Livro de farmacologia médica capítulo i

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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL

Fortaleza-Ceará Dezembro de 2015

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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

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RESUMO: Os inibidores da bomba de prótons (IBPs), são medicamentos que inibem a enzima H+, K+ ATPase (ou bomba de prótons) realizando a supressão ácida gástrica. Atualmente, são comercializados seis representantes desta classe: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol e dexlansoprazol.


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SUMMARY : The proton pump inhibitors (PPIs ) are drugs that inhibit the enzyme H + , K + ATPase ( or proton pump ) performing gastric acid suppression

.

Currently

marketed

six

representatives of this class : omeprazole, lansoprazole

,

pantoprazole,

rabeprazole

esomeprazole and dexlansoprazole .

,


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Inspirado na doutrinação desenvolvida na

Faculdade

universitária,

ATENEU, base

instituição

da

formação

especializada em Farmacologia Clínica, do autor, dedicamos esta obra aos docentes da Faculdade mencionada, em particular aos professores da TURMA DE FARMACOLOGIA CLÍNICA, GRUPO VII. Aqui representa todos os docentes, o orientador Professor Dr. Rivelilson Mendes de Freitas. http://www.bookess.com/read/24198-farmacologiaclinica-uso-racional-de-medicamentos-na-medicinageral-e-especializada/

Na

podemos

perder

de

vista,

a

Universidade Metropolitana de Santos, Curso Licenciatura em Biologia responsável ainda, pelas bases de formação do autor no Curso mencionado. Agradecimentos especiais a Professora Camila Rocha – Coordenadora do nosso Núcleo em Fortaleza.


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Agradecimentos Interamericana,

a

Curso

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Universidade de

Mestrado,

inspirador da formação do autor nos estudos em Neurociências. Sentimentos de respeito a Professora Doutora Elisete Mota SYF Coordenadora de Intercâmbio Educacional para o Exterior. A presente série que ora iniciamos é dedicada ao Instituto Universitário Italiano de Rosário, onde o autor espera desenvolver seus estudos de Doutorado em Medicina, e já desenvolve

campanha

em

busca

de

financiamento para seu projeto de pesquisa. O nosso futuro doutorado, nos dias atuais é acreditado

pela

Resolução

CONEAU

n°390/08, e se desenvolve na modalidade intensiva, na sede do IUNIR na cidade de Rosário,

Argentina.

Concluo

os

agradecimentos parafraseando o mestre: Dr. Mario A. Secchi:


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“É de conhecimento de todos que realizar uma tese de doutorado implica levar ao final a tarefa relevante

e

original

de

investigação, mas no nosso caso vamos

além,

objetivos

pois

um

primordiais

doutorado

em

dos do

Ciências

Biomédicas da IUNIR é ‘promover a investigação original na área das Ciências Biomédicas para contribuir

no

avanço

conhecimento interdisciplinar’(...)”.

do

científico


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Inspired

by

the

9

indoctrination

developed at the Faculty Athenaeum, university,

foundation

of

specialized

training in Clinical Pharmacology, the author, we dedicate this work to the Faculty of

teachers

teachers

mentioned CLASS

in

OF

particular CLINICAL

PHARMACOLOGY, group VII. Here is all the teachers,

the

advisor

Professor

Dr.

Rivelilson Mendes de Freitas. http://www.bookess.com/read/24198-farmacologiaclinica-uso-racional-de-medicamentos-na-medicina-gerale-especializada/

In we lose sight of the Metropolitan University of Santos, Course Degree in Biology responsible also the author of the training bases in that course. Special thanks to Professor Camila Rocha - Coordinator of our Center in Fortaleza.


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Thanks to Inter-American University, Master's Degree, inspiring the formation of the author in studies in Neuroscience. Feelings of respect to Professor Elisete Mota

SYF

-

Educational

Exchange

Coordinator for Overseas. This

series

started

praying

is

dedicated to the Italian University Institute of Rosario, where the author hopes to develop his Doctoral studies in medicine, and already develops campaign for funding for your research project. Our future doctoral

nowadays

is

accredited

by

Resolution CONEAU No. 390/08, and is developed in the intensive mode at the headquarters

of

IUNIR

in

Rosario,

Argentina. I conclude thanks to paraphrase the master: Dr. Mario A. Secchi:


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"It is known to all who hold a doctoral thesis entails taking at the end of the relevant and original task of research, but in our case we go beyond because one of the primary doctorate goals in IUNIR of Biomedical Sciences is' to promote original research in field of Biomedical Sciences to contribute

to

the

advancement

of

interdisciplinary scientific knowledge '(...) ".


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Juramento de Hipócrates Não

permitirei

que

considerações

de

religião,

nacionalidade,

raça,

partido

político, ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente. Guardarei absoluto

pela

respeito Vida

Humana

desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus conhecimentos Médicos contra as leis da Humanidade. Faço

estas

promessas

solenemente, livremente e sob a minha honra.


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Sumário Geral 1. Os inibidores da bomba de prótons (IBPs). 2. Medicamentos que inibem a enzima H+, K+ ATPase (ou bomba de prótons). 3. Supressão ácida gástrica. 4. Fármacos

representantes

classe - (IBPs). 5. Omeprazol. 6. Lansoprazol. 7. Pantoprazol. 8. Rabeprazol. 9. Esomeprazol. 10. Dexlansoprazol.

desta


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Resumo. Os inibidores da bomba de prótons (IBP) suprimem fortemente a secreção de ácido

gástrico,

não

demonstrando

diferenças terapêuticas significativas entre os representantes do grupo. Há evidências de sua eficácia no tratamento e prevenção de manifestações e complicações de doença péptica e doença do refluxo gastrintestinal. São

especialmente

indicados

em

pacientes com hipergastrinemia, síndrome de Zollinger-Ellison e úlceras pépticas duodenais refratárias a antagonistas H2. Apesar das controvérsias, há benefício provável no tratamento de dispepsia que se manifesta com pirose e regurgitação. Porém, não há evidência de eficácia em tratamento e prevenção secundária de sangramento digestivo alto (SDA) e em


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prevenção

primária

de

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sangramento

digestivo alto por úlcera de estresse. Adicionalmente, esses fármacos, como outros, aumentam o risco de pneumonia nosocomial

em

pacientes

gravemente

enfermos. Também se observa uso desmedido desses medicamentos em indivíduos com queixas dispépticas, o que deve ser revisto pelos potenciais efeitos adversos e o custo acarretado. Todos os representantes do grupo têm similar eficácia clínica, embora haja algumas diferenças farmacocinéticas.


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Sumário do Capítulo I

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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) RESUMO......................................................................... SUMMARY..................................................................... Juramento de Hipócrates................................. ..... Sumário......................................................................... Resumo......................................................................... 1 – Introdução a teoria da bomba de prótons, ou bomba H+-ATPase............................ 1.1 - Protões. (prɔˈt w 1.2 - Teoria do prɔˈt w X a prática farmacológica.............................................................. 1.2.1 - Resumo anatomofisiológico do Apd – Segmento, Estomago................................................ 1.2.2 - Suco gástrico.................................................. 1.2.3 - Anatomia do Estômago............................. 1.2.4 – Fisiologia do Estômago............................ 1.2.4.1 – Resumo Conclusão na Fisiologia do Estômago...................................................................... 1.2.4.1.1 – Estômago.................................................


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1.2.4.1.1.1. – Fisiologia do Estômago................ 1.2.4.1.1.1.1. As funções do estômago.............. 1.2.4.1.1.1.1.1 - Reservatório e transferência controlada de quimo para o intestino delgado......................................................................... 1.2.4.1.1.1.1.2 - Trituração de o bolo alimentar, com redução do tamanho das partículas...................................................................... 1.2.4.1.1.1.1.3 - Função digestiva pela hidrólise de proteínas pela pepsina, de lipídios pela lipase.................................................... 1.2.4.1.1.1.1.4

-

Produção

do

fator

intrínseco, uma glicoproteína de 55kDa, indispensável para a absorção da vitamina B12................................................................................... 1.2.4.1.1.2. Motilidade gástrica............................ 1.2.4.1.1.2.1 - As regiões do estômago……… 1.2.4.1.1.2.2 - Revisão da invervação, plexo intrínseco, marca passo e arranjo das fibras musculares em camadas........................................


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1.2.4.1.1.2.3

-

Relaxamento

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gástrico

receptivo....................................................................... 1.2.4.1.1.2.4 - Motilidade gástrica na fase digestiva......................................................................... 1.2.4.1.1.2.5 - Motilidade gástrica na fase interprandial................................................................ 1.2.4.1.1.3. Secreção gástrica exócrina............. 1.2.4.1.1.3.1 - Componentes orgânicos............. 1.2.4.1.1.3.1.1 – Pepsinogênio.............................. 1.2.4.1.1.3.1.2 – Lipase............................................ 1.2.4.1.1.3.1.3 – Fator intrínseco......................... 1.2.4.1.1.3.2 - Componentes eletrolíticos........ 1.2.4.1.1.3.3 - Mucosa e glândulas gástricas... 1.2.4.1.1.3.4 - A células parietais......................... 1.2.4.1.1.3.5 - As células principais.................... 1.2.4.1.1.3.6 - As células secretoras de muco da superfície gástrica............................................... 1.2.4.1.1.3.7 - Controle da secreção nas células parietais......................................................... 1.2.4.1.1.3.8 - Controle da secreção de pepsinogêno pelas células principais...............


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1.2.4.1.1.3.9 - Fases do controle da secreção gástrica........................................................................... 1.2.4.1.1.3.9.1- Fase cefálica.................................. 1.2.4.1.1.3.9.2 - Fase gástrica................................ 1.2.4.1.1.3.9.3 - Fase intestinal............................. 1.2.5. Fisiopatologia.................................................. 1.2.5. 1- Refluxo.......................................................... 1.2.5.2 - Retardo no esvaziamento gástrico... 1.2.5.3 - Esvaziamento gástrico acelerado...... 1.2.5.4 – Vômito.......................................................... 1.2.6. - Correlação Teoria do prɔˈt w X a prática farmacológica e a desnutrição do paciente.......................................................................... 1.2.6.1 - Comentários desenvolvidos ao longo dos anos 2012-2015.................................... 1.2.6.2 - Ácido Clorídrico........................................ 1.2.6.3 - Ácido Clorídrico baixo............................ 1.2.6.4 -Excesso de Ácido Clorídrico................. 1.2.6.5 - Hipocloridria............................................. 1.2.6.6 – Acloridria.................................................... 1.2.7 - Proteína integral de membrana............


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1.2.8 - As micelas...................................................... 1.2.9 - Farmacologia Clínica na prática............ 1.2.10.1 - Dodecil sulfato de sódio.................... 1.2.10.1.1 -

Atenção para os compostos

relacionados................................................................ 1.2.10.1.2 -

ALS é classificado como um

sulfato de alquila....................................................... 1.2.10.1.3 - Outros nomes: Sal de amônio do éster monodecílico............................................. 1.2.10.1.4 - Dodecil sulfato de sódio................ 1.2.10.1.5 - Danos e riscos a saúde individual..................................................................... 1.2.10.1.6 - A humidade ou umidade................ 1.2.10.1.7 - Preocupações de saúde.................. 1.2.10.1.8 - O produto [Lauril Sulfato de Sódio

-

LSS]

e

a

referência

de

CARCINOGÊNESE...................................................... 1.2.10.1.9 – Dioxano................................................ 1.2.10.1.10 - Conheça substâncias que podem liberar o dioxano........................................


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1.2.10.1.11 - Vamos entender e conhecer os perigos da dioxina..................................................... 1.2.10.1.12

-

História

e

processos

industriais.................................................................... 1.2.10.1.13 - Problemas causados pelas dioxinas......................................................................... 1.2.10.1.14 - Emissões de dioxinas.................... 1.2.10.1.15 - Exposição............................................ 1.2.10.1.16 - Alternativas....................................... 1.2.10.1.17 - Como evitar a exposição?............ 1.2.10.1.18

-

Micro-ondas:

aquecer

alimentos em recipientes de plástico pode liberar dioxinas......................................................... 1.2.10.1.19 - Funcionamento................................ 1.2.10.1.20 - Impactos no uso cotidiano.......... 1.2.11 - Cloreto de benzalcônio (catiônico)... 1.2.12 - Tensioativos ou tensoativos................ 1.2.13

-

Cocamidopropil

betaína

(zwitterionico)............................................................ 1.2.14 - Octanol (álcool graxo, não iônico)..... 1.2.15 - Créditos especiais.....................................


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1.2.16 - “Pim” – Função.......................................... 1.2.17 - Receptores. Exemplos.............................


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FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL PROFESSOR CÉSAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA OS INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBPS) CAPÍTULO I

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1 – Introdução a teoria da bomba de prótons, ou bomba H+-ATPase. A

bomba

de

prótons

efetua

o

transporte ativo de protões através da membrana de uma célula, mitocôndrio ou outro compartimento subcelular, contra a gradiente de concentração. Preliminarmente em caráter geral podemos dizer que uma bomba de prótons, ou bomba H+-ATPase, é uma proteína integral de membrana, que funciona a partir da hidrólise de ATP em ADP e fosfato. 1.1 - Protões. (prɔˈt w) Inicialmente

esclarece-se

que

na

literatura de língua portuguesa, português do

Brasil

e

português

da

Europa,

encontraremos a palavra “protões” como nome masculino plural de protão. Do

grego

“primeiro”+(electr)ão.

prõtos,


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Sentido literal - nome masculino que em

FÍSICA

é

partícula

elementar,

constituinte dos núcleos atômicos, de massa quase igual à unidade (na escala de massas atômicas) e carga positiva, igual em valor absoluto à do eletrão (Porto: Porto Editora, 2003-2015). O protão é uma partícula constituinte do átomo, com carga eléctrica positiva 1,602 176 487 x10-19 C (carga elementar) e massa (em repouso) 1,672 6231 x10-27 kg, que está presente no núcleo atômico. No nosso contexto, em química e em bioquímica, o termo “protão” pode referirse ao “ião” hidrogênio em solução aquosa (ião oxônio). Neste contexto, um doador de protões é um ácido e um aceitador de protões é uma base (IUPAC Gold Book). De fato, o prótio, isótopo ultra maioritário do hidrogênio, é formado por


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um núcleo com um único protão e sem qualquer

neutrão

e

de

uma

nuvem

eletrônica de um só eletrão. Um destes átomos de hidrogênio ao perder um eletrão é, portanto, um protão livre. Numa solução aquosa, não se pode distinguir verdadeiramente entre o “ião oxônio”, H3O+, e o protão, H+, pois este último

tem

tendência

a

formar

constantemente ligações com moléculas de água (CODATA, 2007; B. Povh, Klaus Rith, Christoph Scholz, and Frank Zetsche, 1999). 1.2 - Teoria do prɔˈt w X a prática farmacológica.

(Iconografia 1)


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Um dos inibidores da bomba de protões... A presença de ácido no estômago é indispensável para o correto processo de digestão dos alimentos, nomeadamente das proteínas. A diminuição da acidez no estômago vai condicionar a capacidade de digestão dos alimentos, diminuir a absorção de alguns

nutrientes

levando

a

défices

importantes que importa prevenir. Recomendando o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=TUsoXP7Y4fQ

Ressalte-se que a acidez do meio gástrico

contribui

de

forma

muito

importante para matar os microrganismos, bactérias e fungos, ingeridos juntamente com os alimentos, e que não estão adaptados a sobreviverem em meio ácido, impedindo a intestino.

sua progressão para o


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Se este tipo de bactérias e fungos invade e prolifera no intestino delgado podem dar origem a alterações da flora intestinal, permitindo o desenvolvimento de germens oportunistas e podendo estar na origem de colites por vezes dificilmente diagnosticadas. O ácido clorídrico é um componente importante que ajuda no processo de digestão. É importante conhecer detalhes a respeito dos níveis normais de ácido clorídrico no estômago. O estômago é o órgão que é uma parte importante do sistema digestivo. Este é o órgão que é responsável pela digestão dos alimentos que é transportado a partir da boca para o estômago através do esófago. As enzimas que estão presentes no estômago, que digerir o alimento requerem


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um

pH

ácido

para

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funcionar

adequadamente. Isto é, onde o ácido clorídrico entra em jogo. A função principal de ácido clorídrico no estômago é o de proporcionar um pH adequado para o funcionamento normal das enzimas ali presentes. Por exemplo, o ácido clorídrico ajuda a converter pepsinogênio à pepsina, que é responsável por quebrar as proteínas no estômago. 1.2.1 - Resumo anatomofisiológico do Apd – Segmento, Estomago. O

estômago

seve

como

um

reservatório para os alimentos ingeridos, que ali são armazenados e misturados com as secreções gástricas. Forma-se,

assim,

uma

massa

semilíquida denominada quimo, que vai sendo progressivamente liberada para o


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intestino delgado, de acordo com sua capacidade de absorção. O estômago esta dividido em vários seguimentos. Citemos: 

Cárdia: A região em que ele se junta ao esôfago;

Corpo: A porção central, onde ocorre a secreção de enzimas digestivas que se misturam com o bolo alimentar;

Fundo: Porção mais alta, que serve com reservatório

Antro porção mais distal: Ajuda na mistura do alimento com as secreções para produzir o quimo

Piloro: Que é um esfíncter, um músculo circular sua função é regular a velocidade de saída do quimo para o

intestino

delgado, através do

orifício. O estômago também tem movimentos peristálticos que ajudam


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a misturar o alimento com o suco gástrico. Podemos didaticamente afirmar que as principais substâncias que constituem a secreção gástrica são: 

Acido Clorídrico: Que tem como ação corrosiva e prepara o alimento para a ação das enzimas gástricas;

Pepsina: Enzimas que digere as proteínas;

Mucina: Um muco que recobre a parede do estomago, protegendo-a do ambiente acido;

Lípase gástrica: Enzima que digere as gorduras;

Amilase gástrica: Enzima que digere o amido (Açúcares existentes nos vegetais);


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O estômago, nos humanos, é a parte do tubo digestivo em forma de bolsa, situado entre o esôfago e o duodeno. Encontra-se situado por debaixo do diafragma, no lado esquerdo do abdômen. (Situação:

Epigástrio

esquerdo do Abdômen).

(Iconografia 2)

&

Hipocôndrio


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O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a decomposição dos alimentos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase

um

litro

e

meio

de

comida,

possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos. O segmento superior é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade,


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no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade. O segmento inferior é denominado "porção horizontal", está separada do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é a cárdia. O estômago compõe-se de quatro túnicas: serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O

estômago

peristálticos homogeneização

que

tem

movimentos

asseguram

sua


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37

1.2.2 - Suco gástrico. O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na presença de ácido clorídrico,

quebra

as

moléculas

de

proteínas em moléculas menores. A renina coagula o leite, e a lipase age sobre alguns tipos de gordura. A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. O

Aparelho

Digestivo,

segmento

estômago, pode ser alvo de diversas patologias. As doenças e problemas gástricos do estômago são numerosos: úlcera, câncer, a dispepsia (indigestão gástrica), tumores malignos e benignos (raros), gastrite,


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afecções decorrentes das cicatrizes das úlceras curadas, etc. 1.2.3 - Anatomia do Estômago. ANATOMIA INTERNA DO ESTÔMAGO. O estômago tem aproximadamente a forma dum J e para melhor localizarmos as lesões dividimo-lo em três partes: 

1 - O fundo do estômago: Que é a porção mais alta.

2 - O corpo do estômago: Porção do estômago entre o fundo e antro.

3 - O antro: Que vai do corpo do estômago até ao piloro. A porção inicial do estômago logo

depois do esófago chama-se cárdia. Através do piloro o estômago se comunica com a parte inicial do intestino delgado - o duodeno. A parede do estômago é constituída por fibras musculares.


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(Iconografia 3)

(Iconografia 4)

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40

(Iconografia 5) 1.2.4 – Fisiologia do Estômago. FUNÇÕES DO ESTÔMAGO. O

estômago

mecânica. alimentos

exerce

uma

função

Faz o armazenamento dos e,

através

de

movimentos,

vaivém, mistura-os e transforma-os em


41

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pequenas partículas que irão facilitar a digestão. A digestão é a transformação dos alimentos, para serem absorvidos. A face interior da parede do estômago é coberta por uma mucosa que contêm células especializadas

na

secreção

de

várias

substâncias, sendo que nos dois terços superiores do estômago essas células da mucosa segregam ácido clorídrico, o fator intrínseco pepsinogênio

(células (células

parietais)

e

principais).

O

pepsinogênio dá origem a uma enzima, a pepsina, com funções na digestão. No terço inferior do estômago, que corresponde ao antro, às células da mucosa segregam gastrina (células G).

A gastrina é uma

hormona que estimula as células parietais do corpo do estômago a produzir ácido clorídrico. O ácido clorídrico baixa o pH do estômago para valores que são necessários para ativar as enzimas da digestão e servir


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de barreira às bactérias. Podemos citar e em seguida comentar, que das bactérias perigosas que habita o estômago, existe a Helicobacter pylori, um agente patogênico que desenvolveu nas mutações genéticas mecanismos, para se defender do ácido. Na iconografia

que

segue,

retiramos

as

imagens do Fígado e a Vesícula, para melhor vislumbrar o estômago e duodeno (Imagens postadas com autorização nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0).

(Iconografia 6)


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

43

A digestão começa na boca por ação de duas enzimas, a amilase e a lipase, que transformam o amido e as gorduras e, continua no estômago por ação da pepsina que transforma as proteínas. A maior parte da digestão é, no entanto, feita no intestino delgado pelas enzimas do pâncreas, pela ação detergente da bílis e, pelas enzimas da mucosa do intestino delgado. Com exceção do fator intrínseco, que é necessário para que a absorção da Vitamina B12 seja possível no intestino delgado, as outras secreções importantes Podemos

do

estômago

para viver,

a

são

digestão

pouco normal.

perfeitamente,

sem

estômago. Como o fator intrínseco é indispensável para que se faça a absorção da Vitamina B12 no intestino delgado, é necessário, injetar Vitamina B12 às pessoas com gastrite autoimune, cujo estômago não produz fator intrínseco e, às pessoas, às


44

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

quais,

cirurgicamente

foi

retirado

o

estômago. Sem fator intrínseco, a Vitamina B12 não se absorve no intestino delgado e, como consequência da fata de Vitamina B12 aparece

alterações

neurológicas.

As

doenças do estômago, com expressões clínicas, mais frequentes são Dispepsia Funcional

(de

longe

a

doença

mais

frequente do estômago), a Úlcera do Estômago, Gastropatia Erosiva ("Gastrite" erosiva) e o Cancro do Estômago. A gastrite causada pelo Helicobacter pylori é, a lesão mais

frequente

do

estômago,

mas,

habitualmente, não causa sintomas. Outras doenças do estômago são pouco frequentes, como exemplos tumores benignos, *volvo do estômago, gastrite autoimune, gastrites específicas,

doença

de

Ménétrier,

divertículo do estômago, bezoares, estenose hipertrófica do piloro. Nota em relação o *“volvo gástrico”, podemos

descrever


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

45

como se caracterizando por uma rotação anómala do estômago superior a 180º. Podendo ocorrer em qualquer idade, tendo maior incidência aos 50 anos, embora 1020% dos volvos gástricos ocorram em crianças com menos de 1 ano. Existem duas formas etiológicas, a primária ou idiopática, que afeta 25% dos doentes, em resultado de adesões ou alterações nos ligamentos suspensores

do

estômago.

A

forma

secundária ocorre em 75% dos casos e pode ter origem em alterações da anatomia ou função gástrica como por hérnia do hiato, hérnia diafragmática por traumatismo, obstrução pilórica com dilatação crônica do estômago, cirurgia gastresofágica prévia e bridas. A evolução clínica desta patologia depende do desenvolvimento temporal, agudo versos o crônico, e tipo de volvo e grau de obstrução. O volvo gástrico pode ser diagnosticado por TC, no entanto o meio


46

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de diagnóstico Gold-standard é o estudo fluoroscópico

do

tubo

digestivo

com

contraste de bário(Chau B, Dufel S. 2007; Pinho A, Lopes S, Martinho F.; Rashid F, Thangarajah T, Mulvey D, Larvin M, Iftikhar SY., 2010).

Concluindo: • O volvo gástrico, embora seja uma entidade rara, pode constituir-se como emergência, sendo importante o seu precoce

reconhecimento

e

atitude

terapêutica. •

O

exame

digestivo

fluoroscópico

com

contraste

do

tubo

baritado

permite uma excelente caracterização e classificação do volvo gástrico nas suas três variantes: Organoaxial, Mesenteroaxial e Misto. A endoscopia alta é, hoje, a técnica mais utilizada para observar o estômago. O estudo radiológico do estômago passou a realizar-se muito menos desde que na


47

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década de 1970, apareceu a endoscopia. A endoscopia permite, não só, observar e fotografar as lesões do estômago, mas também, colher fragmentos para exame histológico,

colher

fragmentos

para

pesquisar o Helicobacter pylori e, realizar várias técnicas terapêuticas: tratamento de lesões sangrantes, extração de pólipos, extração de corpos estranhos etc. 1.2.4.1 – Resumo Conclusão na Fisiologia do Estômago. 1.2.4.1.1 – Estômago. 1.2.4.1.1.1. – Fisiologia do Estômago. 1.2.4.1.1.1.1. As funções do estômago. 1.2.4.1.1.1.1.1

-

Reservatório

e

transferência controlada de quimo para o intestino delgado. 1.2.4.1.1.1.1.2 - Trituração de o bolo alimentar, com redução do tamanho das partículas.


48

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1.2.4.1.1.1.1.3 - Função digestiva pela hidrólise de proteínas pela pepsina, de lipídios pela lipase. A secreção de HCl acidifica o quimo, ajustando o pH ao ótimo para a ação da protease.

O

pH

ácido

tem

efeito

antisséptico, hidrolisa os pepsinogênios e é o meio adequado para a ação da pepsina. 1.2.4.1.1.1.1.4

-

Produção

do

fator

intrínseco, uma glicoproteína de 55kDa, indispensável para a absorção da vitamina B12. 1.2.4.1.1.2. Motilidade gástrica. De modo bem sintético, é possível salientar quatro principais funções motoras do estômago: 

A acomodação de o bolo alimentar;

A mistura de o bolo alimentar com a secreção gástrica;

A redução do tamanho das partículas

Ingeridas;


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49

O esvaziamento gástrico.

1.2.4.1.1.2.1 - As regiões do estômago. 1.2.4.1.1.2.2 - Revisão da invervação, plexo intrínseco, marca passo e arranjo das fibras musculares em camadas. A parede do estômago é delgada na região do fundo e do corpo e se espessa em direção à junção gastroduodenal.

Como

em

outros

territórios do trato gastrintestinal, as fibras musculares lisas estão arranjadas em camada circular e longitudinal. Na região do corpo, nas paredes anterior e posterior as fibras também se dispõem em camada oblíqua.

(Iconografia 7)


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O

piloro

não

anatomicamente comportamento

é

um

definido, contrátil

50

esfíncter porém

das

o

camadas

musculares na região se distingue das camadas adjacentes. Há, pois, uma região diferenciada que, fisiologicamente, é um esfíncter.

Entre o estômago e o bulbo

duodenal

um

anel

conjuntivo,

interrompendo a continuidade de fibras musculares. Apenas algumas fibras da camada longitudinal passam pela junção, de um

para

outro

órgão.

A

inervação

extrínseca parassimpática tem as fibras pré-ganglionares no vago. As fibras pósganglionares do simpático integram o plexo celíaco. A ação do parassimpático via plexo intrínseco, é excitatória da motilidade e da secreção. A do simpático é inibitória. Na junção

gastroduodenal

adrenérgica,

por

a

receptores

invervação alfas,

é

constritora. O parassimpático tem efeito


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

51

duplo: terminação colinérgica estimula a contração

enquanto

que

outras,

provavelmente com VIP como mediador, são inibitórias da contração. Neurônios sensoriais

para

o

estiramento,

quimiorreceptores (principalmente para pH) e para dor geram e conduzem a informação aferente para os reflexos locais e para os reflexos envolvendo o sistema nervoso central. Na altura do corpo do estômago localiza-se o marca-passo, que gera as ondas lentas, ou ritmo elétrico basal, a uma frequência de 3/min.

A

velocidade de propagação da onda aumenta na direção da junção gastroduodenal.


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(Iconografia 8)

52


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53

(Iconografia 9) (Imagens postadas com autorização nos termos da licença Creative Commons - Atribuição Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0).


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1.2.4.1.1.2.3

-

Relaxamento

54

gástrico

receptivo.

(Iconografia 10) À onda peristáltica que percorre o esôfago

na

deglutição

segue-se

o

relaxamento das camadas musculares do fundo e do corpo do estômago. Receptores de estiramento produzem as informações


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

55

aferentes. Fibras parassimpáticas, com o VIP como mediador, inibem a contração. Com o relaxamento

o estômago

acomoda o bolo alimentar sem variações significativas da pressão. 1.2.4.1.1.2.4 - Motilidade gástrica na fase digestiva. As regiões do fundo e do corpo têm atividade contrátil apenas suficiente para o ajuste do volume do estômago ao volume variável do bolo alimentar. Com a onda lenta de despolarização, iniciada na região do marca-passo, há uma onda de contração, que se propaga em direção à junção gastroduodenal,

com

velocidade

e

amplitude crescentes. Com o aumento da velocidade de propagação a onda atinge o esfíncter pilórico com o antro em plena contração.

Dependendo

da

constrição

pilórica, um pouco de quimo pode ser injetado no duodeno, antes do completo


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56

fechamento do esfíncter. A contração do antro, com o piloro fechado, provoca retropropulsão do quimo. O padrão de contração, que se denomina sístole do antro, fragmenta as partículas de alimento e mistura o bolo alimentar com as secreções gástricas. A transferência de quimo para o duodeno é ajustada para permitir o processamento delgado.

O

digestivo

controle

no

do

intestino

esvaziamento

gástrico é duplo, neural e hormonal, e se dá pela regulação da motilidade gástrica e da constrição do esfíncter pilórico. Dois hormônio das mesma família, a colecistocinina

(CCK)

e

a

gastrina

aumentam a motilidade gástrica, mas inibem

o

esvaziamento,

por

ação

constritora sobre o esfíncter pilórico. A gastrina, em humanos, é produzida pelo antro gástrico e pela porção proximal do duodeno. A colecistocinina é produzida


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57

pelo duodeno. A secretina e o GIP (peptídio inibitório gástrico), hormônios de uma mesma família de peptídios, inibem a motilidade e aumentam o tônus do piloro. Portanto, gástrico.

inibem

o

esvaziamento

O principal estímulo para a

liberação destes hormônios é o pH do quimo em contato com a mucosa duodenal. Depreende-se,

das

considerações

acima, que a velocidade de esvaziamento gástrico dependerá da natureza do material ingerido. Gorduras, por exemplo, estendem o período de digestão. 1.2.4.1.1.2.5 - Motilidade gástrica na fase interprandial. Ao cabo do processo digestivo, a cada 90 minutos, mais ou menos, uma onda peristáltica poderosa varre o estômago. São os complexos mioelétricos migratórios que varrem para o intestino restos de alimento.


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58

Os surtos de atividade correspondem a níveis plasmáticos elevados da motilina, o que suporta a hipótese de ser este hormônio o determinante da atividade motora. 1.2.4.1.1.3. Secreção gástrica exócrina 1.2.4.1.1.3.1 - Componentes orgânicos. 1.2.4.1.1.3.1.1 – Pepsinogênio. Proteína que hidrolisada na luz, pelo pH

ácido,

dará

a

pepsina,

uma

endopeptidase. Há pepsinas da classe I que são produzidas pelas células da mucosa gástrica, principalmente na região do corpo, e as da classe II, produzidas pela mucosa gástrica e pelas glândulas de Brunner, no duodeno. O pH ótimo para a ação desta peptidase está abaixo de 3 e a enzima se desnatura a pH alcalino. Em humanos o pepsinogênio é produzido pelas células principais e estocado em vesículas que, no estímulo, são liberadas por exocitose.


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59

1.2.4.1.1.3.1.2 – Lipase. Esta

hidrolisa

triglicerídeos

com

ácidos graxos de cadeia curta. Mucina: glicoproteína que, polimerizada, forma o gel da barreira mucosa. 1.2.4.1.1.3.1.3 – Fator intrínseco. O único componente da secreção gástrica indispensável. É um proteína de 55 kDa que forma com a vitamina B12 um complexo resistente à hidrólise e que, reconhecido por receptores nas células da mucosa do intestino delgado, é absorvido. Sem esta proteína não há absorção da proteína, com a consequente anemia. Em humanos o fator intrínseco é produzido pelas células parietais. 1.2.4.1.1.3.2 - Componentes eletrolíticos. Os principais sais são o NaCl e o KCl. A secreção de HCl é tal que o pH pode estar abaixo de 2,0. As concentrações dos vários íons variam com o ritmo de secreção: com


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60

secreção a ritmo alto, o HCl é o principal soluto, e a solução tende à isotonicidade com o plasma.

Para ritmos basais de

secreção predomina o NaCl como soluto e o fluido é hipotônico ao plasma. A concentração de K+, sempre maior que a plasmática, eleva-se com o ritmo de secreção. 1.2.4.1.1.3.3 - Mucosa e glândulas gástricas (criptas). A mucosa gástrica é formada por células

secretoras

de

mucina

e

de

bicarbonato. As glândulas são invaginações no assoalho do estômago. A citologia das glândulas varia segundo a região do estômago: no fundo predominam as células secretoras de muco, no corpo as células secretoras de pepsinogênio e de HCl e no antro as células secretoras de muco e as endócrinas, secretoras de gastrina e de


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somatostatina.

61

O pescoço da glândula é

formado por células secretoras de muco. Nesta região estão, ainda, células indiferenciadas, com capacidade de mitose, e que repõem as células perdidas. Mais profundamente nas glândulas da região do corpo há células oxínticas ou parietais e células principais. As primeiras secretam HCl, as segundas produzem o pepsinogênio. 1.2.4.1.1.3.4 - A células parietais. Estas

células

sofrem

enormes

mudanças ultraestruturais quando passam do estado de repouso para o de secreção de HCl. No repouso o citoplasma é atravessado por canalículos que se abrem no espaço luminal e o citoplasma está repleto de estruturas túbulo-vesiculares. A estimulação promove a fusão das vesículas com a membrana dos canalículos, amplificando enormemente a área de membrana que contém os sistemas de


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62

transporte para o HCl. Fundamental para a secreção do HCl é a bomba de H+-K+ na membrana apical. Há ainda, na membrana apical, canais para K+ e para Cl-. O H+ secretado pela bomba é fornecido pela reação de hidratação do CO2. O bicarbonato formado basolateral,

é

trocado, por

Cl-.

na

membrana

Na

membrana

basolateral há ainda bomba de Na+-K+ e canais para K+. Tanto a bomba de Na+-K+ como os canais para Cl- apicais são modulados pela kinase dependente de cAMP e por Ca2+. Na

membrana

basolateral

receptores para acetilcolina e para a gastrina,

associados

à

sinalização

intracelular por Ca2+ e por IP3. Os receptores para histamina, de tipo H2, tem o cAMP como sinalizador intracelular. 1.2.4.1.1.3.5 - As células principais.


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63

Estas secretam o pepsinogênio por exocitose de vesículas que o contém, formadas no aparelho de Golgi.

Na

membrana basolateral há receptores para o VIP

e

secretina

e

receptores

beta-

adrenérgicos que utilizam o cAMP como mensageiro intracelular. Receptores para acetilcolina

e

para

gastrina

e

CCK

mobilizam a cascata do DAG e IP3. 1.2.4.1.1.3.6 - As células secretoras de muco da superfície gástrica. Estas células secretam mucina e bicarbonato. A mucina é uma glicoproteína, com o esqueleto peptídico rico em serina, treonina e tirosina.

Às hidroxilas destes

resíduos ligam-se, por ligações éster, os açúcares galactose e a N-acetilglicosamina. A ligação dos açúcares protege a cadeia peptídica da hidrólise enzimática. As terminações da cadeia peptídica são ricas em cisteínas, e pontes de


64

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dissulfeto podem reunir as moléculas em um tetrâmero, que, em concentrações adequadas, forma gel.

O gel recobre a

mucosa.

secreta

Como

esta

também

bicarbonato, e o gel restringe o movimento de bicarbonato para a luz e de H+ da luz para a superfície da célula, o pH na camada de gel vária da acidez luminal até um valor relativamente alcalino na superfíce das células.

Como a junção das 4 moléculas

sofre ataque da pepsina, a mucina tem de ser

continuamente

preservação

da

secretada camada

de

para

a

muco.

Estimulantes da secreção de muco, como a ACh e o Ca2+ reforçam a camada protetora. Os inibidores da secreção, como os agonistas alfa-adrenérgicos, a aspirina e os anti-inflamatórios não esteroides, colocam a mucosa em risco de agressão pelo pH ácido e pela pepsina.


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65

1.2.4.1.1.3.7 - Controle da secreção nas células parietais. Há, na membrana basolateral destas células, receptores colinérgicos para a ACh liberada pelas terminações dos neurônios dos gânglios entéricos. Estes receptores acionam a cascata do DAG e IP3. Há também receptores para a gastrina, um hormônio liberado pelas células G da mucosa do antro. Estes receptores também utilizam o DAG

e

o

intracelulares.

IP3 Os

como

mensageiros

estímulos

para

a

liberação da gastrina são a ação colinérgica das terminações dos neurônios dos gânglios entéricos, o pH mais alcalino da luz do estômago, peptídios e aminoácidos do quimo.

Tanto os neurônios colinérgicos

como a gastrina estimulam a liberação de histamina pelas células enterocromoafins (ECL). A histamina estimula a secreção de HCl por meio de receptores H2, bloqueados


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por cimetidina.

66

O cAMP é mensageiro

intracelular. Há inibidores endógenos da secreção de HCl, que ao se ligarem aos respectivos receptores ativam uma proteína Gi,

inibidora

da

adenilato

ciclase

e,

portanto, da produção celular de cAMP. O somatostatina, as prostaglandinas E e I e o fator de crescimento epidérmico (EGF) agem assim. A secretina e o GIP inibem a secreção gástrica ao reduzirem a liberação de gastrina. 1.2.4.1.1.3.8 - Controle da secreção de pepsinogêno pelas células principais. A secreção nestas células é estimulada pelo VIP e secretina e pela ação betaadrenérgica. Os dois tipos de receptores elevam a produção celular de cAMP. A ACh , agindo sobre receptor M3, e a Gastrina e CCK,

ligando-se

a

receptor

comum,

estimulam a secreção ativando a cascata do DAG e IP3.


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67

1.2.4.1.1.3.9 - Fases do controle da secreção gástrica. 1.2.4.1.1.3.9.1- Fase cefálica. Os estímulos gustativos, visuais e olfativos desencadeiam o reflexo, que utiliza o vago para a estimulação das várias vias que na da mucosa levam à produção da secreção.

Há diversas áreas no SNC

operando

no

controle

da

secreção.

Certamente no hipotálamo há destas áreas. Esta fase foi estudada com a coleta da secreção gástrica em animais com fístula esofágica. 1.2.4.1.1.3.9.2 - Fase gástrica. Os estímulos para o reflexo são mecânicos (distensão) e químicos (pH, aminoácidos,

peptídios,

Ca2+).

Os

receptores são neurônios que integram arcos reflexos locais ou longos, abrangendo o SNC, ou as próprias células endócrinas, no caso as G, produtoras de gastrina e as D,


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68

produtoras de somatostatina. O estímulo à secreção dá-se por neurônios colinérgicos, gastrina e histamina. 1.2.4.1.1.3.9.3 - Fase intestinal. A entrada do alimento no duodeno leva, por circuitos neurais e endócrinos, à modificação secretora

da do

atividade estômago.

motora

e

Peptídios

e

aminoácidos no duodeno estimulam a liberação de gastrina e de oxintina, que aumentam a motilidade e a secreção gástricas. Se o pH o quimo que penetra o duodeno é menor que 5, há liberação de secretina e de GIP e de somatostatina que ao inibir a liberação de gastrina, reduz a secreção gástrica.

Gorduras estimulam o

duodeno a secretar a CCK que sendo um agonista pouco potente para o receptor da gastrina, inibe a ação deste. 1.2.5. Fisiopatologia. 1.2.5. 1- Refluxo.


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69

Ulceração da mucosa gástrica por sais biliares.

Esvaziamento rápido: úlcera

duodenal provocada pelo pH baixo do quimo. 1.2.5.2

-

Retardo

no

esvaziamento

gástrico. Tumores

pilóricos

ou

cicatrizes

duodenais. O esvaziamento gástrico é ainda retardado nas atonias provocadas por vagotomia. 1.2.5.3

-

Esvaziamento

gástrico

acelerado. Cirurgias para úlcera pépticas. Os casos piores são os de gastrectomia, com anastomose

gastro-jejunal.

"Dumping

inicial": vasodilatação, talvez por bradicina, liberada pela distensão rápida do intestino delgado.

"Dumping"

tardio

por

hipoglicemia, decorrente da incapacidade hepática

de

restabelecer

os

níveis


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convenientes

de

glicogenólise

70

e

gliconeogênese. 1.2.5.4 – Vômito. Área na medula oblonga. Estímulos: distensão do estômago e do duodeno, estimulação mecânica da garganta, dor, etc. Eméticos: estimulam receptores no duodeno ou no SNC. A sequência de eventos é a seguinte: peristalse reversa iniciando-se mais ou menos no meio do intestino delgado, relaxamento do esfíncter pilórico e do estômago (reflexos inibitórios vagais), inspiração forçada contra a glote cerrada (aumento da pressão abdominal e redução da torácica), contração da musculatura abdominal, forçando o conteúdo gástrico para o esôfago, relaxamento do esfíncter esofágico inferior e contração pilórica. Na ânsia

o

esfíncter

esofágico

superior

permanece fechado. Se o vômito não ocorre, a peristalse esofágica, com o relaxamento


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

71

da musculatura respiratória, esvazia o conteúdo no estômago. No vômito há relaxamento

do

esfíncter

esofágico

superior, com expulsão do conteúdo. Aproximação das cordas vocais e fechamento da glote previnem e entrada de vômito da traquéia. 1.2.6. - Correlação Teoria do prɔˈt w X a prática farmacológica e a desnutrição do paciente. Veremos mais a frente, no capítulo apropriado, que o uso prolongado de Omeprazol está associado à deficiência de vitamina B12 que pode ter repercussão clínica mais grave nas pessoas idosas e com déficit

nutricional,

sendo

nestas

recomendadas a avaliação laboratorial dos níveis de vitamina B12 no caso de toma prolongada de fármacos desta classe que entre

outros

lansoprazol,

encontramos:

omeprazol,

pantoprazol,

rabeprazol,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

72

esomeprazol e dexlansoprazol. Todos são classificados como inibidores da bomba de prótons (IBPs), se comportando como fármacos que inibem a enzima H+, K+ ATPase (ou bomba de prótons) realizando a supressão ácida gástrica. Devemos alertar na Farmacologia Clínica e estabelecer protocolos no sentido que o URM - Uso Racional de Medicamentos na Clínica Médica durante a toma prolongada de inibidores da bomba de protões pode provocar magnésio,

ou um

agravar dos

deficiência

mais

em

importantes

minerais do nosso organismo. A deficiência de vitamina B12 pode favorecer a elevação dos níveis de homocisteína, o que é mais um fator adverso para a prevenção das doenças cardiovasculares e neurológicas. O Omeprazol é um medicamento que diminui a acidez no estômago. É prescrito para o tratamento de úlceras gástricas,


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gastrites, esofagites.

refluxo

gastresofágico

73

e

Como citado o Omeprazol

pertence a uma categoria de fármacos genericamente denominada inibidores da bomba de protões a que pertencem também o Lanzoprazol, Esomeprazol, Pantoprazol, Rabeprazol, Timoprazol e Picoprazol. A sua ação terapêutica exerce-se sobre a mucosa gástrica diminuindo consideravelmente a normal produção de acido clorídrico por esta mucosa. 1.2.6.1 - Comentários desenvolvidos ao longo dos anos 2012-2015. Estudos diversos abre a discussão em que sugere que o “Omeprazol” é um medicamento seguro, mas que está a ser sobre utilizado. Estamos observando na prática e ao longo dos debates virtuais em redes sociais, blogs e sítios na internet, que há quem o use como protetor gástrico quando está a tomar outros fármacos. Isso é


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74

preocupante no campo dos estudos do URM – USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS, nem todos os medicamentos são lesivos para a mucosa do estômago. Além de que, o fato deste fármaco ser um “protetor gástrico” não significa que seja esta a sua indicação médica e muito menos deva ser usado como minimizador

de

efeitos

associados

a

indisposições

gástricas.

Um

estudo

recentemente

publicado

na

revista

científica

Associação

de

Médicos

da

Americanos atribuiu à ingestão prolongada deste fármaco e de outros semelhantes uma carência da vitamina B12. A investigação refere que as pessoas que tomaram diariamente um medicamento do grupo do omeprazol durante dois ou mais anos tinham 65% mais de probabilidades de ter níveis baixos de vitamina B12 (que tem um papel importante na formação de novas células) do que os que não ingeriram o


75

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

fármaco. Confrontado com este estudo, o Infarmed indicou que “a possibilidade de redução da absorção da vitamina B12 em terapêuticas

em

longo

prazo

com

omeprazol foi já identificada há vários anos, especificamente atualizada na informação do medicamento desde procedimento de arbitragem a nível europeu em 2010” A OM(Ordem dos Médicos) europeia considera essencial aumentar o controlo de qualidade

dos

medicamentos.

Nesse

sentido, apela a todos os profissionais médicos e farmacologistas clínicos que se mobilizem para a defesa dos pacientes usuários,

nomeadamente

através

do

simples preenchimento de formulário de farmacovigilância,

sempre

que

sejam

detectadas reações adversas de quaisquer fármacos, quer resultantes de um fármaco específico, quer resultantes de troca de medicamentos. A Europa já se mobiliza, a


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

76

exemplos de outras nações fora de eixo continental, para que suas organizações médicas e científicas em geral encaminhem estes

formulários

para

as

agencias

governamentais, em Portugal, ao Infarmed, no Brasil, a ANVISA e nos Estados Unidos, para o FDA, assim fica assegurada a notificação com o intuito de garantir que se obtenha uma resposta formal da entidade responsável pelo controlo da qualidade dos medicamentos. O contributo dos médicos e farmacologistas clínicos em todo o planeta, na busca de uma comunicação mais eficaz com as agencias de controle

será

um

aumento da segurança para os usuários de medicamentos.

Defendemos

que

os

profissionais de saúde em qualquer nível de graduação

profissional

mantenham-se

empenhados em defender a Qualidade na Saúde e, como tal, os usuários. 1.2.6.2 - Ácido Clorídrico.


77

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Este ácido pode ser encontrado no estômago.

Os sucos digestivos humanos

consistem numa mistura bastante diluída de ácido clorídrico e várias enzimas que ajudam a clivar as proteínas presentes na comida.

O ácido clorídrico (HCℓ é uma

solução aquosa, ácida e queimante, devendo ser manuseado com as devidas precauções de segurança individual(Rayner-Canham, G.; Overton, T).

(Iconografia 11) O seu nome IUPAC

é

Ácido

clorídrico, porém recebe ainda outros nomes, como por exemplo: Cloreto de hidrogênio

(gás);

Ácido

clorídrico

(solução); Ácido muriático (impuro).


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

78

O ácido clorídrico foi descoberto em torno do ano 800 pelo alquimista Persa Jabir Ibn Hayyan (Geber), misturando sal comum com ácido sulfúrico (vitríolo):

2NaCl + H2SO4 Na2SO4 + 2HCl O cloreto de hidrogênio é irritante e corrosivo para qualquer tecido com que tenha contato. A exposição a níveis baixos produz irritação na garganta e nariz. Em níveis mais elevados pode levar até ao estreitamento dos bronquíolos, acumulando líquidos nos pulmões, podendo levar

a

morte.

Dependendo

da

concentração, o cloreto de hidrogênio pode produzir desde uma leve irritação até queimaduras graves na pele e olhos. Ele é normalmente

utilizado

como

reagente

químico, e é um dos ácidos que se ioniza completamente em solução aquosa. Em sua


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

79

forma pura, HCℓ é um gás, conhecido como cloreto de hidrogênio. 1.2.6.3 - Ácido Clorídrico baixo. Como mencionado anteriormente, o ácido clorídrico no estômago tem muitas funções importantes, e assim, quando há uma redução na secreção do mesmo, que conduz a vários problemas. Diminuição da produção de ácido clorídrico é conhecida como hipocloridria, ao passo que a ausência completa de ácido clorídrico é conhecida um acloridria. Esta diminuição da produção de ácido clorídrico pode ocorrer devido à deficiência de vitamina e nutrientes. Há muitos sintomas de ácido clorídrico baixa no estômago, como fezes cheiro ofensivo (devido a presença de alimento

não

digerido),

atraso

no

esvaziamento gástrico, inchaço abdominal superior e geral flatulência, sonolência após a refeição, fome frequente, etc. Além disso,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

80

uma diminuição dos níveis de ácido gástrico também conduz a maior susceptibilidade para infecções do trato gastrointestinal, sendo que o ácido clorídrico tem a propriedade de ser um desinfetante. Assim, todos estes sintomas podem apontar para uma secreção diminuída de ácido clorídrico no estômago. hipocloridria

O tratamento para a ou

acloridria

envolve

a

inclusão de produtos alimentares que irá auxiliar no processo de digestão ou irá estimular a produção de ácido clorídrico no estômago. Estes alimentos incluem pimenta caiena, o vinagre, os suplementos de enzimas digestivas, etc. 1.2.6.4 -Excesso de Ácido Clorídrico. Quantidade em excesso de ácido clorídrico no estômago pode conduzir a uma grande quantidade de problemas de saúde.

Esta

condição

surge

em


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

81

determinadas doenças como a Síndrome de Zollinger-Ellison e hipercalcemia. O excesso de ácido gástrico ocorre quando há aumento dos níveis de gastrina, o que é responsável por instigar as células em ácido secretando mais gástrico. Esta condição leva a sintomas como dores de estômago e úlceras estomacais. Além disso, outros sintomas incluem dor no estômago devido a presença de excesso de ácido, o que faz com que a pessoa sinta a sensação de perder o apetite. Comer comida picante também agrava ainda mais a dor em tais casos.

Para o alívio de ácido gástrico, o

tratamento é tomar antiácidos, quer sob a forma

de

soluções

ou

drogas

e

medicamentos. No entanto, para casos em que há persistente sobre a secreção de ácido

clorídrico,

o

melhor

é

uma

investigação médica mais apurada e obter a condição diagnosticada corretamente e


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

82

tratada. Embora seja muito raro que existem problemas relacionados com os níveis de secreção do ácido, se vierem a ocorrer, é melhor a imediata assistência ao médico especialista o mais cedo possível, de modo a prevenir eventuais complicações. 1.2.6.5 - Hipocloridria. O nível apropriado de ácido clorídrico no estômago ajuda a destruir as bactérias encontradas nos alimentos. Uma baixa concentração de HCl pode levar a uma condição conhecida como hipocloridria (baixo quantitativo de ácido no suco gástrico).

Isso é prevalente em idosos

porque a produção de HCl diminui à medida que envelhecemos.

O HCl esteriliza o

estômago, permitindo também que o corpo absorva os nutrientes dos alimentos. Além disso, o HCl é responsável pela conversão do pepsinogênio em sua conformação ativa, criando

uma

enzima

que

digere

as


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

83

proteínas para que o corpo possa absorvêlas mais facilmente. Quando os níveis de ácido no estômago estão muito baixos, o organismo

não

consegue

digerir

os

alimentos ou matar bactérias. A condição pode diminuir a capacidade do corpo de absorver

vitaminas,

minerais

e

aminoácidos, levando a sérias deficiências nutricionais e a doenças autoimunes. Em nível de comentários, visando manter níveis ideais de ácido clorídrico, desenvolvemos

alguns

comentários

subsequentes. Aos usuários, ou pacientes, recomendamos algumas mudanças simples na dieta para melhorar os níveis de ácido do estômago. Ver possibilidade econômica e cultural de incluir na dieta o salmão, atum, abacate e castanhas (mas não amendoim) para elevar os níveis de ômega três, um ácido graxo essencial. Aumentar a ingestão de fibras consumindo cereais.

Beba ao


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84

menos oito copos de água, 300 ml, filtrada por dia. Inserir alho cru esmagado na dieta, para

consumir

alicina,

um

composto

antimicrobiano que combate bactérias. Se não for intolerante à lactose, consumir

iogurte

simples

não

pasteurizados com culturas ativas. Alguns alimentos e bebidas devem ser evitados. Bebidas alcoólicas, por exemplo, podem causar refluxo ácido. Evitar gorduras trans (hidrogenadas

ou

óleos

parcialmente

hidrogenados), como as muitas vezes utilizadas em fast-foods.

Evitar açúcares

refinados e adoçantes artificiais, pois o açúcar estimula o crescimento de bactérias. Tomate, berinjela, batata e pimenta podem causar indigestão e azia e podem piorar a artrite. Eliminar na medida do possível, ou reduzir, todos os carboidratos simples ou refinados

como

pão

branco,

massas,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

85

biscoitos e bolachas. Evitar trigo e proteína de trigo (glúten), além de amendoim. Peixes e mariscos são conhecidos por abrigar níveis elevados de mercúrio, por isso, evite peixe-cavala, atum de barbatana amarela, espadarte, lagosta, mariscos e ostras.

Além disso, peixes criados em

fazendas podem conter altos níveis de PCBs (bifenilos

policlorados).

Café,

chás,

refrigerantes e outras bebidas com cafeína podem causar insônia e prisão de ventre e ainda interferir no funcionamento do sistema digestivo. Evitar o nitrito de sódio contido em alimentos como bacon e salsicha, assim como alimentos que contêm MSG (glutamato monossódico). É importante a mudança de hábitos alimentares.

Em vez de três grandes

refeições diárias, recomendar que se façam pequenas refeições consumidas ao longo do dia. Evitar deitar-se imediatamente após


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

86

comer. Em vez disso, sente-se uma hora depois de comer para melhorar a digestão. Evite excessos. Estudos mostram que uma dieta mais rica em carboidratos do que em alimentos gordurosos pode desencadear um

desequilíbrio

do

conteúdo

ácido

estomacal. Experiências sugerem que beber água gelada, inibe a produção de ácido gástrico. Estudos sugerem que as cápsulas de cloridrato de betaína com pepsina ajudam a hidrolisar as proteínas, facilitando a digestão dos alimentos. Porém esta recomendação deve ser fortalecida pelo médico do paciente, pois suplementos de cloridrato de betaína podem causar reações adversas

quando

administrados

em

conjunto com certos medicamentos. Recomendações

de

uso

de

multivitamínico diariamente para ajudar a restaurar os níveis de vitaminas e minerais, que podem ser exauridos pela hipocloridria.


87

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Especialistas em medicina alternativa também recomendam tomar vitaminas do complexo

B.

Beber

chás

de

ervas,

especialmente de gengibre ou chá verde, ou consumir ervas amargas em formulações líquidas. Não é consenso, porém, se credita que essas bebidas estimulem a produção de HCI. Ervas como orégano, hortelã-pimenta, alho e extrato de semente de toranja têm demonstrado

combater

as

bactérias,

enquanto outras medidas dietéticas são usadas para aumentar a produção de HCl no estômago. O Farmacologista Clínico e o médico

devem

compreender

que

os

sintomas de hipercloridria podem às vezes parecer idênticos aos sintomas de excesso de ácido.

O refluxo ácido é um sintoma

comum tanto para níveis baixos quanto para níveis altos de ácido, embora o tratamento seja totalmente diferente em cada condição. Além disso, as soluções


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

alternativas

não

têm

sua

88

eficácia

comprovada cientificamente. 1.2.6.6 - Acloridria. Incapacidade

de

produzir

ácido

gástrico. Mais comumente causada por atrofia gástrica, com ou sem gastrite autoimune. A atrofia gástrica está presente em cerca de 15% dos idosos. É geralmente assintomática, mas pode apresentar sinais e/ou sintomas de deficiência de ferro, vitamina B12 ou cálcio. Pode interferir na absorção de alguns medicamentos. Pode ainda ser definida como a incapacidade do Ph gástrico em chegar abaixo de 4,0 para fazer a digestão dos alimentos. Este distúrbio pode leva a alguns sintomas importantes

como

azia,

queimação,

distensão abdominal (barriga estufada, inchada), sensação de empachamento após as refeições principalmente proteínas. Além de ser causada por doenças auto imunes,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

89

nutrição deficiente de zinco, vitamina B6 e excesso de uma dieta rica em açucares, gorduras, estresse, ingestão de bebidas alcoólicas e uso de medicamentos como Omeprazol(se usado de forma continua sem prescrição médica). 1.2.7 - Proteína integral de membrana. Uma proteína integral de membrana é uma molécula proteica (ou conjunto de proteínas) que está ligada de maneira permanente à membrana plasmática.

As

proteínas que atravessam a membrana são rodeadas por lipídios "anulares", que são definidos como lípidos que estão em contato direto com uma proteína de membrana. Tais proteínas podem sair da membrana biológica através do uso de detergentes, solventes não polares, ou mesmo por agentes desnaturantes. As proteínas são uma parte substancial das


90

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

proteínas codificadas pelo genoma de um organismo (Wallin E, von Heijne G.1998). Todas as proteínas transmembranares são proteínas integrais de membrana, mas nem todas as proteínas integrais de membrana

são

proteínas

transmembranares.

Receptores

transmembranares

são

polipeptídeos

imersos na bicamada lipídica da célula de eucariotos. Um polipeptídeo ou peptídeo corresponde a um polímero linear de mais de vinte aminoácidos estabelecendo entre si ligações

peptídicas.

Por

exemplo,

o

glucagon a insulina, os dois hormônios, incluem-se nesta divisão. O termo proteína é

usado

quando

polipeptídio

na

entram

composição setenta

ou

do mais

aminoácidos. A bicapa lipídica é formada pelo acoplamento de distintos lípidos anfipáticos, extremidade

ou

seja,

("cabeça")

que

têm

uma

hidrófila

(pólo


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

91

lipófobo) e uma "cauda" lipófila (pólo hidrófobo), que quando se encontram em um

meio

aquoso

se

orientam

espacialmente, de tal maneira que as cabeças hidrofílicas se orientam até o exterior (até o meio aquoso) e as caudas hidrófobas se dirigem ao interior, formando uma região lipófila. Vejamos a ilustração da bicapa lipídica fluida que é construída inteiramente de fosfatidil colina. Sendo que as duplas capas lipídicas são o fundamento de todas as membranas biológicas e sua estrutura se ajusta ao modelo de mosaico fluido de Singer e Nicholson (1972).

(Iconografia 12)


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92

(Iconografia 13) E = espaço extracelular; P = membrana plasmática; I = espaço intracelular.

Nas iconografias seguintes temos a descrição seguinte em que nos lípidos presentes nas membranas biológicas, a cabeça hidrofílica procede de um destes três grupos: 

Glucolípidos, cujas "cabeças" contêm um oligossacarídeo de 1 a 15 monossacarídeos.

Fosfolípidos, cujas cabeças contêm um grupo carregado positivamente


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

93

que se enlaça à cauda por um grupo fosfato carregada negativamente. 

Esteróides, cujas cabeças contêm um anel esteroide planar, por exemplo, o colesterol, exclusivo dos animais. A bicapa lipídica pode formar duplas

capas planas que não têm limite de extensão; Micelas, que podem alcançar certo

tamanho;

Membranas

Túbulos.

(Iconografia 14) 1.2.8 - As micelas.

negras

e


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

94

As micelas são geralmente globulares, contudo,

estas

estruturas

podem

ser

elipsoides, cilíndricas e em camadas. Em matemática, um elipsoide é uma superfície cuja equação num sistema de coordenadas cartesianas x-y-z é...

...onde a, b e c são números reais positivos que determinam as dimensões e forma do elipsoide. Se dois dos números são iguais, o elipsoide é um esferoide; se os três forem iguais, trata-se de uma esfera.


95

FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Imagem tridimensional de um elipsoide(F. W. J. Olver, D. W. Lozier, R. F. Boisvert, and C. W. Clark, 2010, Cambridge University Press).

(Iconografia 15) As micelas, o formato e o tamanho destas

são

em

função

da

geometria

molecular dos surfactantes bem como das condições

da

solução,

concentração, temperatura, iônica.

tais

como:

pH e força

Micela é uma estrutura globular

formada por um agregado de moléculas anfipáticas,

ou

seja,

compostos

que

possuem características polares e apolares simultaneamente, dispersos em um líquido constituindo uma das fases de um coloide. Estas "partículas" variam entre 0,1 e 0,001 micrômetros de diâmetro em soluções coloidais.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

96

Esquema de uma micela. Cada molécula formadora da micela é representada por uma cabeça polar e uma cauda apolar. (Iconografia 16)

As micelas se mantêm unidas graças a uma interação chamada Força de Van der Waals, que acontece devido à grande proximidade entre as parcelas apolares das moléculas

anfipáticas.

Moléculas

anfipáticas, ou anfifílicas, são moléculas que apresentam a característica de possuírem uma região hidrofílica (solúvel em meio aquoso),

e

uma

região

hidrofóbica

(insolúvel em água, porém solúvel em lipídios e solventes orgânicos). A maior parte dos sabões e detergentes é feitos de


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

97

compostos que contém esse tipo de molécula. O caráter polar e apolar permite ligações aparentemente impossíveis entre moléculas. Em sua maioria, são moléculas orgânicas que apresentam de um lado um haleto orgânico (polar) e de outro uma extensa cadeia de hidrocarbonetos (apolar). Sua forma mais estável em água ou outro ambiente polar é na forma de micela. A formação das micelas, contudo, não ocorre em qualquer concentração. Apenas a partir

de

chamada

uma

concentração

concentração

micelar

mínima crítica,

ocorre a micelização. Esta associação das moléculas de surfactantes ocorre para que haja uma diminuição da área de contato entre

as

cadeias

hidrocarbônicas

do

surfactante e a água ou outro composto polar. Com a formação de micelas várias propriedades físicas da solução tais como


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

98

viscosidade, condutividade elétrica, tensão superficial e pressão osmótica são afetadas. As micelas podem ser formadas de fosfolipídeos (lipídeos complexos), por exemplo, onde a parte polar ou hidrofílica fica rodeada de água, e a parte apolar ou hidrofóbica

(caudas

hidrocarbonadas),

ficam sequestradas no interior. É importante o conhecimento destas micelas, pois é o que ocorre em nosso organismo quando absorvemos os lipídeos. Depois

de

ingeridos,

eles

são

"quebrados" em moléculas menores e mais fáceis de serem absorvidos (isso ocorre no estômago e intestino). Depois que são absorvidos, eles cai na corrente sanguínea em forma de micelas para atuarem na síntese

de

hormônios,

proteção

da

termorregulação, etc. As micelas não são solúveis em água, por isso, não se


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

99

solubilizam no sangue favorecendo assim o seu transporte dentro do nosso corpo. 1.2.9 - Farmacologia Clínica na prática. Na prática, talvez em Farmacologia Geral

encontremos

alguns

exemplos.

Citemos alguns: Dodecil sulfato de sódio (aniônico). Dodecil sulfato de sódio (SDS ou NaDS, do inglês sodium dodecyl sulfate) ou lauril sulfato de sódio (SLS, do inglês sodium

lauryl

sulfate)

(fórmula

C12H25SO4Na) é um surfactante aniônico. A molécula tem um ramo de 12 átomos de carbono, ligados a um grupo sulfato, dando a

molécula

propriedades

anfipáticas

requeridas por um detergente. É usado em produtos de uso profissional e doméstico, tanto em escala industrial quanto de produção

artesanal,

em

cosméticos

e

produtos para a higiene, tais como pastas de dente, xampus, cremes de barbear, algumas aspirinas solúveis e sabonetes


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

100

líquidos e géis para banho pelo seu efeito espessante e sua habilidade em criar um mousse. Também é usado em produtos de limpeza. Encontraremos na prática outros nomes, a saber: 

Monododecil sulfato de sódio;

Lauril sulfato de sódio;

Monolauril sulfato de sódio;

Dodecanossulfato de sódio;

Sal de sódio dos álcool dodecílico hidrogenossulfato;

n-dodecil sulfato de sódio;

Sal de sódio do éster monododecílico do ácido sulfúrico.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

101

1.2.10.1 - Dodecil sulfato de sódio.

Fórmula molecular

NaC12H25SO4

Massa molar

288.38 g mol−1

Densidade

1,1 g·cm–3 (20 °C)

Ponto de fusão 204–207 °C Ponto de ebulição

380 °C

(decomposição

térmica) Solubilidade em água

150 g·l-1 a 20 °C

(Iconografia 17)


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

1.2.10.1.1 -

102

Atenção para os compostos

relacionados. Lauril sulfato de amônio (ALS ammonium lauryl sulfate) é o nome comum para

o

dodecil

sulfato

(CH3(CH2)10CH2OSO3NH4).

de

amônio

O dodecil

significa a presença de uma cadeia de carbono de 12 membros na "coluna vertebral" molecular a qual permite a molécula se ligar com porções não polares de moléculas enquanto a "cabeça" de sulfato altamente polar permite a molécula ligar-se com moléculas polares tais como a água. 1.2.10.1.2 - ALS é classificado como um sulfato de alquila e é um surfactante aniônico encontrado principalmente em xampus e sabonetes líquidos como um formador de espuma. Lauril sulfatos são surfactantes

muito

espumantes

que

rompem a tensão superficial da água


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

103

formando micelas em torno das moléculas polares de água.

Ammonium dodecyl sulfate, nome IUPAC. (Iconografia 18) 1.2.10.1.3 - Outros nomes: Sal de amônio do éster monodecílico do ácido sulfúrico; dodecil sulfato de amônio. Lauril éter sulfato de sódio, ou laureth sulfato de sódio (SLES), é um detergente e surfactante que faz parte de muitos produtos de higiene (sabonetes, shampoos, cremes

dentais,

etc.).

É

um

desengordurante muito eficaz e barato. A sua

fórmula

química

é

CH3(CH2)10CH2(OCH2CH2)nOSO3Na. Por


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

104

vezes o número "n" é incluído no nome, por exemplo, lauriléter-2 sulfato de sódio. O produto comercial é heterogéneo, tanto no comprimento da cadeia álcali (12 sendo a moda do número de átomos de carbono), como no número de grupos etoxila, onde n é a mediana. Tem-se que n=3 é comum nos produtos comerciais. SLES pode ser derivado por etoxilação de SDS. 1.2.10.1.4 - Dodecil sulfato de sódio (Lauril sulfato de sódio) (também conhecido como SDS) e lauril sulfato de amónio (ALS) são alternativas comuns ao SLES em produtos comerciais. Enquanto o SLS é um conhecido irritante, algumas evidências e pesquisa sugerem que SLES pode também causar irritação após exposição prolongada. 1.2.10.1.5 - Danos e riscos a saúde individual. Ao médico dermatologista e em particular ao Farmacologista Clínico, uma


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105

alerta em relação aos efeitos na pele sensível.

Produtos

contendo

essas

substâncias podem afetar quem tenha propensão a eczemas e outras irritações. Essas substâncias ajudam na produção elevada

de

espuma

nesses

produtos,

permitindo uma melhor distribuição do produto durante a lavagem do cabelo, pele ou dentes. Quando enxaguado, o produto terá lavado a área, mas, em contrapartida, terá também removido a humidade das camadas superiores da derme. Em pessoas com pele sensível (dadas a dermatites, acne, eczema, psoríase e sensibilidade química), as propriedades hidrófilas desse tipo de detergentes podem causar o ressurgir de problemas de pele ou piorar condições já existentes

(Magnusson B, Gilje O. Allergic contact

dermatitis from a dish-washing liquid containing lauryl

ether

sulphate.

Acta

Derm

Venereol.

1973;53(2):136-40. Abstract; Van Haute N, DoomsGoossens A. Shampoo dermatitis due to cocobetaine


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

106

and sodium lauryl ether sulphate. Contact Dermatitis. 1983 Mar;9(2):169. Abstract).

1.2.10.1.6 - A humidade ou umidade (em língua portuguesa, Brasil) é a quantidade de vapor de água na atmosfera. Fisicamente, a humidade relativa é definida como a razão da quantidade de vapor de água presente numa porção da atmosfera (pressão parcial de vapor) com a quantidade máxima de vapor de água que a atmosfera

pode

determinada vapor).

suportar

temperatura

a

uma

(pressão

de

A humidade relativa é uma

importante variável (medida) usada na previsão do tempo, e indica a possibilidade de precipitação (chuva, neve, granizo, entre outros), orvalho ou nevoeiro.

A alta

humidade durante dias quentes faz a sensação térmica aumentar, ou seja, a pessoa tem a impressão de que está fazendo mais calor, devido à redução da eficácia da


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107

transpiração da pele, e assim reduzindo o resfriamento corporal. Por outro lado, a baixa humidade dos desertos causa uma grande diferença de temperatura entre o dia e a noite. Este efeito é calculado pela tabela de índice de calor. 1.2.10.1.7 - Preocupações de saúde. O produto [Lauril Sulfato de Sódio LSS]

é

um

surfactante

aniônico,

biodegradável, possui ação detergente e emulsificante. Tem ampla utilização na Indústria

farmacêutica

e

cosmética,

produtos de higiene pessoal (xampu, pasta dental, cremes, etc.), detergentes de uso domésticos, limpeza industrial e inúmeras sínteses

químicas.

Não

nenhuma

referência de CARCINOGÊNESE ou risco à saúde em vasta bibliografia consultada especializada em toxicologia clínica ou sobre substâncias Carcinogênicas, inclusive Organização Mundial da Saúde e IARC -


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108

Agência Internacional de Pesquisa do Câncer. A Cosmetic, Toiletry, and Fragrance Association (CTFA) e a American Cancer Society dizem que a possibilidade de o LSS ser cancerígeno é uma lenda urbana. 1.2.10.1.8 - O produto [Lauril Sulfato de Sódio

-

LSS]

e

a

referência

de

CARCINOGÊNESE. Environmental Working Group disse no seu Skin Deep Report que o LSS pode possivelmente estar contaminado com 1,4dioxano(Rumor: Cancer.

The

Sodium Lauryl Sulfate Causes

Cosmetic,

Toiletry,

and

Fragrance

Association. 13, October 2000. Consumer Information; Skin Deep Report. Environmental Working Group. Revised October 1995. SLES Rating).

SLES e SLS sabe-se que tenham sido contaminados com 1,4-dioxano.

A U.S.

Environmental

Agency

Protection

considera o 1,4-dioxano como um possível cancerígeno.

A

U.S.

Food

and

Drug

Administration encoraja as empresas a


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

109

remover este contaminante, tal ainda não é imposto por lei(Roderick E. Black, Fred J. Hurley, Donald C. Havery. Occurrence of 1,4-Dioxane in Cosmetic Raw Materials and Finished Cosmetic Products.

Journal

of

AOAC

May;84(3):666-670.

Abstract;

Diethyleneoxide).

Hazard

International.2001 1,4-Dioxane

(1,4-

Summary.

U.S.

Environmental Protection Agency. Created in April 1992;

Revised

in

January

2000.

Fact

Sheet;

FDA/CFSAN--Cosmetics Handbook Part 3: Cosmetic Product-Related Regulatory Requirements and Health Hazard Issues. Prohibited Ingredients and other Hazardous Substances: 9. Dioxane; 9004-82-4 Guidechem.com(em inglês).

1.2.10.1.9 - Dioxano é um dos isômeros do dioxacicloexano, um cicloexano em que dois -CH2- são substituídos por -O-: 1,4-Dioxano - isômero para. 1,3-Dioxano - isômero meta. 1,2-Dioxano - isômero orto.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

110

(Iconografia 19) 1.2.10.1.10 - Conheça substâncias que podem liberar o dioxano, componente nocivo à saúde. A substância é considerada como possível cancerígena e pode estar presente em muitos outros componentes que são comuns em cosméticos.

Classe de um

solvente industrial que pode aumentar as chances de surgimento de câncer é utilizada em cosméticos e é bem provável que individualmente

ou

coletivamente

pessoas tenham contato direto com ele.

as


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Vamos

entender

no

111

contexto

o

“dioxano ou 1,4-dioxano”, que é um composto

orgânico

volátil

(VOC) pertencente à família dos éteres, sendo que alguns tipos de dioxinas podem liberá-lo. 1.2.10.1.11 - Vamos entender e conhecer os perigos da dioxina e desenvolver a ideia de como preveni-los. Inicialmente é bom esclarecer que estar presente em papéis que passaram por processo de branqueamento e em certos artigos íntimos femininos, a substância pode causar câncer dependendo do excesso em corpo humano.

Durante as pesquisas

do autor, que resultou na Monografia Acadêmica para seu título de especialista em Farmacologia Clínica pela Faculdade ATENEU, observamos que alguns médicos convidados

para

opinar

em

diversos

estudos científicos demonstraram nunca


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

tenha

ouvido

falar

dessa

112

substância

química. Porém é uma realidade, ela está em nossos corpos (mesmo que em pequena quantidade) e é perigosa. A dioxina é um subproduto industrial de certos processos, como produção de cloro, certas técnicas de branqueamento de papel e produção de pesticidas. A incineração de lixo também libera dioxina (queima de plástico, de papel, de pneus e de madeira tratada com pentaclorofenol), pois muitos produtos são tratados com cloro em sua fabricação. As dioxinas são acumuladas nos tecidos adiposos, ou seja, nas regiões em que nossos corpos e os de animais têm mais gordura. Por meio de um processo chamado biomagnificação, elas também acompanham o desenvolvimento da cadeia alimentar, de acordo com artigo da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), dos EUA. Ao comermos a carne de um


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

113

animal que contém muitas dioxinas, elas serão acumuladas no corpo. A partir de então, o organismo tentará se livrar delas por um bom tempo. Nesta linha de raciocínio observemos que “Comer carne vermelha em excesso não é saudável por muitas razões e uma delas é aumentar o risco de câncer de próstata” Comer carne vermelha em excesso não é saudável por muitas razões e uma delas é aumentar o risco de câncer de próstata. Não há nível saudável de dioxinas e até uma quantidade pequena pode ser perigosa, exatamente porque ela se acumula no organismo. Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Européia estabeleceram a dosagem de 2,3 pg/kg/dia (picograma/quilo/dia

-

1

picograma

equivale a 10-¹² grama ou um trilionésimo de grama) como limite. A americana Enviromental

Protection

Agency


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

114

(EPA), discorda, apontando 0,7 pg/kg/dia como quantidade máxima recomendável. É limites que significam quantidades muito baixas, o que pode ser aferido por orientação da própria EPA, que descreve o uso de filtro simples de papel para coar café feito

com

papel

industrialmente, suficiente

para

por

branqueado exemplo,

exceder

os

como “níveis

aceitáveis” de dioxina por toda uma vida. 1.2.10.1.12

-

História

e

processos

industriais. A expansão das dioxinas se liga à utilização do cloro na Segunda Guerra Mundial. Até esse período, o produto foi usado, juntamente com outras substâncias químicas, como forma de armamento. Com o fim do conflito, havia uma grande produção, mas a demanda sofreu uma queda abrupta. Assim, a indústria química buscou novos mercados para inserir o


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

115

cloro. Essa empreitada foi bem sucedida, mas o subproduto dioxina não estava nos planos. Uma fonte de cloro, uma fonte de matéria orgânica e um ambiente térmico ou quimicamente reativo em que os materiais citados possam se combinar é o que gera a dioxina

nos

processos

industriais,

de

acordo com o Greenpeace. Portanto, tanto a produção de cloro como o tratamento de outros

produtos

com

cloro

gera

o

indesejado subproduto. 1.2.10.1.13 - Problemas causados pelas dioxinas. As dioxinas podem afetar o organismo humano, principalmente, de três maneiras: 

formação:

as

dioxinas

são

substâncias teratógenas (causam má formação (causam

fetal), mutações

mutagênicas genéticas,

algumas das quais podem causar câncer) e suspeita-se que sejam


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

carcinogênicas

para

116

humanos

(podem causar câncer). 

Devido a essas propriedades, as dioxinas mexem com a regulação de crescimento celular, induzindo ou bloqueando a morte de células;

Câncer: dioxinas

segundo são

a

ATSDR,

as

comprovadamente

causadoras de câncer em animais. O mesmo efeito parece ocorrer com humanos. E o mais grave é que as dioxinas agem como carcinogênicos completos, que não precisam de outros elementos químicos para atuar no organismo.

Elas podem

causar tumores e aumentar o risco de todos os tipos de câncer, de acordo com a OMS e o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), dos EUA. Outros efeitos: as dioxinas alteram receptores de estrogênio, podem ser tóxicas para o crescimento e o desenvolvimento,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

117

podem causar danos no fígado, nos nervos e alterações indesejadas em glândulas, de acordo

com

a

ATSDR.

Problemas

relacionados aos sistemas reprodutivo e imunológico,

além

de

neurodesenvolvimento

alterações também

no

podem

ocorrer devido às dioxinas. As substâncias também

são

problemas

suspeitas

respiratórios,

de

causarem

câncer

de

próstata, além de dois tipos de diabetes. 1.2.10.1.14 - Emissões de dioxinas. A tabela abaixo, divulgada sugere os processos formadores das dioxinas e quais são os emissores primários. V. Iconografia 20. 1.2.10.1.15 - Exposição. Novamente de acordo com a ATSDR, as

dioxinas

são

encontradas

em

praticamente todas as amostras de pele e sangue de pessoas sem conhecimento sobre terem exposição à substância. Como as


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

118

dioxinas perduram na cadeia alimentar e se acumulam

em

tecidos

adiposos,

a

alimentação é responsável por 96% de toda a acumulação de dioxinas da qual estamos sujeitos. Os principais tipos de alimento que as contêm, de acordo com a ATSDR, são os seguintes: gordura animal presente em carne, laticínios ricos em gordura, peixes gordurosos

(arenque,

cavala,

salmão,

sardinha, truta e atum) e produtos que tenham sido expostos a pesticidas. A contaminação também pode ocorrer quando ingerimos alimentos que tiveram contato

direto

com

embalagens

que

possuam dioxinas (principalmente as feitas com papel branqueado industrialmente, como pratos de papel e caixas de comida feitas de papel). Também é possível que produtos íntimos femininos que passaram por processo de branqueamento liberem dioxinas, como absorventes internos. Outra


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

119

maneira de o organismo humano ser invadido por dioxinas é a respiração de gases,

vapores

e

outras

emissões

provenientes de lixões que costumam incinerar seus resíduos. Plantas industriais, como fábricas de papel, de cimento e de fundição de metais também podem liberar dioxinas no ar. Viver numa região próxima a esse tipo de estabelecimento pode acarretar exposição crônica a dioxinas via respiração (apesar de a maior parte entrar no corpo humano via alimentação). 1.2.10.1.16 - Alternativas. Se os parques industriais de todo o mundo deixassem de produzir dioxinas, ainda levaria cerca de 30 anos para que os seres

humanos

diminuíssem

consideravelmente o nível da substância em seus corpos.

Como alternativas algumas

empresas tentaram substituir o cloro nos processos industriais utilizando dióxido de


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

120

cloro, menos nocivo, o que pode ser aferido em produtos que exponham o selo ECF (Elemental Chlorine Free). Essa alteração se deu principalmente nas indústrias de papel e celulose e foi seguida por outra inovação, chamada TCF (Total Chlorine Free), em que não há nenhum tipo de cloro na

composição

do

material.

Ele

é

substituído por oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio. No Brasil, um projeto de lei de 2008 tentou fazer com que a indústria de papel só pudesse fabricar modelos livres de cloro (TCF), mas foi rejeitada.

A maior parte da indústria

nacional de papel utiliza ECF, mas é possível encontrar produtos TCF.

O Greenpeace

defende que as dioxinas deixem de ser produzidas, mas há um

embate na

sociedade. Há posições que defendem o uso dos ECF, alegando que não há diferenças entre os dois modelos.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Iconografia 20.

121


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

122

1.2.10.1.17 - Como evitar a exposição? As dioxinas já estão presentes não só em

nossas

gordurinhas,

mas

nas

gordurinhas de muitas pessoas ao redor do mundo.

No entanto, é possível seguir

alguns conselhos básicos para evitar a exposição a essa perigosa substância Produtos

de

branqueados

papel:

opte

por

naturalmente

papéis

ou

não

branqueados, especialmente para produtos que entram em contato com comida ou com partes íntimas – filtros de café, toalhas de papel e absorventes internos; Alimentos: escolha alimentos orgânicos e com baixa quantidade de gordura.

Se a carne for

imprescindível na sua dieta, procure saber se

o

animal

sustentável – quantidades

foi

criado

de

maneira

alimentado com poucas diárias

de

gordura

pasto/ração livre de pesticidas.

ou


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

123

É comprovado que mães que comem menos carne têm menos dioxinas em seu leite

materno;

Plásticos:

quando

for

esquentar algum produto nas micro-ondas, certifique-se

de

que

ele

foi

feito

especialmente para essa finalidade. Mesmo assim, dê preferência a recipiente de cerâmica e vidro. Com o calor, os plásticos podem liberar dioxinas diretamente no alimento.

O mesmo vale para o filme

plástico que recobre comida. Tire-o antes de levar o alimento às micro-ondas.

No

caso do PVC, evite qualquer forma de queima ou aquecimento intenso do material (fato

comum

em

obras,

para

dar

elasticidade ao cano). 1.2.10.1.18

-

Micro-ondas:

aquecer

alimentos em recipientes de plástico pode liberar dioxinas.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

124

1.2.10.1.19 - Funcionamento.

(Iconografia 21). O princípio básico desse tipo de forno é transformar a energia elétrica em energia térmica

por

meio

de

ondas

eletromagnéticas (as tais micro-ondas), que aumentam a energia cinética dos alimentos. Seu principal componente é o magnetron, responsável

pela

formação

de

ondas

magnética e composta basicamente por imãs e placas de metal. Essas ondas são absorvidas

pelas

moléculas

de

água


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

125

presente nos alimentos, o que provoca agitação e, por fim, aquecimento. 1.2.10.1.20 - Impactos no uso cotidiano. O tipo de aquecimento do forno de micro-ondas faz com que os nutrientes dos alimentos sejam reduzidos. No entanto, não são apenas os benefícios que cessam. Segundo o médico Sérgio Vaisman, médico especialista em nutrologia e há anos dedicado à prática de medicina preventiva, as alterações decorrentes do aquecimento por meio das micro-ondas pode fazer com que alimentos como fibras, frutas

e

verduras,

abundantes

em

antioxidantes, percam boa parte de suas propriedades, fundamentais ao trabalho de eliminação de parte dos radicais livres que podem lesar o DNA das células e contribuir para a prevenção de várias doenças, dentre elas câncer e cardiovasculares. De acordo com a revista Pediatrics, a perda de


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126

vitaminas e nutrientes do leite materno devido ao aquecimento em forno de microondas pode afetar o sistema imunológico do bebê. Aquecer alimentos em recipientes de plástico que não são específicos para esse tipo de forno, pode liberar dioxina, um composto orgânico incolor e

inodoro

comprovadamente cancerígeno (atestado pelo Instituto Nacional do Câncer).

Para

evitar problemas, basta utilizar recipientes de vidro temperado, porcelana ou plásticos especiais

para

micro-ondas.

Porém,

operando de maneira normal, as microondas não oferece riscos à saúde, é inclusive um facilitador ao poupar tempo em nosso corrido dia-a-dia. Quando o forno é desligado, não há riscos de contaminação por radiação, já que ele só a emite quando está funcionando, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Na educação em prol da segurança e bom ficar atento aos


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127

aparelhos com data avançada de uso. Se houver problemas no fechamento da porta, dobradiça, trinco ou vedação, o uso deve ser interrompido e o aparelho levado ao conserto, já que a radiação pode escapar. 1.2.11 - Cloreto de benzalcônio (catiônico).

(Iconografia 22) Cloreto de benzalcônio.

(Iconografia 23)


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128

É um sal facilmente solúvel em água, álcool e acetona. Cloreto de Benzalcônio (cloreto de alquil dimetil benzil amônio) é um agente de tensão superficial para aumentar o contato nitrogenoso e catiônico pertencente ao grupo de compostos de amônio quaternário.

É utilizado como

antisséptico,

espermicida,

descongestionante nasal, e historicamente como bactericida. desinfecção

de

membranas

Seu uso varia desde pele

mucosas

e

limpeza

passando

de por

esterilização de instrumentos, por cultivo de pêssegos e até como conservante. 1.2.12 - Tensioativos ou tensoativos. São surfactantes, são substâncias que diminuem

a

tensão

superficial

ou

influenciam a superfície de contato entre dois líquidos.

Tensão superficial é um

efeito físico que ocorre na interface entre duas fases químicas. Ela faz com que a


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

129

camada superficial de um líquido venha a se comportar como uma membrana elástica. Esta propriedade é causada pelas forças de coesão entre moléculas semelhantes, cuja resultante vetorial é diferente na interface. Enquanto as moléculas situadas no interior de um líquido são atraídas em todas as direções pelas moléculas

vizinhas,

as

moléculas da superfície do líquido sofrem apenas atrações laterais e internas. Este desbalanço de forças de atração que faz a interface se comportar como uma película elástica como um látex.

Os surfactantes

quando utilizados na tecnologia doméstica são geralmente chamados de emulsionantes ou emulgentes, ou seja, substâncias que permitem conseguir ou manter a emulsão. São feitos de moléculas na qual uma das metades é solúvel em água e a outra não. Tensioativos podem ser classificados como Catiônicos: são agentes tensioativos


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

130

que possuem um ou mais grupamentos funcionais que, ao se ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados positivamente. Exemplos típicos são os quaternários

de

quaternários

de

amônio. amônio

Os são

cátions íons

poliatômicos carregados positivamente e com a estrutura NR4+, sendo R qualquer radical alquila. Ao contrário do próprio íon amônio NH4+ e dos cátions amônio primário, secundário e terciário, os cátions quaternários de amônio ficam carregados eletricamente permanentemente, qualquer que seja o pH do meio. Os cátions quaternários de amônio são sintetizados através da alquilação completa da amônia ou outras aminas. Os sais quaternários de amônio sais de amônio quaternário ou compostos quaternários de amônio são sais de cátions quaternários de amônio com um ânion. São usados como desinfetantes,


131

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surfactantes, amaciantes de tecido, agentes antiestáticos

(ex.:

em

xampus

e

condicionadores de cabelos) e catalisadores de transferência de fase. Nos amaciantes de roupa líquidos, são geralmente usados os sais de cloreto (exemplos: cloreto de cetil dimetil amônio) ou os de sulfato de metila.

Cátion quaternário de amônio. (Iconografia 24) Os radicais R podem ser o mesmo grupo ou grupos alquílicos diferentes. Além disso, quaisquer

um

dos

Rs

podem

estar

conectados entre si. Aniônicos: são agentes tensioativos que possuem um ou mais grupamentos


132

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funcionais e ao se ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados negativamente e que são responsáveis pela tenso

atividade.

Um

exemplo

é

o

dodecanoato de sódio. Não iônicos: são agentes tensioativos que possuem grupos hidrofílicos sem carga ligado a cadeia graxa. Anfóteros: são agentes tensioativos que contem em sua estrutura tanto o radical ácido inflamável como o básico. Esses

compostos

quando

em

solução

aquosa exibem características aniônicas ou catiônicas dependendo das condições de pH da solução. Os

tensioativos

anfóteros

mais

comuns incluem N-alquil e C-alquil betaina e sultaina como também álcool amino fosfatidil e ácidos. Entre os tensioativos encontram-se substâncias sintéticas que são

utilizadas

regularmente,

como


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

133

detergentes e produtos para máquina de lavar louça. O tensioativo é um produto que pode se misturar a qualquer produto inflamável e não detectável quimicamente. 1.2.13

-

Cocamidopropil

betaína

(zwitterionico). Cocamidopropil

betaína,

também

conhecida pela sigla CAPB, é um líquido viscoso amarelo derivado de óleo de coco e de

um

produto

químico

chamado

dimetilaminopropilamina. É um anfotérico surfactante suave - um detergente que pode atuar como um ácido ou uma base - e é normalmente

usado

em

limpeza e higiene pessoal.

produtos

de

A substância

ajuda a produzir espuma em produtos como o sabonete líquido e pode ajudar a engrossar produtos como condicionador de cabelo. Tem também suaves qualidades antissépticas. Reações alérgicas e irritação na pele são possíveis, especialmente para


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

134

pessoas com mais pele sensível. O coco betaína também podem ser rotulada em recipientes de produtos como N-(carboxi metil)-N,

N-dimetil-3-sal

[(1-oxococo)

amino]-1 de hidróxido de propanaminium-, ou sal interior. Betaína cocamidopropyl representa

um

impulsionador

ou

estabilizador de espuma eficaz, tornando-se um ingrediente comum em produtos de espuma de banho, sabonetes líquidos e xampus.

O composto permanece estável

dentro de uma ampla gama de valores de pH. Esta gama de pH confere-lhe um ligeiro efeito germicida e antisséptico, tornando-o adequado para utilização em produtos industrializados de higiene pessoal.

Por

exemplo, muitas vezes é incluído como um ingrediente

desinfetante

suave

em

esfoliantes faciais e corporais. Também é compatível com outros agentes catiônicos, aniônicos

e

tensoativos

não

iônicos,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

135

tornando-se um ingrediente comum em tintas para o cabelo. geralmente

considerado

Embora seja como

um

ingrediente leve e seguro, existem alguns relatos de casos de reações alérgicas em usuários, provavelmente como resultado do processo de fabricação dos subprodutos amidoamina e dimetilaminopropilamina, duas impurezas que têm sido associadas com a irritação da pele e alergias dérmicas. Estudos demonstram que este problema pode potencialmente ser evitado se os fabricantes mantiverem baixos os níveis destes subprodutos.

Na última década,

mais e mais novos surfactantes têm sido introduzidos com a esperanças de gerar produtos mais suaves e menos irritantes. A utilização de betaína cocamidopropil tem em grande parte substituído o uso de cocoamida DEA na maioria dos produtos, graças a pesquisas que demonstraram


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136

possíveis efeitos carcinogênicos em ratos de laboratório em testes de cocoamida DEA em cosméticos.

Alguns

fabricantes

de

produtos de higiene estão substituindo agora

a

betaína

cocamidopropyl

por

cocamidopropyl hydroxysultaína, também derivado de óleo de coco, alegando que é mais leve e mais eficaz. No entanto, esta última

substância

ingrediente

mais

tende

a

ser

caro(Referências:

um

Informe

técnico do fabricante; Manual de Incompatibilidades farmacotécnicas em preparações de uso tópico – ANFARMAG – 2003).

Conclusão:

A

COCOAMIDOPROPIL

BETAÍNA pertence à classe dos tensoativos anfotéricos, por possuir uma carga positiva e outra negativa na estrutura de sua molécula. É obtida sinteticamente, pela reação de condensação do óleo de coco ou de babaçu com a dimetilpropilamina.


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137

A COCOAMIDOPROPIL BETAÍNA é um tensoativo anfotérico suave, com excelente compatibilidade

dérmica,

irritabilidade

aos

olhos

baixa e

pele,

especialmente em combinação com os aniônicos (LESS). Reduz a irritabilidade das formulações, melhora o toque, promove o aumento

da

viscosidade

e

maior

estabilidade de espuma. Compatível com quase todos os outros tensoativos usados em formulações de shampoos e sabonetes líquidos, tem alto poder de detergência, espuma e limpeza, sendo utilizado nas formulações

cosméticas

perolados,

shampoos

shampoos

de

transparentes,

anticaspas,

condicionadores,

shampoos

sabonetes

shampoolíquidos,

espuma de banhos, shower-géis, entre outros. Aplicações: Shampoos de todos os tipos;

Shampoos infantis;

Sabonetes


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

138

líquidos;

Sabonetes líquidos infantis;

Espumas

de

banho;

Shower-géis;

Sabonetes antissépticos;

Loções de

limpeza(Jones, R.G e Storey, 1981; Craig, SAS., 2004). 1.2.14 - Octanol (álcool graxo, não iônico). Octanol é o álcool primário saturado de cadeia linear com oito carbonos. O álcool (al-kohul) é uma classe de compostos orgânicos que possui, na sua estrutura, um ou mais grupos de hidroxilas(-OH) ligados a carbonos

saturados.

É,

comumente,

utilizado como combustível, esterilizante e solvente. É o componente principal das bebidas alcoólicas.

Os álcoois primários

têm o grupo hidroxila ou oxidrila ligado a um carbono primário, como por exemplo, o etanol. Sua fórmula geral é:


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

139

Na ilustração, "R" representa um radical hidrocarboneto qualquer. Em química, um hidrocarboneto é um composto químico constituído por átomos de

carbono

e

de

hidrogênio

unidos

tetraedricamente por ligação covalente assim como todos os compostos orgânicos. O álcool é produzido a partir de matérias primas com origem vegetal que possuem altos índices de frutose. A principal matéria prima utilizada é a cana-de-açúcar, mas podem também ser usadas outras matérias como o milho, a mandioca e o eucalipto. Após o corte, é feito o transporte da matéria para a usina, onde ocorre a lavagem e a moagem seguida da filtragem, de onde são obtidos a garapa e o bagaço. A garapa é aquecida, formando um líquido viscoso e rico em açúcar, o melaço.


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

140

Depois, adiciona-se ao melaço um pouco de água e ácido, de onde obtemos o mosto. Após 50 horas de fermentação 13% do mosto torna-se álcool e é enviado para a destilação.

Para fins de higienização de

ambientes e do corpo humano, é fabricado o álcool na versão pastosa (álcool em gel). 1.2.15 - Créditos especiais. Para os pesquisadores recomendamos o formato em página web utilizando Chime ©

2001

Bioquímica

de Angel e

Herráez

Biologia

(Depto. Molecular,

Universidade de Alcalá, 28871 Alcalá de Henares, Espanha). Desenvolvido e traduzido a partir dum script para Rasmol, © 1997 Eric Martz (Dept.

Microbiology,

University

of

Massachusetts, Amherst, MA 01003-5720, U.S.A.). Permitem-se a utilização e a copia com fins educativos não comerciais. O uso


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141

comercial exige um acordo prévio com os autores. Inclui dinâmica

uma

simulação

molecular

da

mediante

bicamada

de

fosfatidilcolina em água, realizada por H. Heller, M. Schaefer e K. Schulten no Theoretical Biophysics Group, Beckmann Institute, University of Illinois, UrbanaChampaign, U.S.A. ("Molecular dynamics simulation of a bilayer of 200 lipids in the gel and in the liquid-crystal phases", J. Phys. Chem. 97:8343-60, 1993). Inclui também uma simulação por dinâmica molecular da gramicidina numa bicamada, realizada por S. Crouzy , T.B. Woolf y B. Roux em CENG, Centre d'Etudes Atomiques, Grenoble, Francia, y Chemistry Dept., Université de Montreal, Montreal H3C

3J7

Canadá.

("A

molecular

dynamics study of gating in dioxolane-


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142

linked gramicidin A channels", Biophys. J. 67:1370-86, 1994). http://biomodel.uah.es/pt/model2/bicapa /inicio.htm Mais

modelos

moleculares

que

utilizam Chime, em espanhol, em Biomodel: http://www.uah.es/otrosweb/biomodel Há outros recursos com Chime em espanhol no

"Índice

Mundial

de

Recursos

de

Visualização Molecular" ( World Index of Molecular Visualization Resources ). 1.2.16 - “Pim” – Função. Estas

proteínas

incluem

transportadores, canais iónicos, receptores, enzimas, ancoragem

domínios

estruturais

membranar,

de

proteínas

envolvidas na acumulação e transdução de energia, proteínas responsáveis pela adesão celular. A classificação de transportadores pode ser encontrada na base de dados TCDB, citado por Saier MH, Yen MR, Noto K,


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

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Tamang DG, Elkan C - 2009(Transporter Classification Database). 1.2.17 - Receptores. Exemplos. Em citologia, o termo receptores(ou recetores

designa

as

proteínas

que

permitem a interação de determinadas substâncias

com

os

metabolismo celular.

mecanismos

do

A união de uma

molécula sinalizadora a seus receptores específicos desencadeia uma série de reações no interior das células (transdução de sinal), cujo resultado final depende não só do estímulo recebido, senão de muitos outros fatores, como o estado celular, a situação metabólica da célula, a presença de patógenos, o estado metabólico da célula, etc.

Portanto ciente que receptores são

proteínas ou glicoproteínas presentes na membrana plasmática, na membrana das organelas ou no citosol celulares, que unem especificamente

outras

substâncias


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

químicas

chamadas

144

moléculas

sinalizadoras, como os hormônios e os neurotransmissores. Podemos citar alguns exemplos

de

proteínas

integrais

de

membrana, e como por referência, temos: Receptor de insulina.

Receptor de insulina. (Iconografia 25) O receptor de insulina é um receptor transmembranar

que

é

ativado

pela

insulina, IGF-I, IGF-II, pertencendo à grande classe dos receptores tirosina quinase. Do


FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)

145

ponto de vista metabólico, o receptor de insulina desempenha um papel central na regulação da homeostase da glucose, um processo

funcional

que

quando

em

condições degeneradas podem resultar numa variedade de manifestações clínicas como a diabetes e o cancro. Alguns tipos de proteínas de adesão celular ou moléculas de adesão

celular

como

as

integrinas,

caderinas, NCAMs ou selectinas. tipos de proteínas receptoras. Glicoforina; Rodopsina; Banda 3(três); CD36; GPR30.

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PRANCHA ILUSTRADA

(Iconografia 1)

(Iconografia 2)

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(Iconografia 3)

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(Iconografia 4) (Iconografia 5)

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(Iconografia 6) .

(Iconografia 7)

(Iconografia 8)

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(Iconografia 9)

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(Iconografia 10)

(Iconografia 11)


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(Iconografia 12)

(Iconografia 13)

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(Iconografia 14)

Imagem tridimensional de um elipsoide(F. W. J. Olver, D. W. Lozier, R. F. Boisvert, and C. W. Clark, 2010, Cambridge University Press).

(Iconografia 15)


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Esquema de uma micela. Cada molécula formadora da micela é representada por uma cabeça polar e uma cauda apolar. (Iconografia 16)

(Iconografia 17)


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Ammonium dodecyl sulfate, nome IUPAC. (Iconografia 18)

(Iconografia 19)


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Iconografia 20.

196


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(Iconografia 21).

(Iconografia 22) Cloreto de benzalcônio.

(Iconografia 23)

197


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Cátion quaternário de amônio. (Iconografia 24)

Receptor de insulina. (Iconografia 25)


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