Avaliação Bioquímica das Áreas Mineiras da Faixa Piritosa Ibérica Portuguesa

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DCA

AVALIAÇÃO BIOGEOQUÍMICA DAS ÁREAS MINEIRAS DA FAIXA PIRITOSA IBÉRICA

Faixa Piritosa Ibérica ● Maior distrito mineiro Europeu para metais básicos e um dos maiores do mundo

PORTUGUESA ● Rochas vulcano–sedimentares Devónico–carbónicas contendo depósitos polimetálicos maciços

Maria Manuela Abreu Dept. Ciências do Ambiente, ISA, Univ. Técnica de Lisboa

● Quantidade de sulfuretos original estimada em 1300 milhões de toneladas:

Agradecimento: Maria João Batista (INETI/IGM) João Matos (INETI/IGM) Teresa Tavares (ISA) Luísa Carvalho (Fac. C., Univ. Lisboa) Helena Palma (ISA)

• ~20 % extraídas; 10-15% perdidas por erosão • Desde pequenas massas a corpos gigantescos • Reservas de minério (Portugal): ~350 milhões de ton.

● Anomalia geoquímica de S, Fe, Zn, Cu, Pb, Sn ,…

II CONGRESSO IBÉRICO DA CIÊNCIA DO SOLO. HUELVA, ESPAŇA. 13 a 17 de Junho de 2006

Geologia da Faixa Piritosa Ibérica

Faixa Piritosa Ibérica ● Alguns dos depósitos minerais conhecidos desde o Calcolítico.

● Primeiras actividades mineiras atribuídas aos Tartéssios, Fenícios e Cartagineses.

● Romanos prospectaram e Faixa Piritosa Ibérica

exploraram intensamente a Faixa Piritosa Ibérica.

Regiões morfoestruturais da Península Ibérica (Adap. Quesada, 1992)

Geologia da Faixa Piritosa Ibérica

Evolução Geológica da Faixa Piritosa Ibérica 1. Fase de sedimentação em ambiente marinho de

Zona Sul Portuguesa • Formação FilitoQuartzítica • Complexo Vulcano-Sedimentar

pouca profundidade → Formação Filito-Quartzítica 2. Fase de distensão: falhas e Vulcanismo, sedimentação → Complexo Vulcano-Sedimentar Actividade vulcânica → Massas de sulfuretos polimetálicos

Depósitos de sulfuretos maciços • Grupo de Flysch do Baixo Alentejo

(Adap. Barriga et al., 1997; Carvalho et al., 1998; Leistel et al., 1998, Matos et al., 2000)

(Adap. Oliveira e Oliveira, 1996)

1


Evolução Geológica da Faixa Piritosa Ibérica 3. Fase de compressão. Dobramento e levantamento →

Avaliação do Impacto gerado pelas Minas abandonadas ( Minas de Pirite )

Erosão 4. Deposição de sedimentos em bacia profunda a Sul → Grupo do Flysch do Baixo Alentejo

Mina

Exploração Elementos principais

São Domingos Aljustrel Lousal Montinho Chança

Outros elementos

Impacto Ambiental

CA/S

Cu, Pb, Zn, As, Sb, Au, Ag, Fe, Mn, Ba

Ni, V, Cd

5

CA/S

Cu, Pb, Zn, As, Sb, Au, Ag, Fe, Mn, Ba, P

V, Cr, B, Y, Cd

5

CA/S

Cu, Pb, Zn, As, Sb, Au, Ag, Fe

Cr, Cd

5

CA/S

Cu, Pb, Zn, As, Fe, Mn, Ba, P

Ni, V, Cr, Co, Nb

3

Cu, Zn, Fe, Mn, Ba

Ni, Cr, Mo, Co, Y

4

S

CA: céu aberto; S: subterrânea

Impacto Ambiental: máximo (5); mínimo (1) (Adap. Matos e Rosa, 2001; Oliveira et al., 2002)

(Adap. Oliveira e Oliveira, 1996)

Avaliação do Impacto gerado pelas Minas abandonadas ( Depósitos de Manganês )

Impactos gerados pela actividade mineira Impactos Paisagísticos

Mina

Exploração

Elementos principais

Outros elementos

Impacto Ambiental

Rosalgar

CA/S

Cu, Pb, Zn, Fe, Mn, Ba

Ni, Cr, Mo, Co, Y

2

Lagoa do Paço

CA/S

Mn, Ba

Ni, V, Cr, Cr, Co

1

Ferragudo

CA/S

Mn, Ba

Mo, Y, Co

3

Balança

CA/S

Zn, Mn, Ba

Ni, V, B, Co

2

Juliana

S

Cu, Pb, As, Au, Fe, Mn, Ba

Ni, Cr, Mo, Co, Y

2

Barrigão

S

Cu, Zn, As, Mn, P

Ni, Mo

2

Ferrarias

S

Zn, Au, Fe, Mn

Y

1

Cortes Pereiras

S

Pb, Bb, Mn, Ba, P

B, Y, Ni, V, B, Co

3

CA: céu aberto; S: subterrânea

Impacto Ambiental: máximo (5); mínimo (1)

Projecto MINEO (http:www.brgm.fr/mineo)

(Adap. Matos e Rosa, 2001; Oliveira et al., 2002)

Impactos gerados pela actividade mineira Impactos Paisagísticos

Impactos gerados pela actividade mineira Alteração da Morfologia do terreno

Mina de São Domingos

Aldeia primitiva de São Domingos, 1867 (Câmara Municipal de Mértola, 2004)

Céu aberto (corta), 2005

Rio Tinto (Espanha)

120 m profundidade

2


Impactos gerados pela actividade mineira

Impactos gerados pela actividade mineira

Alteração da Morfologia do terreno

Estruturas mineiras abandonadas e degradadas Mina de São Domingos

1935 (Câmara Municipal de Mértola, 2004)

Fábrica de enxofre da Achada do Gamo

Rio Tinto (Espanha) Corta Atalaya – 335 m profundidade; 900 m largura

Impactos gerados pela actividade mineira

2006

Impactos gerados pela actividade mineira Impacto Físico - Químico

Estruturas mineiras abandonadas e degradadas

Mina de São Domingos

Mina do Lousal

Impactos gerados pela actividade mineira Impacto Físico - Químico

São Domingos

Impactos gerados pela actividade mineira Impacto Físico - Químico

Dispersão de material particulado

Foto: JXMatos (INETI)

Dispersão de material particulado

Caveira

Drenagem ácida

São Domingos Lousal

(Foto J. Matos- INETI)

3


Impactos gerados pela actividade mineira

Impactos gerados pela actividade mineira

Drenagem ácida

Drenagem ácida Área mineira do Lousal

Reacção de Oxidação da Pirite: 4H+

FeS2 (s) + 15/4O2 + 7/2 H2O → Fe(OH)3 (s) +

+

Exploração: 1900 - 1988

2SO42-

Total de minério estimado: ~50 Mt

Solubilização de metais e metalóides (AS, Cd, Pb, Cu, Zn, Hg, V, Ni, U, P, …Fe, Al) + SO42-

0,7% Cu; 0,8% Pb, 1,4% Zn e outros elementos

pH<3

Mineralogia: pirite (FeS2),

Dispersão dos elementos no meio

galena (PbS), calcopirite (CuFeS2), esfalerite (ZnS),

Contaminação de Águas, Sedimentos e Solos

arsenopirite (FeAsS), Au nativo, magnetite (Fe2O3),

Toxicidade para o Biota

Britagem do minério in situ; sem tratamento químico

Riscos para a saúde pública

Impactos gerados pela actividade mineira

Impactos gerados pela actividade mineira Área mineira do Lousal - Drenagem ácida

Área mineira do Lousal - Drenagem ácida

pH

Escombreiras + poços + galerias + H2O → águas ácidas + (pirites finas) material particulado

Sedimento* (mg/kg)

Cu

Pb

Zn

Cd

1068

5891

1756

2,9

Águas (mg/L) Lagoa

Represa e lagoa

Drenagem Escombreira Ribeira Corona

3,0

<ld

9,05

0,17

71,35

0,15

2,0

28,76

67,15

0,24

0,23

0,37

2,7

0,037

7,62

0,87

83,20

0,16

(Ferreira da Silva et al., 2006)

Ribeiras

(Foto J. Matos- INETI)

As

1988

* ~400 m da fonte de drenagem ácida.

Esc. pirites

• 5 amostras de sedimento com 90 –

Represa

100% de incidência de toxicidade. • Águas da Rib. de Corona: moderadas ácidas /teor elevado em metais. • Contaminação até ~4 km a jusante da mina.

Lagoa

Impactos gerados pela actividade mineira

Impactos gerados pela actividade mineira

Área mineira de São Domingos- Exploração: 1859 - 1966 -215000

55000

60000

Área mineira de São Domingos- Drenagem ácida

65000

Tailings land water bodies legend water bodies(uncoloured) N W

dump leache piles water bodies (lakes, ponds, açudes)

E

undifferetiated waste material

S

-220000

bleached and leached bedrock Metallurgical slags S. Domingos village

sulphuric ore Open pit

taillin gs

-220000

Total de minério extraído desde os tempos préromanos até 1966: ~25 Mt

50000

-215000

45000

Importância da água nos processos mineralúrgicos: Lixiviação do minério Cementação do cobre

black s hists gossanous roc k

-225000

Santana de Cambas village

-230000

Alves village

nativos… -235000

Bens village

Salgueiros village Picoit os village

DTM elevation (m)

Represas, canais, açudes escoamento pelas encostas

Pomarão Village and old Har bour

-24 - 8

-235000

Explorada para Cu, S, Au e

white t o yellow sedimentary deposits

-230000

arsenopirite, Au e Ag

taillin gs (back mud)

goethite-hemat it e deposits

Mineralogia: pirite, galena, calcopirite, esfalerite,

Água ácida

kaulinitc shists Sapos village Moreanes v illage

-225000

1,25-10% Cu; 2-3% Zn e Pb (máximo 14%), 45-48% S

Railway Tunnel railway

9 - 41 42 - 74 75 - 106 107 - 139

Ag

140 - 172

-240000

173 - 204 205 - 237 238 - 270

45000

50000

55000

60000

-240000

Projecto MINEO (http:www.brgm.fr/mineo) http:www.brgm.fr/mineo)

65000

4


Área mineira de São Domingos

Impactos gerados pela actividade mineira Área mineira de São Domingos- Drenagem ácida

Céu aberto (corta): pH 2,8 pH 1,7 – 2,3 Projecto MINEO (http:www.brgm.fr/mineo (http:www.brgm.fr/mineo))

Impactos gerados pela actividade mineira Área mineira de São Domingos- Drenagem ácida As

Cu

Pb

Zn

SO4

Corta

-

46

<0,4

108

5000

-

2080

1

1880

114000

-

21,5

5,4

22

2000

1412

841

8975

361

-

Represas

2070

181

5400

239

-

Aparecimento de novas espécies • Margens dos canais , ribeiras, represas.

• Sedimento: pH 3-4 • Concentrações elevadas de elementos metálicos: As= 0,3-3,6 g/kg; Pb= 0,2-7,2 g/kg

Sedimentos (mg/kg) Linhas de água

Impactos gerados pela actividade mineira Erica andevalensis

2-

Águas (mg/L)

Achada do Gamo Drenagem Escombreira

Canais de escoamento até à Ribeira do Mosteirão, ladeadas de escórias e/ou Esc. pirites

(Batista, 2000)

Minerais secundários: sulfatos complexos de Fe, Pb, Zn, … Jarosite, alunite, óxidos e hidróxidos

Impactos gerados pela actividade mineira Aparecimento de novas espécies Erica andevalensis Solo/sedimento (mg/kg)

Erica andevalensis

As

332-3640

3,0-29,5

Pb

218-7169

3,6-262,8

Cu

28-646

4,5-38,3

Zn

37-1369

11,2-40,2

Mn

48-655

256,6-1044

Área Mineira de Neves Corvo • Região mineira explorada há mais de um século: 6 minas inactivas; Neves Corvo em laboração • Considerada Mina Modelo. Iniciou a exploração em 1989

• Um dos mais ricos jazigos de cobre e estanho à escala Mundial • Vida útil estimada até 2017 para Cu e 2030 para Zn • Minério: 5,05 -9,73% Cu; 2,315 Sn; 5,99% Zn • Minério total extraído em 2002: 1,7 Mt; produção de Cu = 77 kt

• Boa capacidade de adaptação a ambientes extremos • Acumuladora de Mn • Elevada capacidade de absorção de Pb

5


Área Mineira de Neves Corvo

Área Mineira de Neves Corvo

Cu

Neves Corvo: Cu, Sn, Zn, Pb Brancanes: Cu C. do Algaré: Cu

Sn

Zn

Pb

(mg/kg)

Solo

Planta

Solo

Planta

Solo

Planta

Solo

Anos 70 (a)

6-473

-

1-13

-

17-266

-

5-596

-

1989/90 (b)

29-255 61-330

-

-

33-114 41-101

22-35

7-16

-

-

<5-110

1994 (c)

4-140

-

1998 (a)

11-6138

7-592

-

1-178 1,8-20 19-607 34-177

Planta

7-110

-

10-183

0,6-24

C. das Guaritas: Mn (a) Batista, 2003; (b) Farago et al., 1992; (c) Grimes et al., 1994

C. da Cachaçuda: Mn

Complexo mineiro de Neves Corvo

Estanho

Anos 70

1998

elevada, escassa em solos pobres em Cu • Parecem ser acumuladoras de Sn

Cobre

Anos 70 10 000

1998

10 000 Lombador

Cerro do Algaré Herdade do Castelo Cerro das GuaritasCourela das Ferrarias Minas de Neves Corvo

Cerro do Algaré Herdade do Castelo Cerro das GuaritasCourela das Ferrarias

Cerro da Cachaçuda

Cerro da Cachaçuda

Mina de Brancanes

10 000

-228 000

-228 000

16 000 Lombador

202-461

16 000

104-202

-236 000

Explorações mineiras

43-104

Semblana

10 000

-236 000

Semblana 461-3521

10 000

(Adapt. Batista, 2003)

kg-1)

-236 000

-236 000

Mina de Brancanes

Percentis (mg

16 000 -228 000

Lombador

16 000 -228 000

N

-228 000

Herdade do Castelo: Mn

Cistus ladanifer • Bem adaptada a solos com [Cu]

-228 000

Courela das Ferrarias: Mn

(As no solo (a): <5-297 mg/kg)

16 000

(Adapt. Batista, 2003)

26-43 0-26

Área Mineira de Aljustrel

N

• Uma das maiores da Faixa Piritosa (a seguir a Neves Corvo e a par de Tharsis, Rio Tinto, Los Frailes-Aznalcollar em Espanha)

kg-1)

Cu (mg nas folhas da esteva (Cistus ladanifer)

Cerro do Algaré Herdade do Castelo

• Seis massas de sulfuretos maciços polimetálicos

• Reservas do Centro Mineiro ~250 Mt de pirite 0,43-1,51% Cu; 2,98-4,8% Zn; 1-1,5% Pb • Exploração moderna: 1847 a 1993 (suspensa por motivos conómicos)

Cerro das Guaritas Courela das Ferrarias Minas de Neves Corvo

Máx. de Cu: 592 mg kg-1

Cerro da Cachaçuda

2007 Reinício da actividade:

Exploração de Zn

10 000

Semblana Explorações mineiras

-236 000

-236 000

Mina de Brancanes

16 000

(Adapt. Batista, 2003)

(Foto J. Matos- INETI)

6


Cistus ladanifer na Faixa Piritosa Portuguesa

Área Mineira de Aljustrel Impacto ambiental: escombreiras, pirite, escórias, rochas

(mg/kg)

As

Cu

Pb

Zn

Mn

ferruginosas, descarga directa de

Neves Corvo (a)

2,5-42

7-592

0,6-24

34-177

273-2852

Aljustrel (b)

-

8,3-29,7

2-26

99-314

117-1399

São Domingos

2-16

6-18

55-77

391

258

águas ácidas em represas e Ribeiras de Água Forte, Água Azeda e Barranco do Morgado

(a) Batista, 2003; (b) Alvarenga et al., 2004

pH

As

Cu

Pb

Zn

Mn

Solo (mg/kg) Mínimo

3,9

11,3

164

215

168

75

Máximo

6,6

565

1444

3203

871

1110

(Adapt. Alvarenga et al., 2004)

Cistus ladanifer na Faixa Piritosa Portuguesa

Cistus ladanifer • Acumuladora de Mn em Neves Corvo e Aljustrel • Absorção e translocação de Pb: baixa em N. Corvo e Aljustrel; muito significativa em São Domingos • Cu: exclusora em Aljustrel; parece acumuladora em N. Corvo

Área Mineira de São Domingos TAPADA área não contaminada CORTA

SÃO DOMINGOS centro mineiro

ACHADA DO GAMO fábrica de enxofre

TELHEIRO confluência de linhas de água

Rio Chança

POMARÃO N, “menor contaminação”, definição litologias da FP

• Minério extraído: ~25 Mt • Área de impacto:

16 km2 • Maior área de impacto:

Entre São Domingos e o Telheiro

POMARÃO S, porto, término linha férrea

Sedimentos de rib. de águas ácidas

Esc. de gossan, pirite e escórias

Área Mineira de São Domingos

Projecto MINEO (1998(1998-2002) (http:www.brgm.fr/mineo) http:www.brgm.fr/mineo)

Rio Guadiana

Área Mineira de São Domingos Achada do Gamo – Fábrica de enxofre Cartografia do pH por krigagem normal

As

(mg/kg)

Pb

Cu

Zn

Hg 2,9

1141 São Domingos 11600

2971

295

141

24930

1275

754

7,4

1444

3984

542

917

459

14200

32170

6207

14850

9300

1727

1000

104

140

29,3

15900

7315

691

494

420

Achada do Gamo Telheiro 1141 Média

(Adapt. Tavares 2003)

11600 Máximo (Adapt. Tavares 2003)

7


Área Mineira de São Domingos

Área Mineira de São Domingos

Achada do Gamo – Fábrica de enxofre Cartografia do Arsénio por krigagem normal

Achada do Gamo – Fábrica de enxofre Cartografia do Chumbo por krigagem normal

(Adapt. Tavares 2003)

(Adapt. Tavares 2003)

Área Mineira de São Domingos

Área Mineira de São Domingos

Telheiro – confluência das rib. Mosteirão e S. Domingos Cartografia do Arsénio e Chumbo por krigagem normal

As associado à drenagem ácida: rib. de S.Domingos e vertentes lixiviadas com águas ácidas

Pb associado a materiais de escombreira e escórias da construção do caminho de ferro (Adapt. Tavares 2003)

Plantas espontâneas na área mineira de São Domingos

Cartografia do Mercúrio na Achada do Gamo e Telheiro por krigagem normal

(Adapt. Tavares 2003)

Hg presente na mineralização. Distribui-se na área de processamento das pirites (ustulação, lixiviação, cementação) (Máx. 9300 mg/kg)

Hg associado à drenagem ácida, em solução ou no material particulado e imobilizado nos sedimentos. (Máx. 420 mg/kg)

Plantas espontâneas na área mineira de São Domingos Erica andevalensis

Cistos monspeliensis Cistos ladanifer Concentração máxima (mg/kg)

Erica australis Coloniza escombreiras de gossan, escórias finas e pirite britada fina

As: 12,5

Zn: 64,4

Pb: 59

Mn: 456

Juncos

Cu:12,8

8


Plantas espontâneas na área mineira de São Domingos Cistus

Hortas na povoação de São Domingos

salviifolius

As

(mg/kg)

Pb

Cu

Zn

Mn

Horta 1

Cistus ladanifer Hortelã

15

31

14

36

31

Salsa

8

16

9

123

23

Horta 2

Lavandula luisieri

Salsa

24

60

9

82

71

Couve galega

9

2

5

41

34

143

-

Tomilho espontâneo (a)

14

33

26

Valores de referência para plantas (b)

1-1,7

Escombreira de gossan Concentração em mg/kg As: 19

Pb: 56

Cu: 10

Zn: 53

5-30

27-150

30-300

Salsa- Petrosilinum crispum; Hortelã: Mentha rotundifolia; Escórias

Tomilho: Thymus mastichina: Couve galega: Brassica oleracea

Mn: 313

Comparação geoquímica das áreas mineiras de Aljustrel, São Domingos e Lousal

Reabilitação e Requalificação das Áreas Mineiras A Memória de um País Mineiro

Área mineira (km2)

Exploração Minério explorado

As

Pb

Hg

São Domingos

16

100 anos 25 Mt

26 15900

47 32170

0,5 9300

Aljustrel

14

140 anos 28 Mt

11 565

215 3203

-

Lousal

2

88 anos 22 Mt

597 6377

871 1293

1 130

(mg/kg)

5-10

(a) Freitas et al., 2003; (b) Kabata Pendias, 2001

A reabilitação sócio-económica das áreas mineiras ●

Propostas de circuitos Geo – Ambientais

● Musealização Achada do Gamo

Telheiro

● Utilização

de infraestruturas para fins turísticos

● Utilização

de infraestruturas para fins científicos

Medidas mais urgentes: ● Estabilização física de escombreiras, cortas, poços e galerias ● Estabilização física e química da área através da Vegetalização Aljustrel ( Adapt. Matos et al., 2003)

*

*

Lousal

*

*

● Recuperação das infraestruturas degradadas

São Domingos

Exemplo de Aljustrel – Painéis ao longo de percursos

Exemplo de Aljustrel – Painéis ao longo de percursos

9


Exemplo do Lousal Revitalização enquanto espaço patrimonial e museológico

Parque Mineiro de São Domingos- Pomarão Proposta de Requalificação

Projecto RELOUSAL -SAPEC e Câmara Municipal de Grândola Musealização: 2001 inaugurada a 1ª fase do Museu Mineiro - Centro de acolhimento - Núcleo da Central Eléctrica Infraestruturas turísticas (restaurante, centro de artesanato)

(Palma, 2006)

Parque Mineiro de São Domingos- Pomarão Proposta de Requalificação

Obrigada pela Atenção

(Palma, 2006)

10


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