Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição.

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Ano 01 | Nº 01 | ABR. 2011

O conforto da casa por Marcio Kogan

SulAmérica e IBM

Parceria sob medida

Sustentabilidade Quem segura o tempo?

NOVA REVISTA


SulAmérica Previdência. O futuro chega. O aborrecimento não.

O futuro chega rápido para todo mundo, mas pode chegar sem aborrecimentos a você. É só fazer um plano de previdência da SulAmérica, que oferece opções de produtos segmentados por perfil, com fundos de rentabilidade competitiva e flexibilidade total. E você ainda escolhe quanto quer pagar e quando deseja se aposentar. A SulAmérica trabalha para fazer tudo de um jeito cada vez mais rápido, claro e fácil. Afinal, previdência é para evitar que a vida vire um aborrecimento e não para ser mais um.

Para mais informações sobre os seguros SulAmérica, acesse sulamerica.com.br ou consulte seu corretor de seguros.

SulAmérica Previdência. Se aborrecer pra quê?

Os planos de previdência da SulAmérica obedecem aos contratos e regulamentos que devem ser lidos previamente à sua contratação. A aprovação dos planos pela Susep não implica incentivo ou recomendação à sua comercialização. De acordo com a legislação vigente, é possível a opção de tributação por alíquotas decrescentes. Sul América Seguros de Pessoas e Previdência S.A. CNPJ: 01.704.513/0010-37.

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EDITORIAL

Caro leitor, É com muita satisfação que apresento a você a ON Line, a nova revista da SulAmérica Seguros e Previdência. A nossa revista foi totalmente reformulada, recuperando a linha editorial que deu origem à primeira revista SulAmérica. Já naquela época, a companhia propunha uma revista moderna, com assuntos de interesse geral e grande foco em qualidade de vida. O novo projeto editorial revigora uma revista que sempre foi vanguardista. Lançada em 1920, com o nome de Revista SulAmérica, a publicação tornou-se referência no mercado editorial daquela época por trazer reportagens de moda, comportamento, saúde, literatura, música e arte, e até tirinhas de humor, além, é claro, de algumas páginas sobre a companhia. A procura foi tão grande que a revista passou a ser vendida em banca, chegando a ser a maior revista em circulação no País no ano de 1945, com uma tiragem de 90 mil exemplares. Ao longo dos anos, a revista passou por algumas transformações, mas, sem dúvida, esta que você começa a folhear agora é a mais representativa desta nova fase da companhia. Com estética bonita, moderna e conteúdo muito mais interessante, leve e variado, a revista ON Line está antenada com os assuntos do nosso cotidiano e trata de saúde e bem-estar, gastronomia, arquitetura, automóveis, sustentabilidade, família, negócios e, como não poderia deixar de ser, também tratamos de seguro, planejamento familiar e proteção financeira para que você possa curtir a vida sem aborrecimentos. Tenho certeza de que esta edição proporcionará bons momentos de informação, diversão e relaxamento. Boa leitura! Thomaz Cabral de Menezes

3 _Abril 2011






Sumário

12

SOBRE RODAS MENOS E MAIS

Crescem as opções e os protótipos de modelos que emitem menos CO2

20 VIDA SAUDÁVEL MARCOS LIMA

A rotina de um baiano cheio de energia

24 CASA E ARQUITETURA ZONA DE CONFORTO

Marcio Kogan abre a casa para a ON Line

32 BRASIL S/A

TECNOLOGIA PARA UM PLANETA MAIS INTELIGENTE

Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil, em entrevista exclusiva à ON Line

38 FORA DA FIRMA

NO LITORAL DESTE OCEANO ATLÂNTICO

Executivos dividem o tempo entre o trabalho e o mar

44 SUSTENTABILIDADE UMA SEGURADORA SEGURA O TEMPO?

O especialista Walter R. Stahel explica as mudanças climáticas

48 GASTRONOMIA

MODERNIDADE COM TECNOLOGIA X RESGATE DA TRADIÇÃO Quando o assunto é comida, o que vale é a qualidade

54 VIDA EM FAMíLIA ENCONTROS E DESENCONTROS

Gerações intensificam convívio dentro das famílias

8 Abril 2011


Conselho Editorial Zeca Vieira Diretor de Marketing Corporativo Solange Guimarães Superintendente de Comunicação Institucional Daniela Campos Gerente de Comunicação Institucional Sara Dalsin Analista de Comunicação Institucional Fotos Photocâmera Edi Pereira Carol Carquejeiro Projeto Editorial

PUBLISHING Rua Artur de Azevedo, 560 - Pinheiros - SP 05404-001 - Tel:. ( 55 11) 2182-9500 www.j3p.com.br

Fábio Pereira Diretor de Criação

58 CONTA CORRENTE CLASSES C E D

Impulsionam tudo! O mercado segurador também

62 PERFIL

EM CARTAZ, NO PALCO, OS REIS DA MÚSICA

Möeller e Botelho emplacam mais um sucesso: Hair

68 CORPORATIVO

TEORIA E PRÁTICA JUNTAS!

Roberto Marucco e os projetos para estreitar a relação com clientes e corretores

71

Cesar Rodrigues Direção de Arte Projeto Gráfico Chico Volponi Coordenador de Custom Publishing Helder L. Tiso e Luciana Fagundes Revisão Osmar Tavares Junior Arte Final Giuliano Pereira Diretor Responsável Sergio Zobaran Conteúdo Colaboradores Eduardo Zobaran Françoise Terzian Léa Maria Aarão Reis Verônica Couto (textos) Paulo Brenta Fernando Frazão (fotos)

HUMOR

POR DIOGO SALLES O motorista amigo

9 _Abril 2011


Uma vida mais bonita começa com você. Você pode mudar tudo com

pequenos gestos. Do mesmo jeito que uma nova sala transforma a casa, um sorriso transforma o dia, um novo espelho muda o olhar e uma flor transforma os

sentimentos. Decoração faz a vida mais bonita, porque de um jeito ou de outro, tudo é decoração.

ABERTO DE SEGUNDA A SEXTA DAS 10 ÀS 22H, SÁBADOS DAS 10 ÀS 20H E DOMINGOS DAS 14 ÀS 19H


PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO, AOS DOMINGOS DAS 12 ÀS 19H | AV. DAS NAÇÕES UNIDAS, 12.555 | BROOKLIN | SÃO PAULO | WWW.DEDSHOPPING.COM.BR


Sobre Rodas

2011 SOBRE RODAS:

MENOS E MAIS Crescem as opções e os protótipos de modelos que emitem menos CO2 e ganham mais recursos automáticos de segurança



Sobre Rodas

O

O 26º Salão Internacional do Automóvel, realizado em São Paulo, em novembro do ano passado, reuniu 750.283 visitantes, e 450 modelos (40% deles, em primeira mão) de 42 marcas de fabricantes instalados no País e de importadores oficiais. A edição de 2010 mostrou o avanço dos projetos baseados no conceito de sustentabilidade, com versões híbridas de modelos de sucesso, como o Porsche Cayenne S Hybrid e o Ford Fusion Hybrid, entre outros que prometem reduzir a emissão de gases CO² ou equivalentes. Além disso, aumentou a presença de modelos estrangeiros, em particular os chineses, e houve muitos lançamentos de crossovers, sedãs de luxo e compactos, que ganharam recursos tecnológicos capazes até de detectar eletronicamente o pedestre ou estacionar sem ajuda do motorista. Na opinião do presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, uma das principais marcas do mercado

GT by Citroën: uma das máquinas expostas no Salão Internacional de São Paulo

de feiras de negócios, Juan Pablo De Vera, o Salão Internacional do Automóvel foi o maior evento de negócios realizado na cidade de São Paulo em 2010, quando completou 50 anos de existência. Os visitantes puderam ver novos automóveis híbridos que já circulam em muitos países. O carro híbrido é aquele que combina um motor de combustão interna, normalmente à gasolina, e um motor elétrico, alimentado pela energia gerada pela queima do combustível tradicional. Juntos, conseguem menores emissões de gases efeito estufa (GEE), da mesma forma que o uso de pilhas ou baterias a combustível (alimentadas geralmente por hidrogênio, produzido em reação química obtida por meio de gás natural, metanol, etc.). O sedã Honda Insight híbrido, exposto no evento e já à venda no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, emite cerca de 101 g/km de CO2 – a média por veículo, no Brasil, é de 170 g/km. A União


Europeia fixou para o mercado europeu o limite de 120 g/km para as emissões de CO2 até 2012, o que promete aumentar a oferta dos modelos menos poluentes. A proposta dos carros elétricos está, ainda, em vários dos produtos conceituais levados ao Salão, protótipos que a indústria prepara para os consumidores do futuro, como o francês GT by Citroën, de visual cibernético (foto). O carro foi idealizado em parceria com a Polyphony, produtora do simulador de corrida Gran Turismo 5, para PlayStation3, e, pelo menos no jogo, consegue emissão zero de GEE. Outro produto conceito, o L1 da Volkswagen, se diferencia pela leveza (380 kg), com carroceria de plástico reforçado com fibra de carbono e estrutura de alumínio. Tem lugar para apenas dois passageiros, um atrás do outro, meio moto, meio carro. A porta lateral se levanta como asa de gaivota, mas sua principal característica é o motor bicilíndrico turbodiesel associado ao motor elétrico, bem econômico: 67,1 km/l de diesel, em média, com emissões de apenas 39 g/km de CO². A BMW trouxe ao Brasil o MW Vision Efficient Dynamics, seu híbrido esportivo para quatro pessoas, que trabalha com um motor 3.0 turbodiesel de três cilindros e dois motores elétricos, consumindo 26,6 km/l e emi-

“Na opinião do presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo De Vera, o Salão Internacional do Automóvel foi o maior evento de negócios realizado na cidade de São Paulo em 2010, quando completou 50 anos de existência” Juan Pablo De Vera

Versão híbrida da Honda


Sobre Rodas

Modelo S60 da Volvo

tindo 99 g/km de CO². A produção de gases efeito estufa pode ser ainda menor, de 50 g/km, se o motorista usar só os motores elétricos. A Toyota mostrou o carro conceito Fine-S, com pilha ou bateria de combustível (fuel cell), alimentada por hidrogênio. Outra inovação, o Prius Plug-in é um híbrido da marca capaz de ser abastecido em tomada normal de 220 Volts.

Mercado aquecido Entre as outras tendências observadas no Salão, houve maior participação dos importados. Nada menos do que oito montadoras chinesas estiveram presentes: Brilliance, Chana, Chery, Effa Motors, Hafei, JAC, Jinbei e Lifan Motors. Além das importadoras SHC e da British Cars, que passaram a importar para o Brasil, em 2010, modelos da Aston Martin; e os da Bugatti e Bentley. O Salão antecipou modelos que estarão à venda, como o sedã Volkswagen Jetta, previsto para chegar ao mercado em 2011, quando a Fiat também deve começar a entregar o Fiat Bravo, estilo hatch.

16 Abril 2011

Novos sedãs de luxo estavam à mostra, como o S60 da Volvo, com sistema para evitar acidentes, capaz de detectar a presença de pedestres em frente ao carro. Se o motorista não reagir a tempo, o automóvel freia automaticamente. Em velocidades abaixo de 35 km/h, a frenagem é total. O sedã Hyundai Genesis também tem oito sensores ultrassônicos e uma câmera na parte de trás para alertar sobre a proximidade de objetos ao estacionar. Os automóveis do tipo crossover, uma febre nas ruas de São Paulo, continuam em alta: o Peugeot 3008 (preparado para consumir menos); o Mitsubishi ASX (com sistema que trava o carro na ladeira); o Citroën AirCross (exclusivo para a América do Sul, com materiais “verdes” no acabamento externo, revestimento interno e nas peças); o Mini Countryman; o Subaru Impreza XV; o Korando C. No outro extremo, os carros compactos causaram sensação, com materiais leves e resistentes, como o L1 da VW, o Smart, o Minicooper e o Lifan 320. O estande da Chevrolet lotou, devido ao carro-robô Bumblebee (réplica do personagem


SulAmérica: Apoio geral e irrestrito às mulheres ao volante Duas tendências evidentes no 26º Salão Internacional do Automóvel – o maior interesse das mulheres pelos carros e a preocupação com a segurança no trânsito – têm reflexo direto na SulAmérica Seguros e Previdência. O SulAmérica Auto Mulher, por exemplo, é uma apólice de seguro de automóvel desenvolvida especificamente para o público feminino. A seguradora também disponibiliza o Motorista Amigo, um serviço que pode ser acionado caso o segurado não esteja em condições de dirigir, levando cliente e seu carro para casa em segurança. As clientes que estiverem sozinhas ou acompanhadas apenas de mulheres dirigindo após a meia-noite também podem usufruir da companhia do motorista amigo no retorno para casa. O Auto Mulher foi desenhado com base em pesquisas qualitativas, que apontaram a segurança como prioridade para o público feminino. A ideia é garantir a elas proteção em quaisquer circunstâncias. Além disso, o apoio para resolver dificuldades clássicas, como trocar o pneu, também está previsto no Auto Mulher, que envia um profissional para isso, quantas vezes a cliente precisar. O mesmo vale para mecânicos, em caso de pane mecânica ou elétrica, sem limite de solicitação. Se o problema não for resolvido no local, um reboque da seguradora levará o carro para a oficina. É possível até chamar o guincho para casos de pane seca, quando o veículo para por falta de combustível. Em caso de roubo ou furto do veículo, a SulAmérica destaca um profissional para acompanhar a cliente até a delegacia. Prudentes no trânsito, as mulheres se envolvem menos em acidentes e, quando isso ocorre, causam pequenos danos, cujo conserto muitas vezes custa menos do que o valor da franquia, o que faz com que não acionem o seguro. O Auto Mulher dá opção de contratação da franquia zero, ou seja, caso a segurada bata o carro, o primeiro conserto é por conta da SulAmérica, sem pagamento de franquia, mesmo que o valor do conserto seja menor que o da franquia indicada na apólice.

Motorista Amigo:

Você e seu carro seguros Além da preocupação com a segurança, a vigência da chamada Lei Seca, que proíbe motoristas de dirigirem após ingestão de bebidas alcoólicas, também provoca aumento na procura pelo serviço Motorista Amigo. Levantamento feito pelo Seguro SulAmérica Auto coloca cariocas, paulistas e brasilienses no topo da lista das pessoas mais atentas à segurança e que mais utilizam o recurso, em que um motorista leva cliente e veículo para casa em segurança, quando ele não está em condições de dirigir. O Rio de Janeiro é a região com maior número de chamadas, 44% do total nacional. “O uso cada vez maior desse serviço é sinal de que a população está cada vez mais consciente do seu papel no trânsito e não dirige se não estiver em condições. É uma preocupação com você e com o próximo”, explica Furtado. O Distrito Federal concentra 28% dos acionamentos do serviço Motorista Amigo, seguido pelo Estado de São Paulo, com 10%. Criado há oito anos, o Motorista Amigo está disponível aos clientes que contrataram os planos 3 ou 4 da Assistência 24 Horas e pode ser acionado até quatro vezes, durante a vigência do contrato. Para solicitar o serviço, o cliente deve ligar para a Assistência 24 Horas. Os telefones constam no cartão do segurado.

17 _Abril 2011


Sobre Rodas

Entre utilitários, carros design e super máquinas, a última versão do Salão do Automóvel mostrou grande diversidade

do filme “Transformers”, da Paramount), e pela apresentação do Camaro, importado para o mercado nacional pela GM. À mostra no Salão, outros muscle cars, como são chamados os automóveis com motores de alta performance, foram o SS da Chevrolet, o Mustang Shelby GT500 da Ford e o Dodge Challenger, da Dodge. No estande do Instituto Ayrton Senna, os apaixonados pela lembrança do piloto brasileiro, morto em um acidente em 1994, emocionaram-se com o carro de competição original, exposto aos visitantes. Também não perderam o game F1 2010, nova versão do jogo oficial da Fórmula 1, no estande da Sony Saraiva. Havia jogos e todos os tipos de acessórios no Salão, com destaque para soluções de segurança. A Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em parceria com a Editora Blindar do Brasil, distribuiu uma versão atualizada do Guia de Blindagem. Reúne dicas para comprar bem um veículo blindado, tabela de

18 Abril 2011

resistência balística de cada um dos níveis de blindagem, indicação das áreas a serem blindadas no carro, etc. Do primeiro ao último dia – de 27 de outubro a 7 de novembro de 2010– , a exposição lotou e provocou longos engarrafamentos por vários bairros, em dias de muito calor. Entre os consumidores tradicionais de automóveis, a maior presença das mulheres chamou a atenção. O estande da Volkswagen instalou até um Espaço Mulher e um Espaço Kids. O Salão Internacional do Automóvel conta com o patrocínio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), copatrocínio da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (ABEIVA) e o apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPEÇAS). É realizado a cada dois anos – o próximo, previsto para 2012, ainda não tem data ou local definidos.


Faça o seguro para carros com a menor cotação de aborrecimentos do mercado. O SulAmérica Auto oferece a agilidade e transparência que você precisa para evitar aborrecimentos. Possui vantagens como: serviço Motorista Amigo para levar você e o seu carro para casa com toda segurança, caso não esteja em condições de dirigir; carro-reserva por tempo ilimitado¹; Centro Automotivo de Super Atendimento – em caso de acidente, é só deixar o carro que a gente resolve tudo – e muito mais. E ainda oferece seguros exclusivos para mulheres, carro zero km e caminhões. Por isso, faça um SulAmérica Auto. Para mais informações sobre os seguros SulAmérica, acesse sulamerica.com.br ou consulte seu corretor de seguros.

SulAmérica Auto. Se aborrecer pra quê?

Conheça as condições de uso de cada serviço, garantia ou benefício em sulamerica.com.br. ¹ Disponível quando contratado o Plano 4 de Assistência 24 Horas. Os seguros SulAmérica obedecem às condições gerais que devem ser lidas previamente à sua contratação. Cód. SUSEP RG/VD: 15414.001772/2004-14. CNPJ: 33.041.062/0001-09. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.

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Vida Saudável

MARCOS LIMA:

A ROTINA DE UM BAIANO CHEIO DE ENERGIA A ON Line traz para você um exemplo de vida saudável. Siga os passos do executivo que tem como lema: “Colocar vida em minha vida”

Q

Marcos Lima é corretor de seguros e presidente da OCS

“Correr é parte da minha rotina, da minha vida. Acredito que precisamos colocar vida na nossa vida. Correr me deixa vivo”

20 Abril 2011

uando Marcos Lima, corretor de seguros e presidente da OCS, Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, relembra a experiência de percorrer o Caminho de Santiago, uma das mais importantes da sua vida, constata: “Como experiência mística, diria que tive muitos ensinamentos. Limpei meus ‘cristais’ e pude ver como carregamos coisas inúteis pela nossa vida. E esvaziar a mochila, além de fisicamente correto, é importante para a mente”. Vamos acompanhar a rotina saudável deste baiano cheio de energia, em seu depoimento à revista ON Line – e, depois, conferir o que dizem dela dois grandes profissionais da medicina, uma terapeuta corporal e um nutrólogo, sobre seus hábitos. E que qualquer um de nós poderia adotar. Morador de Salvador, com 67 anos de idade, 64 quilos e 1,64 m de altura, Marcos não é um sedentário. Ao contrário. Casado há 42 anos, dois filhos e dois netos, o executivo é dinâmico: “Corro 10 km seis vezes por semana. Musculação, durante meia hora, três vezes por semana. Nado, pelo menos, uma vez por semana, entre 10 e 20 minutos”. Isto quando não está se preparando para as maratonas das quais gosta de participar. Então, o ritmo de Marcos é outro: deep running uma vez por semana e corridas de até 21 km. Ele levanta às 5h30, calça seu par de tênis, coloca protetor solar 50 e corre durante uma hora e meia (quando não está correndo não deixa de usar protetor, o número 30). Nos fins de semana chega a mais de duas horas. Antes, come uma banana com mel e um pouco de leite Ninho. Na volta, faz um lanchinho. E quando chove? “Não faz diferença. Se a chuva é fina, correr é até mais gostoso”, Marcos Lima garante, filosofando: “Correr é parte da minha rotina, da minha vida. Acredito que precisamos colocar vida na nossa vida. Correr me deixa vivo”.


A importância da prevenção

A alimentação de Lima também é exemplar: “De manhã, como cereais com iogurte, mel e banana. No almoço ou no jantar, às vezes, como massa – gosto muito. E pelo menos duas vezes por semana, sushi ou bacalhau”. Também gosta de comer tomates durante as refeições principais. Não come muitos legumes. “Mas tomo, todos os dias, Sun Chlorella”. No seu cardápio, batatas e chocolate, mas só duas vezes na semana. Quando está viajando e não é possível comer frutas – três maçãs, no lanche noturno, três vezes por semana – lança mão de vitaminas que, assim como os sucos, podem ser adoçados com mel. Marcos não usa açúcar e toma produtos receitados pelo médico ortomolecular. Raramente bebe refrigerante – toma água ou suco: cerca de 1,5 litro de líquidos por dia. Café, Marcos? O famoso cafezinho? “Não tomo café”, diz ele. Apenas chá verde – de cinco a oito xícaras diariamente, mesmo no escritório onde trabalha cerca de dez a onze horas. E o estresse? Como o administra? “Com a corrida e um bom banho quente antes de dormir.” Dormir para ele significa seis horas de um bom sono. É a cota que o seu físico precisa. Fora a sesta de menos de dez minutos nos dias de trabalho. Hábitos ruins, Marcos não tem. Nunca foi fumante. Bebe vinho, socialmente, em jantares de negócios, cerca de três vezes por semana. Nos fins de semana, gosta de tomar umas duas taças. Frequenta o cardiologista pelo menos uma vez por ano, quando está em treinamento forte – a sua respiração é tida pelos médicos como excelente. Só podia ser.

O Saúde Ativa é composto por um conjunto de programas focados na gestão da saúde dos clientes do Seguro Saúde da SulAmérica e abrange desde promoção à saúde, com a identificação e a redução de fatores de risco através do estímulo para a adoção de hábitos saudáveis, até o gerenciamento de casos complexos, passando pela gestão de doenças. O programa faz, inicialmente, o levantamento do perfil de risco do indivíduo para o desenvolvimento de doenças específicas, utilizando como base um questionário, além de coletar exames de colesterol total, glicemia e medição da pressão arterial, peso e altura. Com estes dados é feita a análise de risco e o participante recebe o seu relatório com orientações específicas de acordo com o resultado encontrado. A empresa recebe os dados estatísticos do grupo, auxiliando no desenvolvimento de ações em promoção da saúde no ambiente de trabalho, como alimentação saudável, administração do estresse, atividade física e combate ao tabagismo. Os segurados que já têm doença crônica, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem participar do Programa de Orientação à Saúde, no qual receberão orientação eacompanhamento, por parte de equipe multidisciplinar, com a finalidade de evitar as complicações destas doenças.

21 _Abril 2011


Vida Saudável

Marcos cumprindo mais um de seus desafios

“Corro 10 km seis vezes por semana. Musculação, durante meia hora, três vezes por semana”

22 Abril 2011

Atualmente Marcos Lima está fazendo fisioterapia por causa de uma lesão no joelho. E seus hobbies são ler e assistir ao seriado de TV Law and Order. Mas é quando volta a comentar a experiência de caminhada na Espanha que ele reforça a lembrança de um grande bemestar: “Foi fantástico. A primeira semana foi difícil: senti dores no tornozelo que esfregava na bota, a mochila era pesada e havia a preocupação de onde dormir. A segunda semana foi um pouco melhor – mas caminhei bastante sozinho, às vezes durante 20 km sem ver ninguém, e preocupado em achar os sinais para saber se estava certo ou não. Na terceira semana o corpo já estava aceitando as durezas do caminho, com muitas subidas e descidas, e controlando a ansiedade quanto ao local para dormir, comer e tomar banho. Então foi sublime: o caminho era de terra batida e bem arborizado, as hospedagens boas, havia bons restaurantes e muita gente caminhando. A chegada a Santiago é indescritível: chorei, e chorei novamente quando visitei a Catedral. Sinto, até hoje, o que o Caminho está produzindo em mim: é um sentimento de paz e alegria profundas, e muita reflexão do que estou fazendo – o que deveria fazer melhor e o que não estou fazendo e deveria estar. Já a experiência física, no começo, foi sofrida. Depois, o corpo foi se adaptando e a mente também, finalizando com um estado geral muito bom”.


Veja as dicas dos especialistas

Saladas, frutas e peixes Por João Curvo / Nutrólogo

Marcos, parabéns pelo desempenho em que se encontra. Sugiro que coma, diariamente, um prato fundo de vegetais crus folhosos (alface, agrião, acelga, rúcula e radicchio) com cenoura ou beterraba raladas, temperados com limão e azeite extravirgem. Este prato acrescenta à alimentação o ácido fólico que protege o aparelho cardiovascular, evita a formação de trombos e, consequentemente, infartos e tromboses. Pode também acrescentar na salada (ou comer à parte) duas castanhas do Pará, que são fontes de selênio e vitamina E, de propriedades antioxidantes. Germe de trigo, aveia, amaranto e granola são alimentos benéficos que, junto a uma fruta, combinam bem e dão energia saudável, nutritiva. Pode compor o café da manhã ou um lanche intermediário. As frutas frescas da estação ou suco dessas frutas são importantes fontes de antioxidantes sob a forma de vitaminas e pigmentos antioxidantes. Retardar ou contrapor-se às oxidações que aumentam com a idade e com a prática de atividade física mais intensa (como ocorre nas corridas e provas de maratona) faz parte do tratamento anti aging que visa desacelerar o processo de envelhecimento. Molho de tomate, suco de tomate, goiaba e melancia são fontes de licopeno, especialmente bom para os homens, como antioxidante preventivo do câncer de próstata. Não se esqueça de aumentar a frequência da ingestão de peixes – sardinha, truta, salmão, tilápia, congro, badejo – cozidos, assados ou grelhados. São ricos em ômega 3, que possui ação anti-inflamatória e protetora das artérias e do coração.

Perseverança e Disciplina

Por Cleuza Cantarelli / Terapeuta Corporal Marcos, parabéns, realmente são poucas as pessoas com a sua idade que têm esse ânimo, essa perseverança e disciplina. Você tem uma endurance natural, e isso é seu, encontrou um caminho aliando o cuidado ao prazer. Para a sua constituição, até agora foi muito importante este trajeto de atleta e, como você diz, “ele devolve a sensação de estar mais vivo”. Sabemos que um corpo fortalecido nos enraíza e nos torna mais presentes e dispostos. Mas seu corpo nos dá pistas e, sobretudo, muitos questionamentos – por exemplo, o joelho que, numa visão terapêutica, tem a ver com a forma como nos articulamos com o mundo e com o outro. Ele nos fala para você caminhar ao invés de correr. Parece que este seja um novo ciclo em sua vida: parar para rever os percursos, a intensidade, a carga e, até mesmo, seus próprios objetivos daqui para frente. Isto pode ser de grande valia neste momento de sua vida – seus belos 67 anos. Um trabalho terapêutico que o ajude a sentir o corpo a partir da estruturação óssea, equilibrando as tensões através da circulação, com movimentos menos lineares e mais espiralados (dança, gyrotonic, cadeia musculares, entre outros), e que trabalhe a pele a partir do toque. Assim, construa o gesto sob um enfoque mais integrado; isto pode aumentar significativamente a presença viva do corpo, a consciência dele estar centrado para a consciência de uma conexão mais profunda e harmônica.

23 _Abril 2011


Casa e Arquitetura


O pé-direito com respiro na área da escada, e o ‘vale-tudo’ no apartamento: o livro sobre a mesa de Guto Lacaz, a escultura art nouveau, o chapéu Paramá e muito mais. Nesta pág., a varanda com o quase-cubo de Frank Gehry e a cadeira de Patricia Urquiola

ZONA

DE ConFoRTo

Arquiteto Marcio Kogan abre a casa com exclusividade para a ON Line, mostra suas coleções e como vive na intimidade, em São Paulo POR SERGIO ZOBARAN | FOTOS PAULO BRENTA


Casa e Arquitetura

O

edifício de linhas retas dos anos 1970, de tijolinho à vista e concreto aparente impecáveis, localizado em rua sossegada do Itaim Bibi, em São Paulo, entrega o bom gosto e a pureza de formas desde o térreo, com uma tela do argentino León Ferrari na portaria, e lajotas no chão. Mãos e olhar preciosos, do todo ao detalhe, do arquiteto Marcio Kogan – também morador de uma das duas coberturas –, que o projetou antes de mais nada, há 32 anos, e ali vive há 27 com a mulher Raquel, artista plástica (o filho e também arquiteto Gabriel, 26, está morando sozinho). Com 240 m² e pé-direito surpreendentemente baixo, com “respiro” na área da escada que leva ao segundo andar, varanda aberta com deck de madeira no primeiro piso e terraço cheio de plantas lá em cima, o imóvel se abre de uma vez, através da porta larga de madeira para um ambiente em branco sujo, recémpintado, com piso de tacos, os mesmos que se vê ainda em suas obras recentes. O prédio é o único de autoria de Marcio, filho de construtor graduado como engenheiro-arquiteto, do tempo em que as duas profissões eram uma só. E ele se orgulha muito da obra do pai que perdeu ainda criança. Entre os arranha-céus que Aron Kogan ergueu na capital paulista, o emblemático São Vito, hoje sendo destruído (“uma solução incrível de habitação popular, gosto da fórmula”, como diz o filho), e o Mirante do Vale, o arranha-céu de 51 andares concluído em 1960, o mais alto do Brasil desde então. “A minha não é uma casa absoluta, é algo de proporção”, diz o elegante Marcio sobre seu refúgio – que parece feito sob medida mesmo –, vestido em suas roupas sempre pretas, mesmo no verão. A discrição dele combina com a dos móveis de design europeu e americano. E contrasta com alguns outros destaques do apartamento: o piano de cauda preto logo à entrada (é Marcio quem ali toca alguns clássicos e também

26 Abril 2011


Dois dos muitos carrinhos de Kogan, que é fã de cacarecos, além da vasta coleção de patinhos. Em cima do piano, objetos de todos os tipos dão o charme

populares), as cadeiras Tropicália de plástico ultracolorido, da espanhola Patricia Urquiola, na varanda, os cubos de papelão do canadense naturalizado americano Frank Gehry, um sem-número de coleções absolutamente fascinantes para qualquer tipo de gosto – tem para todos. E o agrupamento de rascunhos, rabiscos e escritos em uma só parede, a da sala de jantar integrada, com pequenas obras – de Pablo Picasso, Juan Mirò, Jean-Paul Sartre, dos cineastas Jacques Tati e Federico Fellini, Jean Cocteau, Woody Allen ou Orson Welles, de Vinicius de Moraes, Santos Dumont, Ary Barroso, do quadrinista Quino. Todas compradas em leilões da internet em tempo real, uma diversão que aprendeu a compartilhar com o filho, ou que adquire em viagens. Assim como a coleção de objetos redondos – dos mais ordinários aos mais valiosos e/ ou curiosos, como o sestércio romano, ou uma bola do jogador de basquete Michael Jordan, e por isso mesmo valiosa –, objetos de arte ou não, sobre a mesa-bar de aço inoxidável. “Gosto de cacarecos”, Marcio vai logo avisando. Por “cacarecos” entenda-se, por exemplo, a compra mais recente: engraçados Budas dourados adquiridos por diversão no bairro japonês da Liberdade, em São Paulo. Ou patinhos de borracha de cores diversas, ou carrinhos em miniatura, ou cadeirinhas idem – mas estas ficam em sua maioria no escritório do arquiteto nos Jardins. Ou um pedaço do muro de Berlim e outro pequenino do Coliseu de Roma. Cacarecos que lhe são caros ou muito baratos, sem problema algum. Vulgares? Na casa dele, nunca. Não conseguem ser ou ficar assim. Pois estão valorizados, montados sobre bases sólidas, em móveis de excelente design, com cara de casa de arquiteto mesmo, em sua rigidez de formas que tentam se descontrair justamente na informalidade do uso, do dia a dia da pequena família.

27 _Abril 2011


Casa e Arquitetura

Acima, a estante repleta de bonecos de extraterrestres. Na pág. ao lado, o arquiteto Marcio Kogan em sua cobertura duplex

28 Abril 2011

A mesa de jantar em madeira é de autoria dele, com seus quatro pés retos de ferro oxidado, no desenho mais simples possível, o clássico, apenas “a mesa”, como num esboço infantil. As cadeiras são da poderosa fábrica de móveis Vitra, alemã, e os dois sofás iguais em chenile marrom são italianos. Peças pontuais de arte contemporânea enchem os olhos na casa que parece equilibrada, sem grandes privilégios para a dona da casa-artista, que ali está de forma destacada na parede, em seu lugar, sem excessos. Mas, às vezes, a simples colocação de uma dessas artes pode até agredir olhos e humores mais sensíveis. Na parede atrás do bar, com pendentes de Ingo Maurer, por exemplo, a cruz formada pela trilogia de pop dolls do sulcoreano Sang, em plástico, é um contraponto em casa de judeus com mezuzah, símbolo da fé judaica, à porta de entrada. A intenção não tem nada de religiosa ou sacrílega. Há que lembrar o nonsense que permeia o trabalho de Kogan, que escapou de ser cineasta profissional depois de um longa-metragem que retardou o início de sua carreira na prancheta. Mas o ex-futuro cineasta profissional parou por aí, e o escritório de arquitetura dele, aos 20 anos, vai de vento em popa, pequeno e intenso, dedicado mais a residências e, infelizmente, não a prédios como esse que habita. O que ele apreciaria – e muita gente também. Para quem, como Marcio, mesmo em tempos de dieta, gosta de uma boa comida – não só para apreciá-la, mas também para fazê-la –, a cozinha, em parte, aberta para a sala, dá certa praticidade.


Marcio Kogan


Casa e Arquitetura

Acima, destaque para biblioteca – arte, filmes e livros se misturam. Na pag. à direita o espremedor de Philippe Starck e os pendentes de Ingo Maurer no bar. Embaixo, os esboços de famosos na parede da sala de jantar.


Para quem aprecia o bom design como mote de vida, outras atrações lá estão: a luminária do Noguchi, em papel; a luminária Mooi, em madeira ao lado da poltrona; nas paredes, as monotipias de Mira Schendel, os desenhos de Georgia Villela, que ele adora, assim como os de León Ferrari, bem como telas suas, esculturas de parede e de mesa de Guto Lacaz. Na biblioteca-escritório do segundo piso, o reinado é de livros, naturalmente, nas estantes a toda volta, e da TV. E ali, ele assiste a filmes quando chega em casa, atirado num dos sofás, quando não tem aulas a dar na escola de arquitetura da cidade. Lá fora, o jardim é de plantas, todas misturadas, mas no interior o orgulho maior é um trabalho pop de Andy Warhol, comprado há 35 anos numa viagem à Europa da qual voltou sem lenço nem documento, e cujo encerramento antecipou por falta de dinheiro – mas, com o que importa: o Warhol debaixo do braço. Perguntamos se não tem vontade de construir para si algo semelhante aos projetos poderosos que faz para os clientes, mas a resposta é rápida: “Não gosto muito de fazer as coisas para mim”. O apartamento reflete, sem dúvida, este estado de espírito tranquilo e simples. Enquanto isso, desenha móveis para De La Espada, empresa anglo-portuguesa voltada para mobiliário high end, e objetos para a belga When Objects Work, que produz desenhos dos mais famosos arquitetos do mundo, em linhas básicas. Nada mais sofisticado. •Veja os projetos de Marcio Kogan : www.marciokogan.com.br

Assistência 24 horas para sua residência

Se você leu até aqui, é porque gosta de arquitetura, decoração e casa. Então não pode deixar de usufruir das vantagens do seguro residencial da SulAmérica para proteger sua casa e sua família, seja de eventos como incêndio, explosão, queda de raios, tumultos como de possíveis contratempos que você pode encontrar no seu dia a dia. O SulAmérica Residencial oferece, além de várias opções de coberturas adcionais, um plano de Assistência 24 Horas que disponibiliza serviços diferenciados de acordo com o plano contratado. Vidraceiro, limpeza, desentupimento são opções inclusas na contratação mais básica, que pode ser incrementada através da contratação do plano especial com serviços de conserto de *eletrodomésticos, chaveiro e encanador. Quer mais informações sobre o produto? Acesse o site da SulAmérica (www.sulamerica.com.br). * Serviço restrito a algumas cidades.

31 _Abril 2011


Brasil S/A

TECNOLOGIA PARA UM PLANETA MAIS INTELIGENTE Em entrevista exclusiva à ON Line, o presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini, fala sobre perspectivas e projetos da empresa no País. Parceira da SulAmérica no processo de Outsourcing, que consiste na terceirização dos processos operacionais da companhia, a empresa enxerga grandes oportunidades no mercado segurador brasileiro

D

urante um século, o mundo aprendeu a chamar a IBM, gigante americana de soluções e serviços de tecnologia, de Big Blue – o azul dá cor ao seu logo. Com faturamento global de US$ 95,8 bilhões em 2009, um batalhão de 400 mil funcionários e um pacote de ativos equivalente a US$ 109 bilhões, a IBM vive uma transformação influenciada pelo Brasil: o País está entre os 10 maiores faturamentos da companhia, que hoje está presente em mais de 170 países. E a receita nos chamados mercados emergentes deverá chegar a 25% nos próximos anos ante os 15% registrados em 2005. Vital para o bilionário grupo, a operação brasileira é a mais importante de toda a América Latina. No seu comando está Ricardo Pelegrini, 46 anos, funcionário desde 1987 e líder aberto a diálogos. Antes de assumir a presidência da IBM Brasil, ele foi gerentegeral de serviços da companhia na Itália e vice-presidente do setor de serviços financeiros da IBM AL. Como líder, reúne diversas vitórias e a mais recente foi levar o Brasil a conquistar o nono laboratório de pesquisa da empresa. Há mais de 12 anos um novo laboratório não era aberto e o País disputou com diversas outras nações dentro da própria IBM a escolha do local. Abaixo, os principais trechos da entrevista concedida por Pelegrini.

32 Abril 2011


Ricardo Pelegrini


Brasil S/A

O edifício emblemático da IBM com sua arquitetura marcante

“O Brasil é, sem dúvida, o maior e mais importante mercado da América Latina”

34 Abril 2011

A IBM aterrissou no Brasil em 1917. Quais eram os objetivos na época, e quais são eles hoje? Foi no Brasil que a IBM estabeleceu sua primeira subsidiária fora dos EUA. Globalmente, a companhia completa 100 anos em 2011. Neste período, foram desenvolvidas inúmeras inovações e a empresa vem promovendo o uso da tecnologia em benefício das empresas e da sociedade, com o objetivo de construir um planeta mais inteligente. Na época, a vinda ao Brasil foi motivada para fornecer a tecnologia que embasaria o Censo populacional de 1920. De lá para cá, tudo mudou na tecnologia e na gestão de negócios. O Brasil é, sem dúvida, o maior e mais importante mercado da América Latina. Quando a IBM desembarcou aqui, o Brasil era visto como oportunidade. Hoje, é a bola da vez. Qual a relevância do País para a matriz? O Brasil já representava, há 93 anos, um enorme potencial de crescimento para a IBM. Hoje, com economia e situação política estáveis, redução das desigualdades e crescimento do poder aquisitivo da população, o Brasil é ainda mais estratégico. O País já está entre os 10 que mais faturam no mundo, o que é bastante representativo, uma vez que a IBM está presente em mais 170 países. Com seu modelo de atuação globalmente integrado e focado em serviços e soluções, a IBM tem crescido e mantido seu sucesso em todo o mundo, especialmente nos países emergentes, entre os quais o Brasil se destaca.


O Brasil pode vir a se tornar um dos maiores mercados para a IBM no mundo? A IBM Brasil continua tendo crescimento sólido e consistente. Enquanto o cenário econômico global se retraiu, a receita da IBM cresceu nos mercados emergentes oito pontos acima do que nos países maduros. A receita da organização nos chamados growth markets (mercados em crescimento) representou 19% da receita da IBM em 2009. Se os países em desenvolvimento continuarem crescendo no atual ritmo, a receita da IBM em growth markets, do qual o Brasil faz parte, representará 25% do total da receita global. Em 2005, a receita proveniente desta área representava apenas 15%. As oportunidades são vastas, já que as economias em desenvolvimento estão apenas começando a construir a sua infraestrutura. Quais são os maiores potenciais do Brasil hoje para a IBM, do ponto de vista geográfico e, também, de aplicações pouco exploradas? O Brasil está enfrentando alguns dos mais árduos desafios que acompanham uma taxa alta de crescimento: cidades densamente povoadas; necessidade crescente de energia; e congestionamentos que afetam tanto o deslocamento como a qualidade de vida. As complexas infraestruturas necessárias para viabilizar o fornecimento de água e energia, a distribuição de alimentos e o transporte estão sendo sobrecarregados. A população da cidade de São Paulo já passou de 10 milhões; o Rio de Janeiro já tem mais de seis milhões de habitantes. Quando áreas urbanas atingem esse tamanho, os benefícios usuais de economias de escala diminuem, os impactos no meio ambiente aumentam e a qualidade de vida pode cair. Para as cidades sustentarem seu crescimento, precisam crescer de forma inteligente. A infraestrutura que suporta serviços vitais, como transporte, saúde, educação, segurança pública, energia e água, precisa responder adequadamente às necessidades da população em expansão.

“Se os países em desenvolvimento continuarem crescendo no atual ritmo, a receita da IBM em growth markets, do qual o Brasil faz parte, representará 25% do total da receita global”

Na avaliação da IBM, a tecnologia é uma ferramenta em constante evolução que pode ajudar a modernizar infraestruturas e criar cidades mais inteligentes, capazes de se adaptar tanto a períodos de crescimento quanto de contração. Alguns exemplos: em Nova Iorque, os índices de criminalidade tiveram uma redução de 27% com o uso de soluções de análise de informação em tempo real. A polícia polonesa aumentou as taxas de apreensão em 66% depois que passou a ter acesso remoto à base de dados da União Europeia. E, em qualquer cidade, redes informatizadas são capazes de gerenciar automaticamente a distribuição de eletricidade e reduzir o pico de demanda de energia em 15%. Assim, entendemos que a aplicação de tecnologia é a grande área de oportunidade na construção de um planeta mais inteligente.

35 _Abril 2011


Brasil S/A

“O estímulo à inovação e à liderança na IBM é determinante para a carreira dos funcionários”


Como a empresa enxerga o capital humano? Para a IBM, o principal ativo de nosso portfólio são as pessoas – ou os “IBMistas” –, como nós chamamos internamente. São os funcionários da companhia que de fato transformam o nosso negócio em realidade e traduzem o nosso espírito para o mercado. Um diferencial da nossa equipe, que sempre gosto de destacar, é o que chamo de “brilho nos olhos”. Qualquer pessoa, independentemente de sua origem ou formação, tem condições de trilhar uma carreira de sucesso na IBM. O fator mais importante para este sucesso é a motivação e a vontade de fazer acontecer. A IBM está constantemente investindo na capacitação de sua equipe. No Brasil atual, é raríssimo ver funcionários que ultrapassam uma década de empresa. E na IBM há muitos funcionários considerados “prata da casa”. Como conseguem esta façanha no competitivo mundo da tecnologia? Acredito que o estímulo à inovação e à liderança da IBM tem sido um fator determinante para que tantos funcionários adotem a companhia para nela passarem grande parte de suas carreiras. Além disso, a IBM soube se adaptar às mudanças de mercado e se modernizar, o que gerou para cada funcionário a oportunidade de se manter atualizado com as novidades mesmo permanecendo na companhia. É outro fator fundamental a oportunidade que os funcionários têm de mudar de área dentro da própria empresa. Aqui é possível passar por várias posições, dentro de áreas distintas, o que praticamente possibilita uma carreira diferente a cada novo desafio. Como gestor, quais valores defende no dia a dia da companhia e entre seus funcionários? A IBM tem uma série de valores adotados por todos os “IBMistas”, e sigo cada um deles na minha gestão, como dedicação ao sucesso de cada cliente, inovação e confiança, e responsabilidade em todos os relacionamentos. Nossos valores permeiam tudo o que fazemos, toda decisão que tomamos em relação aos interesses da empresa. Guiar-nos por esses valores nos ajuda a tomar decisões e faz nossa companhia crescer. Mas a real influência ocorre quando aplicamos esses valores no nosso trabalho pessoal e em nossas interações pessoais e com a sociedade.

Como é presidir uma multinacional em um mercado em ebulição? A IBM tem investido cada vez mais no Brasil, hoje numa posição diferenciada se comparado a outras economias. O País já enfrentou sérias crises econômicas. A global mais recente foi muito impactante, mas o Brasil está num momento diferente do passado, o que tem nos ajudado a enfrentar melhor os obstáculos. Hoje, temos um alto nível de reservas cambiais, inflação controlada, um Banco Central atuando com ações anticíclicas e um mercado doméstico mais robusto e maduro. É fato que houve um impacto no crescimento do PIB e alguns segmentos sentiram mais do que outros. Contudo, no mercado de TI, encaramos a crise como oportunidade, uma vez que a tecnologia ajuda as empresas a ganharem eficiência, a cortar custos, a repensar seu modelo de negócio e até a entrar em novos segmentos que surgem em função da nova conjuntura de mercado. Encaramos momentos de incertezas e turbulência financeira como oportunidades. O Brasil também tem uma atuação muito forte na exportação de serviços de tecnologia. Somente a IBM é responsável por mais de 30% do volume total exportado pelo País no segmento.

IBM e SulAmérica Sob medida: tecnologia para seguros A IBM Brasil assumiu os processos operacionais da unidade de negócios de Seguros de Pessoas e Previdência da SulAmérica e ficou responsável pelas atividades de back office da unidade, o que inclui processos para emissão de apólices, manutenção de cadastros, gestão de documentos, regulação de sinistros e pagamento de resgates. A parceria inclui também a terceirização da infraestrutura de tecnologia da informação, manutenção de sistemas e a construção de um centro de serviços. A criação desse sistema fortalece as metas de qualidade da seguradora, assegurando, ainda, flexibilidade no desenvolvimento de produtos.

37 _Abril 2011


Fora da Firma


NO LITORAL DESTE

OCEANO ATLÂNTICO Executivos dividem o tempo entre o trabalho e o mar

Carlos Alexandre Guimarães e Anibal Abreu são os dois primeiros personagens da nova seção Fora da Firma da ON Line. Um é diretor da SulAmérica, o outro, corretor de seguros, parceiro da companhia há 15 anos. Em comum, além da relação com a seguradora, a amizade e a longa e duradoura paixão pelo mar. O mesmo litoral do Oceano Atlântico, onde o primeiro surfa, em Itacoatiara, Niterói - RJ, e o segundo faz pesca oceânica, em Vitória, ES. Enquanto Anibal tem uma corretora de benefícios, a Unimar, e aprecia a solidez, a longevidade e os valores da SulAmérica, Carlos Alexandre, o Calex, é diretor de vendas da SulAmérica no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os dois conciliam trabalho e prazer, e dão seus depoimentos.


Fora da Firma

PAPO DE SURFISTA Carlos Alexandre Guimarães tem dois apelidos: Calex, na SulAmérica, na qual é diretor; e Japão, na praia de Itacoatiara, RJ, onde é veterano do surfe

40 Abril 2011

Descalços. Assim ficam os pés de Carlos Alexandre Baldaque Guimarães nos fins de semana. Em Itacoatiara, área residencial com ambiente mais preservado na região Oceânica de Niterói, o diretor de vendas da SulAmérica no Rio de Janeiro e Espírito Santo aproveita a folga para relaxar e recarregar as energias – de preferência no mar, a três minutos de bicicleta ou skate da sua casa. Há quarenta anos, quando Alexandre Baldaque, pai de Carlos Alexandre, se mudou de Copacabana para uma residência em frente à praia nesse município vizinho do Rio de Janeiro, o bairro - que hoje ostenta centenas de casas, tinha poucas construções. Mas foi outra aquisição que mudaria de vez o rumo do filho de então oito anos. “Viemos em 1971 e, dois anos depois, meu pai me deu a primeira prancha de surfe, em fibra de vidro, com 2,17m! Aqui era mato por toda parte e a praia virou a principal diversão”, conta o executivo num sábado ensolarado in loco. Com ela, começou a criar forte vínculo com os vizinhos, boa parte praticante do esporte. Do Pampo ao Costão, passando pelo Meio, como os frequentadores da praia classificam as áreas da praia de Itacoatiara, ele é cumprimentado. Todos querem saber como vai o trabalho, como andam a família e os filhos – são três: Pedro Henrique; de 20 anos, João, 16; Carol, 14 – e, é claro, conversar sobre o Fluminense, pois Calex, como é mais conhecido na empresa, é tricolor fanático. Mas, na hora de praticar para valer um esporte, a escolha foi óbvia. No tempo em que comprar qualquer acessório de surfe era um desafio, as pranchas foram sendo trocadas à medida que os cutbacks e as rasgadas se tornavam mais frequentes. No início dos anos 1980, antes dos 20, conseguiu o primeiro emprego: surfista. “Eu era profissional. Profissional mesmo!”, enfatiza. “A marca Redley me pagava para passar o dia na praia só pegando onda. Fui o primeiro surfista a ter um contrato profissional em Niterói”. Com o emprego dos sonhos, Carlos Alexandre criou nome no esporte e ganhou seis títulos niteroienses consecutivos, além de alguns estaduais e nacionais. E fez suas primeiras surf trips: esteve no Sul, foi ao Peru e ao Havaí. No álbum surrado por mais de 25 anos de gaveta, mostra fotos de manobras sobre as ondas enquanto relembra momentos pitorescos das viagens. E se garante: “Estou preparado para qualquer tamanho de onda; sempre fui de mar grande”, afirma Carlos Alexandre,


“Estou preparado para qualquer tamanho de onda; sempre fui de mar grande”

do alto de seus 1,87m. “Dizem que quem surfa em Itacoatiara surfa em qualquer lugar do mundo.” Se, na SulAmérica, o nome Carlos Alexandre foi reduzido a Calex, com os amigos esportistas o apelido é diferente. Dos olhos puxados veio o apelido Japão. Nos campeonatos que disputou, a organização nem se dava ao trabalho de citar nome ou sobrenome: Calex era Japão. Desde os tempos das esticadas até Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio, onde ia discutir os rumos do surfe no País, em reuniões que desaguaram na primeira associação de praticantes do esporte no Brasil, a Organização dos Surfistas Profissionais, da qual é um dos fundadores. Mas sempre fugindo do estereótipo “surfista”: “Nunca tive cabelo comprido, nem fui doidão ou usei drogas”. Em 1982, os caminhos de Carlos Alexandre começaram a mudar. Antes, a intensidade com que vivia o surfe chegou a atrapalhar os estudos, mas passou no vestibular para Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Governador, “o que acabou atrapalhando o surfe – aos poucos fui relaxando com o esporte”. De sua prancheta nasceu o único projeto residencial desse profissional, que chegou a trabalhar no escritório de arquitetura do ex-prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde. A casa, é claro, fica em Itacoatiara, e foi para onde se mudou com a esposa Patrícia, com quem está junto há 26 anos. Na SulAmérica, há 21 anos, ele começou como assistente comercial, depois gerente comercial, superintendente comercial, diretor regional e, finalmente, diretor estatutário. Com tanto trabalho, afirma que já não tem mais tanto tempo para curtir as ondas. “O surfe virou hobby. Surfo aos sábados e domingos. Acordo às 7h e vou para a casa do meu pai, onde guardo minhas pranchas. Fico das 8h até umas 10h, 10h30, dependendo das ondas – é muito relaxante”. Aquela casa, a mesma de 40 anos atrás, reserva histórias de um lado de Carlos Alexandre que vai além da coragem de dropar. Alexandre, o pai, se orgulha de contar que, sempre que havia alguém se afogando no mar, era à sua porta que os banhistas batiam. De lá, o filho saiu para realizar mais de 180 salvamentos. O feito valeu até menção honrosa na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. “Uma vez estava surfando com um amigo e, de repente, não consegui mais vê-lo. Mas vi a prancha e me deu um estalo de que ele estava no fundo do mar. Ficou lá por 3, 4 minutos. Resgatei-o, ele foi para o hospital, e uma semana depois já estava bem”. Apesar dos 38 anos no surfe, Carlos Alexandre acha que tem levado uma vida sedentária (?!), e promete se esforçar mais para praticar esportes. E isso porque você ainda nem sabe o que ele faz quando o mar de Itacoatiara está flat, sem ondulações: “Quando não tem onda, nado de um lado a outro da praia e volto. Dá uns 1.800 metros”.

41 _Abril 2011


Fora da Firma

CONVERSA DE PESCADOR Anibal Abreu é sócio de corretora, médico anestesiologista e ainda faz pesca oceânica: sua maior captura foi um peixe de 406 kg!

Pesca oceânica é o principal hobby de Anibal Abreu

42 Abril 2011

Aos quase 51 anos, que comemora em março com uma festa “da boa ideia” já planejada, Aníbal Abreu é morador da Ilha do Frade, em Vitória, numa casa de costeira com píer, rampa, deck e um pesqueiro de lagostas bem em frente. É sócio da maior corretora especializada em Benefícios do Espírito Santo, a Unimar, fundada em 1995 e que trabalha em parceria com 135 das 150 maiores empresas do estado – parceira da AON desde julho do ano passado, empresa de cujos cinco maiores clientes é vizinho –, onde hoje, exerce a função de Gestor de Sistemas de Saúde e médico auditor. Médico? É! Anestesiologista formado em 1983 pela Universidade Federal do Espírito Santo, (UFES), especialista em Anestesiologia Pediátrica. Por isso, trabalha, também, no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, na capital capixaba, onde está desde 1985. Foi fundador da Coopanestes – Cooperativa de Anestesiologia do Espírito Santo – e do Instituto Brasileiro de Anestesiologia (IBRAN), OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) do setor, e fez parte da Turma 01 da FGV em Gestão de Sistemas de Saúde. Lá, em sua monografia, desenvolveu o software que permitiu o crescimento vertiginoso de sua empresa, que se qualificou para a atual parceria. Como se isso não bastasse, é pescador! De pesca oceânica. E suas maiores conquistas foram a captura de um Marlim-branco de 78 kg -, e um Marlim-azul de 406 Kg, além de diversos troféus em caça submarina. E ainda faz moqueca capixaba muito bem! “Comecei na pesca oceânica com meu dentista Tobias Rothier, da lancha Kabião, no Rio de Janeiro, em 1971. Já em 1973 participei do campeonato internacional de Light Tackle em Vitória, em que tive a oportunidade de conhecer e pescar com Aquiles Garcia e Ernani Flores, que lançaram as bases para o esporte com linha leve e stand up. Continuei pescando na Magna, lancha da família Coser, amigos de longa data e clientes da AON com o Grupo Coimex”, diz Anibal Abreu. E assim ganharam diversos campeonatos, e detêm, desde 1982 até hoje, o recorde mundial all tackle de Marlim-branco, com o peixe de Evandro Coser, de 82,5 kg. Ganharam, também, o Campeonato Mundial de Pesca Oceânica com o título individual de Otacílio Coser Filho. Depois, para cumprir uma aposta, Anibal passou a pescar na Mirante de seus amigos Pedro Amaral e Sérgio Tristão,


“Desde 2008 tenho o Tira Onda, um catamarã 43, específico para pesca oceânica, com o qual ganhamos todos os torneios de 2009 e ficamos em segundo em todos os de 2010”

também clientes da AON com o Grupo Tristão e a Realcafé. Esta lancha sempre disputava com a Magna as primeiras colocações. Em 1985, comprou sua primeira lancha de pesca oceânica, a Kalonii, uma DM 38. Na sequência, vieram duas Carbrasmar 41 e duas Mares 45, todas denominadas Blumare, todas campeoníssimas nos torneios de Vitória. “Desde 2008 tenho o Tira Onda, um catamarã 43 da Recon, específico para pesca oceânica, com o qual ganhamos todos os torneios de 2009 e ficamos em segundo em todos os de 2010”. E qual é a rotina do Anibal, o empresário-médico-pescador, afinal? “O pessoal brinca que tenho dias de médico e de monstro, mas apesar de adorar a Anestesiologia Pediátrica, só consegui manter meu plantão de segunda-feira. Na terça, quarta e quinta estou na AON, e na sexta-feira preparo a pescaria de sábado, pois ninguém é de ferro!”. O Tira Onda fica sediado no Iate Clube do Espírito Santo, que frequenta quase diariamente – perto de casa, onde todos se conhecem, e que congrega 75% do PIB capixaba: “negócios de novo”, completa. Hoje, na sua equipe de pesca, estão os filhos João, 17, e Frederico, 16 (Anibal tem ainda uma filha, Lívia, de 20 anos); Helton, o sócio na área de exportação; Otacílio Coser Filho, com seus filhos Leonardo e Rodrigo; o amigo Alessandro Corti, comercial da AON; e Eduardo Dantas, cujo pai, o emérito pescador e engenheiro Deusnar Dantas, construiu a casa dos pais dele há mais de 40 anos; “todos são amigos de longa data”. E os títulos que ganhou? Ele enumera: “Entre Magna, Kalonii, Blumare (as quatro) e Tira Onda, somamos onze Títulos Estaduais e quatro do Costa Brasil. Praticamos hoje a modalidade Pesque e Solte (catch and release), com regras da International Game Fish Association, preconizada como sustentável pela Billfish Foundation. E que desestressa e permite a convivência com filhos e amigos, portanto ideal para mim!”. Nela, os peixes são “taggeados” e liberados após sua oxigenação. Não bastasse tudo isso – de novo: “Faço uma moqueca capixaba bem elogiada, que já foi página central de jornal”. 43 _Abril 2011


Sustentabilidade

A população das 136 maiores cidades portuárias do mundo exposta a ondas de tempestades vai crescer de 40 milhões, em 2005, para 150 milhões, em 2070. E o valor dos ativos expostos na mesma situação, de US$ 3 trilhões para US$ 35 trilhões


UMA SEGURADORA

SEGURA O TEMPO?

A resposta para as mudanças climáticas pode estar nas inovações propostas pelas seguradoras Walter R. Stahel, especialista da Geneva Association, alerta para o aumento dos riscos associados a desastres naturais, e convoca o setor a contribuir frente ao aquecimento global

C

erca de 150 mil pessoas morrem por ano em função de causas ligadas às mudanças climáticas, que aumentam a incidência de doenças e os casos de desnutrição. O alerta, da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela uma piora na qualidade da água e a elevação da temperatura em diversas regiões, facilitando a disseminação de mosquitos vetores de doenças como malária e dengue. As mudanças climáticas são calculadas pelo aumento das temperaturas médias do ar e da água, pela elevação do nível do mar e das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e nos oceanos. Os impactos são globais, mas os efeitos secundários são locais – caso dos vendavais, das secas e das tempesta-

des. Não é só a saúde pública que sofre diante das mudanças climáticas. Automóveis, residências, empresas, obras públicas de infraestrutura, entre outros bens, são prejudicados, assim como as seguradoras que protegem estes ativos. As perdas decorrentes de acidentes com o clima aumentam 6% ao ano, e devem dobrar a cada 12 anos. Os dados são do relatório citado por Walter R. Stahel, vice-secretário-geral e chefe de pesquisa de gerenciamento de risco da Geneva Association, entidade internacional para estudos econômicos na área de seguros, formada pelos CEOs das 80 maiores seguradoras do mundo, entre elas a SulAmérica. Para ele, só há duas formas de enfrentar os estragos causados pelo clima alterado: adaptação de processos e

45 _Abril 2011


Sustentabilidade

Os carros, grandes vítimas de acidentes naturais, tendem a ganhar tecnologias verdes e seguros inovadores

“A indústria de seguros provê soluções inovadoras ligadas a temas de riscos climáticos, que incluem financiamento a pesquisas relevantes e oferta de ferramentas aos clientes para estimá-los e contê-los”

46 Abril 2011

a mitigação dos aspectos causadores das mudanças. E a adaptação, alerta Stahel, inclui medidas de prevenção e de engenharia de risco para aumentar a resiliência (capacidade de voltar ao estado natural) dos objetos e as infraestruturas sob ameaça. “Evitar perdas e reduzir poluentes é parte dos processos sustentáveis, e assegurar maior resiliência às comunidades é parte da prevenção”. É dentro deste contexto que as seguradoras ganham relevância. O setor é um importante indutor de investimentos e ações para adaptação e mitigação dos efeitos do aquecimento global. Embora o cenário futuro aponte para riscos e custos maiores, há grandes oportunidades em termos de produtos e soluções de seguros. Atualmente, as seguradoras são vistas como a salvação para reaver bens e valores afetados por vendavais, avalanches, incêndios florestais, entre outros estragos causados por tempestades e eventos similares. No futuro, contudo, Stahel acredita que o setor contribuirá diretamente com novos produtos. Ele lembra que veículos de baixo carbono usam biocombustíveis, feitos de resíduos agrícolas ou de gás natural (CNG), em vez de gasolina ou diesel.


A tendência, no entanto, é ver carros elétricos movidos a combinações com pilha de combustível de hidrogênio ou baterias. “Por ter design diferente, esses carros vão precisar de diferentes coberturas de seguro”, acredita Stahel. Ou seja, novos produtos poderiam ajudar a promover soluções adequadas, baseadas em consumo mais baixo, tais como as políticas de milhagem ou outros sistemas que favorecessem o compartilhamento dos carros, inclusive a locação. As condições gerais, como taxas rodoviárias (o que se observa hoje em Tóquio e Londres), estradas com portas e pontes com pedágio também poderiam ajudar a reduzir o consumo. O potencial é imenso. A Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) calcula que, sem adaptações, a população das 136 maiores cidades portuárias do mundo exposta a ondas de tempestades vai crescer de 40 milhões, em 2005, para 150 milhões, em 2070. E o valor dos ativos expostos na mesma situação, de US$ 3 trilhões para US$ 35 trilhões. Pelas contas do Stern Review, os custos totais dos estragos atribuídos às mudanças climáticas não mitigadas podem variar de 5% a 14% do PIB mundial em 2200. Já o Morgan Stanley adverte que seus efeitos podem levar o planeta a um cenário drástico de “estagflação”: estagnação econômica com inflação. Os mesmos autores desse trabalho afirmam que a aleatoriedade dos acidentes vai deixar os ciclos de negócios mais voláteis, tornando mais difícil prever os erros de políticas fiscais e monetárias. As seguradoras, vale lembrar, também estão preparadas para cooperar na implantação de padrões para a construção civil ou por meios similares que estimulem práticas sustentáveis. “A indústria de seguros provê soluções inovadoras ligadas a temas de riscos climáticos, que incluem financiamento a pesquisas relevantes e oferta de ferramentas aos clientes para estimá-los e contê-los”, observa Stahel. A Geneva Association reconhece os benefícios significativos das pesquisas sobre riscos climáticos e defende a coleta urgente, por parte dos formuladores de políticas, de dados robustos e abertos a todos. A ideia é criar soluções eficientes com prêmios baseados em estimativas de risco.

SulAmérica

investe em inovação Reparo de automóveis com tinta à base d’água. É isso que a SulAmérica está oferecendo aos seus clientes. O processo de repintura é resultado de uma parceria com a Glasurit, marca da Basf que emite 90% menos solventes na atmosfera que as tintas automotivas tradicionais. A tecnologia está disponível nos Centros Automotivos de Super Atendimento (C.A.S.A. SulAmérica) localizados no Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Salvador (BA), Recife (PE), Brasília (DF), Caxias do Sul (RS) e nas unidades do Estado de São Paulo em Sorocaba, Ribeirão Preto, Santo André e nos três Centros Automotivos da capital paulista. A utilização da tinta à base d’água é largamente explorada pelas indústrias automotivas, sendo obrigatória na Europa, tanto nas montadoras como nas oficinas de reparo. Ao adotar esta tecnologia, a seguradora traz para seus clientes a mesma qualidade, igualando o serviço de reparo ao padrão da pintura original. No segmento de Saúde, a SulAmérica também saiu na frente ao implementar, em parceria com a Orizon, a certificação digital para a troca de documentos entre a seguradora e seus prestadores médicos. A tecnologia permite o trânsito seguro e ágil de informações eletrônicas, além de economia de recursos naturais. Mais de 4,6 milhões de papéis deixaram de ser impressos desde o início do projeto. Isso significa dizer que a seguradora contribuiu para a redução da utilização de 1.050 eucaliptos, 2.100 mil litros de água e 105 mil KW/h de energia, matérias-primas utilizadas na produção de folhas de papel. Segundo a WWF-Brasil, ONG nacional dedicada à conservação da natureza, a produção de uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia. Lançada no final de 2008, o sistema ganha, este ano, uma solução que se integra com softwares de gestão para auxiliar os prestadores de saúde na digitalização e transmissão eletrônica de documentos assinados digitalmente, permitindo a indexação de imagens e o envio direto à SulAmérica. Além de reduzir drasticamente a utilização de papel, a iniciativa acelera o pagamento aos prestadores e reduz erros e custos com armazenamento de documentos.

47 _Abril 2011


Gastronomia

modernidade com tecnologia

X resgate da tradição Quando o assunto é comida, o que vale é a qualidade

FOTOS DIVULGAÇÃO

Eles são charmosos e cozinham muito bem. E trazem para a mesa o melhor da tradição gastronômica, aliado à contemporaneidade. Os chefs Roberta Ciasca, dos restaurantes Oui Oui e Miam Miam, Thiago Sodré, do tailandês Sawasdee, e a dupla Erik Nako e Cristiano Lanna, da Prima Bruschetteria, são alguns dos benjamins da gastronomia carioca. Já na Ilha de Santa Catarina, João Henrique Franco e Jaime Barcelos buscam inspiração no legado açoriano, e os ingredientes, no mar. No Rio de Janeiro e em Florianópolis eles pilotam algumas das melhores e mais badaladas cozinhas destas capitais turísticas, cada qual no seu gênero. Confira a seguir, com água na boca.

48 _Março 2011


Cozinha jovem, petulante e sem frescura Roberta tem 33 anos e é um tipo de beleza. Nasceu no bairro da Urca, zona Sul do Rio, tem sangue italiano e português e, desde garotinha, brincava com as bonecas de montar restaurante e cardápios de mentira. Foi aluna de Publicidade e Propaganda, mas decidiu o rumo profissional no curso Cordon Bleu, em Paris, onde estudou quando ainda não existiam escolas de gastronomia no Brasil. Voltou de lá e abriu um bufê, o Coisas para Comer. Cinco anos atrás, com dois amigos – Danni Camilo e Steph Quinquis – inaugurou o Miam Miam. O sucesso foi imediato. Depois veio o Oui Oui, em um casarão tradicional da família, em Botafogo, e vários prêmios. Dentre eles, o de Chef Revelação da Gastronomia do Rio. O mais recente, este ano, foi o de Melhor Restaurante Moderno da cidade. Apreciadora de vinhos, Roberta tem ideias ótimas. Acha “sensual comer alcachofra, ou chocolate, ou fruta”. Tem humor: criou uma sopa de beterraba com leite de coco, sucesso total em uma apresentação de gastronomia. Depois batizou a sopa de barbie e explicou: “ela é cor-derosa”. E a moça tem uma imaginação ilimitada: bolou uma pequena taça de brigadeiro, de sobremesa, com passas ao rum, degustada com colher comestível feita de biscoito.

A chef Roberta Ciasca e seus pratos - Melhor restaurante moderno do Rio de Janeiro

Roberta


Gastronomia

Uma revelação

Papillote de camarão é especialidade no Sawasdee

Thiago Sodré, 23 anos, é “peixinho filho de peixe”. O pai, o engenheiro Marcos Sodré, além de ser um chef de prestígio, é o dono do badalado grupo de restaurantes de cozinha thai, o Bistrô Sawasdee. O garoto é tão bom que o pai já lhe confiou a responsabilidade de dirigir a unidade do Leblon. Em casa, Thiago guarda o começo de uma coleção de prêmios: Chef Revelação, dado pela crítica gastronômica Danusia Bárbara, em 2009 e no ano passado, Melhor Restaurante Asiático da cidade. No Bistrô Sawasdee de Búzios e de São Conrado, no Rio, ele assessora o pai. Tênis, jeans, camiseta. Tatuagens tribais no braço. Colares e pulseiras como enfeites: Thiago é o protótipo do menino do Rio. Estudou gastronomia no curso do Senac/Águas Claras e desde pequeno mostrou a que veio. Uma manhã, quando tinha 12 anos, depois de assistir Ana Maria Braga na televisão dando uma receita de costelinhas de porco, ligou para a mãe e disse: “Mãe, traga para mim os ingredientes que vou ditar porque hoje quem faz o jantar sou eu”. Nunca mais parou. No seu site Cozinhando e Aprendendo, www.thiagosodre.com.br, o garoto-revelação mostra como se faz um hambúrguer especial, em casa: “Misturando na carne um pouquinho de linguiça calabresa bem picada”, ensina. E sugere: “Quando fizer ovos mexidos, coloque um nada de iogurte ou requeijão”. Espetacular.

50 Abril 2011

Thiago Sodré


Cristiano Lanna

Erik Nako

Bruschetta de Mascarpone com Morangos em Balsâmico

(Cristiano Lanna e Erik Nako/ Prima Bruschetteria)

Ingredientes (para 4 bruschettas) Creme de Mascarpone • 125 g mascarpone • 1 colher de sopa cheia de açúcar de confeiteiro (não pode ser do impalpável) • 2 pitadas de canela em pó Morangos em balsâmico • 150 g morangos (1/2 bandeja) • 50 g açúcar • 1 colher de sopa de vinagre balsâmico de qualidade pimenta do reino moída na hora a gosto Para Finalizar • 4 fatias de pão italiano de cerca de 12 mm de espessura Modo de Preparo Misture todos os ingredientes do creme, somente até ficar homogêneo. Guarde na geladeira. Lave bem os morangos, retire as folhas e corte-os em 4. Tempere com o açúcar, a pimenta e o balsâmico. Cubra e deixe macerar na geladeira por pelo menos 30 min; ideal 2 horas. Torre uma fatia de pão italiano na grelha. Também pode-se usar o forno, torradeira ou forninho elétrico. Espalhe uma quantidade generosa do creme sobre ela. Coloque então os morangos e derrame um pouquinho do caldo deles sobre a bruschetta. Sirva imediatamente. Bruschetta de Mascarpone com Morangos em Balsâmico

Por detrás do vidro

Mais de 23 espécies de bruschettas, doces e salgadas – inclusive de salmão e até de foie gras brûlé – são servidas no primeiro restaurante especializado do Rio, de Erik Nako e Cristiano Lanna, sócios na Prima Buschetteria junto de um amigo, o publicitário André Korenblum. Além da clássica torrada – adorada pelos italianos que têm o costume de comê-la como entrada, antes da pizza –, a que leva tomate, azeite extravirgem e manjericão, as bruschettas de Erik e Cristiano são feitas à mostra do freguês, atrás de uma parede de vidro do restaurante cujo piso é de ladrilhos hidráulicos e as luminárias de fundo de garrafa. O maior charme. Erik Nako tem 28 anos. Estudou no curso de Paul Bocuse, em Paris, e, no Rio, com a célebre Flávia Quaresma. Foi depois de uma viagem a Roma com a namorada, quando viu um cardápio com dezenas de bruschettas, que voltou com a

bem-vinda ideia na cabeça: abrir o Prima. Já Cristiano Lanna, de 28, é o sócio de Erik em outra empreitada – a conhecida firma de consultoria gastronômica Cozinha Criativa. Um dos maiores clientes da dupla é a rede de supermercados Zona Sul. No Prima Bruschetteria o cardápio tem também risoto de frutos do mar com limão siciliano, massas e saladinhas. As duas grandes atrações para beber são o limoncello feito artesanalmente pelos donos e o spritz, uma mistura de prosecco, cointreau e gelo. Não pode ser mais refrescante. É servido em uma jarrinha simpática assim como alguns vinhos que vêm à mesa nos pichets. Mostrando que os dois têm gostos semelhantes e paladar requintado, sempre que perguntam qual a bruschetta de sua preferência, tanto Erik como Cristiano respondem: a de ragu. Madonna! É uma receita antiga italianíssima.

51 _Abril 2011


Gastronomia

Quando a atualidade mantém a tradição No cenário da Freguesia do Ribeirão, ao sul da Ilha de Santa Catarina, uma vila encantadora que reúne beleza natural e arquitetura típica, herança da colonização portuguesa, surge a história de Jaime José de Barcelos, nativo que começou a vida profissional naquele pedaço então semivirgem, com uma oficina de funilaria e pintura de automóveis. Em 1997, Jaime resolveu transformá-la em lanchonete para explorar o fluxo de turistas no verão, oferecendo sorvetes, caldo de cana, água de coco e cachorro-quente. Mas todos começaram a pedir no cardápio as famosas ostras criadas no Estado. O chef, que já trabalhava com sua mulher e avó, foi ampliando o lugar a partir da meia-água da antiga construção, e começou a servi-las ao natural, ao bafo e gratinadas. Nascia o pioneiro Ostradamus. Hoje, a cozinha da casa tem boa parte em vidro para que os clientes possam apreciar o preparo delas e de pratos como a Sinfonia dos Náufragos, espeto de camarões gigantes assados na brasa, regados com molho de ervas. A inovação nos sabores se tornou um diferencial e resultou no Festival de Ostras, que consiste num rodízio de molusco, com 25 modos de preparo. Visando a qualidade e a satisfação dos clientes, o Ostradamus resolveu ali buscar soluções tecnológicas inovadoras para garantir ostras ainda mais saudáveis para o consumo – sem contaminações, sem poluição e sem riscos para a saúde. E adotou o sistema de sua depuração no próprio restaurante, exclusivo no território brasileiro, que propicia aos visitantes maior segurança com relação à qualidade da ostra a ser consumida – a depuração consiste na filtragem e purificação do molusco. Há quatro anos consecutivos, o restaurante Ostradamus vem colecionando prêmios, seja como de melhor restaurante na categoria Melhor Ostra, ou Melhor Restaurante de Florianópolis. Logo à entrada, está o balcão com espetacular aquário e suas ostras vivas depuradas, prontas para serem escolhidas e degustadas pelos clientes. O salão principal tem dois níveis e vista magnífica para o mar. E no exuberante trapiche, ao ar livre, os clientes podem desfrutar da paisagem da baía sul da Ilha de Santa Catarina e do voo das gaivotas. As mesas de vidro apresentam temas típicos em seus objetos, como miniaturas folclóricas do Boi de Mamão e do Pau de Fitas, conchas e oferendas à Iemanjá. As instalações do restaurante mantêm traços da arquitetura tradicional da Freguesia do Ribeirão da Ilha.

52 Abril 2011

Jaime Barcelos, chefe do Trapiche do Ostradamus: Melhor restaurante 2011


Portuguesa, com certeza O português de Sintra, João Henrique Franco, de 51 anos, dono do Marisqueira Sintra, não cozinha. Mas seu primeiro restaurante em Florianópolis, especializado em frutos do mar e peixes, incluindo alguns pratos de bacalhau, foi premiado como o melhor de cozinha portuguesa local em 2009, ano em que abriu suas portas, pela revista Veja Santa Catarina. “Minha experiência é mais nos vinhos, pois sou o conselheiro deles junto aos clientes”, diz o dublê de sommelier, empresário e bom apreciador. Em relação a eles, aliás, sua carta é de portugueses, mais ou menos cento e quarenta rótulos diferentes. “Meus vinhos preferidos, tanto tintos como brancos, são os da região do Alentejo. E claro, os vinhos verdes, mas esses só existem na Região do Minho”. Formado em Recursos Humanos, ele sempre trabalhou em Portugal: “A vinda para o Brasil foi na ideia de abrir alguns restaurantes, já que minha família lá tem experiência no ramo”. Mas, na verdade, o casamento com uma brasileira foi o que impulsionou a mudança de continente. Ele explica: “Vivo atualmente com Andreia de Paula, que é de Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Ela morou em Portugal durante oito anos, onde se formou em Gastronomia, e teve toda a prática de cozinha nos restaurantes da minha família”. A escolha da capital catarinense foi determinada: era o local do Brasil que mais se aproximava da sua terra, “e Santo António de Lisboa, que é onde fica o restaurante, é uma localidade ‘descendente’ de açoreanos”. O carro-chefe do restaurante é o Peixe no Sal, “mas complementamos muito bem com cataplana de peixes, polvos e vários tipos de camarão, como nossa receita à Guilho, o mais vendido na casa – ou seja, todo um cardápio de comida bem típica portuguesa, onde não faltam também alguns doces típicos: o pastel de nata (pastel de Belém), pera bêbada, pudim de leite e baba de camelo, este o meu preferido”. Segundo João, “o Marisqueira está a ter algum êxito”, como diz em tom bem lusitano, e por isso pretende ter outra casa da mesma especialidade em Balneário Camboriú e, “mais tarde, se as coisas correrem bem, aí sim abrirei outro de outra especialidade, bem diferente, mas esse por enquanto fica em segredo...”.

João Henrique, proprietário do Marisqueira Sintra “Camarão frito à Nossa Moda, do Marisqueira Sintra”

SERVIÇO: RIO DE JANEIRO Oui Oui: Rua Conde de Irajá, 85, Botafogo. Tel.: 21 2244 0125 Miam Miam: Rua General Góes Monteiro, 34, Botafogo. Tel.: 21 2244 0125 Sawasdee: Rua Dias Ferreira, 591, Leblon, e São Conrado, Shopping Fashion Mall e Búzios. Tel.: 21 2511 0057 Prima Bruschetteria: Rua Rainha Guilhermina, 95, Leblon. Tel.: 21 3592 0881 FLORIANÓPOLIS Ostradamus: Rod. Baldicero Filomeno, 7640, Ribeirão da Ilha. Tel.: 48 3337 5711 Obs.: Chegar ao Ostradamus pode ser bem rápido: um serviço de helicópteros (opções de modelos: Jet Ranger III e Esquilo), pode carregar até cinco passageiros desde o Aeroporto Internacional Hercílio Luz ou da praia Jurerê Internacional, um dos points do litoral catarinense. Marisqueira Sintra: Rua XV de Novembro, 147, Santo Antônio de Lisboa. Tel.: 48 3234 4219

53 _Abril 2011


Vida em Família

ENCONTROS E DESENCONTROS A importância das diversas gerações no convívio das famílias

Outro dia alguém dizia: “Antes, o avô passava pela porta do quarto do neto e nem parava. Agora, ele entra e conversa de igual para igual sobre as novidades na web”. A observação oferece a ideia exata do que é o convívio familiar hoje entre avós, pais e filhos. Mas entre encontros e desencontros, o ambiente familiar, que vem mudando em todo o ocidente, necessita de regras para que conflitos sejam resolvidos e todos vivam em harmonia. “Antes de tudo, quando se trata de abordar a questão da família, não se pode deixar de observar, como prioridade, o fato de que os bebês humanos e as crianças necessitam, fundamentalmente, de adultos que cuidem deles”. A psicanalista e psicóloga carioca Lulli Milman, uma das fundadoras do serviço de Atendimento Infantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) lembra que a segurança e o sentido da existência proporcionados pelos adultos é uma base importante no desenvolvimento das crianças dentro do ambiente familiar. Autora do livro Cresceram – Um Guia para Pais de Adolescentes (Editora Nova Fronteira) e com a sua longa experiência clínica, Milman diz que essa ideia é fundamental: “Adultos cuidando de suas crianças para torná-las responsáveis é o que nos diferencia das outras espécies animais”.

54 Abril 2011

Estabilidade e Segurança Já a questão da constituição das famílias e a estabilidade durante o processo de criação dos filhos é outra coisa, outra discussão, continua Lulli: “E isto vai depender das características de cada cultura. Mas na nossa civilização ocidental a estabilidade do casal parental em relação aos seus filhos é importante. Não do casal entre si. Pai e mãe podem se separar, mas a estabilidade em relação às suas crianças precisa ser mantida”. Para Milman, “seria o ideal, o mais saudável o convívio de várias gerações. Esse convívio vai oferecer aquilo que chamamos de historicidade às famílias, às crianças e aos filhos”. E é desse modo que eles percebem que há um lugar para si mesmo no mundo. “Então, a criança se torna segura de si ao saber e perceber que houve e que existem lugares devidos para os bisavós, avós e pais. E para ela”. Proporcionar segurança aos filhos e dar-lhes um sentido histórico é oferecer um sentido para a sua existência – e facilita a criação das crianças. “Em resumo: a família deve cuidar das suas crianças, deve lhes dar proteção, aconchego, e a possibilidade delas se construírem como homens e como seres da mesma espécie. A família é quem vai proporcionar a construção humana”.


Convívio de gerações resgata história das famílias

Continuidade da Relação Essa ideia, acrescenta Lulli Milman, tem mudado bastante no ocidente - e continua mudando. “Temos”, lembra ela, “as famílias monoparentais, em que as mães, as mulheres são quem, quase sempre, determinam todas as regras – tanto nas famílias das comunidades mais pobres, nas favelas, quanto nas classes médias. Hoje, vemos outras famílias constituídas por homossexuais, por exemplo, aquelas que estão sendo objeto de tantas discussões atualmente. Não importa como a família se constitui. O que importa é a ideia do fixo, da segurança e do aconchego. Deste modo, não importa se as famílias são monoparentais ou não. A continuidade da relação entre pais e filhos é fundamental. Continuidade, essa é a palavra-chave. Não a continuidade entre pais e mães, maridos e mulheres, mais sim entre cuidadores e crianças”.

Conflitos em Família Sobre os conflitos familiares, como administrá-los: “Desde a segunda geração da Bíblia”, comenta Milman, “sempre existiram conflitos; desde quando Abel e Caim brigaram. A confusão começou ali. De lá para cá, a forma como os conflitos se expressam é que mudou. Mas não a sua essência. Se o conflito surge no ambiente familiar é preciso tentar resolvê-lo no nível do convívio. O que eu vejo como fonte geradora de conflitos, atualmente, é a possibilidade múltipla, as muitas possibilidades de escolhas oferecidas às crianças pelos pais. Desde muito pequena, os pais já pedem à criancinha para ela escolher o sapato que deseja. Esta é uma expressão da forma de vida das famílias atuais em que os conflitos com relação à hierarquia são os mais frequentes. Quem é autoridade na casa? Criam-se assim, me

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Vida em Família

“O que eu vejo como fonte geradora de conflitos, atualmente, é a possibilidade múltipla, as muitas possibilidades de escolhas oferecidas às crianças pelos pais”

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parece, as grandes fontes de conflitos porque os pais, agindo dessa forma, se desautorizam e se eximem da sua autoridade. As crianças, por sua vez, começam a ter dificuldade de reconhecer hierarquias. As hierarquias, então, dentro do âmbito familiar, começam a desmontar”. Por que isto ocorre? Segundo Lulli, “hoje, os adultos têm medo de envelhecer, e não encontram tempo para se ocuparem dos filhos ou para se preocuparem com as crianças e com os adolescentes. Autoridade – ou a falta dela –, é uma das grandes questões, uma das grandes discussões do nosso tempo. Às vezes, as mães não conseguem assumir a autoridade e se queixam: “Por que é que eu tenho que ficar dando as broncas?”. Resumindo mais uma vez: os adultos precisam cuidar e se preocupar com suas crianças. Do contrário elas ficam soltas, se sentem soltas e sem pais – e tornam-se todos, pais e filhos, irmãos uns dos outros. “Constitui um grande perigo cuidar de crianças assim, malcriadas. Sem conhecerem o sentido da solidariedade e sem reconhecerem o que é ser parceiro no afeto. Com frequência este é o panorama do nosso mundo, da contemporaneidade”.


Protegendo e estimulando a educação Mulheres são responsáveis por cerca de metade das contratações de plano de previdência para os menores

Com os novos contornos da sociedade brasileira, a educação constitui uma das maiores preocupações de pais e responsáveis relacionadas às crianças e aos adolescentes menores de idade. É ela que, no futuro, permitirá uma maior qualificação profissional para as próximas gerações com a consequente ascensão e consolidação de sua inserção no mercado. Para tal, os pais dessas crianças e desses jovens estão apostando na previdência privada. A SulAmérica Previdência analisou a sua carteira de investidores e traçou um perfil dos responsáveis financeiros investidores nos planos para menores. A base utilizada foi a carteira do SulAmérica Educaprevi, o produto de previdência privada da seguradora. Assim, foi identificado que as mães representam 40% dos clientes que contrataram planos para menores, sendo que 78% dos investidores concentram-se na faixa etária entre 31 e 50 anos. No que se refere ao grau de parentesco, 88% dos planos são contratados pelos próprios pais ou responsáveis legais e o restante por tios, avós ou padrinhos. Outro resultado aponta que 68% dos clientes apostaram no plano VGBL, 43% contribuem em renda fixa e o valor médio de contribuição é de R$ 90 no plano básico - o Educaprevi Especial. “O papel da mulher na composição

da renda familiar é cada vez mais relevante e isto se reflete no seu papel de provedora dos recursos para assegurar a educação dos filhos”, diz o vice-presidente de Seguro de Pessoas e Previdência da SulAmérica Renato Russo, que continua: “É fundamental o papel das mães no planejamento e sustentação dos estudos dos filhos”. Um plano de previdência para eles, além de um investimento precioso, é uma forma simples de reunir recursos para que o menor os utilize da maneira que escolher, na sua idade adulta. “É um investimento seguro, rentável e os valores acumulados podem ser usados para quitar mensalidades da universidade ou dar início à carreira profissional do estudante”, comenta Russo. Um importante diferencial do SulAmérica Educaprevi é a Assistência Escola Online, uma série de serviços exclusivos para auxiliar nas atividades escolares, com tira dúvidas, aulas on-line de todas as disciplinas da 5ª série do ensino fundamental ao vestibular, testes virtuais e revisão de matérias, dentre outros recursos. O produto também permite a contratação de coberturas adicionais de Proteção Familiar destinadas à manutenção dos estudos do menor no caso de morte ou invalidez dos pais/responsáveis financeiros.

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Conta Corrente

Newton Rosa é economista-chefe da SulAmérica Investimentos

O

mercado segurador brasileiro cresceu 12% em 2010, um resultado de R$ 179 bilhões que refletiu, principalmente, as novas ondas de consumo vindas das classes C e D. A avaliação é de Jorge Hilário Gouvêa Vieira, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). Em 2011, ele espera, no mínimo, o mesmo índice de expansão, mantidas as tendências de crescimento do PIB e a estabilidade econômica. Gouvêa Vieira prevê maior procura por produtos nas áreas de seguros gerais, saúde e previdência, e novas oportunidades para a oferta de seguro-garantia, trazidas pelas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016 no Brasil. De um modo geral, os cenários são cautelosos, mas otimistas. Na opinião do economistachefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, o PIB vai crescer, ainda que em ritmo menor: cerca de 4,6% em 2011, em comparação aos 7,5% registrados em 2010. “O grande motor da economia foi a demanda doméstica, com um consumo vigoroso, pautado em um mercado de trabalho robusto”, diz ele, lembrando que a massa real de salário cresceu 8% em termos anuais. Nos próximos 12 meses, a expectativa é de que o mercado interno continue fomentando bons desempenhos na indústria, no comércio e nos serviços. “Por essas razões, em 2010,

58 Abril 2011


CLASSES C E D

IMPULSIONAM TUDO! MERCADO SEGURADOR TAMBÉM SE BENEFICIA

O setor cresceu 12% no País em 2010 e espera repetir a performance em 2011. Em destaque, a expansão do microsseguro, para esses novos consumidores, e do seguro garantia, para as obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos Rio 2016

todos os segmentos de seguros registraram expansão superior a 10%”, afirma Vieira. Com destaque para a área de previdência, com aumento de 20% nos negócios. “Depois de atendidas suas necessidades básicas, a população das classes C e D passou a olhar para os planos de previdência. Por isso, o mercado já está se mobilizando para investir em produtos desenvolvidos para o orçamento dessa classe”, afirma. “As pessoas estão consumindo mais e, consequentemente, começam a querer zelar por seus bens; desse modo, a área ca Investimentos, Newton Rosa. de seguros gerais apresenta grande oportunidade de crescimento”. Nesse movimento, Newton Rosa assinala a forte expansão do crédito para pessoa física e a atitude confiante do consumidor. Elementos que, combinados, resultaram num aumento das vendas no varejo também da ordem de 12% em 2010, em relação a 2009.

Mercado segurador (2010) TOTAL dO segmenTO: R$ 179,1 bilhões - CResCImenTO 12%

40% Saúde

R$ 70,5 bilhões

6% CaPiTalização

R$ 10,7 bilhões

33% PrevidêNCia R$ 60,6 bilhões

21% SeguroS geraiS R$ 37,3 bilhões

59 _Abril 2011


Conta Corrente

O que será 2011?

Projeções macroeconômicas para o ano novo, segundo o economista-chefe da Sulamérica investimentos, Newton rosa. • Infl ação (IPCA) 5%; • Selic (dez/2011) 12,25%; • Dólar R$ 1,75 a R$ 1,80; • Balança comercial, saldo de US$ 8,5 bilhões (x US$ 15 bilhões em 2010).

60 Abril 2011

Do varejo ao seguro: expansão da classe C atinge todas as áreas da economia

A tendência continua em 2011, na opinião do presidente da CNSeg. “O aumento do poder aquisitivo da população e a oferta de apólices a baixos valores, em canais de distribuição alternativos, são fatores que tendem a acelerar o crescimento do setor, que tem buscado formas de responder com qualidade ao aumento da demanda sem elevar muito seus custos fixos”. A procura por produtos de saúde suplementar e previdência, diz ele, “refletem diretamente essa tendência. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 100 milhões de brasileiros estão chegando às classes C e D. O desafio que já estamos enfrentando é trabalhar para simplificar o acesso do consumidor de baixa renda aos produtos de seguro”. Nessa direção, ele defende a necessidade de desenvolver o mercado de microsseguro, um produto de tíquete baixo, dirigido a um público de renda menor. O que significa, explica o presidente da entidade, “simplificar o produto, tornando-o mais transparente, objetivo e de fácil compreensão para o consumidor”. Para incentivar a contratação nessa faixa, Gouvêa Vieira diz que é necessário fazer um trabalho de disseminação da cultura do seguro.


Desafios futuros

ações que devem estar na pauta do mercado segurador ao longo de 2011, segundo o presidente da CNSeg, Jorge Hilário gouvêa vieira: • Mapear e estudar os fatores que impactam o crescimento do setor; • Expandir o acesso das classes C e D ao seguro; • Formar uma Câmara Técnica da cadeia produtiva da saúde suplementar para discutir a sustentabilidade do setor; • Regulamentar a blindagem de planos de caráter previdenciário; • Tornar economicamente viável o seguro de automóveis antigos; • Desenvolver o seguro rural e ambiental; • Expandir o seguro popular, entre eles o microsseguro; • Ampliar o seguro garantia, principalmente com a realização das obras do PAC, da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A CNSeg iniciou, em 2010, o projeto “Estou Seguro”, na comunidade do morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, exatamente com esse objetivo. A base do trabalho é a educação financeira e a popularização de conhecimento sobre seguro. “Foi um trabalho de grande aprendizado para nós e pretendemos replicar em outras comunidades do Rio e de outros Estados”, conta.

Freios ao consumo O economista da SulAmérica Investimentos alerta, contudo, para possíveis freios impostos à euforia do consumo. A inflação de 2010, ao ficar acima da meta anual de 4,5% (fechou o ano de 2010 acumulando inflação de 5,91%, ante a taxa de 4,31% registrada em 2009) deve pressionar as políticas econômicas para este ano, o primeiro de Dilma Rousseff. Com isso, Newton Rosa acredita que o Banco Central tome medidas cautelares para manter os índices no centro da meta de 2011, também de 4,5% – que deve ficar em torno de 5,5 % nas contas do especialista. “Devemos começar o ano com a Selic (taxa básica de juros) subindo”, avisa ele, “observando que já foram tomadas iniciativas recentes de controle monetário, como o aumento do compulsório bancário e das exigências para liberação do crédito”. Em

2011, ele projeta uma expansão perto de 4,6% para o PIB e ações governamentais para reduzir custos, aumentando os esforços do poder público na geração de superávit fiscal primário. Pode ser uma desaceleração em comparação a 2010, mas num ambiente ainda de muitos investimentos. O presidente da CNSeg ressalta o impacto provocado pelos megaeventos esportivos. “O Brasil deve se transformar, nos próximos anos, em um enorme canteiro de obras geradas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, diz. “Esse é um momento muito especial e de grande importância para o seguro-garantia. O mercado terá a chance de mostrar ao País a sua capacidade de garantir a execução das obras e a relevância de seus serviços para a realização de empreendimentos que serão um legado para a sociedade”. Os investimentos generalizados no mercado segurador indicam que as empresas se preparam para as demandas futuras. O próprio seguro-garantia bateu recordes em 2010, nas contas do presidente da CNSeg. Foram R$ 512 milhões em prêmios até setembro, em comparação a R$ 696 milhões durante todo o ano de 2009. E o mercado de resseguros fechou o ano com R$ 4,5 bilhões.

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Perfil

EM CARTAZ, NO PALCO, OS REIS DA MÚSICA Dupla Möeller e Botelho emplaca mais um sucesso no Brasil: Hair

FOTOS DIVULGAÇÃO

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odo mundo pergunta a cada um destes dois reis dos musicais, Charles Möeller, de 43 anos, e Claudio Botelho, de 46, qual é o segredo de trabalharem tão bem em dupla há mais de 20 anos. “A briga! A gente é bom de briga! O atrito, na Física, é a matriz do movimento”, responde o esfuziante Möeller quando explica a chave do sucesso de tantos shows musicais encenados pelo Brasil e assinados pelos dois. Desejamos, então, que Botelho e Möeller continuem brigando bastante para seguir, por muito tempo ainda, brindando as plateias com os lindos espetáculos que criam. Agora, Botelho e Möeller deleitam o público – de todas as idades – com a montagem de Hair, o musical-ícone do tempo dos hippies legítimos, um dos maiores sucessos da Broadway, onde estreou em 1967. Quase tão célebre no planeta Terra quanto o quarteto musical inglês The Beatles, Hair deu a volta ao mundo na sua época. Agora vai atravessar todo este verão, no palco carioca do Teatro Casa Grande, no Leblon. O espetáculo, lotado desde que estreou, é patrocinado pela SulAmérica.

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Encontro no Rio Claudio Botelho, de Minas Gerais, e o paulista Charles Möeller, nascido em Santos, se conheceram no Rio de Janeiro, nos idos da década de 90. Os dois trabalhavam em teatro e televisão, ora como atores, ora como figurinistas ou cenógrafos, cada qual pelo seu lado. Claudio, por exemplo, foi ator em Company, embora tenha feito os figurinos de As Malvadas, montagem dirigida por Marco Nanini, e primeira produção assinada com Möeller. De lá até o atual Hair, o longo caminho está enfeitado só com sucessos. Mas foi no musical Cole Porter - Ela Nunca Disse que me Amava, de 2000, que os dois realmente estouraram profissionalmente para o chamado grande público. A montagem, inicialmente no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, caiu como uma bomba na cidade. Ficou nada menos que três anos em cartaz, no eixo Rio-São Paulo, e em turnê pelo País e Portugal. Nos anos 2000, A Ópera do Malandro também emplacou três anos de casas cheias.


Claudio Botello e Charles Mรถeller: Hair de volta

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Mas Sassaricando, o irresistível espetáculo contando a história das nossas marchinhas carnavalescas, foi mais longe: a direção assinada pela dupla mágica se manteve quatro anos em cartaz. No seu final, as plateias se levantavam das cadeiras e caiam na dança e no delírio musical. Agora, Hair está em plena órbita estelar, “E o que é fantástico” diz Botelho, “e nos dá uma satisfação imensa é que não são apenas os jovens que vão ver o espetáculo ou os idosos saudosistas, as velhinhas das vans. Temos uma plateia de todas as idades. Garotos e garotas, e pais e avós, que já foram hippies e vão com os filhos”. Ao que Charles emenda, sempre enfático: “É muito bom, gente, fazer o que amamos; assim não se precisa de hobbies e ainda te pagam por isso!”.

Eles cantam no chuveiro? Não. Às vezes, um deles, como Claudio, cantarola quando está sozinho em casa. “É que preciso ler sempre muita música”, diz ele, “e estou constantemente atento, analisando se o cantor está fazendo certo ou não, se determinada vogal está bem colocada por ele”. Möeller é sempre cheio de pontos de exclamação: “Não escuto música em casa, e canto pouquíssimo! Já trabalho com música durante dez horas por dia. Sabe aquele ditado: em casa de ferreiro, espeto de pau?!”. Os dois amigos e parceiros realmente têm personalidades diversas. “Não que um seja mais introvertido e o outro mais para fora”, explica Botelho. “No trato social é que somos diferentes”. Mas é no trabalho que, na verdade, eles realmente se completam. “Charles tem uma abordagem da cena mais plástica – fica olhando a luz, os cenários; eu presto mais atenção ao texto, à tradução”.

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Parte do Circuito SulAmérica, de Música e Movimento , o musical Hair segue do Rio para São Paulo

“É muito bom, gente, fazer o que amamos; assim não se precisa de hobbies e ainda te pagam por isso!” Möeller

Não é de espantar que as versões de Botelho para o português sejam particularmente respeitadas. Ele tem no inglês a sua “segunda língua”, mas sua formação literária, requintada, vem de uma adoração pela literatura clássica francesa e pela poesia de Verlaine e Baudelaire. “Quando li Tartufo, de Molière, na tradução de Guilherme Figueiredo, tinha 15 anos. Fiquei extasiado”. Já Charles, ator, autor, diretor, cenógrafo e figurinista, um autêntico artista renascentista, de dezenas de talentos e habilidades, diz que, do que mais gosta, é dirigir e escrever. E de trabalhar, sem vergonha de dizer, “como louco”. Ele assume: “Sou totalmente workaholic, sim. Férias para mim é a morada do diabo! Sempre falo que estou cansado e quero dar uma parada, mas depois de dois dias sem fazer nada estou subindo pelas paredes!”.

Humildade e disciplina Caso sirva para alguém se espelhar no sucesso de Claudio e Charles – ou de Botelho e Möeller – é bom ouvir a sábia frase deste último: “O meu caminho é traçado com humildade e disciplina”. Esta tirada de Charles data de quando “Os reis dos musicais”* brasileiros receberam a agradável notícia de que, mais uma vez, estão, mesmo que indiretamente, indicados para o Prêmio Faz Diferença na categoria Elenco, oferecido anualmente por um jornal do Rio de Janeiro. “O que mais me emociona na vida”, diz generosamente Möeller, “é

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Perfil

quando o meu elenco é reconhecido e valorizado. (Eles) são atletas de elite; não são só um elenco ou uma tribo”. Hoje, está distante o tempo de Hello Gershwin, 1997, quando, pela primeira vez, Botelho assinou um trabalho com o parceiro. Também está longe a época em que Möeller fez parte do elenco, ainda bem rapazinho, em Santos, de uma montagem de O Noviço. Muita água passou por debaixo da ponte desde que Charles estudou com o mitológico diretor Antunes Filho, em São Paulo, no seu célebre Centro de Pesquisas Teatrais, e Claudio descobriu Judy Garland (seu ídolo maior, se não existisse Liza Minelli, é claro, ocupando o segundo lugar no seu panteão artístico). “Ainda é um desafio estimulante”, filosofa Möeller, “a gente

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se provar capaz de superação a cada processo!”. Tão estimulante que a dupla já pode anunciar seu próximo mega sucesso. Compraram os direitos e vão montar o musical Um Violinista no Telhado, a estrear ainda no primeiro semestre de 2011. E tem mais: não satisfeitos e sempre estimulados, Möeller e Botelho – ou Botelho e Möeller, como queiram – compraram também os direitos de O Mágico de Oz. A estreia será em fins do próximo ano.

Yoga e Sondheim Enquanto as plateias se deliciam mais uma vez com Hair, Claudio mergulha em um livro que o apaixona e que trata de como a música “chegou a Sondheim”**.


MUSICAIS, CIRCO E DANÇA

Na agenda 2011 do Circuito SulAmérica

Viaja também na leitura de Dan Brown – seus livros o deixam fascinado. Já Charles continua concentrado nas aulas regulares de yoga. “Pratico yoga sem parar”, diz ele “porque ela me faz ficar no trilho e ter um outro olhar!”. Que olhar será esse? Talvez para mais adiante ainda, para um pequeno musical que acaba de estrear em Londres, com sucesso retumbante, apenas com três atores, chamado The End of the Rainbow. A estrela do espetáculo? Só podia ser Judy Garland. Cantando no último show em que se apresentou. *A Imprensa Oficial de São Paulo lançou o livro Os Reis dos Musicais, de Tania Carvalho. ** O compositor e letrista americano Stephen Joshua Sondheim, nascido em 1930.

O Circuito SulAmérica de Música e Movimento já tem vários espetáculos confirmados para a temporada de 2011. Além de Hair, versões brasileiras de Cabaret e de Xanadu – musicais que também fizeram história no cinema e nos palcos internacionais – estão na agenda deste ano, que também inclui apresentações do musical Gaiola das Loucas, do Circo Tihany e do espetáculo de dança italiana Kataklò. O Circuito contará com a companhia de dança italiana Kataklò, formada por ex-atletas olímpicos que misturam dança, esporte e teatro. A turnê deste ano apresentará o espetáculo Light e passará por Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. No Circo Tihany haverá função o ano inteiro, com a sua imensa tenda rodando Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Brasília e Goiânia. São 60 artistas em um palco de 900 m², com duas horas de show, palhaços e números de mágica, balé, malabares, acrobacia, contorcionismo. Hair estará em cartaz no Rio de Janeiro até dia 1º de maio e, em São Paulo, no segundo semestre. Os musicais Cabaret e Xanadu, adaptações de grandes sucessos da Broadway, estão programados para o segundo semestre. O primeiro, que se tornou um clássico do cinema com Liza Minelli dirigida por Bob Fosse, em 1972, terá, nos palcos brasileiros, Cláudia Raia como protagonista e José Possi Neto na direção. Xanadu, sucesso nas telas dos anos 80 com Olivia Newton-John e Gene Kelly, deverá ser dirigido por Wolf Maia, e estrelado por Danielle Winits e Jonatas Faro. Além destes espetáculos, o Circuito conta também com o final da temporada paulista do musical Gaiola das Loucas. O Circuito SulAmérica de Música e Movimento busca selecionar grandes espetáculos nacionais e internacionais e manter uma grade eclética e diversificada, segundo o diretor de Marketing da SulAmérica, Zeca Vieira. Para ele, a iniciativa do patrocínio democratiza o acesso a atrações de alto nível de qualidade.

SERVIÇO Temporada Rio de Janeiro Oi Casa Grande: Avenida Afrânio de Mello Franco, 290 - Leblon Quartas, quintas e sextas, às 21h | Sábados às 18h e às 21h30 | Domingos, às 19h Informações: www.oicasagrande.oi.com.br

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Corporativo

Roberto Marucco

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TEoRIA E PRÁTICA

JUNTAS!

A recém-criada diretoria de Estratégia e Execução elabora e acompanha projetos para estreitar a relação com clientes e corretores, garantindo o alinhamento de todas as iniciativas da SulAmérica, posicionando-a como referência no mercado de seguros

A

nalisar o mercado e o posicionamento de seus participantes para traçar um planejamento com base nas premissas estratégicas são as principais atribuições da diretoria de Estratégia e Execução, criada em setembro de 2010 na SulAmérica Seguros e Previdência. A área é responsável por definir e colocar em prática a estratégia corporativa junto às demais áreas da empresa. O departamento está a cargo de Roberto Marucco, antes responsável pela diretoria de Informática da seguradora. Todos os processos de definição e gestão da estratégia, escritório de projetos corporativos, ações de relacionamento com clientes (CRM) e ouvidoria estão a cargo da diretoria, que tem como meta principal aproximar a companhia de seus clientes e corretores, ressaltando as premissas corporativas sustentadas nos pilares da agilidade e transparência. “Conseguir mais

varejo é um dos nossos mantras”, diz Marucco. Segundo ele, a gerência de Inteligência de Mercado, dentro da nova diretoria, está desenvolvendo ações para uma abordagem dirigida às duas pontas da pirâmide de clientes – de um lado, a classe C, de outro, as faixas de maior poder de compra da classe A. “Percebemos não só o crescimento da classe C, o maior extrato social que temos agora, como uma expansão nas classes A e B. Surge uma camada premium da sociedade, que não havia antes”. Além desses segmentos relativamente novos, o executivo afirma que os produtos para os consumidores tradicionais, situados entre esses dois extremos, devem se tornar cada vez mais competitivos. A maior segmentação e conhecimento dos interesses dos clientes é um dos focos que Marucco considera um diferencial para a atuação da empresa.

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Corporativo

A nova diretoria também é responsável por acompanhar a execução dos principais projetos corporativos da seguradora, todos voltados para o crescimento da companhia. Esses projetos vão desde a abertura de novas filiais e C.A.S.A.s, análise de parcerias e canais alternativos e melhoria da eficiência operacional. Para isso, além das áreas de inteligência e estratégia, a diretoria possui uma área de gerência de projetos que trabalha alinhada ao posicionamento da companhia para a execução dos projetos. O portifólio atual é composto por 19 iniciativas estratégicas. Uma delas é o compromisso assumido pela companhia em ser a marca preferida entre os consumidores e corretores. O novo posicionamento estratégico da SulAmérica visa impulsionar a preferência pela marca, revolucionar a relação clientes e empresa, evitando que o seguro seja um problema a mais na vida dos consumidores. “É fundamental para a companhia e para o cumprimento das nossas metas termos uma área de gestão de projetos alinhada à gestão de negócios e à estratégia corporativa da empresa”, destaca Marucco. A nova diretoria reúne 60 profissionais e é formada por quatro áreas: CRM, Ouvidoria, Estratégia e Gerenciamento de Projetos (PMO ou Project Management Office). Foi estruturada com o propósito de apoiar as transformações propostas pelo presidente da SulAmérica, Thomaz Cabral de Menezes, que assumiu o cargo em abril de 2010. “Ele chegou com uma agenda de mudanças ousadas, e identificou a necessidade de uma diretoria para dar velocidade a esse movimento”, argumento Marucco. A diretoria de Estratégia e Execução faz a gestão e o acompanhamento dos projetos que mobilizam mais de um departamento da empresa. “Controlamos o portfólio, avaliamos a necessidade de investimentos, quais são os projetos mais atrativos e definimos compromissos para o seu desenvolvimento nas diferentes áreas”. Neste sentido, a abertura de novas filiais é uma das ações prioritárias da área. Atualmente, a SulAmérica possui 55 filiais espalhadas pelo País e a expectativa é abrir mais 15 até o final de 2011.

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“Controlamos o portfólio, avaliamos a necessidade de investimentos, quais são os projetos mais atrativos e definimos compromissos para o seu desenvolvimento nas diferentes áreas”

Já em relação aos Centros Automotivos de Super Atendimento, os conhecidos C.A.S.A.s, que hoje somam 30 unidades, a ideia é crescer os pontos onde o serviço está disponível na ordem de 30%. Toda essa expansão está relacionada aos atributos de agilidade e transparência que a SulAmérica quer ver reconhecidos em sua marca. “Estar próximo dos corretores e clientes é fundamental para garantirmos rapidez nos processos e um bom relacionamento com estes públicos”, comenta Marucco. O executivo tem experiência na interface entre unidades de negócio distintas. Foi diretor de Informática da SulAmérica, onde ingressou em 2005. Formou-se em Tecnologia de Processamento de Dados, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), e em Administração de Empresas, pela Universidade Cândido Mendes (UCAM/ RJ); com MBA Executivo em Gestão de Negócios pelo Ibmec RJ, e formação em General Management Program, pela Harvard Business School.



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