Maquiadoras e cabeleireiras usam Facebook para conquistar novos clientes N
ão é de hoje que profissionais liberais e autônomos utilizam a internet para manter ou conquistar seus clientes. Em Santa Maria, o uso das redes sociais digitais para divulgação de trabalho tem sido utilizado por jovens profissionais da área da beleza. São cabeleireiras, maquiadoras e manicures que utilizam o site para anunciar seus serviços a domicílio e postar dicas de moda e beleza para suas amigas ou seguidoras. A cabeleireira e maquiadora Taís Moreira, 21 anos, que trabalha por conta própria e atende a domicílio, mantém uma página com mais de mil fãs no Facebook. Ela conta que a estratégia de utilizar a rede social tem dado certo, pois a procura pelo seu trabalho aumentou, principalmente aos finais de semana. Ela costuma postar em sua página fotos de suas produções para casamento, formaturas e aniversários. Outra jovem que iniciou seu trabalho de produção a domicílio é Luana Borges, estudante do curso de Publicidade e Propaganda da Unifra. Ela é responsável pela Bendita, fan page (página do Facebook) onde divulga seu serviço também voltado para cabelo e maquiagem. A divulgação é feita, ainda, através da distribuição de cartões de visitas e parcerias em festas e produções fotográficas. Segundo a estudante, as postagens via rede social trazem muito retorno, direta e indiretamente. Alguns anúncios pagos via Facebook também trouxeram um aumento de clientes. A publicitária Fernanda do Amaral Ferrari é cliente de Luana e começou a usar os serviços a domicílio pela comodidade de ser atendida em casa. Fernanda conheceu a Bendita pelo Facebook e acredita que o site de rede social é um ótimo meio de divul-
gação porque “a visualização do trabalho é rápida, fácil e principalmente por atingir o público alvo”.
E
m comemoração aos seus 110 anos de existência, o Museu Treze de Maio, com apoio do Boteco do Rosário, realizará o 1º Festival Municipal de Artes Negras (FESMAN), de 9 a 11 de maio, em Santa Maria, visando resgatar o processo histórico e cultural do povo afrodescendente. No dia 9, quinta-feira, a partir das 20h, acontece o Pré FESMAN no Boteco do Rosário, com atrações da Cia do Samba, coordenada por Nega Karen, Rapper Magrão, Manoel Luthiery da dança Afro Tribal e Anderson do Cavaco e amigos. A artista visual Alessandra Giovanella busca parcerias na cidade para apoiar o Festival que, além das artes cênicas e transversais, terá uma mostra de artes visuais. “O objetivo é alcançar toda a galera e promover a arte negra no mundo”, explicou. Leonardo Retamoso Palma, proprietário do Boteco do Rosário, relata que “o festival tem enfoque na divulgação da história afro, mas abrange atrações de todos os tipos e gostos”. Ele ressalta que na quinta-feira será
MICHELI BARROS
Quem ainda prefere o salão A estudante de jornalismo Bruna Victória de Mello Germani, 18 anos, prefere ir ao salão de beleza, mesmo sabendo que o trabalho domiciliar é mais barato. Ela teme o risco de a divulgação feita por alguns profissionais no Facebook não corresponder a real qualidade do trabalho. Para Camila Martins, 28 anos, que trabalha em um salão de beleza, o trabalho domiciliar é muito recente e não reflete em perda de clientes para os salões de beleza. Ela acredita ainda que a ida ao salão envolve a necessidade de exposição de muitas mulheres. “Para quem trabalha em salão é bem mais fácil, é preciso apenas entrar com a mão de obra, e os produtos o salão fornece”, complementa. Proprietário de um salão de beleza localizado no centro de Santa Maria com clientela consolidada, o cabeleireiro Emmanuel Prado de Andrade acredita que o atendimento a domicílio não atrapalha o mercado, “pois quem gosta de praticidade vai ao salão e geralmente as clientes gostam do clima do salão de ver as pessoas, sair de casa”. Ele diz ainda que o recurso de produtos de beleza e materiais é maior, juntamente com a estrutura oferecida. O empresário também utiliza o Facebook como um dos principais meios de divulgação do trabalho desenvolvido por ele e seus funcionários. por Micheli Barros e Emanoela Decian
Festival apresenta artes negras à comunidade de Santa Maria
O jornal-mural Babel é um produto da disciplina Redação Jornalística II, do segundo semestre do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra). O objetivo é trazer um mosaico de informações sobre o universo jovem e universitário através de notícias elaboradas pelos alunos.
cobrada entrada de 6 reais, cuja renda será revertida para pagamento das despesas do evento. Já nos dias 10 e 11, o Festival se dá no próprio Museu, onde ocorrerão apresentações musicais, intervenções poéticas, peças de teatro, culinária com Carmen Lúcia, roda de capoeira e de samba e show de hip-hop com Mc Magrão, com entrada franca a todos os públicos. Serão comercializados pratos típicos afro-brasileiros. O Coordenador Geral Vilnês Gonçalves Flores Júnior (Nei D’Ogum), que também atua como coordenador do núcleo de Ação Cultural Educativa do Museu Treze de Maio – NACE, afirma que o festival “é um momento de recordar o passado, de dar importância ao nosso povo. O Museu é um lugar nosso, portanto a comemoração tem tudo a ver conosco”. por Michelli Anchieta Taborda e Luisa Neves
LUCAS SCHNEIDER
Organizadores Fesman: Leonardo, Alessandra e Nei – organizadores do evento.
Banner Fesman: Divulgação
Taís conquista clientes pelo Facebook com o diferencial do atendimento a domicílio
Babel MOSAICO DE INFORMAÇÕES
Estudantes da Unifra participam do Intercom Sul 2013
Pós-graduação em pauta no curso de Jornalismo da UNIFRA NATALIA SOSA
GABRIEL HAESBAERT
Maio de 2013
Expediente da edição de maio de 2013 ● Orientação: profa. Luciana Carvalho ● Projeto gráfico: prof. Iuri Lammel (Multijor – Laboratório de Jornalismo Multimídia) ● Diagramação: Francesco Ferrari ● Fotografia: professora Laura Fabricio (Laboratório de Fotografia e Memória) ● Alunos: Daniel de Moura Pinto, Emanoela Decian, Gabriel Machado Haesbaert, Kauê Wienandts Flores, Luisa Ianara dos Reis Neves, Luciano Souza, Luiz Gustavo Mousquer de Oliveira, Márlon Mata de Souza, Micheli Valente de Barros, Michelli Anchieta Taborda, Pedro Lenz Piegas e Victor Piaz.
Programação Fesman: Programação do evento
Festival “Nossas Expressões” democratiza cultura na cidade RENAN MATTOS
GUILHERME BENADUCE
GUILHERME BENADUCE
Público expondo sua arte e ideais na faixa disponibilizada pela organização.
Juventude mobilizada no Nossas Expressões.
Legenda “palestra foto 11”: O professor Maicon aprovou a partipação do público.
A
cadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) irão representar a instituição no Intercom Sul 2013, que será realizado na UNISC, em Santa Cruz do Sul. As acadêmicas de Jornalismo, Luana Iensen (4º semestre) e Tiéle Abreu (5º semestre), inscreveram trabalho que aborda a história e a evolução da Radioweb Unifra. As acadêmicas tiveram o trabalho orientado pelos professores Maicon Elias Kroth, Gilson Piber e Aurea Fonseca. Já a aluna Franciele Marques, 6º semestre, irá apresentar os Critérios de Noticiabilidade em reportagens do MMA (Artes Marciais Mistas). Ela afirma estar confiante por se tratar de um tema atual. Segundo o professor orientador Mai-
con, “os alunos levam para casa a experiência da produção científica no campo das Ciências da Comunicação”. Os trabalhos foram inscritos e aprovados no Intercom Junior, que tem como função abrir espaço para os estudantes apresentarem os trabalhos elaborados nos cursos de graduação. Também participam do evento trabalhos indicados pelos cursos para concorrer ao prêmio Expocom nas várias categorias da premiação. O resultado será conhecido durante o Intercom. A lista dos trabalhos selecionados foi divulgada no dia 02 de maio, na pagina do congresso na internet. As inscrições para ouvintes vão até o dia 13 de maio. por Kauê Wienandts Flores e Gabriel Machado Haesbaert
O
22 º Festival Nossas Expressões, realizado entre os dias 17 e 21 de abril, com a temática “Cultura e Políticas para Juventude”, contou com apresentações musicais, literárias, cênicas e visuais. As quadras do Parque Itaimbé, ao lado do desativado Centro de Atividades Múltiplas Garibaldi Pogetti, conhecido como Bombril, foi o local principal do evento, organizado pelo DCE-UFSM, também responsável pela segurança e a limpeza. Segundo Alex Monaiar, conhecido como Cid, e Guilherme Soares, membros do DCE-UFSM, a utilização do espaço público cedido para realização das mostras culturais e a gratuidade do evento colaboram bastante para que pessoas de tribos distintas se sintam à vontade no festival. Guilherme destacou que a democratização do espaço é muito importante para realização de eventos culturais na cidade, o que não ocorre com frequência, e que a variedade de estilos musicais é o pilar central do evento. Nos espaços do Nossas Expressões, o ambiente amplo é utilizado pelo público para entretenimento, lazer, interação direta com as pessoas, ou seja, uma verdadeira integração ao ar livre. Cid afirmou que o encontro de diferentes gerações nas quadras do Itaimbé, espalhadas nas arquibancadas naturais e praticando esportes, também é visto como um dos pontos positivos do festival.
Legenda “palestra foto 11”: O professor Maicon aprovou a partipação do público.
U
m projeto de bate papo entre professores e alunos sobre experiências de pós-graduação movimenta o primeiro semestre do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). As palestras visam complementar a experiência de sala de aula dos acadêmicos a partir do incentivo à produção científica. “Esses são os elos que se encaixam, de cadeias universais de conhecimento agregadas à disciplinas específicas junto com essas experiências de vida pessoal e profissional, eu tenho a impressão que o aluno consegue formar o mosaico. Isso é o processo de viver”, analisou Sibila Rocha, coordenadora do evento, ao sintetizar a iniciativa do Laboratório de Pesquisa em Comunicação (LAPEC). A primeira palestrante foi a professora Daniela Hinerasky, doutora pela PUC-RS, que falou a respeito de sua experiência em Paris, na França. “Ali contei como cheguei até meu estágio de doutoramento, acabou ficando muito mais legal pra mim porque fui eu que escolhi, eu tentei unir essa questão do meu objeto de pesquisa com as coisas que eu gosto, com a moda, com Paris, com que
todo mundo tem essa questão do imaginário”, explicou. No dia 23 de abril o palestrante foi o professor Maicon Kroth, cuja tese é a respeito do programa de João Carlos Maciel, da Rádio Medianeira. Maicon, que é doutor pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos – RS), descreveu seu objeto de pesquisa e o caminho que seguiu seu estudo. Em sua palestra, o professor levantou questões como o entranhamento social que é proporcionado por um programa radialístico e como o mesmo pode ser usado para fins de autopromoção política e assistencialismo social. De acordo com Sibila Rocha o evento contará ainda com ainda duas palestras nos meses de maio e junho com o professor Fausto Neto e a própria Sibila, respectivamente. Todas elas serão feitas no Salão Acústico do Prédio 14, às 19h. A coordenadora explica que o horário foi escolhido estrategicamente para atender ao maior número de alunos. por Pedro Piegas, Luciano Souza e Victor Pias
Público aproveita para descansar e conversar durante o Festival no Parque Itaimbé.
LIMPEZA E SEGURANÇA - O público presente atendeu aos pedidos dos organizadores nas questões de limpeza do espaço e segurança.
“Nós somos responsáveis pela segurança das pessoas, se acionássemos a polícia seria a mesma coisa que dizer: Não somos capazes de garantir a segurança das pessoas do evento. A integração está acontecendo de forma natural porque o ambiente de vinculo entre as pessoas aqui presentes acaba possibilitando isso”, avaliou Guilherme. As apresentações tiveram a presença de 28 grupos musicais de diversos gêneros. Uma das principais bandas que compareceram ao festival foi a Inseto Social. O grupo participou do evento pela oitava vez e fechou a segunda das três noites de shows. “A mistura de pessoas e gerações interagindo é perfeita, legal, e deixa o festival mais aprofundado”, afirmou Flamarion Rocha, vocalista e um dos fundadores da banda. “O evento é uma prova de que a mistura de pessoas, por mais que sem a segurança do estado, pode ser pacifica”, complementou. O público que participou do evento aprovou a prática da colaboração coletiva para o bom funcionamento do festival. ”A conscientização e integração estão me surpreendendo”, afirmou a publicitária Carol Ferreira. Os organizadores pretendem manter a periodicidade anual do evento e promover cada vez mais as manifestações artísticas livres na cidade. por Daniel de Moura Pinto, Luiz Gustavo Mousquer de Oliveira e Márlon Mata de Souza