | Sector Automóvel: IATF 16949 | Setor da Aviação & Aeroespacial: AS9100 Series | Biocombustíveis sustentáveis: ISCC EU | Pesca e Aquacultura sustentáveis: MSC/ASC Chain of Custody | Óleo de Palma sustentável: RSPO Supply Chain Certification | Responsabilidade Social: SMETA, BSCI | Auditorias Combinadas, Auditorias Integradas e Auditorias de segunda-parte segundo programas específicos de clientes ou da Intertek como WCA (Workplace Conditions Assessment), TGI (Think Green Initiative), SCS (Suppy Chain Security) e C-TPAT (Customs and Trade Partnership Against Terrorism).
Sede Rua Antero de Quental 221 S.102 4455-586 PORTO T +351 229 998 080 F +351 229 998 081 E info.portugal@intertek.com S www.intertek.pt Ano de fundação 1885 (Fund. Intertek) 1989 (Portugal) CEO André Lacroix Acreditações UKAS | ANSI | ASI | CAI | SWEDAC | ACCREDIA | KAN | IATF | ISCC | SAAS | ANAB
Sede Avenida D. Carlos I, n.º 44, 6.º Andar, 1200-649 LISBOA T +351 213 964 131 F +351 213 904 829 E LRQA-Lisbon@lr.org S www.lrqa.pt Ano de Fundação 1985
Outros Serviços Customizados: Auditorias de 2ª Parte, Qualificação de Fornecedores, Directivas e Marca CE, entre outros.
LUSAENOR, LDA. Referenciais de Certificação Qualidade: ISO 9001, ISO/TS 16949, EN 9100, IRIS, Qualidade do Serviço; Ambiente: ISO 14001, Verificação EMAS, PEFC, Eco-Design, Gestão Energética ISO 50001, Gestão Mineira Sustentável, Verificação REGEE, PEFC, Pegada de Carbono, Validações CDM da ONU; Segurança Ocupacional: OHSAS 18001, NP 4397; Segurança Alimentar: ISO 22000, HACCP, BRC e BRC-IOP, IFS, GLOBALGAP, FACE; Responsabilidade Social: SA 8000, NP 4469, Acessibilidade Global, Verificação de Relatórios GRI, Respostas Sociais, BSCI, RS10; Tecnologias da Informação: ISO 27001, ISO/IEC 20000, Acessibilidade WEB e Boas Práticas de Comércio Eletrónico; Certificação de Produto: mais de 500 esquemas de certificação; Outros: Inovação NP 4457, ISO 28000, NP 4427, Auditorias de 2.ª parte e Formação.
Sede Avenida da Boavista, 1180 – 2.º C 4100-113 PORTO T +351 226 051 760 F +351 226 051 761 E lusaenor@aenor.com S www.aenorportugal.com Ano de Fundação 2005 Diretor Geral José Cândido Gonçalves Pires
SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação Sistemas de Gestão – Genéricos Qualidade, Ambiente, Saúde e Segurança, Energia, Ativos, lnvestigação Desenvolvimento e lnovação, Conciliação da Vida Profissional Familiar e Pessoal, Recursos Humanos, Reclamações, Responsabilidade Social, Entidades Familiarmente Responsáveis, Continuidade do Negócio, Segurança de lnformação, Segurança da Cadeia de Fornecimento, Eventos Sustentáveis. Referenciais Sectoriais Aeronáutica; Alimentar (Produto, Modo de Produção Biológica, BRC Food, BRC IOP – Embalagens, BRC – Distribuição, FSSC 22000, ISO 22000, GlobalGap, GMP, HACCP, IFS, Pesca Sustentável (MSC); Automóvel (ISO/TS 16949, Reboques e Desempanagem); Caminhos-de-Ferro; Construção (Marcação CE, Produtos de Construção, Domus Natura, Green Building); Contact Centers; Cosméticos; Extintores; Formação e Ensino (NP 4512, ISO 29990); Florestal (FSC, PEFC, SFI); Hotelaria e Turismo (NP 4494, NP 4507); Informática (ISO 20000, ISO 25000); Manutenção Industrial; Oil & Gas (ISO 29001); Respostas Sociais; GDP Produtos Farmacêuticos, Embalagens Primárias lndústria Farmacêutica (ISO 15378); Telecomunicações; Transportes e Logística; Produtos; Serviço.
Sede SGS Portugal, Rua Cupertino Miranda, Pólo Tecnológico de Lisboa – Lote 6, 1600-513 LISBOA T 808 200 747 E pt.info@sgs.com S www.sgs.pt Ano de Fundação 1998 Diretora-Executiva Sandra Matias Número de Certificados Emitidos 3600 (até 30 de setembro de 2019)
ENTIDADES |
Referenciais de Certificação Qualidade ISO 9001, NP 4492 / Automóvel: IATF 16949 / Ambiente: ISO 14001, EMAS, Verificação Emissões CO², Verificação Relatórios de Sustentabilidade / Segurança e Saúde no Trabalho: OHSAS 18001, ISO 45001, SGSPAG – Prevenção de Acidentes Graves / Segurança Alimentar: ISO 22000, FSSC 22000, HACCP, BRC, BRC Packaging, IFS, IFS Logistics / Energia: ISO 50001 / Responsabilidade Social: SA 8000, SMETA, ISO 26000 / IT: RGPD – Regulamento Geral Proteção de Dados, ISO 27001, ISO 20000, ISO 22301 / entre outros.
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Lloyd’s Register EMEA
Principais Referenciais de Certificação Internacionais: ISO 9001; ISO 14001/EMAS; OHSAS 18001/ISO 45001; ISO 50001; ISO 27001; ISO 20000; ISO 28001; ISO 22000; IFS; BRC; GMP+; Codex alimentarius; FSC/PEFC; ISO 15593/ISO 15538; IATF 16949; VDA 6.ff; EN 9100; EN 9110; EN 9120; SA 8000/BSCI; SMETA (SEDEX); ISO 26001 Nacionais: NP 4457; NP 4427; NP 4492; NP 4469
ENTIDADES |
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TÜV – Rheinland Portugal, Inspecções Técnicas, LDA. Sede Edifício Zenith (Arquiparque) Rua Dr. Ant.º Loureiro Borges, n.º 9 – 3.º, 1495-131 LISBOA T +351 214 137 040 F +351 214 137 045 E geral@pt.tuv.com S www.tuv.pt Ano de Fundação 1989 Administrador Fernando Lamares Número de Certificados Emitidos 2570 (até 30 de setembro de 2019)
URS Portugal Áreas de certificação/Referenciais de certificação em que actua: IS0 9001, IS0 14001, IS0 45001, IS0 37001, IS0 27001, IS0 20000-1, IS0 22000, IS0 50001, IS0 13485, IS0 22301, AS 9100, AS 9120, IATF 16949, GMP+, EN 1090 Acreditações: UKAS, IAF, IATF, NABCB, DAC, EGAC, SAC, DAkkS, TAF. Outros Serviços: Formação, Auditorias SEDEX, Auditorias de Conformidade Legal, Auditorias de Conformidade Ambiental, Segurança de Equipamentos.
Sede Incubadora de Empresas da Figueira da Foz, Parque Industrial da Figueira da Foz, Rua das Acácias n.º 40-A 3090-380 FIGUEIRA DA FOZ T +351 233 407 030 E urs@ursportugal.pt S www.ursportugal.pt Ano de fundação em Portugal 2017 Responsável Miguel Serras
Precisely Right.
OS LABORATÓRIOS, A SEGURANÇA E A QUALIDADE DE VIDA Ensaios de Aptidão
Assessoria Técnica e Auditorias
Melhoria da produtividade e desempenho organizacional
Formação
Valorizar as competências técnicas
e ainda: Eventos Comissões Técnicas e Sectoriais Certificação de Pessoas
Afiliações Internacionais
www.relacre.pt | geral@relacre.pt
ENTIDADES |
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Confiança e responsabilidade na validação de métodos
TÍTULO DD CAPÍTULO |
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TÍTULO DD CAPÍTULO |
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FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS
FUTURO Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. p. 24 LIPOR Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto p. 26
24 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS |
FUTURO – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. DADOS DA CERTIFICAÇÃO
NP EN ISO 9001: 2015
APCER
ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO
OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO
INFORMAÇÃO GERAL
Para a FUTURO, a primeira Sociedade Gestora de Fundos de Pensões a obter a Certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade em Portugal, a Certificação da Qualidade, mais do que um fim, é um meio para alcançar elevados padrões de qualidade de serviço. Sendo o nosso objetivo a excelência na gestão de Fundos de Pensões, destinados a particulares e empresas, pretendemos melhorar continuamente a nossa atuação e processos com vista à satisfação dos clientes e à sua proteção na reforma. Disponibilizamos produtos e soluções inovadoras, assentes em valores como a segurança, credibilidade e transparência, assegurando o envolvimento de todos os colaboradores na orientação para os resultados.
Morada Rua do Carmo, 42 – 6.º 1200-094 LISBOA T +351 210 416 005 T 707 222 222 (comercial) F +351 210 416 001 E geral@futuro-sa.pt
WWW.FUTURO-SA.PT
Atividades de Conceção, Gestão, Comercialização e Prestação de Serviços na área de Fundos de Pensões Abertos e Fechados. N.º Certificado 2001/CEP.1561
Ano de Fundação 1988 NIF 501 965 963 CAE 66300 Capital Social 2.566.800 Euros Registada na CRC de Lisboa Atividade Principal Gestão e Comercialização de Fundos de Pensões Volume de Ativos em Gestão 2018 1.566 Milhões de Euros Número de Colaboradores 32 PCA Virgílio Manuel Boavista Lima
TUDO COMEÇA COM UM DESAFIO. TEMOS O COMPLEMENTO DE REFORMA INDICADO PARA A SUA EMPRESA.
Administrador Executivo José Luís Esparteiro da Silva Leitão Diretor Administrativo e Financeiro Mário Jorge Tavares Costa Diretor de Risco, Compliance e Qualidade João Nuno Fontan Brasão Ferreira Diretor Técnico Luís Alberto Matos de Oliveira Diretora Comercial e de Marketing Maria Alice Silva Medeiros Lima Pinto Canais de Distribuição FUTURO e MONTEPIO
TÍTULO DD CAPÍTULO |
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26 FICHAS TÉCNICAS COMERCIAIS |
LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão Resíduos do Grande Porto DADOS DA CERTIFICAÇÃO
NP EN ISO 9001 NP EN ISO 14001 OHSAS 18001/NP 4397 SA 8000 NP 4457 NP EN ISO 50001
APCER APCER APCER APCER APCER APCER
ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001) implementado em toda a Organização na gestão de resíduos urbanos e promoção da educação e sensibilização ambiental. Sistema de Gestão de Ambiente (ISO 14001), Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001/NP4397) e Sistema de Gestão de Energia (ISO 50001) implementado nas seguintes áreas e atividades: aceitação de resíduos provenientes da recolha seletiva; recolha e aceitação de resíduos provenientes da recolha seletiva porta-a-porta (ECOFONE); gestão do Centro de Triagem para resíduos provenientes da recolha seletiva; gestão da Central de Valorização Energética e Confinamento Técnico; recolha de resíduos orgânicos; gestão da Central de Valorização Orgânica; gestão do Ecocentro da Formiga; comercialização do composto orgânico NUTRIMAIS marca registada. Sistema de Gestão de Responsabilidade Social (SA 8000) implementado em toda a Organização na gestão e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457) implementado em toda a Organização na investigação, desenvolvimento e inovação de soluções sustentáveis de gestão de resíduos.
OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO
INFORMAÇÃO GERAL
O Sistema de Gestão LIPOR é fundamentado na observância do processo de melhoria contínua do desempenho dos requisitos da Qualidade, Ambiente, Energia, Higiene e Segurança, tendo como referência a integração dos modelos de gestão respetivos descritos nas Normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001, NP EN ISO 50001 e OHSAS 18001/NP 4397. Tendo como base a uniformização de práticas e procedimentos, estes mesmos princípios são aplicados no que se refere à Gestão do Sistema de Responsabilidade Social (SA 8000) e à Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457).
Morada Apartado 1510 4435-996 BAGUIM DO MONTE T (+351) 229 770 100 F (+351) 229 756 038 E info@lipor.pt
WWW.LIPOR.PT
Ano de Fundação 1982 NIF 501 394 192 CAE 38212 Atividade Principal Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos Volume Negócios 2018 39.582.550 Euros Número de Colaboradores 191 PCA Aires Pereira Administrador Delegado Fernando Leite Responsável Qualidade Nuno Filipe Mercados onde atua Portugal
TÍTULO DD CAPÍTULO |
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28 TÍTULO DD CAPÍTULO |
GUIA DE EMPRESAS CERTIFICADAS
ATUALIDADE
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO: CONTEXTO MUNDIAL, ASIÁTICO, AMERICANO, EUROPEU E NACIONAL p. 30 A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA p. 48 PAÍSES EM DESTAQUE: ÁUSTRIA E BÉLGICA p. 58 EFQM 2020 – UM MODELO DE EXCELÊNCIA AJUSTADO AOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS p. 64 ISO/IEC 27701:2019 – UMA NORMA PARA A GESTÃO DA PRIVACIDADE DA INFORMAÇÃO p. 70 ISO 45001 – NOVO REFERENCIAL INTERNACIONAL DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO p. 74 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 p. 78 LISTAGEM GERAL DE EMPRESAS, SERVIÇOS E PRODUTOS CERTIFICADOS (QR-CODE) p. 86
TÍTULO DD CAPÍTULO |
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30 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO
CONTEXTO MUNDIAL, EUROPEU E PORTUGUÊS
A
través do ISO Survey, analisamos, anualmente, a evolução dos certificados relativos às normas 9001, 14001, 22000, 27001 e 50001, divididas por regiões, permitindo observar a diferença anual (positiva ou negativa) e aferir do dinamismo existente a nível global. Esta análise, vem sendo feita no GEC na última década, e permite levar ao leitor um conjunto significativo de dados de relevância para o sector. Este ano, a dificuldade em continuar a apresentar os dados comparativos aumentou exponencialmente. A ISO alterou a apresentação dos mesmos dificultando muito a recolha e análise ou mesmo a inviabilização dos mesmos. Desta forma, não temos elementos de suporte fidedignos para fazer uma análise, como habitual, da América, África e Ásia, centrando-nos no mundo, europa e portugal. A explicação da ISO para esta alteração de metodologia é a seguinte:
"O número total de certificados válidos é inferior a 2017. As razões da diminuição estão relacionadas com a forma de participação e podem ser divididas em três categorias: Algumas grandes entidades certificadoras consideraram no número de certificados de anteriores inquéritos as várias localizações. Neste inquérito, dividiram o número de certificados e o número de localizações, o que levou a uma grande redução no número de certificados comunicados. Os dados comunicados pelas grandes entidades certificadoras têm alterações de um ano para o outro. Algumas entidades fornecedoras de dados ajustaram a forma como reportaram o número de áreas dos seus certificados separando a resposta ao questionário de pesquisa de 2018 (estavam ligadas em anteriores pesquisas, o que levou a alguma confusão no caso de certificados de multissectoriais).
A análise dos números é demonstrativa das grandes alterações que se observam nas normas referidas, um pouco por todo mundo, com relevância para os principais países emissores de certificados como mais adiante faremos referência. Independentemente de não apresentarmos elementos para a Ásia, América e África não deixaremos de visitar alguns dos grandes países existentes nestas geografias e observar o seu desempenho (variação) anual sempre que existam elementos para o fazer. ISO 9001 QUALIDADE Ao longo dos anos a ISO 9001 apresentou uma trajetória de crescimento, de grande implantação mundial junto do tecido empresarial. Não obstante, existiram anos de fraco crescimento e mesmo de redução como os anos 2013, 2015 e 2017 apenas para assinalar anos recentes. O que aconteceu em 2018 foi uma queda de grandes proporções que a ISO justifica como transcrito supra. A redução é de 179 840 certificados em todo o mundo. Uma queda de 16.99 pp. correspondendo ao continente europeu 46 840 e 12%. Estamos a falar de uma redução nunca vista. Desta forma, o total mundial passou para 878 664 certificados.
EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 9001
DEZ.2014
%
DEZ.2015
%
DEZ.2016
%
DEZ.2017
%
DEZ.2018
%
MUNDO
1036321
100,0
1034180
100,0
1 105 937
100,0
1 058 504
100,0
878 664
100,0
EUROPA
453628
43,8
439477
42,5
451415
40,8
389485
36,8
342645
39,0
PORTUGAL/Mundo
8006
0,8
7498
0,7
7160
0,6
7150
0,7
6623
0,8
PORTUGAL/Europa
8006
1,8
7498
1,7
7160
1,6
7150
1,8
6623
1,9
EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 14001 DEZ.2014
%
DEZ.2015
%
DEZ.2016
%
DEZ.2017
%
DEZ.2018
%
MUNDO
296736
100,0
319496
100,0
346147
100,0
362610
100,0
307059
100,0
EUROPA
119072
40,1
119754
37,5
120595
34,8
112790
31,1
97864
31,9
PORTUGAL/Mundo
1321
0,4
1272
0,4
1476
0,4
1475
0,4
1382
0,5
PORTUGAL/Europa
1321
1,1
1272
1,1
1476
1,2
1475
1,3
1382
1,4
DEZ.2014
%
DEZ.2015
%
DEZ.2016
%
DEZ.2017
%
DEZ.2018
%
MUNDO
27690
100,0
32056
100,0
32136
100,0
32722
100,0
32120
100,0
EUROPA
10181
36,8
11181
34,9
11083
34,5
10342
31,6
9665
30,1
PORTUGAL/mundo
220
0,8
261
0,8
234
0,7
332
1,0
301
0,9
PORTUGAL/Europa
220
2,2
261
2,3
234
2,1
332
3,2
301
3,1
EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 22000
EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 27001 DEZ.2014
%
DEZ.2015
%
DEZ.2016
%
DEZ.2017
%
DEZ.2018
%
MUNDO
23005
100,0
27536
100,0
33290
100,0
39501
100,0
31910
100,0
EUROPA
8663
37,7
10446
37,9
12532
37,6
14605
37,0
12031
37,7
PORTUGAL/mundo
55
0,2
56
0,2
96
0,3
112
0,3
85
0,3
PORTUGAL/Europa
55
0,6
56
0,5
96
0,8
112
0,8
85
0,7
EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 50001 DEZ.2014
%
DEZ.2015
%
DEZ.2016
%
DEZ.2017
%
DEZ.2018
%
MUNDO
6765
100,0
11985
100,0
20216
100,0
22870
100,0
18059
100,0
EUROPA
5526
81,7
10152
84,7
17102
84,6
19024
83,2
13551
75,0
PORTUGAL/mundo
12
0,2
38
0,3
37
0,2
47
0,2
53
0,3
PORTUGAL/Europa
12
0,2
38
0,4
37
0,2
47
0,2
53
0,4
31 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
Fonte: ISO Survey
Algumas entidades certificadoras importantes em vários países, não participaram. Pelas razões acima referidas, a ISO decidiu publicar os resultados de 2018 sem ter em conta os resultados anteriores. Com os ajustamentos feitos por alguns fornecedores de dados relacionados com o número de certificados, localizações e sectores, a comparação com os números anteriores não levaria a conclusões precisas. O nível de certificados validados em 2018 reflete melhor a situação do mercado."
ISO 14001 AMBIENTE O crescimento desta norma foi interrompido em 2018 ao registar um decréscimo significativo no todo mundial de 55 mil certificados. Neste universo, a europa, é responsável por aproximadamente um terço ou 14 926 certificados ficando abaixo dos cem mil em muitos anos. As duas regiões predominantes – Ásia e Europa – por esta ordem, são responsáveis por noventa por cento dos registos mundiais. Para as questões ambientais com que o mundo se depara atualmente esta queda do número de certificações não é, seguramente, o melhor resultado pois ela aplica-se muito ao sistema produtivo fabril. Portugal acompanha a tendência e reduz de forma significativa (-6.3%) a que correspondem menos noventa e três certificados.
Evolução das normas ISO 9001; 14001; 22000; 27001 e 50001 entre 2014 e 2018 em Portugal/Europa/Mundo ISO 9001 1 200 000 1 000 000 800 000 600 000 400 000 200 000 0
Fonte: ISO Survey
32 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
Pela análise efetuada a Ásia e a europa, por esta ordem, continuam a ser os grandes emissores de certificados 9001. Portugal perde 527 (7.3%) mas mesmo assim em termos percentuais a descida é inferior à média europeia e mundial.
2014
2015
2016
2017
2018
2014
2015
2016
2017
2018
2014
2015
2016
2017
2018
2014
2015
2016
2017
2018
2015
2016
2017
2018
ISO 14001 400 000 300 000 200 000 100 000 0 ISO 22000 35 000 30 000 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 0 ISO 27001
ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR Esta norma tem um ligeiro “crescimento negativo”, como a ISO gosta de referir, ao perder seis centenas de certificados. Mas, como a europa perdeu um número superior a este, podemos afirmar que a redução se deve na totalidade ao desempenho negativo do continente europeu que reduziu 677 certificados e que não foram compensados pelos restantes países. A europa apresenta o terceiro ano de perdas desde que atingiu o seu máximo histórico em 2015 com 11 181 registos. Esta queda continuada é preocupante pois a segurança alimentar que esta norma visa proteger é importante para os consumidores, de forma universal.
50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 0 ISO 50001 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 0 Mundo
2014
Europa
Portugal
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33
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G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : A T U A L I D A D E | 34MUNDO 2017 MUNDO 2018
TOP TEN DA QUALIDADE
TOP TEN DO AMBIENTE
(10 Países em 201) País
TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR
(10 países em 201) Dez. 2017
%
País
(10 Países em 167) Dez. 2017
%
País
Dez. 2017
%
1
CHINA
393 008
37,1
1
CHINA
165 665
45,7
1
CHINA
11 579
35,4
2
ITÁLIA
97 646
9,2
2
JAPÃO
23 901
6,6
2
GRÉCIA
2 285
6,9
3
ALEMANHA
64 658
6,1
3
INGLATERRA
17 559
4,8
3
INDIA
2 125
6,5
4
JAPÃO
45 030
4,2
4
ITÁLIA
14 571
4,0
4
JAPÃO
1 190
3,6
5
INGLATERRA
37 478
3,5
5
ESPANHA
13 053
3,6
5
TAIPÉ (CHINA)
962
2,9
6
INDIA
36 053
3,4
6
ALEMANHA
12 176
3,4
6
ITÁLIA
898
2,7
7
ESPANHA
31 984
3,0
7
INDIA
7 887
2,2
7
ROMÉNIA
708
2,2
8
EUA/USA
25 087
2,4
8
SUÉCIA
6 486
1,8
8
FRANÇA
622
1,9
9
FRANÇA
2,1
9
FRANÇA
1,7
9
ESPANHA
589
1,8
10
BRASIL
10
ROMÉNIA
10
POLÓNIA
21 808
6 318
17 165
1,6
5 555
1,5
TOTAL MUNDIAL
1 058 504
72,7
TOTAL MUNDIAL
362 610
75,3
N-1*
1 105 937
95,7
N-1*
346 147
104,8
Redução anual
Crescimento anual
-47 433
TOP TEN DA QUALIDADE
País
%
País
65,8
N-1*
32 136
101,8
586
TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR
(10 países em 181) Dez. 2018
1,7
32 722
Crescimento anual
16 463
TOP TEN DO AMBIENTE
(10 Países em 189)
561
TOTAL MUNDIAL
(10 Países em 167) Dez. 2018
%
País
Dez. 2018
%
1
CHINA
295 703
33,7
1
CHINA
136 715
44,5
1
CHINA
11 581
36,1
2
ITÁLIA
87 794
10,0
2
JAPÃO
19 131
6,2
2
INDIA
1 976
6,2
3
ALEMANHA
47 482
5,4
3
ITÁLIA
15 118
4,9
3
GRÉCIA
1 912
6,0
4
JAPÃO
34 335
3,9
4
ESPANHA
12 198
4,0
4
JAPÃO
1 283
4,0
5
INDIA
31 795
3,6
5
INGLATERRA
11 201
3,6
5
TAIPÉ (CHINA)
1 166
3,6
6
ESPANHA
29 562
3,4
6
ALEMANHA
8 028
2,6
6
ITÁLIA
937
2,9
7
INGLATERRA
26 434
3,0
7
INDIA
7 374
2,4
7
TURQUIA
766
2,4
8
EUA/USA
21 848
2,5
8
FRANÇA
6 084
2,0
8
ROMÉNIA
653
2,0
9
FRANÇA
21 095
2,4
9
COREIA DO SUL
5 777
1,9
9
ESPANHA
585
1,8
10
BRASIL
10
ROMÉNIA
10
VIETNAME
TOTAL MUNDIAL N-1* Redução anual
16 351
1,9
4 553
1,5
478
1,5
878 664
69,7
TOTAL MUNDIAL
307 059
73,7
TOTAL MUNDIAL
32 120
66,4
1 105 937
79,4
N-1*
362 610
84,7
N-1*
32 722
98,2
Redução anual
-55 551
-227 273
Se, em 2017, tínhamos Portugal a crescer em contraciclo com a europa, o mesmo não se verifica este ano. A redução é efetiva perdendo trinta e um certificados num universo total de 301. Uma redução com significado estatístico pois corresponde a 9 por cento.
ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Depois de continuados crescimentos anuais, alavancados pela ásia e europa que representam cerca de 90% do total mundial, verificamos, este ano, uma importante travagem. A redução é de 7 591 certificados que correspondem a 19% em termos percentuais.
Redução anual
-602
A europa reduz, ligeiramente menos que a média mundial, em percentagem (17.6%) a que correspondem menos 2 574 certificados. Esta diminuição é superior ao acréscimo que se registou em 2017 pelo que o número de empresas a utilizar este referencial no mundo se reduziu para 31 910
TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA
Dez. 2017
%
País
Dez. 2017
%
1
JAPÃO
9 161
23,2
1
ALEMANHA
8 314
36,4
2
CHINA
5 069
12,8
2
INGLATERRA
3 078
13,5
3
REINO UNIDO
4 503
11,4
3
FRANÇA
2 307
10,0
4
INDIA
3 272
8,3
4
CHINA
1 567
6,9
5
EUA/USA
1 517
3,8
5
ITÁLIA
857
3,7
6
ALEMANHA
1 339
3,4
6
HUNGRIA
610
2,7
7
TAIPÉ (CHINA)
994
2,5
7
INDIA
608
2,7
8
ITÁLIA
958
2,4
8
ESPANHA
568
2,5
9
HOLANDA
913
2,3
9
REP. CHECA
522
2,3
10
10
803
2,0
TOTAL MUNDIAL
ESPANHA
39 501
72,2
N-1*
33 290
118,7
Crescimento anual
TAIPE
1,3
22 870
81,9
N-1*
20 216
113,1
Crescimento anual
6211
TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
2 654
TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA
(10 países em 160) País
292
TOTAL MUNDIAL
(10 países em 93)
Dez. 2018
%
País
Dez. 2018
%
1
CHINA
7 199
22,6
1
ALEMANHA
6 243
34,6
2
JAPÃO
5 093
16,0
2
CHINA
2 364
13,1
3
REINO UNIDO
2 444
7,7
3
INGLATERRA
1 153
6,4
4
INDIA
2 161
6,8
4
ITÁLIA
1 090
6,0
5
ALEMANHA
1 057
3,3
5
FRANÇA
770
4,3
6
ITÁLIA
1 041
3,3
6
INDIA
674
3,7
7
EUA/USA
911
2,9
7
HUNGRIA
613
3,4
8
TAIPÉ (CHINA)
827
2,6
8
ESPANHA
603
3,3
9
HOLANDA
788
2,5
9
REP. CHECA
529
2,9
10
10
726
2,2
293
1,6
TOTAL MUNDIAL
ESPANHA
31 910
69,7
TOTAL MUNDIAL
TURQUIA
18 059
79,4
N-1*
39 501
80,8
N-1*
22 870
79,0
Redução anual
-7 591
Redução anual
-4811
Ranking do maior para o menor | *Valores absolutos e percentuais relativos ao ano anterior | Fonte: ISO Survey
contra o anterior valor de 39 501 verificado em 2017. Portugal, tem um crescimento negativo, reduzindo em 53 o número de certificados emitidos que correspondem a -24% em termos percentuais. Esta é a primeira redução verificada neste normativo em Portugal.
ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Este ano, a norma 50 001 – Gestão da Energia – tem a primeira redução registada no GEC. A queda é de 21% em termos mundiais e corresponde a menos quatro mil oitocentos e onze certificados. No entanto, a europa apresenta uma redução maior que o todo mundial.
35
País
(10 países em 92)
Podemos, pois, inferir que a redução é suportada no continente europeu com uma queda de 5473 certificados, correspondendo a 28.7% em termos percentuais. Esta é a norma mais europeia das que estão referenciadas neste Guia. Este continente é responsável por 75% do total mundial. Com o contributo da Ásia os valores sobem para cerca de 95%.. Portugal contraria o continente europeu e continua a crescer, acrescentando mais 6 certificados com um incremento de 12 pontos percentuais. Feita a apresentação geral das cinco normas, vamos proceder a uma análise mais pormenorizada de cada uma delas. Como referimos anteriormente, os elementos para se fazer uma caraterização igual e comparativa de todas as regiões analisadas nos anos anteriores não é possível este ano. Portugal continua a ter um destaque próprio nesta análise. MUNDO ISO 9001 QUALIDADE Como referido, este ano, a ISO reporta reduções nos certificados 9001 de 179 840 mil. Desta forma cai por terra o argumento de que se estava perante uma estabilização em torno do milhão de certificados. Este era igualmente um número que a ISO referia com alguma insistência na sua comunicação. Esta redução - transversal a todo o mundo – mas com especial incidência na ásia e europa como vamos mostrar com a ajuda de vários países relevantes para esta norma. Uma das máximas existentes era a de que a economia a crescer potenciava o número de certificados. As economias estão a crescer e não se verifica, bem pelo contrário, esse crescimento. Os dados não estão agrupados por regiões, como vinha sendo habitual pela ISO, como já referimos.
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
(10 países em 150)
36 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
Desta forma, foi feita uma análise pelos países mais relevantes, tendo em conta os anos anteriores, para que se possa verificar a tendência. Sem surpresas, a esmagadora maioria decresceu embora uns de forma mais significativa. No topo está a China que perde uns impressionantes 97 mil certificados, regressando a valores de 2015. O Japão perde mais de 10 mil certificados e a Índia cerca de 4 mil. Em sentido positivo encontramos a Coreia do Sul e Taipé (China) com, respetivamente, mais 1506 e 653 certificados emitidos. Mas, são uma gota de água no universo de perdas dos restantes países. No continente americano encontramos sensivelmente o mesmo cenário. A América do Norte (EUA) perde mais de três mil certificados para um total de 21848. No seu expoente máximo (2006) os EUA registavam mais de 44 mil pelo que falamos de uma redução acumulada superior a cinquenta por cento. O Canadá e o México descem embora, o segundo, menos. Registam, respetivamente, 4894 e 6535. O México é o segundo país em termos de certificados nesta região. Ainda na américa, mas mais a sul, verificamos que o Brasil, o principal país em número de certificados também está em queda, perdendo cerca de oitocentos certificados passando para 16351 em 2018. De referir que o Brasil vem de quedas continuadas pois em 2017 tinha perdido 4 mil certificados. É seguido pela Colômbia com 10027, tendo perdido 1444 apenas este ano. Também em perda encontramos a Argentina no terceiro posto com 6198 e uma redução de 225 registos, a menor de todas. África representa cerca de um por cento do total mundial. Pela análise efetuada aos principais países, do continente, verificamos que existe uma queda muito acentuada da África
do sul que passa de 4255 para 3257 perdendo neste processo quase mil certificados. É seguida pelo Egipto, também em queda, mas muito menor. O Egipto passou de 2116 para 1936 perdendo cento e oitenta certificados. Nas posições seguintes encontramos por esta ordem a Tunísia, Marrocos, Quénia e Nigéria. Destes quatro países apenas o Quénia apresenta um crescimento negativo embora ligeiro (-39 certificados). Os três restantes crescem com relevo para a Tunísia que ultrapassa Marrocos na terceira posição com 938 certificados. Marrocos acrescenta mais 64 recuperando ligeiramente da grande queda do ano anterior e a Nigéria doze. Em relação aos países de expressão portuguesa, constatamos que Angola lidera com oitenta certificados tendo aumentado dezassete registos anuais o que é um excelente desempenho. Cabo Verde cresce, igualmente, mas apenas Um passando para 21 certificados. Em segundo encontramos Moçambique que perde sete certificados ficando com 53. A Guiné mantem os três registos do ano anterior e S. Tomé e Príncipe ainda não regista qualquer certificação.
A terminar esta análise, apresentamos os dez principais países mundiais em relação ao referencial da qualidade. A liderança deste ranking é da China (295703) a grande distancia dos demais. Em percentagem a china representa 33.6% tendo baixado bastante em relação ao ano transato. Foi, de longe, o país que mais certificados perdeu, quase 100 mil. Este é igualmente o primeiro ano em que os dez países tem um crescimento negativo. Nas primeiras quatro posições encontramos pela mesma ordem os países do ano anterior a saber: China, Itália (87794), Alemanha (47482) e Japão (34335). Todos decrescem. A Itália continua a trajetória descendente dos últimos anos perdendo dez mil certificados. A Alemanha perde cerca de dezassete mil certificados e o Japão mais de dez mil. No meio da tabela encontramos a Índia (31795) que toma a posição do Reino Unido. Ambos descem mas com diferente intensidade. O Reino Unido (26434) que estava na quinta posição perdeu uns impressionantes onze mil certificados, o que o empurrou para a sétima posição, sendo ultrapassado pela já referida Índia e pela Espanha (29562). Por sua vez a Índia recua quatro mil ficando ligeiramente acima de Espanha. Nas três últimas posições encontramos por esta ordem os EUA (21848), a França (21095) e o Brasil (16351) todos a descer embora, de forma mais pronunciada, os EUA. A França e o Brasil são os países que tem descidas menos significativas. ISO 14001 AMBIENTE No ano transato o crescimento da norma ambiental tinha sido totalmente ancorado no continente asiático. Este ano, assistimos a um decréscimo real de certificados em vigor com uma queda global superior a cinquenta e cinco mil.
ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR Na contabilidade mundial registamos um decréscimo de 602 certificados. Na europa a redução foi superior com menos 677 certificados existentes. Podemos pois afirmar, como verdade, que a europa é a responsável pela queda da ISO 22000, em 2018. Isso não invalida que existam muitos países em terreno negativo nas outras geografias referidas e que na europa não se registem exceções. De facto elas existem. A Itália, Turquia e Rússia, sobem. Em sentido negativo, encontramos a Alemanha e a Grécia – que descem muito - e de forma mais ligeira a Espanha. Na Ásia a China e o Japão crescem marginalmente mas o panorama geral é positivo.
Na América do norte (EUA, Canadá e México) registam descidas. O México lidera com 186 certificados. Tinha 189 em 2017. Seguem-se os EUA com 57 e por fim o Canadá com 36, tendo perdido dez certificados. Os EUA perderam dezoito. Ainda no continente americano, encontramos o Brasil, a Argentina e o Chile (os três primeiros por esta ordem) a descer com destaque para a queda Brasileira. Mas falamos de pouco mais de duas centenas de certificados entre eles. Em África, o líder é o Egipto com 296, perdendo trinta e dois. O mesmo acontece com a África do Sul também em perda ou Marrocos, apenas para dar alguns exemplos. Nos países africanos de expressão portuguesa encontramos Angola e Cabo Verde com 4 e Moçambique e Guiné com 1 certificado. No top ten deparamo-nos praticamente com os mesmos países do ano anterior e quase pela mesma ordem. Registam-se duas entradas Turquia e Vietname. Saíram a França e a Polónia. Lidera a China, com 11.581 (mais 2 que no ano anterior) que correspondem a 36% do total mundial. É seguida pela Índia que troca de posição com a Grécia agora no terceiro lugar. O Japão mantem a quarta posição e no meio da tabela está Taipé. A Itália lidera a segunda metade do ranking. É seguida por Turquia, Roménia, Espanha e Vietname que completa os dez países. ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO O crescimento pujante dos últimos anos parou. Melhor: inverteu-se. Este ano assistimos a um decréscimo percentual de 19.21 a que correspondem menos 7591 certificados. O sentimento geral é negativo mas não em todos os países. A China passa para a Liderança com mais dois mil certificados por troca com o Japão que perdeu quatro mil.
37
Em relação aos países de expressão portuguesa, o primeiro da listagem é Moçambique com 18, seguido de perto por Angola com 16 e Cabo Verde com Um certificado. Guiné e São Tomé e Príncipe ainda não têm qualquer registo de empresas certificadas nesta área. O ranking anual é liderado pela China (136715), seguida pelo Japão (19131), ambos em forte queda. A Itália (15118) com um desempenho positivo passa para a terceira posição por troca com a Inglaterra (11201) que desce para o quinto lugar. Na quarta posição aparece a Espanha em queda ligeira. Os três primeiros da lista representam 55% do total mundial. A Alemanha posiciona-se no sexto lugar com uma forte redução de certificados. É seguida pela Índia e França também em queda. Para nono entra a Coreia do Sul que está em crescimento. A fechar temos a Roménia que perdeu cerca de mil certificados. Desta dezena de países apenas dois estão a crescer, como referido. Quatro países são do continente asiático e seis do europeu.
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
Percentualmente, esta redução, corresponde a 15% o que é um valor com significado. A Europa continua a queda perdendo mais 14926 a que se somam os 7805 do ano anterior. Em apenas dois anos a redução é superior a vinte mil certificados. No entanto a sua quota mundial cresce marginalmente para 31.87% contra os 31.1% de 2017 pois a Ásia ainda reduz de forma mais intensa. Na europa podemos verificar que os países mais industrializados estão todos em terreno negativo. A Inglaterra - que liderava o continente em 2017 - perde cerca de seis mil registos. A Alemanha reduz quatro mil, a Espanha mil, a França perde 234 certificados. Em terreno positivo apenas encontramos a Itália com mais quinhentos e quarenta e sete. Na ásia a grande queda é da China que recua 28950 certificados para 136 715 apenas num ano. O Japão e a Índia tem igualmente um ano negativo perdendo, respetivamente, 4770 e 513 certificados. Em queda encontramos também a Tailândia, Taipé, Filipinas ou Hong Kong. A crescer, entre os países mais industrializados do continente, só encontramos a Coreia do Sul que cresce quatro centenas de certificados. Na América do norte as três economias analisadas estão em perda sendo mais significativa a dos EUA que perde mil e trezentos. Em 2015, os EUA apresentavam seis mil registos. O Canadá perde cerca de trezentos e o México duzentos. Na América do sul, o Brasil lidera com 2871 mas não escapa a uma redução ligeira. Existem, no entanto, alguns países com desempenho positivo como a Colômbia que acrescenta mais 160 ao seu universo. Em Africa o panorama é negativo fruto de uma forte redução da África do Sul que diminui 382 certificados. Encontramos vários países a crescer como por exemplo o Egipto, a Tunísia ou Marrocos.
G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : A T U A L I D A D E | 38 EUROPA 2018 EUROPA 2017
TOP TEN DA QUALIDADE
TOP TEN DO AMBIENTE
(10 Países em 50) País
TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR
(10 países em 50) Dez. 2017
%
País
(10 Países em 49) Dez. 2017
%
País
Dez. 2017
%
2 285
22,1
1
ITÁLIA
97 646
25,1
1
INGLATERRA
17 559
15,6
1
GRÉCIA
2
ALEMANHA
64 658
16,6
2
ITÁLIA
14 571
12,9
2
ITÁLIA
898
8,7
3
INGLATERRA
37 478
9,6
3
ESPANHA
13 053
11,6
3
ROMÉNIA
708
6,8
4
ESPANHA
31 984
8,2
4
ALEMANHA
12 176
10,8
4
FRANÇA
622
6,0
5
FRANÇA
21 808
5,6
5
SUÉCIA
6 486
5,8
5
ESPANHA
589
5,7
6
ROMÉNIA
12 031
3,1
6
FRANÇA
6 318
5,6
6
POLÓNIA
561
5,4
7
POLÓNIA
11 846
3,0
7
ROMÉNIA
5 555
4,9
7
TURQUIA
459
4,4
8
REP. CHECA
11 180
2,9
8
REP. CHECA
4 312
3,8
8
HOLANDA
434
4,2
9
SUIÇA
10 252
2,6
9
POLÓNIA
2 885
2,6
9
RUSSIA
426
4,1
10
HOLANDA
9991
2,6
10
SUIÇA
2 856
2,5
10
ALEMANHA
416
4,0
TOTAL EUROPA (100%)
389 485
79,3
TOTAL EUROPA (100%)
112 790
76,0
TOTAL EUROPA (100%)
10 342
71,5
N-1*
451 415
86,3
N-1*
120 595
93,5
N-1*
11 083
93,3
Redução anual
-61 930
Redução anual
TOP TEN DA QUALIDADE
TOP TEN DO AMBIENTE
(10 Países em 49) País
Redução anual
-7 805
TOP TEN DA SEGURANÇA ALIMENTAR
(10 países em 49) Dez. 2018
%
País
-741
(10 países em 49) Dez. 2018
%
País
Dez. 2018
%
1
ITÁLIA
87 794
25,6
1
ITÁLIA
15 118
15,5
1
GRÉCIA
1 912
19,8
2
ALEMANHA
47 482
13,9
2
ESPANHA
12 198
12,5
2
ITÁLIA
937
9,7
3
ESPANHA
29 562
8,6
3
INGLATERRA
11 201
11,5
3
TURQUIA
766
7,9
4
INGLATERRA
26 434
7,7
4
ALEMANHA
8 028
8,2
4
ROMÉNIA
653
6,8
5
FRANÇA
21 095
6,2
5
FRANÇA
6 084
6,2
5
ESPANHA
585
6,1
6
REP. CHECA
11 740
3,4
6
ROMÉNIA
4 553
4,7
6
RUSSIA
474
4,9
7
POLÓNIA
11 294
3,3
7
REP. CHECA
4 266
4,4
7
POLÓNIA
469
4,9
8
ROMÉNIA
9 299
2,7
8
SUÉCIA
3 598
3,7
8
HOLANDA
396
4,1
9
TURQUIA
7 988
2,3
9
POLÓNIA
2 921
3,0
9
BULGÁRIA
324
3,4
10
HOLANDA
10
TURQUIA
2 521
2,6
10
PORTUGAL
97 864
72,0
TOTAL EUROPA (100%)
86,8
N-1*
7 841
2,3
TOTAL EUROPA (100%)
342 645
76,0
TOTAL EUROPA (100%)
N-1*
389 485
88,0
N-1*
112 790
Redução anual
-14 926
Redução anual
-46 840
Mais de metade de todos os que foram perdidos a nível mundial. Importantes países como a Inglaterra, Alemanha, EUA, Taipé ou Holanda também viram diminuir os seus certificados. Em sentido contrário, encontramos, igualmente, exemplos como a República Checa, Áustria ou a Itália, que cresce marginalmente. Na Ásia, como já referido, a China cresce.
O Japão e a Índia estão em forte redução. Também em perda se encontra Taipé (827). No cômputo geral, este continente, reduz ligeiramente a quantidade de certificados emitidos. No continente americano podemos verificar que EUA, México e Canadá sofrem pesadas diminuições apresentando-se pela ordem referida.
Redução anual
301
3,1
9 665
70,5
10 342
93,5
-677
Mais a sul, verificamos que a liderança é da Colômbia com 146 certificados. Perdeu dois em relação ao ano anterior. É seguida pelo Brasil com 110 – perdeu sessenta -, Peru e Argentina com, respetivamente 49 e 48 certificados. Em África os dois principais países são a África do Sul e a Nigéria mas falamos de 53 e 43 certificados respetivamente.
TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA
Dez. 2017
%
País
Dez. 2017
%
1
INGLATERRA
4 503
30,8
1
ALEMANHA
8 314
43,7
2
ALEMANHA
1 339
9,2
2
INGLATERRA
3 078
16,2
3
ITÁLIA
958
6,6
3
FRANÇA
2 307
12,1
4
HOLANDA
913
6,3
4
ITÁLIA
857
4,5
5
ESPANHA
803
5,5
5
HUNGRIA
610
3,2
6
GRÉCIA
727
5,0
6
ESPANHA
568
3,0
7
POLÓNIA
705
4,8
7
REP. CHECA
522
2,7
8
TURQUIA
531
3,6
8
RUSSIA
250
1,3
9
HUNGRIA
472
3,2
9
AUSTRIA
228
1,2
10
REP. CHECA
10
BÉLGICA
463
3,2
TOTAL EUROPA (100%)
14 605
78,2
N-1*
12 532
116,5
Crescimento anual
1,2
19 024
89,1
N-1*
17 102
111,2
Crescimento anual
2073
TOP TEN DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
1 922
TOP TEN DA GESTÃO DE ENERGIA
(10 países em 49) País
224
TOTAL EUROPA (100%)
(10 países em 41)
Dez. 2018
%
País
Dez. 2018
%
1
INGLATERRA
2 444
20,3
1
ALEMANHA
6 243
46,1
2
ALEMANHA
1 057
8,8
2
INGLATERRA
1 153
8,5
3
ITÁLIA
1 041
8,6
3
ITÁLIA
1 090
8,0
4
HOLANDA
788
6,5
4
FRANÇA
770
5,7
5
ESPANHA
726
6,0
5
HUNGRIA
613
4,5
6
TURQUIA
707
5,9
6
ESPANHA
603
4,5
7
POLÓNIA
700
5,8
7
REP. CHECA
529
3,9
8
ROMÉNIA
585
4,8
8
TURQUIA
293
2,2
9
REP. CHECA
543
4,5
9
AUSTRIA
237
1,7
10
HUNGRIA
IRLANDA
197
1,5
TOTAL EUROPA (100%)
13 551
86,6
N-1*
19 024
71,2
484
4,0
10
TOTAL EUROPA (100%)
12 031
75,4
93
N-1*
14 605
82,4
Redução anual
-2 574
Redução anual
-5473
Ranking do maior para o menor | *Valores absolutos e percentuais relativos ao ano anterior | Fonte: ISO Survey
Ambos baixam em relação ao ano transato. Nos países de expressão portuguesa encontram-se Angola e Cabo Verde com 4 e 2 certificados. India está na quarta posição. A China cresce os outros dois decrescem. O Japão de forma expressiva. Quem também perde muito é a Inglaterra que se mantêm no terceiro posto.
No meio da tabela, está a Alemanha, seguida da Itália e EUA. Os três últimos são por esta ordem Taipé, Holanda e Espanha. Nestes dez países apenas encontramos dois a crescer: China e Itália. Todos os restantes sofrem perdas. Algumas muito significativas como já referido. Existe neste ranking diversidade, pois vemos países oriundos de três continentes, facto que não acontece frequentemente.
39
País
(10 países em 40)
A Europa coloca cinco países, a Ásia quatro, e a América do Norte um que se fica pelo sétimo posto. ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Uma norma recente (2011) que tem dois terços dos certificados no continente europeu e que correspondem a 13551. Em 2017 registava dezanove mil. Uma queda grande de cinco mil certificados. A percentagem mundial baixou de 83 para 75%. Mais uma norma que este ano entra em território negativo perdendo no total mundial 4811 menos do que perdeu a europa. Alemanha, Inglaterra e França por esta ordem, são os grandes responsáveis por esta redução. Na Ásia o panorama é misto. Existem países com forte crescimento como a china que acrescenta quase oitocentos novos certificados passando para 2364 ou a Índia que cerca de setenta para 674. Taipé reduz dois e a Tailândia 38. A Coreia também reduz os certificados emitidos. Na América do norte verificamos que EUA e Canadá reduzem. O México aumenta um certificado. Os EUA lideram com 59 contra 77 de 2017. México em segundo com 38 e por fim o Canadá com 12. Tinha treze em 2017. No Restante continente encontramos o Brasil, Argentina e Chile, correspondendo a 62, 29 e 28 certificados, por esta ordem. Todos apresentam um desempenho positivo. Em África a sua presença é residual. Encontramos o Egipto com 45 e a África do Sul com 13 ambos a crescer em relação ao ano transato. Os países de expressão portuguesa não tem certificados em vigor. No Top Ten, encontramos sete países a crescer e apenas três a descer o que é único este ano. No entanto os países que descem são os maiores e as suas quedas muito significativas.
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
(10 países em 47)
40 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
A Alemanha lidera mas perde dois mil certificados. A Inglaterra é ultrapassada pela China ao perder quase dois mil. O mesmo acontece à França com uma queda ligeiramente inferior. O pódio é composto pela Alemanha, China e Inglaterra. Itália e França nas posições seguintes. A segunda metade é encabeçada pela Índia, seguida de muito perto pela Hungria e Espanha. Nos dois últimos lugares estão a R. Checa e a Turquia. Estes dez países representam 79.3% do total mundial. EUROPA ISO 9001 QUALIDADE Cento e Oito mil Setecentos e Setenta Certificados. Esta é a cifra de perdas da europa nos dois últimos anos. Depois de uma redução de 61930 em 2017 eis que este ano o universo de empresas certificadas se volta reduzir de forma expressiva em mais 46840 registos. Neste momento o universo de empresas certificadas no continente europeu é de 342 645 segundo o último ISO Survey. Compara com o máximo histórico que tinha sido atingido em 2010 com 530 mil. Nesta década perderam-se quase duzentos mil certificados ou, por outras palavras, são menos duzentas mil as empresas que se encontram certificadas ISO 9001. Como já referimos, a ISO ressalva que este ano se deparou com vários problemas de contabilização e mesmo de falta de dados por parte de alguns dos grandes países. A contabilização também se alterou o que levou a uma limpeza geral. Dito de outra forma, os certificados europeus e mundiais estavam a ser inflacionados sendo estes, segundo a ISO, dados mais consentâneos com o universo real. Atentemos na Itália, o país líder – desde sempre – na europa. Em 2016 reportava 150 mil certificados. Este ano são-lhe creditados menos de cem mil.
O mesmo se pode afirmar para a Alemanha ou Inglaterra que perderam muitos certificados nos últimos anos. De uma forma geral, podemos referir que toda a europa está a reduzir o seu universo de empresas certificadas. Numa fase em que a economia da europa se está a expandir esta redução, tão intensa, não encontra justificação na economia. Por experiência passada, sabemos que estas normas acompanham, positiva ou negativamente, os ciclos económicos dos países. Analisando os dez primeiros países europeus constatamos que todos estão em terreno negativo. É a primeira vez que isto acontece e demonstra bem o panorama geral do continente. Falamos de algumas das principais economias europeias e mundiais. Os dois países analisados este ano são a Áustria (3282) e a Bélgica (3149). O primeiro decresce de forma pronunciada pois perde 425 certificados, passando de 3707 para 3282 continuando na casa dos 3000 certificados. A Bélgica contraria a tendência europeia e mundial e regista um incremento de 28 certificados este ano passando de 3121 para 3149. É dos poucos em terreno positivo, este ano, na europa. O top ten é liderado pela Itália (87794) desde que é realizado. Este ano a Itália perde novamente certificados. Cerca de 10 mil, continuando a trajetória descendente dos últimos anos. É seguida pela Alemanha (47482) registando uma descida de 17 mil certificados, sendo, em valores absolutos, a maior queda europeia. Completando o pódio encontramos a Espanha (29562) que ocupa esta posição novamente depois de ter sido ultrapassada em anos mais recentes pela Inglaterra. A Espanha, perde mais de dois mil certificados mas beneficia do facto de a Inglaterra ter
reduzido fortemente perdendo mais de onze mil certificados. Em quarto lugar, como referido, a Inglaterra com 26 434 seguida da França (21095) no meio da tabela. A segunda metade é encabeçada pela República Checa (11740), seguida, de muito perto, pela Polónia (11294). Estes são os dois países com menores decréscimos anuais, ainda assim, na casa das cinco centenas. Roménia (9299), Turquia (7988) e Holanda (7841) completam o lote dos principais países nesta norma da qualidade no continente europeu. Portugal não escapa à descida ocupando, este ano, o décimo terceiro lugar, descendo duas posições em relação ao ano transato. ISO 14001 AMBIENTE Nos últimos dois anos a europa perdeu mais de vinte mil certificados (7805 em 2017 e 14926 este ano). A queda é generalizada por todos os países mas o destaque maior vai para a Inglaterra que recua mais de seis mil registos. A Alemanha quatro mil e a Suécia, quase três mil. Com perdas de mil certificados está a Roménia. A Espanha um pouco menos de mil. Restantes com perdas de algumas centenas. Ainda encontramos alguns países que escapam a este registo de perdas. Desde logo a Itália que volta a liderar fruto de ter crescido 547 certificados e de ter beneficiado da enorme queda da Inglaterra. Em terreno positivo está a Turquia, Bulgária, Eslováquia e Polónia no que diz respeito a grandes emissores de certificados. Muito pouco portanto. O padrão é a queda generalizada. Portugal acompanha e perde 93 certificados, que correspondem a menos 6%.. Mas o panorama na Ásia é pior. A queda da europa em percentagem é inferior à média aumentando, ligeiramente, a percentagem para 31.87 contra os 31.1 de 2017.
41 TÍTULO DD CAPÍTULO |
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42 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
Em sétimo a Polónia com uma ligeira descida. As três últimas posições são ocupadas por Roménia, R. Checa e Hungria. A Roménia com mais 145 certificados destaca-se neste trio em que todos crescem.
A Itália (15118) regressa ao Top de onde tinha saído no ano transato. É seguida pela Espanha (12198) e Inglaterra (11201). A quarta posição é para a Alemanha que regista fortes quedas este ano, fechando a França, com uma ligeira descida, os primeiros cinco. Na segunda metade está a Roménia, República Checa, Suécia, Polónia e Turquia. Estes dois últimos estão igualmente em terreno positivo pois acrescentaram certificados de um para o outro ano. ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR A expansão deste normativo é na ásia e na europa. Ambos apresentam valores negativos. Ambos descem de forma ligeira mas o suficiente para que o resultado anual seja negativo, o que acontece pela primeira vez. A Europa desce um pouco mais embora tenha vários países em situação positiva como por exemplo a Itália, Turquia, Rússia, Ucrânia ou Bulgária. A Grécia, que continua a liderar, tem uma queda grande ao perder 373 certificados. Outro dos grandes países com um desempenho negativo é a Polónia que perde quase cem certificados. Como referido, a Grécia lidera com um total de 1 912 certificados. É seguida pela Itália e Turquia que tem o maior crescimento destes dez países, subindo para a terceira posição por troca com a Roménia. Espanha mantem a mesma posição tendo perdido quatro certificados. Na segunda metade encontra-se a Rússia, a subir. Os restantes países deste Top Ten perderam certificados. Na décima Posição está Portugal, o que é de sublinhar mas em queda. Perdeu 31 registos o que equivale a uma redução de quase 10% em relação a 2017. ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Este, de facto, não é um ano positivo. Que o diga esta norma. O seu percurso estava a ser marcado por crescimentos consecutivos, de que temos dado conta, nas últimas edições do GEC.
Este ano tudo se inverte. O mundo recua19.2, a Europa 17.6 e Portugal 24.1%. Depois de 36% de crescimento nos últimos dois anos nada fazia prever este grande decréscimo na europa e no Mundo (pois a queda ainda é maior). Confiemos que de facto esta redução tenha a ver com a alteração das contabilizações referidas pela ISO pois a implementação deste normativo tem como grande finalidade a segurança da informação e os anos mais recentes tem demonstrado o quanto ela é necessária nas organizações europeias e mundiais para já não falar dos próprios países. A liderar este ranking encontra-se a Inglaterra em enorme perda. Reduziu dois mil certificados, quase a totalidade das perdas reportadas pela europa no seu conjunto. É seguida pela Alemanha que perde aproximadamente três centenas de certificados. Na terceira posição encontra-se a Itália com um ligeiro crescimento anual. Em quarto e quinto os mesmos do ano transato (Holanda e Espanha) ambos com redução de registos anuais. Na sexta posição a Turquia que acrescenta mais 176 certificados.
ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Este é o ano em que a norma apresenta a sua primeira queda. Depois de anos de crescimento, 2018, regista uma redução significativa. É superior a 20% no mundo e de quase trinta pp. na europa que corresponde a cinco mil certificados. Como é uma norma muito europeia (percentagem superior a 75%) uma queda desta amplitude por parte da europa, teve como consequência a diminuição anual. Excluindo a europa, ela apresenta um ligeiro crescimento nas restantes regiões. São três os países europeus responsáveis por este resultado negativo. Alemanha, Inglaterra e França, que, no seu conjunto, perdem mais de cinco mil certificados. Os dois primeiros são responsáveis por quatro mil. É a norma mais europeia de todas elas, com 75.03% do total. Juntando a Ásia, temos praticamente a totalidade dos certificados existentes. Nos dez principais países encontramos pequenas alterações. Lidera a Alemanha, seguida da Inglaterra e Itália, que sobe uma posição por troca direta com a França. A Hungria está no meio. Espanha, República Checa, Turquia, Áustria e Irlanda são os restantes países. Nas primeiras posições apenas a Itália cresce. Encontramos sete países a crescer e apenas três a descer. A diferença é que as quedas são significativas e as subidas de pouca monta sendo a maior delas a de Itália com 233 certificados. Portugal contribui, para o crescimento anual, com mais seis certificados.
ISO 14001 AMBIENTE Portugal volta a cair com significado perdendo noventa e três registos e atingindo um total de 1382 certificados ativos. É o segundo ano consecutivo de queda. A análise dos últimos anos aponta para que Portugal estabilize no patamar dos mil e trezentos certificados, valores atingidos em 2013. Regista-se uma redução percentual de 6.3 inferior aos 15.3 do mundo e aos 13.2 da europa. A quota de Portugal cresce ligeiramente para 1.4% em termos europeus e para 0.45% face ao todo mundial. No que concerne aos restantes países europeus, Portugal está na 17ª posição, subindo duas posições.
ISO 27001 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Também neste normativo os dados estão tingidos de vermelho a nível mundial, europeu e português com quedas respetivamente de 19, 17 e 24%. Portugal não só acompanha as quedas como vai mais além. Perde 27 certificados para um total de 85. Em 2017 eram 112. É a norma onde apresenta percentualmente os piores resultados embora seja uma norma recente. A Europa é responsável por cerca de trinta e sete por cento do total, estando na Ásia o seu maior crescimento. A insegurança dos países e das empresas é real pelo que, aumentar a segurança da informação nas empresas é vital para o futuro das próprias organizações, pois ela é cada vez mais um importante ativo estratégico das mesmas.
ISO 50001 GESTÃO DA ENERGIA Portugal fechou o ano com 53, mais seis que no ano anterior, e com um crescimento de 12%. A europa, é o berço desta norma representando 75% do total mundial. Este ano, apresenta uma redução perdendo mais de cinco mil certificados. Mais do que o mundo todo no seu conjunto. Portugal, em contra ciclo, cresce como já referido. Em 2012 existiam 3 certificados que comparam com os 53 atuais de uma norma que está a iniciar o seu percurso junto das empresas. Pela dimensão do país, dificilmente terá um número significativo no âmbito desta norma. No entanto, o dinamismo do sector das energias deve permitir um número maior de empresas certificadas. A quota europeia é de 0.39 e a mundial de 0.29%. Ficamos expectantes para ver se a trajetória de crescimento é retomada no próximo ano. CONTEXTO ECONÓMICO PORTUGUÊS O Instituto Nacional de Estatística (INE) fornece os dados utilizados para efetuar a análise ao tecido económico português. Os elementos são repartidos por cinco regiões continentais e duas insulares. Em cada uma, são analisados o número de empresas existentes, o volume de negócios e as variáveis referentes ao emprego, apurando também a variação anual desse período temporal, de acordo com as NUT II. O ano de referência do INE é o de 2017 (últimos elementos disponíveis). Da mesma forma, é através do INE, que são recolhidos e tratados os dados necessários para apurar as empresas com mais de dez trabalhadores, que são relevantes estatisticamente para este estudo como já explicitado em anteriores edições do GEC. As empresas certificadoras com atividade em Portugal forneceram – com data de 31 de Dezembro de 2018 – os dados necessários sobre o número de empresas certificadas existentes.
43
ISO 22000 SEGURANÇA ALIMENTAR Tudo nesta norma é negativo: o crescimento mundial, europeu e português. Em termos percentuais é Portugal o que mais desce com uma quebra de 9.3% que corresponde a menos 31 certificados. Nos anos mais recentes a prestação anual era de sinal positivo embora pautada por anos de alguma queda. Detínhamos 179 registos em 2012 e este ano apresentamos 301 mesmo com a ligeira queda. Falamos pois de um grande crescimento nestes últimos anos o que se regista positivamente. No que concerne aos restantes países europeus, Portugal está em 10 ocupando a última posição do Top Ten . E por se tratar de segurança alimentar, todas as empresas certificadas são uma garantia adicional para os consumidores. Em termos regionais (Europa) Portugal apresenta uma percentagem de 3.1 e 0.93% mundiais.
EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
CONTEXTO NACIONAL ISO 9001 QUALIDADE Portugal perde mais 527 certificados a juntar aos dez que tinha perdido em 2017, para um novo total de 6623. Com este número de empresas certificadas regressa ao ano de 2012. Longe vão os oito mil registos de 2014. São menos mil e quinhentas empresas certificadas pela norma utilizada pelo mundo empresarial na sua globalização. Anteriormente a redução era causada pelos problemas da economia. A crise ficou para trás pelo que era expectável assistir a um aumento gradual, mas não é isso que se constata. Este ano, o mundo e a europa, tem uma redução muito forte. Em percentagem a europa perde 12% e Portugal 7.3% pelo que a nossa quota, no todo europeu, sobe, aproximadamente, uma décima para 1.9%. Duas em cada 100 empresas europeias certificadas são portuguesas. No total mundial a percentagem também sobe ligeiramente para os 0.75% quando era de 0.68 em 2017.
44 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
Este conjunto de elementos permite ficar com uma visão o mais abrangente possível do que aconteceu em Portugal neste domínio. Nunca é demais alertar que o número de dados reunidos e a diversidade de fontes que os facultam comportam riscos que procuramos minimizar sistematizando e uniformizando o mais possível os dados recolhidos e tratados. Receber as listagens das entidades certificadoras ao mesmo tempo (dentro do prazo) e da forma solicitada seria um grande passo em frente. Tal ainda não acontece e isso dificulta, atrasa e aumenta o tempo (e custos) para se efetuar o trabalho. Basta ter, neste particular, em atenção o que aconteceu este ano com o ISO Survey para se verificar que esta é uma tarefa com um grau elevado de complexidade e muito exigente. Nem sempre o report é feito da mesma forma para a ISO e para o GEC, pelo que recomendamos que sejam lidos de forma individual, evitando o cruzamento de dados. A uniformização beneficia largamente todos os leitores, empresários e técnicos da qualidade que recorrem ao GEC, bem como um grupo alargado de académicos para quem esta publicação funciona como um verdadeiro serviço público, gratuito, na sua necessária recolha de informação para a elaboração de trabalhos académicos. Analisando os elementos facultados pelo INE, verifica-se que é mais um ano em que a criação líquida de emprego, de empresas e o aumento do volume de negócios anual em todas as regiões NUT II é uma realidade, tal como já tinha acontecido no ano anterior. O número de empresas passou de 1.196 102 para 1.242 693, ou seja, mais 46 591 a juntar às 33 mil do ano anterior. Neste período, foram acrescidos 187 mil novos postos de trabalho e nas empresas com 10 ou mais trabalhadores o número foi de 125 mil, que se distribuíram por todas as regiões.
N.º CERTIFICADOS EMITIDOS / N.º EMPRESAS REGISTADAS (INE) POR NUT II
EMPRESAS TOTAL
EMPRESAS C/ + 10 TRAB.
CERTIFICADOS EMITIDOS *
% DE CERTIFICADOS VS EMPR. C/ + 10 TRAB.
% DE CERTIFICADOS POR NUTT II
NORTE
418 082
18 048
3 518
19,49
34,79
CENTRO
261 971
9 254
3 042
32,87
30,09
LISBOA
354 406
12 255
2 679
21,86
26,50
ALENTEJO
84 139
2 390
338
14,14
3,34
ALGARVE
70 521
2 206
241
10,92
2,38
REG. AUT. AÇORES
27 174
847
178
21,02
1,76
REG. AUT. MADEIRA
26 400
940
115
12,23
1,14
TOTAL
1 242 693
45 940
10 111
22,01
100,00
N - 1**
1 196 102
44 058
9 870
22,40
Fonte: INE e organismos certificadores * Pelas Normas ISO 9001/14001/OHSAS/NP4397/ISO 22000/HACCP/ISO/TS/SA8000/NP4469/NP4457 (IDI) | **Valores relativos ao ano anterior
VARIÁVEIS RELATIVAS AO EMPREGO E AO VOLUME DE NEGÓCIOS POR REGIÕES NUT II (milhares de euros) NORTE CENTRO
VOL. EMPREGO POR REGIÃO
VOL. EMPREGO C/ 10 TRAB. OU +
%
VOL. DE NEGÓCIOS
EM EMPRESAS C/ 10 TRAB. OU +
%
1 313 395
705 678
53,73
106 595 283 230
78 244 851 370
73,40
710 362
332 130
46,76
62 028 129 738
43 401 939 395
69,97
1 358 924
869 181
63,96
167 181 949 284
136 109 936 359
81,41
ALENTEJO
203 428
82 121
40,37
16 921 573 168
11 010 306 022
65,07
ALGARVE
170 297
68 914
40,47
9 038 849 958
5 223 011 348
57,78
66 552
30 631
46,03
5 031 502 885
3 546 449 330
70,48
LISBOA
REG. AUT. AÇORES REG. AUT. MADEIRA
69 260
32 924
47,54
4 680 514 224
3 200 419 485
68,38
TOTAL
3 892 218
2 121 579
54,51
371 477 802 487
280 736 913 309
75,57
N-1*
3 704 740
1 995 789
53,87
340 479 969 424
253 633 422 243
74,35
187 478
125 790
0,64
30 997 833 063
27 103 491 066
1,22
DIFERENCIAL
*Valores relativos ao ano anterior | Fonte: INE
TÍTULO DD CAPÍTULO |
45
GRÁFICO 1 Evolução do N.º de Certificados emitidos por norma assinalada
14 913 14 073 14 750
20000
10 871 9 928 10 015
15000
10000
4 042 4 145 4 735
7 307 6 741 6 648
ISO 9001
2016
ISO 14001
2017
OHSAS 18001
HACCP
311 261 283
82 69 82
154 130 146
398 377 388
ISO 22000
90 77 78
0
898 812 944
5000 1 631 1 461 1 446
46 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
O volume de emprego aumentou em todas as regiões. Nas empresas com 10 ou mais trabalhadores, o saldo é igualmente positivo, passando de 44 058 para 45 940, ou seja, mais 1.882 empresas. Estes números confirmam a tendência registada nos anos mais recentes embora longe dos 50 mil que já existiram antes da crise, aumentando o potencial de entidades certificáveis (com dez ou + trabalhadores). Mas pela dimensão dos números, verifica-se que Portugal é um país de micro e pequenas empresas e as estratégias concertadas, dos poderes públicos e organismos sectoriais de empregadores, para que possam crescer e, assim, tornarem-se mais fortes, tardam. Observam-se, na página anterior, dois tipos de gráficos com as variáveis relativas ao número de empresas, o volume de negócios, o emprego total e os certificados existentes em cada uma das regiões, elementos obtidos junto do INE e dos organismos certificadores, como referido anteriormente. São utilizadas as regiões NUT II para a distribuição regional pelo Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Como referido, é aplicado um filtro aos números recolhidos para apurar as empresas com 10 ou mais trabalhadores. De um total de 1.242 693 passamos para 45 940 empresas. Uma redução forte, como já referido. Por estudos efetuados e validados anteriormente, verificamos que as micro e pequenas empresas têm muita dificuldade em criar condições para a certificação. O filtro permite definir com maior rigor o potencial de empresas certificáveis na economia nacional. Neste caso são 45 940 empresas, mais 1 882 possibilidades pelo nosso modelo em relação ao ano anterior. Existe, pois, um largo caminho a percorrer, pelos organismos existentes para que o número de empresas certificadas se expanda.
ISO/TS SA8000/ NP 4457 /NP4469 (IDI)
Total Parcial
Outros*
Total Geral
2018
* Outras normas não assinaladas neste gráfico, serviços e produtos certificados
Apresentamos de seguida dois gráficos que permitem verificar os principais valores e as tendências, relacionadas com um vasto conjunto de normas, onde se incluem as principais existentes, quer sejam normas ISO ou de outras entidades. O objetivo destes gráficos é de analisar e fazer a sua caracterização sem identificar individualmente os organismos certificadores, mas tão só o número de certificados emitidos em cada uma das normas. Os elementos aqui apresentados são únicos e muito procurados por diversas entidades ao longo do ano. Aqui fica o agradecimento aos organismos pelo envio dos elementos referidos.
Estamos convictos que as empresas de certificação têm muito a ganhar com esta parceria e são beneficiárias diretas destas análises. Podem inclusive adequar as suas estratégias comunicacionais junto do tecido empresarial. Infelizmente um dos organismos de certificação não teve oportunidade, tempo ou visão para nos facultar os elementos mais atualizados, apesar de várias tentativas da nossa parte, o que lamentamos. Os dois gráficos de barras apresentados transmitem a ideia aproximada do universo existente em Portugal em termos do número de certificados, produtos e serviços em vigor. Este ano, a tendência é mista ao nível das normas.
47 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO |
GRÁFICO 2 Evolução do N.º de Certificados emitidos por norma/ano em percentagem (%)
67,9
66,38
70
67,2
80
60 50 40
ISO 9001
2016
ISO 14001
2017
OHSAS 18001
HACCP
ISO/TS
SA8000/ /NP4469
2,8
2,86
2,63
0,8
0,75
0,7
1,5
1,4
1,3
0,8
0,83
3,88
3,8
3,66
ISO 22000
0,78
0
9,4
8,3
10
8,18
14,44
20
15,0
As duas principais (qualidade e ambiente) estão em queda ligeira a exemplo do que vinha acontecendo pelo que poderemos estar perante uma estabilização destas duas normas. Nos últimos anos perderam muitos certificados com destaque para a ISO 9001. As restantes normas tem um crescimento ligeiro com o maior destaque para a OHSAS/45001, que agrupamos, e que pode estar a inflacionar o total de certificados dado que cresceu mais de cem registos. A ISO 9001 (qualidade) continua a ser, a grande distância, a norma mais utilizada pelas empresas. É responsável por 66% do total nacional perdendo, um ponto percentual, em relação ao ano anterior. No ambiente, a redução é três décimas de ponto. Representa 14.4% do total de certificações. As OHSAS, juntamente com a nova norma ISO 45001, que agrupamos nestes gráficos, apresentam um crescimento significativo. Podem estar a ser afetados pela fase de transição para a nova norma. Estes 3 normativos são responsáveis por cerca de 90% do total nacional. Assim, no universo empresarial o que acontece nestas normas é sempre relevante pelo peso específico que elas apresentam.
14,72
30
NP 4457 (IDI)
2018
A redução continuada da norma da qualidade, que no seu pico, chegou aos 8 mil certificados é preocupante pois ela é associada – mais do que qualquer outra – às trocas comercias globais das empresas ou seja: às exportações e à internacionalização, tão importante para a economia portuguesa. As restantes normas, produtos e serviços certificados, que assinalamos como “outros” é a que mais cresce, depois de anos de alguma estabilização em torno dos quatro mil. Este ano aumenta 677 o seu número aproximando-se da barreira dos cinco mil certificados.
Este desempenho contribui igualmente para que o total nacional cresça com algum significado. Como sempre, relembramos que, no GEC, não são contabilizados os certificados de empresas com residência fiscal noutro Estado-membro ou em países terceiros, como os PALOP. Este último, é um mercado com potencial para as entidades certificadoras, que aproveitam o know-how para desenvolver, nestes países, estratégias de internacionalização de sucesso, sendo responsáveis pela emissão da grande maioria de certificados que estes países contabilizam.
G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
48
INFORMAÇÕES GERAIS
A CERTIFICAÇÃO NA EUROPA COMUNITÁRIA
ESTADOS-MEMBRO Alemanha* | Áustria* | Bélgica* | Bulgária | Chipre* | Croácia | Dinamarca | Eslováquia* | Eslovénia* | Espanha* | Estónia* | Finlândia* |França* | Grécia* | Hungria | Irlanda* | Itália* | Letónia* | Lituânia* | Luxemburgo* | Malta* | Países Baixos* | Polónia | PORTUGAL* | Reino Unido | República Checa | Roménia | Suécia. * Países que aderiram à moeda única (Euro)
O
s países pertencentes à Comunidade Europeia analisados nesta edição são a Áustria, um país com 84 mil km2 (menos 8 mil km2 que Portugal) e a Bélgica com 30 mil Km2. A República da Áustria é um médio país europeu, com 8.8 milhões de habitantes, que fica localizada na Europa central. Tem fronteira com Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Itália, R. Checa, Suíça e Liechtenstein. Viena é a capital. Cidade classificada como património mundial, herdeira do império Austro-húngaro, banhada pelo Danúbio a verdadeira autoestrada comercial nestes países do centro da europa ao longo dos séculos. Considerada a melhor cidade para se viver, o seu ambiente é cosmopolita. Destaque para a famosa ópera de Viena. Os serviços são o grande motor da economia Austríaca alicerçada em modernas redes de comunicações rodo e ferroviárias. Como principais parceiros comerciais encontramos os países da união europeia, destacando-se a Alemanha. No relatório de competitividade global ocupa a 14ª posição no que concerne às infraestruturas. O Doing Business de 2019 do BM, em 190 países, atribui à Áustria o 26º lugar o que diz bem da sua forte economia.
PAÍS
REGIME POLÍTICO
ALEMANHA
República federal
ÁUSTRIA
República federal
BÉLGICA
Governo parlamentar federal (monarquia constitucional)
BULGÁRIA
Democracia parlamentar
CHIPRE
República
CROÁCIA
República
DINAMARCA
Monarquia constitucional
ESLOVÁQUIA
Democracia parlamentar
ESLOVÉNIA
República parlamentar
ESPANHA
Monarquia parlamentar
ESTÓNIA
República parlamentar
FINLÂNDIA
República
FRANÇA
República
GRÉCIA
República parlamentar
HUNGRIA
Democracia parlamentar
IRLANDA
República, democracia parlamentar
ITÁLIA
República
LETÓNIA
Democracia parlamentar
LITUÂNIA
Democracia parlamentar
LUXEMBURGO
Monarquia constitucional
MALTA
República
PAÍSES BAIXOS
Monarquia constitucional
POLÓNIA
República
PORTUGAL
República, democracia parlamentar
REINO UNIDO
Monarquia constitucional
REPÚBLICA CHECA
Democracia parlamentar
ROMÉNIA
República
SUÉCIA
Monarquia constitucional
FRONTEIRAS
MOEDA
Alemão
Berlim 4 milhões
82,8
357
Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Rep. Checa, Suíça
Euro
Alemão, Esloveno, Croata, Húngaro
Viena 1,7 milhões
8,6
84
Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Itália, Rep. Checa, Suíça, Liechtenstein
Euro
Flamengo, Francês, Alemão
Bruxelas 2,0 milhões
11,4
30
Alemanha, França, Luxemburgo, Países Baixos
Euro
Búlgaro
Sófia 1,2 milhões
7,1
110
Grécia, Macedónia, Roménia, Sérvia, Turquia
LEV da Bulgária (BGN)
Grego, Turco
Nicósia 251 mil
1
9
Sem fronteiras terrestres
Euro
Croata
Zagreb 687 mil
4,2
56
Bósnia-Herzegovina, Hungria, Sérvia, Montenegro, Eslovénia
Kuna croata (HRK)
Dinamarquês
Copenhaga 1,2 milhões
5,7
43
Alemanha
Coroa dinamarquesa (DKK)
Eslovaco
Bratislava 401 mil
5,4
49
Esloveno
Liubliana 279 mil
2,1
20
Áustria, Croácia, Itália, Hungria
Euro
46,4
505
Andorra, França, Gibraltar, Marrocos, Portugal
Euro
IDIOMA OFICIAL
Castelhano, Aranês, Catalão, Galego, Madrid Basco, Valenciano 6,1 milhões
Áustria, Hungria, Polónia, Rep. Checa, Ucrânia
Euro
Estónio
Tallinn 391 mil
1,3
45
Letónia, Rússia
Euro
Finlandês, Sueco, Sami
Helsínquia 1,1 milhões
5,5
338
Noruega, Suécia, Rússia
Euro
Francês
Paris 10,8 milhões
66,9
643
Alemanha, Andorra, Bélgica, Espanha, Itália, Luxemburgo, Mónaco, Suíça
Euro
Grego
Atenas 3,0 milhões
11,2
131
Albânia, Bulgária, Macedónia, Turquia
Euro
Húngaro
Budapeste 1,7 milhões
9,7
93
Áustria, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Roménia, Sérvia, Ucrânia
Forint Húngaro (HUF)
Irlandês, Inglês
Dublin 1,1 milhão
4,8
70
Reino Unido
Euro
Italiano
Roma 3,7 milhões
59,4
301
Áustria, Cidade do Vaticano, Eslovénia, França, San Marino, Suíça
Euro
Letão
Riga 621 mil
2
65
Bielo-Rússia, Estónia, Lituânia, Rússia
Euro
Lituano
Vilnius 517 mil
2,9
65
Bielo-Rússia, Letónia, Polónia, Rússia
Euro
Luxemburguês, Francês, Alemão
Luxemburgo 107 mil
0,5
2,5
Alemanha, Bélgica, França
Euro
Maltês, Inglês
Valeta 197 mil
0,4
0,3
Sem fronteiras terrestres
Euro
Holandês, Frísio
Amesterdão 810 mil
17,1
41
Alemanha, Bélgica
Euro
Polaco
Varsóvia 1,7 milhões
38,3
313
Alemanha, Bielo-Rússia, Eslováquia, Lituânia, Rep. Checa, Rússia, Zloti Polaco (PLN) Ucrânia
Português, Mirandês
Lisboa 2,8 milhões
10,3
92
Espanha
Euro
Inglês, Escocês de Ulster, Irlandês, Língua gaélica escocesa, Scots, Galês, Córnico
Londres 10,3 milhões
66,2
242
Irlanda
Libra Esterlina (GDP)
Checo
Praga 1,3 milhões
10,6
79
Alemanha, Áustria, Eslováquia, Polónia
Coroa Checa (CZK)
Romeno
Bucareste 1,8 milhões
19,7
237
Bulgária, Hungria, Moldávia, Sérvia, Ucrânia
Leu da Roménia (RON)
Sueco
Estocolmo 1,4 milhões
10
450
Finlândia, Noruega
Coroa Sueca (SEK)
A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |
POPULAÇÃO TOTAL SUPERFÍCIE Milhões (Aprox.) - Mil km2 (Aprox.)
49
Fonte: CIA World Factbook, Banco Central Europeu CAPITAL Área Metropolitana (HABITANTES)
G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
50
INDICADORES ECONÓMICOS
No ranking de certificação de empresas (9001/14001) posiciona-se em 16º lugar em 28 países comunitários. O desempenho dos últimos anos é negativo, tendo perdido cerca de setecentos e cinquenta certificados nestas duas normas. A Áustria é membro fundador do Euro. A Bélgica fica, igualmente, no centro da europa e faz fronteira com quatro países: Alemanha, França, Holanda e Luxemburgo. Sendo considerado um pequeno país é, no entanto, muito povoado, contando com 11 milhões de habitantes. A sua capital, Bruxelas, é o centro das instituições europeias e a sua população tem como atividade principal os serviços. O Reino Belga é constituído pelas regiões da Flandres e da Valónia e, ainda, a de Bruxelas-capital. A economia é muito desenvolvida destacando-se, para além dos serviços já referidos, as indústrias petroquímicas, aeronáuticas, farmacêuticas ou automobilísticas. Possui, ainda, um dos maiores portos europeus. Os países que fazem fronteira com a Bélgica são os seus principais parceiros económicos. É dos mais competitivos, estando entre os primeiros 25 a nível mundial. Foi um dos países fundadores da CEE e do Euro. Na certificação pelas normas referidas anteriormente, ocupa a 17ª posição entre os 28 estados comunitários. Quanto à certificação, pela norma ambiental e da qualidade, a Áustria, apresenta uma trajetória de descida como já referido com perdas consideráveis nos últimos 3 anos (ver tabela em anexo). Falamos de um total anual de 4361 certificados que contrastam com os 4875 de 2017 e os 5112 de um ano antes. Em termos percentuais, esta queda representa um valor acima de 10 por cento, apenas este ano. Nos 28 países da Comunidade Europeia, encontra-se em décimo sexto, mantendo a posição dos anos anteriores.
PAÍS
EXPORTAÇÕES
PRINCIPAIS PARCEIROS DE EXPORTAÇÃO
ALEMANHA
Máq. e equip. mecânicos e eléctricos, veículos auto. e outros veíc. terrestres, prod. farmacêuticos, Inst. e aparelhos de ótica, de fotografia
EUA 8,6%; França 8,0%; China 7,1%; P. Baixos 6,4%
ÁUSTRIA
Máquinas, equipamentos mecânicos e elétricos, automóveis e out. veículos terrestres, produtos farmacêuticos, plásticos e suas obras
Alemanha 29,0%; EUA 6,1%; Itália 6,1%; Suíça 5,1%
BÉLGICA
Veículos automóveis e out. veículos terrestres, produtos farmacêuticos, combustíveis e óleos minerais, etc., máquinas e equip. mecânicos, plásticos e artigos em plástico
Alemanha 16,6%; França 14,9%; P. Baixos 12,0%; R. Unido 8,4%
BULGÁRIA
Máquinas e equipamentos elétricos, combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos, cobre e suas obras, cereais
Alemanha 13,6%; Itália 9,2%; Roménia 8,8%; Turquia 8,0%
CHIPRE
Comb. e óleos minerais, prod. farmacêuticos, máq. e equip. elétricos, leite e laticínios, ovos de aves e mel natural, sal, enxofre
Grécia 12,6%; Reino Unido 7,8%; Líbia 7,7%; Israel 6,0%
CROÁCIA
Comb. e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos e equip. elétricos, prod. farmacêuticos, madeiras, carvão vegetal e obras de madeira
Itália 13,7%; Eslovénia 12,5%; Alemanha 11,8%; Bósnia e Herzegovina 9,2%
DINAMARCA
Máq. e equipamentos mecânicos e elétricos, prod. farmacêuticos, combustíveis e óleos minerais, instrumentos e aparelhos de ótica
Alemanha 14,3%; Suécia 10,7%; Reino Unido 7,4%; Noruega 5,8%
ESLOVÁQUIA
Automóveis e out. veículos terrestres, máquinas e equip. elétricos e mecânicos, ferro fundido, ferro e aço, comb. e óleos minerais
Alemanha 21,9%; R. Checa 11,9%; Polónia 7,7%; França 6,1%
ESLOVÉNIA
Automóveis e outros veículos terrestres, máq. e equip. elétricos e mecânicos, produtos farmacêuticos, plásticos e suas obras
Alemanha 19,3%; Itália 10,4%; Áustria 7,4%; Croácia 7,3%
ESPANHA
Veíc. auto. e outros veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos, comb. e óleos minerais, máq. e equip. elétricos, plásticos e suas obras
França 15,1%; Alemanha 11,3%; Itália 7,8%; Portugal 7,1%
ESTÓNIA
Máq., aparelhos e materiais elétricos, madeira, carvão vegetal e obras de madeira, combustíveis/óleos minerais, máq., aparelhos, instrumentos mecânicos, móveis, colchões, almofadas e semelhantes
Suécia 16,9%; Finlândia 15,1%; Rússia 9,3%; Letónia 8,7%
FINLÂNDIA
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, papel e pasta de papel, combustíveis e óleos minerais, veíc. auto. e outros veíc. terrestres
Alemanha 14,0%; Suécia 10,2%; Paíse Baixos 6,7%; EUA 6,5%
FRANÇA
Máq. e equip. mecânicos, aeronaves e outros aparelhos aéreos, veíc. autom. e out. veíc. terrestres, máq. e equip. elétricos, prod. farmacêuticos
Alemanha 14,8%; Espanha 7,7%; Itália 7,6%; EUA 7,3%
GRÉCIA
Combustíveis e óleos minerais, alumínio e suas obras, máq. e equip. mecânicos, produtos farmacêuticos, plásticos e suas obras
Itália 10,6%; Alemanha 7,1%; Turquia 6,8%; Chipre 6,5%
HUNGRIA
Máq. e equip. elétricos, máq. e equip. mecânicos, veículos auto. e outros veículos terrestres, prod. farmacêuticos, plásticos e suas obras
Alemanha 27,5%; Roménia 5,0%; Eslováquia 4,9%; França 4,8%
IRLANDA
Prod. farmacêuticos, prod. químicos orgânicos, instrumentos e aparelhos de óptica e fotog., máq. e equip. eléct., prod. de perfumaria e cosmética
EUA 27,1%; R. Unido 11,8%; Bélgica 10,9%; Alemanha 8,2%
ITÁLIA
Máq. e equip. mecânicos, veículos automóveis e out. veículos terrestres, máq. e equip. elétricos, produtos farmacêuticos, plásticos e suas obras
Alemanha 12,5%; França 10,3%; EUA 9,1%; Espanha 5,2%
LETÓNIA
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira, máq. e equip. elétricos, máq. e equip. mecânicos, veíc. e material de transp., comb. e óleos minerais
Lituânia 18,3%; Estónia 12,2%; Rússia 7,6%; Alemanha 7,2%
LITUÂNIA
Comb. e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos, móveis, mobiliário médico, colchões, etc, máq. e equip. elétricos, plásticos e suas obras
Rússia 13,5%; Letónia 9,9%; Polónia 9,1%; Alemanha 7,7%
LUXEMBURGO
Máq. e equip. mecânicos, ferro e aço, plástico e suas obras, veíc. automóveis e out. veíc. terrestres, obras de ferro fundido, ferro e aço
Alemanha 26,9%; França 14,8%; Bélgica 11,7%; P. Baixos 5,7%
MALTA
Prod. farmacêuticos, máq. e equip. elétricos, peixes e crustáceos, moluscos, etc., comb. e óleos minerais, aeronaves e outros apar. aéreos
EUA 27,3%; Alemanha 13,9%; França 8,3%; Singapura 5,6%
PAÍSES BAIXOS
Máq. e equip. mecânicos, máq. e equip. elétricos, comb. e óleos minerais, etc, prod. farmacêuticos, inst. e aparelhos de óptica e fotografia
Alemanha 22,5%; Bélgica 10,5%; R. Unido 8,7%; França 8,5%
POLÓNIA
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, veíc. auto. e outros veíc. terrestres, móveis, mobiliário médico-cirúrgico, etc., plásticos e suas obras
Alemanha 27,0%; R. Unido 6,6%; R. Checa 6,5%; França 5,5%
PORTUGAL
Máquinas e aparelhos, veículos e outro mat .transporte, metais comuns, plásticos e borracha, combustíveis minerais
Espanha 25,3%; França 12,7%; Alemanha 11,5%; R. Unido 6,3%
REINO UNIDO
Máq. e equip. mecânicos, automóveis e outros veíc. terrestres, pérolas, pedras e metais preciosos, comb. e óleos minerais, prod. farmacêuticos
EUA 13,4%; Alemanha 9,6%; P. Baixos 6,8%; França 6,5%
REPÚBLICA CHECA
Veíc. automóveis e out. veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos e elétricos, obras de ferro fundido, ferro ou aço, plásticos e suas obras
Alemanha 32,6%; Eslováquia 7,7%; Polónia 6,0%; França 5,1%
ROMÉNIA
Máq. e equip. elétricos e mecânicos, veíc. auto. e outros veíc. terrestres, móveis, mobiliário médico-cirúrgico, etc., combustíveis e óleos minerais
Alemanha 23,0 %; Itália 11,3%; França 6,8%; Hungria 4,7%
SUÉCIA
Máq. e equip. mecânicos, veíc. automóveis e out. veículos terrestres, máquinas e equip. elétricos, combustíveis e óleos minerais, papel e pasta de papel
Alemanha 10,7%; Noruega 10,1%; Finlândia 6,9%; Dinamarca 6,8%
PRINCIPAIS PARCEIROS DE IMPORTAÇÃO
PRINCIPAIS INDÚSTRIAS
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, veículos auto. e outros veíc. terrestres, combustíveis e óleos minerais, prod. farmacêuticos
China 9,7%; P. Baixos 8,1%; França 6,0%; EUA 5,9%
Indústria do ferro e do aço, carvão, cimento, produtos químicos, fabrico de veículos motorizados, produtos eletrónicos, fornecimento de produtos alimentares, construção de navios, indústria têxtil
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, automóveis e out. veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 41,3%; Itália 5,7%; Suíça 5,5%; R. Checa 4,4%;
Construção, maquinaria, veículos e peças, produtos alimentares, metais, produtos químicos
Veículos automóveis e out. veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais, etc., produtos farmacêuticos, máquinas e equipamentos mecânicos, produtos quimícos orgânicos
P. Baixos 17,2%; Alemanha 13,8%; França 9,5%; EUA 7,2%
Fabrico de produtos de engenharia e de metal, montagem de veículos, equipamentos de transporte e fabrico de instrumentos científicos
Combustíveis e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos e elétricos, veíc. automóveis e out. veíc. terrestres, plásticos e suas obras
Alemanha 13,1%; Rússia 8,9%; Itália 7,9%; Roménia 6,9%
Eletricidade, gás, água, produtos alimentares, tabaco, maquinaria e equipamentos, metais, produtos químicos
Combustíveis e óleos minerais, navios e embarcações, veíc. automóveis e outros veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos e elétricos
Grécia 21,3%; Alemanha 16,7%; Itália 6,7%; R. Unido 6,4%
Sector turístico, indústria alimentar e processamento de alimentos, produção de cimento e gesso, reparação e remodelação de navios, indústria têxtil
Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos, veículos e outro material de transporte, produtos farmacêuticos
Alemanha 16,2%; Itália 12,5%; Eslovénia 10,9%; Áustria 8,0%
Produtos químicos e plásticos, maquinaria e ferramentas, produtos de metal e eletrónicos, alumínio, papel
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, automóveis e outros veíc. terrestres, combustíveis e óleos minerais, prod. farmacêuticos
Alemanha 14,3%; Suécia 10,7%; Reino Unido 7,4%; Noruega 5,8%
Produção de ferro e aço, metais não ferrosos, produtos químicos, processamento de alimentos, maquinaria e equipamentos de transporte, têxteis e vestuário
Máq. e equipamentos elétricos, automóveis e out. veículos terrestres, máq. e equipamentos elétricos, plásticos e suas obras
Alemanha 20,2%; R. Checa 16,9%; Áustria 9,8%; Polónia 6,4%
Indústria automóvel, metais e produtos, eletricidade, gás, coque, petróleo, combustível nuclear, produtos químicos
Automóveis e outros veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos e elétricos, combustíveis e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 16,8%; Itália 13,5%; Áustria 9,9%; Croácia 5,5%
Indústria metalúrgica e produtos de alumínio, ferrosos, chumbo e fundição de zinco, produtos eletrónicos, automóveis, equipamentos de energia elétrica, produtos madeira
Veíc. auto. e outros veíc. terrestres, comb. e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos e equip. elétricos, produtos farmacêuticos
Alemanha 14,2%; França 11,9%; China 6,9%; Itália 6,8%
Indústria têxtil e calçado, indústria alimentar, metais e produtos metálicos, produtos químicos, construção naval, automóveis
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, aparelhos, instrumentos mecânicos, veículos e outro material de transporte, combustíveis/óleos minerais, etc., plásticos e suas obras
Alemanha 10,5%; Finlândia 9,2%; China 8,3%; Rússia 7,4%
Indústria alimentar, engenharia, fabrico de componentes eletrónicos, produtos de madeira, indústria têxtil, tecnologias de informação e telecomunicações
Comb. e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos e elétricos, veículos auto. e outros veículos terrestres, artigos de ferro ou aço
Alemanha 15,2%; Rússia 13,1%; Suécia 10,9%; China 7,3%
Metais e produtos de metal, produtos eletrónicos, maquinaria, instrumentos científicos, construção naval, papel e celulose, produtos alimentares e químicos
Máq. e equip. e mec., veíc. auto. e outros veíc. terrestres, comb. e óleos minerais, máq. e equip. elétricos, aeronaves e outros aparelhos aéreos
Alemanha 15,8%; China 9,1%; Itália 7,6%; EUA 6,7%
Maquinaria, produtos químicos, automóveis, indústria metalúrgica, aeronaves, produtos eletrónicos, indústria têxtil, processamento de alimentos, turismo
Combustíveis e óleos minerais, máquinas e equip. mecânicos, navios e embarcações, prod. farmacêuticos, máq. e equip. eléctricos
Alemanha 10,4%; Itália 8,2%; Rússia 6,8%; Iraque 6,3%
Sector do turismo, produtos alimentares e tabaco, indústria têxtil, produtos químicos, metálicos, mineração, petróleo
Máq. e equip. elétricos e mecânicos, veiculos auto. e outros veículos terrestres, comb. e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 26,4%; Áustria 6,4%; Polónia 5,6%; Eslováquia 5,3%
Mineração, indústria metalúrgica, materiais de construção, processamento de alimentos, indústria têxtil, produtos químicos, automóveis
Aeronaves e outros aparelhos aéreos, prod. farmacêuticos, máq. e equip. mecânicos, combustiveis, máq. e equipamentos eléctricos
Reino Unido 22,1%; EUA 20,6%; França 13,3%; Alemanha 8,7%
Indústria farmacêutica, produtos químicos, hardware & software, produtos alimentares e dispositivos médicos
Comb. e óleos minerais, etc., veículos automóveis e out. veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos e elétricos, prod. farmacêuticos
Alemanha 16,3%; França 8,8%; China 7,1%; Países Baixos 5,6%
Sector turismo, maquinaria, produção de ferro e aço, produtos químicos, processamento de alimentos, indústria têxtil, veículos, vestuário, calçado, cerâmica
Máq. e equip. elétricos, máq. e equip. mecânicos, automóveis e out. veículos terrestres, comb. e óleos minerais, prod. farmacêuticos
Lituânia 17,5%; Alemanha 11,9%; Polónia 10,4%; Estónia 10,8%
Processamento de alimentos, processados de madeira, indústria têxtil, metais, produtos farmacêuticos, fibras sintéticas, produtos eletrónicos
Comb. e óleos minerais, máq. e equip. mecânicos, automóveis e out. veíc. terrestres, máq. e equip. elétricos, plásticos e suas obras
Rússia 14,4%; Alemanha 12,1%; Polónia 10,8%; Letónia 8,0%
Maquinaria e ferramentas, produção de motores, eletrodomésticos, indústria de refinaria, construção naval, móveis, indústria têxtil, processamento de alimentos, fertilizantes
Veíc. automóveis e out. veíc. terrestres, máq. e equip. mecânicos, comb. e óleos minerais, etc., máq. e equip. elétricos, ferro e aço
Alemanha 24,4%; Bélgica 22,9%; França 11,5%; EUA 6,6%
Serviços bancários e financeiros, serviços de construção, imobiliário, indústria do ferro, metal e aço, tecnologias da informação, telecomunicações
Comb. e óleos minerais, embarcações e est. flutuantes, aeronaves e outros aparelhos aéreos, máq. e equip. elétricos e mecânicos
Itália 20,9%; Ilhas Cayman 11,8%; Canadá 10,4%; Alemanha 6,3%
Turismo, produtos eletrónicos, construção e reparação naval, indústria alimentar e bebidas, produtos farmacêuticos, calçado, vestuário, tabaco, aviação
Comb. óleos minerais, etc, máq. e equip. elét. e mecânicos, veíc. autom. e out. veíc. terrestres, instrum. e aparelhos de óptica e fotografia
China 16,3%; Alemanha 15,1%; Bélgica 8,4%; EUA 6,8%
Agroindústrias, metal e engenharia de produto, máquinas e equipamentos elétricos, indústria química, petróleo, construção e produção de componentes microeletrónicas
Máq. e equip. elétricos e mecânicos, veíc. auto. e outros veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 22,9%; China 12,4%; Rússia 6,1%; Itália 5,1%
Indústria de aço e ferro, fornecimento de minério, produtos químicos, construção naval, processamento de alimentos, vidro, bebidas e indústria têxtil
Máq. e aparelhos, veículos e outro mat. transporte, combustíveis minerais, agrícolas, químicos
Espanha 31,4%; Alemanha 13,8%; França 7,6%; Itália 5,3%
Indústria têxtil, vestuário, calçado, madeira, cortiça, papel e celulose, produtos químicos, lubrificantes, automóveis e autopeças, metais base, minerais, porcelana e cerâmica
Máq. e equip. mecânicos e elétricos, automóveis e outros veíc. terrestres, comb. e óleos minerais, pérolas, pedras e metais preciosos
Alemanha 13,7%; China 9,5%; EUA 9,4%; Países Baixo 8,2%
Fabrico de máq. e ferramentas, equip. elétrico, automação, ferroviários, construção naval, aviões, veículos e autopeças, produtos eletrónicos e equip. de comunicação
Máq. e equip. elétricos e mecânicos, veíc. autom. e outros veículos terrestres, plásticos e suas obras, combustíveis e óleos minerais
Alemanha 29,7%; Polónia 9,1%; China 7,3%; Eslováquia 5,8%
Indústria automóvel, metalúrgica, maquinaria e equipamentos, vidro, armamentos
Máq. e equip. elétricos, máq. e equip. mecânicos, veíc. auto. e outros veíc. terrestres, comb. e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 20,1%; Itália 10,1%; Hungria 7,5%; Polónia 5,5%
Maquinaria e equipamentos elétricos, montagem de automóveis, indústria têxtil e calçado, metalurgia, produtos químicos, processamento de alimentos
Máq. e equip. mecânicos, veículos automóveis e out. veículos terrestres, máquinas e equipamentos elétricos, combustíveis e óleos minerais, plásticos e suas obras
Alemanha 18,7%; Países Baixos 8,9%; Noruega 8,1%; Dinamarca
Fornecimento de ferro e aço, produção de equipamento de precisão, indústria da madeira e derivados, indústria alimentar
51
Fonte: AICEP
IMPORTAÇÕES
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52 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
No que à certificação diz respeito, a Bélgica, continua a descer, embora com perdas marginais, menos 23 certificados. No acumulado dos últimos 3 anos, são significativas pois perdeu 640 certificados. Em 2018 apresentava 4161 pelas duas normas referidas. Em termos percentuais, a queda é marginal não chegando a um por cento. Nos vinte e oito países da comunidade europeia ocupa a 17ª posição, imediatamente abaixo da Áustria e, conserva esta posição nos últimos anos. A queda de Portugal continua, pelo terceiro ano consecutivo, com menos 620 certificados. Uma das maiores que temos registado. Longe vão os tempos em que o total anual era de 9 mil certificados pelas duas normas. A descida em percentagem é forte com mais de sete por cento. Não foi, no entanto, suficiente para descer da 11ª posição que vem ocupando nos anos mais recentes. A Bulgária, na posição seguinte, está muito próxima e é dos poucos países europeus que apresenta um crescimento anual. Neste período, em Portugal, registam-se aumentos em normas mais sectoriais que não chegam para compensar as quedas nas duas maiores e mais utilizadas normas. Estando o país numa rota de crescimento do seu PIB, nos anos mais recentes, estas quebras não são explicadas pela economia pois deveríamos estar numa trajetória ascendente. Pelo segundo ano consecutivo, a europa, apresenta um panorama dececionante com a maioria dos países a registarem perdas de certificados. Com aumentos anuais, encontramos apenas sete países sendo a Hungria, com 908 certificados líquidos o país que mais cresceu. É seguida pela Bulgária e Eslováquia, com seis centenas, e a R. Checa com quinhentos novos registos. Por fim e ainda positivos estão o Luxemburgo e a Croácia com 52 e 23
certificados, respetivamente. Em terreno negativo encontramos vinte e um. O maior número de países desde que elaboramos estes dados. O país que mais certificados perde é a Alemanha, num valor superior a vinte e um mil. É seguida, de muito perto, pela Inglaterra com dezassete mil e a Itália com perdas superiores a nove mil, empurrando a europa para terreno negativo. Nos 28 países analisados apenas sete crescem contra vinte e um que decrescem. Em 2017, cresciam 12 e estavam 18 negativos. Este ano os grandes países estão em queda com a Alemanha a liderar as perdas anuais. Relembramos que a ISO fez vários alertas sobre os dados publicados este ano e afirma que estes números são mais consentâneos com a realidade. Dos grandes países poderemos fazer referência à R. Checa que continua a crescer de forma ligeira. Cresce 3% acrescentando 514 certificados pelas duas normas. O maior crescimento percentual pertence ao Luxemburgo (15.81), seguido da Lituânia com 15.18%. Em quantidade é a Hungria a liderar com 908 novos certificados. No lado das quedas, temos dois países que registam um decréscimo superior a 30% (Suécia e Reino Unido) e quatro que reduzem mais de vinte por cento (Alemanha, Holanda, Chipre e Roménia). Com exceção do Chipre, os restantes pertencem, quase todos, às grandes economias europeias. Juntando a Itália e a Espanha, ambos com crescimento negativo, de, respetivamente, 8 e 7, em percentagem, observamos uma perfeita tempestade que se abateu sobre a europa comunitária. Portugal, como já sublinhado em vários locais, perde seiscentos e vinte certificados. Corresponde a um recuo anual de 7.19% o que é, claramente, uma grande diminuição.
Este é, igualmente, o separador do GEC em que fazemos a análise e caraterização dos vinte e oito países da Comunidade Europeia com informação diversificada, apresentada em quadros e tabelas para auxiliar a leitura e a interpretação. Os dois países em destaque são a Áustria e a Bélgica analisados individualmente. Fica a conhecer o regime político, a população, a dimensão territorial, as fronteiras, o idioma, o PIB e as principais atividades económicas de cada um deles com a finalidade de transmitir uma ideia de conjunto. Estes elementos são de enquadramento, sem a veleidade de os entender como suficientes, para uma empresa que pretenda investir nestes países. Damos, ainda, a conhecer o número de certificados e a sua evolução nos anos mais recentes, com base no ISO survey. Este ano, o quadro de subidas e descidas apresenta 7 subidas e 21 descidas com o somatório anual a ser, fortemente, negativo, influenciado pelas grandes economias europeias.
PAÍS ALEMANHA
53
Fonte: AICEP, Comissão Europeia, Eurostat e PORDATA
PIB 2017 (Mil milhões de euros)
PIB 2018 (Mil milhões de euros)
TAXA INFLAÇÃO 2017 (%)
TAXA INFLAÇÃO 2018 (%)
3.277.340,0
3.349.000,0
1,7
1,9
ÁUSTRIA
369.899,2
455.900,0
2,2
2,0
BÉLGICA
439.051,9
530.300,0
2,2
2,3
BULGÁRIA
51.663,0
57.200,0
1,2
2,0
CHIPRE
19.570,9
20.700,0
0,3
0,6
CROÁCIA
48.989,5
55.000,0
1,3
1,8
DINAMARCA
292.806,0
349.700,0
1,1
0,8
ESLOVÁQUIA
91.100,0
96.200,0
1,4
1,6
ESLOVÉNIA
48.000,0
51.600,0
1,6
1,4
1.166.319,0
1.436.900,0
2
1,9
23.615,1
28.500,0
3,7
3,0
ESPANHA ESTÓNIA FINLÂNDIA
252.800,0
271.700,0
0,8
1,2
2.590.000,0
2.810.000,0
1,2
2,0
GRÉCIA
200.100,0
216.700,0
1,1
0,8
HUNGRIA
136.300,0
151.700,0
2,4
2,9
IRLANDA
331.600,0
363.600,0
0,3
0,7
1.941.000,0
2.123.000,0
1,3
1,1
LETÓNIA
27.033,1
31.100,0
3,0
3,0
LITUÂNIA
42.190,8
46.400,0
3,2
2,7
LUXEMBURGO
55.299,4
61.800,0
2,4
1,8
MALTA
11.139,7
11.200,0
1,6
1,8
PAÍSES BAIXOS
737.048,0
758.200,0
1,3
1,7
POLÓNIA
514.700,0
564.600,0
2,0
2,4
FRANÇA
ITÁLIA
PORTUGAL
194.613,5
201.600,0
1,6
1,2
2.642.000,0
2.825.000,0
2,7
2,3
REPÚBLICA CHECA
215.800,0
250.500,0
2,4
2,3
ROMÉNIA
211.900,0
234.100,0
-3,2
-3,8
SUÉCIA
535.800,0
549.800,0
1,9
2,1
REINO UNIDO
A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |
INDICADORES ECONÓMICOS
54 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
DADOS DA CERTIFICAÇÃO PAÍS
Organismos Oficiais (website)
ALEMANHA
Instituto Alemão para a Normalização – DIN (www.din.de) Organismo de Acreditação - DAKKS (www.dakks.de) Associação Alemã para a Qualidade - OVQ (www.dgq.de)
Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos ISO 9001 (2017) ISO 9001 (2018) ISO 14001 (2017) ISO 14001 (2018) ISO 22000 (2017) ISO 22000 (2018) 64658
47482
12176
8028
416
257
ÁUSTRIA
Instituto Austríaco para a Normalização - ASI (www.on-norm.at) Ministério da Economia, Família e Juventude – Acreditação (www.bmwfj.gv.at) Fundação Austríaca para a Gestão da Qualidade - AFQM (www.qualityaustria.at)
3707
3282
1168
1079
71
72
BÉLGICA
Instituto Belga para a Normalização (www.nbn.be) BELAC - Acreditação (www.belac.fgov.be/intro_nl.htm) Centro Flamengo para a Gestão de Qualidade – VCK (www.vck.be)
3121
3149
1063
1012
148
146
BULGÁRIA
Instituto Búlgaro de Normalização - BDS (www.bds-bg.org) Serviço Búlgaro de Acreditação - BAS (www.nab-bas.bg) Agência Estatal para Vigilância Metrológica e Técnica – SAMTS (www.damtn.government.bg)
5397
5943
1820
1946
261
324
CHIPRE
Organização Cipriota para a Normalização (www.cys.org.cy/default.asp?id=175) Organização Cipriota para a Promoção da Qualidade - Acreditação (www.cys.mcit.gov.cy) Associação Cipriota para a Qualidade - CyAQ
939
727
271
216
213
201
CROÁCIA
Agência de Acreditação Croata (HAA) (http://www.akreditacija.hr/EN) Sociedade Croata para a Qualidade (HDK) Instituto de Normalização Croata (http://www.hzn.hr/default.aspx?id=160)
2381
2343
966
1027
78
59
DINAMARCA
Dansk Standard - Normalização (www.ds.dk) DANAK - Acreditação Dinamarquesa (webtool.danak.dk/english/akkreditering-engelsk) Sociedade Dinamarquesa para a Qualidade – DFK (www.dfk.dk)
2656
2233
1128
1012
107
94
ESLOVÁQUIA
Instituto Eslovaco para a Normalização, Metrologia e Testes - SUTN (www.unms.sk/?slovak-standards-institute) Sistema Eslovaco de Acreditação - SNAS (www.snas.sk) Sociedade Eslovaca para a Qualidade - SSK (http://www.ssk.sk/)
3592
4012
1485
1687
97
95
ESLOVÉNIA
Instituto Esloveno para a Normalização (www.sist.si) Slovenska akreditacija – Acreditação (http://www.slo-akreditacija.si/) Associação Eslovena para a Qualidade e a Excelência - SZKO (http://www.szko.si/)
1720
1710
450
432
18
12
ESPANHA
Associação Espanholade Normalização e Certificação - AENOR (www.aenor.es) Entidade Nacional de Acreditação - ENAC (www.enac.es) Associação Espanhola para a Qualidade – AEC (www.aec.es)
31984
29562
13053
12198
589
585
ESTÓNIA
Centro Estónio para a Normalização - EVS (www.evs.ee) Centro Estónio de Acreditação (www.eak.ee/index_eng.php) Associação Estónia para a Qualidade - EKVA (www.eaq.ee)
1048
1048
562
520
23
19
FINLÂNDIA
Associação Finlandesa para a Normalização - SFS (www.sfs.fi) Serviço Finlandês de Acreditação - FINAS (www.finas.fi)
2644
2524
1480
1467
68
75
FRANÇA
Associação Francesa de Normalização - AFNOR (www.afnor.fr) Comité Francês de Acreditação - COFRAC (www.cofrac.fr) Movimento Francês pela Qualidade - MQF (www.mfq-fc.asso.fr)
21808
21095
6318
6084
622
140
55
PAÍS
Organismos Oficiais (website)
GRÉCIA
Organização Helénica para a Normalização (www.elot.gr) Conselho Helénico de Acreditação - ESYD (www.esyd.gr) Associação Helénica para a Gestão - HMA (www.eede.gr)
7056
6165
1520
1415
2285
1912
HOLANDA
Instituto Holandês de Normalização - NNI (www2.nen.nl) Raad voor Accreditatie, RvA - Acreditação (www.rva.nl)
9991
7841
2739
2181
434
396
HUNGRIA
Instituto Húngaro de Normalização - MSZT (www.mszt.hu) Conselho Húngaro de Acreditação - NAT (www.nat.hu) Comité Nacional Húngaro do EOQ - Qualidade (www.eoq.hu)
5946
6658
2195
2391
160
127
IRLANDA
Autoridade Nacional de Normalização da Irlanda - NSAI (www.nsai.ie) Organismo Nacional Irlandês de Acreditação - INAB (www.inab.ie)
2568
2494
989
957
47
70
ITÁLIA
Centro Nacional Italiano de Normalização (www.uni.com) ACCRETIA - Acreditação (www.accredia.it) Associação Italiana para a Qualidade - AICQ (http://aicqna.com/)
97646
87794
14571
15118
898
937
LETÓNIA
Normalização da Letónia (www.lvs.lv) Serviço Nacional Letão de Acreditação - LATAK (www.latak.lv)
962
894
373
336
43
47
LITUÂNIA
Conselho Lituano de Normalização(www.lsd.lt/en) LA – Acreditação (www.nab.lt)
1289
1468
779
914
34
58
210
253
119
128
3
3
191
176
35
37
3
5
11846
11294
2885
2921
561
7150
6623
1475
1382
332
469
Instituto Luxemburguês de Normalização, Acreditação, LUXEMBURGO Segurança e Qualidade dos Produtos e Serviços - ILNAS (www.ilnas.public.lu/fr/index.html) MALTA
Autoridade Maltesa de Normalização - MAS (www.msa.org.mt) Organização Nacional de Acreditação - NAB (www.nabmalta.org.mt) Câmara do Comércio, Empresas e Indústria de Malta – Qualidade (www.maltachamber.org.mt)
POLÓNIA
Comissão Polaca para a Normalização - PKN Centro Polaco de Acreditação - PCA (www.pca.gov.pl) Centro Polaco para Testes e Certificação – Qualidade - PCBC (www.pcbc.gov.pl/english)
PORTUGAL
Associação Portuguesa para a Qualidade (www.apq.pt) Instituto Português de Acreditação (www.ipac.pt) Instituto Português da Qualidade (www.ipq.pt)
REINO UNIDO
Instituto Britânico de Normalização - BSI (www.bsigroup.com) Serviço de Acreditação do Reino Unido - UKAS (www.ukas.com)
37478
26434
17559
11201
154
301
REPÚBLICA CHECA
Instituto Checo de Acreditação - CAI (www.cia.cz) Departamento Checo para Normalização, Metrologia e Testes - UNMZ (www.unmz.cz) Sociedade Checa para a Qualidade – CSQ (www.csq.cz)
11180
11740
4312
4266
111
147
ROMÉNIA
Associação Romena de Normalização - ASRO (www.asro.ro) Organismo Nacional de Acreditação - RENAR (www.renar.ro) Associação Romena para a Qualidade - ARC (www.arc.ro)
12031
9299
5555
4553
708
653
SUÉCIA
Instituto Sueco de Normalização (www.sis.se) Conselho Sueco para Acreditação e Conformidade (SWEDAC) (www.swedac.se) Associação Sueca para a Qualidade - SFK (www.sfk.se)
5742
3993
6486
3598
64
43
A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |
Fonte: ISO Survey Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados Certificados emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos emitidos ISO 9001 (2017) ISO 9001 (2018) ISO 14001 (2017) ISO 14001 (2018) ISO 22000 (2017) ISO 22000 (2018)
G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
56
Fonte: ISO Survey
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CERTIFICADOS EMITIDOS (ISO 9001 + 14001) País ALEMANHA ÁUSTRIA
2016
2017
2018
75 677
76 834
55 510
5 112
BÉLGICA
4 801
BULGÁRIA CHIPRE CROÁCIA
RANKING DOS PAÍSES DA UE POR NÚMERO DE CERTIFICADOS EMITIDOS (ISO 9001+14001)
4 875
4 361
MAIORES CRESCIMENTOS ANUAIS (Qtd/%) (ISO 9001+14001)
Posição
Posição
2017
2018
País
1
1
ITÁLIA
2
2
ALEMANHA
55 510
BULGÁRIA
672
9,3
4
3
ESPANHA
41 760
ESLOVÁQUIA
613
12,07
3
4
REINO UNIDO
37 635
REP. CHECA
514
3,32
2018 Val. Abs. 102 912
País HUNGRIA
Certificados
%
908
11,5
4 184
4 161
7 775
7 217
7 889
5
5
FRANÇA
27 179
LITUÂNIA
314
15,18
343
1 210
943
7
6
REP. CHECA
16 006
LUXEMBURGO
52
15,81
3 643
3 347
3 370
8
7
POLÓNIA
14 215
CROÁCIA
23
0,69
MALTA
-13
-5,75
BÉLGICA
-23
-0,55
DINAMARCA
3 573
3 784
3 245
6
8
ROMÉNIA
13 852
ESLOVÁQUIA
8 033
5 077
5 690
9
9
HOLANDA
10 022
ESLOVÉNIA
2 309
2 170
2 142
13
10
HUNGRIA
9 049
ESPANHA
48 155
45 037
41 760
11
11
PORTUGAL
8 005
ESLOVÉNIA
-28
-1,29
ESTÓNIA
1 449
1 610
1 568
14
12
BULGÁRIA
7 889
ESTÓNIA
-42
-2,61
4 010
4 124
3 991
10
13
SUÉCIA
7 591
LETÓNIA
-105
-7,87
FRANÇA
30 098
28 126
27 179
12
14
GRÉCIA
7 580
IRLANDA
-106
-2,98
GRÉCIA
8 627
8 576
7 580
15
15
ESLOVÁQUIA
5 690
FINLANDIA
-133
-3,23
16
16
ÁUSTRIA
4 361
CHIPRE
-267
-22,1
ÁUSTRIA
-514
-10,5
17
17
BÉLGICA
4 161
FINLANDIA
HOLANDA
13 003
12 730
10 022
HUNGRIA
8 792
8 141
9 049
IRLANDA
3 323
3 557
3 451
176 798
112 217
102 912
LETÓNIA
ITÁLIA
1 175
1 335
1 230
18
18
FINLANDIA
3 991
LITUÂNIA
1 818
2 068
2 382
20
19
IRLANDA
3 451
PORTUGAL
-620
-7,19
296
329
381
21
20
CROÁCIA
3 370
FRANÇA
-947
-3,37
2 509
226
213
19
21
DINAMARCA
3 245
GRÉCIA
-996
-11,6
15 336
14 731
14 215
23
22
LITUÂNIA
2 382
HOLANDA
-2708
-21,3
8 636
8 625
8 005
22
23
ESLOVÉNIA
2 142
ESPANHA
-3277
-7,28
LUXEMBURGO MALTA POLÓNIA PORTUGAL
POLÓNIA
-516
-3,5
DINAMARCA
-539
-14,2
REINO UNIDO
54 662
55 037
37 635
24
24
ESTÓNIA
1 568
ROMÉNIA
-3734
-21,2
REP. CHECA
14 751
15 492
16 006
25
25
LETÓNIA
1 230
SUÉCIA
-4637
-37,9
ROMÉNIA
18 284
17 586
13 852
26
26
CHIPRE
ITÁLIA
-9305
-8,29
SUÉCIA Total ISO Survey
943
7 489
12 228
7 591
27
27
LUXEMBURGO
381
REINO UNIDO
-17402
-31,6
530 477
460 473
396 333
28
28
MALTA
213
ALEMANHA
-21324
-27,8
57
Em 2017 o Chipre e a Suécia, tinham registado grandes crescimentos para os quais alertamos os leitores do GEC. Pois bem, este ano, verificamos, que ambos, apresentam reduções significativas (-22.1% e -37.7%, respetivamente), corrigindo os valores que tinham suscitado dúvidas. Portugal continua em queda embora mantendo a 11ª posição nos vinte e oito. Perdeu 527 na qualidade e 93 no ambiente. Percentualmente a redução é de 7.19%. A ISO contabiliza para Portugal, na 9001, 6623 e no ambiente 1382 que comparam com 7150 e 1475 em 2017 ou 7 160 e 1476 certificados em 2016. Em 2015, os números tinham sido de 7 498 e 1272 e em 2014 8 006 e 1 321 certificados. Estamos, perante uma redução continuada e com considerável impacto no universo empresarial. Este é um ano em que todas as regiões perdem, sendo a Europa a que mais reduz. Ao contrário dos anos mais recentes, a Ásia, não compensa esta diminuição, essencialmente, porque a China está, igualmente, em queda. A Ásia e a Europa, apresentam o maior número de empresas aderentes a estes normativos pelo que, estando os dois em queda, tínhamos que registar um decréscimo acentuado em 2018. A América, representa uma pequena percentagem a nível mundial, tendo as suas maiores economias no vermelho. Em África, como demos conta, verificamos uma queda nos principais países.
A C E R T I F I C A Ç Ã O N A E U R O PA C O M U N I TÁ R I A |
CONCLUSÃO No conjunto destes vinte e oito estados-membro da comunidade europeia, encontramos na liderança a Itália, como é do conhecimento geral. Segue-se a Alemanha e a Espanha que alcança, novamente, o terceiro posto, relegando a Inglaterra para a quarta posição. A França está a meio da tabela, na mesma posição dos últimos anos. A Roménia passa do sexto para o Oitavo, com uma queda de duas posições na tabela. Com uma subida, encontramos, no sexto lugar, a R. Checa e a Polónia na posição imediata. Em Nono está a Holanda mantendo a posição. Com uma subida de três posições, a Hungria fecha os dez primeiros. Portugal, nos últimos anos está em 11º lugar. Este ano, é seguido pela Bulgária. A Grécia cai duas posições para o 14º lugar. Com queda de três patamares, está a Suécia que se fixa na 13ª posição. Em 2017, foi décima, com uma subida, na altura, de cinco posições. Nos últimos lugares está tudo na mesma sendo ocupados, naturalmente, pelos pequenos países da comunidade. Percentualmente, o destaque, pela negativa, vai para os grandes países que reduzem cerca de trinta por cento com a Inglaterra a liderar as quedas. A Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Espanha perdem, no seu conjunto, mais de cinquenta mil certificados. Pela positiva o Luxemburgo, com 15.81%, e mais cinquenta e dois novos certificados.
Embora a análise anual seja negativa, não deixa de ser verdade que, um número expressivo de empresas, de muitos e diferentes países, utilizam, com sucesso, estas normas no seu dia-a-dia. No entanto, são as economias mais exportadoras como a China, Japão, Itália ou Alemanha que mais as utilizam, como importantes ferramentas de gestão e fator de credibilidade das suas empresas e dos seus produtos/serviços, numa globalizada economia mundial.
58 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
PAÍSES EM DESTAQUE
ÁUSTRIA E BÉLGICA Os dois países em destaque nesta edição 2019 do GEC são a Áustria e a Bélgica. O primeiro aderiu à União Europeia (UE) a 1 de janeiro de 1995 e adotou o euro como moeda oficial, em 2002, deixando para trás o velho xelim. O segundo faz parte dos seis membros fundadores da UE, em 1952, e do grupo de 11 países que deram início, em 1999, à moeda única. Para conhecer melhor cada um destes dois países, as próximas páginas apresentam uma breve caracterização da Áustria e da Bélgica, bem como um perfil económico de cada um. Tendo em conta a linha editorial do GEC, ainda é possível nesta edição analisar a evolução da certificação em cada um dos referidos Estados e conhecer os organismos de certificação existentes em ambos os países.
A
Áustria é um país industrializado altamente desenvolvido que, dada a sua localização, assume uma posição fulcral como centro de distribuição e centro logístico entre o Ocidente e o Oriente. Indústrias de artigos de luxo, alimentar, engenharia de aço, fabrico de veículos são algumas das mais importantes no país, enquanto o sector primário é praticamente inexpressivo. A Áustria destaca-se ainda como um dos melhores clusters para startups a nível internacional,
59
Passou de 3 121 para 3 149, ou seja, mais 28 certificados. No domínio do Ambiente, os dois países desaceleraram. A Áustria acusou menos 89 e a Bélgica menos 51 certificados, totalizando assim 1 079 e 1 012, respetivamente. No que diz respeito à norma da Segurança Alimentar, um país cresceu e o outro diminuiu. As diferenças registadas em 2017 e 2018 são mínimas, mas ainda assim merecem ser assinaladas. A Áustria subiu de 71 para 72 certificados e a Bélgica reduziu de 148 para 146. As diferenças são, de facto, inexpressivas, demonstrando assim que este referencial está estagnado em ambos os países. Na norma 27001, o cenário mantém-se. A Áustria e a Bélgica seguem o mesmo percurso do referencial 22000. O primeiro acumulou mais 11 certificados e contabilizou 157 e o segundo restringiu-se a 94, menos 33 que em 2017. Por último, a norma ISO 5001 registou números bastante diferentes para os dois países. Enquanto a Áustria cresceu, tendo apresentado 237 certificados, a Bélgica encolheu substancialmente. Dos 224 em 2017 passou para 107 em 2018, ou seja, menos 117. No artigo dedicado à Certificação na Europa Comunitária publicado no GEC é possível encontrar gráficos, tabelas e outros elementos que ilustram a realidade tanto da Áustria como da Bélgica.
PA Í S E S E M D E S TA Q U E : Á U S T R I A E B É LG I C A |
segundo a revista Forbes, especialmente Viena, a capital, que se apresenta na dianteira neste tipo de modelo empresarial. À semelhança da Áustria, a Bélgica ostenta também uma economia bem diversificada, apresentando um alto índice de industrialização. Com poucos recursos naturais, o país importa grandes quantidades de matérias-primas, resultando assim numa economia bastante dependente dos mercados europeus e mesmo mundiais. Bruxelas, a capital da Bélgica, assume uma função importante na União Europeia. A cidade, principal centro económico do país, funciona ainda como um importante e notável centro de administração da Europa, onde estão sedeadas um vasto conjunto de instituições europeias, nomeadamente a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu. No que se refere à certificação, o ano de 2018 não foi positivo para a Áustria. De acordo com os dados divulgados pela ISO, este país decresceu substancialmente no referencial da Qualidade. Os certificados atribuídos durante o referido ano foram de 3 282, enquanto em 2017 registaram-se 3 707. Feitas as contas são menos 425 certificados. Um panorama que aconteceu um pouco por toda a Europa. Contudo, a Bélgica fez precisamente o caminho inverso. Os registos indicam que no referencial ISO 9001, o país cresceu, embora de forma pouco expressiva.
60 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
ÁUSTRIA
A
Áustria, oficialmente República da Áustria, situa-se na Europa Central e faz fronteira com a Alemanha, a Eslováquia, a Eslovénia, a Hungria, a Itália, a República Checa, a Suíça e o Principado de Liechtenstein. Constituída por nove Estados Federais, a Áustria é um médio país do continente europeu – conta com uma superfície de 83.870 km2 e apenas 8,8 milhões de habitantes –, mas dispõe, ainda assim, de uma das economias mais industrializadas do mundo, assente em mão-de-obra altamente especializada. Próprio de um país desenvolvido, o peso dos serviços é dominante na economia austríaca – com destaque para o comércio e o turismo –, seguido da indústria. O tecido empresarial é marcado por uma forte presença de pequenas e médias empresas, de um modo geral, do tipo familiar, centradas em mercados de nicho, de elevado valor acrescentado. Cerca de 70% do total das suas trocas comerciais de bens realizam-se com os países da União Europeia, sendo a Alemanha (29%) e a Itália (6,1%) – dada a proximidade geográfica –, os seus principais parceiros comerciais, tanto nas exportações como nas importações. Adicionalmente, os EUA (6,1%) e a Suíça (5,1%) são igualmente outros parceiros comerciais essenciais ao seu desenvolvimento económico, segundo dados divulgados pelo International Trade Centre (ITC), relativos ao ano de 2017. Ainda de acordo com esta mesma fonte e no referido ano, as máquinas e os equipamentos mecânicos (17,7%); as máquinas e os equipamentos elétricos (12,4%) e os automóveis e outros veículos terrestres (9,3%) foram os produtos mais exportados pela Áustria para os referidos países. A Áustria possui das redes de transporte mais desenvolvidas da União Europeia, com uma densa rede ferroviária e rodoviária.
Fruto da sua compartimentação e ao relevo montanhoso do país, o comércio externo depende muito do caminho-de-ferro. Segundo o Relatório de Competitividade Global 2017/2018, publicado pelo Fórum Económico Mundial, a Áustria ocupa o 14º lugar em 137 países em termos de infraestruturas de transporte, mas a aposta futura é investir na diversificação da rede e promover simultaneamente formas de mobilidade mais sustentáveis. Junto às margens do Danúbio, brilha Viena, a capital do país e uma cidade sofisticada e classificada de património da humanidade, que alberga a herança do império Habsburgo nos seus palácios, cafés e nas famosas valsas e óperas. Viena foi também eleita, pelo nono ano consecutivo, como a melhor cidade para se viver no mundo, no ranking da consultora britânica Mercer. O ambiente político, social e económico, a qualidade da educação, dos transportes públicos, da saúde e de outros serviços foram algumas das variáveis que contribuíram para este resultado. De acordo com o Relatório “Doing Business Report 2019”, do Banco Mundial, a Áustria ocupa o 26º lugar do ranking global (numa lista de 190 países) relativamente ao ambiente de negócios, destacando-se nas seguintes áreas: “trading across borders” (1º lugar), “enforcing contracts” (10º lugar) e “resolving insolvency” (21º lugar). DADOS DE CERTIFICAÇÃO ORGANISMOS Austrian Standards International – Standardization and Innovation www.austrian-standards.at Criado em 1920, o Austrian Standards apoia a economia, a administração, a ciência e os consumidores na definição de padrões.
61
Fundação Austríaca para a Gestão da Qualidade – AFQM www.qualityaustria.com Membro da rede IQNET, a Quality Austria surge em 2004 em resultado da fusão de três
PA Í S E S E M D E S TA Q U E : Á U S T R I A E B É LG I C A |
A organização elabora, desenvolve e publica normas nacionais, europeias e internacionais. A Austrian Standards representa a Áustria na padronização internacional dentro da ISO e do CEN.
entidades de referência. As diferentes parcerias que estabeleceu permitem à entidade prestar diversos serviços de certificação de sistemas de gestão, produtos e serviços. Juntamente com o Ministério da Economia, organiza anualmente o Prémio de Excelência. Ministério da Economia e dos assuntos digitais www.bmdw.gv.at
I N FO R M AÇ Õ E S G E R A I S Governo
República federal
Idioma
Alemão
População
8,8 milhões (2018)
Capital (habitantes)
Viena (1,7 Milhões)
Superfície
83.870 km2
Fronteiras
Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Itália, República Checa, Suíça, Liechtenstein
Chefe de Estado
Alexander Van der Bellen
Primeiro-ministro
Sebastian Kurz
Moeda
Euro
Adesão à UE
1 de janeiro de 1995
I N FO R M AÇ Õ E S E C O N Ó M I CA S PIB 2017
369.899,2 (Mil milhões de euros)
PIB 2018
386.093,8 (Mil milhões de euros)
PIB Taxa de Crescimento 2017
2,7%
Inflação média 2017
2,2%
Inflação média 2018
2,1%
Desemprego 2018
4,8%
Principais Exportações 2018
Máquinas e equipamentos mecânicos; máquinas e equipamentos elétricos e automóveis e outros veículos terrestres
Principais Importações 2018
Máquinas e equipamentos mecânicos; máquinas e equipamentos elétricos e automóveis e outros veículos terrestres
Parceiros de Exportação 2018
Alemanha 30%, Itália 6% e EUA 6%
Parceiros de Importação 2018
Alemanha 41%, Itália 6% e Suíça 4%
Principais Indústrias
Indústria alimentar, artigos de luxo, engenharia mecânica e construção de aço, produtos químicos e fabrico de veículos.
Fonte: AICEP e PORDATA
EMPRESAS D E C E R T I F I CAÇ Ã O Bureau Veritas Austria GmbH; SGS Austria Controll-Co. Ges.m.b.H; entre outras.
62 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
BÉLGICA
A
Bélgica ou Reino da Bélgica – como se designa oficialmente – é um pequeno país com uma área de 30.528 Km2 e uma população residente de 11,4 milhões de habitantes. A Alemanha, a França, os Países Baixos e o Luxemburgo são os quatro países que fazem fronteira com a Bélgica e são igualmente os parceiros económicos mais importantes. Atendendo à sua localização geográfica privilegiada – no centro da Europa -, há muito que o país é considerado como a porta de entrada no continente Europeu e uma plataforma para o comércio e o investimento estrangeiro. A economia belga é muito diversificada, apresentando um alto índice de industrialização. Contudo, as três diferentes regiões da Bélgica apresentam especificidades muito concretas. A zona de Flandres, situada a norte, acolhe 58% da população do país, e está muito vocacionada para a indústria petroquímica; na Valónia, a sul, dominam os clusters de aeronáutica e da indústria espacial, das ciências da vida e das biotecnologias, bem como do setor agroalimentar. Em Bruxelas, capital do país e centro das mais prestigiadas instituições europeias e empresas multinacionais, destacam-se os serviços com um peso muito significativo na economia, uma vez que empregam 77,4% da população belga e são responsáveis por 68,8% do PIB nacional. As telecomunicações, a criação de software, o setor farmacêutico e a indústria automóvel são igualmente áreas de grande expressão. Fruto de uma economia fortemente vocacionada para a exportação, o país investiu numa rede extremamente bem desenvolvida de infraestruturas de transporte, inclusive no domínio portuário, sendo o porto de Antuérpia o segundo maior a nível europeu.
O elevado nível de competitividade do país, posicionando-se nos primeiros 25 mercados mais competitivos do mundo, segundo o The Global Competitiveness Index 4.0 2018, e a 45ª posição alcançada no ranking global dos 190 países analisados no Doing Business 2019, no que se refere à facilidade de fazer negócios, fazem da Bélgica um país apetecível ao investimento estrangeiro. Ainda segundo o mesmo documento, o país destaca-se em primeiro lugar no “Trading Across Borders” e em oitavo lugar no item “Resolving Insolvency”. Os próximos anos mantêm-se promissores para o fortalecimento e dinamização das fontes de receita do país. A diversificação do comércio internacional com Estados fora da União Europeia está cada vez mais diligente e tudo indica que as parcerias com empresas sedeadas em novos mercados vão mesmo intensificar-se. A Bélgica faz parte do grupo de países fundadores da União Europeia, em 1952, à semelhança da Alemanha, da França, da Itália, dos Países Baixos e do Luxemburgo. Dos 28 países da UE, apenas 19 adotaram a moeda oficial, o Euro, e a Bélgica faz parte do grupo de 11 países que deram início, em 1999, à moeda única. DADOS DE CERTIFICAÇÃO ORGANISMOS Instituto Belga para a Normalização www.nbn.be É a entidade responsável pelo desenvolvimento e venda de padrões na Bélgica. Juntamente com outros operadores do setor também atua como centro de conhecimento belga de todas as atividades relacionadas com a padronização.
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BELAC – Acreditação www.belac.fgov.be/intro_nl.htm É o único organismo de acreditação da Bélgica desde 2006 e tem como função reconhecer a competência técnica dos laboratórios e
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O Instituto tem ainda a responsabilidade de divulgar e disseminar o uso de padrões junto das empresas, dos consumidores, das diferentes entidades públicas e de outras partes interessadas.
outros agentes de acordo com os referenciais internacionais. Centro Flamengo para a Gestão da Qualidade – VCK www.vck.be O VCK tem como propósito promover e divulgar os conhecimentos teóricos e práticos no domínio da Qualidade na Bélgica. É também a entidade responsável pela organização do Congresso da Qualidade no país.
I N FO R M AÇ Õ E S G E R A I S Governo
Parlamentar Federal (Monarquia Constitucional)
Idioma
Francês, Neerlandês (flamengo) e Alemão
População
11,4 milhões (2018)
Capital (habitantes)
Bruxelas (2,0 Milhões)
Superfície
30.528 km2
Fronteiras
Alemanha, França, Luxemburgo, Países Baixos
Chefe de Estado
Rei Phillipe
Primeiro-ministro
Charles Michel
Moeda
Euro
Adesão à UE
1 de janeiro de 1958
I N FO R M AÇ Õ E S E C O N Ó M I CA S PIB 2017
439.051,9 (Mil milhões de euros)
PIB 2018
450.505,7 (Mil milhões de euros)
PIB Taxa de Crescimento 2018
1,4%
Inflação média 2017
2,2%
Inflação média 2018
2,3%
Desemprego 2018
5,9%
Principais Exportações
Veículos automóveis e outros veículos terrestres; produtos farmacêuticos e combustíveis e óleos minerais.
Principais Importações
Veículos automóveis e outros veículos terrestres, combustíveis e óleos minerais e produtos farmacêuticos.
Parceiros de Exportação 2018
Alemanha 18%, França 14% e Países Baixos 12%
Parceiros de Importação 2018
Países Baixos 18%, Alemanha 13% e França 9%
Principais Indústrias
Fabrico de produtos de engenharia e de metal, montagem de veículos, equipamentos de transporte e fabrico de instrumentos científicos.
Fonte: AICEP e PORDATA
EMPRESAS D E C E R T I F I CAÇ Ã O Bureau Veritas Belgium; DNV GL Belgium; DQS Belgium BVBA; SGS Belgium; TÜV Rheinland Belgium; entre outras.
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EFQM 2020 UM MODELO DE EXCELÊNCIA AJUSTADO AOS TEMPOS ATUAIS E FUTUROS
A última versão do Modelo de Excelência da EFQM remonta a 2013. Face às atuais megatendências globais e seus reflexos futuros, produzidos pela globalização, volatilidade dos contextos, transformação digital ou pela sustentabilidade, a European Foundation for Quality Management (EFQM) sentiu a necessidade de rever o modelo e de incentivar a sua utilização por parte das organizações. A elaboração do Modelo EFQM 2020 envolveu, de forma participada e dinâmica, as mais diversas partes interessadas, tendo a sua apresentação ocorrido em outubro de 2019 no Fórum da EFQM.
A
utilização dos modelos de excelência empresarial ganhou notoriedade na última década do século XX, com benefícios para as organizações que os adotaram (Dahlgaard et al., 2013). O Modelo de Excelência da EFQM foi então amplamente divulgado internacionalmente e, até novembro de 2019, mais de 30.000 organizações europeias e de outros continentes tinham utilizado este modelo para o seu desenvolvimento organizacional (EFQM, 2019). Do ponto de vista académico, os estudos comprovaram a robustez das ligações entre os diversos critérios do Modelo de Excelência da EFQM e o seu valor para as organizações que o adotam (Heras-Saizarbitoria et al., 2012). O Modelo EFQM é uma estrutura reconhecida mundialmente, que apoia organizações na gestão de alterações e melhoria do desempenho, tendo sido objeto de diversos ciclos de melhoria ao longo dos anos para garantir que não só continua relevante, mas que continua também a definir a agenda de gestão para qualquer organização que deseje um futuro sustentável de longo prazo.
ESPECIFICIDADES DA NOVA VERSÃO 2020 O Modelo EFQM 2020 visa ajudar as organizações a obter mudanças bem-sucedidas e duradouras, com mais agilidade, levando-as a transformarem-se, adaptarem-se e criarem mais valor sustentável. Embora o conteúdo específico e a identidade visual do Modelo EFQM possam ter mudado ao longo do tempo, o que não mudou foram os princípios subjacentes nos quais assenta. Independentemente do tamanho da organização ou do sector a que pertence – público, privado ou terceiro sector –, estes princípios são tão importantes hoje como sempre o foram. Esta última edição do Modelo EFQM não difere desses princípios, pois continua a enfatizar a importância da primazia do cliente, da necessidade de adotar uma visão de longo prazo, centrada no stakeholder, e de compreender as relações de causa e efeito entre o porquê de uma organização fazer algo, como o faz e o que alcança em resultado das suas ações.
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A elaboração do Modelo EFQM 2020 envolveu as mais diversas partes interessadas (stakeholders) duma forma participada e dinâmica. Este processo teve como base alguns princípios-chave, tais como: utilizar uma linguagem simples que possa ser compreendida pela generalidade dos utilizadores (incluindo as PMEs); manter a universalidade do modelo a qualquer tipo de organização; enfatizar os novos modelos de liderança mais colaborativos e menos hierárquicos; refletir as necessidades atuais e futuras das diversas partes interessadas; disponibilizar uma metodologia para medir as mudanças esperadas e reais, seja na transformação digital, na cultura ou na sustentabilidade. Mais do que sistemas, procedimentos ou tecnologia, o modelo colocará as pessoas em primeiro lugar para lidar com as competências organizacionais em ambientes de transformação e rutura. Temas como a responsabilidade social, o combate às alterações climáticas e à escassez de recursos, a inovação, a cocriação e a economia digital estarão inscritas no ADN do modelo. O Modelo EFQM 2020 mantém a orientação multistakeholder e o balanceamento e a coerência entre os meios e os resultados, mas a abordagem é mais focada e holística, sem recorrer a formatações restritivas que dificultem a sua implementação ao nível de cada organização. O modelo é suportado por ferramentas baseadas em tecnologias de informação, que facilitarão a sua aplicação e o processo de avaliação. Embora o reconhecimento externo continue a ser uma importante fonte de inspiração e aprendizagem, passa a ser dado mais ênfase ao Modelo EFQM 2020 como motor do desenvolvimento próprio de cada organização (motivação interna), em vez da avaliação externa para efeitos de reconhecimento (motivação externa).
LUÍS FONSECA • Professor do ISEP - P. Porto (Gestão e Engenharia Industrial) luismiguelcfonseca@gmail.com http://pt.linkedin.com/in/luismiguelciravegnafonseca PERFIL • PhD, ASQ Fellow • Vice-Presidente da Direção da APQ • Exerceu as funções de Vice-presidente da rede IQNet e de Assessor e Diretor Geral da APCER. • Desempenhou ainda funções de Administração, Gerência, Engenharia, Planeamento da Produção, Controlo do Processo e Gestão da Qualidade em diversas multinacionais e PMEs nacionais.
E FQ M 2 0 2 0 – U M M O D E LO D E E X C E L Ê N C I A A J U S TA D O A O S T E M P O S AT U A I S E F U T U R O S |
Após a sua última edição, ocorrida em 2013, a EFQM sentiu a necessidade de rever o modelo com o objetivo de o ajustar às atuais megatendências globais, tais como, a globalização, a volatilidade dos contextos, a transformação digital e a sustentabilidade. Pretende-se, ainda, encorajar mais pessoas e organizações a utilizar o Modelo EFQM como metodologia de diagnóstico e de gestão para impulsionar a mudança e alcançar excelentes resultados. Adicionalmente, a EFQM e os seus Parceiros Nacionais, entre os quais a Associação Portuguesa para a Qualidade (APQ), mantêm programas de reconhecimento para as organizações que, quando avaliadas em função dos critérios do seu modelo, conseguem demonstrar um desempenho sustentável excecional.
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O Modelo EFQM 2020, tal como os seus predecessores, reconhece a existência de um conjunto de valores europeus, expressos na Carta dos Direitos Fundamentais da UE, na Convenção Europeia sobre os Direitos do Homem, na Diretiva da União Europeia 2000/78/ /CE e na Carta Social Europeia. Adicionalmente, reconhece o papel que as organizações podem desempenhar no apoio aos objetivos das Nações Unidas, enquanto estes objetivos também ajudaram a estruturar a última edição do Modelo EFQM: • O Pacto Global das Nações Unidas (2000). Dez princípios para negócios sustentáveis e socialmente responsáveis. https://www.unglobalcompact.org • Os 17 Objetivos das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. São um apelo à ação de todos os países para promover a equidade social, boa governança e prosperidade, protegendo o planeta. ttps://www.un.org/sustainabledevelopment/ h sustainable-development-goals/
Existe a presunção e expectativa de que qualquer organização que utilize o Modelo EFQM respeitará e atuará sobre a essência das mensagens contidas nas referências acima, independentemente da existência ou não de uma obrigação legal que as imponha. ESTRUTURA E CRITÉRIOS DO MODELO A estrutura do Modelo EFQM (ver Figura 1) é baseada numa lógica simples, mas poderosa, que visa responder a três perguntas: • A Direção (o porquê) – Por que é que a organização existe, qual o seu propósito? Quais são os seus objetivos? E qual a sua estratégia, liderança e cultura organizacionais? • A Execução (a criação de valor) – Qual o envolvimento com os stakeholders, como é gerado o valor sustentável e maximizado o desempenho? Como pretende cumprir os seus objetivos e estratégia? • Os Resultados (o que se alcança no presente e no futuro) – Quais são os resultados da perceção pelas partes interessadas? O que conseguiram até agora? O que desejam alcançar no futuro?
O Modelo EFQM 2020 compreende sete critérios e o seu fio condutor fundamental mostra a lógica da interligação entre o propósito e a estratégia de uma organização e como esta é utilizada para criar valor sustentável para os seus principais stakeholders e gerar resultados extraordinários (EFQM, 2019): • Critério 1: Propósito, Visão e Estratégia (1a: Definir o Propósito e a Visão; 1b: Identificar e Compreender as Necessidades dos Stakeholders; 1c: Compreender o Ecossistema, as Capacidades Próprias e os Maiores Desafios; 1d: Desenvolver a Estratégia; 1e: Conceber e Implementar um Sistema de Gestão de Desempenho e Governança); • Critério 2: Cultura Organizacional e Liderança (2a: Conduzir a Cultura da Organização e Nutrir Valores; 2b: Criar Condições para Realizar Alterações; 2c: Possibilitar a Criatividade e a Inovação; 2d: Unir-se e Empenhar-se no Propósito, Visão e Estratégia); • Critério 3: Envolvimento dos Stakeholders (3a: Clientes: Construir Relações Sustentáveis; 3b: Pessoas: Atrair, Envolver, Desenvolver e Reter; 3c: Stakeholders de Negócio e de Governo: Garantir e Manter o Apoio Contínuo; 3d: Sociedade: Contribuir para o Desenvolvimento, Bem-estar e Prosperidade; 3e: Parceiros e Fornecedores: Construir Relações e Garantir o Suporte para a Criação de Valor Sustentável); • Critério 4: Criação de Valor Sustentável (4a: Conceber o Valor e Como é Criado; 4b: Comunicar e Vender o Valor; 4c: Fornecer o Valor; 4d: Definir e Implementar a Experiência Global);
FIGURA 1 Modelo EFQM 2020 APPROACH | DEPLOYMENT | ASSESSMENT & REFINEMENT
| CH OA PR AP
NT | ASSESSME NT & LOYME DEP REF INE ME NT
PURPOSE, VISION & STRATEGY
• Critério 7: Desempenho Estratégico e Operacional (Indicadores de Desempenho Estratégico e Operacional podem incluir, entre outros: Resultados alcançados no cumprimento do seu Propósito e na Criação de Valor Sustentável; Desempenho financeiro; Cumprimento das Expectativas dos Stakeholders Chave; Realização de Objetivos Estratégicos; Resultados Alcançados na Condução do Desempenho; Resultados Alcançados na Condução da Transformação; Medidas Preditivas para o Futuro).
ORGANISATIONAL CULTURE & LEADERSHIP
DIRECTION
ORGANISATION
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DRIVING PERFORMANCE & TRANSFORMATION
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Fonte: EFQM, 2019
SSM SE
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CREATING SUSTAINABLE VALUE
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STRATEGIC & OPERATIONAL PERFORMANCE
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complexo, mas ao mesmo tempo organizado. As organizações que adotem a abordagem de avaliação do Modelo EFQM utilizam a lógica do RADAR para quantificar a respetiva pontuação.
YM
• C ritério 6: Perceções dos Stakeholders (Resultados da Perceção dos Clientes, das Pessoas, de Stakeholders de Negócios e de Governo, da Sociedade, de Parceiros e Fornecedores, etc.);
O uso do Modelo EFQM 2020 permite contemplar a organização como um todo, adotar uma perspetiva holística e global na compreensão de que se trata de um sistema
LO
•C ritério 5: Condução do Desempenho e da Transformação (Critério parte 5a: Conduzir o Desempenho e Gerir o Risco; 5b: Transformar a Organização para o Futuro; 5c: Conduzir a Inovação e Recorrer à Tecnologia; 5d: Incentivar os Dados, Informações e Conhecimento; 5e: Gerir Bens e Recursos);
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Através da ferramenta RADAR qualquer organização que adote o Modelo EFQM pode gerir melhor a sua maneira atual de trabalhar, diagnosticando os seus pontos fortes e as oportunidades de melhoria, com a lógica subjacente que uma organização precisa de: • Determinar os Resultados que espera alcançar como parte da sua estratégia; • Dispor de uma série de Abordagens que fornecerão os resultados pretendidos, agora e no futuro; • Desdobrar essas abordagens de forma adequada; • Avaliar e Refinar as abordagens implementadas para aprender e melhorar. Para ajudar a fornecer uma análise mais robusta, os elementos RADAR estão divididos em vários Atributos e a cada Atributo está associada uma descrição que desenvolve o significado e o que a organização deve ser capaz de demonstrar claramente. A natureza estratégica do Modelo EFQM, combinada com o seu foco no desempenho operacional e orientação para os resultados, faz dele a estrutura ideal para testar a coerência e o alinhamento das ambições de uma organização para o futuro, com referência às suas formas atuais de trabalhar e à sua resposta a desafios e pontos fracos. Utilizá-lo constitui uma oportunidade de observar o panorama completo, adotar a perspetiva holística e perceber que uma organização é ao mesmo tempo um sistema complexo, mas organizado. Assim, como o mundo em geral, uma organização não deve ser vista como sendo li-
near, mecânica e previsível, mas sim melhor compreendida como um sistema adaptativo complexo e composto de seres humanos interdependentes num mundo dinâmico e vivo. O Modelo EFQM está orientado para ajudar as organizações a obterem o sucesso, medindo onde se encontram e indicando o caminho para a criação de valor sustentável, identificando e compreendendo os gaps existentes, com vista a encontrar soluções e melhorar significativamente o rendimento das organizações. O Modelo EFQM 2020 não renega o de 2013, antes evolui para uma nova dimensão ajustada aos tempos presentes e futuros. O Modelo de Excelência da EFQM apoia as organizações no seu caminho para a excelência, levando em consideração todos os seus stakeholders e tem abordagens diferentes e propósitos diferentes do das normas ISO de Sistemas de Gestão, tais como, a ISO 9001:2015 (Gestão da Qualidade), a ISO 14001:2015 (Gestão Ambiental) ou a ISO 45001:2018 (Gestão da Saúde e Segurança). No entanto, ambos partilham princípios comuns e, na prática, muitas organizações combinam as duas abordagens, havendo evidência que as organizações com Sistemas de Gestão ISO 9001 certificados demonstram uma melhoria na pontuação obtida nas avaliações com o Modelo EFQM, à medida que os seus sistemas de gestão da qualidade vão evoluindo na melhoria e maturidade (Fonseca, 2015). A combinação do Modelo EFQM 2020 com as recentes versões das normas ISO de Sistemas de Gestão poderá reforçar uma abordagem de gestão orientada para o futuro, focada nos stakeholders, na inovação, na gestão do risco e na melhoria, bem como num mundo mais sustentável que proporcione uma vida melhor para todos. Fica aqui o desafio às organizações que constam do Guia de Empresas Certificadas para fazerem esta viagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Fonseca, L.M. (2015). Relationship between ISO 9001 certification and EFQM Business Excellence Model results. QUALITY INNOVATION PROSPERITY / KVALITA INOVÁCIA PROSPERITA, 19(1), 85-102; DOI: http://dx.doi. org/10.12776/qip.v19i1.556. • Heras-Saizarbitoria, I., Marimon, F. & Casadesús, M. (2012). An empirical study of the relationships within the categories of the EFQM model, Total Quality Management & Business Excellence, 23:5-6, 523-540, DOI: 10.1080/14783363.2012.669541. • Dahlgaard, J.J., Chen, C.K. , Jang, J.-Y., Banegas, L.A., & Dahlgaard-Park, S.M. (2013). Business excellence models: limitations, reflections and further development, Total Quality Management & Business Excellence, 24:5-6, 519-538, DOI: 10.1080/14783363.2012.756745. • The EFQM Model. EFQM. 2019. EFQM. Brussels, Belgium. ISBN: 978-90-5236-845-0. • Fonseca, L. (2019). Editorial. Revista Qualidade – Associação Portuguesa para a Qualidade. Edição 1. Ano XLVIII. ISSN 0870-6743.
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ISO/IEC 27701:2019 UMA NORMA PARA A GESTÃO DA PRIVACIDADE DA INFORMAÇÃO
Publicada em agosto de 2019, a ISO/IEC 27701:2019 vem permitir a implementação de um sistema de gestão da privacidade e proteção dos dados pessoais. Embora necessite de adaptação ao contexto legal específico de cada organização para responder por completo às exigências introduzidas pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), esta nova norma pode apoiar as organizações na sua tarefa de conformidade com o RGPD. Assente no modelo da já bem conhecida norma ISO/IEC 27001, a nova ISO/ /IEC 27701:2019 vem adicionar àquela quer requisitos quer controlos específicos relativos à privacidade. Em caso de certificação, esta sua especificidade torna necessária a certificação também pela ISO/IEC 27001.
O
RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados) entrou em vigor em 2016 para ser aplicado em toda a União Europeia (UE) dois anos depois (a partir de 25 de maio de 2018) e, desde então, tem-se assistido a uma multiplicidade de abordagens para endereçar as muitas implicações práticas a que o cumprimento do RGPD obriga, sobretudo em organizações que processam elevados volumes de dados pessoais ou dados de categorias especiais, como é o caso, por exemplo, dos dados de saúde. No entanto, o que se constata frequentemente é que algumas dessas abordagens aplicam metodologias de eficácia duvidosa ou pouco eficientes, muitas vezes porque não recorrem a boas práticas já existentes que podem e devem ser utilizadas para endereçar os efeitos do RGPD, por simples desconhecimento, informação errónea ou simplesmente porque "o nosso caso é especial, é diferente".
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OBJETIVOS E VANTAGENS DA NORMA Resumidamente, o que esta nova norma possibilita é a implementação de um sistema de gestão baseado em processos, como outras normas mais conhecidas (p.ex. ISO 9001 para a gestão da qualidade), mas neste caso para a gestão da privacidade e proteção dos dados pessoais, que assenta sobre o já muito testado e divulgado modelo da norma ISO/ /IEC 27001 ”Information security management systems – Requirements”, acrescentando-lhe o que é necessário para operacionalizar um conjunto de princípios fundamentais para a gestão da privacidade (que o RGPD também segue), neste caso baseados na norma ISO/ /IEC 29100 "Privacy framework". A ISO/IEC 27701 inspira-se também noutras normas pré-existentes, com destaque para a ISO/IEC 29134 "Guidelines for privacy impact assess ment" e ISO/IEC 29151 "Code of practice for personally identifiable information protection", para além de também referenciar outras normas relevantes. A relação da ISO/IEC 27701 com as ISO/IEC 27001 e 27002 é óbvia, porque a segurança da informação (neste caso, da informação pessoal) é obviamente indispensável para a privacidade, razão pela qual o RGPD contempla também explicitamente a segurança da informação no seu Art.º 32º “Segurança do tratamento”. Mas não é só por isso: o modelo de gestão da ISO/ /IEC 27001 centra-se num processo que avalia os riscos que podem comprometer a informação, seguido da aplicação de “controlos” (que o RGPD designa “medidas técnicas e organizativas”) para minimizar esses riscos “q.b.”, ou seja, os recursos para tratar os riscos são aplicados apenas na medida do necessário e onde sejam mais prioritários, aumentando assim a eficiência do sistema.
LUÍS AZEVEDO • Membro da Direção do itSMF Portugal, responsável do Organismo de Normalização Sectorial para as TIC. luis.azevedo@certibest.com PERFIL • Fundador e consultor de melhores práticas e conformidade na CERTIBEST. • Auditor de certificação e formador de auditores na APCER. • M embro de Comissões Técnicas nacionais que acompanham os Subcomités internacionais e de Comités Técnicos europeus. • M estrado em gestão de sistemas de informação e diversas certificações profissionais em segurança da informação, gestão e governação de serviços de TI e gestão de projetos. • F ormador qualificado pelo IEFP, Axelos, BSI, PECB, IRCA e TÜV-SÜD.
I S O / I E C 2 7 7 0 1 : 2 0 1 9 – U M A N O R M A PA R A A G E S TÃ O D A P R I VA C I D A D E D A I N FO R M A Ç Ã O |
É claro que cada caso tem as suas especificidades, mas as melhores práticas das normas e modelos internacionais em geral, além de resultarem do consenso de especialistas e de serem testadas por inúmeras pessoas, em diferentes contextos e geografias, são concebidas para serem ajustadas a cada caso ao serem aplicadas. Vendo bem, relativamente a princípios fundamentais, o RGPD nem sequer é assim tão novo, pois a problemática da gestão da privacidade e da proteção dos dados pessoais é há muito conhecida, existindo países onde a legislação neste domínio já era muito exigente antes do RGPD. É certo que o RGPD introduz algumas diferenças importantes, mas sobretudo acrescenta um fator muito relevante: a maior possibilidade de multas elevadíssimas em determinadas situações de incumprimento. Ou seja, o problema em si e a forma de o resolver não mudaram significativamente, o que mudou substancialmente foi a potencial penalização caso o problema não seja resolvido de forma eficaz. E, já agora, se a solução também for eficiente, requerendo menos recursos, vantagens terá para a organização. Foi com este enquadramento em mente que um grupo de especialistas do Comité Técnico Conjunto JTC 1 da ISO/IEC (International Organization for Standardization/International Electrotechnical Commission) desenvolveu a nova norma ISO/IEC 27701 "Extension to ISO/ /IEC 27001 and ISO/IEC 27002 for privacy information management – Requirements and guidelines", publicada em agosto de 2019. Inicialmente fora designada como ISO/IEC 27552, tendo mantido esta designação desde 2016, durante as várias fases do seu desenvolvimento, até ter sido "rebatizada" ISO/IEC 27701 pouco antes da publicação final.
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• Requisitos adicionais para a análise do contexto da organização, para a identificação das partes interessadas e seus requisitos e para a avaliação e tratamento dos riscos específicos relativos à privacidade; • Controlos específicos para a privacidade, adicionais aos controlos do Anexo A da ISO/ /IEC 27001, divididos em dois conjuntos, um destinado aos Responsáveis pelo Tratamento e o outro aos “Subcontratantes”.
Mas, para além de requisitos certificáveis, a ISO/IEC 27701 inclui também orientações para a implementação e melhoria dos seus próprios controlos específicos para a privacidade para Responsáveis pelo Tratamento e “Subcontratantes”. Em simultâneo, como o próprio nome indica, a ISO/IEC 27701 é também uma extensão à ISO/IEC 27002 “Code of practice for information security controls”, ou seja, a ISO/ /IEC 27701 também inclui orientações de privacidade (adicionais às da ISO/IEC 27002) para os controlos do Anexo A da ISO/IEC 27001.
SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO DE PRIVACIDADE
REQUISITOS CERTIFICÁVEIS
REQUISITOS ADICIONAIS À ISO/IEC 27001 A ISO/IEC 27701 funciona, assim, como uma extensão certificável, com requisitos adicionais para a ISO/IEC 27001, nomeadamente:
Desta forma, as organizações que pretendam obter uma certificação ISO/IEC 27701 irão também necessitar de obter uma certificação ISO/IEC 27001.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
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Este modelo revela-se muito adequado para a gestão da privacidade, pois, também aqui, é necessário avaliar os riscos que (neste caso) podem ter impacto sobre os dados pessoais e assim comprometer os princípios de privacidade (os tais que o RGPD também segue), ou seja, endereça os riscos que podem, por exemplo, colocar em causa o consentimento dos titulares, a licitude dos tratamentos, a minimização da recolha, da utilização, da retenção e da divulgação dos dados, entre outros. Acresce que a base do modelo (estrutura) do sistema de gestão da ISO/IEC 27001 é comum a outras normas de requisitos publicadas desde 2012, como a ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (Ambiente), ISO 22301 (Continuidade de Negócio) e a mais recente ISO/IEC 20000-1 (Gestão de Serviços), entre outras. Isto significa que se trata de um modelo já muito maduro e amplamente utilizado, com possibilidade de certificação acreditada, se pretendido ou necessário.
Sistema de Gestão de Segurança da Informação (27001 + 27002)
Extensão para Gestão de Privacidade (27701)
• 27001: Requisitos para o sistema de gestão (incluindo gestão dos riscos) de segurança da informação
• Requisitos específicos de privacidade adicionais para a 27001
• 27001 – Anexo A: Objetivos de controlo e controlos de segurança da informação
• Objetivos de controlo e controlos específicos adicionais para a privacidade, para Responsáveis pelo Tratamento e "Subcontratantes"
• 27002: Orientações para implementação e melhoria dos controlos de segurança da informação da 27001
• Orientações de privacidade adicionais às da 27002 para implementação e melhoria dos controlos de segurança da informação • Orientações para implementação e melhoria dos controlos específicos de privacidade da 27701, para Responsáveis pelo Tratamento e "Subcontratantes"
73
No entanto, a norma ISO/IEC 27701 não é adequada, pelo menos por si só, para dar resposta às certificações previstas no RGPD, conforme esclarecem as orientações do European Data Protection Board (EDPB): as certificações previstas no RGPD deverão obedecer aos requisitos para certificação de “produtos, processos e serviços” (regidos pela norma ISO/IEC 17065), enquanto que as certificações ISO/IEC 27701 (como a ISO/IEC 27001, ISO 9001, etc.) obedecem aos requisitos para “sistemas de gestão” (regidos pela norma ISO/IEC 17021-1).
Mesmo assim, é expectável que as certificações de “produtos, processos e serviços” previstas no RGPD sejam mais difíceis de atingir e mais dispendiosas, podendo não ser relevantes para muitas organizações, pelo que a certificação ISO/IEC 27701 deverá ser adotada por muitas organizações para atestar a conformidade do seu sistema de gestão com o RGPD, inclusive por organizações que em simultâneo procurem também as “tais” certificações de “produtos, processos e serviços” previstas no RGPD. Seja como for, uma coisa é certa: a ISO/ /IEC 27701 é desde já um instrumento muito valioso para apoiar a preparação das organizações na conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados.
I S O / I E C 2 7 7 0 1 : 2 0 1 9 – U M A N O R M A PA R A A G E S TÃ O D A P R I VA C I D A D E D A I N FO R M A Ç Ã O |
Embora já existam entidades certificadoras a realizar auditorias de conformidade com a ISO/IEC 27701, emitindo certificados próprios, que em alguns casos não deixam de ter valor e credibilidade, estas ainda não são certificações acreditadas como as da ISO/IEC 27001, ISO 9001, etc., porque a ISO ainda está a trabalhar nos requisitos específicos para as certificações ISO/IEC 27701, após o que o esquema da certificação terá que ser aprovado pelo International Accreditation Forum (IAF) e, depois, terá que ser implementado pelos organismos acreditadores nacionais (em Portugal, o Instituto Português de Acreditação – IPAC). A própria BSI (British Standards Institution) esteve muito envolvida no desenvolvimento da ISO/IEC 27701 e reconhece que será importante para a confiança entre mercados diferentes que as organizações que operam em vários países possam obter uma certificação única credível em todos eles, e que será obviamente preferível que as certificações nacionais sigam uma base comum pelas mesmas razões. No caso do Reino Unido, existe há vários anos uma certificação de proteção de dados segundo a norma BS 10012, que foi atualizada após a publicação do RGPD e mais recentemente para refletir o novo UK Data Protection Act. Todavia, trata-se de uma certificação específica de acordo com o enquadramento legal do Reino Unido.
74 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
ISO 45001 NOVO REFERENCIAL INTERNACIONAL DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO A norma ISO 45001 foi publicada em março de 2018. Trata-se do primeiro referencial internacional no domínio dos Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST). Com esta publicação a ISO proporciona à comunidade internacional um referencial para os SGSST em linha com os consagrados referenciais para a área da Qualidade (ISO 9000) e para o Ambiente (ISO 14000). A ISO 45001 sucede ao referencial OHSAS 18001, que obteve um significativo sucesso internacional tanto no aspeto da utilização como no da distribuição geográfica.
A
té à publicação da norma ISO 45001:2018 registou-se uma evolução muito significativa neste âmbito. Não obstante as decisões da ISO de não desenvolver uma normalização para a Segurança e Saúde no Trabalho (SST) paralela à existente para a Qualidade (sistema ISO 9000) e o Ambiente (sistema ISO 14000), tiveram lugar, designadamente no Reino Unido, iniciativas para dotar os agentes económicos com esse tipo de ferramenta. Desde meados da década de 90 assistiu-se a uma evolução marcada pela sucessiva publicação da BS 8800 (1996), então como um Guia que aproveitava a experiência de implementações de SGSST desde 1991, identificadas em publicações específicas do Health and Safety Executive.
Este Guia evoluiu, assumindo a forma de especificação, a OHSAS 18001 (1999). Não obstante a relevância reconhecida mesmo internacionalmente, estes referenciais apresentavam algumas insuficiências designadamente no plano terminológico e na vertente saúde no contexto da SST. Assim, aquela instituição soube manter uma contínua evolução técnica que deu origem ao aparecimento de uma revisão da BS 8800 (em 2004) e mais recentemente da própria OHSAS 18001 (2007, Julho). Esta constante e marcada evolução foi acompanhada por outras iniciativas, designadamente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sob a forma do Guia ILO-OSH (2001). Este Guia, de formulação substantivamente diferente, teve aceitação significativa nalgumas zonas do globo, das quais ressalta o Japão, cujos agentes económicos terão adotado este referencial de forma alargada, aliás, com o apoio das instâncias administrativas japonesas. Na nossa opinião, o Guia da OIT não representa qualquer inovação relativamente aos referenciais atrás identificados, podendo conduzir, pela forma como está redigido, a abordagens muito simplistas no âmbito da gestão do risco (Quadro 1). DESENVOLVIMENTO E COMPOSIÇÃO DA ISO 45001 A ISO 45001 foi desenvolvida pelo Comité de Projeto ISO/PC 283 entre fevereiro de 2013 e março de 2018, um período que se prolongou por cinco anos e que inicialmente foi previsto para decorrer em apenas três anos. A ISO 45001 desenvolve-se em dez secções, sendo sete destas as constituídas por requisitos, e inclui um anexo, este de caráter informativo. O Quadro 2 identifica as dez secções que constituem a ISO 45001:2018.
a)
75
ANO (EDIÇÃO)
DOCUMENTO
TIPO
1996 (1)
BS 8800
Guia
1999 (1)
OHSAS 18001
Especificação
2000 (1)
OHSAS 18002
Linhas de orientação para implementação
2001
ILO – OSH
2001 (1)
NP 4397
Guia
2004 (1)
NP 4410
Linhas de orientação para implementação
2004 (2)
BS 8800
Guia
Norma
2007 (2)
OHSAS 18001
Especificação
2008 (2)
OHSAS 18002
Linhas de orientação para implementação
2008 (2)
NP 4397
2010 (2)
prNP 4410
Norma Linhas de orientação para implementação (a)
projeto de norma não publicado
QUADRO 2 Secções da ISO 45001 SECÇÃO
PERFIL • Licenciatura em Engenharia Mecânica, Especialização em Engenharia da Qualidade e MSc em Safety Engineering. • Atualmente Business Development, ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, tendo sido responsável pelo Centro de Segurança do ISQ entre 1990 e 2005.
DESIGNAÇÃO
1
Objetivo e campo de aplicação
2
Referências normativas
3
Termos e definições
4
Contexto da organização
5
Liderança e participação dos trabalhadores
6
Planeamento
7
Suporte
8
Operacionalização
9
Avaliação do desempenho
10
Melhoria
Anexo A
JOÃO CARLOS COSTA • Presidente da CT 42 – SST
Linhas de orientação para a utilização deste documento
• Presidente da SC 2 – Exposição Ocupacional e da SC 4 – Sistemas de Gestão da CT 42 desde 2000. • Entre 2002 e 2010 foi perito da Comissão Europeia (TAIEX) nos domínios da Segurança dos Produtos e da Segurança e Saúde do Trabalho. • Desde 2011 é Elemento de ligação do ONS/ISQ com o IPQ.
I S O 4 5 0 0 1 – N O V O R E F E R E N C I A L I N T E R N A C I O N A L D O S S I S T E M A S D E G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O T R A B A L H O |
QUADRO 1 Referenciais de Sistemas de Gestão da SST
76 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
BREVE ANÁLISE DOS REQUISITOS DA ISO 45001 Contexto da organização (secção 4) Esta secção desdobra-se por três subsecções: • Compreender a organização e o seu contexto, pela qual a organização deve determinar as questões internas e externas que são relevantes para o seu propósito e que afetam a sua capacidade para atingir os resultados pretendidos do seu SGSST; • Compreender as necessidades e as expectativas dos trabalhadores e de outras partes interessadas, pela qual a organização deve determinar as partes interessadas, para além dos trabalhadores, que são relevantes para o sistema de gestão da SST, incluindo as respetivas necessidades e expectativas relevantes; • Determinar o âmbito do SGSST e estabelecer, implementar, manter e melhorar, de forma contínua, um SGSST. Liderança e participação dos trabalhadores (secção 5) Esta secção desdobra-se por quatro subsecções, sendo porventura a que maior alteração de alcance terá tido relativamente aos referenciados até agora: • Liderança e compromisso, a demonstrar pela gestão de topo em relação ao SGSST; • Política da SST, a estabelecer pela gestão de topo (por ventura o requisito mais similar relativamente a outros referenciais);
• Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais, pela qual a gestão de topo deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para funções relevantes dentro do SGSST são atribuídas e comunicadas a todos os níveis dentro da organização e mantidas como informação documentada;
Salienta-se nesta secção 6 a ligação necessária à área da gestão do risco que pode ser desenvolvida no âmbito da norma ISO 31000:2018 e da terminologia associada ISO Guide 73:2009 (ambos os documentos existem em versão portuguesa). Suporte (secção 7)
• Consulta e participação dos trabalhadores, pela qual a organização deve estabelecer, implementar e manter (um) processo(s) para consulta e participação dos trabalhadores a todos os níveis e funções aplicáveis e, quando existam, dos representantes dos trabalhadores no desenvolvimento, planeamento, implementação, avaliação do desempenho e ações para a melhoria do SGSST.
Esta secção desdobra-se por cinco subsecções – recursos, competências, consciencialização, comunicação e informação documentada –, pelas quais a organização deve assegurar os recursos necessários ao SGSST, incluindo a respetiva competência e consciencialização, bem como os fluxos de informação adequados, produzindo a informação documentada relevante. Operacionalização (secção 8)
Planeamento (secção 6) Esta secção desdobra-se por duas subsecções: Esta secção desdobra-se por duas subsecções, sendo a que apresenta maior alcance técnico no domínio da gestão do risco: • Ações para tratar riscos e oportunidades, pela qual a organização deve determinar os riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados. Estas consistem na identificação dos perigos e apreciação dos riscos e oportunidades, na determinação dos requisitos legais e outros requisitos e no planeamento de ações; • Objetivos da SST e planeamento para os atingir, pela qual a organização deve estabelecer os objetivos da SST para as funções e níveis relevantes, para manter e melhorar continuamente o SGSST e o desempenho da SST.
• Planeamento e controlo operacional, pela qual a organização deve planear, implementar, controlar e manter os processos necessários para cumprir os requisitos do SGSST; • Preparação e resposta a emergências, pela qual a organização deve estabelecer, implementar e manter um ou mais processos necessários para a preparação e resposta a potenciais situações de emergência. Relativamente ao Planeamento e controlo operacional, salienta-se a enorme importância dos elementos constituintes: eliminação dos perigos e redução dos riscos para a SST, a gestão das alterações e o processo de aquisições. Neste temos de salientar e chamar a atenção para a significativa importância atribuída aos aspetos
Avaliação do desempenho (secção 9) Esta secção desdobra-se por três subsecções: • Monitorização, medição, análise e avaliação do desempenho, pela qual a organização deve estabelecer, implementar e manter um ou mais processos para monitorização, medição, análise e avaliação do desempenho; • Auditoria interna, pela qual a organização deve conduzir auditorias internas, a intervalos planeados, para proporcionar informação sobre o SGSST; • Revisão pela gestão, pela qual a gestão de topo deve rever o sistema de gestão da SST da organização, a intervalos planeados, para assegurar a sua contínua pertinência, adequação e eficácia.
•S ão considerados com particular cuidado, no plano da operacionalização, o processo de aquisições em termos dos prestadores de serviços e da subcontratação;
• A ISO 45001 adota um formato idêntico às normas ISO 9001 e ISO 14001 ao reunir no mesmo documento as secções introdutórias e de requisitos e as linhas de orientação para aplicação (no Anexo informativo);
De referir, ainda, a significativa alteração que constitui em si o desafio em considerar tanto o risco para a segurança e saúde no trabalho, como a oportunidade para a segurança e saúde no trabalho. Cabe a nota final sobre a existência de um período de três anos para a transição dos atuais SGSST certificados para um novo SGSST segundo a ISO 45001:2018. Após esse período a validade dos sistemas certificados (não ISO 45001) pura e simplesmente caduca.
• O contexto da organização é identificado e “autonomizado”, além de definido de modo adequado; • É cometido à gestão de topo um maior envolvimento na liderança e apoio ao SGSST; • São ampliadas a consulta e a participação dos trabalhadores e/ou dos seus representantes em aspetos relevantes do SGSST;
Melhoria (secção 10) Esta secção desdobra-se por duas subsecções: • Incidente, não conformidade e ação corretiva, pela qual a organização deve estabelecer, implementar e manter um ou mais processos, que incluam o reporte, investigação e tomada de ações, para determinar e gerir incidentes e não conformidades; • Melhoria contínua, pela qual a organização deve melhorar continuamente a pertinência, adequação e eficácia do sistema de gestão da SST.
• É tornado mais explícito o conjunto de ações relativo à apreciação do risco, no contexto da gestão do risco (ainda que não seja feita uma ligação adequada aos princípios da ISO 31000, segundo o autor); • A conclusão anterior materializa-se também numa melhor consideração dos aspetos da saúde no trabalho, designadamente no que se refere às situações de exposição ocupacional; • São significativamente ampliados os aspetos relativos aos recursos, competências e comunicação;
•É alargada também a avaliação do desempenho, designadamente no respeitante à avaliação do cumprimento.
77
CONCLUSÕES A análise cuidada dos requisitos da norma ISO 45001:2018 permite formular algumas conclusões relevantes para os agentes económicos que decidirem implementar um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com a norma, seja de raiz seja por adaptação de algum modelo já implementado:
I S O 4 5 0 0 1 – N O V O R E F E R E N C I A L I N T E R N A C I O N A L D O S S I S T E M A S D E G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O T R A B A L H O |
da subcontratação e dos prestadores de serviços face às atuais práticas organizacionais nestes aspetos do dia-a-dia das organizações.
78 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
BARÓMETRO DA
CERTIFICAÇÃO
2018
D
e acordo com a última edição do ISO Survey (valores relativos a 31 de Dezembro de 2017), o número de entidades com sistemas de gestão da qualidade certificados foi de 1.055.028 organizações. Face aos anos anteriores em que existia uma aparente estabilização do número de organizações certificadas, no ano de 2017 é possível observar uma diminuição do número de organizações certificadas em termos mundiais, situando-se agora em valores entre 1.000.000-1.100.000 organizações certificadas. Segundo o ISO survey, esta diferença está relacionada com alterações na metodologia de contabilização dos dados reportados por algumas das entidades que fazem a recolha dos dados.
Estas alterações são visiveis, por exemplo, em países como a Alemanha ou a Itália. Relativamente à norma ISO 14001, o número de organizações com sistemas de gestão ambiental certificados situava-se, a 31 de Dezembro de 2017, em 317.941. Ao contrário da tendência que anteriormente era de crescimento da certificação deste tipo de sistemas de gestão, houve um forte decréscimo deste tipo de certificação. Este decréscimo dever-se-á também às alterações introduzidas na contabilização de dados, no entanto esta situação irá continuar a ser seguida futuramente para entender se este decréscimo se deve apenas a estas mudanças ou se é o início de uma nova tendência. No caso específico de Portugal existiam, nessa mesma data, e de acordo com o ISO Survey, 7.150 organizações certificadas segundo a norma ISO 9001 e 1.475 com sistemas de gestão ambiental certificados segundo a norma ISO 14001. No que diz respeito à diferença entre os números publicados pelo Barómetro da Certificação e os números publicados pelo ISO Survey, no que à realidade Portuguesa diz respeito, verifica-se a existência de uma diferença de -584 certificados ISO 9001 emitidos, mantendo-se assim o número de certificados apresentados no ISO Survey maior do que os números publicados pelo Barómetro da Certificação. FONTES DE INFORMAÇÃO Para a realização das diversas análises, apresentadas de seguida, foi usada informação recolhida junto das seguintes entidades: • Organismos certificadores – dados relativos ao número de entidades certificadas segundo os diferentes referenciais normativos.
79
PRÉ-PROCESSAMENTO DOS DADOS Nas análises efetuadas sobre a percentagem de empresas certificadas em cada um dos sistemas de gestão, a respetiva percentagem foi calculada em função do número de empresas com 10 ou mais colaboradores existentes num determinado espaço geográfico, visto que, com base num conjunto de investigações prévias já efetuadas e publicadas, se verificou que a certificação de sistemas de gestão da qualidade tem uma penetração e difusão significativamente maiores neste grupo de empresas. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ANÁLISE GLOBAL Pela análise da Tabela 1 pode-se verificar que existiam, em Dezembro de 2017, em Portugal, 6.566 entidades com sistemas de gestão da qualidade certificados pela norma ISO 9001, valor este que corresponde a 0,64 entidades certificadas segundo a norma ISO 9001 por 1000 habitantes, bem como a 13,70 % das empresas com 10 ou mais colaboradores. A nível dos sistemas de gestão ambiental e de segurança e saúde no trabalho contabilizaram-se, respetivamente, 1.429 e 795 entidades certificadas. A certificação segundo a norma ISO 22000 continua a liderar o grupo de referenciais com menor expressão junto das organizações Portuguesas, existindo à mesma data, 368 organizações com
sistemas de gestão de segurança alimentar certificados. A segunda posição deste grupo é ocupada pela certificação segundo a norma NP 4457, com 260 organizações certificadas. O número de certificados emitidos segundo a norma ISO/TS 16949 foi de 125. Num terceiro grupo encontra-se a certificação HACCP, a certificação segundo a norma SA 8000/NP 4469 e a Verificação EMAS com 76, 68 e 54 certificados emitidos, respetivamente. A nível de sistemas de gestão integrados, à semelhança das edições anteriores e de outras publicações (Sampaio et al., 2012), destaca-se a integração de sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança, com 472 empresas certificadas nestas condições. De seguida aparece o grupo de empresas com sistemas de gestão integrados de qualidade e ambiente, existindo, em Dezembro de 2016, 427 empresas com este tipo de integração. Com sistema integrado ao nível da qualidade e segurança existiam 89 empresas. Existem apenas 65 empresas com um sistema integrado de ambiente e segurança e saúde no trabalho. Pela análise das Tabelas 2 e 3, desde 2007, ano da publicação da primeira edição do Barómetro da Certificação, pode-se verificar que, à exceção da certificação da ISO 9001 e da certificação integrada qualidade e segurança, todos os tipos de certificações evoluíram positivamente. São de destacar os aumentos verificados a nível do número de organizações com certificação OHSAS 18001 e com certificação ISO 14001, bem como a certificação integrada ambiente e segurança com valores de 109,2%, 84,1% e 983,3%, respetivamente. Relativamente à diferença percentual entre o ano 2016 e 2017, os resultados revelam-se mais negativos do que no ano anterior. Neste caso existe uma diminuição para todas as certificações em análise, excetuando a certificação integrada qualidade, ambiente e segurança.
BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 |
• World Bank (dados sobre População datados de 2017). • Instituto Nacional de Estatística (dados sobre População datados de 2017; dados sobre número de empresas com 10 ou mais colaboradores datados de 2017). • ISO Survey referente ao ano de 2017.
MÓNICA CABECINHAS • Departamento de Produção e Sistemas, Universidade do Minho id7273@alunos.uminho.pt PERFIL • Licenciada em Engenharia da Energia e do Ambiente em 2013, obteve o grau de Mestre em Engenharia e Gestão da Qualidade em 2016 pela Universidade do Minho. • Frequenta o Programa Doutoral em Engenharia Industrial e de Sistemas, sendo a sua bolsa subsidiada pela Fundação da Ciência e Tecnologia. • Desenvolve, desde 2016, a sua atividade de investigação no Grupo da Qualidade e Excelência Organizacional coordenado pelo Prof. Paulo Sampaio.
80 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
TA B E L A 1
As maiores diferenças percentuais verificadas entre os anos 2016 e 2017 referem-se a nível da certificação sistemas de gestão integrado ambiente e segurança, certificação integrada qualidade, ambiente e segurança e certificação integrada qualidade e ambiente de -8,5%, 4,7% e -4,7%, respetivamente. À semelhança das publicações anteriores, a análise da Tabela 4 permite concluir que as regiões Norte, Centro e Lisboa continuam a ser as regiões do país com maior número de entidades certificadas em todos os referenciais analisados. Nas análises efetuadas em função do número de certificados emitidos por 1000 habitantes, bem como nas análises percentuais, são notórias as diferenças entre a certificação de sistemas de gestão da qualidade e os restantes referenciais. Analisando em mais detalhe os principais sistemas de gestão – qualidade, ambiente e saúde e segurança no trabalho, retiram-se as seguintes conclusões: • Valores absolutos: a nível da certificação de sistemas de gestão da qualidade a região Norte lidera em termos absolutos com 2.311 organizações certificadas. No âmbito da certificação de sistemas de gestão ambiental e de segurança, a liderança é assumida pela região de Lisboa com 454 e 261 organizações certificadas, respetivamente. • Valores por 1000 habitantes: à semelhança do ano anterior, nesta análise a liderança é assumida pela região Centro a nível da certificação segundo a norma ISO 9001 (0,90), a norma ISO 14001 (0,19) e a norma OHSAS 18001 (0,10). • Valores percentuais: tal como na análise dos valores por 1000 habitante, a liderança é assumida pela região Centro a nível da certificação de sistemas de gestão da qualidade (20,98%), nas certificações de sistemas de gestão ambiental (4,50%) e nas certificações de sistemas de gestão de segurança (2,45%).
Número de entidades certificadas por sistema de gestão em Portugal, a 31 de dezembro de 2017 N
Por 1000 habitantes
%
ISO 9001
Referencial
6 566
0,64
13,70
ISO 14001
1 429
0,14
2,98
OHSAS 18001/NP 4397
795
0,08
1,66
ISO 22000
368
0,04
0,77
ISO/TS 16949
125
0,01
0,26
EMAS
54
0,01
0,11
HACCP
76
0,01
0,16
NP 4457
260
0,03
0,54
68
0,01
0,14
ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
472
0,05
0,98
ISO 9001 + ISO 14001
427
0,04
0,89
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397
89
0,01
0,19
ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
65
0,01
0,14
SA 8000/NP 4469
TA B E L A 2 Evolução do número de entidades certificadas de 2007 para 2017 Referencial
N
Por 1000 habitantes
%
2007
2017
2007
2017
2007
2017
6.576
6 566
0,62
0,64
13,20
13,70
ISO 14001
776
1 429
0,07
0,14
1,56
2,98
OHSAS 18001/NP 4397
380
795
0,04
0,08
0,76
1,66
ISO 9001
ISO 9001 + ISO 14001
436
368
0,04
0,04
0,90
0,89
ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
281
125
0,03
0,05
0,60
0,98
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397
88
54
0,01
0,01
0,20
0,19
ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
6
76
0,00
0,01
0,01
0,14
TA B E L A 3 Evolução percentual do número de entidades certificadas de 2007-2017 e 2016-2017 Referencial
2007-2017
2015-2017
ISO 9001
-0,2%
-3,4%
ISO 14001
84,1%
-3,6%
109,2%
-1,6%
ISO 9001 + ISO 14001
-2,1%
-4,7%
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397
68,0%
-4,5%
OHSAS 18001/NP 4397
ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
1,1%
4,7%
983,3%
-8,5%
81 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 |
TA B E L A 4 Número absoluto, por 1000 habitantes e percentual de certificados emitidos por região NUTS II Valores absolutos Referencial
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RAA
ISO 9001
2 311
2 002
1 737
202
131
102
80
421
429
454
53
26
26
20
ISO 14001
RAM
OHSAS 18001/NP 4397
242
234
261
24
10
16
8
ISO 9001 + ISO 14001
126
132
127
19
12
5
6
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397 ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
28
33
19
3
2
4
0
147
135
156
12
5
10
7
22
16
25
2
0
0
0
Valores por 1000 habitantes Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RAA
ISO 9001
Referencial
0,65
0,90
0,61
0,28
0,30
0,42
RAM 0,31
ISO 14001
0,12
0,19
0,16
0,07
0,06
0,11
0,08
OHSAS 18001/NP 4397
0,07
0,10
0,09
0,03
0,02
0,07
0,03
ISO 9001 + ISO 14001
0,04
0,06
0,04
0,03
0,03
0,02
0,02
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,01
0,01
0,01
0,00
0,00
0,02
0,00
ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,04
0,06
0,06
0,02
0,01
0,04
0,03
ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,01
0,01
0,01
0,00
0,00
0,00
0,00
RAM
Valores percentuais Referencial
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RAA
ISO 9001
12,39
20,98
13,23
8,01
5,85
11,81
8,16
ISO 14001
2,26
4,50
3,46
2,10
1,16
3,01
2,04
OHSAS 18001/NP 4397
1,30
2,45
1,99
0,95
0,45
1,85
0,82
ISO 9001 + ISO 14001
0,68
1,38
0,97
0,75
0,54
0,58
0,61
ISO 9001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,15
0,35
0,14
0,12
0,09
0,46
0,00
ISO 9001 + ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,79
1,41
1,19
0,48
0,22
1,16
0,71
ISO 14001 + OHSAS 18001/NP 4397
0,12
0,17
0,19
0,08
0,00
0,00
0,00
Na Tabela 5 apresenta-se a evolução percentual das três principais certificações a nível das diferentes regiões NUTS II. Para cada um dos referenciais, as maiores taxas de crescimento, entre 2007 e 2017, verificaram-se na Região do Algarve, 12,9% para a norma ISO 9001 e na Região Autónoma dos Açores, 333,3% para a norma ISO 14001 e 220,0% para a certificação OHSAS 18001.
Nesta tabela, o maior destaque vai para a diminuição da certificação da qualidade na Região Autónoma da Madeira (-30,4%) e na Região do Alentejo (-20,5%). A diminuição da certificação aparenta ser uma nova tendência e deverá ser acompanhada com atenção, visto que já no ano anterior se verificou a diminuição de certificações face ao ano de 2007 na Região Autónoma da Madeira e na Região de Lisboa.
PEDRO DOMINGUES • Departamento de Produção e Sistemas, Universidade do Minho pdomingues@dps.uminho.pt PERFIL • Licenciado em Química (1996), mestre em Química Têxtil – ramo Ambiente (2001) e doutorado em Engenharia Industrial e de Sistemas (2013) pela Universidade do Minho. • Tese de doutoramento sobre sistemas de gestão integrados e desenvolvimento de um modelo de maturidade. • Atualmente Investigador e Professor na Universidade do Minho, envolvido num projeto de pós-doutoramento tendo por objetivo a avaliação da maturidade e eficiência de sistemas de gestão integrados. • O trabalho de investigação desenrola-se na linha de investigação IEM (ALGORITMI Research Centre). • Coautor em cerca de 70 artigos (revistas, atas de congressos, capítulos de livros), alguns deles reconhecidos e premiados em Portugal e no estrangeiro.
82 G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
Na Tabela 6 apresenta-se a evolução percentual das três principais certificações a nível das diferentes regiões NUTS II entre os anos de 2016-2017. Nesta tabela, o maior destaque vai para o decrescimento da certificação da qualidade (-36,1%), da certificação ambiente (-37,6%) e da certificação segurança (-35,1%) na Região do Alentejo. Tal como na edição 11, há um decréscimo notório ou uma estabilização do número de organizações certificadas em todas as regiões de Portugal e para todos os referenciais em estudo, entre 2014-2015 e que se repete novamente entre 2016-2017. No seguimento da análise introduzida na edição de 2012 do Barómetro da Certificação – Índice de Crescimento (Sampaio et al., 2014), nesta edição apresentam-se os resultados obtidos tendo em conta os dados de referência usados para este Barómetro (a 31 de Dezembro 2017).
uma tendência de decréscimo em todas as regiões, sendo que a região com indicador de crescimento com a valor mais negativo, correspondente a -14,11, referente à região do Alentejo. Relativamente aos índices de crescimento das diferentes regiões, relativos à certificação segundo a norma OHSAS 18001, destaca-se a Região Autónoma dos Açores com indicador positivo (7,86) e, por outro lado, a região do
Lisboa (-12,03). Quanto à certificação segundo a norma ISO 14001, no ano 2017 destaca-se positivamente a Região Centro (1,99) e negativamente a Região do Alentejo (-12,03). As Figuras 1 e 2 evidenciam a evolução do número de organizações certificadas segundo a norma ISO 9001 por 1000 habitantes e a respetiva percentagem, calculada em função do número total de empresas com 10 ou mais colaboradores.
TA B E L A 5 Evolução percentual de 2007 a 2017 nas Regiões NUTS II Variação 2007-2017 Referencial ISO 9001
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RAA
RAM
0,3%
9,4%
-6,1%
-20,5%
12,9%
10,9%
-30,4%
ISO 14001
55,4%
125,8%
83,8%
71,0%
52,9%
333,3%
81,8%
OHSAS 18001/NP 4397
90,6%
165,9%
110,5%
26,3%
11,1%
220,0%
100,0%
TA B E L A 6
ICx,z=(0,2xΔi-3)x,z+(0,3xΔi-2)x,z+(0,5xΔi-1)x,z
Evolução percentual de 2016 a 2017 nas Regiões NUTS II
em que:
Referencial
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
RAA
RAM
ISO 9001
-2,9%
-2,1%
0,6%
-36,1%
-6,4%
0,0%
-9,1%
ISO 14001
-4,3%
0,9%
0,0%
-37,6%
-7,1%
0,0%
-16,7%
1,7%
-1,7%
0,8%
-35,1%
-9,1%
6,7%
-20,0%
Variação 2015-2017
Δi-3 ; Δi-2 ; Δi-1 ,
OHSAS 18001/NP 4397
correspondem à variação do número absoluto de certificados no ano i-3, i-2, i-1, no referencial x e na região z.
TA B E L A 7 Índice de Crescimento das Regiões NUTS II Indicador crescimento
Com o desenvolvimento deste índice pretendeu-se considerar a evolução do número de certificados emitidos de determinado referencial e em determinada região nos últimos 3 anos e atribuir a cada uma dessas variações um peso diferente no valor final do indicador. Na Tabela 7, a certificação segundo a norma ISO 9001 destaca-se, visto que apresenta
Regiões
ISO 9001
ISO 14001
OHSAS 18001
Alentejo
-14,11
-12,03
-11,21
Algarve
-6,46
-5,94
2,70
Centro
-2,77
1,99
2,98
Lisboa
-7,49
-11,63
-12,03
Norte
-4,71
-5,24
-3,14
RAAçores
-5,17
1,50
7,86
RAMadeira
-13,23
-6,22
-3,68
FIGURA 1
1,2 1
83
0,8 0,6
BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 |
Certificados ISO 9001 por 1000 habitantes
Evolução do número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes
0,4 0,2 0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa
Norte
RAAçores
RAMadeira
Portugal
FIGURA 2
Percentagem de empresas certificadas ISO 9001
Evolução da percentagem de empresas certificadas segundo a norma ISO 9001 30,0 25,0 20,0 15,0
PAULO SAMPAIO • Departamento de Produção e Sistemas, Universidade do Minho paulosampaio@dps.uminho.pt
10,0 5,0 0,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Alentejo
Algarve
Centro
Lisboa
Tendo por base a análise da Figura 1 é possível identificar um grupo formado apenas pela Região Centro com um número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes claramente superior ao valor nacional, outro formado pelas regiões de Lisboa e Norte, com um número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes semelhante ao valor nacional e outro grupo formado pelas restantes regiões – Alentejo, Algarve Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores, com um número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes inferior ao valor nacional. As Figuras 1 e 2 evidenciam que todas as regiões do país, com a excepção da Região do Alentejo, revelam tendências de manutenção dos valores do ano 2016 com tendência para a diminuição.
Norte
RAAçores
RAMadeira
Portugal
As Figuras 3 e 4 apresentam a evolução do número de certificados emitidos por 1000 habitantes a nível dos sistemas de gestão da qualidade e ambiental, face à evolução da correspondente média na União Europeia (UE 28 países) – os dados utilizados nestas análises são provenientes do ISO Survey. A Figura 3 evidencia que o número de certificados emitidos por 1000 habitantes segundo a norma ISO 9001 em Portugal (0,64) é inferior à média europeia. Olhando ao contexto europeu regista-se ainda um decrescimento do número de certificados ISO 9001 emitidos por 1000 habitantes face ao ano 2016. Segundo o ISO Survey, esta diferença está relacionada com alterações na metodologia de contabilização dos dados reportados por algumas das entidades que fazem a recolha dos dados.
PERFIL • Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho em 2002, obteve em 2008 o grau de Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas pela mesma Universidade. • Professor Associado da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. • Investigador Doutorado, na categoria de Membro Integrado, do Grupo Supply-chain, Logistics and Transportation Systems do Centro de Investigação ALGORITMI. • Em 2015 foi Visiting Scholar no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ao abrigo do Programa MIT-Portugal, onde esteve em licença sabática. • Desenvolve a sua atividade como docente e investigador na área da Qualidade e da Excelência Organizacional, sendo Coordenador do Research Group on Quality and Organizational Excellence na Universidade do Minho.
FIGURA 3
MODELOS DE PREVISÃO Nesta secção apresentam-se e analisam-se algumas perspectivas de evolução da certificação de sistemas de gestão da qualidade e sistemas de gestão ambiental em Portugal com base em dois modelos de previsão desenvolvidos para o efeito. À semelhança do exposto nas edições anteriores deste Barómetro, a certificação ISO 9001 em Portugal aparenta estar numa fase de estabilização. Apesar de o modelo de previsão sugerir que, nos próximos anos, o número
Certificados ISO 9001 por 1000 habitantes
0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ISO 9001 (PT)
UE 28 (Média)
FIGURA 4
Evolução do número de certificados ISO 14001 por 1000 habitantes para a União Europeia e Portugal Certificados ISO 14001 por 1000 habitantes
Estas alterações são visíveis, por exemplo, em países como a Alemanha ou a Itália. No que à evolução da certificação de sistemas de gestão ambiental diz respeito, à semelhança do ano anterior, a mesma é de estabilização na UE28, e ao contrário do que aconteceu até ao ano 2014 em que havia a evidência de uma clara convergência em torno de valores obtidos para Portugal e UE28, no ano de 2015 houve uma queda para o valor de 0,14 certificados emitidos por 1000 habitantes para Portugal que se mantém até ao ano 2017. Comparando os dados relativos ao número de certificados ISO 9001 recolhidos junto das entidades certificadoras e os contabilizados pelo ISO Survey, apresentados na Figura 5, verifica-se que essa diferença diminuiu significativamente ao longo dos anos. No entanto, no ano de 2015 ocorreu a situação inversa, onde o ISO Survey apresenta maior número de certificados contabilizados do que os números publicados pelo Barómetro da Certificação, e que se manteve até ao ano de 2017, traduzindo-se numa diferença de -584 certificados, tendo voltado a aumentar a diferença face ao ano de 2016 (-360).
0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ISO 14001 (PT)
UE 28 (Média)
FIGURA 5
Comparação entre número de certificados ISO 9001 contabilizados na ISO Survey e de acordo com entidades certificadoras Número de certificados ISO 9001
G U I A D A S E M P R E S A S C E R T I F I C A D A S : AT U A L I D A D E |
84
Evolução do número de certificados ISO 9001 por 1000 habitantes para a União Europeia e Portugal
10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 -2.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ISO Survey
Barómetro
Diferença
de certificados emitidos pode vir a diminuir, tal não é visível no ano 2017, já que se verifica uma aparente estabilização do número de certificações ISO 9001 (Figura 6). Em termos da certificação de sistemas de gestão ambiental, o país que se encontrava numa clara fase de crescimento nos últimos
anos, apresentou em 2015 uma clara queda, que se manteve até ao ano 2017 o que levou à necessidade de ajustar o modelo de previsão utilizado. Com o novo modelo de previsão é possível constatar que também a certificação segundo a norma ISO 14001 aparenta estar a atingir a fase da estabilização.
85 BARÓMETRO DA CERTIFICAÇÃO 2018 |
FIGURA 6
ISO 9001
Valores observados e valores previstos para a evolução da certificação ISO 9001 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ISO 9001
Modelo (ISO 9001)
FIGURA 7
ISO 14001
Valores observados e valores previstos para a evolução da certificação ISO 14001 2.500
PERFIL • Licenciado em Engenharia Química pela Univ. de Coimbra (1987), com doutoramento (1993) obtido pelo MIT (EUA).
2.000 1.500
• Prof. Catedrático (2010-) no Dep. de Engenharia Química da FCTUC, onde exerce funções docentes desde 1985.
1.000
• Diretor da NOVA IMS da Universidade Nova de Lisboa.
500 0
PEDRO SARAIVA • Departamento de Engenharia Química, Univ. de Coimbra pas@eq.uc.pt
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ISO 14001
• Deputado da XI e XII Legislatura da Assembleia da República eleito pelo Distrito de Coimbra (2009-2012 e 2014-2015).
Modelo (ISO 14001)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ISO (2017). The ISO Survey of Certifications 2017. International Organization for Standardization: Geneva, Switzerland. • Sampaio, P., Saraiva, P. e Domingues, P. (2012). Management systems: Integration or addition?. International Journal of Quality and Reliability Management 29(4), 402-424.
• Pró-Reitor (2003-2006) e Vice-Reitor (2007-2009) da Universidade de Coimbra.
• Sampaio, P., Saraiva, P. e Gomes, A. (2014). ISO 9001 European Scoreboard: an instrument to measure macroquality. Total Quality Management and Business Excellence, 25(4), 309-318. • Worldbank (2017), http://www.worldbank.org/. accessed 15/11/2017. • I nstituto Nacional de Estatística (2017), https://www.ine.pt/ . accessed 15/11/2017.
• Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (2004-2005, 2012-2014). • Fundador de várias empresas e associações (1986-2012), onde exerceu funções de gestão. • Laureado com o prémio Feigenbaum (1998), atribuído pela ASQ. • Associate Member da Intern. Academy for Quality (2010-).
TÍTULO DD CAPÍTULO |
86
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