28ª IMPRESSÃO Santa Maria, Outubro de 2013
Jornal Experimental do Curso de Jornalismo - UNIFRA
Renan Mattos
Santo de Casa faz milagre
O 11º Fórum de Comunicação trouxe egressos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano para trocarem experiências com os atuais estudantes das áreas. A programação teve palestras, painéis, oficinas e encontros temáticos sobre assuntos em evidência no mercado de trabalho e na academia. A principal novi-
dade desta edição foi a promoção do 1º Prêmio de Jornalismo, que reconheceu 20 trabalhos nas seguintes categorias: reportagens impressa, digital, radiofônica e televisiva, crônica, diagramação, fotografia, programas de rádio e de televisão, documentário, artigo cientifico, monografia e produções diversas. Páginas 2 a 11.
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Expediente Jornal experimental interdisciplinar produzido nas disciplinas de Redação Jornalística II e III do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra) Reitora: Iraní Rupolo Pro-reitora de Graduação: prof.ª Vanilde Bisognin Coordenadora do curso: prof.ª Sione Gomes Produção de textos: acadêmicos de Redação Jornalística II: Adriana Aires da Silva, Ana Luiza Vedovato, Bruna Guehm, Camila Jardim, Camila Scapin, Danielle Carvalho, Fábio Costa D'Avila, Fernanda Friggi, Francine Antunes, Gabriela Iensen, Gabriela Soldati, Gabriela Vargas, Guilherme Daronch, Guilherme Motta, Helena Moura, Henrique Orlandi, Izabel Rodrigues, Julia Machado, Laíz Lacerda, Marcela Siqueira, Marília Lavarda, Mateus Ferreira, Natalia Librelotto, Pedro Corrêa, Vinícius Becker Carvalho, Victoria Luiza Severo de Moura, Victoria Papalia e Yasmim Lima Pacheco; acadêmicos de Redação Jornalística III: Daniel de Moura, Emanoela Decian, Gabriel Haesbaert, Kauê Flores, Luísa Neves, Luiz Gustavo Mousquer, Márlon Souza, Michelli Taborda, Pedro Lenz Piegas e Victor Piaz Edição: professores Carlos Alberto Badke (MTb/RS 5498), Luciana Carvalho (MTb/RS 8676) e Maurício Dias (MTb/RS 9681) Fotos: acadêmicos Amanda Santos, Gabriel Haesbaert, Guilherme Benaduce, João Paulo Stefanello, Julia Machado, Pedro Lenz Piegas, Pedro Pellegrini, Renan Mattos e Vitor Mirailh, acervo do Laboratório de Fotografia e Memória, sob coordenação da professora Laura Fabrício Diagramação: Francesco Ferrari, sob coordenação do prof. Iuri Lammel (Laboratório de Jornalismo Multimídia - MULTIJOR) Foto da Capa: Renan Mattos Impressão: Gráfica Gazeta do Sul Tiragem: 1000 exemplares Distribuição: gratuita e dirigida
Editorial Orgulho multipilcado É com redobrado orgulho que apresentamos esta edição do jornal laboratório ABRA. O sentimento faz parte de todo processo de finalização de uma edição, que mostra o resultado do crescimento dos acadêmicos ao longo dos primeiros semestres do curso. Mas, esta edição carrega em si motivos a mais para nos orgulharmos. Primeiro, porque o jornal que você tem em mãos neste momento traz a cobertura completa do evento mais importante dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano, o Fórum de Comunicação, que neste ano completou sua 11ª edição. Foi a primeira após a finalização de um ciclo de dez anos e, por isso mesmo, teve como mote o slogan 'Santo de Casa Faz Milagre'. E faz mesmo. É o que mostraram as dezenas de oficinas e painéis temáticos conduzidos por egressos dos cursos, que estão reportadas nas páginas deste número do ABRA. Segundo, porque registra o nascimento de mais um projeto que irá marcar a história do curso de Jornalismo: o Prêmio de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano. A cobertura completa da noite de premiação você confere nas páginas centrais. Por último, temos o maior orgulho de entregar para o leitor a primeira edição interdisciplinar do jornal, que mobilizou os acadêmicos das disciplinas de Redação Jornalística II e Redação Jornalística III, além dos Laboratórios de Fotografia e Memória e de Impresso e Online. Foi uma grande equipe mobilizada durante os três dias de Fórum e a noite de lançamento do 1º Prêmio, com o desenvolvimento de entrevistas, coleta de dados, captura de fotos e o exercício daquela que é a principal função do jornalista: a paixão pela notícia e a reportagem.
Luciana Carvalho - editora
Nova identidade visual destaca astúcia do jornalista O curso de Jornalismo encerrou um ciclo, o dos primeiros dez anos de atividade, e deu início a outro momento, o da década seguinte. Para marcar o novo período, o curso recebeu uma nova identidade visual, concebida pela Agência Experimental do Curso de Publicidade e Propaganda, a Gema. A imagem, com o desenho estilizado de uma raposa, foi apresentada à comunidade acadêmica no 1º Prêmio Universitário de Jornalismo, no dia 23 de agosto, pela coordenadora do curso, professora Sione Gomes. “A nova identidade representa um novo impulso, uma renovação, um incentivo a mais para seguir construindo com entusiasmo a história de nosso curso”, enfatizou Sione. A raposa frequentemente é associada à graduação do Jornalismo. É um animal que lembra o jornalista como caçador das verdades. Também traduz o olhar investigativo, a necessidade de o profissional se manter atento à realidade e de ter astúcia e agilidade. “A logo revela o olhar de frente. Representa o jornalista indo de forma direta em busca das
joão paulo stefanello
Nova logo do curso de Jornalismo destaca a investigação e a atualização informações, de frente com as fontes”, explica a coordenadora do curso. A acadêmica Mariana Cadore, de Publicidade e Propaganda, foi a primeira pessoa que entendeu o que curso queria como identidade visual. Responsável pelo atendimento, Mariana repassou o briefing para o diretor de arte Rafael Guerino, também acadêmico de Publicidade e integrante da
Gema. Assim, nasceu a raposinha. Botons com a logo foram colocados debaixo dos assentos, no Salão de Atos do Prédio 13, no dia do Prêmio. A surpresa foi revelada pela coordenadora após a apresentação da nova identidade visual. Com isso, estudantes e professores puderam levar uma aplicação da logo consigo. Luisa Neves
Programa de TV comandou intervalos do Fórum O 11º Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano contou com a cobertura de um programa bem-humorado. O programa Ou Não, produzido pelo curso de Publicidade e Propaganda da Instituição há cinco anos, registrou cada momento do Fórum e ainda garantiu a animação dos participantes durante os intervalos. O cenário do programa foi transferido para o térreo do prédio 13, do Conjunto III, de onde foi apresentado por alunos do curso que, com entusiasmo, interagiram com os demais estudantes. O programa de TV tem a proposta de informar e atualizar os alunos sobre o mercado publicitário e de áreas afins. “Como o tema do fórum deste ano foi ‘Santo de Casa Faz Milagre, Sim’, e a Instituição recebeu egressos como convidados, nós transformamos o nosso cenário num lounge no térreo de um dos prédios do Conjunto III para entrevistarmos essas pessoas. Nós também interagimos com o público através de brincadeiras e entrega de brindes”, conta a diretora do programa, professora Angélica Pereira. Uma banda foi formada por alunos do curso de Publicidade
pedro pellegrini
Música e diversão marcaram os momentos entre as palestras e Propaganda especialmente para a gravação do Ou Não. Bernardo Betim, Marcelo Massário e Guilherme Seco apresentaram jingles de campanhas famosas e propuseram que o público adivinhasse a que marcas pertenciam. A platéia aprovou a atuação do trio e solicitou aos rapazes músicas de sucesso. “Era pra ser uma brincadeira e, quando vimos, virou entretenimento”, disse o repórter Marcos Lark, estudante de Publicidade.
O programa tem duração de 35 minutos e é veiculado todas as quartas-feiras no canal 15 da Net, às 13h, com reprise às 23h do mesmo dia, e no sábado, às 19h. As edições especiais do Fórum de Comunicação foram exibidas nos dias 11 e 18 de setembro e podem ser acompanhadas pelo canal do Ou Não no Youtube (youtube.com/user/ EquipeOuNao).
Victória Papalia
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Arquitetura e publicidade na abertura do 11º Fórum Visual Merchandising foi o tema da primeira palestra do 11° Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano, que começou em 21 de agosto. O debate inicial teve como pauta o encontro de ideias de Arquitetura e de Publicidade, ministrada pelos irmãos Sadi João Gioda Neto, publicitário, egresso da Instituição, e Claudio Roberto Gioda Júnior, arquiteto graduado pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Os irmãos Gioda, como Sadi e Claudio são conhecidos, explicaram como funciona o trabalho deles por meio de Visual Merchandising, que é a estratégia de chamar a atenção e oportunizar a compra por impulso norteada por um ponto de venda. Os irmãos trabalham desde o design até campanhas publicitárias de estabelecimentos diversificados, como fruteiras, loja de sapatos, concessionárias de carros, hotéis, casas noturnas e até mesmo ambulatório médico. Á tarde a dupla elaborou uma oficina, na qual foi oportunizada a prática sobre o mesmo assunto. A empresa que os dois irmãos têm está localizada em Santiago, porém há clientes em outras cidades do Rio Grande do Sul. Claudio Roberto contou que possuem uma rede de
clientes muito grande e, além disso, o trabalho deles é bem feito, desta forma conseguem chamar cada vez mais consumidores e ter uma continuidade. O arquiteto declarou que não pretende mudar a empresa para uma cidade maior. “Nossa ideia inicial era ter uma agência em Porto Alegre, porém, quando eu fui fazer um trabalho em Gramado, vi que a necessidade era ao contrário. Nós precisamos ter uma base forte no interior que onde o capital é mais forte”, explicou. O publicitário Sadi João contou que já possuía a empresa com seu irmão antes mesmo de se formar na instituição e reconheceu que a faculdade ajudou no trabalho. “Eu vim fazer minha graduação para melhorar a minha empresa. Acho que a faculdade nos dá um embasamento de ferramentas que nós vamos utilizar na prática. Ela me oportunizou uma abrangência de conhecimentos para aplicar no meu trabalho”, destacou o publicitário. O acadêmico do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda Márlon Bertoncello, 29 anos, aprovou a palestra dos irmãos Gioda. Sobre a programação do Fórum deste ano, Bertoncello acredita que o público se identifica com os palestrantes por terem estudado na mesma Instituição. Também
Rodrigo ledel
Irmãos Gioda falaram sobre o Visual Merchandising, estratégia que incentiva a compra por impulso
formando do curso de Publicidade e Propaganda, Matheus do Amaral, 22 anos, gostou do que viu na palestra, principalmente essa união entre o seu curso e o de Arquitetura e Urbanismo. “É uma relação que precisa ter. Querendo ou não, é o ponto de venda. O cliente está ali e o publicitário precisa instigar ele para entrar na sua loja. Então é
um jeito diferente de vender”, analisou o estudante. Segundo o palestrante Claudio Roberto, é sempre bom estar junto ao meio universitário para manter-se atualizado, além disso, é importante para divulgar o trabalho. O publicitário Sadi João aconselha nunca desistir da profissão. “O começo
é difícil em qualquer interior. É importante o pessoal voltar e buscar um trabalho no interior. Vale a pena investir nos seus sonhos, sabendo que os primeiros anos são bem complicados, mas depois tu colhes teu trabalho”, finalizou o publicitário. Pedro Lenz Piegas
Painel sobre marketing destaca estágio A necessidade de estágio durante a vida acadêmica foi um dos pontos importantes abordados no painel Marketing e Atendimento ao Cliente, no segundo dia do 11º Fórum de Comunicação. De acordo com as painelistas, egressas de Publicidade e Propaganda, é importante, além da agência experimental do curso - GEMA, estagiar em empresas do mercado local. A atividade contou com as publicitárias Evelize Garcia, da CVI Coca-Cola, Danielle Miron, do Diário de Santa Maria, e Natália Goulart, da empresa de Endomarketing HappyHouse. Evelize, que há cinco anos trabalha na CVI, contou que, logo após formada e cursando pós-graduação, entrou
no cargo de assistente de marketing na empresa e, aos poucos, foi promovida. "Eu queria uma oportunidade de emprego em uma empresa grande e eu não tinha. Então eu comecei de baixo, e é isso que vocês devem ter na cabeça. Vocês não irão entrar como gerentes numa empresa", aconselhou. Já Danielli Miron, formada em 2007 pelo Centro Universitário Franciscano, não tinha como prioridade trabalhar em grandes empresas, mas manter-se na área da comunicação, independente do tamanho da empresa. A projetora de marketing do Diário de Santa Maria, responsável pela seção comercial do jornal, enfatizou a importância da GEMA como principal
amanda santos
Painelistas destacaram importância das atividades extracurriculares
fonte de experiência aos acadêmicos. “Eu acredito que a GEMA seja muito importante
para criar um senso de responsabilidade, de horários, de prazos. Mesmo que ela
não reproduza o tempo do mercado, ela oferece condições de praticar”, comentou. As egressas reforçaram, ainda, a ideia de que é fundamental para os estudantes saberem “muito sobre tudo”, como colocado pela publicitária Natália Goulart. Formada pela Unifra em 2011, atua há um ano como gerente de marketing da HappyHouse, empresa de endomarketing com sede em Porto Alegre. A empresa trabalha com a comunicação interna, que prepara, promove e incentiva os colaboradores de grandes empresas, como Renner, Burger King, Claro e Grupo RBS. Gabriela Gomes Vargas, Marília Paim Lavarda, Vinícius Becker Carvalho
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Empreender também é campo da propaganda
O que é publicidade? Criação de banners? Venda de produtos? Composição de jingles? Se a resposta foi “sim” para qualquer uma das perguntas, tudo bem, você está certo. Mas, além disso, o que mais um publicitário faz? Qual é a outra face da publicidade? Este foi o tema abordado no painel temático “Lado B da PP – Empreender”, que encerrou a primeira manhã do 11º Fórum de Comunicação. Através de um bate-papo descontraído, os egressos de Publicidade e jovens empresários George Eich Iffarraguirre, Éverton Bohn Kist, Letícia Pohlmann, Alexandre Manenti e Pedro Paines compartilharam as experiências na área e apresentaram os desafios de empreender; um mercado novo, mas difícil. Iffarraguirre contou que ingressara no curso em 2008, e já em 2009 fora convidado para realizar o lançamento de um catálogo digital para divulgar produtos de lojas de Santa Maria. Após a namorada concluir o curso de Nutrição, o casal decidiu abrir uma doceria, mas não obteve sucesso. Foi então que surgiu o Blender Gourmet, restaurante especializado em fondue e escondinho. “O início foi difícil, mas conseguimos. Aumentamos a venda em 66% e estamos atuando até hoje”, constatou. Além do restaurante, ele é sócio da War Mídia Alternativa, agência com o propósito de vender de forma criativa e inovadora. Já Éverton Kist formou-se em 2009 e mudou-se para Porto Alegre para abrir a Trí-
amanda santos
Painel com cinco ex-alunos de Publicidade mostrou diferentes exemplos de empreendedorismo na área
plice, empresa de comunicação integrada: assessoria de imprensa, publicidade, administração de conteúdo e gerenciamento de SEO (buscas do Google). Kist salientou que o empreendedor tem de ser persistente. “Trabalhem, se dediquem, sejam humildes e teimosos. Corram atrás. Todo trabalho de vocês vai dar retorno”, concluiu. Representante das mulheres no grupo, Letícia Pohlmann comentou as dificuldades com bom humor. “Saí da faculdade pensando que seria uma publicitária de sucesso. Não tinha emprego e então fui ganhar dinheiro vendendo batom”, comentou. Trabalhou
como diretora de marketing do Monet Plaza Shopping, até compor um jingle de demissão e apresentar à chefe. “Eu tinha de mostrar que a empresa estava perdendo uma excelente profissional. Arrisquei-me ao fazer isso, mas eu precisava marcar aquele momento”, relembrou. Com isso, Letícia abriu a MovPlay Diversão, onde trabalha com o Super Piano - o primeiro piano gigante do Brasil. “Não existia este brinquedo aqui, eu tive de fazer. De início, não sabia nem o preço que iria cobrar, já que não tinha concorrência”, analisou. Para ela, um bom empreendedor não pode ser chefe, e sim líder. Ela enfati-
zou que se deve acreditar em si mesmo, persistir na ideia e nunca desistir. Alexandre Manenti, conhecido como Binho, brincou que não se encaixa nem no lado B da profissão. “Sou o lado Z mesmo”, lamentou. Binho também destacou que coletividade, no meio da música, é essencial. “As ideias devem se somar, pois as diferenças podem criar algo inovador”, destacou. Após passar um ano na Irlanda, voltou ao Brasil e decidiu morar em Florianópolis. “Surgiu a parceria com a produtora Absolute Produtora de Áudio”, comentou. Manenti explicou que não basta abrir uma produtora de áudio. “Tem de ter um dife-
rencial”, acrescentou.. Por fim, Pedro Paines confessou que ao concluir o curso, em 2009, sentia-se confiante como diretor de arte, mas não como um publicitário completo. Como não gostava do sistema corporativo, optou por montar uma agência. Até que em um dia de chuva acabou com a empresa. “Tudo que eu tinha na minha vida estava naquele notebook e dois pingos de chuva tinham acabado com tudo”. Decidiu passar uns dias no Rio de Janeiro para avaliar o que faria. Voltou a Santa Maria e montou a Brain Labs, empresa de neuromarketing. “Nós nos excluímos do mercado tradicional”, disse. Paines esclareceu que o risco, como empreendedor, é normal. “Empreender deve estar no sangue do publicitário”, finalizou. Michelli Anchieta Taborda
O que é o neuromarketing? O neuromarketing estuda a essência do comportamento do consumidor, a fim de entender a lógica de consumo, bem como seus desejos, impulsos e motivações para comprar determinado produto através do estudo das reações neurológicas e determinados estímulos externos. Dessa forma, publicitários e analistas de marketing utilizam esta técnica para melhorar as métricas de preferência do consumidor. Esse conhecimento ajuda na criação eficaz de produtos e serviços, bem como campanhas.
Criações sonoras para as mídias atuais O músico sabe mais do que apenas música, também entende de diálogos, ruídos e sonoplastia. A prova disto é o publicitário e produtor musical Alexandre Manenti, 31 anos, que ministrou oficina direcionada à cultura audiovisual no no 11º Fórum de Comunicação. No início, Binho, como é conhecido, pediu aos inscritos que explicassem a razão da escolha da oficina e comentassem seus gostos musicais. Ele destacou a figura do
músico, de suas dificuldades em se firmar no mercado. “Não basta ser bom, é preciso ter bons contatos, saber fazer outras coisas sonoramente e musicalmente, mais do que simplesmente tocar algum instrumento”, assinala. O publicitário compara a cultura musical brasileira com a americana e a europeia: “Aqui o que dá certo é descaradamente copiado de outros sucessos, ou mantendo esse padrão para vender”. Ele
lembra que é diferente nos Estados Unidos e na Europa, pois existe um respeito com a criação: “há o desafio em fazer diferente do que vem sendo feito, e não uma simples e grosseira cópia moldada à cultura nacional”. Sobre a importância do áudio nas mídias audiovisuais, Binho assegura que é fundamental, pois não existe uma imagem sem sonoplastia, um exemplo disso é o cinema. A acadêmica Marciele Fer-
rari Trindade, 22 anos, adorou a oficina: “A dinâmica foi muito boa. Ele nos fez experimentar as nossas próprias impressões sobre áudio, e nos mostrou que nada é impossível em se tratando da união de imagem e áudio”. Em um comparativo de custos entre utilização de formatos analógicos ou digitais, o produtor enfatiza que dependem do serviço que será executado. Por exemplo, existem coisas práticas e viáveis, tanto nas produções de
formato analógico quanto nas digitais. Porém, com o digital se tem mais recurso com preço menor. A exigência dos profissionais da comunicação é muito grande: “A evolução tecnológica possibilita a utilização de inúmeros recursos que viabilizam a produção rápida e prática, além dos novos meios e canais de mídia, como, sites, games, podcasts”, finaliza. Márlon Souza
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As rotinas das agências
Marketing com técnicas emotivas
joana günther
gabriela vargas
Pedro Paines mostrou como se trabalhar com estratégias de neuromarketing
Egressos instigaram acadêmicos de Publicidade e Propaganda a elaborarem ideias e soluções criativas
“Sintonia, não dependência”. Esta deve ser a relação entre os setores de uma agência de publicidade no entendimento do publicitário Mateus Piveta, 30 anos, um dos egressos que integrou o painel “Fluxo de Agência” no dia 23 de agosto, no 11º Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano. Junto com Piveta, estiveram presentes os publicitários Danielle Stoever, Henrique Ibaldo, Bárbara Abelin e Ana Caroline Brum
Pereira. Os painelistas explicaram aos acadêmicos como funciona a rotina de uma agência de publicidade, a relação entre setores e como ser um bom profissional. Conforme Daniele Stoever, 26, as agências de publicidade são formadas por profissionais de diferentes áreas, mas em constante interação para realizarem sua principal função, a satisfação do cliente. Além disso, a profissional detalhou as características da área do
atendimento, na qual atua. Já a social media Ana Caroline Brum Pereira, 25 anos, contou sobre suas experiências e dificuldades na atuação online. Seu trabalho é bastante cansativo, pois acompanha dez clientes, assim, sempre precisa ter novas ideias e saber lidar com diferentes públicos, sem perder o foco. Camila Lourenci Jardim, Helena da Silva de Moura e Henrique Lanza Orlandi
O “Big Bang” da publicidade “A oficina Big Brain, realizada no dia 23 de agosto, no 11º Fórum de Comunicação, resultou em cinco grandes ideias. A criação destaque resultou no projeto Gracias, pelo qual a gentileza das pessoas seria paga com uma moeda especial. Germano Thommer, acadêmico de Publicidade e Propaganda, desenvolveu, com seu grupo, uma ação para incentivar e inspirar ações gentis em lugares como ônibus e elevadores. O nome da oficina foi um trocadilho com o Big Bang, teoria que explica a criação do universo. Brainstorm, na publici-
dade, relaciona-se ao processo criativo, uma “tempestade de ideias”. Nesta etapa, várias pessoas debatem sobre um tema, dão ideias, para então chegar a um conceito inovador. A proposta da oficina foi mostrar como é possível tirar qualquer ideia do papel e colocar em prática, por isso os oficineiros propuseram um workshop em que os alunos tinham o desafio de criar algo surpreendente que mudasse alguma coisa em nossa cidade e buscasse fontes para viabilizar isso. “Primeiro objetivo justamente é fugir do clichê serviço, a gente
quer realmente instigar um pouco, criar mundos diferentes, comunicação não é só vender produtos, serviços, podemos ajudar a população com soluções criativas”, explicou o publicitário e egresso da instituição Mateus Piveta, um dos ministrantes da atividade. Além de Piveta, conduziram a oficiana os egressos Danielle Stoever, Ana Caroline Brum Pereira, Bárbara Abelin e Henrique Ibaldo. Danielle de Carvalho, Mateus Ferreira e Yasmin Lima Pacheco
“Um não nem sempre é um não definitivo”. Essa foi a principal lição deixada pelo publicitário Pedro Paines, egresso da instituição e fundador da agência de publicidade Brain Labs, na oficina “AVC – Aprendendo a Vender para o Cérebro”. O conselho vem da experiência adquirida em função das dificuldades enfrentadas ao aplicar as ideias do neuromarketing. Na oficina, realizada no primeiro dia do 11º Fórum de Comunicação, o publicitário fez uso de técnicas da psicologia para apresentar e justificar a prática aos alunos, propondo exercícios e dinâmicas na aplicação do neuromarketing. A prática é inovadora e ainda pouco utilizada pela publicidade tradicional. Por meio de estudos de percepção e estímulos sensoriais, promovem-se novas formas de abordagem ao público-alvo. De acordo com o neu-
romarketing, surpreender e aproximar-se do consumidor torna-se fundamental para convencê-lo, pois gera afinidade e confiança. Dessa forma, o publicitário deve assumir uma postura semelhante à de um psicólogo para identificar as “dores” do cliente, sejam elas financeiras, estratégicas ou pessoais. O empresário brincou com a valorização da prática. “Se há tanto sucesso no neuromarketing, por que eu não estou vendendo para o mundo inteiro?”, indagou. Paines esclareceu que a técnica atrai um perfil de consumidor mais exigente e sofisticado, pois trabalha com dados específicos, fazendo uso de estratégias que singularizam o cliente, o que torna o processo de criação lento e minucioso. Ana Luiza Vedovato Rodrigues e Bruna Guehm Pereira
Modelo de negócios “Entende-se que Modelo de Negócios é um sistema, porque ele é constituído por partes ou funções e necessita de todas elas para ser bem sucedido.” A explicação é do empreendedor George Eich Iffarraguirre, que participou de uma das oficinas oferecidas pelo 11º Fórum de Comunicação. Durante a atividade, ele mostrou o seu modo de planejar e desenvolver uma empresa com sucesso. De acordo com George, o primeiro passo para montar
o modelo de negócios é ter a ideia do que realmente se quer. Em seguida, devem-se criar as hipóteses, para aplicar o teste nos clientes e, por fim, fazer os investimentos. ‘‘Os clientes são especialistas em problemas, não em soluções. Ninguém te paga para resolver um não problema’’, ressaltou George. Francine Garcia Antunes, Natália Librelotto e Victória Luiza de Moura
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Uma noite para celebrar o
Menção Honrosa em Reportagem Impressa: Laura Gross e Thais Hoerlle
Primeira edição do Prêmio de Jornalismo valorizou produções de acadêmicos para mídias impressas, audiov Ouro na categoria Crônica: Luana Iensen Gonçalves
Prata na categoria Crônica: Renan Mattos
Broze na categoria Crônica:
Patrese Lehnhart Rabenschlag
Novidades não faltaram na noite de encerramento do 11º Fórum de Comunicação do Centro Universitário Franciscano. Momento marcado, também, pelo fim das comemorações dos 10 anos de fundação dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O show de encerramento do Fórum e o lançamento da nova marca dos cursos impulsionaram os ânimos da plateia, que aguardava ansiosa pela cerimônia de entrega da premiação do 1º Prêmio Universitário de Jornalismo. O Prêmio surgiu com o objetivo de valorizar as produções dos acadêmicos. De acordo com o professor Iuri Lammel, um dos organizadores, a ideia é que esta iniciativa se torne um incentivador, a fim de mobilizar os alunos para que produzam mais e melhor nos laboratórios e disciplinas do curso. Para a professora Sibila Rocha, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda e integrante da comissão organizadora, o Prêmio é um momento bem emblemático, pois traduz a presença da prática em todos os semestres. “É o casamento da teoria com a prática”, disse.
A professora Daniela Hinerasky, apresentadora e organizadora do Prêmio, afirmou que o concurso gera um trampolim para a continuação das produções dos futuros jornalistas e que a intenção não é gerar competição, mas cada vez mais incentivar a produção de bons de seus trabalhos. O acadêmico Patrese Lehnhart Rabenschlag, vencedor em duas categorias, confessou que não esperava ser contemplado. “Independente de ganhar ou não, faço elogios aos criadores. Foi algo muito bom, é um estímulo para que os alunos produzam e cada vez melhor. Estou muito feliz por ter meu trabalho reconhecido, agradeço a todos”, salientou. Outros que estavam eufóricos com a premiação eram os estudantes Fernando Rodrigues e Gustavo Pedroso, que levaram para casa a menção honrosa na Categoria Digital - Reportagem. “É tudo muito gratificante, interessante, um incentivo a mais aos estudantes desta área. Todo jornalista quer ver seu trabalho sendo lido e ainda mais quando ele é visto por grandes profissionais”, destacou Gustavo.
Menção Honrosa em Diagramação: Carlos Fernando Rodrigues e Laura Gross
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Ouro na categoria Fabian
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o 1º Prêmio de Jornalismo Fotos joão paulo stefanello
Menção Honrosa em Fotografia: Patrese Lehnhart Rabenschlag
Menção Honrosa em Reportagem Digital: Gustavo Flores Pedroso e Carlos Fernando Rodrigues
visuais e digitais, bem como na pesquisa
tudante Laura Gross estava com o sortampado no rosto, pois foi destaque em categorias. Ela revelou que não imagieceber tantos prêmios, mas que era ciente tinha bons trabalhos. “Depois de hoje, ais vontade de participar em outros anos, mais sabendo que posso ganhar”, comentou. ndo questionada sobre que dicas daria aos s quanto aos próximos concursos, Laura foi a: “Se inscrevam, porque esta é a melhor de reconhecerem o nosso trabalho, sermos O principal é que pessoas de fora estão endo aquilo que estamos produzindo”. inal do anúncio dos agraciados da noite, teio de brindes foi realizado. Os premiaceberam bolsas com descontos de 50% na de idiomas PBF, vale-livros e um tablet.
Menção Honrosa na categoria Reportagem de Rádio: Luiza Dias de Oliveira, Aline Rodrigues e Bruno Mello
Prata na categoria Programa Jornalístico de Rádio: Carolina Santana
Ouro na categoria Programa Jornalístico de Rádio: Rúbia Keller Vieira
Menção Honrosa em Documentário: Pâmela Rubim, Maurício Lavarda, Carolina Santana e Raul Cezar
Prata na categoria Programa Jornalístico de TV: Laura Gross
Menção Honrosa na categoria Reportagem de TV: Fabiana de Azevedo Lemos
Adriana Aires da Silva Fábio Costa D’Avila >>> Continua na página 8
a Programa Jornalístico de TV: na de Azevedo Lemos
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Júri reuniu profissionais e pesquisadores Os trabalhos inscritos para o 1° Premio do Jornalismo foram avaliados por profissionais renomados, como o repórter especial da Rede Globo Marcelo Canellas e o professor da ESPM-Sul Christian Lüdtke, que trabalha na área de animação 2D e 3D. Ambos iniciaram suas trajetórias em Santa Maria: são formados pela UFSM, respectivamente em Comunicação Social – Jornalismo, e Ciência da Computação. Confira o perfil desses e dos demais avaliadores. Marcelo Canellas – Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1987. É repórter especial da Globo desde 1990. Especializou-se na cobertura de temas ligados aos direitos Sociais e aos Direitos Humanos. Andreia Fontana – Formada pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), possui Master em Jornalismo e Gestão de Empresas de Comunicação pela Universidade de Navarra, da Espanha. Atua há 20 anos no Jornalismo. Atualmente é editora-chefe do Diário de Santa Maria. Paulo Chagas – Formado em jornalismo pela UNISINOS. Atua como editor de arte no Diário de Santa Maira e editor do Diário Online. Foi condecorado com o prêmio Destino Madrid em 2006, na Espanha. Fabiana Siqueira – Formada em Jornalismo pela UFSM, em 1997. Possui doutorado em Comunicação pela UFPB, com estágio de doutoramento na Universidad Complutense de Madrid.
Trabalhou na RBS Santa Maria e, desde 2009, é editora na TV Globo Nordeste. Christian Lüdtke - Formado em Ciência da Computação pela UFSM. Iniciou suas atividades em animação 2D e 3D em 1989. Atua como finalizador de VT´s publicitários, curtas e documentários. É professor da ESPM-Sul, em Porto Alegre. Claudemir Pereira – Jornalista desde 1983, pela UFSM. Atua no jornal A Razão há 26 anos. Atualmente edita o site Claudemir Pereira e atua na rádio Antena 1. Marina Chiapinotto – Jornalista graduada pelo Centro Universita´rio Franciscano em 2006. Possui especialização em Comunicação e Projetos de Mídia, pela mesma Institução e mestrado em Comunicação pela UNISINOS. Atua como professora dos cursos de Jornalismo e de Fotografia da UCS e da UNISINOS e do Núcleo de Fotografia da UFRGS. Ana Luiza Coiro - Professora do Programa de Pós-Graduação de Comunicação (PPGCOM) e dos cursos de Comunicação Social da UFSM. Doutora em Comunicação pela PUCRS. Liliane Brignol - Professora do PPGCOM e dos cursos de Comunicação da UFSM. Doutorado em Comunicação pela UNISINOS. Jornalista e ex-professora do Centro Universitário Franciscano. Rosane Rosa - Professora do PPGCOM e dos cursos de Comunicação da UFSM. Relações públicas e doutora em Comunicação pela UFRGS.
Fotos joão paulo stefanello
Ouro na categoria Artigo Científico: Luana Iensen Gonçalves e Tiéle Abreu
Prata na categoria Artigo Científico: Franciele Marques e Luana Iensen Gonçalves
Bronze em Artigo Científico: Carolina Santana, Franciele Marques e Laudia Bolzan
Ouro na categoria Monografia: Emmanuele Bueno, recebido por Evelyn Paz
Prata na categoria Monografia: Marianna Ruchiga
Menção Honrosa em Produções Diversas: Joana, Laura, Tiéle, Adriély Escouto e Thaís Hoerlle
Acadêmicos embalam a noite de encerramento
Com repertório variado e interação do público na escolha das músicas, o show de encerramento do 11º Fórum de Comunicação, realizado no dia 23 de agosto, contou com os músicos Déverson Martélli (Dé) e Victor Piaz, ambos alunos do curso de Jornalismo. A apresentação, realizada no Salão de Atos do prédio 13, teve a presença de alunos, egressos e professores da instituição. Entusiasmados com a oportunidade de mostrar seu talento diante de colegas e professores, Déverson e Victor avaliaram positiva-
mente a experiência e contaram como unem jornalismo à música. “O jornalismo e a música são grandes paixões. Na vida, a gente não tem uma paixão só. Através da minha música, eu consigo realizar muitos projetos aliados ao jornalismo. Enfim, música também é comunicação”, disse Dé. Segundo Victor, a instituição ofereceu a oportunidade de expor o que gostam de fazer. O músico destacou o prazer ao participar da apresentação. “Acho que a galera aproveitou e curtiu o momento”, comentou.
A jornalista egressa do curso Marianna Antunes, 23, que prestigiou o show, enfatizou a descontração e a animação dos estudantes no evento, que serviu como estímulo para a atividade que veio depois, o 1º Prêmio de Jornalismo da instituição. “Teve um repertório legal, para agradar a todos. Achei bom, uma boa ideia para descontrair”, avaliou Renan Mattos, 21, estudante do curso. Guilherme Daronch, Julia de Oliveira Machado e Laíz Pires Lacerda
joão paulo stefanello
Déverson Martélli e Victor Piaz tocaram para colegas e professores
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Ode à mídia pública e democratização do saber
Ouvidos abertos às demandas do povo e olhos atentos à televisão pública. O debate sobre novas possibilidades de mídia se expandiu no meio acadêmico e hoje toma as ruas. A jornalista da rede de televisão pública TVE-RS Maria Helena Ruduit discorreu sobre o assunto na primeira noite do 11º Fórum de Comunicação. Lena Ruduit, como é conhecida, introduziu o assunto lembrando-se dos primeiros anos de carreira, no qual os resquícios da censura militar dificultavam o exercício da profissão. “No final da década de 70, nós construíamos as matérias para driblar o sistema de censura. Quando acabou a ditadura, houve aceleração da produção cultural e nós tínhamos que dar visibilidade para isso”, afirma . Fim dos anos de chumbo, mas não da censura. “Em meados de 80, e no decorrer das décadas seguintes, as redações ainda sofrem com os cortes nos textos devido à incompatibilidade com os interesses do veículo informação”, critica a jornalista. Tendo em vista que a televisão ainda é o meio de comu-
GABRIEL haesbaert
TV pública trata o cidadão como protagonista
Lena Ruduit, apresentadora do Cidadania da TVE-RS, discutiu como deve ser o jornalismo público
nicação mais visto no Brasil, é de se estranhar que o espaço destinado à programação aberta tenha o predomínio de redes de televisão que, por tradição, são vinculadas a interesses mercadológicos. A televisão pública tem uma proposta diferente, trazendo
o cidadão como protagonista e estimulando o conhecimento e a crítica, visando à sustentabilidade da sociedade O clamor popular pela descentralização da mídia televisiva e pelo fim do excesso de espetáculo midiático demonstram que os interesses
A diversidade do audiovisual Luz, câmera e ação. No primeiro dia do Fórum, ocorreu o encontro temático em produção audiovisual. Três egressas do curso de Jornalismo falaram durante cerca de 50 minutos. Mariana Silveira, Bianca Zasso e Elisa Fonseca abordaram assuntos como suas passagens pelo curso, pelos laboratórios de Fotografia e Memória, Audiovisual, Telejornalismo, entre outros. A disseminação dos conteúdos audiovisuais nas redes sociais também foi pauta. Elisa disse que é a favor da distribuição por meio das redes, pois amplica o público, e sem grande ou nenhum custo pela distribuição. Bianca e Mariana citaram as diversas áreas de atuação do jornalista no ramo audiovisual, que não é somente o cinema, mas também a pesquisa como Bianca, ou roteiros e direção como Mariana. Ainda foram apresentados curtas de ficção e VTs publicitários para empresas locais, dirigidos por
Joana günther
Produção de curtas e de VTs foram assuntos abordados em painel
Mariana e Elisa. A produtora e jornalista Elisa Fonseca contou um pouco de sua história: “quando comecei a faculdade, eu tinha a intenção de seguir para o lado do fotojornalismo. Mas, durante o curso, descobri a produção audiovisual”. Ela ainda ressaltou que o cinema nacional está crescendo muito e a produção comercial está em baixa:
“qualquer pessoa com um celular com uma boa câmera pode produzir e publicar na internet”, destaca Elisa. Durante o encontro, as egressas lembraram da importância dos núcleos e laboratórios da Instituição, a qualidade do ensino e da infraestrutura que os alunos podem ter acesso. Gabriel Haesbaert
da mídia corporativa já não satisfazem mais as demandas da população. O jornalismo público tem por objetivo quebrar esse paradigma. Não há interesse pelo espetáculo da notícia que dá audiência, mas sim pela compreensão do acontecimento e forma-
ção intelectual do público. A principal vocação da televisão pública é estimular as diferentes inteligências do público. Lena Ruduit, que começou a carreira enviando textos para o órgão de censura, hoje está à frente do Cidadania pela TVE, programa de entrevistas que fomenta o debate da sustentabilidade social. Com pouco incentivo governamental e dificuldades em disputar patrocínios com mídias tradicionais, a televisão pública vai além da sua proposta. O debate sobre novas formas de mídia que respondam ao povo ultrapassou o meio acadêmico, ganha força nas ruas e consolida-se nos diferentes espaços na sociedade. Daniel de Moura Pinto
Experiência para o mercado As oportunidades geradas no período acadêmico são fundamentais para a aquisição de experiência e para a entrada segura no mercado de trabalho. Esse foi o principal conselho deixado pelas egressas de Jornalismo no encontro temático “Assessoria de Comunicação e Relacionamento com a Mídia”, realizado no 11º Fórum de Comunicação. A assessora de comunicação da Before Soluções Digitais Marinna Sellmer orientou os acadêmicos presentes no encontro a aproveitarem as oportunidades disponibilizadas pela instituição. “O estágio é fundamental para uma boa entrada no mercado. É importante que o aluno aproveite cada oportunidade durante a graduação, pois certamente fará diferença”, aconselhou. Questionada sobre as dificuldades de inserção no mercado, Kellen Höer, analista da ADVB
RS, afirma não ter enfrentado qualquer impasse. “Acredito que é preciso estar inserido desde o período da graduação para que as dificuldades sejam minimizadas. Desde o início, fiz estágio, e saí da academia empregada”, declarou. Já Fernanda Guerra, assessora de comunicação da rede Marista no Rio Grande do Sul, e Ana Karla Severo, assessora na BD Divulgação, não dispuseram de tempo para aquisição de experiência durante o período da faculdade. Fernanda conta que a qualificação profissional foi o meio que encontrou para entrar no mercado de trabalho. Ana Karla que, embora nunca tenha feito estágio, diz que a prática é fundamental para o desenvolvimento profissional. Gabriela Soldati, Pedro Corrêa Gonçalves e Victória Papalia
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Uma viagem em volta do próprio quarto
Foi uma reavaliação de um trabalho de mais de 30 anos, uma viagem dentro do quarto da jornalista e escritora Néri Pedroso. Assim a própria Néri descreveu como seria o seu trabalho, “Jornalismo como construtor de cidadania no campo da cultura”, apresentado no 11º Fórum de Comunicação. Néri apresentou conceitos de cultura, sociedade e cidadania dentro de um mundo globalizado. Também tratou a complexidade em entender essa globalização e a liquidez representada por ela, onde trabalhar com cultura em uma sociedade sem identidade e com antagonismos sociais salientes se torna uma tarefa difícil. Segundo ela, a mídia tradicional está morta, e a mesma teve de se readaptar a um mundo onde o virtual acabou se sobrepondo ao real. Em contraponto às dificuldades, Néri defende a cultura ao citar uma frase do filósofo Nietzsche, afirmando que a arte serve para que a realidade não se destrua. Após a apresentação de conceitos, a palestrante começa aquilo que descreve como “Uma viagem
kauê flores
Néri Pedroso destacou a importância do jornalismo cultural na sociedade contemporânea em volta do meu quarto”, fazendo referência ao livro de Xavier de Maistre, e que retrata o caminho percorrido por ela e as dificuldades encontradas na vida de jornalista. A escritora lembra que, saindo do campo do jorna-
lismo cultural, poderíamos pensar que, ao denunciarmos um buraco de rua, estamos construindo consciência sobre o problema, algo que poderá motivar alguém em outro momento a sair de casa em busca da solução. ”Na cultura,
Criatividade na hora de apertar o botão O flash, o diafragma e o tempo que se leva para congelar a luz de uma lanterna em uma sala escura deixaram os alunos e adoradores de fotografia de olhos e ouvidos atentos às palavras do fotografo profissional Eduardo Ramos, 27 anos. A Experimentação Estética na Composição Fotográfica foi o tema que conduziu a oficina de Ramos, com a ideia de não trabalhar muito a teoria, mas sim a prática: “O meu objetivo não era ministrar uma oficina e trazer a teoria básica para tirar fotos, mas ampliar o olhar fotográfico dos futuros colegas de profissão”. Como definem os experientes ao dizer que o bom filho à casa torna, pode-se afirmar que esse foi o sentimento que rodeava o Fórum de Comunicação. Os egressos deram palestras, oficinas e debateram. Em um momento de troca de experiências entre egressos e atuais acadêmicos, a oficina de fotografia foi extrovertida e movida por dinâmicas. Técnicas como o lightpainting, que
Pedro pellegrini
Eduardo Ramos discutiu e ensinou técnicas fotográficas
consiste em fazer desenhos ou palavras com a luz, encantaram a estudante do 2º semestre Gabriela Vargas, 17, assegurando que a técnica é fantástica e muito criativa. A fotografia em si é uma técnica simples, porém à medida que se ampliam os conhecimentos não faltam diferentes modos de motivar nas pessoas a ideia central. “As dicas e técnicas despertaram a nossa criatividade na hora de apertar o disparador”, salienta Marília Paim Lavarda,
23, estudante de Jornalismo. Da forma plural, os conhecimentos foram horizontalizados, ou seja, depois de formados, os ex-acadêmicos voltaram para repassar sua experiência em jornais, assessoria de imprensa, programas de televisão, rádio ou quaisquer que sejam os meios. “Não se pode deter o conhecimento para si, tem que lhe expôr para todos”, conclui Eduardo Ramos. Kauê Flores
mexemos com a sensibilidade das pessoas, ao afirmar ‘ei, olha aí você, veja o que fez, que bacana a sua produção’, estamos ajudando a construir cidadania”. Outro exemplo citado pela escritora foi o de montar uma biografia e situar
um artista dentro de uma história cultural de um estado, trabalho esse já feito por ela, onde a artista em questão acabou ficando muito surpresa ao perceber-se inserida em meio à uma sociedade e sua cultura. A estudante do 5º semestre de Jornalismo Karine Kinzel,19, interessou-se pelo tema e pela forma como foi abordado. Segundo ela, houve termos que chamaram muito a atenção, como plasma existencial e esquizofrenia generalizada. Karine disse ainda, que a maneira como foram tratados esses efeitos da “hipermodernidade” na sociedade foi atrativa, pela riqueza nas palavras da palestrante. Sobre as novas mídias, Néri foi enfática ao afirmar a importância destes dispositivos. Para ela, a Mídia Ninja – mídia alternativa elaborada com poucos recursos - enriquece o jornalismo com novas visões que ajudam no entendimento dessa sociedade líquida, desse novo século e ajuda a desmantelar o poder midiático concentrado de hoje. Luiz Gustavo Mousquer
Oficina apresenta desafios da edição Diferenças na edição de matérias dos telejornais JA (Jornal do Almoço) e RBS Notícias e os desafios da cobertura da tragédia da Boate Kiss foram alguns dos temas abordados na oficina de Produção e Edição em Telejornalismo. O jornalista Luís Eduardo da Silva, coordenador de Jornalismo da RBS TV Santa Maria, explicou que questões de tempo e complexidade das matérias determinam as diferentes formas de edição. O egresso do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano falou aos acadêmicos sobre o funcionamento da produção e edição dentro da emissora. Conforme Silva, a RBS TV local conta com uma produção integrada com a matriz em Porto Alegre, que no incêndio da Boate Kiss, no dia 27 de Janeiro, manteve uma parceria ainda mais forte com o telejornalismo santa-mariense. Segundo o jornalista, foi extre-
mamente difícil e delicado lidar com a situação, mas “o profissionalismo é fundamental em situações adversas”. Durante a oficina, Silva utilizou diferentes estratégias para criar uma interação com os presentes, entre elas uma simulação de produção de espelhos (prévia das matérias que irão ao ar) e de produção de pautas. Essas atividades proporcionaram aos grupos de alunos uma nova perspectiva sobre as produções jornalísticas em Santa Maria, como a cobertura da tragédia. Sobre a oportunidade de voltar à instituição onde se formou, o jornalista declarou que gosta de ter contato com os jovens, da empolgação mostrada por eles, destacando que é gratificante ver que a paixão pelo jornalismo ainda está acesa nos atuais acadêmicos. Camila Camargo Scapin, Gabriela Vieira Iensen e Guilherme Luz Motta
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Trajetórias da pesquisa científica em painel natalia sosa
Acadêmicos de Jornalismo que se interessam por pesquisa puderam tirar dúvidas sobre o tema durante o 11º Fórum de Comunicação. O painel Estudos de Jornalismo foi apresentado pelas egressas Letícia Poerschke de Almeida e Francieli Jordão Fantoni, atuantes na área de pesquisa no Brasil, e Letícia Sarturi Isaia, pesquisadora em Braga, Portugal. Letícia Almeida destacou sua experiência ao fazer o Trabalho Final de Graduação (TFG). “No primeiro semestre, escolhi meu tema: recepção”, comenta. Ela Organizou o material no sexto semestre, sob a orientação do professor Maicon Kroth, e abordou o interesse dos moradores na área rural pelo rádio. Segundo Letícia, as pessoas colaboraram com simpatia. Seu objetivo era saber como a população da área rural se apropriava da informação por
meio do rádio. Atualmente, faz especialização em Assessoria e Comunicação Política na UNISC. Franciéli Fantoni, mestranda em Comunicação pela UFSM, pesquisa mídia e religião. Por meio das redes sociais, acompanha o perfil de líderes evangélicos, especificamente os que têm programas na TV. Ela detém a investigação nas estratégias desses líderes para conquistar seguidores. Segundo Franciéli, 90% dos líderes evangélicos estão nas redes sociais. “Então, por que não estudá-la?, questiona. “A respeito do TFG, o primeiro desafio é definir o problema de pesquisa, pois é ele movimenta todo o trabalho. O ideal é organizá-lo com antecedência”, aconselha a pesquisadora, que teve como orientador do TFG o professor Antônio Fausto Neto.
Egressas discutiram a importância da pesquisa em Jornalismo
Moda Plus Size nos blogs é o objeto de pesquisa de Letícia Isaia, que já analisou mais de 2 mil posts referentes ao assunto. Na Universidade do Minho, em Portugal, dedica-se às investigações sobre identidade de gêneros no jornalismo. A mestranda explica que seu interesse é identidade e repre-
O tempo e a informação nas ondas do rádio O tempo nos dias de hoje é considerado um grande desafio. Por hora flutua como aliado e em outro lado surge como imprevisto. A diferença desse jogo está em aproveitar essas situações e produzir, inovar e, acima de tudo, informar. O rádio é um meio de comunicação que usufrui muito desses quesitos. Estas situações e a instantaneidade foram o enfoque da oficina com o jornalista e coordenador da rádio Gaúcha Santa Maria, Guilherme Zanini, no 11º Fórum de Comunicação. Motivador, Zanini iniciou a oficina demonstrando a importância de ser jornalista: “Devemos entender a tamanha responsabilidade que temos com a sociedade, a utilidade na vida das pessoas é de suma importância, assim você cria laços de fidelidade com o ouvinte”. Entre um exemplo e outro de vivências na profissão, o jornalista focava as atenções no dia-a-dia de uma emissora, simulava situações e debatia maneiras de solucioná-las. Para o aluno de jornalismo Lucas Amorim, 23 anos, a oficina despertou o seu interesse, pois entre os meios de comunicação, o rádio é seu favorito. Amorim também exalta sua admiração pelo oficineiro e reforça o desejo de seguir na área: “Admiro
sentação social devido às experiências familiares. “Fui criada em um lar matriarcal, pois em minha casa as mulheres sempre foram maioria. Por isso, interessei-me em investigar perfis femininos na sociedade. A esse interesse, associei à moda que é um assunto importante no contexto feminino e do qual eu
gosto muito”, esclarece. Para o TFG, Letícia estudou o Blog Garotas Estúpidas, sob a orientação da professora Daniela Hinerasky. Letícia defende o interesse das brasileiras no assunto e pergunta: “Quem de vocês não dá uma espiadinha nos blogs de moda”? A professora Luciana Carvalho, mediadora do painel, destaca a importância de o acadêmico conhecer a pesquisa, já que é outro campo de atuação. “Todos os acadêmicos passarão por esta área que tem ‘tudo a ver’ com a prática jornalística”, argumenta. O objetivo do painel foi incentivar a pesquisa. As palestrantes finalizaram aconselhando os participantes a fazerem parte de grupos de pesquisa nos cursos. Luisa Neves
Aula de conscientização
marilia lavarda
Guilherme Zanini mostrou o cotidiano de uma emissora de rádio
muito o Guilherme Zanini. É um grande jornalista a ser seguido. Mesmo com pouca idade, já carrega grandes experiências. É esse caminho que quero seguir, construindo a cada dia uma relação fascinante com o rádio”. Apoiado em gravações retiradas da programação da Gaúcha, Zanini apresentou formatos de programas e chamou a atenção desde a voz da locução até os critérios de noticiabilidade, tais como proximidade e significância. Gabriela Soldati, 22 anos, também aluna de Jornalismo da instituição, não titubeou e cravou o rádio como sua principal paixão. Ela procurou a oficina para se informar mais sobre o que acontece por trás do microfone, a produção. Gabriela elogiou
a atuação de Guilherme: “Foi maravilhoso. Ele nos fez pensar e executar perante as situações, interagiu com a turma e deixou um gostinho de quero mais”. Zanini é só agradecimentos à Instituição O egresso relata a experiência como sensação única e espera ter contribuído para a formação de jornalistas. O oficineiro acredita que houve uma compreensão de suas explicações. Zanini observa que tentou ao máximo colocar os alunos dentro de uma empresa radiofônica, para que simulassem e desenvolvessem atitudes perante aos acontecimentos, visando o ouvinte, contribuindo para sociedade. Victor Piaz
É um tema osso duro de roer. Em meio a tantas discussões sobre poluição, aquecimento global e buraco na camada de ozônio, o meio ambiente continua preocupando a população. Esse é um assunto que merece mais da atenção de todos, como alertou a egressa do curso de Jornalismo Bárbara Henriques na oficina Jornalismo Ambiental: percepção e sensibilidade para a produção de reportagens, no 11º Fórum de Comunicação. A oficina teve como proposta o Jornalismo Ambiental como forma de transformar e educar o leitor, como afirma Bárbara: “No jornalismo ambiental, não há imparcialidade. Ele deve ser sensível para tocar o leitor”. Bárbara dividiu a oficina em dois períodos. No primeiro, apresentou um histórico do jornalismo ambiental e comentou sobre o papel do jornalista diante da sociedade, como assegura: “O jornalista precisa abrir os olhos do leitor”. No segundo período, foram colocadas situações para conscientizar os participantes. A ministrante ainda falou sobre a falta de especialidade para tratar do meio ambiente. “Não basta ser jornalista, é preciso conhecer sobre o que se
escreve, para então alcançar o que se espera”, disse. Durante a oficina, Bárbara destacou que o meio ambiente é o lugar em que vivemos, por isso, deve estar em todas as pautas e ser contextualizado com o que está acontecendo, desde o aumento do dólar até a morte dos peixes no rio. E como tornar o texto sensível para o leitor? “É preciso se perguntar, ser crítico com o próprio trabalho. Assim, o texto, automaticamente, vai chegar ao leitor de forma a conscientizá-lo”, argumenta. Para a estudante de Jornalismo Luzieine Rodrigues, 20 anos, a atividade despertou a percepção de que meio ambiente não é só Floresta Amazônica, mas também o lugar que vivemos e tudo o que nos rodeia. Camila Jardim, 18, também estudante de Jornalismo, ressalta: “Eu pensei que seria uma oficina simples, sobre tudo que ouvimos falar sempre, mas não, aprendi muito e foi ótima”. Por fim, Bárbara enfatizou que a matéria tem o poder de transformar, sensibilizar e educar. Emanoela Decian
28ª Impressão Jornal Experimental do Curso de Jornalismo - UNIFRA
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Uma década de dois cursos em exposição Guilherme Benaduce
Exposição de dez anos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda trouxe linha do tempo, produções em diferentes mídias e fotografias de quem fez parte da história fotos daniela reske
Dentro das comemorações dos 10 anos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda foi realizada a exposição dos trabalhos dos acadêmicos, professores, egressos e coordenadores dos cursos. A professora Laura Fabrício, uma das organizadoras da exposição, conta que foram selecionadas 1660 imagens do Laboratório de Fotografia e Memória, desde que ele foi criado, em 2003. “A escolha das fotos partiu do propósito de mostrar alunos, professores e pessoas ilustres que passaram por aqui em fóruns e palestras”, explica. Ao selecionar as imagens, os integrantes do laboratório perceberam que não havia fotos deles, o que destaca, segundo a professora, o principal trabalho do fotojornalista, servir ao outro. A escolha do slogan “É muita pauta para um anúncio só” partiu do princípio de que dentro das duas atividades existem práticas bem marcantes. “Procurando dentro dessas práticas, encontramos a pauta e o anúncio, os quais foram escolhidos pelos redatores da GEMA para dizer que tem muita coisa para mostrar em um anúncio só”, comenta a professora Janea Kessler, uma das coordenadoras da agência experimental de propaganda.
Segundo a professora Sione Gomes, coordenadora do curso de Jornalismo, divulgar os cursos de Comunicação Social da Instituição é um dos objetivos da exposição, uma vez que 10 anos de curso por si só são significativos para registrar o fortalecimento de ambos. “De que forma a gente consegue resgatar essa trajetória? Que elementos nos remetem a este período? Através destes questionamentos, surgiu a ideia de trazer os formados desde a primeira turma, os professores desde o início, os primeiros registros técnicos até a estrutura física ao longo destes 10 anos. Mas, com certeza, a principal finalidade é mostrar uma trajetória que começou lá em 2003”, relata a coordenadora. Para a coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda, Sibila Rocha, a exposição traduz 10 anos de muito trabalho. “O mais interessante é que esta exposição traduz o lado humano e a sensibilidade com os quais estes cursos trabalham. Nós temos as tecnologias, mas estas são apenas mediações de histórias de vida. Por isso, é que esta exposição está tão alegre, pois mostra as vidas que se formaram aqui e, ao mesmo tempo, revela uma projeção do futuro”, relata. Luisa Neves
As organizadoras da mostra da Comunicação Social, professoras Janea Kessler, Ceres Zago, Sione Gomes e Laura Fabrício, com a irmã reitora Irani Rupolo durante o lançamento
Organizadoras destacam principais momentos Sione Gomes – Várias situações ao longo destes 10 anos são significativas. Do ponto de vista individual, as formaturas, do ponto de vista coletivo, a longevidade dos cursos. Nós temos um fórum que se estende desde o primeiro ano, uma agência de publicidade forte, publicações, além de um laboratório que registra nossa memória. Destaco também
a evolução dos laboratórios. Sibila Rocha – Cada etapa teve suma importância. A criação, o chamamento dos alunos, depois o reconhecimento pelo MEC, no qual recebemos o melhor conceito. Destaco a consolidação dos cursos, quando ambos impactam o mercado de trabalho. Laura Fabrício – O que
nos consagra neste momento é saber justamente o quão importante é o trabalho do Laboratório de Fotografia e Memória, pois junto com outros trabalhos de outros colegas, podemos contar a própria história. O que se destaca é isso: poder fazer parte destes 10 anos, contando a história do Jornalismo e da Publicidade e Propaganda.