CEU HELIÓPOLIS PROFª ARLETE PERSOLI PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MEMÓRIAS DE HELIÓPOLIS - RAÍZES E CONTEMPORANEIDADE –
SÃO PAULO 2016 1
Sumário 1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 BREVE HISTÓRICO ............................................................................................................... 5 Projeto Arquitetônico – Concepções e Espaços ...................................................................... 13 2 - PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS POLÍTICO PEDAGÓGICOS ....................................... 20 Educação Integral e o Bairro Educador................................................................................... 20 Cidades Educadoras – Articulação Comunitária e o Bairro Educador.................................... 21 Currículo ............................................................................................................................. 22 Gestão democrática ............................................................................................................. 22 Objetivos ................................................................................................................................. 23 3 – ATRIBUIÇÕES E OBJETIVOS DOS NÚCLEOS .............................................................. 24 Núcleo de Ação Educacional (NAE) ...................................................................................... 24 Núcleo de Ação Cultural (NAC) ............................................................................................. 25 Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação .................................................................................. 27 4 – PLANO DE TRABALHO 2016 ........................................................................................... 29 Eixos Integradores e Estruturantes .......................................................................................... 29 Eixo Memória e Identidade ..................................................................................................... 30 Eixo Ocupação dos Espaços Públicos – Atendimento e Formação ........................................ 31 Organização do Plano.......................................................................................................... 32 5 – PROCESSOS ........................................................................................................................ 33 CALENDÁRIO TEMÁTICO ................................................................................................. 33 LUDICIDADE ........................................................................................................................ 40 MOVIMENTO SOL DA PAZ ................................................................................................ 48 VISIBILIDADE DA PERIFERIA – Agenda Cultural do CEU Heliópolis ............................ 56 CIRCUITO DE VISITAS ....................................................................................................... 59 BIBLIOTECA NO FLUXO .................................................................................................... 63 COMISSÃO DE FORMAÇÃO .............................................................................................. 65 ENCONTROS E SEMINÁRIO DA EDUCAÇÃO ................................................................ 68 RELAÇÃO COM AS UNIVERSIDADES - Estágios e Ciclos de Formação ........................ 79 O CEU ESCUTA .................................................................................................................... 83 OFICINAS CULTURAIS – Voluntários e Programas ........................................................... 90 AGENDAMENTO DE QUADRA ......................................................................................... 94 USO RECREATIVO DAS PISCINAS ................................................................................... 95 AULAS E PROJETOS - ANALISTAS DE INFORMAÇÃO E DESPORTO ....................... 96 OFICINAS – ORIENTADORES VOLUNTÁRIOS E PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES .................................................................................................................... 102 6 – PROGRAMAS .................................................................................................................... 106 2
RECREIO NAS FÉRIAS ...................................................................................................... 106 SÃO PAULO INTEGRAL.................................................................................................... 108 SÃO PAULO ABERTA – PROGRAMA AGENTES DE GOVERNO ABERTO .............. 110 ENTRETODOS..................................................................................................................... 111 VIRADA ESPORTIVA ........................................................................................................ 112 TEMÁTICO DE ARTES MARCIAIS .................................................................................. 113 OLIMPÍADAS ESTUDANTIS............................................................................................. 114 INTERCEUs ......................................................................................................................... 115 JOGOS DA CIDADE ........................................................................................................... 116 7 – PROJETOS ......................................................................................................................... 118 CURSINHO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULINHO DA ETEC ............................ 118 HELIPA NA UNIVERSIDADE ........................................................................................... 122 MALETA POR QUE POBREZA? ....................................................................................... 129 ECONOMIA SOLIDÁRIA ................................................................................................... 131 #EMAGRECEU .................................................................................................................... 133 NÚCLEO DA MELHOR IDADE......................................................................................... 136 8 – EVENTOS........................................................................................................................... 138 ANIVERSÁRIO DO CEU HELIÓPOLIS PROFª ARLETE PERSOLI .............................. 138 MOSTRA ECOFALANTE ................................................................................................... 139 SEMANA DO HIP HOP 2016 .............................................................................................. 140 DIA DO DESAFIO ............................................................................................................... 140 9 – REFERENCIAIS ................................................................................................................. 142 10 – ANEXOS........................................................................................................................... 144
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1 - INTRODUÇÃO Heliópolis é um território que tem uma história marcada pela presença de vulnerabilidades sociais e violação de direitos e ao mesmo tempo é palco de diversas conquistas. A história da comunidade mostra que essas conquistas não seriam possíveis não fosse a parceria estreita entre muitas pessoas que dedicaram suas vidas à transformação do bairro. A população local vivenciou um processo intenso de urbanização e participou do desenvolvimento de uma trajetória exemplar de organização social, na qual a mobilização promovida pelas organizações comunitárias rendeu frutos e a reinvindicação por projetos de intervenção urbana, cultural e educacional foi atendida pelo poder público. Dessa forma Heliópolis transitou de uma estrutura urbanística que a caracterizava como favela, e cujos esforços principais se dirigiam às demandas por habitação, regularização de terras e serviços sociais básicos, a uma articulação comunitária que busca a construção e consolidação de um Bairro Educador. Tendo isso em vista, nossas ações buscam privilegiar essa articulação, promovendo o diálogo entre os moradores da região, as organizações comunitárias, as instituições parceiras, os equipamentos de saúde, de educação, de assistência e o CEU. Assim, buscamos qualificar e fortalecer os vínculos com o movimento já atuante na região e ampliar os espaços que promovem o desenvolvimento integral dos cidadãos e cidadãs, garantindo a promoção e consolidação dos direitos humanos através da educação e da gestão democrática.
Vista panorâmica da comunidade com destaque para o CEU Heliópolis
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BREVE HISTÓRICO Heliópolis Heliópolis possui aproximadamente 1 milhão de metros quadrados e se localiza na região sudeste da cidade de São Paulo, a 8 km do centro. Em sua área vivem cerca de 200 mil habitantes, a maioria de origem nordestina. De acordo com dados da prefeitura de São Paulo, Heliópolis possui 18.080 imóveis. A maior parte dos barracos se transformou em construção de alvenaria. Hoje, 90% do bairro conta com infraestrutura urbana, como serviços de água, esgoto, energia elétrica e coleta de lixo. O transporte público não entra nas vielas e becos de Heliópolis, e as pessoas se deslocam até as vias principais, onde estão localizados os pontos de ônibus. Aproximadamente 40% das famílias de Heliópolis são compostas por mães e filhos, sendo a mãe a única provedora. A área de Heliópolis foi adquirida em 1942, pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), propriedade do Conde Sílvio Álvares Penteado e outros. Em 1966, a gleba passou para o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). Em 1969 o IAPAS construiu o Hospital Heliópolis e o Posto de Assistência Médica (PAM) e alguns trabalhadores se alojaram nos arredores da obra. Um pedaço deste terreno foi desapropriado pelo estado para uso da SABESP e outra parte foi negociada com a Petrobras.
Antigos alojamentos provisórios, momento de mutirão de urbanização em Heliópolis, em meados dos anos 1980
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É nessa paisagem que, entre 1971 e 1972, a prefeitura de São Paulo retirou 153 famílias de áreas ocupadas na favela da Vila Prudente e Vergueiro, com a intenção de fazer vias públicas e as acomodou em alojamentos provisórios, que se tornaram permanentes. Além disso, em virtude dos altos preços do aluguel, outras famílias foram construindo seus barracos. A partir daí a história é marcada por diversas ocorrências envolvendo a disputa de grileiros (que pretendiam impedir as ocupações e assim comercializar a terra que não lhes pertencia), de lutas contra a polícia e, ao mesmo tempo, pelo surgimento de lideranças locais e pela exemplar mobilização comunitária em Mutirão de urbanização, meados dos anos 1980
defesa do direito à moradia e por condições mais dignas de vida. Nesse momento, a comunidade se organizava em diferentes núcleos, que eram solidários entre si na luta pela defesa da terra, é comum nos depoimentos das pessoas que viveram essa época o relato de que se um núcleo estava ameaçado, todos os outros iam ajudar a defendê-lo, os moradores entendiam que se uma casa que fosse “caísse”, todas cairiam. No final dos anos 1980 os núcleos sentem a necessidade de se unir em uma só organização, para melhor dialogar com o poder público e daí surge a União de Núcleos e Associações de Moradores de Heliópolis e região (UNAS), maior e mais representativa organização civil local.
Primeira associação de moradores de Heliópolis
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A união entre a UNAS e a EMEF Pres. Campos Salles
Em meados dos anos 1990 a EMEF Pres. Campos Salles adotou dois princípios, que se tornaram parte de seu Projeto Político Pedagógico e que passaram a nortear as ações da escola: Tudo passa pela educação, isto é, a educação é um processo muito amplo, que abrange toda a formação dos seres humanos, que se educam mutuamente. Nesse sentido, todos os espaços possuem um potencial educativo (não apenas a escola, apesar dela ser extremamente importante) e, portanto, toda a sociedade é responsável pelos processos de formação. A escola como um centro de liderança: a atuação da escola deve ocorrer de modo articulado com as lideranças da comunidade onde ela está inserida, garantindo que também dentro da escola se constituam lideranças. Afinal, escola e comunidade são espaços educativos, que se retroalimentam.
Braz Nogueira derrubando as paredes da EMEF Pres. Campos Salles
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Em 2007, a Campos Salles fez mais uma transformação em seu projeto político pedagógico: inspirada pela Escola da Ponte, a comunidade escolar decidiu derrubar as paredes das salas de aula, transformando-as em grandes salões de estudo. Derrubaram, também, as “paredes simbólicas” que separavam os professores entre si e os professores dos alunos. Nesse momento, àqueles dois princípios juntaram-se mais três: Autonomia, Responsabilidade e Solidariedade, que, juntos formam um código de ética que deve balizar as ações da escola, uma vez que se busca educar os sujeitos na e para a autonomia, para a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas de modo responsável, a fim de que se tornem capazes de responder pelas consequências de seus atos, sempre fundamentados pela consideração ao outro. Concomitantemente, a UNAS também passou por uma transformação, através da articulação com a escola. Sua principal bandeira de luta, que era o acesso à moradia digna se transformou em uma luta pela educação. Esse movimento, no entanto, não se deu ao acaso, foi construído dentro de um processo que intensificou o entendimento de que a educação deve ser prioritária, uma vez que ela é o eixo condutor e organizador da comunidade para o enfrentamento e luta pela efetivação dos direitos ao trabalho, à saúde, à moradia, ao transporte, à cultura, ao lazer e outros. Desse encontro entre escola e comunidade organizada nasce, então, o sonho de transformar Heliópolis em um Bairro Educador. Esse sonho é incorporado à missão da UNAS e ao projeto político pedagógico da EMEF Pres.
Campos
Salles.
Os
cinco
princípios da escola passam a ser, então, os cinco princípios do Bairro Educador. O CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli nasce da parceria entre
Braz Nogueira derrubando as paredes da EMEF Pres. Campos Salles
a comunidade organizada, a escola e o poder público (que viabilizou o projeto e a sua construção) em meio a esse movimento que vem ganhando força e contagiando outros 8
equipamentos educacionais e socioculturais da comunidade, bem como os moradores, as famílias e, principalmente as crianças e jovens.
Grafite do artista local 8ou80, na quadra da UNAS
CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli Em 2009, depois de anos de negociação entre a comunidade organizada e o poder público, a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) criou o Centro de Convivência Educativa e Cultural de Heliópolis, CCECH (Decreto nº 50.740, de 16 de julho de 2009), onde considera “por fim, que o protagonismo individual e coletivo dos moradores
de
Heliópolis
fundamental
para
a
dessa
comunidade
é
constituição como
bairro
educador”. No mesmo ano, a PMSP também criou os cargos de gestão do CCECH. De
2010
atividades
e
a
2014
projetos
várias foram
desenvolvidos por esse grupo de gestão,
com
voluntários participação
a e
colaboração com
da
de
intensa
comunidade
Cleide Alves, atual presidente da UNAS em
assembleia de moradores
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organizada, além de outras atividades articuladas pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME). Nesse
início,
em
2012,
dada
a
relevância da história de Heliópolis e de seus moradores, Memórias
foi de
desenvolvido Heliópolis
–
o
projeto
Raízes
e
Contemporaneidades, viabilizado por uma emenda parlamentar e desenvolvido pela UNAS, com assessoria da gestão do CCECH. Esse projeto tinha o intuito de sistematizar a história do bairro a partir do ponto de vista dos Logotipo do Projeto Memórias de Heliópolis
próprios moradores que a viveram. Além disso,
o projeto Memórias de Heliópolis tinha como objetivo produzir material que pudesse ser usado pelas escolas, projetos e equipamentos educativos da região, estimulando que esse conteúdo passasse a fazer parte de seus currículos, ao lado daqueles considerados mais tradicionais. Assim, ao longo do projeto, foi produzido um livro intitulado Memórias de Heliópolis – Raízes e Contemporaneidades; o documentário Memórias de Heliópolis 12 oficinas que recontaram a história do bairro por meio de diferentes linguagens artísticas (tais como: teatro, histórias em quadrinhos, dança, hip hop, dentre outras). Em 2013, também através de uma emenda parlamentar, foi desenvolvido o projeto Kombi da Memória que, com o mesmo intuito de sistematizar e difundir a memória dos moradores de Heliópolis realizou durante o mês de dezembro intervenções em diferentes pontos da comunidade. Eram quatro kombis especialmente cenografadas para essa ação, que desenvolveram atividades como biblioteca itinerante, oficinas de artesanato, contação de histórias, shows, recolhimento de
fotos e relatos
dos
moradores reunidos em um site. Em
2015,
o
CCECH
foi
transformado em CEU pela PMSP (Decreto nº 56.079, de 29 de abril de 2015) considerando que ambos programas se articulam
enquanto
concebidos
como Kombi do projeto Kombi da Memória
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equipamentos públicos construídos para e com a comunidade. As histórias dos CEUs e do então CCECH se encontraram, com a diferença de que, em Heliópolis, essa proposta tenha partido dos próprios moradores organizados. Então, em 29 de abril de 2015 o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli foi inaugurado com uma grande festa que durou todo o dia e contou com a participação ativa de milhares de atores sociais, que auxiliaram na construção deste equipamento: estudantes e suas famílias, educadores, militantes dos movimentos sociais, representantes do poder público, moradores da comunidade, artistas locais...
Quem foi a Profª Arlete Persoli? Arlete Persoli nasceu em São Paulo aos 12 de outubro de 1955. Foi uma incansável lutadora pelo direito à educação, sobretudo na comunidade de Heliópolis, onde atuou por diversos anos no CCECH. Arlete concluiu o curso de Matemática e passou a exercer o ofício de professora concursada na PMSP. Sempre com o olhar atento às enormes desigualdades sociais e preocupada com a transformação da sociedade, engajou-se na atividade políticopartidária, como militante do Partido dos Trabalhadores. No início dos anos 80, se junta a um grupo de educadores na EMEF Profª Sylvia Martin Pires, dentre os quais estava Braz Nogueira, seu futuro companheiro de vida e de sonhos e, juntos, passam a defender dois
princípios
básicos
para
a
construção de uma escola integrada na sua comunidade e em diálogo constante com a mesma: tudo passa pela educação e a escola como centro de liderança na comunidade. Em 1991, assume o cargo de diretora
Arlete Persole
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de escola, por meio de concurso público, dando continuidade à defesa dos ideais que acreditava. Com a criação da Caminhada pela Paz de Heliópolis, em 1999, Arlete passa a atuar em todas as suas edições, até a XV, realizada em 2013. É convidada a trabalhar com a então secretária municipal de Educação da gestão Marta Suplicy, Maria Aparecida Perez, em cujo mandato foram implementados os CEUs, modelo exitoso e revolucionário de Educação Integral. Foi a primeira gestora do CEU Rosa da China, no Jardim São Roberto, zona leste da capital, tendo realizado duas Caminhadas Pela Paz na região. Em 2005 assume a direção da EMEI Gabriel Prestes, no bairro da Consolação, e implanta os princípios que nortearam o seu Projeto Político Pedagógico: autonomia, solidariedade e responsabilidade. Assembleias de crianças de 3 a 6 anos passaram a ser a solução de muitos dos problemas que as afligiam no dia-a-dia. Em 2009, após anos de vanguardismo da EMEF Pres. Campos Salles, dirigida pelo seu companheiro Braz desde 1995, localizada na comunidade de Heliópolis e em franco diálogo com a mesma comunidade e com suas lideranças mais expressivas, Arlete é indicada pela UNAS, para o cargo de gestora do CCECH. À frente do CCECH, seu maior legado, que deve ser visto como modelar, foi o fato de ter sido uma das principais articuladoras do projeto de Educação Integral local: o movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador, assumindo e ampliando as conquistas de uma educação de qualidade para os moradores de lá que, efetivamente, garantisse uma formação humanista e comprometida com valores capazes de preparar as crianças e os jovens para a efetivação de seus direitos sociais e políticos. Liderou a equipe de gestão do CCECH, que em 2012 realizou o Projeto Memórias de Heliópolis. Além disso, a presença de Arlete foi fundamental na aglutinação da força dos movimentos sociais organizados - da juventude, LGBTT, de mulheres, por moradia, dentre outros - que garantiram a ampliação dos equipamentos públicos que transformaram Heliópolis num dos mais completos centros de educação da cidade de São Paulo. Depois de lutar contra um câncer por um ano, faleceu em São Paulo, dia 11/09/2014. Foi companheira de Braz Rodrigues Nogueira por 27 anos e com ele teve uma filha, Marília Persoli. Sua prática e seus ideais lhe renderam grande admiração de educadores e da comunidade em que atuou, prova disso foi a iniciativa da própria
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comunidade de homenageá-la, dando seu nome ao Equipamento Público que foi tão presente em sua vida, de modo a preservar sua trajetória de luta.1
Projeto Arquitetônico – Concepções e Espaços O arquiteto Ruy Ohtake, que projetou o CEU Heliópolis, é parceiro antigo da comunidade e desde o início das negociações entre a UNAS, a EMEF Pres. Campos Salles e o poder público participou do planejamento dos espaços que constituiriam o
Reunião com o arquiteto Ruy Ohtake
CEU e, posteriormente, os projetou em diálogo com diferentes segmentos da população local. Dessas conversas entre a comunidade, a gestão e o arquiteto surgiu a forma que o espaço do CEU iria ter, pautada tanto nos princípios, quanto na história do Bairro Educador, mas, especialmente, em uma ideia de que, enquanto espaço público, o CEU deveria permitir o fácil acesso e ausência de barreiras que pudessem afastar as pessoas do local, auxiliando no fortalecimento da democratização e da participação comunitária nos processos que o CEU propõe.
1
Texto retirado do Projeto de Lei enviado à câmara dos vereadores da cidade de São Paulo, que propunha colocar o nome de Arlete no novo CEU Heliópolis como uma forma de homenageá-la.
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Tudo o que está sendo programado vai na direção da ocupação dos espaços pela comunidade, com orientação saída do diálogo com os moradores (...) Toda a área se configurará em um pequeno parque de 40 mil metros quadrados, no qual os equipamentos (escolas, creches etc.) não terão grades. Não haverá muros. E os carros não entrarão: o espaço será destinado apenas à circulação de pedestres, sejam alunos, crianças pequenas e seus pais, e também idosos, com área verde, com bancos etc. (Ruy Ohtake. Arquitetura como exercício de cidadania. In: Heliópolis, Bairro Educador).
Além disso, era essencial atender às demandas da comunidade, também no que se refere à configuração arquitetônica, desde a localização da sala de gestão, até a reconfiguração da sala de informática para as demandas do século XXI. Como cidadão, o que eu aprendi com Heliópolis? Que os projetos não devem ser feitos só no escritório, e sim que devemos ir e vir à comunidade, interagindo com sua população. Cada um desses projetos tem sua particularidade, sua peculiaridade. E depois, é um pouco da nossa responsabilidade também trabalhar, não de forma assistencialista, mas de maneira co-responsável. (Ruy Ohtake. Arquitetura como exercício de cidadania. In: Heliópolis, Bairro Educador).
Croqui do CEU Heliópolis Arlete Persoli
Na primeira fase da obra, concluída em 2009, foram construídos três Centros de Educação Infantil (CEI), uma Escola Técnica (ETEC), um Centro Cultural com cinema, um teatro de arena e áreas para exposição e as “ruas” que ligam todos esses espaços (onde já havia a EMEF e a EMEI). Em 2015 a segunda fase da obra foi concluída e foram entregues mais três edifícios: a Torre da Cidadania, a Biblioteca e o Complexo Esportivo. 14
Inauguração do CEU Heliópolis, show do grupo de Hip Hop Avante, O Coletivo.
Funcionamento
A área total do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli possui 47.800m². As seis escolas que ficam dentro do CEU recebem diariamente 2.765 pessoas, atendidas por 299 profissionais. Desde abril de 2015 foram feitas quase 7.000 carteirinhas e mais de 2.000 pessoas estão sendo atendidas em diversas aulas e oficinas. Mensalmente, calcula-se que são atendidas aproximadamente 6.000 pessoas em eventos, festas, shows, apresentações culturais e nas áreas de lazer.
Descrição dos edifícios ETEC Heliópolis - 3.000m² Cerca de 1000 estudantes; Cerca de 95 funcionários;
EMEF Pres. Campos Salles - 3.685m² 917 estudantes; 82 funcionários;
EMEI Antônio Francisco Lisboa - 1.150m² 350 estudantes; 40 funcionários;
CEI Aparecida das Graças Silva Roseira - 1.200m²
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166 estudantes; 26 funcionários; CEI Nora Auler de Arruda Botelho- 1.200m² 178 estudantes; 30 funcionários;
CEI Simone Agnalda Ferreira - 1.200m² 160 estudantes; 26 funcionários;
Outros Edifícios
Centro Cultural - 1.340m² 1 cinema com capacidade para 130 pessoas; 1 teatro de arena; Saguão externo - espaço para peças de teatro, shows musicais e outros tipos de evento;
FAB LAB - SP A FAB LAB – SP é um laboratório público de fabricação digital, sua consolidação na cidade é a concretização de um projeto formulado pelo atual governo da PMSP, executado pela Secretaria de Serviços e pelo Instituto de Tecnologia Social – ITS Brasil, via convênio. Esses laboratórios de fabricação digital, segundo reportagem da PMSP São locais que possuem equipamentos de última geração, como impressoras 3D (impressão de objetos), fresadoras (usada para corte ou desgaste de madeira, plástico isopor, etc), fresadora de precisão (capaz de produzir placas de circuitos eletrônicos), cortadora a laser (permite cortes com precisão milimétrica) e cortadora de vinil (corta com precisão adesivos e papéis de gramaturas variadas). (...) Tais ferramentas permitem a criação de diversos objetos, como próteses e próteses inteligentes, drones, robôs e até mesmo mobiliário. (...) Ricardo Elias Delgados, funcionário da ITS Brasil, explicou alguns dos objetivos do projeto. ‘Democratizar o conhecimento, de forma que todos saibam como usar os laboratórios e essas máquinas e preparar, no sentido que os usuários sejam treinados para utilizar os espaços’, disse. (...)
Em 24 de março de 2016, inaugurou-se a Fab Lab de Heliópolis, que atualmente ocupa um andar do Centro Cultural do CEU. A população acessa os serviços e cursos da Fab Lab desde então, em visitas monitoradas para o reconhecimento do projeto, das instalações e das máquinas do laboratório. A oferta de cursos e oficinas iniciou-se no 16
dia 1 de abril e até meados de junho de 2016 foram realizados 51 cursos que atenderam 466 alunos, 501 pessoas realizaram visitas aos laboratórios e 154 participaram de visitas de sensibilização.
Torre da Cidadania - 2.168m² Térreo: sala da gestão, refeitório e vestiário para os funcionários da segurança e limpeza; Sala Multiuso para espetáculos e shows, equipada com iluminação e som; 3 Salas de aula, ateliê de artes visuais e cozinha experimental; Futuro polo da UNICEU – programa da PMSP; Sala de Tecnologias da Informação e Comunicação – laboratórios de informática, estúdio de áudio e vídeo; Sala de dança e corpo;
Biblioteca - 2.552,79m² Desde a sua abertura, a Biblioteca tem à disposição da comunidade cerca de 4.900 livros e já realizou cerca de 3 mil empréstimos, com 735 leitores(as) cadastrados(as). Em 2015 se tornou a segunda biblioteca de CEU que mais empresta. Todos os dias, circulam por volta de 60 pessoas pela biblioteca, a maioria para uso de internet, recreativo e pesquisas. Possui três pisos, organizados de acordo com o processo de promoção da leitura e trocas culturais: Térreo: voltado para o público infantil, com brinquedoteca, acervo apropriado, espaço para contação de histórias, que comporta ainda um auditório, com capacidade para receber 100 pessoas; Intermediário: possui uma bancada de 11 computadores, espaço para jogos de tabuleiro e acervo de literatura nacional e internacional; Segundo andar: possui acesso para a Estrada das Lágrimas, e uma bancada de 11 computadores, sala de exposições, sala de estudos de uso compartilhado com a UNICEU e o recém criado espaço "Bairro Educador", cujo objetivo é reunir um acervo de Educação Popular e sobre Heliópolis. Este espaço ainda reunirá a memória do Movimento Sol da Paz, além de ter ambiente propício para suas reuniões e atividades.
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Complexo Esportivo - 2.333,71m² 2 piscinas; Quadra poliesportiva; Vestiários; 3 Salas: de professores, da coordenação e de monitores aquáticos.
Praças 3 praças com aparelhos de ginástica, banheiros e brinquedos para as crianças. 3 praças Wi-Fi Livre; 4 parquinhos.
Quadras 2 quadras, uma delas coberta.
Horários de funcionamento
2ª a 6ª feira, das 7h às 23h; Sábados e domingos das 8h às 20h; Feriados 8h às 18h Atendimento ao público (matrículas e carteirinhas): 2ª a 6ª feira, das 8h às 20h; Sábados, domingos e feridos, das 9h às 17h; Piscina *Horário de funcionamento: 3ª a 6ª feira, das 8h às 20h Sábados, domingos e feriados das 9h às 17h45; Biblioteca 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 20h30; Sábados, das 8h30 às 17h30;
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Equipe Gestora2
Em 29 de abril de 2016 o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli completou 1 ano de existência. Em 2 de abril de 2016 foi publicada a Lei nº 16.418, de 1 de abril de 2016, regulamentando os Cargos de Provimento em Comissão do Centro Educacional Unificado Heliópolis, da Diretoria Regional de Educação Ipiranga (DRE-IP). De acordo com a referida Lei, o quadro da equipe gestora do CEU ficou assim configurado: Gestor Coordenador de Ação Educacional 2 Coordenadores de Projeto Educacional Coordenador de Ação Cultural 2 Coordenadores de Projeto Cultural Coordenador de Projeto Cultural – Biblioteca Coordenador de Ação de Esportes e Lazer 2 Coordenadores de Projeto de Esportes e Lazer 2 Assistentes Técnicos I Além da equipe gestora o CEU Heliópolis conta ainda com 7 Assistentes Técnicos Educacionais, 7 Analistas de Desporto, Informação e Cultura – Educação Física, 3 Analistas de Desporto, Informação e Cultura – Bibliotecários, 4 Monitores Aquáticos, 1 Técnico de Som, 1 Técnico de Luz, 55 funcionários responsáveis pela limpeza e zeladoria, cerca de 34 funcionários responsáveis pela segurança.
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O quadro de horário da equipe gestora encontra-se no anexo 1.
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PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS
POLÍTICO
PEDAGÓGICOS O CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli se insere na perspectiva da inclusão social de todos, independentemente da sua condição de cor, etnia, gênero, credo religioso, situação socioeconômica, ou de qualquer outra natureza. É um centro vivo de possibilidades de participação e gestão, gerador de sujeitos que desejam, buscam e atuam na direção de uma sociedade mais humana e igualitária.
Educação Integral e o Bairro Educador O Projeto Político Pedagógico do CEU Heliópolis vem sendo construído a partir de uma perspectiva de Educação Integral, na qual entende-se que o aprendizado gerado pela práxis realizada na localidade, amplia a visão de mundo dos sujeitos, de modo que os problemas e soluções locais sejam compreendidos numa dimensão global. Porque uma concepção nova esclareceu que educação não é simplesmente preparação para a vida, mas a própria vida em permanente desenvolvimento, de sorte que a escola deve se transformar em um lugar onde se vive e não apenas se prepara para viver. (Anísio Teixeira. Educação para a Democracia).
Na concepções,
perspectiva é
necessário
dessas envolver
outros atores na educação e, mais do que isso redefinir os espaços e os tempos em que ela ocorre, ampliando-os. Os atos de ensinar e aprender passam por todas as atividades humanas e se dão ao longo de toda a vida. Para Paulo Freire, não é possível “ser gente” sem estar engajado
Apresentação de Ballet da EMEF Pres. Campos Salles no Festival da Paz de 2013
em alguma prática educativa e A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia, mas saber que sabia e, assim, saber que pode saber mais. A educação e a formação permanente se fundem aí. (Paulo Freire. Educação e Política).
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O território – que é formado tanto pelos espaços, pelas pessoas, quanto por suas dinâmicas – é assim, não apenas objeto de aprendizagem, mas também o sentido próprio para o qual converge a construção de qualquer conhecimento. Assim, mais do que um conjunto de espaços a cidade é compreendida como território educativo e o binômio escola-comunidade é sua síntese. (...) Fundamentalmente, a educação integral reconhece oportunidades educativas que vão além dos conteúdos compartimentados do currículo tradicional e compreende a vida como um grande percurso de aprendizado e reconhece a própria como uma grande, permanente e fluída escola. (Centro de Referências em Educação Integral Conceito de Educação Integral).
Ao longo da história da educação brasileira algumas propostas foram construídas na perspectiva de tornar concretas as concepções da Educação Integral (mesmo que elas não fossem ainda um conceito como o são hoje), como as Escolas Parque de Anísio Teixeira,
os
Centros
Integrados
de
Educação Pública (CIEPs) no Rio de Janeiro e os Ginásios Vocacionais, por exemplo. Os CEUs, em São Paulo, também têm como fundamento essas concepções, especialmente no que se refere ao Currículo, à
Gestão
Democrática
e
ao
Apresentação da CEI Simone Agnalda Ferreira no Festival da Paz - 2014
Desenvolvimento Integral. No trabalho realizado no CEU Heliópolis mais especificamente, até pela história de sua construção fomentada pela articulação comunitária, a Educação Integral se traduz em um movimento que busca articular diferentes atores na transformação da comunidade em um Bairro Educador, pautado nos cinco princípios: Tudo passa pela educação, A escola como um centro de liderança, Autonomia, Responsabilidade e Solidariedade.
Cidades Educadoras – Articulação Comunitária e o Bairro Educador O conceito de Cidades Educadoras surgiu na década de 1990 em Barcelona e propõe que a gestão dos territórios seja voltada para a garantia do desenvolvimento integral das pessoas que lá vivem. Nesse sentido, além da formação ser uma prática permanente, capaz de estimular iniciativas e projetos que proponham soluções para os
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problemas da comunidade, o poder público, articulado ao território teria uma tarefa “pedagógica” e a cidade seria um espaço privilegiado para tal, uma vez que oferece mais oportunidades de aproximação entre o Estado e as pessoas. “Para educar uma criança é preciso toda uma aldeia.” (Provérbio africano).
Currículo O currículo de uma educação que se propõe integral considera uma maior diversidade de saberes e suas expressões, olhando cada sujeito e cada grupo como um todo, adequando propostas e auxiliando no desenvolvimento individual e comunitário. Por isso, nos CEUs, o currículo pressupõe também as dimensões da cultura e do esporte na educação. A qualidade neste entendimento da Educação Integral pode ser indicada, dentre outras coisas, por essa capacidade de articulação entre diferentes atores sociais (...) e o conteúdo proposto pelos educadores nas atividades que dirigem aos educandos (...) Tem como finalidade a melhoria da qualidade de vida. (Centro de Referências em Educação Integral Conceito de Educação Integral).
Gestão democrática Na perspectiva da Educação Integral e do Bairro Educador, a qualidade social da educação se dá principalmente, a partir da gestão democrática dos processos propostos, pois esta, além de garantir a proximidade entre poder público e comunidade, aposta na capacidade dos idosos, adultos, jovens e crianças de se responsabilizar pelas questões que assolam a comunidade e, para além disso, propor soluções a elas. No CEU Heliópolis isso não poderia ser diferente, uma vez que sua construção só foi possível a partir da articulação dos moradores com a escola e o poder público. Além disso, nos CEUs, a participação comunitária é garantida por instâncias previstas pelo regimento, compostas por diferentes membros da comunidade, nas quais se decide desde as regras de funcionamento do CEU, até as concepções pedagógicas que balizarão as suas ações. As principais instâncias são: Conselho Gestor: formado por representantes da gestão e da direção das Unidades Educacionais do CEU, professores, estudantes, representantes das escolas e equipamentos do entorno, membros da sociedade civil organizada da
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região, frequentadores do CEU, familiares dos estudantes. Tem como prerrogativa, segundo o regimento dos CEUs de 20043 (...) constituindo instância deliberativa e consultiva de caráter permanente em relação à organização e funcionamento do Centro, respeitadas as competências exclusivas do poder público municipal e os limites da legislação vigente. (Grifo Nosso).
Primeira reunião do Conselho Gestor do CEU Heliópolis
Colegiado de Integração: formado por representantes da gestão do CEU e das Unidades Educacionais tem como prerrogativa, segundo o regimento de 2004 Analisar e consolidar os planos de trabalho dos núcleos e espaços de trabalho do CEU e os projetos político-pedagógicos de cada unidade educacional em um único Projeto Educacional, compatibilizando os recursos humanos, financeiros e materiais necessários à plena consecução das metas e objetivos propostos e, de modo especial, a unidade das ações e projetos desenvolvidos no CEU. (Grifo Nosso)
A principal estratégia de articulação que vem sendo construída no Colegiado de Integração do CEU Heliópolis é unificação de um Calendário Temático, debatido e acordado por todos os participantes e que tem o intuito de subsidiar as ações de determinado ano, incluindo desde temas a serem trabalhados nos PPPs das unidade educacionais e da gestão do CEU, até ações mais específicas como reuniões pedagógicas unificadas (previstas em portaria da SME), a articulação do Movimento Sol da Paz e do Seminário da Educação, dentre outros.
Objetivos Na perspectiva dos cinco princípios do Bairro Educador, o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli tem os seguintes objetivos:
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Apesar de o regimento de 2004 não estar mais em vigor (desde o novo regimento decretado em 2006), ainda o temos como referência para as nossas concepções, no que tange a alguns aspectos que não contradizem as diretrizes do regimento em vigência.
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Articular
escolas,
lideranças
comunitárias,
famílias,
equipamentos
socioculturais, associações, ONGS, empresas; Promover a socialização dos bens culturais socialmente construídos, como instrumento de inclusão; Mapear e revelar a produção cultural de Heliópolis, respeitando e garantindo a diversidade, abrindo espaços de diálogo entre as gerações e sua criação, exposição, difusão, multiplicação e circulação; Organizar o debate e criar condições de novas ideias e proposituras sobre as questões educacionais, políticas, econômicas, sociais e éticas que afligem a comunidade, a cidade, o país e o mundo; Promover o diálogo entre a sociedade civil organizada e o poder público.
3 – ATRIBUIÇÕES E OBJETIVOS DOS NÚCLEOS4 O modelo de gestão dos CEUs baseia-se na divisão da equipe em três núcleos: educacional, cultural e de esportes, lazer e recreação que têm atribuições específicas, mas que devem trabalhar de forma articulada.
Núcleo de Ação Educacional (NAE) O Núcleo de Ação Educacional (NAE) tem como objetivo planejar, desenvolver, implantar, executar e avaliar projetos e ações que promovam a construção de uma rede integrada, formada por diferentes atores sociais, que pactuem princípios, visando à construção de uma sociedade mais justa e à garantia da qualidade social da educação. Entendendo a educação como um processo que vai além dos muros da escola e que perpassa diferentes momentos da vida social, as concepções que balizam as ações do NAE buscam construir práticas de educação que sejam articuladoras de pessoas e instituições, misturando diferentes saberes que contribuam para o desenvolvimento da comunidade, implementando novas ações e integrando outras já existentes, articulando
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Os objetivos e atribuições dos Núcleos foram adaptados dos regimentos do CEU de 2004, 2006 e da proposta de regimento de 2015 para o contexto de atuação do CEU Heliópolis.
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novos tempos e espaços educativos ou qualificando aqueles já consolidados, a fim de subverter situações de opressão e desigualdade e criar novas formas de educação. Além disso, o NAE visa contribuir para a promoção de uma formação que seja mobilizadora; e de uma mobilização que seja formadora, expandindo a adesão em torno do movimento que visa transformar Heliópolis em um Bairro Educador, com qualidade e intencionalidade pautadas na Educação Popular, auxiliando na organização coletiva pela garantia e consolidação de direitos. Assim, são objetivos do NAE: •
Fomentar o protagonismo e participação das crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos, nas ações do CEU Heliópolis, de modo a incluir esses grupos em todos os processos: desde o planejamento, passando pela execução até a avaliação.
•
Promover o caráter intencionalmente educacional de todas as ações desenvolvidas no CEU, na perspectiva da educação e gestão democrática;
•
Contribuir com a formação de educadores, de modo a auxiliá-los na elaboração de concepções e práticas a partir dos princípios acordados no PPP do CEU;
•
Auxiliar na consolidação dos planos de trabalho oriundos dos demais Núcleos, das Unidades Educacionais, dos Equipamentos e de possíveis parcerias, articulando-os de modo transversal;
•
Contribuir
para
a
difusão
das
experiências
educacionais
inovadoras
desenvolvidas no CEU e fora dele; •
Avaliar e viabilizar parcerias e execução de propostas de pesquisas educacionais desenvolvidas por instituições de ensino superior, institutos de pesquisas, entidades governamentais.
•
Ampliar os vínculos institucionais com e entre as escolas, equipamentos de saúde, educativos e da assistência social de dentro do CEU e do seu entorno.
Núcleo de Ação Cultural (NAC) O trabalho do Núcleo de Ação Cultural (NAC) é realizado a partir de parcerias e articulações do CEU Heliópolis com colaboradores como produtores artísticos e culturais, oficineiros, artistas, arte-educadores ou profissionais de outras instituições públicas, privadas ou da sociedade civil. 25
O NAC define suas linhas gerais de atuação planejando e promovendo todas as atividades culturais a partir das diretrizes da PMSP, do Conselho Gestor do CEU e, principalmente, dos princípios do Bairro Educador. Também trabalha a partir de uma concepção na qual todos são ao mesmo tempo produzidos pela cultura e produtores culturais. Isto implica repensar as práticas tradicionais de ação cultural, buscando novas possibilidades de fruição, que apontem para a formação de público em uma perspectiva democrática. Do mesmo modo, essa formação deve também facilitar mais oportunidades de criação, nas quais os sujeitos passam da condição de meros consumidores, para a de produtores de cultura, informação e conhecimento, comprometidos com os interesses coletivos, manifestandose nas diversas formas de expressão cultural, como sujeitos de sua própria história. Assim são objetivos do NAC: ● Elaborar e planejar a programação cultural do CEU de forma horizontal e democrática entre todos os envolvidos; ● Incentivar e promover o acesso a múltiplas formas e bens culturais que compõem a programação do CEU; ● Orientar o planejamento, a execução e a difusão em diversas mídias das experiências culturais desenvolvidas no CEU; ● Avaliar, articular e apoiar as experiências culturais de outras escolas e instituições que utilizam os espaços do CEU Heliópolis; ● Avaliar e viabilizar parcerias de pesquisa cultural desenvolvidas por instituições de ensino superior, institutos de pesquisa, entidades governamentais e não governamentais, organizações da sociedade civil, etc e, fundamentalmente, por coletivos culturais; ● Assegurar o acesso e a apropriação coletiva dos bens culturais socialmente construídos, para potencializar a produção cultural local, contribuindo com a construção da memória e identidade coletivas. ● Articular, em conjunto com o NAE, atividades com os membros das unidades escolares do CEU e do entorno; ● Organizar atividades de ação cultural voltadas para as áreas de leitura, escrita, informação, tecnologia e memória, zelando pela manutenção, preservação, recuperação e atualização dos diferentes tipos de acervo;
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Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação5 As ações do NEL visam promover o desenvolvimento integral dos cidadãos e cidadãs, situando-os como sujeitos de direitos e deveres e buscando a garantia da inclusão social. Até abril de 2015, quando o CEU Heliópolis era o CCECH, as atividades esportivas e de lazer eram realizadas por voluntários que possuem expertises (formal ou informal) nas áreas em que atuam. Algumas dessas atividades eram, por exemplo, oficinas de Capoeira, Jiu-Jitsu e Karatê. Quando o CCECH se transformou em CEU paulatinamente seu quadro geral de funcionários se ampliou. Foram contratados seis analistas de desporto e, posteriormente, em abril de 2016 foi constituído o NEL de modo mais formal: com a chegada de sete analistas concursados e com a nomeação dos coordenadores do núcleo. O NEL tem como finalidade articular junto à comunidade, as diretrizes de funcionamento dos espaços do CEU e coordenar as atividades e projetos desenvolvidos nas áreas de esportes, lazer e recreação. Para tanto, incorporou a atividades dos voluntários historicamente constituídas no CEU ao trabalho desenvolvido pelos analistas e às demandas da comunidade por lazer e recreação. Diante disso, o NEL busca trabalhar através da elaboração de uma grade de aulas (oferecidas por voluntários e analistas), assim como desenvolvendo projetos construídos em diálogo com a comunidade, com as unidades educacionais do CEU e do entorno, integrado com os demais núcleos, visando atender à demanda local e contribuindo para o aumento da qualidade de vida da população. Dessa forma, o trabalho do NEL busca operar a partir de quatro dimensões (conforme quadro 1).
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Além dos regimentos referidos na nota anterior, as atribuições e objetivos do NEL também se basearam na Portaria Nº 3.844 de 20 de maio de 2016, que regula o trabalho dos Analistas de Informação e Desporto.
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Dimensão
Conteúdos
Ações
Ações que possibilitem o desenvolvimento integral, mobilizando aprendizagens a Direito de brincar
partir da vivência de atividades
LudiCidade; Circuito de Visitas
que estimulem o
na Biblioteca Bairro Educador;
desenvolvimento individual e coletivo de forma lúdica e prazerosa. Ações que possibilitem o
Modalidades esportivas
desenvolvimento integral,
Temático de Lutas; Olímpiadas
mobilizando aprendizagens que
Estudantis; InterCeus; Jogos da
articulem os conteúdos
Cidade; Virada Esportiva e
relacionados ao
Aulas – Analistas; Oficinas –
desenvolvimento motor,
Or. Voluntários e Inst. Parceiras
cognitivo e sócio afetivo. Ações que possibilitem o desenvolvimento integral, mobilizando aprendizagens que Saúde e qualidade de vida
contribuam na melhora da qualidade de vida e que estimulem desenvolvimento da
EmagreCeu; Núcleo da Melhor Idade e Dia do Desafio.
autonomia e valoração da atividade física para o bemestar. Ações que possibilitem o
Lazer
desenvolvimento integral,
Recreio nas Férias; Visibilidade
mobilizando aprendizagens
da Periferia - Agenda Cultural;
proporcionando momentos
Biblioteca no Fluxo;
prazerosos que estimulem a
Agendamento de Quadras e
curiosidade e a mudança de
Uso recreativo das piscinas.
paradigmas. Quadro 1. Ações do PPP a partir das dimensões.
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Tendo em vista essas dimensões, são objetivos do NEL:
Planejar, executar, acompanhar e avaliar as ações nas áreas de esportes, lazer e recreação do CEU, em articulação com os demais núcleos;
Promover ações esportivo educacionais, de lazer e recreação com base na colaboração e na participação visando aprendizagens com ênfase nas relações sociais, no respeito às diferenças e na promoção da saúde;
Contribuir com a formação dos profissionais e voluntários envolvidos nas ações esportivas, de lazer e recreação, de modo a auxiliá-los na elaboração de concepções e práticas dos princípios acordados no PPP do CEU.
4 – PLANO DE TRABALHO 2016 Dando continuidade ao trabalho que vem sendo realizado desde 2012, as prioridades de ação para a gestão aqui propostas estão em consonância com o programa apresentado pelo atual governo municipal e correspondem a uma retomada da concepção original dos CEUs, no que tange à democratização do acesso e à garantia e permanência da população nos espaços educativos, ao fortalecimento de uma rede de proteção social e, finalmente, à efetivação do sentimento de pertencimento das pessoas para com os espaços públicos. Segundo proposta de regimento elaborada pelos gestores de CEUs6 O Planejamento é um processo dialógico, participativo e contínuo de açãoreflexão-ação em todas as instâncias de decisão das diferentes unidades educacionais, espaços e núcleos do CEU (...)
No CEU Heliópolis as ações desenvolvidas buscam, desde o seu planejamento até a sua execução, articular diferentes pessoas, instituições, equipamentos etc. e suas demandas.
Eixos Integradores e Estruturantes
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Em 2014 os gestores de CEUs, liderados pela Coordenadoria de Educação Especial e CEUs (COCEU) da SME/SP, elaboraram uma nova proposta de regimento, amplamente debatida com as comunidades do entorno de cada Centro. Essa proposta tem o intuito de retomar a essência original dos CEUs, enquanto concepção e maneiras de colocá-la em prática. Ela foi encaminhada ao poder executivo e está em tramitação para aprovação e, ainda que ela não esteja em vigor, suas ideias são adequadas às ações que vêm sendo realizadas no CEU Heliópolis.
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Além de ser realizado em conjunto com diversos atores, o plano de trabalho elaborado pela gestão do CEU Heliópolis contém eixos estruturantes e integradores, que facilitam a articulação e concepção de todas as ações desenvolvidas. Esses eixos são, segundo a proposta de regimento, (...) unidades de trabalho ou formas de organização (...) que envolvem simultaneamente equipes e recursos de mais de um núcleo ou unidade do CEU, com objetivos diretamente identificados com seus objetivos estratégicos, função social ou finalidade e em torno dos quais estrutura-se a própria atividade do Centro.
Eixo Memória e Identidade Em 2012 o então CCECH realizou o projeto intitulado Memórias de Heliópolis Raízes e Contemporaneidades, que tinha o intuito de contar a história da comunidade do ponto de vista de seus moradores, que são fruto e protagonistas dessa história, tanto os mais antigos (que vivenciaram a construção do bairro), quanto os mais jovens. Desse modo, os moradores podem se identificar e se reconhecer nessas narrativas. O objetivo era, além de sistematizar esse conteúdo, também estimular que ele passasse a fazer parte dos currículos das escolas e equipamentos educativos de Heliópolis. Por isso, os temas memória e identidade são considerados eixos estruturantes e integradores do CEU Heliópolis. Para Paulo Freire as cidades educam de modo quase espontâneo, no momento em que elas desnudam as suas memórias A Cidade somos nós e nós somos a Cidade. Mas não podemos esquecer de que o que somos guarda algo que foi e que nos chega pela continuidade histórica de que não podemos escapar, mas sobre o que podemos trabalhar e pelas marcas culturais que herdamos. (Paulo Freire. Educação e Política).
Mas, para além disso, muito da tarefa educativa da cidade implica em um posicionamento político, a maneira como se exerce o “poder” na cidade, a favor de quem e do quê exercemos esse poder. Nesse sentido, as memórias da cidade são manifestações vivas de sua cultura e a luta pelas formas de significação é também uma luta pela garantia de direitos. A cidade é, então, não apenas “educadora”, mas também “educanda” No fundo, a tarefa educativa das Cidades se realiza também através do tratamento de sua memória e sua memória não apenas guarda, mas reproduz, estende, comunica-se às gerações que chegam. (Paulo Freire. Educação e Política).
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Um currículo tendo como centro a cidade, ou no caso de Heliópolis, o Bairro Educador, trabalha então com o binômio memória e identidade todo o tempo E aí está posta a construção do bairro educador. Queremos fazer um trabalho para que cada viela, beco e cada casa de Heliópolis seja uma escola. Não uma escola no sentido tradicional, e sim um lugar onde as pessoas aprendam umas com as outras. (Braz Rodrigues Nogueira. Tudo passa pela Educação In: Heliópolis, Bairro Educador).
Eixo Ocupação dos Espaços Públicos – Atendimento e Formação O aprendizado acumulado através da vivência dos cinco princípios que regem o Bairro Educador: tudo passa pela educação, a escola como um centro de liderança, autonomia, solidariedade e responsabilidade, ensina que a principal preocupação de quem lida com a educação pública e, portanto, com a gerência de espaços públicos não deve ser apenas com o conteúdo que se deve ensinar ali, mas também e, mais especialmente, com a práxis gerada pela experiência do público com o espaço destinado a ele. A relação de cada pessoa com o CEU Heliópolis deve ser antes de tudo, uma experiência de cidadania, na qual o senso de responsabilidade e cuidado com o espaço são criados através da própria relação com ele e da convivência solidária entre as pessoas que lá estão. (...) cidadão significa indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado e que cidadania tem que ver com a condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e o direito de ter deveres de cidadão. Paulo Freire. Educação e Política.
Desse modo há uma constante preocupação em aproximar as pessoas do CEU Heliópolis. Esta preocupação está em sua concepção arquitetônica, passando pelas formas de planejamento das ações desenvolvidas, até o primeiro acolhimento daqueles e daquelas que têm interesse em saber as atividades que oferecemos. (...) a escola, e este pólo7 especificamente, tem de ser algo sem paredes. Não pode haver muros, pois a escola deve ser feita para a comunidade. E não só os muros físicos: há outras paredes invisíveis que, inclusive, são muito fortes. (...) Todo o nosso trabalho está sendo feito no sentido de a comunidade ter poder efetivo.
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Antes do início da construção do CCECH, ainda na época em que ele estava sendo concebido nas conversas entre a escola, a comunidade organizada, o arquiteto e poder público, ele era chamado de “pólo educacional” apelido que até hoje persiste e que, em nosso entendimento, resume muito bem sua vocação: ser um pólo articulador de diversos atores para a consolidação do Bairro Educador.
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(Braz Rodrigues Nogueira. Tudo passa pela Educação In: Heliópolis, Bairro Educador). A construção do pólo educacional nasce de tudo isso que eu falei, dessa força de vontade e dessas parcerias (...) E tudo com uma participação muito grande da comunidade. Foi discutido, por exemplo, quais cursos a população queria que fossem oferecidos na escola técnica. Até o primeiro filme que vai passar no cinema foi debatido em conjunto. Isso é muito bom. (...) Nós acreditamos na força de nossa comunidade para cuidar e garantir a continuidade e a consolidação desse grande Pólo Educacional, que é a concretização de um grande sonho da população de Heliópolis. (João Miranda Neto. O resultado de uma boa mobilização comunitária. In: Heliópolis, Bairro Educado).
Organização do Plano Ainda que os núcleos de gestão tenham atribuições específicas, devem trabalhar de forma articulada. Nesse sentido, no CEU Heliópolis buscamos organizar o trabalho da seguinte maneira: PROCESSOS: ações contínuas em que os núcleos atuam prioritariamente de forma integrada, mas que também podem ser coordenados por um núcleo em específico; PROGRAMAS: ações que acontecem através da PMSP, que podem se repetir e que são coordenadas ora por algum núcleo específico, ora de modo integrado; PROJETOS: ações que se desenvolvem mais pontualmente e que têm um período de duração determinado, coordenadas ora por algum núcleo em específico, ora de modo integrado; EVENTOS: ações eventuais, que têm curto período de duração, coordenados por algum núcleo em específico, mas que também podem ser realizados de modo integrado.
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5 – PROCESSOS Ações contínuas em que os núcleos atuam prioritariamente de forma integrada, mas que também podem ser coordenados por um núcleo específico.
CALENDÁRIO TEMÁTICO HISTÓRICO/ JUSTIFICATIVA
O calendário temático foi criado como uma forma de integrar diversos atores que fazem parte do Bairro Educador - e compactuam com seus princípios - em torno de uma discussão e transformação curricular. Recentemente se descortinou um debate geral sobre a necessidade de incluir, nos currículos das escolas e equipamentos socioeducativos, temáticas relacionadas a grupos marginalizados já que, historicamente, esses currículos foram construídos a partir de uma visão de mundo ocidentalizada, branca e patriarcal. Algumas leis já foram criadas nesse sentido. Além disso, órgãos governamentais vêm realizando, também, um esforço de formação de educadores.
Roda de Conversa - Semana dos Direitos Humanos
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Por outro lado, os produtores culturais, através de manifestações artísticas, há tempos vêm constituindo um trabalho de difusão e reflexão dessas temáticas. Além deles, há também os movimentos sociais que lutam para reverter situações de opressão e pela garantia de direitos fundamentais.
Mesa de Debate com a presença do Secretário de Direitos Humanos e Cidadania Eduardo Suplicy, Dia da Resistência
De forma geral, para facilitar sua articulação interna, os equipamentos educativos se organizam pela estruturação dos conteúdos que devem ser trabalhados ao longo do ano em um calendário. Por isso, a gestão do CEU Heliópolis propôs ao Colegiado de Integração e à Comissão de Formação da UNAS um calendário integrado, como uma maneira de, por um lado, fomentar a diversidade de temas trabalhados em sala de aula ao longo do ano, buscando a descolonização do currículo e, por outro lado, promover uma integração entre as unidades educacionais, os equipamentos socioeducativos, os artistas locais, os movimentos sociais, os órgãos da PMSP responsáveis pela formação de educadores e as secretarias envolvidas com essas temáticas na cidade. Para tanto, além de incluir os dias, meses e semanas do calendário temático nos calendários das escolas do CEU Heliópolis e dos equipamentos socioeducativos do entorno, realizamos reuniões de planejamento conjunto com todos esses atores, para constituir a programação através de um processo que dialogue com as necessidades internas de cada equipamento, buscando articular os saberes locais e da cidade, para qualificar o trabalho em sala de aula. Como resultado desse processo, que vem sendo realizado desde 2013, temos um calendário que permite aos estudantes e educadores de Heliópolis contato com grande
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diversidade de temas, expressões culturais, movimentos sociais pertinentes à vida e convivência na cidade e no bairro.
OBJETIVOS
Geral ●
Articular diferentes atores sociais em torno de discussões temáticas, que buscam
descolonizar os currículos das escolas e dos equipamentos socioeducativos do CEU Heliópolis e de seu entorno.
Específicos Para cada evento do calendário temático, um objetivo mais específico é trabalhado. ●
Foliópolis: contribuir para a valorização, resgate e difusão da cultura popular
brasileira; ●
Mês da Mulher: promover a conscientização dos direitos da mulher e da
necessidade da igualdade de gênero, através de debates, palestras, depoimentos, filmes, entre outras manifestações artísticas; ●
Dia da Resistência: promover debates e reflexões sobre o período da ditadura
civil-militar no Brasil, através da rememoração das atrocidades cometidas no período, refletindo sobre suas consequências na atualidade; ●
Mês da Minoria Indígena: promover debates sobre a diversidade cultural, a partir
de uma discussão sobre formas de cultura diferentes, mas que podem contribuir umas com as outras começando com questões comuns, como por exemplo, a posse da terra; ●
Festa da Cultura Popular: visibilizar e fomentar a reflexão sobre os processos
culturais populares e suas diversas manifestações; ●
Semana dos Direitos Humanos: promover a difusão e o debate sobre os Direitos
Humanos; ●
Mês da Criança: oferecer um contraponto às intenções criadas pelo apelo
consumista, retomando o sentido do brincar como um direito das crianças; ●
Semana do Saci: proporcionar informação e apropriação de patrimônio cultural
brasileiro de maneira lúdica e envolvente; ●
Mês da Consciência Negra: contribuir para a implantação da lei 10639/03 e para
a promoção, valorização e difusão da cultura africana e afro-brasileira.
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●
Mostra Cultural integrada: promover, visibilizar e difundir de modo integrado as
produções artísticas das escolas e equipamentos socioeducativos de Heliópolis.
AÇÕES E CRONOGRAMA DE 2016
Foliópolis
O Foliópolis foi criado há seis anos por lideranças jovens da UNAS, preocupadas em valorizar manifestações da cultura africana e afrobrasileiras. Ao logo do tempo esta ação passou a fazer parte, também, da programação do CEU Heliópolis. Trata-se de evento pré-carnavalesco que envolve equipamentos internos do CEU, projetos sociais e unidades escolares da Região Ipiranga, que realizam cortejos e bailes. É realizado normalmente na sexta-feira que antecede o carnaval. Folheto de divulgação do Foliópolis 2015
Mês da Mulher
O dia 08 de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Historicamente, a data surgiu em homenagem às manifestações de operárias pela redução da jornada de trabalho. A data emblemática faz referência ao dia 08 de março de 1857, quando 129 mulheres tecelãs de uma fábrica em Nova Iorque foram reprimidas pela polícia e, ao refugiarem-se nas dependências da fábrica, foram trancadas e carbonizadas no local. Entre as conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos estão, por exemplo, o direito ao voto, a inserção profissional em áreas de atuação que eram exclusivamente masculinas e a autonomia econômica. No Brasil, uma considerável conquista foi a publicação da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres. No CEU Heliópolis se busca lembrar essa data através da realização de debates com o movimento de mulheres local, brincadeiras, exposições que trazem a discussão de gênero, shows, peças de teatro etc. 36
Dia da Resistência
No dia 31 de março de 1964 o Brasil sofreu um golpe civil-militar, no qual o Estado cometeu atrocidades contra a própria população que governava. Passados mais de cinquenta anos do golpe, ainda sabemos pouco sobre o que aconteceu nesse período e alguns torturadores e defensores do regime ainda vivem entre nós, como se não tivessem cometido crime algum. Além disso, até hoje, vivemos consequências desse período de violência de estado, mas nem sempre nos damos conta da relação histórica entre o regime ditatorial civil-militar e a atualidade. Por isso, se faz necessário relembrar e compreender o que aconteceu para que essas atrocidades não se repitam. No CEU Heliópolis o Dia da Resistência - tanto em 2015, quanto em 2016 - foi marcado por uma série de debates e discussões voltados para os estudantes e educadores, além de saraus, manifestações em áreas e vias públicas, exibição de filmes etc.
Mês da Minoria Indígena
Em 2016, diferentes grupos de educadores e educandos de Heliópolis realizaram uma visita à aldeia indígena Tenondé Porã, localizada no bairro de Parelheiros em São Paulo.
Semana dos Direitos Humanos
Em 2015, o evento foi composto por apresentações culturais nas linguagens de teatro, música e vídeo.
Semana da Criança
O dia das crianças no Brasil foi criado em 1924 por Galdino do Valle Filho, que na época era deputado federal. A proposta foi votada e os deputados aprovaram a ideia, tornando a data oficial para o país. Porém, a data só passou a ser comemorada em 1960, após uma promoção criada por uma fábrica de brinquedos. Eles criaram a chamada "Semana do Bebê", o que influenciou para aumentar muito o número de vendas. Em contraponto às intenções criadas pelo apelo consumista, e em articulação com as EMEF, CEIs e EMEIs, a proposta é realizar uma série de eventos com filmes, teatro e
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brincadeiras onde as crianças retomem, exerçam e reflitam sobre os sentidos e os direitos do “brincar”.
Semana do Saci
A semana tem a intenção de valorizar a cultura brasileira. Dia 31 de outubro é Dia do Saci no estado de São Paulo, data tirada de uma reivindicação de movimentos organizados para fortalecimento das tradições históricas brasileiras. A data se coloca como resistência à hegemonia cultural imperialista, que na mesma data propaga eventos para o dia das bruxas - tradição estadunidense.
Mês da Consciência Negra
O evento é composto por apresentações culturais nas linguagens de teatro, dança, shows, roda de capoeira, contação de histórias, saraus, projeção de curtas e debates sobre o tema e é voltado para estudantes e educadores e o público do CEU em geral.
Mostra Cultural Integrada
Em 2016 faremos a primeira Mostra Cultural Integrada do CEU Heliópolis A ideia é dar visibilidade às produções realizadas pelas escolas e equipamentos socioeducativos de Heliópolis, que queiram participar da ação.
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CRONOGRAMA/CALENDÁRIO
Mês
Atividade
Fevereiro
19/ 02 – Foliópolis;
Março
Mês da Mulher; 31/03 - Dia da Resistência;
Abril
Mês da Minoria Indígena 27/04 – Visita à aldeia Tenondé Porã
Junho
25/06 – Festa da Cultura Popular
Agosto
Última semana - Semana dos Direitos Humanos;
Outubro
Mês da Criança 31/10 - Dia do Saci
Novembro
Mês da Consciência Negra 19/11 – Mostra Cultural Integrada
PÚBLICO ALVO
Estudantes e educadores de CEI, EMEI, EMEF, Ensino Médio, ETEC, EJA, MOVA, CCAs, de equipamentos internos e do entorno do CEU. Público frequentador do CEU Heliópolis, interessados(as) em geral.
PARCERIAS
O calendário temático é construído em parceria com a UNAS, as escolas internas do CEU Heliópolis e do entorno, a DRE-IP, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), a SME, a Subprefeitura do Ipiranga, alguns artistas locais e parceiros diversos.
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LUDICIDADE HISTÓRICO/ JUSTIFICATIVA
Na perspectiva das Cidades Educadoras, a formação é uma prática permanente, capaz de estimular iniciativas e projetos que proponham soluções participativas para os problemas da comunidade. Nesse sentido, todos os espaços possuem um potencial educativo, não apenas a escola. Desde sua origem, o CEU Heliópolis é uma política pública que foi gestada a partir de uma intensa participação comunitária. Seu projeto arquitetônico, por exemplo, foi idealizado a partir de um diálogo próximo entre a comunidade organizada e o arquiteto Ruy Ohtake. Esse modo de fazer tem íntima relação com o que acreditamos ser o espaço público, que deve ser local de construção conjunta, nunca finalizado, sempre apto a transformações e novas soluções a partir da ação dos coletivos que o utilizam e suas demandas. Como um espaço público, um CEU pode afastar ou acolher, oprimir ou emancipar pessoas. Isso depende das formas através das quais a comunidade pode ou não se apropriar do local. A cidade com a qual sonhamos é sustentada pelos princípios e práticas do Projeto Político Pedagógico do CEU Heliópolis, que atribuem um papel fundamental à educação no desenvolvimento comunitário e, portanto, de seus espaços públicos. O direito à cidade é não apenas o acesso a ela, mas também a maneira como nos apropriamos de seus lugares, de modo a transformá-los e sermos transformados por eles. Por isso, nós acreditamos que o exercício de pensamento, de concepção e de construção dos espaços públicos deve ser coletivo, assim como a criação de soluções para problemas que surjam do uso que diferentes grupos fazem e devem fazer deles. Assim, a gestão de um lugar como um CEU, que é público, deve ser democrática, possibilitando que a comunidade se envolva para pensá-lo e organizá-lo continuamente. É nessa direção que o LudiCidade vem sendo construído, como uma contínua busca de consolidar o CEU Heliópolis como um espaço que acolhe e atende a todas as pessoas; que proponha soluções coletivas e lúdicas para as questões comunitárias, de forma a aproveitar diferentes saberes e potenciais presentes tanto nos espaços do CEU, quanto nas pessoas que o frequentam. Ao longo de 2014 e 2015, as primeiras ações do LudiCidade buscaram pensar sobre os espaços para a primeira infância. Dentro do CEU Heliópolis há três CEIs, uma 40
EMEI e uma EMEF, por isso é grande a quantidade de crianças que circulam e usam o CEU para o lazer. Há, portanto, uma demanda dessa comunidade no sentido da promoção de atividades lúdicas e do desenvolvimento de equipamentos e espaços voltados para essa finalidade. Segundo os Indicadores da Educação Infantil Paulistana, parâmetro que serviu para conduzir uma avaliação da Educação Infantil na cidade de São Paulo, Os bebês e crianças se manifestam, criam, investigam e descobrem o mundo por meio das linguagens de forma integral, onde corpo, pensamento e emoções estão juntos. Os espaços coletivos das infâncias precisam considerar essa integralidade favorecendo as experiências e acolhendo as múltiplas linguagens das crianças. Essas linguagens são vividas pelos bebês e crianças como brincadeiras que é a forma mais significativa e legítima que ela tem para se expressar no mundo, se conhecendo e se desenvolvendo. Brincar é a expressão de manifestação e apropriação do conhecimento. (Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana).
Além disso, ainda segundo os Indicadores, A Rede de Proteção Sociocultural se efetiva a partir do território no qual a Unidade Educacional está localizada, no contexto da Cidade Educadora, ao garantir acesso aos bens culturais socialmente constituídos (na UE, na comunidade e na cidade) e aos equipamentos sociais veiculadores e produtores dessas culturas (centros culturais e esportivos, teatros, parques, museus) seja de iniciativa do poder público ou das comunidades.
Isso implica que os educadores que atendem a primeira infância reflitam a capacidade de acolhimento e adequação dos espaços do CEU às crianças bem pequenas e proponham ações que visem solucionar essa questão. Além disso, a ETEC Heliópolis, outra das escolas que faz parte do CEU, tem em seu currículo um curso técnico em Edificações, cujos estudantes – também frequentadores do CEU e moradores da comunidade - estão aprendendo, dentre outras coisas, a projetar e construir equipamentos e mobiliários. Por um lado, há, então, uma demanda de refletir com esses estudantes sobre o potencial educativo de seu trabalho, na perspectiva do Bairro Educador. De outro lado, há nos cursos da ETEC (tanto entre educadores, quanto entre educandos) um conhecimento técnico específico necessário para pensar essas intervenções em diferentes espaços, adequando-os à primeira infância e, assim, acrescentar à eles, além daquele potencial educativo, também uma perspectiva lúdica, o que significa ao mesmo tempo não limitar a educação somente à sala de aula, nem a brincadeira e criação apenas à infância. Em 2016, com a inauguração do Fab Lab Heliópolis ganhamos mais uma possibilidade de construir equipamentos que possibilitem novos usos para os espaços do CEU. 41
Por isso, desde 2015 o LudiCidade vem realizando diversas intervenções no sentido tanto da preparação para o desenvolvimento de novos mobiliários urbanos para as áreas externas do CEU, quanto propondo novos usos possíveis para esses espaços. Foram realizadas, então, três principais ações até junho de 2016 denominadas “Corpo e Movimento” (intervenção realizada pelos Analistas em conjunto com as escolas de Educação Infantil do CEU Heliópolis); “Expresso Infantil” (construção na Fab Lab de um carrinho para os bebês se locomoverem pelo CEU); “Praças” (formação para a realização de um concurso de mobiliário, em parceria com as escolas de Educação Infantil do CEU Heliópolis e a ETEC).
OBJETIVOS
Geral
Promover intervenções contínuas nos espaços do CEU Heliópolis, propondo
soluções coletivas e lúdicas para as questões comunitárias, de forma a aproveitar diferentes saberes e potenciais, para que o CEU seja sempre um espaço que abarque e atenda cada vez mais a todas as pessoas e suas diferentes demandas, estimulando a convivência, o encontro e o diálogo. Tal processo deve respeitar a diversidade étnica, etária, de orientação sexual, de gênero, cultural, dentre outras características humanas.
Específicos
Estimular as diferentes formas de uso dos espaços do CEU, de modo que as
pessoas de diferentes faixas etárias possam conviver entre si;
Incentivar a criatividade e a aplicação de instrumentais técnicos na resolução de
problemas locais;
Mobilizar diferentes saberes e atores em torno da resolução de um desafio da
comunidade;
Estimular e criar formas de acesso das crianças bem pequenas aos mais diversos
espaços do CEU, considerando seus desejos, afetos e necessidades, e integrando escolas, estudantes, famílias, crianças, bebês e educadores, gestores e frequentadores;
Descortinar formas de diálogo entre adultos e crianças bem pequenas, de
maneira a estimular esse dispositivo em diferentes propostas pedagógicas;
42
Contribuir para o desenvolvimento integral das crianças e bebês com atividades
que estimulem o desenvolvimento cenestésico-corporal de forma lúdica e prazerosa, além do desenvolvimento da autonomia. AÇÕES PARA 2016 E CRONOGRAMAS
Praças e espaços de convivência
Praça para a primeira infância
Em 2015, o projeto “Praça para a Primeira Infância” envolveu uma preparação para o desenvolvimento e execução de mobiliários e equipamentos urbanos para as áreas comuns entre as edificações já existentes no CEU Heliópolis. A ideia é que eles sejam planejados e construídos em conjunto entre bebês, crianças, estudantes, educadores e famílias de maneira colaborativa. O produto final desse processo é a construção de uma praça pensada a partir das necessidades e demandas das crianças bem pequenas. No primeiro momento, foram realizadas ações formativas com as educadoras das escolas de educação infantil do CEU, os estudantes do curso de Edificações da ETEC Heliópolis e a comunidade. Esse processo compreendeu os seguintes passos:
Elaboração e aplicação de um questionário a ser enviado para as famílias das
crianças que estudam no CEU;
Roda de Conversa entre Estudantes da ETEC e os arquitetos Bia Goulart e Jorge
Ciancio: "Planejamento e Construção de Espaços Públicos para as Infâncias - Reflexões e experiências";
Realização de um curso “Arte e Intervenção: Espaços Públicos X Espaços
Lúdicos”, no qual participaram os estudantes dos cursos técnicos de Edificações e Administração, do Ensino Médio Regular da ETEC (que entraram em contato com as crianças dos CEIs) e com as coordenadoras das escolas de educação infantil do CEU, a partir da orientação da arte-educadora do Programa Vocacional da Prefeitura de São Paulo, Adriana Amaral. Em 2016, as ações planejadas são:
Aplicação do questionário voltado para as famílias das crianças;
Realização de concurso de mobiliário entre os estudantes do curso técnico em
Edificações da ETEC Heliópolis; 43
Realização de Mutirão para a construção da praça voltada para as primeiras
infâncias;
Inauguração da praça.
PERÍODO
ATIVIDADES
Maio e Junho
- Retomada das reuniões com a ETEC.
Agosto
- Exposição do material produzido em 2015 e 2016 nos encontros; - Oficinas e Rodas de Conversa com coletivos que trabalham o tema, envolvendo também a Fab Lab.
Agosto
- Lançamento do Edital.
Setembro
- Desenvolvimento dos projetos.
Outubro
- Divulgação dos resultados.
Novembro e Dezembro
- Construção da Praça.
Espaço Zen
O CEU Heliópolis possui 47.800m², uma área muito grande, onde se observam alguns pontos considerados cegos, escuros, e com pouco fluxo de pessoas. Com a finalidade de dar mais vida a esses espaços foi criado o projeto de revitalização desses pontos cegos, iniciando pelo espaço localizado ao lado da Torre da Cidadania. A intenção é construir um "Espaço Zen", que servirá para estimular a convivência e para criar momentos de descontração dos frequentadores do CEU, contará com bancos feitos em madeira e um deck, a fim de deixar o local mais bonito e aconchegante. Para tanto, contaremos com a parceria do Fab Lab. As ações para 2016 são:
Articulação da parceria com o Fab Lab;
Curso de marcenaria para frequentadores interessados;
Construção da Praça.
,
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PERÍODO
ATIVIDADES
Junho
- Criação e apresentação do projeto em parceria com os profissionais do Fab Lab.
Julho (Primeira Quinzena)
- Capacitação em marcenaria para as pessoas interessadas na criação do "Espaço Zen".
Julho (Segunda Quinzena)
- Início dos trabalhos de confecção do primeiro "Espaço Zen" do CEU Heliópolis.
Circuito Lúdico
A comunidade de Heliópolis e seu entorno possui uma grande população de crianças e o território apresenta carência de espaços de lazer para essa faixa etária. O CEU tem como um dos seus objetivos se tornar uma referência na rede de proteção sociocultural. Assim, vem fazendo uma articulação junto às unidades de educação infantil internas, visando contribuir com a ampliação das atividades que promovam a expressão e experimentação corporal de crianças e bebês de 0 a 5 anos. Em 2015, uma das formas de promover essa articulação foi oferecer a possibilidade de um trabalho conjunto entre os Analistas de Desporto e as educadoras dos CEIs e da EMEI, através da realização do Circuito Lúdico, um acompanhamento das crianças realizado pelos Analistas de Desporto, que, em um trabalho conjunto com os professores destes equipamentos de Educação Infantil, propuseram atividades adequadas a cada idade. Em 2016, e em virtude da Portaria Nº 3844 (20/05/16), a grade horária dos Analistas de Esporte incluirá o atendimento das crianças de 0 a 5 anos, por meio do desenvolvimento de projeto formulado entre os três núcleos do CEU. A ideia é que todos os profissionais envolvidos no atendimento a essa faixa etária continuem a construção iniciada em 2015 e promovam ações em sintonia com a formação oferecida pela SME e pela gestão do CEU. As ações para 2016 são:
Formação contínua de toda a equipe, incluindo os Analistas de Informação e
Desporto, com vistas à elaboração de projetos de atendimento de crianças de 0 a 5 anos nos espaços do CEU;
45
Inclusão de projetos de atendimento a crianças de 0 a 6 anos na grade horária
dos Analistas de Informação e Desporto;
Articulação dos CEIs e da EMEI do CEU na formação continuada e no
desenvolvimento dos projetos.
PERÍODO
ATIVIDADES
Julho a Dezembro
- Reuniões de formação entre os três Núcleos e os Analistas de Informação e Desporto
para
experimentação
a
elaboração de
e
projetos
a de
atendimento a crianças de 0 a 5 anos.
Expresso Infantil
Além do Circuito Lúdico, alguns Analistas de Desporto aliaram a vontade de oferecer uma atividade diferenciada para os bebês com as possibilidades oferecidas pelo Fab Lab e confeccionaram o Expresso Infantil, um carrinho que possibilita levar seis bebês ao mesmo tempo para passear pelo CEU. Este projeto surgiu da necessidade de propor alternativas relacionadas ao direito dos bebês de acessaram os espaços externos aos CEIs. Para construir o Expresso Infantil, contamos com a parceria do pessoal que trabalha no Fab Lab, inclusive peritos em marcenaria, que ajudaram na montagem da estrutura. O carrinho foi construído com caixotes de feira e madeiras encontradas em entulho, baseado na sustentabilidade e reaproveitamento de materiais descartados. Atualmente o Expresso Infantil serve aos três CEIs localizados no CEU, em sistema de rodízio. Em 2016, iremos construir mais dois Expressos Infantis, totalizando três carrinhos, um para cada CEI. Para chegarmos nesse objetivo a proposta é realizar uma capacitação em marcenaria para as educadoras dos CEIs no Fab Lab, estimulando ao mesmo tempo que elas se envolvam na construção dos outros Expressos e que mais pessoas frequentem o Fab Lab Heliópolis.
46
PERÍODO
ATIVIDADES
Agosto
- 3 semanas de capacitação para as professoras das CEIs (1 semana para cada CEI), em que cada educadora dedique uma hora a mais de trabalho na capacitação e construção do carrinho, com
o
especialista
em
marcenaria
Samuel. Setembro
- 2 semanas para a construção dos carrinhos com auxílio dos especialistas do Fab Lab e dos coordenadores do NEL.
Mini Olimpíadas
A fim de darmos mais um passo no atendimento às crianças de 0 a 5 anos que frequentam o CEU Heliópolis, e em função da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, foi criado o projeto Mini Olimpíadas. Tal projeto, voltado para os três CEI’s integrantes do CEU, visa desenvolver atividades lúdicas promovidas pelos Analistas de Desporto. Para a confecção dos materiais que serão utilizados nas Mini Olimpíadas haverá uma capacitação em marcenaria, realizada pelos profissionais do Fab Lab, destinada aos Analistas de Desporto.
PERÍODO
ATIVIDADES
Junho
- 27/06: Capacitação em marcenaria proposto pelos profissionais do Fab Lab para os Analistas de Desporto.
Agosto
- 1 a 5 de agosto: Divulgação das Mini Olimpíadas nos CEI’s; - 8 a 12 de agosto: Inscrição dos CEI’s nas Mini Olimpíadas; - 22 a 26 de agosto: Realização das Mini Olimpíadas.
47
MOVIMENTO SOL DA PAZ HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA
Em 1999, a aluna Leonarda Soares Alves, estudante da EMEF Pres. Campos Salles, foi assassinada na saída da escola. Indignados com o acontecimento, o diretor Braz Nogueira e um dos professores, Orlando Caminhada da paz - 2005
Jerônimo, procuraram o então presidente da UNAS, João Miranda, e propuseram a organização de uma caminhada pela paz nas ruas e vielas de Heliópolis. Assim, aconteceu a I Caminhada pela Paz, que hoje é um dos eventos mais importantes para a comunidade,
aumentando
em
número
de
participantes
a
cada
edição
e,
consequentemente, em sua capacidade de mobilização. Na I Caminhada pela Paz havia cerca de duas mil pessoas. Na última, realizada em 2016, foram quase dez mil. Ao longo dos anos a Caminhada Pela Paz provocou muitas transformações em Heliópolis, a violência diminuiu significativamente por sua grande força simbólica e pela ocupação da rua como um espaço público de convivência e de reivindicação de direitos.
Reunião do Movimento Sol da Paz, realizada em 2014
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A Caminhada Pela Paz fez nascer o Movimento Sol da Paz que, como um dos articuladores do Bairro Educador, promove reuniões mensais para debater assuntos pertinentes à Heliópolis. Diversas escolas, equipamentos educativos e projetos sociais da região, além do CEU Heliópolis, são membros do movimento. Dentre outras concepções, o movimento entende que a comunidade deve ser protagonista na formulação de políticas públicas locais. Por isso, o tema das últimas caminhadas foi “Consciência Comunitária + Políticas Públicas = Sociedade Educadora”. Além da Caminhada Pela Paz, o Movimento Sol da Paz organiza o Festival da Paz, que reúne os equipamentos educativos e os artistas da região em uma celebração artística da cultura de paz nos dias que antecedem a caminhada. Como parte da
Caminhada Pela Paz – 2016 - Heliópolis
programação do Festival, outras duas ações são realizadas: a Caminhadinha Pela Paz – organizada pelas escolas de educação infantil (CEIs e EMEIs) e a gestão do CEU. Na Caminhadinha, as crianças bem pequenas fazem percursos menores em vários espaços da comunidade, uma delas no CEU Heliópolis. Outra ação é a Caminhada Noturna, organizada pelas escolas da região que têm turmas de Educação de Jovens e Adultos, as educadoras do MOVA e a gestão do CEU, e é voltada para os estudantes e trabalhadores e que, por isso, não podem participar da Caminhada Pela Paz.
49
Caminhadinha da Paz – 2016 – CEU Heliópolis Arlete Persoli
Em 2016, o Movimento Sol da Paz também organizou um café da manhã com educadores dos equipamentos e escolas da região, com o intuito de (re)apresentar o Movimento. Também participaram desse encontro lideranças comunitárias, membros dos movimentos sociais locais e artistas.
Festival da Paz 2016 – EMEF Abraão Huck
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OBJETIVOS
● Organizar e coordenar a Caminhada anual pela paz; ● Articular as escolas e equipamentos públicos da região para a inclusão dos temas da comunidade e da cultura de paz nos seus currículos; ● Captar as necessidades da comunidade, trazendo-as para o debate, visando o encaminhamento de ações conjuntas para a superação das mesmas; ● Despertar a compreensão de que a educação é fundamental para a solução dos problemas da comunidade; ● Fortalecer as escolas da região para que se tornem centros de lideranças e assim possam contribuir efetivamente na construção de uma cultura de paz.
AÇÕES PARA 2016
● Organização da 18ª Caminhada Pela Paz; ● Organização do Festival da Paz; ● Organização da Caminhadinha Pela Paz; ● Organização da Caminhada Noturna com estudantes da EJA e do MOVA; ● Organização do Café da Manhã com educadores; ● Fortalecimento das Comissões permanentes, auxiliando no planejamento e execução de suas atividades; Para organizar uma ação desta proporção, o movimento se articula em comissões formadas pelos próprios participantes. Algumas delas são permanentes e outras trabalham apenas nos meses que antecedem a caminhada. Em 2016, propusemos uma mudança e transformamos as cinco comissões existentes até então em três. São elas: - Permanentes: Cultura: compreende a organização do Festival da Paz; do Concurso de Manifestos e, em 2016, do Concurso de Logotipo.
51
Comunicação: responsável pela divulgação das ações do Movimento, assim como fazer as visitas nas instituições de Heliópolis para mobilizá-las, além de fazer as artes gráficas para os materiais de divulgação.
Cartaz 18ª Caminhada Pela Paz - 2016
- Eventuais: Infraestrutura: organização da estrutura de som e confecção do material de divulgação para a Caminhada Pela Paz. Essas comissões, especialmente as permanentes, também atuam como articuladoras dos atores, que formam a rede do Bairro Educador e o próprio movimento, por isso são capazes de promover debates mais específicos, em torno de assuntos pertinentes à sua temática na comunidade.
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Dessa forma, entendemos que as comissões permanentes fortalecem o relacionamento e a interação entre as escolas do CEU Heliópolis e entre as escolas e os equipamentos do entorno, através de ações e materiais de (in)formação.
Comissão de Cultura
OBJETIVOS
•
Fomentar discussões sobre cultura de paz entre e com os equipamentos educativos, e com artistas locais de Heliópolis;
•
Fomentar e qualificar as manifestações artísticas apresentadas no Festival;
•
Contribuir para incluir cada vez mais nos currículos dos equipamentos educativos, conteúdos ligados à cultura de paz.
AÇÕES PARA 2016
● Reuniões periódicas; ● Estabelecer a troca de ideias nos encontros mensais para o Festival do ano seguinte, a fim de articular apresentações, trabalhos a serem expostos e reconhecimento do público; ● Organizar o acervo em torno da criação do Museu do Sol da Paz; ● Organizar o Festival da Paz (calendário, divulgação, estimular as escolas a participar). ● Organizar o II Concurso de Manifesto e o I Concurso de Logotipo do Movimento Sol da Paz 2016.
Comissão de Comunicação
OBJETIVOS
•
Contribuir para que a comunicação seja uma ferramenta de engajamento e difusão de informações relacionadas ao movimento;
•
Articular uma comissão de comunicação permanente para criar conteúdos e alimentar as redes e mídias sociais;
•
Estimular a participação comunitária no planejamento e execução da comunicação do Movimento Sol da Paz;
53
•
Estimular a participação dos jovens, crianças, estudantes, etc no planejamento e execução da comunicação do Movimento Sol da Paz.
AÇÕES PARA 2016
● Reuniões periódicas; ● Disponibilizar o acesso na página do Facebook aos integrantes da Comissão de comunicação e criar outros meios de comunicação virtual; ● Realização de campanhas publicitárias; ● Criação e manutenção de um espaço do Movimento Sol da Paz na Biblioteca do CEU Heliópolis. ● Escrever e divulgar um boletim com um resumo das reuniões do movimento; ● Responsabilizar-se por convidar outros parceiros a comparecer nas reuniões; ● Elaboração de uma Carta de Apresentação do Movimento, a partir das discussões realizadas nas reuniões mensais.
CRONOGRAMA
MÊS Fevereiro e Março de 2016
ATIVIDADES -
- Reuniões nas últimas quartas-feiras do mês com discussão de temas pertinentes à cultura de paz e organização do Café da Manhã com Educadores;
-
- Elaboração do Material Educativo e do regulamento do Concurso de Manifestos;
-
- Elaboração do Regulamento do Festival da Paz. - 30/03: Café da Manhã com Educadores
Abril e Maio
-
- Reuniões quinzenais, na primeira e na última quarta-feira do mês com discussão de temas pertinentes à cultura de paz e organização da 18ª Caminhada Pela Paz, Festival
da
Paz,
Caminhadinha
e
Caminhada Noturna;
54
Junho
-
- 06 e 07/06: Realização do Festival da Paz;
-
- 08/06: Realização da Caminhadinha Pela Paz – CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli;
-
-
08/06:
Realização
da
Caminhada
Noturna – EJA e MOVA. -
- 09/06: Realização da 18ª Caminhada Pela Paz
-
- Reunião, na última quarta feira do mês, para avaliação da 18ª Caminhada Pela Paz;
Julho, Agosto, Setembro e Outubro
-
- Reuniões nas últimas quartas-feiras do mês com discussão de temas pertinentes à cultura de paz;
-
-
Constituição
das
comissões
permanentes de Comunicação e de Cultura; -
- Elaboração de plano de ação dessas comissões para 2017;
Novembro
-
- Reunião na última quarta-feira do mês com discussão de temas pertinentes à cultura de paz; - Elaboração do Calendário de 2017.
PARCERIAS
CEIs, CCAs, Projetos e Serviços administrados pela UNAS, escolas internas e do entorno do CEU Heliópolis, Diretoria Regional de Educação (DRE) do Ipiranga. Link para a Carta de Apresentação do Movimento Sol da Paz: https://goo.gl/25udRJ Link para o Material Educativo de Manifestos: https://goo.gl/nh0Z7l 55
VISIBILIDADE DA PERIFERIA – Agenda Cultural do CEU Heliópolis Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA
Como forma de dar visibilidade aos bens culturais produzidos na periferia, utilizamos um mapeamento cultural como uma das referências para articular os artistas locais, de forma que eles participem da programação cultural do CEU. Além disso, através dos programas públicos de financiamento de artistas, também fazemos um trabalho de formação com esses coletivos no sentido de inseri-los nas políticas culturais da cidade. Em 2014, como uma das ações do Projeto Kombi da Memória, em parceria com a Ação Educativa, fizemos um levantamento sistematizado do comércio, pontos de cultura, serviços e artistas locais. Este levantamento foi disponibilizado em uma página da internet. Além do mapa virtual, também foi criado um guia cultural impresso de Heliópolis. O mapeamento é uma ferramenta cultural para o (re)conhecimento de nós mesmos e daqueles com os quais convivemos em nossa comunidade. Essa experiência traz dados não somente sobre os artistas, mas também sobre entidades, equipamentos culturais e organizações em atuação no território. Com tais informações é possível constituir uma rede para a política cultural local, fortalecendo o planejamento das ações e dando substrato para uma construção posterior. A partir da ideia de que todos podem ser produtores de cultura, a programação do CEU Heliópolis é uma costura entre diversas manifestações de artistas locais, de outras comunidades, ou mesmo daqueles já consagrados no meio cultural. Dessa forma, a programação é um instrumento que busca realizar uma formação dos artistas e coletivos locais que a compõem e do público que a acessa, criando uma periodicidade cultural. A composição dessa agenda, então, é resultado dessa costura entre as diferentes formas de participação desses artistas: através dos programas da
56
SMC e SME, através das leis e editais de fomento (em forma de parcerias ao cedermos os espaços do CEU para ensaios e experimentos), ou mesmo de modo voluntário. As principais formas de articulação dos artistas para a composição da agenda são: Edital PROART – eventos culturais e artísticos
Trata-se de um edital de credenciamento de eventos culturais e artísticos promovido pela SME. Apresentações nas áreas de Contação de Histórias, Artes Circenses, Cultura Hip Hop, Sarau etc. são cadastradas em uma lista e podem vir a ser contratadas para exibição em quaisquer equipamentos públicos administrados pela SME. Segundo reportagem do site da PMSP, o objetivo do PROART é “(...) ampliar a integração entre educação e cultura na cidade de São Paulo bem como as ações e projetos de difusão cultural nos diversos espaços públicos concernentes à SME.” O período de cadastramento é anual. As contratações são variáveis, de acordo com o orçamento de cada ano. O PROART é realizado pela COCEU, com a colaboração da SMC. O CEU Heliópolis participa do PROART, tanto do processo de contratação (em parceria com a SME) quanto do processo de credenciamento (apoiando os artistas locais) desde 2012, o que possibilitou ampliar a programação cultural do CEU com mais shows, peças, saraus, contações de histórias etc.
Circuito Municipal de Cultura Trata-se de um programa da SMC que, por meio de parcerias estratégicas, como por exemplo, com o Programa Municipal para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância, São Paulo Carinhosa e a Secretaria Municipal de Educação tem como objetivo (...) descentralizar e democratizar o acesso à cultura, levando nomes relevantes do cenário cultural brasileiro a todas as regiões da cidade. O programa promove atividades musicais, teatrais, circenses, mostras audiovisuais, espetáculos de dança em bibliotecas, Casas de Cultura, CEUs, teatros distritais, parques e ruas, possibilitando o convívio do cidadão paulistano com o espaço público e atividades artísticas de qualidade.
Dessa forma, é fomentada uma política de acesso à cultura por diversas faixas etárias e em diferentes regiões da cidade de São Paulo, auxiliando na formação do público dessas localidades. 57
Na cidade de São Paulo, o Circuito Municipal de Cultura é permanente e tem uma programação variada em diversas regiões. Nos CEUs, essa programação específica depende da parceria entre a SMC e SME. O programa existe desde 2014 e ao longo de 2015 foi possível atender um público amplo e diverso através da programação contratada pela SMC como parte do Circuito Municipal de Cultura.
Leis e Editais de Incentivo
São leis e editais públicos como, por exemplo, PROAC, Fomento, VAI, entre outros que normalmente patrocinam produções artísticas e exigem contrapartidas sociais, que podem ser oficinas, apresentações, debates etc.
OBJETIVOS
● Ampliar a rede local de artistas parceiros do CEU Heliópolis; ● Fomentar a diversidade cultural local; ● Capacitar e apoiar artistas em processo de profissionalização; ● Possibilitar a formação do público através do reconhecimento da produção cultural local e da ampliação de repertório de forma geral.
AÇÕES PARA 2016 8
● Composição da agenda – mês a mês, articulada, preferencialmente, com o Calendário Temático do CEU. ● Articulação do público dos eventos culturais em período letivo - Escolas do CEU e do entorno. ● Composição de uma programação de lazer aos finais de semana.
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- Para uma visão mais completa dos espetáculos apresentados no CEU Heliópolis de 2015 até junho de 2016, ver anexo 3.
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CRONOGRAMA
PERÍODO
ATIVIDADE
Fevereiro a Novembro
- Composição da agenda de programação – período letivo; - Articulação do público para os eventos culturais.
Agosto a Dezembro
- Composição da agenda de programação – finais de semana;
PARCERIAS Além da Ação Educativa, parceira na construção do mapa, também contamos com o apoio da UNAS, da PMSP e dos artistas locais.
CIRCUITO DE VISITAS HISTÓRICO / JUSTIFICATIVA A biblioteca é uma ferramenta de transformação social para a comunidade, à medida que se preocupa com a apropriação de conteúdos formativos, promove o incentivo das diversas formas de expressão humana, visando o exercício da cidadania, combinando educação com criticidade e mediação cultural. Algumas das consequências do processo histórico no Brasil, que teve a educação como privilégio da classe dominante, foram a dificuldade da propagação da informação de qualidade, da execução de currículos escolares democráticos e focados no desenvolvimento humano e alternativas de atrativos culturais para as comunidades marginalizadas pela sociedade de classes. Essas comunidades, por sua vez, buscam através da resistência superar problemas sociais, entre eles o analfabetismo funcional. Calcula-se que no Brasil os analfabetos funcionais somam 70% da população economicamente ativa. O resultado não é surpreendente, uma vez que apenas 20% da população brasileira possui escolaridade mínima obrigatória (Ensino Fundamental e 59
Ensino Médio). Para 80% dos brasileiros, o Ensino Fundamental completo garante somente um nível básico de leitura e de escrita (IBGE 2010). Tendo iniciado o atendimento ao público em agosto de 2015, a Biblioteca do CEU Heliópolis optou por apostar na leitura espontânea, aproveitando o caráter de novidade tanto do equipamento, quanto do acervo. Aposta que se mostrou acertada naquele período, colocando-a como a segunda biblioteca de CEU que mais empréstimos efetuou nos últimos cinco meses de 2015, de acordo com nossos levantamentos. A disposição dos livros nas estantes, em especial na área infantil onde utilizamos caixas temáticas, incentivou a leitura espontânea. Não há dúvidas de que mais de 95% dos empréstimos desse período inicial se deram dessa forma, com a descoberta in loco dos livros de interesse, em contraposição à procura por títulos ou autores específicos. Passado o tempo de novidade, observamos uma queda de 50% nos empréstimos. Por isso, tornou-se necessário realizar uma nova abordagem, trabalhando com os parceiros, de forma estruturada e contínua, sem perder, contudo, a perspectiva de criar um público leitor respeitando seus interesses. Assim, a leitura continua espontânea, mas buscaremos também realizar uma intervenção, através de visitas para exploração do espaço e das possibilidades da biblioteca.
OBJETIVOS Geral ●
Promover o acesso à biblioteca do CEU Heliópolis através de ações de
mediação, e consequente democratização da cultura e da palavra escrita. Específicos ●
Apresentar a leitura como exercício lúdico e como uma oportunidade de viver
momentos estimulantes, contemplando a riqueza interna do(a) leitor(a); ●
Estimular o hábito da leitura;
●
Proporcionar reflexões críticas sobre o contexto social atual, usando-se da
memória de Heliópolis e da articulação entre seus diversos atores; ●
Dar visibilidade a obras de artistas independentes, mediando público espectador
e criadores, ambos em posições de força e troca; ●
Incentivar a busca de informações de fontes comprometidas com a democracia,
em todas as suas formas de veiculação; ●
Promover a autonomia das crianças em qualquer atividade de mediação cultural
em que se encontrem; 60
●
Considerar que cada cidadã(o) traz consigo conhecimentos que podem ser
difundidos (e promover esta difusão); ●
Abarcar as diversas formas de expressão humana: oralidade, comunicação
escrita, artes, musicalidades; ●
Garantir acessibilidade na exploração de todo o espaço mediador.
AÇÕES PARA 2016 Sacolinha Trata-se da elaboração de uma sacolinha de livros que seja itinerante e que possa ser emprestada para entidades e/ou grupos parceiros, levando o conhecimento acumulado na biblioteca para outros espaços educativos.
Contação de histórias A contação de histórias é um instrumento de estímulo à leitura e à reflexão, geralmente transmite histórias da literatura infantil. Fortalece a tradição oral e prepara os(as) ouvintes para o exercício de seguir passando adiante os valores humanos. Provoca viagens imaginárias e entusiasmo à aprendizagem.
Oficina de xadrez Oficina semanal de xadrez, em parceria com estagiários da FE-USP, que promove o desenvolvimento lógico e aproxima as pessoas da biblioteca, proporcionando um espaço de convivência onde confluem diversas atividades, além da leitura.
Oficina de roteiro Oficina semanal de roteiro, em parceria com estagiários da FE-USP, que promove o desenvolvimento da leitura, da escrita, da “leitura do mundo” e da comunicação.
Quintas jogos A relação de jogos eletrônicos e conteúdos violentos hoje é preocupação de qualquer educador. Neste contexto, crianças e adolescentes têm buscado na biblioteca o uso dos computadores. A estratégia é aliar, de forma lúdica, esta busca ao hábito de participar de ações educativas, sejam leituras de livros, gibis, ou participação em saraus, 61
exibição de filmes, animações. Por isso, se propôs um jogo às crianças e aos adolescentes como forma de intervir na maneira como eles se relacionam com esses jogos, provocando espaços de reflexão.
Como funciona? Os jogos eletrônicos são permitidos apenas semanalmente e por uma hora para cada participante. Para ficar mais tempo jogando, o jogador pode participar da atividade “Jogos com palavras”, ou das oficinas ofertadas na biblioteca, o que dá pontos que podem ser revertidos em maior tempo de uso no computador no dia dos jogos eletrônicos. No entanto, os jogos violentos são sempre proibidos e se não seguir as regras da biblioteca, os pontos também são descontados. Os Jogos com palavras (para conquistar pontos) são diversas atividades sugeridas e acompanhadas pelos bibliotecários e coordenadores, como por exemplo: ler revistas, gibis, livros, letras de músicas, assistir a filmes, fazer saraus, batalha de rimas, debates etc. É realizado semanalmente e todos os acessos e pontos são registrados pela equipe de funcionários da biblioteca. Brinquedoteca – atividades lúdicas Além da utilização dos brinquedos de forma espontânea, atividades regulares são ofertadas sob coordenação da equipe de esportes. O espaço procura aproximar futuros leitores, do mundo da criatividade e da leitura. Cabana de leitura – espaço de convivência infantil Espaço infantil para leitura individual ou coletiva, contando com a participação dos educadores nas atividades.
Exposições temáticas Segue, prioritariamente, o calendário temático do CEU Heliópolis ofertando outras linguagens além da escrita como: fotografia, pintura, escultura e vídeo-arte.
Acervo didático e para concursos Acervo voltado para estudantes, vestibulandos e candidatos em concursos, atendendo uma exigência da própria comunidade.
Apoio à pesquisa 62
Apoio à pesquisa, em especial para educadores e alunos da ETEC Heliópolis que demandam esse tipo de serviço. Espaço “Bairro Educador” Área reservada para discussões da comunidade, contendo acervo sobre educação popular, direitos humanos, economia solidária, mulheres etc., bem como para exposição de conteúdo bibliográfico produzido pela comunidade.
Parceiros Escolas da região, CCAs e Estagiários do Projeto Heliópolis da FE-USP.
BIBLIOTECA NO FLUXO HISTÓRICO / JUSTIFICATIVA Uma biblioteca armazena parte do conhecimento humano produzido e registrado. Na impossibilidade da completude, cria filtros internos e incorpora filtros externos na formação de seu acervo. Entre os filtros externos, talvez o principal seja a política de aquisição centralizada que, de certa forma, homogeneíza o desenvolvimento das coleções desconsiderando as necessidades locais. Em um plano superior, adentra apenas o conhecimento publicado pelos canais formais, sejam editoras, órgãos públicos e privados, produtoras e ONGs. À biblioteca cabe, também, o importante papel de disseminador de informações e de conhecimentos. Na perspectiva atual, o papel disseminador não pode se restringir ao intra-muros, ao espaço físico da própria biblioteca. Deve, sim, levar informações e conhecimentos a todo o território ao qual pertence. E não apenas as informações e conhecimentos funcionais, de uso prático, mas, em especial, deve propagar o gosto pela leitura e pela escrita, pela palavra e pela língua. É nesse contexto que se insere o “Biblioteca no Fluxo”, ocupando todos os espaços do CEU Heliópolis e entorno.
63
OBJETIVOS
Geral Servir de apoio efetivo ao projeto Bairro Educador, aproximando-se do público não frequentador da biblioteca.
Específicos
Disseminar informações e conhecimentos em todos os espaços do Bairro
Educador;
Recolher, armazenar e disseminar o que é produzido localmente, dando-lhe
visibilidade;
Levar a literatura a espaços extra biblioteca, criando o gosto pela leitura e pela
escrita;
AÇÕES PARA 2016 Acervo itinerante para eventos Expositor da biblioteca presente nos eventos do CEU (debates, festas, apresentações artísticas, feiras de economia solidária), com acervo de interesse ao tema.
Bibliomomento
Rádio Pequenas inserções de 1 minuto, transmitidas pela rádio comunitária de Heliópolis, apresentando o acervo, espaços e serviços da biblioteca à comunidade. Espaços do CEU Divulgação de trechos falados, pré-gravados, de poesias e outros textos literários, antes de outras atividades que ocorrem no CEU como, por exemplo, debates, atividades físicas etc.
Sarau do Varal Sarau mensal, feito em área externa à biblioteca (piscina, saguão esportivo...) com participação da comunidade e escolas do entorno.
Cafofo poético 64
Criação de espaço de convivência na torre em frente ao Centro Cultural para apropriação da leitura e da escrita, através do contato com áudio-textos, letras de música, filmes e outras manifestações artísticas e culturais.
Debates e rodas de conversas A biblioteca deve servir como espaço de debate público e troca de ideias, seguindo um calendário temático, ou tratando de assuntos de repercussão imediata.
Encontro de escritores de Heliópolis Encontro anual de escritores de Heliópolis, publicados ou não, para troca de informações e experiências.
PARCEIROS Analistas de Desporto, escolas da região, Rádio Comunitário da UNAS, CCAs, estagiários do Projeto Heliópolis FE – USP, Vocacional – Escrita criativa.
COMISSÃO DE FORMAÇÃO Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA A Comissão de Formação é uma estratégia da UNAS, para organizar os processos formativos que já aconteciam desde sua origem, no final da década de 1970, período em que organizava a comunidade local para identificar as demandas e propor intervenções junto ao poder público. Na década de 90 a UNAS deixa de ser associação de moradores e passa a responder como pessoa jurídica, firmando convênios com o poder público. Esta configuração requer um novo olhar da direção para com os profissionais que passam a exercer funções nos serviços conveniados. Nesse sentido, ao longo dos anos, foram criadas instâncias de reflexão e participação, para fomentar o diálogo da entidade com seus funcionários. No final de 2007 a diretoria da UNAS consolidou o planejamento estratégico da organização para o exercício do quadriênio 2008-2012, e incluiu a Comissão de 65
Formação como um instrumento para aprimorar os processos formativos já existentes e desenvolver novas metodologias. Atualmente a Comissão de Formação desenvolve processos que alcançam, de forma direta ou indireta, cerca de 600 funcionários, que atuam em vários projetos e serviços administrados pela UNAS através de convênios firmados, em sua grande maioria com a PMSP e/ou com a iniciativa privada. São quinze Centros de Educação Infantil (CEIs), onze salas do Movimento de Alfabetização (MOVA-SP), onze Centros para Crianças e para Adolescentes (CCAs), duas unidades do Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (SMSE- MA), um Núcleo de Proteção Jurídico Social (NPJ), uma unidade de Serviços de Assistência Social à Família (SASF), um Centro Dia do Idoso, uma Biblioteca Comunitária, uma Rádio Comunitária e três Telecentros. Além dos projetos Jovens Alconscientes, Coletivo Coca-Cola, dentre outros. A participação do Professor Braz Rodrigues Nogueira (na época diretor da EMEF Pres. Campos Salles) e da Professora Arlete Persoli (na época diretora da EMEI Gabriel Prestes) na revisão do planejamento estratégico da UNAS foi uma contribuição determinante para a relação entre a comunidade organizada e a escola. Por isso, naquele momento, ambos foram convidados a integrar, em conjunto com representantes da UNAS, a Comissão de Formação. A principal tarefa da comissão é consolidar os cinco princípios que fundamentam o movimento que busca transformar Heliópolis e região em um Bairro Educador, e que coloca o CEU Heliópolis, a UNAS e a EMEF Pres. Campos Salles como protagonistas desta luta.
OBJETIVOS ●
Contribuir para a implantação do Bairro Educador em Heliópolis e Região;
●
Integrar as Unidades Educacionais formais e não formais do CEU e do seu
entorno; ●
Desenvolver e implantar processos que valorizem as histórias e práticas da
comunidade local; ●
Desenvolver e implantar processos de formação para as pessoas que trabalham
para a consolidação do Bairro Educador de Heliópolis e região.
66
AÇÕES PARA 2016 ●
Organização, coordenação e participação nas reuniões mensais do Fórum de
Gestores da UNAS; ●
Acompanhamento e avaliação das reuniões mensais das
gestoras e
coordenadoras pedagógicas dos CEIs; ●
Acompanhamento e avaliação das reuniões mensais de gestores e coordenadores
pedagógicos dos CCAs; ●
Acompanhamento e avaliação das reuniões mensais dos Projetos e Serviços da
UNAS; ●
Compor a organização do VI Seminário da Educação;
●
Compor a organização do II Encontro da Educação Infantil;
●
Compor a organização do II Encontro da Juventude;
●
Acompanhamento, avaliação e coordenação de algumas reuniões semanais de
formação com as educadoras do MOVA; ●
Organização das paradas pedagógicas gerais, pré-Encontro e Encontro de
trabalhadores dos projetos da UNAS (avaliação e planejamento das atividades desenvolvidas no ano, propostas para o ano seguinte).
PARCERIAS Além da parceria entre a UNAS, o CEU Heliópolis e a EMEF Pres. Campos Salles que constituem a comissão, o grupo ainda pode contar com o apoio de outras organizações em projetos pontuais.
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CRONOGRAMA Mês
Atividade
Fevereiro a Dezembro
-
-
Planejamento,
avaliação
e
acompanhamento das seguintes reuniões: Comissão
de
Formação,
Fórum
de
Gestores, Coordenadores e Gestores dos CCAs e CEIs, representantes dos Projetos e Serviços, Movimento de Mulheres, Sem Teto e da Rádio Comunitária.
Março
-
- Organização do II Encontro da
Educação Infantil; -
- 18/03: II Encontro da Educação
Infantil Abril e Maio
-
- 13/05: Seminário das Mulheres
Junho, Julho, Agosto e Setembro
- Organização do VI Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador; - 30/09: VI Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador.
Outubro, Novembro e Dezembro
- Organização do pré-Encontro da UNAS; - Organização do Encontro da UNAS. 18/11: pré-Encontro da UNAS
ENCONTROS E SEMINÁRIO DA EDUCAÇÃO Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
68
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA
Seminário da Educação O Seminário da Educação nasce em um contexto no qual as concepções relacionadas à educação são geradas pela práxis desenvolvida na comunidade. Vem sendo construído desde 2008, com a elaboração do planejamento estratégico da UNAS, e consiste em uma das ações que fazem parte do calendário anual de atividades voltadas para a educação. O Seminário é uma importante maneira de fomentar reflexões e, consequentemente, novas práticas associadas aos princípios do Bairro Educador, que consolidam ações educativas centradas na valorização do ser humano e na construção, vivência e disseminação de novos valores capazes de trazer a possibilidade real de construção de uma sociedade mais justa, igualitária e humana. À Comissão de Formação da UNAS, da qual faz parte atualmente a equipe gestora do CEU Heliópolis, em parceria com a EMEF Pres. Campos Salles, foi delegada a função de planejar e realizar o Seminário da Educação. No I Seminário, que aconteceu na quadra da UNAS, foram discutidas as relações entre a educação formal e não formal. Além da participação dos trabalhadores da UNAS e da EMEF Pres. Campos Salles, educadores de outras escolas da região também estiveram presentes neste evento. O II Seminário ocorreu em 2012 e contou com a presença de aproximadamente 400 pessoas. Foram realizadas duas mesas de debates, com personalidades importantes para o mundo da educação: Arlete Persoli, Braz Nogueira, Helena Singer, José Pacheco, Paul Singer e Sônia Kruppa. A Comissão de Formação, ao avaliar o II Seminário, percebeu a necessidade de ampliar os espaços de participação e debate dos educadores, público alvo do evento, considerando a experiência acumulada em seus locais de trabalho, e também a necessidade de trocar essas experiências com seus pares. Por isso, decidiu-se mudar a estrutura no III Seminário e, dessa forma, o evento que acontecia em um dia foi realizado em dois. No primeiro dia aconteceu uma mesa de abertura e, no segundo, quatro mesas de debate simultâneas, com pelo menos três palestrantes cada uma, seguidas de discussões em grupos de trabalho, compostos pelo público dessas mesas. Quatro temas balizaram os debates do III Seminário da Educação: ●
Educação Integral na perspectiva do Bairro Educador;
●
Espaço Público e Educação: perspectiva urbanística;
●
Autonomia Escolar: inovações dentro da rede. 69
●
Políticas Públicas para a primeira infância numa perspectiva inter-secretarial. Como resultado desse processo foi redigido um documento que sintetiza as
discussões dos Grupos de Trabalho, que pode ser lido em https://goo.gl/l4xzu9 Em 2014 a Comissão de Formação entendeu que era importante aumentar ainda mais a participação dos educadores de Heliópolis não só durante o seminário, mas também em seu planejamento e organização. Dessa forma, o evento cresceu e se tornou mais complexo, com novos parceiros e temas sendo incorporados, crescendo também o número de instituições que compõem o Bairro Educador. Assim, as escolas do CEU Heliópolis: ETEC Heliópolis, EMEI Antônio Francisco Lisboa, CEI Nora Auler de Arruda Botelho, EMEF Pres. Campos Salles, CEI Aparecida das Graças Silva Roseira e CEI Simone Agnalda Ferreira, os projetos e equipamentos administrados pela UNAS e a EMEI Gabriel Prestes (escola parceira do Bairro Educador, que teve como diretora a Arlete Persoli) incorporaram o seminário aos seus calendários oficiais. Além do envolvimento de mais instituições em relação à última edição, a escolha dos temas debatidos durante o IV Seminário aconteceu em um processo bastante democrático, em diversos encontros da Comissão de Formação com o Fórum de Gestores da UNAS e o Colegiado de Integração do CEU Heliópolis. Também foram feitas reuniões com os adolescentes do projeto Jovens Alconscientes da UNAS, do Grêmio da ETEC Heliópolis e da República de Estudantes da EMEF Pres. Campos Salles, que resultaram em uma mesa de debate mediada pelos próprios jovens. O IV Seminário da Educação contou com uma intensa programação que durou seis dias. Antecedendo os debates, houve a Mostra de Cinema, com a exibição dos filmes Educação.Doc, Memórias de Heliópolis e Quando Sinto Que Já Sei, seguida de rodas de conversa com os produtores dos documentários. No dia 25 de setembro aconteceu a mesa de abertura. No quinto dia do seminário, 26 de setembro, aconteceram sete mesas de debates simultâneas. Na tarde do mesmo dia, o público dessas mesas foi dividido em 10 grupos de trabalho, que discutiram os mesmos temas apresentados pelas mesas da manhã: ●
Educação Integral e Desenvolvimento Local;
●
Práticas de Participação Comunitária: Mobilização e Formação;
●
A cultura da Infância: Políticas Públicas e Formação do Educador.
●
O Direito à Cidade: as conquistas e os desafios da sociedade civil na perspectiva
do Plano Diretor da cidade de São Paulo; ●
Políticas Públicas para a juventude; 70
●
Direitos Humanos: Rede de Proteção Social e Educação;
●
O papel das Tecnologias da Informação e Comunicação na construção do Bairro
Educador. No último dia houve uma plenária para organizarmos as diretrizes do registro final do seminário, que teve por objetivo sintetizar as discussões elaboradas a partir dos sete temas debatidos, tornando-se uma reflexão sobre assuntos relevantes para as pessoas engajadas no Bairro Educador e também um diagnóstico do momento em que estávamos. Esta síntese pode ser encontrada no link: https://goo.gl/qV6Iw2 Como resultado dessa configuração, o VI Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador recebeu um público de cerca de 1000 pessoas, 19 palestrantes, 8 mediadores das mesas da manhã, 28 mediadores e sistematizadores dos Grupos de Trabalho da tarde, 7 apresentações de artistas, coletivos e educandos da comunidade, além das cerca de 100 pessoas que ajudaram na organização, antes, durante e depois do evento. A partir das discussões realizadas no III e IV Seminários, entendemos que seria necessário ampliar os espaços de debate e formação, através de encontros com temáticas e públicos mais específicos, aumentando os momentos de reunião entre as pessoas que trabalham em Heliópolis e os membros da academia e de outras instituições da cidade. Nesse sentido, além do V Seminário, realizamos os I Encontro da Educação Infantil e o I Encontro da Juventude. Em julho de 2015 demos início ao processo de escuta que sempre antecede a escolha dos temas para o Seminário. No entanto, dessa vez, propusemos que os educadores e estudantes que participaram desse processo opinassem também sobre o formato do Seminário (mesas de debate e grupos de trabalho, com os mesmos temas das mesas). Uma reivindicação que surgiu foi a necessidade de variar este formato, de maneira que os temas da manhã pudessem ser ainda mais aprofundados na parte da tarde. Por isso, em 2015, os grupos de trabalho foram transformados em grupos de discussão nos quais os temas da manhã foram desdobrados em suas especificidades e, para tal, foram convidados mediadores (da comunidade e de fora dela) que têm um trabalho reconhecido naquela temática. Na parte da manhã realizamos sete mesas de debate e a tarde 14 grupos de discussão: Mesas de Debate:
Gênero e Diversidade na Educação 71
Do Bairro à Pátria Educadora: A articulação da Educação Integral em um
território
A garantia de direitos fundamentais e a articulação entre a Saúde, a Educação e a
Assistência Social
A Democratização dos Meios de Comunicação como Estratégia para o
Desenvolvimento Social
Movimentos Sociais, Participação Comunitária e Democracia
Maneiras Formais e Não Formais de Resolução de Conflitos
Participação da juventude nas transformações sociais e na construção de
políticas públicas Grupos de discussão:
Por que incluir as questões de gênero e diversidade no Plano Municipal da
Educação?’
Entre o cuidar e o educar: qual o papel político das mulheres na educação de
crianças?
O Bairro Educador de Heliópolis e região: qual proposta de Educação Integral
estamos construindo?
Qual a importância dos CEUs enquanto política pública de Educação Integral da
cidade de São Paulo?
Protagonismo comunitário em Heliópolis: quais as conquistas e desafios dos
movimentos sociais na atualidade?
Da palmada à redução da maioridade penal: violência é falta de limite?
Rede de Proteção Social: como se dá a interação entre os serviços, projetos,
fluxos de encaminhamento, fóruns e reuniões de rede existentes em Heliópolis e região?
O que as famílias esperam da escola e o que a escola espera das famílias?
Juventude, Mercado de Trabalho e Vestibular: que currículo queremos para o
Ensino Médio?
Como a educação pode liderar um processo de cuidado e desenvolvimento
pessoal e comunitário?
Como estudantes e educadores podem se tornar aliados na luta pela melhoria da
educação?
Qual o papel dos movimentos culturais periféricos na cidade de São Paulo?
Vozes dissonantes: quais são as alternativas às grandes mídias? 72
25 anos do ECA: avanços e desafios
Encontro da Educação Infantil A Educação Infantil se apresenta como um dos maiores desafios colocados à rede pública de educação na cidade de São Paulo, tanto no que se refere à demanda por vagas, quanto em relação às especificidades do sentido da qualidade social da educação para crianças bem pequenas. Por outro lado, as experiências realizadas por escolas públicas de educação infantil, tanto em Heliópolis quanto em outras partes da cidade, vêm se tornando referência de qualidade e inovação nessa área em vários aspectos, desde o aumento de vagas oferecidas na cidade e especialmente na comunidade, até a visibilidade das questões relacionadas aos direitos das primeiras infâncias, na família, na escola e na cidade. Essas questões vêm sendo pautadas nos Seminários da Educação realizados em Heliópolis desde 2013. No entanto, apenas esses momentos não se mostraram suficientes para aprofundar a reflexão e o debate sobre os temas específicos da educação infantil e dar visibilidade às experiências bem sucedidas nessa área em Heliópolis. Por isso, foi criado o Encontro da Educação Infantil, organizado pela Comissão de Formação da UNAS, a gestão do CEU Heliópolis e as equipes do CEI Nora Auler de Arruda Botelho e EMEI Antônio Francisco Lisboa. Nas duas edições realizadas, cerca de 500 educadoras participaram dos debates. Assim como no Seminário da Educação, os temas e o formato do encontro são criados a partir de um processo de escuta. Em março de 2015 realizamos o I Encontro da Educação Infantil; no período da manhã realizamos uma mesa de debate, cujo tema foi: “A cidade e as crianças” e, na parte da tarde, 13 CEIs administrados pela UNAS apresentaram em formato de oficinas algumas de suas experiências pedagógicas. Foram elas:
Integração entre crianças de diferentes idades;
Adaptação e acolhimento;
Identidade e autonomia;
Contação de histórias e memória;
Brincadeiras de parque;
Exploração do espaço público;
Arte e Educação Infantil;
Mini-Caminhada Pela Paz: avanços, desafios e princípios; 73
Cantos diversificados;
Os desafios da alimentação saudável;
Reunião com famílias;
Cultura Popular e cantigas de roda;
Ocupação dos espaços públicos: como articular a rede? Em 2016 fizemos o II Encontro da Educação Infantil no qual foi a realizada a
mesa de debate: “A participação política das crianças e suas famílias".
Encontro da Juventude Em virtude da participação ativa dos jovens no planejamento, organização, realização e avaliação dos III, IV e V Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador e por uma reivindicação feita pelos próprios jovens, em 2015 pautamos no calendário do CEU Heliópolis o I Encontro da Juventude. Nesse mesmo ano, foi retomado pela SMDHC, mais especificamente pela Coordenadoria de Políticas para a Juventude, o Conselho Municipal da Juventude de São Paulo, cuja eleição foi realizada em agosto. Alguns dos jovens já engajados nas lutas políticas da região se lançaram candidatos a duas cadeiras do conselho: educação e cultura. Por esse motivo, como forma de começar uma discussão mais aprofundada sobre políticas públicas e participação nos processos de decisão da cidade, o I Encontro da Juventude foi realizado no dia da votação para o Conselho (um dos polos foi o CEU Heliópolis), que foi um momento de culminância das discussões que precederam as eleições e que versaram justamente sobre a questão da participação política dos jovens. No dia do Encontro, além da eleição, também fizemos rodas de conversa e debates públicos, rinhas de MC e contamos com apresentações teatrais e de Hip Hop.
Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) Nos vários trabalhos de formação e discussão que fizemos nos últimos anos, dentre eles o Seminário da Educação e a contribuição nos processos de formação das educadoras do MOVA administrados pela UNAS, percebemos duas necessidades:
74
aumentar os espaços de encontro e diálogo entre os educadores que trabalham com a educação de jovens e adultos, para que eles possam se conhecer, assim como conhecer os trabalhos e os diferentes tipos de atendimento que oferecem, de modo a articulá-los melhor e mais profundamente. E também - considerando quem são os estudantes da EJA, suas histórias e origens e as formas através das quais eles foram excluídos e depois voltaram à escola - nos pareceu importante destacar a EJA como uma das formas de educação popular.
Encontro da Educação Popular 2016
Essas percepções se encontraram com as percepções da equipe da DIPED da DRE-IP, através do diálogo com a Joana Alves, e assim surgiu o I Encontro da Educação Popular, que contou com a participação de cerca de 500 estudantes, educadores, supervisores e equipe de apoio da DRE-IP que trabalham com os diferentes tipos de atendimento na modalidade EJA (MOVA, EJA, CIEJA e EJA Modular). A partir de um processo de escuta, o Encontro se dividiu em dois dias: no primeiro, realizamos uma mesa de debate, cujo título foi: “O compromisso político do educador de EJA”; no segundo dia os participantes foram divididos em sete salas temáticas e depois foi realizada uma plenária final. Os temas das salas temáticas foram: Relatos de Prática: Alfabetização e Letramento; Oficina: Cartografia da Memória; Oficina: Por Que Pobreza? Educação e Desigualdade; Grupo de Trabalho: Currículos para EJA e territórios; Oficina: Círculo de Cultura, Educação e Direitos Humanos em sua transversalidade; Roda de Conversa: Juvenilização da EJA; Oficina: Teatro do Oprimido.
75
OBJETIVOS ●
Contribuir para ampliar a visão de mundo dos sujeitos envolvidos no movimento
que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador, orientando-os para a conquista da autonomia, da responsabilidade e da solidariedade, de modo que os problemas e soluções locais sejam compreendidos numa dimensão global; ●
Fomentar reflexões e, consequentemente, novas práticas que, associadas aos
princípios do movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador, consolidem ações educativas centradas na qualidade social da educação; ●
Promover espaços de encontro, troca e reflexão coletiva sobre a história,
conquistas e desafios da educação em Heliópolis; ●
Registrar as discussões realizadas de modo a fomentar uma teorização das
práticas da comunidade, assim como proporcionar uma visão histórica dos debates. Esses registros podem ser utilizados como norteadores da formação de cada projeto, escola, instituição etc envolvidas no movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador; ●
Organizar encontros com temáticas específicas, que antecedam os debates
realizados no Seminário da Educação.
AÇÕES PARA 2016 II Encontro da Educação Infantil (março de 2016.); I Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos (maio de 2016); II Encontro da Juventude (agosto de 2016); VI Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador (setembro de 2016);
76
CRONOGRAMA Mês
Atividade
Fevereiro e Março
-
Organização
do
II
Encontro
da
Educação Infantil; - Levantamento do tema da mesa: “A participação política das crianças e suas famílias"; - Convite às palestrantes; - 18 de Março: realização do II Encontro da Educação Infantil.
Março, Abril e Maio
- Organização do I Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos, em parceria com a DRE-Ipiranga; - Levantamento das ações e cronograma do Encontro; - Convite aos palestrantes e oficineiros; -Divulgação
e
articulação
dos
participantes; - 13 e 14 de maio: realização do I Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos. Junho, Julho e Agosto
-
Organização
do
II
Encontro
da
Juventude; -
Constituição
de
uma
comissão
organizadora; - Definição do formato e temas do encontro; - Mobilização dos convidados para o encontro.
77
- 26 de agosto: realização do II Encontro da Juventude. Junho, Julho, Agosto e Setembro
- Organização do VI Seminário da Educação Heliópolis, Bairro Educador - Levantamento dos temas: *Colegiado de Integração do CEU Heliópolis; * Reuniões pedagógicas e JEIFs das escolas do CEU Heliópolis; * Fórum de Gestores da UNAS. * Grupo de Jovens da UNAS, Grêmio da ETEC
Heliópolis,
República
de
Estudantes da EMEF Pres. Campos Salles e demais representantes de estudantes das escolas do entorno; - Organização dos temas em mesas de debate e grupos de discussão; -
Articulação
dos
palestrantes,
mediadores e sistematizadores; - Articulação da comissão de organização do VI Seminário de Educação Heliópolis, Bairro Educador; - 30 de setembro: VI Seminário da Educação: Heliópolis, Bairro Educador; Outubro, Novembro e Dezembro
- Organização da sistematização do VI Seminário
da
Educação:
Heliópolis,
Bairro Educador.
78
RELAÇÃO COM AS UNIVERSIDADES - Estágios e Ciclos de Formação Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos. HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA Desde a elaboração do planejamento estratégico, a UNAS tem como uma de suas metas auxiliar na ampliação da formação universitária dos moradores e trabalhadores de Heliópolis, visando especialmente o acesso às universidades públicas. Por isso, a Comissão de Formação buscou a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) a fim de pedir auxílio para a capacitação dos educadores que trabalham nos projetos desenvolvidos pela entidade e também como uma forma de reivindicar participação nos processos de formação que acontecem na maior universidade pública do país. Pelo ineditismo do pedido e por considerar justa a reivindicação, a FE-USP criou o Projeto Heliópolis que tinha como primeiro objetivo a atuação de estagiários nos projetos e serviços desenvolvidos pela UNAS. Assim, em 2013 cerca de 20 estagiários bolsistas atuaram nos CCAs desenvolvendo atividades junto aos educadores desses equipamentos, coordenados pela Comissão de Formação e por educadores da FE-USP. Esses mesmos estagiários atuaram na EMEF Pres. Campos Salles. No entanto, apenas a relação com os estagiários não era suficiente para atender à reivindicação feita pela UNAS, assim o Prof. Elie Ghanem assumiu a coordenação do Projeto Heliópolis e começou uma série de diálogos que visavam ampliar as formas de atuação da FE-USP na comunidade. Foram feitas, então, as seguintes ações: ●
Percurso (for)mativo: uma série de reuniões que tinham o intuito de pensar as
questões do bairro e as formas de atuação conjunta entre diferentes atores (em 2013 e 2014); ●
Educação Democrática Como Desenvolvimento Local: curso de extensão
ministrado pelo Prof. Elie Ghanem que contou com a participação de cerca de 60 educadoras da região (em abril de 2014);
79
●
Estágios: reuniões de planejamento, acompanhamento e avaliação com os
estagiários, gestão do CEU Heliópolis e Comissão de Formação, que em 2014 ampliaram seus locais de atuação para escolas de dentro do Centro e de seu entorno. Em 2015 o Projeto Heliópolis foi encerrado pela FE-USP, mas a parceria entre a faculdade e a comunidade organizada permaneceu, principalmente através do Prof. Elie Ghanem e da gestão do CEU Heliópolis. No segundo semestre desse mesmo ano, através de outro financiamento, cerca de 30 estagiários bolsistas passaram a atuar no CEU Heliópolis e outros equipamentos da região, através de outro programa também coordenado pelo Profº Elie Ghanen. Além da parceria com a FE-USP, a gestão do CEU Heliópolis também foi procurada pelas faculdades de Licenciatura em Educação Física e Pedagogia do Centro Universitário SENAC, com o intuito de tornar o CEU um polo de estágio para os estudantes desses cursos. Essa parceria provavelmente será consolidada a partir do segundo semestre de 2016. A partir de uma avaliação dos pontos positivos e negativos desses processos e refletindo sobre a relação entre as universidades, especialmente as públicas, e as maneiras como elas atuam nos territórios periféricos, a ideia desse processo é (re)inventar essa relação que, em última instância, também pode ser vista como a relação entre a teoria e a prática. Assim, pretendemos que as potencialidades de cada universo contribuam na transformação das práticas educativas nos territórios periféricos e o conhecimento produzido sobre elas, de modo a democratizá-lo. Por isso, em 2016, além dos projetos de estágio a ideia é que a parceria com as universidades possa também ser consolidada através de um Ciclo de Formação, oferecido por docentes e pesquisadores das universidades aos educadores de Heliópolis de diversos modos: cursos de extensão, rodas de conversa em momentos de formação continuada, participação em encontros e seminários etc. Desse modo, a expectativa é de que, através dos estágios e do Ciclo de Formação, se possam abrir espaços nos quais os estagiários vivenciem situações reais de trabalho e os educadores tenham momentos de reflexão sobre a própria prática.
80
OBJETIVOS Geral ●
Fortalecer laços entre as escolas, a comunidade, o CEU e a Universidade,
ampliando a rede de abrangência do Bairro Educador, através da criação de espaços de formação, tanto para estudantes universitários, quanto para educadores que atuam em Heliópolis. Específicos ●
Oferecer aos estagiários ampla possibilidade de experiências práticas em
diferentes unidades educacionais; ●
Propor, em diálogo com as escolas, os educadores, o CEU e as universidades,
um Ciclo de Formação com a colaboração da FE-USP e do Centro Universitário SENAC.
AÇÕES PARA 2016 ●
Reuniões de avaliação das ações da parceira em 2015;
●
Reuniões de planejamento da parceria em 2016;
●
Reuniões quinzenais de acompanhamento das ações dos estagiários em
Heliópolis; ●
Elaboração de um calendário para o Ciclo de Formação;
●
Articulação das escolas e educadores de Heliópolis para participação das ações
do Ciclo de Formação.
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CRONOGRAMA Mês
Atividade
Fevereiro,
- Reuniões de planejamento e avaliação com os estagiários do Projeto Heliópolis da FE-USP.
Março, Abril, Maio, Junho e Julho
Julho
- Atuação dos estagiários da FE-USP nas ações do CEU Heliópolis e outras instituições da região; Reuniões quinzenais de acompanhamento dos projetos desenvolvidos pelos estagiários da FEUSP; Articulação de docentes e pesquisadores para a organização de uma agenda para o Ciclo de Formação; - Articulação da parceria de estágio entre o CEU Heliópolis e o Centro Universitário SENAC. - Reunião de avaliação e planejamento do Projeto Heliópolis; - Divulgação da agenda do Ciclo de Formação.
Agosto, setembro, outubro
-
Reuniões
acompanhamento
quinzenais dos
de projetos
desenvolvidos pelos estagiários da FEUSP; - Atuação dos estagiários nas ações do CEU Heliópolis e outras instituições do entorno; - Realização do Ciclo de Formação. Novembro e Dezembro
- Reuniões de planejamento para 2017 e avaliação de 2016; - Atuação dos estagiários nas ações do CEU Heliópolis.
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PARCERIAS Faculdade de Educação – FEUSP e Centro Universitário - SENAC;
O CEU ESCUTA HISTÓRICO/ JUSTIFICATIVA Axel Honneth em sua obra “Reificación, un estudio en la teoria del reconocimiento” (2007) promove um retorno ao conceito de Lukács (2003) de “reificação” tentando pensar seu sentido e suas implicações na atualidade. Este autor desenvolve a tese de que na base dos conflitos sociais existe uma luta por reconhecimento. A partir da filosofia do direito de Hegel, ele depreende uma concepção de reconhecimento que se traduz pela expressão ser-consigo-mesmo-no-outro (ou “intuição recíproca”), que se desdobra em etapas afetivas e alcança como dimensão máxima a esfera da solidariedade. As reflexões sobre a obra do autor dentro do contexto da Psicologia Social Comunitária nos proporciona pensar que o que temos tratado como experiência comunitária trata-se de um exercício do reconhecimento nesta esfera da solidariedade. A reificação seria então o esquecimento do reconhecimento, ou ainda, aquilo que barra a possibilidade de uma genuína experiência comunitária. No conceito de Nisbet (1974:48) encontra-se um retrato claro de como a atual compreensão da Psicologia Social Comunitária de comunidade sustenta essa tese: Comunidade abrange todas as formas de relacionamento caracterizado por um grau elevado de intimidade pessoal, profundeza emocional, engajamento moral (...) e continuado no tempo. Ela encontra seu fundamento no homem visto em sua totalidade e não neste ou naquele papel que possa desempenhar na ordem social. (...) A comunidade é a fusão do sentimento e do pensamento, da tradição e da ligação intencional, da participação e da volição.
O homem com tradição, com sentimento, é aquele que é capaz de implicar-se com interesse em relação ao outro, é aquele homem que não é meramente observador passivo de seu entorno social e nem mesmo de sua vida interior. Um dos termos citados merece atenção: participação. Para Honneth, haveria uma concepção de reificação dentro do próprio texto de Lukács, que estaria relacionado a uma atitude de indiferença, ou falta de engajamento existencial. Enquanto a práxis seria o grande movimento do homem na sociedade, a criação dessa relação coisificada seria consequência de um esquecimento da situação originária de reconhecimento, aquela que torna o indivíduo capaz de inserir-se no mundo social. A práxis verdadeira é sinônimo de envolvimento,
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participação e engajamento preocupado, é enfrentamento da mercantilização. Honneth, portanto, traz a ideia de reificação também para o plano da intersubjetividade e, se não há história do indivíduo e do grupo, ou se há esquecimento dessa história, a práxis verdadeira não ocorre. Portanto, a práxis verdadeira é uma genuína experiência comunitária, na qual há possibilidade de encontro, de compartilhamento de histórias, de troca de sentidos, de valores, de possibilidade de envolvimento, participação e engajamento com o seu próprio destino e de seus próximos, não deixando de lado a importância dos resultados objetivos de tal organização, na forma das reinvindicações que são atendidas, seja pelo poder público, seja pela ação dos próprios grupos da comunidade. Essa teoria nos acresce de semântica para pensar em um projeto que viabilize que o CEU seja um espaço de escuta e organização sistemática de memórias da comunidade, pois assim estaremos trabalhando com a superação da reificação. É somente esse contato que permitirá tanto àquele que escuta, quanto ao que fala, perceber o quão dialética é a luta social e o quão importante é a noção de “continuado no tempo” para definir a comunidade.
Temos como conceitos norteadores a questão da
repressão/desrespeito, da reificação, e da luta pelo reconhecimento e da memória coletiva, de modo que esse projeto possa contribuir com a promoção de uma vivência de auto-realização e colaborar na movimentação da memória coletiva. Tendo em vista que as lideranças comunitárias e o próprio movimento da Juventude muitas vezes nos comunicam sobre a preocupação em relação ao esquecimento e ao desconhecimento da história da comunidade, principalmente por parte dos jovens, pensamos que esse pode ser um fator determinante no processo de desenraizamento. Esse esquecimento também faz muito sentido se pensado a partir do diagnóstico de Walter Benjamin em relação à perda da capacidade de narrar na sociedade moderna, e das dificuldades em apreender uma narração, que nos é evidenciada maravilhosamente por Ecléa Bosi: Nós temos que aprender a amar esse discurso tateante, as suas pausas, as suas franjas, com fios perdidos quase irreparáveis. Bem mais que um documento unilinear, a narrativa da testemunha mostra a complexidade do real. Oferece uma via privilegiada para compreender a articulação dos movimentos da história com a cotidianeidade. É muito belo escutar esse rememorar meditativo da testemunha. E nós então compreendemos que se pode fazer da memória um apoio sólido para a construção do presente e ela se torna para nós uma verdadeira matriz de projetos (Bosi, 2012 – grifos nossos).
Entendendo dessa maneira, podemos então tratar o resgate da memória coletiva de uma comunidade como uma matriz de projetos. Ou seja, atividades ou projetos que 84
foquem a narração coletiva, o compartilhamento de memórias dos indivíduos e do território podem promover uma nova práxis, que seja traduzida em participação e engajamento dos membros da comunidade. A memória compartilhada é composta também da memória individual e todos, dentro de uma linha do tempo, fazem parte da história de uma comunidade, mesmo que apenas habitando o espaço. Agora, se inserir nessa linha implica também em uma evocação de todos os acontecimentos e lutas que permitiram que aquela linha se mantivesse até o ponto em que o indivíduo se insere. "O narrador retira da experiência o que ele conta: sua própria experiência ou a relatada pelos outros. E incorpora as coisas narradas à experiência dos seus ouvintes" (Benjamin, 1994). Ou seja, a memória coletiva é viva, e através dos testemunhos próprios ou de seus pares as pessoas se implicam e se envolvem, entrando em questões que muitas vezes são de difícil acesso.
OBJETIVOS
Contribuir com o resgate da memória da comunidade de Heliópolis como uma
possibilidade de superação da reificação e experiência de reconhecimento recíproco;
Contribuir com a promoção da identidade comunitária, sob o eixo da memória
coletiva;
Fortalecer a oralidade entre os coletivos;
Fortalecer os saberes locais (Dialogismo);
Incentivar a narrativa da memória comunitária como ferramenta de
fortalecimento comunitário e das lutas coletivas;
Promover espaços de fala, escuta, acolhimento e compartilhamento das lutas por
redistribuição e reconhecimento no CEU Heliópolis;
Promover projetos envolvendo as marcas da memória.
AÇÕES PARA 2016
Museu Comunitário O Museu Comunitário é uma extensão dos projetos já desenvolvidos pelo CCCECH, desde 2012: Memórias de Heliópolis e Kombi da Memória. As novas ações têm como objetivo final transformar o espaço da Biblioteca, em especial o terceiro andar, em um espaço de exposições sobre a história dos movimentos sociais de 85
Heliópolis, e de muitos de seus moradores. Inicialmente pretende-se organizar o acervo audiovisual e fotográfico já coletado nos projetos Memórias de Heliópolis e Kombi da Memória e ampliá-lo, contando com diversas vias de produção de memórias. Esse espaço também será destinado à realização de escutas e oficinas, para que parte desse acervo seja reconfigurado e se reconstitua a partir de histórias de vida e de luta de pessoas que vão se inserindo ao cotidiano do CEU.
Atividades
Impressão dos painéis (linha do tempo) com fotografias já existentes do acervo
do projeto “Memórias de Heliópolis”;
Conclusão da Edição de Som do Filme Memória de Heliópolis;
Veiculação do filme Memórias de Heliópolis nos espaços do CEU e fora dele;
Levantamento e seleção de acervo audiovisual;
Articulação de parcerias para o estabelecimento da concepção do museu;
Levantamento de fundos para a construção do Museu;
Construção do museu.
As Clínicas do Testemunho Nas Margens São atividades de reparação psicossocial que acontecerão a partir de recurso oriundo de um edital do Governo Federal, no qual um projeto submetido pelo grupo Margens Clínicas foi contemplado. O projeto Clínicas do testemunho nas margens pretende constituir Heliópolis e Perus como dois polos da clínica do testemunho. Esse projeto é parte da Comissão da Memória e da Verdade, que busca registrar e fornecer reparação psicossocial às vítimas e aos familiares das vítimas de violências no período da ditadura militar no Brasil. Entendendo que a história é um processo contínuo de lutas sociais, consideramos que seja impossível pensar que a violência de Estado não atingiu as periferias durante a ditadura e, especialmente, que não segue atingindo após a transição democrática. Muitas são as histórias de moradores da periferia que sofreram diversas violências durante a ditatura, porém tais pessoas foram silenciadas e suas histórias negligenciadas nas comissões até então organizadas. Além disso, muitos deles não se identificaram como afetados pela violência política, e nem como merecedores da anistia promovida por essas comissões, por isso não buscaram nenhum tipo de reparação. Esse
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processo de silenciamento intencional não se encerra após a transição democrática, e ainda hoje podemos identificar inúmeros relatos de violência de Estado nas periferias sob a forma de violência policial, que atinge principalmente os jovens, negros, pobres e periféricos. A ideia do projeto é possibilitar a constituição de um espaço para compartilhamento e resgate de memória coletiva e formação de resistência dentro de espaços públicos, combatendo o silenciamento e o negligenciamento dessas histórias. Essa ideia vai ao encontro da concepção da superação da reificação através do reconhecimento recíproco, já que tem como pressuposto que a narrativa compartilhada (memória coletiva) tem potência para trazer as pessoas para a participação e engajamento. A muitos jovens é negado o direito à vida, à dignidade e a uma história. Assim como para muitas famílias que perdem seus filhos, netos, parentes, pais, também é negligenciado o direito à indignação e à revolta. É um dever do Estado e um direito desses jovens e famílias terem espaços de escuta e fala, bem como, de organização que possa de fato resultar em um combate à violência de Estado. Os mobilizadores e sensibilizadores do projeto dentro da comunidade serão 10 jovens, que passarão por uma formação em Direitos Humanos e Racismo. Esses jovens contarão com uma bolsa e serão acompanhados e apoiados para poder lidar com a escuta e contato com as histórias de violência, tanto do período da ditadura, quanto do presente. A formação desses jovens será coordenada pelo grupo de pesquisa em Psicologia comunitária do Prof. Luis Galeão e da Profa. Vera Paiva (do Instituto de Psicologia da USP), membros da gestão do CEU Heliópolis, da UNAS e do coletivo Margens Clínicas. Os materiais produzidos nas oficinas também poderão ser agregados ao Museu Comunitário, tornando-o permeável à história que segue em curso. Diante das experiências prévias com oficinas e atividades junto aos jovens, percebemos que em muitas das memórias e histórias de violação de direitos narradas, surgem experiências de resistência. Mas essa resistência costuma ser individual e resulta em frustração na transformação de uma conjuntura. Uma das grandes apostas do grupo é que a resistência surge a partir de uma luta por reconhecimento, a qual só ocorre através de uma vivência de solidariedade, no sentido de compartilhamento. A resistência tornase luta e tem maior poder de combate às injustiças quando se torna coletiva, e quando ganha sentido. A memória é o grande fio condutor desse projeto, principalmente a memória das resistências e das lutas que surgiram a partir das violações de direitos. A 87
resistência, em Heliópolis promoveu e ainda promove transformações em uma sociedade marcada pela desigualdade e injustiça. Trabalhar em uma comunidade periférica e escolher jovens de diferentes instituições desse território, significa pautar questões que são vividas cotidianamente, e isso exige um compromisso ainda maior de todos os envolvidos com a constituição de um coletivo no qual haja respeito e confiança.
Atividades
Atendimento clínico individual e coletivo a partir do edital com a Comissão da
Anistia;
Oficina retalhos da memória;
Formação para o grupo de 10 jovens bolsistas, que irão contribuir para:
identificar as famílias e vítimas de violência de Estado no período da ditadura, comunicar e divulgar a possibilidade de atendimento, criar espaços dialógicos sobre o direito a reparação para moradores da periferia, qualificar a capacitação de profissionais da psicologia em atendimento de reparação psicossocial (através do CFP).
Reunião com Jovens - 2016
Plano de Trabalho – Formação dos Jovens Bolsistas Conteúdos:
Memória individual e coletiva;
Ações do projeto Memória e Resistência;
Repertório popular sobre a violação de direitos e as lutas por reconhecimento
existentes; 88
Relação entre experiência comunitária e reconhecimento reciproco;
Relação entre memória coletiva e resistência;
Problematização de questões como: Racismo, Homofobia, Machismo e
Transfobia no Brasil e em Heliópolis;
Conhecimento sobre o período da ditadura no Brasil e em outros países da
América Latina e a relação entre eles
Capacidade de articulação e mobilização entre os jovens e a comunidade;
Histórias de Heliópolis e da UNAS;
Origem e repercussão da luta por direitos humanos;
Instrumentos e espaços que permitem mobilizar e registrar a memória coletiva;
Possibilidade de relacionar suas experiências com os temas do projeto;
Capacidade de realizar uma análise de conjuntura, entendendo como a história
tem relação com o presente; Metodologia:
Espaços para fortalecimento do grupo, enquanto coletivo;
Espaços para escuta das histórias individuais no grupo;
Espaço para proposição de temas e pautas de interesse;
Encontros para formulação do Encontro da Juventude (levantamento de pautas e
temas);
Participação no Fórum da Criança e do Adolescente;
Participação no Encontro da Juventude (26 de agosto);
Espaço para discussão sobre as experiências dentro das escolas;
Discussão sobre o Ensino Médio em Heliópolis;
Aproximação e participação nas reuniões com os movimentos LGBT, de
Mulheres, Sem Teto, Fala Jovem, Conexão Jovem;
Idas à USP;
Contato com representantes do Movimento Negro, do Conselho Municipal da
Juventude, do JuViva e de outros coletivos culturais da região;
Atividades com a Temática de Gênero e Sexualidade;
Atividades com a Temática do Racismo;
Atividades sobre a constituição dos Direitos Humanos;
Pesquisas no território;
Produção de materiais a partir dos encontros; 89
CRONOGRAMA PERÍODO
ATIVIDADES
Junho
- Reuniões de planejamento com todos os envolvidos; - Oficina de Direitos Humanos com jovens da E. E. Manuela de Lacerda Franco e ETEC Heliópolis; -
Reunião
de
articulação
com
jovens
interessados em participar do projeto, com o tema: Violações de Direitos e Ditadura. Agosto
- 4 encontros de formação às quartas-feiras, das 15h às 18h, com os temas Direitos Humanos, Racismo, Memória e Violência.
Setembro a dezembro
- 2 encontros mensais conduzidos pelo CEU, pela UNAS e pelo Instituto de Psicologia; - 1 encontro mensal conduzido pelo coletivo Margens Clínicas; - 1 encontro conjunto; - 1 reunião mensal para planejamento e compartilhamento.
PARCERIAS Instituto de Psicologia da USP (IP-USP); Coletivo Margens Clínicas, UNAS, Bruta Flor Filmes Produções.
OFICINAS CULTURAIS – Voluntários e Programas Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA Apoiados nos princípios do Bairro Educador, buscamos potencializar os saberes locais e a expressão e difusão dos mesmos. Desde 2010, ainda como CCECH, muitos voluntários, grupos fomentados por editais e leis de incentivo, programas da PMSP ou 90
mesmo estudantes estagiários nos procuraram disponibilizando seus conhecimentos para realização de oficinas abertas à comunidade. Como forma de fomentar a ocupação dos espaços do CEU Heliópolis, disponibilizamos os locais para a realização das oficinas, articulando as matrículas e a divulgação dos cursos e coordenando o percurso formativo oferecido, buscando incluir uma ação pedagógica na parceria, revelando o processo criativo aos participantes, em conformidade com os princípios e as ações realizadas pelo CEU. Voluntários Em 2015 cerca de 200 estudantes foram atendidos em diversas oficinas realizadas por voluntários e/ou instituições parceiras. Sendo elas: ballet, ballet e jazz, cinema e roteiro, teatro, inglês etc. Em 2016 algumas dessas oficinas se repetiram e foram acrescentadas algumas modalidades. Para maior detalhamento das oficinas oferecidas ver anexo 2. Programas Além das modalidades oferecidas por voluntários, a grade de oficinas culturais do CEU Heliópolis também é composta pelos programas oferecidos pela PMSP. Expansão de Jornada – Street dance e Artes Visuais Em 2015, com o intuito de ampliar as ofertas de cursos voltados para os estudantes da Rede Municipal no contra turno escolar e de incorporar artistas locais que já realizavam oficinas de forma voluntária em alguns CEUs, a SME criou o programa “Expansão de Jornada”. Neste mesmo ano, no CEU Heliópolis foram ministradas oficinas de Street Dance, Dança Contemporânea e Teatro. Em abril de 2016, as oficinas oferecidas pelo Expansão de Jornada são de Street Dance e Artes Visuais. As aulas de street dance acontecem segundas e terças, das 13h00 às 16h00, e as aulas de artes visuais às sextas-feiras, das 13h às 14h30. As aulas são dirigidas a estudantes do Ensino Fundamental e frequentadores do CEU Heliópolis, nos horários de contra turno escolar. Em 2015, atendemos em média 50 estudantes por mês, divididos em 3 turmas (uma para cada modalidade). Desde abril de 2016 as aulas do Expansão de Jornada têm uma frequência média de trinta estudantes.
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Vocacional - Teatro, Dança, Artes Visuais e Literatura Segundo site do Departamento de Expansão Cultural da SMC (realizadora do programa na cidade de São Paulo), O Programa Vocacional é composto pelos Projetos ARTES VISUAIS, MÚSICA, TEATRO, DANÇA, VOCACIONAL APRESENTA E ALDEIAS e tem a finalidade de promover a ação e a reflexão sobre a prática artística, a cidadania e a ocupação dos espaços públicos da cidade de São Paulo. O Programa não visa o desenvolvimento técnico e a detecção de talentos, mas pretende a emancipação por meio do trabalho artístico-pedagógico, o que se dá não como um atributo individual, mas como o conhecimento adquirido através de uma prática coletiva. (...) Os princípios artístico-pedagógicos do Vocacional orientam-se em três bases: 1. Ação cultural: ações continuadas para abrir frentes de diálogo para permitir a ocupação cultural de outros espaços da cidade; 2. Pesquisa artístico-pedagógica: capacidade de instigar e formular perguntas, refletir e reinventar suas práticas artísticas a partir da relação entre os participantes do Programa e a realidade encontrada nos espaços de atuação; 3. Reflexão sobre Forma e Conteúdo: propor uma relação ativa com a obra, relacionando O QUE se quer dizer e COMO se diz algo no encaminhamento do processo de criação artística.
Em 2015 aconteceu a primeira edição do Programa Vocacional no CEU Heliópolis, que contou com três artistas-orientadores nas áreas de Dança, Artes Visuais e Teatro. Em abril de 2016, além da inclusão das orientações em Literatura, novos artistas chegaram para compor o quadro de orientadores do Programa Vocacional no CEU Heliópolis. Em 2015, primeiro ano de programa, foram atendidos cerca de 90 pessoas, divididas em 6 turmas. Além disso, participaram das ações culturais dos artistas-orientadores cerca de 100 pessoas. Desde abril de 2016, o Vocacional vem atendendo em média 65 pessoas por mês no CEU Heliópolis. As turmas, voltadas para pessoas maiores de 14 anos, do programa Vocacional foram dividas conforme os seguintes horários: ●
Teatro: sexta-feira, das 14h às 18h e das 18h às 22h;
● Artes Visuais: quarta-feira, das 14h00 às 17h00; ● Dança: quarta e sexta-feira, das 13h00 às 16h00; ● Literatura: sábados, das 9h às 13h. PIÁ – Programa de Iniciação Artística O PIÁ é um programa articulado pela SMC e nos CEUs ele conta também com a parceria com a SME. O programa, segundo site da PMSP consiste em (...) levar a metodologia inovadora criada na EMIA para crianças de 5 a 14 anos (...) Como na EMIA, os produtos elaborados a partir dos conteúdos
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pertinentes às Linguagens Artísticas envolvidas no PIÁ - Música, Teatro, Dança e Artes Visuais - são fruto de incessantes transformações e denotam o desenvolvimento da sensibilidade, da percepção, da imaginação e da criação. (...) Aos princípios que inspiram o trabalho da EMIA, somam-se a ocupação cultural dos espaços públicos da cidade de São Paulo e a democratização do acesso à cultura como direito garantido ao cidadão.
Em 2016 o CEU Heliópolis recebe pela primeira vez o PIÁ. Desde abril, estão sendo atendidas cerca de 60 crianças, divididas em 8 turmas.
OBJETIVOS ●
Oferecer oficinas pontuais atreladas ao processo criativo dos grupos
voluntários; ●
Articular os saberes locais aos princípios do Bairro Educador;
●
Articular as oficinas oferecidas por voluntários e instituições parceiras ao PPP
do CEU Heliópolis; ●
Articular oficinas oferecidas pelos diferentes programas da PMSP ao PPP do
CEU Heliópolis.
CRONOGRAMA/CALENDÁRIO Durante o ano de acordo com as agendas do CEU, dos grupos e da PMSP.
PARCERIAS As oficinas são realizadas a partir de parcerias com diversos atores, tais como: SME, SMC, grupos locais, voluntários e outras instituições.
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AGENDAMENTO DE QUADRA Obs.: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA Heliópolis é uma comunidade com pouca área livre para a prática de esportes e lazer. O CEU é um equipamento público que tem o compromisso de atender o direito da comunidade à prática de esportes, lazer e recreação e possui espaços que atendem a esse fim, como por exemplo, as quadras poliesportiva, térrea e ao lado da EMEF Pres. Campos Salles. A partir da perspectiva da gestão democrática, e por deliberação do Conselho Gestor do CEU, o NEL executa periodicamente agendamentos dos espaços destinados à prática de Esporte e ao Lazer, com a intencionalidade de garantir o uso a todos os usuários do CEU. Para tanto, uma das premissas desse processo desenvolvido pelo núcleo foi de que as pessoas organizassem equipes para a realização do agendamento das quadras9. Essa organização permite a identificação e o agrupamento de pessoas distribuídas nas diversas práticas e modalidades esportivas, além de colocá-los em diálogo com a gestão, que as auxilia na compreensão de que a comunidade é a principal responsável pelo zelo com os espaços. A partir daí diversos grupos de moradores da comunidade se organizaram em times devidamente cadastrados e coautores das regras para o uso dos espaços. Cada time indicou três membros que ficaram responsáveis pelos agendamentos mensais. Esta organização possibilita ainda a inclusão de crianças na prática livre dos esportes de quadra, pois com os agendamentos todos têm a mesma oportunidade.
OBJETIVO
Promover à comunidade oportunidades da prática livre de esportes tais como o
futsal, handebol, basquetebol e o voleibol em espaço acolhedor, público e a partir do exercício da autonomia e da responsabilidade, pois a comunidade participa da concepção e do controle das regras de convivência e cuidados para com o espaço. 9
Atividade com regimento e data específicos para o uso das quadras poliesportivas (anexo 5), no qual constam o compromisso e cuidado do espaço e as regras para agendamento todas elaboradas em conjunto entre o NEL e Conselho Gestor.
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AÇÕES PARA 2016
Ampla divulgação das regras de uso das quadras do CEU Heliópolis, acordadas
em Conselho Gestor;
Organização das equipes da comunidade;
Agendamento mensal das quadras poliesportivas;
Horários específicos para agendamento infantil;
Incentivo à reserva de quadras para outras modalidades.
CRONOGRAMA/CALENDÁRIO O agendamento de quadras ocorre na última quarta-feira de cada mês, das 8h00 às 12h00 e das 19h00 às 22h00. Cada equipe pode agendar até quatro horários, com duração de uma hora e meia (1h30min) cada, não sendo permitido o acúmulo de horários em sequência de jogos para que haja distribuição para a maior quantidade de participantes/equipe.
USO RECREATIVO DAS PISCINAS Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
Uso recreativo da piscina - 2016
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HISTÓRICO/ JUSTIFICATIVA Embora o lazer seja um direito garantido pela Constituição Federal Brasileira, os territórios periféricos e populares contam com pouquíssimos espaços destinados a este fim. Na região de Heliópolis, os parques aquáticos dos CEUs (Heliópolis e Meninos) são os únicos equipamentos públicos existentes que possibilitam à comunidade o uso de piscinas. Diante disso, o uso recreativo das piscinas pela comunidade sempre foi intenso, e por isso o plano de ação do NEL, amparado pelas propostas aprovadas em Conselho Gestor, incentiva e promove a utilização dos usuários. As regras de uso livre das piscinas foram garantidas pelo Conselho Gestor para que todas as pessoas possam ter seu direito ao lazer. O parque aquático está à disposição para atividades das unidades educacionais, mediante agendamento prévio, e a comunidade em geral tem seu uso garantido aos sábados, domingos, feriados e datas comemorativas.
OBJETIVOS
Oferecer oportunidade de lazer para crianças, adolescentes, adultos e idosos;
Oferecer um uso recreativo não direcionado;
Atender às famílias;
AÇÕES PARA 2016
Intensificação de orientações aos usuários para o uso adequado das piscinas;
Atender à demanda da comunidade nos finais de semana e feriados, e de terça a
sexta-feira nos horários de intervalos entre as aulas de natação e hidroginástica Sábados, domingos e feriados das 09h30 às 18h00. Terça a sexta-feira das 15h00 às 19h00;
Plano Verão: consiste em ampliar os horários de uso livre das piscinas durante o
período de férias (dezembro e janeiro), com atividades recreativas orientadas por Analistas de Informação e Desporto.
AULAS E PROJETOS - ANALISTAS DE INFORMAÇÃO E DESPORTO 96
Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA Em função do atendimento à demanda local, as atividades físicas orientadas pelos Analistas de Informação e Desporto, em suas diversas modalidades e em atendimento às diversas faixas etárias, são distribuídas durante o horário de funcionamento da unidade. Todas as atividades objetivam a melhoria da qualidade de vida e a promoção da saúde para todas as idades, e estão voltadas para a prática regular de exercícios e jogos. Considerando a expertise de todos os Analistas, o programa esportivo é composto por atividades gímnicas, aquáticas e esportivas coletivas que atendem ao público infantil (acima dos 5 anos), aos adultos e aos idosos. Atualmente, a quantidade de atendimentos com as atividades ultrapassa a margem dos 1100 alunos. Além das aulas, os Analistas desenvolvem atividades de projetos ligados aos processos contínuos do CEU, como o Ludicidade, o EmagreCeu, o Núcleo da Melhor Idade e o Sarau do Varal, que atendem também as crianças de 0 a 5 anos. Tais projetos deverão compor a grade de horário de trabalho destes profissionais a partir do segundo semestre de 2016.
OBJETIVOS
Qualificar o entendimento das demandas por atividades esportivas no CEU,
aumentando, se necessário, a quantidade de aulas com maior procura;
Desenvolver projetos de lazer que venham a ocupar os espaços destinados a este
fim;
Garantir o direito de brincar, assegurado às crianças de 0 a 5 anos, através
atividades lúdicas e educacionais, respeitando as características da faixa etária e proporcionando um atendimento de qualidade.
AÇÕES PARA 2016
Avaliação das demandas dos usuários do CEU Heliópolis, para a manutenção ou reformulação das atividades esportivas vigentes;
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Ampliação do quadro de aulas e desenvolvimento de projetos, de acordo com a portaria nº 3.844 de 20 de maio de 2016, para a efetiva participação da equipe de Analistas no atendimento às quatro dimensões a que se refere a portaria;
Ampliação de atendimento à comunidade.
As modalidades desenvolvidas em 2016 pelos Analistas são:
Alongamento - Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da
flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento, resultando em aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação, resultando também na diminuição de lesões. Benefícios – Aumenta a mobilidade articular, corrige a postura e alivia as tensões e as dores.
Alongamento - 2016
Basquete - O basquetebol é um esporte no qual competem duas equipes
constituídas por cinco jogadores cada. O objetivo é acertar a cesta da equipe adversária. As aulas consistem em trabalhar a modalidade, principalmente, de forma educacional, estimulando o trabalho em equipe e o respeito ao adversário e às regras do jogo. 98
Benefícios - Desenvolvimento de força, fortalecimento dos ossos, melhora da resistência cardiovascular, melhora do equilíbrio e da coordenação e desenvolvimento da concentração e da autodisciplina.
Circuito Aeróbico - Combinação de vários exercícios diferentes, montados em
forma de circuito, sem pausa para descanso, garantindo o trabalho de músculos diferentes no mesmo exercício, acelerando a queima de calorias se comparado com exercícios aeróbicos convencionais. Benefícios - Melhora o condicionamento físico, alivia o estresse, previne doenças, trabalha todos os músculos e melhora a circulação sanguínea.
Clube da Caminhada - Atividade de fácil acesso para todas as pessoas, de baixo
impacto e sem contraindicações. Benefícios - Melhora a circulação, deixa o pulmão mais eficiente, combate a osteoporose, proporciona sensação de bem-estar, auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes.
Futsal - O futsal é uma atividade física que desenvolve habilidades motoras
gerais como locomoção, coordenação, domínio de bola, manipulação e equilíbrio através de movimentos específicos. Benefícios - Melhora a capacidade cardiovascular e o condicionamento físico em geral, promove melhoria no equilíbrio, na agilidade e na percepção espacial, desenvolve a concentração e a autodisciplina.
Ginástica Artística - consiste em um conjunto de exercícios corporais
sistematizados, em que se avaliam a força, a agilidade e a elasticidade. Os ginastas realizam exercícios em aparelhos oficiais. Benefícios- Flexibilidade, fortalecimento muscular, aumento do repertório motor, aumento da concentração e da coordenação motora.
Ginástica Geral - Atividade física que consiste na elaboração de uma coreografia
envolvendo todas as possibilidades de movimentos, não possui restrições à participação, sendo acessível a todas as pessoas. Benefícios - Contribui para o bem-estar físico e psíquico, agindo como fator cultural e social, atua na prevenção de doenças e melhora a autoestima.
Ginástica Localizada - Atividade física que consiste em uma variedade de
movimentos simples, geralmente feitos sem o uso de equipamentos, utilizando-se de
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movimentos como flexões e saltos, aproveitando-se apenas do peso do corpo, trabalha músculos específicos. Benefícios - melhora o condicionamento físico, fortalece a musculatura, melhora a agilidade, equilíbrio e coordenação, aumenta a capacidade cardiorrespiratória, melhora a autoestima, bem-estar e disposição.
Ginástica Localizada - 2016
Ginástica Aeróbica - Atividade física onde se realizam movimentos de ginástica
de forma continuada e em alta intensidade, utilizam-se músicas motivacionais e de marcação rápida. Benefícios - Maior socialização e elevação da autoestima, alivia o estresse, melhora a disposição, fortalece os músculos, melhora a circulação, melhora a postura e previne o risco de doenças.
Hidroginástica - Atividade física aeróbia leve, que pode ser praticada por todas as
pessoas, consiste em realizar movimentos de ginástica dentro da piscina.
Hidroginástica - 2016
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Benefícios - Melhora a saúde mental, diminui o risco de desenvolver doenças crônicas, melhora a resistência muscular, melhora a flexibilidade e o sistema cardiovascular.
Iniciação Esportiva - Atividade física que oferece ao praticante inúmeras
possibilidades e vivências motoras no processo de aprendizagem de um grande número de jogos e modalidades esportivas. Benefícios - Melhora a capacidade cardiovascular e o condicionamento físico em geral, promove melhoria no equilíbrio, na agilidade e na percepção espacial, desenvolve a concentração e a autodisciplina, desenvolvimento de senso de equipe e colaborativo, desenvolvendo a solidariedade.
Natação - Atividade que consiste em deslocar-se no ambiente aquático com
independência e autonomia, através de movimentos coordenados de membros inferiores e superiores, aliados à respiração. Benefícios - Fortalecimento da musculatura cardíaca, fortalecimento dos músculos torácicos, melhora a autoestima, reduz o risco de diabetes, equilibra os níveis de colesterol, melhora a força e o tônus muscular.
Pilates - Atividade física que utiliza o peso do próprio corpo na execução de
seus exercícios. Trabalha a reeducação do movimento através de movimentos suaves e contínuos, com ênfase na concentração, no fortalecimento e na estabilização dos músculos centrais do corpo (Abdômen, coluna e pelve). Benefícios - alonga, tonifica e define a musculatura; melhora a postura; reduz o estresse e alivia as tensões; deixa a coluna mais forte e flexível; aumenta a coordenação e o equilíbrio; corrige sobrecargas e alinha os músculos; melhora a mobilidade e a agilidade; e previne o risco do desenvolvimento de doenças.
Ritmos - Aula de dança com coreografias estimulantes e simples, misturando
vários ritmos atuais como: Dance, Axé, Sertanejo, Música latina. Benefícios- Melhora a coordenação motora, auxilia na diminuição e manutenção do peso, diminui o estresse, proporciona sensação de bem-estar.
Rugby - Esta modalidade é uma adaptação feita ao jogo de Rugby tradicional, é
ideal para a iniciação ao jogo e para a sua implementação em quadras. O jogo não envolve contato físico, sendo o tackle (interceptação do atleta) substituído pelo arrancar de uma (de duas) fitas que cada jogador tem à cintura, e que são presas por velcro a um
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cinto próprio. Assim, todo o jogo se desenrola com o objetivo de ultrapassar a linha de fundo adversária. Benefícios - Desenvolvimento de disciplina, respeito, lealdade, camaradagem, responsabilidade, comprometimento, espírito de equipe e jogo justo.
Tênis de mesa - Conhecido popularmente como "pingue-pongue", o esporte
requer que o praticante lance a bola com o auxílio de uma raquete, por cima da rede, na área da mesa do adversário, somando pontos quando o oponente não consegue devolvêla. Benefícios - melhoria de coordenação, força, resistência, velocidade; aumenta a capacidade de concentração, desenvolve o raciocínio rápido, melhora os reflexos, desenvolve o controle emocional e melhora o relacionamento interpessoal.
Vôlei Adaptado - Consiste em segurar a bola recebida para lançá-la para o outro
lado da rede. O aluno tem até três toques para que seja obrigado a arremessar com o objetivo de tocar o chão. Voltado para o público idoso. Benefícios - Promove a socialização dos praticantes, aumenta o nível de concentração, melhora a coordenação motora, melhora a respiração e aumenta a resistência cardiopulmonar.
Vôlei - esporte praticado em uma quadra dividida em duas partes por uma rede,
possuindo duas equipes de seis jogadores, uma em cada lado. O objetivo é passar a bola sobre a rede de modo que esta toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo em que se evita que o adversário faça o mesmo. Benefícios - estimula a interação e a sociabilização, aumenta a resistência muscular, diminui o estresse, estimula o senso de equipe, cooperação e solidariedade.
OFICINAS – ORIENTADORES VOLUNTÁRIOS E PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
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HISTÓRICO/JUSTIFICATIVA Em 2009, momento de implantação do CCECH, várias oficinas foram articuladas pelo grupo gestor e oferecidas à população de Heliópolis, sendo a maioria desenvolvida por professores voluntários que permanecem até hoje com suas atividades. Os Orientadores Voluntários e os Orientadores vinculados a instituições parceiras do CEU desenvolvem suas atividades de acordo com o Projeto Político Pedagógico aqui apresentado, e atendem a todas as especificações e condutas para a sua realização. Atualmente cerca de 1000 pessoas são atendidas nas oficinas promovidas pelos Orientadores Voluntários e Parceiros, que agregam crianças a partir dos cinco anos, adolescentes, adultos e idosos.
OBJETIVO
Fomentar, articular e monitorar continuamente parcerias e ações de voluntariado para as práticas esportivas, recreacionais e de lazer no CEU, de modo a ampliar o atendimento à população e promover a ampla troca de saberes.
AÇÕES PARA 2016
Manutenção das oficinas;
Organização de novas turmas de acordo com a demanda local;
Plano de ação para o desenvolvimento de projetos compartilhados com os outros
núcleos do CEU (educação e cultura);
Monitoramento dos planos de aulas e do fluxo de pessoas nas atividades;
Formação continuada aos voluntários, a partir do Projeto Político Pedagógico do
CEU.
As modalidades desenvolvidas em 2016 pelos Voluntários são:
Capoeira - expressão cultural afro-brasileira que mistura dança, cultura popular e música. É caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos e elementos acrobáticos.
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Grupo de Capoeira - 2016
Benefícios - resistência, agilidade, flexibilidade, velocidade, equilíbrio, coordenação, melhora as capacidades cardiovascular e respiratória, melhora o condicionamento físico e mental, torna o corpo mais forte e melhora o estado de saúde em geral.
Karatê - O caratê é uma arte marcial que consiste em desferir golpes utilizando socos, pontapés, golpes de joelho, cotoveladas e técnicas de mão aberta.
Aula de Karatê - 2016
Benefícios - fortalece a musculatura cardíaca, ossos e músculos; desenvolve resistência, coordenação motora e visual; diminui o risco do aparecimento de doenças; desenvolve paciência, disciplina, perseverança, compreensão, concentração e foco.
Kickboxing - Consiste em um método de luta que utiliza golpes como socos, chutes de canela, joelhadas, cotoveladas e chutes dos mais variados possíveis.
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Benefícios - Perda de peso, definição muscular, melhora no condicionamento físico, cardiovascular e respiratório, melhora na coordenação motora, alívio do estresse, melhoria da autoestima, aumento da agilidade e concentração.
Taekwondo - Versão de combate desarmado desenvolvido com a finalidade de autodefesa. As técnicas de combate envolvem chutes, bloqueios e esquivas com as mãos e os pés livres para a destruição rápida do movimento do oponente.
Benefícios - Melhora a coordenação motora, flexibilidade, equilíbrio e concentração; desenvolve a capacidade de defesa pessoal; desenvolve o espírito de grupo e promove a disciplina; melhora a autoconfiança e a autoestima; promove o autocontrole e o respeito ao próximo.
Zumba - é um programa de ginástica inspirado principalmente pelas danças latinas. Utiliza-se de coreografias com passos simples e intervalos entre elas com a finalidade de acelerar a queima calórica.
Aula de Zumba – 2016
Benefícios - Favorece a perda de gordura; aumenta a autoestima e a interação social; melhora a coordenação motora e os reflexos; melhora o sistema cardiovascular; fortalece a musculatura e estimula a memória.
As modalidades desenvolvidas em 2016 pelos Parceiros são:
Futebol de Rua – Calejeiro: “Futebol Callejero” - futebol de rua em tradução livre, nasceu a partir da ideia da Organização Defensores del Chaco em ampliar o espaço de diálogo entre jovens argentinos de comunidades com altos índices de vulnerabilidade social. Atualmente, esta iniciativa se difundiu por toda a América Latina e países da Europa e África. O principal objetivo é fazer com que o futebol, um esporte popular e de massa, sirva de maneira eficiente para a 105
transformação social e formação de lideranças infanto-juvenis, promovendo direitos educativos, culturais e da juventude, tendo em vista a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável. As instituições parceiras são a Ação Educativa e a UNAS.
Futebol de Rua: Esta modalidade de esporte educacional é desenvolvida por uma ONG com sede em Curitiba (PR), que mescla o futebol com atividades educacionais e de orientação através de clínicas, palestras educativas, sempre abordando temas como saúde pública, cultura, atualidades e cidadania.
CHUTANDO PARA O ALVO: O Projeto Chutando para o Alvo teve inicio com o professor Roberto Jefferson no ano de 2006. Nasceu da necessidade de oportunizar para as crianças e jovens da comunidade de Heliópolis uma atividade na perspectiva de contornar a exposição frente à vulnerabilidade social local, tornando-as “craques na vida”. Este projeto utiliza como principal ferramenta motivadora o esporte, na modalidade futsal, aproveitando o amor e a paixão de seu público pela linguagem universal mais utilizada nos quatro cantos do planeta. Aproveita-se deste enredo para atrair crianças e jovens para transformar suas vidas por intermédio das vivências, ações e valores aplicados durante a prática.
6 – PROGRAMAS Ações que acontecem através da PMSP, que podem se repetir e que são coordenadas ora por algum núcleo específico, ora de modo integrado
RECREIO NAS FÉRIAS DESCRIÇÃO
Segundo o comunicado Nº 560, publicado pela SME em 08 de abril de 2015 O Programa “Recreio nas Férias” apresenta um novo conceito de lazer e formação lúdica/cultural como integrantes do processo educacional, visando proporcionar às crianças e adolescentes participantes das diversas regiões de São Paulo a possibilidade de perceberem-se como parte viva e pulsante da Cidade, e, assim, fruir os bens culturais e recreativos que ela oferece.
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O Programa prevê a criação de ambientes de convivência
lúdica,
de
lazer
e
de
desafios,
dinamizando os equipamentos sociais das Secretarias envolvidas,
enquanto
diversificadas,
na
espaços perspectiva
de
vivências
das
Cidades
Educadoras. Pretende despertar em cada criança, em cada família, em cada educador a ideia de que o lazer é um direito que deve ser assegurado a todos, Atividade Recreio nas Férias 2015
imprescindível para a qualidade de vida e o bem-estar
social. Durante o período de realização do Recreio são oferecidas diversas atividades para as crianças e adolescentes inscritos: apresentações culturais, oficinas, passeios a pontos distintos da cidade, atividades de recreação em geral coordenadas em conjunto com a equipe gestora do CEU e a equipe especialmente contratada pela SME, para o Recreio nas Férias.
PERIODICIDADE O Recreio nas Férias é realizado nas férias escolares, normalmente com duração de uma a duas semanas dos meses de janeiro e julho. O CEU Heliópolis participa da programação desde janeiro de 2012.
PARCERIAS O Recreio nas Férias é realizado pela SME, em parceria com outras secretarias, além do SESC-SP e outras instituições da cidade.
PÚBLICO ALVO Crianças e adolescentes de 04 a 14 anos.
BALANÇO O CCECH recebeu o programa Recreio nas Férias em todas as suas edições desde 2012. Desde que o Centro se tornou o CEU Heliópolis houve duas edições, realizadas em Julho de 2015, com o tema “Brincadeiras de Matrizes Africanas” e janeiro de 2016, com o tema “Brincando com Olimpíadas e Paralímpiadas”.
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Desde 2012, calcula-se que participaram do programa aproximadamente 350 crianças. Já nessas duas últimas edições, tivemos uma participação média de 250 crianças.
SÃO PAULO INTEGRAL Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO Em 2015 a SME constitui um Grupo de Trabalho que se debruçou sobre as diferentes experiências de Educação Integral das escolas da cidade e a partir desse mapeamento elaborou uma proposta de Educação Integral em Tempo Integral que visa potencializar a qualidade social da educação. Essa proposta foi consolidada na Portaria nº 7.464, de 03 de dezembro de 2015 que, segundo site da PMSP (...) propõe diretrizes para a ampliação do tempo de permanência das crianças e adolescentes em ambiente educativo, considerando os princípios e diretrizes pedagógicas da Educação Integral em tempo integral. O Programa “São Paulo Integral” reflete as diretrizes gerais do Programa Mais Educação, criado em 2007 pelo Ministério da Educação, que expande o tempo diário escolar para o mínimo de sete horas e amplia as oportunidades educativas dos estudantes. No município de São Paulo a proposta se alinha ao vigente Plano Municipal de Educação de São Paulo (PME) e com o Programa Mais Educação São Paulo (...)
A portaria estabeleceu normas para as escolas que aderiram ao programa, que visava, neste primeiro momento, as séries do Ciclo de Alfabetização, mais especificamente dos primeiros anos. Ainda segundo o site da PMSP No Ensino Fundamental a organização curricular já existente será complementada por mais dez horas-aula semanais de atividades curriculares de expansão, contemplando os seguintes “Territórios do Saber”: 1- Comunicação, Oralidade e Novas Mídias; 2- Cultura, Arte e Memória; 3- Orientação de Estudos e Invenção Criativa; 4- Consciência Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária; 5- Ética, Convivência e Protagonismos; e 6- Cultura Corporal, Aprendizagem Emocional e Promoção da Saúde.
Depois de intenso debate com a comunidade, no conselho de escola e em reuniões específicas para este fim, a EMEF Pres. Campos Salles, optou por aderir ao Programa São Paulo Integral, ampliando a jornada escolar dos primeiros anos. 108
Para consolidar o programa, a EMEF Pres. Campos Salles contou com o apoio da gestão do CEU Heliópolis que participou das reuniões do conselho gestor e com as famílias dos estudantes das turmas de primeiro ano, assim como na construção do currículo com foco no território do saber, articulando espaços do CEU.
PERIODICIDADE O Programa é anual e, em 2016, foi implementado um processo piloto que está em revisão e readequação para vigência em 2017.
PARCERIAS O programa é realizado pela SME e pelas DREs, através da adesão das escolas e, no caso do CEU Heliópolis, também conta com o apoio da gestão.
PÚBLICO ALVO Preferencialmente os primeiros anos das escolas de ensino fundamental da Rede Municipal de Educação (RME).
BALANÇO Em 2016, três turmas de 25 estudantes dos primeiros anos da EMEF Pres. Campos Salles estão sendo atendidas. As atividades incluídas no Território do Saber são:
Memórias e Fotografias – Prof.ª Abilene Sandes da Silva e Prof.ª Marrien Ferreira Correa. Realizada no Espaço Literário e Tecnológico da EMEF;
Músicas e Brincadeiras Cantadas – Prof.ª Eleine Cabral dos Santos. Realizada no auditório da Biblioteca do CEU Heliópolis;
Experiências Aquáticas – Prof. Thiago de Brito Gerosa. Realizada na piscina do CEU Heliópolis.
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SÃO PAULO ABERTA – PROGRAMA AGENTES DE GOVERNO ABERTO Obs: Coordenado prioritariamente pelos Núcleos de Ação Educacional e Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO O programa é uma iniciativa da PMSP que se trata de, segundo o site da São Paulo Aberta
um conjunto de iniciativas articuladas de transparência, participação, inovação e integridade nas políticas públicas. A cidade de São Paulo implementa esta agenda ao desenvolver estratégias para: Ampliar os processos de participação na tomada de decisões; Garantir a transparência, por meio do acesso às informações públicas; Desenvolver processos que estimulem a integridade e reponsabilização do poder público e seus agentes; Fomentar a criação e uso de ferramentas de inovação tecnológica e social.
Para que essas iniciativas pudessem ser realizadas foi criado, em janeiro de 2014, o Comitê Intersecretarial de Governo Aberto (CIGA/SP). Uma das ações deste programa é a formação da população local através dos chamados “agentes de governo aberto” que se inscreveram através de edital próprio e ministram oficinas pela cidade, inclusive nos CEUs.
PERIODICIDADE Variável.
PARCERIAS CIGA/SP e SME.
PÚBLICO ALVO Varia de acordo com a oficina oferecida.
BALANÇO
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Em 2016, foram oferecidas duas oficinas no CEU Heliópolis: “Introdução à lógica da programação Aplicada ao Governo Aberto” e “Cartografia Cultural”, que atenderam cerca de 40 pessoas da comunidade.
ENTRETODOS Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO O Entretodos é um festival de curtas sobre Direitos Humanos que acontece anualmente na cidade de São Paulo. Abrem-se inscrições para participação e após uma curadoria, os filmes são exibidos em cinemas, CEUs, escolas públicas, cineclubes, entre outros. O foco é o conteúdo e a discussão acerca dos Direitos Humanos, a partir de filmes inovadores e inteligentes, sejam eles amadores ou profissionais. O Festival Entretodos tem por objetivo ampliar o debate sobre questões fundamentais relacionadas aos Direitos Humanos, por meio de narrativas audiovisuais curtas (vídeo, película, câmeras de celular).
PERIODICIDADE Acontece anualmente durante uma semana. O CEU Heliópolis participa do festival, como sede de exibição de curtas, desde 2013.
PARCERIAS A organização do Festival é feita pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, realizado pela PMSP e apoiado pela SpCine (empresa de audiovisual da PMSP) e State Produções.
PÚBLICO ALVO A exibição dos filmes do Festival Entretodos no CEU Heliópolis é direcionada essencialmente para estudantes do Ensino Fundamental.
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BALANÇO Desde a primeira edição do Festival Entretodos no CEU Heliópolis, foi possível alcançar muitas pessoas. Em 2015, cerca de 650 espectadores participaram da exibição dos filmes. Não há uma data prevista para exibição dos curtas no CEU para 2016.
VIRADA ESPORTIVA Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO A Virada Esportiva é um programa da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME), que ocorre durante dois dias do ano, promovendo atividades de esportes e lazer em diversos lugares da cidade de São Paulo. O evento vem se constituindo como o maior de temática esportiva já planejado em São Paulo. A virada apresenta muitas modalidades, incluindo algumas que ainda são pouco conhecidas e valorizadas no país. Sob o tema “Só vai ficar parado quem quiser”, a ideia é que durante o evento as pessoas possam experimentar atividades físicas e incorporá-las à sua rotina diária. A Virada Esportiva acontece em diversos equipamentos esportivos da cidade, nos parques, nas praças e também nos CEUs. No CEU Heliópolis, a Virada Esportiva é realizada desde 2013.
PERIODICIDADE O programa acontece uma vez por ano, com dois dias de duração, sempre aos sábados e domingos. Em 2015 o evento aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro.
PARCERIAS É um programa da SEME em parceria com a SME.
PÚBLICO-ALVO Pessoas de todas as idades interessadas em conhecer e praticar esportes, seja individual ou coletivo.
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BALANÇO Em 2015, a Virada Esportiva no CEU Heliópolis foi importante para a divulgação dos esportes que já acontecem no espaço, como: Karatê, Kickboxing, Capoeira, Tai Chi Chuan, Futsal, Vôlei, Tênis de Mesa, Natação, Hidroginástica, Ginástica Localizada e Caminhada. Além da divulgação através de aulas abertas, em 2016 contamos com brinquedos infláveis para as crianças e uma competição de vôlei. Ao todo foram atendidas aproximadamente 1.000 pessoas durante o evento.
TEMÁTICO DE ARTES MARCIAIS Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO O Temático de Artes Marciais é um programa da SEME em parceria com as federações de artes marciais, para a prática de Karatê, Boxe, Judô, Jiu-Jitsu, Tae-KwonDo, Tai Chi Chuan, Kung Fu e Kickboxing, como atividades esportivas e recreativas de caráter socioeducativo. As aulas têm uma hora de duração, com três turmas distintas, sendo duas na semana e uma aos sábados. A partir dos quatro anos de idade, todos os interessados podem se inscrever, com exceção do Boxe, que é a partir dos 10 anos e do Tai Chi Chuan, que é a partir dos 17 anos. As federações são responsáveis pelos professores de cada modalidade, assim como pelo fornecimento dos uniformes e materiais esportivos para as oficinas. No CEU Heliópolis a modalidade contemplada neste programa é o Tai Chi Chuan, que teve início em janeiro de 2015.
PERIODICIDADE O novo convênio entre SEME e as Federações estabelece mais dois anos de duração. As aulas de Tai Chi Chuan no CEU Heliópolis estão divididas em três turmas: Turma A - terças e quintas das 9h30 às 10h30; Turma B - terças e quintas das 10h30 às 11h30;
Turma C - sábados das 10h15 às11h15.
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PARCERIAS O Temático de Artes Marciais é uma parceria entre a SEME, as federações de artes marciais de cada uma das modalidades ofertadas e a SME.
PÚBLICO-ALVO Pessoas da comunidade e regiões próximas com idade acima de 17 anos, de ambos os sexos.
BALANÇO O Tai Chi Chuan teve início em janeiro de 2015 e depois de um trabalho de divulgação da modalidade que é pouco conhecida nas regiões periféricas da cidade, a adesão se tornou grande, com aproximadamente 35 alunos por turma. Em 2016, dando continuidade ao programa, as aulas são oferecidas nos mesmos horários. Todas as turmas estão com as vagas esgotadas.
OLIMPÍADAS ESTUDANTIS Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO As Olimpíadas Estudantis são a maior competição escolar da cidade de São Paulo, contando com ampla participação de estudantes das EMEFs. Em 2015, sediada em parte pelo CEU Heliópolis, aconteceu a IX Olimpíada Estudantil, com as modalidades individuais de Atletismo, Ginástica Rítmica, Ginástica Artística, Judô, Natação e Tênis de Mesa e as modalidades coletivas Rugbi, Futsal, Handebol e Voleibol.
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PERIODICIDADE As Olimpíadas Estudantis acontecem anualmente.
PARCERIAS SME com o apoio técnico da Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo (FEDESP).
PÚBLICO-ALVO Estudantes do Ensino Fundamental das escolas municipais de São Paulo.
BALANÇO O CEU Heliópolis sediou em 2015 os jogos de Voleibol Pré-mirim, Mirim e Infantil Masculino e Feminino nos dias 5, 6, 9, 10, 11, 12 e 13 de novembro. Foram atendidos aproximadamente 630 atletas/estudantes nestes sete dias.
INTERCEUs Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO O INTERCEUs é uma competição realizada entre os alunos matriculados nas aulas dos CEUs e envolvem torneios esportivos nas modalidades: basquetebol, futsal, handebol, voleibol, rugby, natação, atletismo, judô, ginástica rítmica, ginástica artística, tênis de campo e de mesa. Todas as modalidades têm suas disputas regionais, em polos específicos, e as respectivas fases finais em uma etapa municipal. Estes eventos têm como objetivo promover por meio da prática esportiva a inclusão, integração esportiva, intercâmbio e a confraternização entre os participantes. Bem como ampliar as oportunidades de socialização e aquisição de hábitos saudáveis, incentivar a prática do esporte, estabelecer identidade do aluno com a modalidade e a unidade escolar e incentivar talentos esportivos, dando continuidade à prática e, quando for o caso, encaminhando-os para o esporte de rendimento.
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PERIODICIDADE Anual.
PARCERIAS O programa é realizado pela COCEU, mais especificamente pela Diretoria de Divisão de Esporte, Corpo e Movimento (DIESP), pelos integrantes de diferentes DREs e pela FEDESP.
PÚBLICO ALVO Participantes de projetos ou atividades esportivas desenvolvidas em unidades CEU com idades entre 6 e 17 anos.
BALANÇO O CEU Heliópolis participará do INTERCEUS pela primeira vez em 2016, nas modalidades futsal pré-mirim e mirim masculino, basquete mirim masculino e tênis de mesa.
JOGOS DA CIDADE Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO Os Jogos da Cidade são organizados pelas Subprefeituras e pelas DREs. Têm característica competitivo amadora, desenvolvidas em três etapas: Pré Regional, Regional e Municipal, nas quais diferentes modalidades esportivas coletivas e individuais são disputadas: futebol de campo, futsal, basquetebol, Handebol e Voleibol nas categorias masculino e feminino.
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PERIODICIDADE Anual.
PARCERIAS Coordenadoria de Gestão das Políticas e Programas de Esporte e Lazer – CGPE, da SEME, com a colaboração da Secretaria Municipal das Subprefeituras – SMSP, e outros órgãos governamentais e privados.
PÚBLICO ALVO Clubes públicos e privados, CEUs, estabelecimentos de ensino, estabelecimentos religiosos, comunitários, comerciais e de prestação de serviços ou outros.
BALANÇO O CEU Heliópolis sediará pela primeira vez os Jogos da Cidade em 2016, na modalidade Futsal Masculino entre os dias 18 e 26 de Junho.
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7 – PROJETOS Ações que se desenvolvem mais pontualmente e que têm um período de duração determinado, coordenadas ora por algum núcleo em específico, ora de modo integrado
CURSINHO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULINHO DA ETEC Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA E/OU DIAGNÓSTICO O Preparatório
Cursinho para
o
Vestibular da ETEC é um projeto que nasceu em 2014, e que foi realizado em 2015 pela UNAS em parceria com a Associação Assistence. Tal projeto tem como objetivo contribuir Aula do cursinho - 2015
para
o
aumento
das
possibilidades de acesso e permanência nos cursos da ETEC por parte dos alunos da região oriundos de escolas públicas. Apesar da ETEC Heliópolis estar instalada dentro da comunidade e se tratar de uma instituição pública, muitos estudantes de Heliópolis não se sentiam estimulados a prestar o vestibulinho e acabavam desistindo antes mesmo de tentar fazer a prova. Por essa razão grande parte dos alunos da ETEC, vinham de outras regiões da cidade.
No ano de 2014 o projeto se desenvolveu graças à contribuição de alguns professores voluntários e a uma parceria com o Projeto Heliópolis (da FE-USP 118
encerrado em 2015). Por isso, a fim de garantir a continuidade do projeto buscamos novas parcerias e com a ajuda da UNAS e da Assistence – que fizeram a captação e administração e financiamento dos recursos do projeto - pudemos remunerar um grupo de quatro educadores bolsistas e duas coordenadoras estagiárias. Nesses dois anos de duração, já conseguimos alcançar cerca de 300 jovens e hoje o cursinho é um projeto conhecido e procurado pela comunidade. Em 2015 tivemos cerca de 140 inscritos divididos em quatro turmas, além de uma lista de espera com mais de 60 alunos. Cerca de 70 estudantes do cursinho acessaram não só a ETEC Heliópolis, mas outras ETECs da cidade. Em 2016, buscamos outras parcerias para financiar o projeto, em conjunto com a UNAS. Alguns dos princípios que norteiam o movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador são a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade. Por isso, a UNAS e o CEU Heliópolis procuraram desenvolver neste projeto uma metodologia semelhante à EMEF Pres. Campo Salles, referência em educação democrática. Tal metodologia tem como base a formação de um aluno autônomo, que entenda que a construção do conhecimento se dá de forma coletiva, mas que o aprofundamento não depende apenas do auxílio de um professor ou mesmo de uma aula expositiva. Uma grande parte do trabalho no cursinho é realizada em grupos. A autonomia garante que o espaço de estudos se amplie para além da “sala de aula”, e que esses alunos consigam se adaptar ao ambiente da ETEC. A confiança garante que eles se sintam capazes e não se intimidem diante das provas, situando-os como cidadãos de direitos e deveres. Os educadores responsáveis pelas turmas trabalham com os alunos no primeiro período a partir de um banco de questões de vestibulinhos anteriores, previamente selecionado e apoiado por livros e materiais didáticos, resolvendo dúvidas dos estudantes e dificuldades que possam surgir no decorrer do processo. Além disso, também trabalham com aulas expositivas, rodas de conversa, seminários, simulados, filmes e confraternizações. No início do ano letivo, organizamos em conjunto com as equipes gestoras da ETEC e das escolas de Ensino Fundamental da comunidade um processo de visitação aos laboratórios e instalações da ETEC Heliópolis. Nesse momento, também realizamos uma palestra sobre a forma de ingresso e os cursos oferecidos na escola. Essa ação tem uma importância simbólica muito grande: os alunos das escolas de ensino fundamental da região entram na ETEC e conhecem seus cursos, seus espaços, sua coordenação e seu 119
modo de funcionamento, começando um processo de identificação daquele local, como um espaço público. Em 2016, procuraremos integrar os alunos do cursinho aos eventos e ações do Calendário Temático do CEU Heliópolis e aos encontros dos movimentos sociais da região que visam à melhoria da qualidade de vida e à garantia de direitos para os moradores de Heliópolis. Consideramos de extrema importância a rearticulação dos recursos para continuarmos o atendimento com a mesma qualidade de 2015. Pretendemos manter a metodologia, que foi bem avaliada por professores e alunos, mas aprimorar o acompanhamento individual para identificar e potencializar as capacidades e talentos dos estudantes.
OBJETIVOS Geral Contribuir
para
permanência de
o aumento das possibilidades de acesso, ingresso e jovens e adultos de Heliópolis e Região na ETEC de
Heliópolis. Específicos Criar um ambiente seguro, para que se abordem escolhas e planos de vida; Estimular uma postura ativa, autônoma, pesquisadora entre estudantes e professores.
Confraternização da turma de 2015 do Cursinho Preparatório
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AÇÕES E CRONOGRAMA 2016 Período
Atividade
Março e Abril
- Reunião com ETEC e escolas de Ensino Fundamental para articulação das visitas; - Visitas à ETEC.
Janeiro a Julho
- Rearticulação da parceria financeira; - Contratação de professores; - Planejamento com os professores.
Agosto a Dezembro
- Realização de reuniões pedagógicas semanais; - Realização de aulas do cursinho; - Avaliação do projeto em 2016.
Além desse cronograma, também é possível realizar outras articulações para participação dos alunos e professores:
Atividades do Calendário Temático;
Reuniões do Movimento Sol da Paz;
Reuniões do Fórum da Juventude da UNAS (uma quarta-feira por mês às 16h);
Encontro da Juventude (26 de agosto) – organização de uma comissão para participar de reuniões prévias.
Turmas e horários Dia
Turma 1
Turma 2
Turma 3
Turma 4
Quarta e Sexta das 18h30 às 22h30 Terça e Quinta das 14h30 às 18h30 Sábado das 9h às 13h
121
PÚBLICO ALVO 80 jovens e adultos moradores que queiram ingressar em cursos técnicos.
RECURSOS/PARCEIROS Quatro professores e um estagiário de coordenação, material didático, salas de aula. O projeto conta com a parceria com a UNAS e uma entidade financiadora.
AVALIAÇÃO Reunião de avaliação entre os diferentes atores participantes do projeto, elaboração de relatórios, contendo aspectos qualitativos e quantitativos. O relatório final de 2015 pode ser encontrado em: https://goo.gl/ETkVcQ.
HELIPA NA UNIVERSIDADE Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA E/OU DIAGNÓSTICO Foi observado, a partir da experiência do cursinho preparatório para o Vestibulinho da ETEC, que também havia uma demanda para a realização de um projeto que visasse apoiar jovens e adultos de Heliópolis que desejam estudar em uma universidade. Sabemos que o sistema de admissão em universidades públicas promove a exclusão de jovens e adultos de baixa renda. O SIS (Síntese de Indicadores Sociais do IBGE) de 2013 revelou que apenas 7,2% dos estudantes de ensino superior estão na faixa dos 20% de brasileiros com menores rendimentos. A estatística é alarmante, mas também representa avanço, pois em 2004 essa porcentagem de estudantes era de apenas 1,4%. Tal avanço pode ser explicado pelo investimento em políticas de democratização de acesso ao ensino superior iniciado em 2003. Não obstante o aumento pontuado, a estatística ainda escancara a existência de uma enorme desigualdade de oportunidades para os jovens de baixa renda. No contato com algumas escolas estaduais do entorno, pudemos perceber que a maioria dos jovens não considera continuar seus estudos no ensino superior,
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principalmente em universidades públicas, até porque desconhece as políticas existentes de democratização do acesso. O Helipa na Universidade surgiu em 2015 da inquietação e do desejo de transformar essa realidade. Ainda que seu principal objetivo seja o de aumentar as chances de ingresso dos moradores de Heliópolis nas universidades, principalmente nas públicas, o projeto não se exime de uma reflexão sobre os sistemas de seleção e das condições da escola básica pública, especialmente as de ensino médio, atrelada a uma análise do contexto atual. Por isso, investiu-se no desenvolvimento e aprofundamento do pensamento crítico acerca das questões políticas, sociais e culturais, para problematizar e desnaturalizar diversos processos de exclusão experimentados pelos alunos. Além disso, pretendeu-se criar um ambiente afetivo e de confiança, para que os estudantes pudessem, em parceria com os professores e coordenadores, pensar, pesquisar, se informar e, sobretudo, fomentar sonhos, escolhas e desejos individuais e coletivos. Em 2015 foi realizado um projeto piloto, que contemplou 40 estudantes, em parceria com a Geekie, startup criadora de uma plataforma interativa online de estudos para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio – que promove o acesso a diversas universidades federais, ao PROUNI, FIES e colabora no ingresso para algumas universidades estaduais), que opera a partir de um primeiro simulado e das opções de curso do usuário, realizando uma orientação de estudos, com o levantamento das matérias de mais dificuldade do aluno e o posterior gerenciamento de seu tempo de estudos. São indicadas duas horas de uso semanais, e para isso foram organizadas oficinas de duas horas e meia para orientação e uso da plataforma no laboratório de informática do CEU Heliópolis. Neste piloto, além do uso da plataforma orientado por um monitor contratado pela Geekie, também foram abordados conteúdos do Ensino Médio através de oficinas presenciais de redação, atualidades, idiomas e EntreMídias, ministradas por professores voluntários. Essas oficinas foram articuladas para criar um maior vínculo com os jovens, apoiando-os ainda mais em seu preparo para o ENEM. A escolha dos temas dessas oficinas surgiu por meio de uma reflexão sobre os nossos objetivos: queríamos espaços reflexivos com turmas pequenas, que proporcionassem uma aproximação com os alunos para conhecer sua história e suas escolhas. Cada oficina teve mais de uma opção de horário e o uso da plataforma teve três horários disponíveis. O aluno pôde
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escolher as oficinas que desejava participar, de acordo com seu interesse e disponibilidade. A partir dessa experiência, concebemos o projeto de 2016. A ideia é tornar a plataforma Geekie Games um dispositivo centralizador e orientador dos estudos, fazendo com que os estudantes do Helipa na Universidade desenvolvam uma autonomia responsável em relação aos estudos. Para tanto, o uso da plataforma será acompanhado por uma Tutoria, que auxiliará os estudantes na organização de um plano de estudos individual, identificando as áreas nas quais possuem mais dificuldade para que possam, assim, se inscrever nas oficinas que lhes são mais necessárias. Além disso, os tutores também poderão acompanhar o desenvolvimento de projetos de pesquisa individuais, os processos de escolha profissional e as inscrições nos diferentes vestibulares. Além disso, também fizemos ações de aproximação com as escolas de ensino médio próximas ao CEU Heliópolis. A função dessas ações foi divulgar o projeto e, simultaneamente, promover uma discussão sobre o ENEM e o ensino superior como um horizonte possível dentro da trajetória de vida dos jovens de Heliópolis. Assim, realizamos o evento chamado “Manos e Minas: e agora?”, no qual fizemos uma roda de conversa com a presença de ex-estudantes de escolas públicas que cursaram ou estão cursando o Ensino Superior em universidades públicas. Em seguida, houve um pequeno sarau com apresentação de coletivos compostos por jovens que frequentam o CEU Heliópolis. Depois disso, realizamos inscrições e as 60 primeiras pessoas da lista de espera (que continha 90 interessados) foram chamadas a participar de um encontro inicial, no qual os educadores e estudantes se apresentaram e discutiram sobre os princípios políticos pedagógicos que norteiam o projeto. Como ferramenta disparadora da discussão foi exibido o documentário “Memórias de Heliópolis”, fomentando o diálogo sobre a vida dos estudantes no bairro, e ressaltando a relação entre o currículo e o território. A partir de uma avaliação realizada com os estudantes em 2015, ampliamos os temas das oficinas, tornando-os mais interdisciplinares e transversais, conforme a proposta do ENEM: Leitura e Escrita; Humanidades, Exatas e Biológicas. (conforme quadro 2). A equipe de oficineiros é composta por educadores voluntários e bolsistas (do projeto de estágio da FE-USP), que se reúnem duas vezes por mês para discutir, dentre outras coisas, a interdisciplinaridade de suas áreas de atuação e a adesão ao projeto. 124
Quadro 2. Horários das Oficinas
Cada uma das oficinas tem, no máximo, 20 estudantes, com o intuito de estabelecer um vínculo entre os educadores e educandos. Assim, pretendemos atingir 60 participantes no projeto. Além das aulas propriamente ditas, o Helipa na Universidade também prevê a ida à Feira de Profissões da USP e à Universidade Federal do ABC e o “Cine-Debate”, uma espécie de cineclube no qual exibiremos e discutiremos filmes com os estudantes. A ideia é que essas ações possam apoiar os estudos dos alunos, oferecendo mais recursos que impulsionem debates, fomentando o senso crítico e autonomia dos participantes. OBJETIVOS Geral Aumentar as chances de ingresso e permanência dos jovens e adultos nas universidades públicas, contribuindo para a democratização do acesso e do uso do espaço público. Específicos Criar um ambiente seguro, para que se abordem escolhas e planos de vida; Trazer discussões sobre Universidade para dentro das Escolas Públicas Estaduais; Contribuir para a inclusão digital; 125
Estimular uma postura ativa, autônoma, pesquisadora entre estudantes e professores; Contribuir para que o CEU seja visto como um espaço de estudos e circulação para os estudantes de Ensino Médio da região.
PÚBLICO ALVO 60 jovens e adultos de Heliópolis que pretendam prestar o ENEM e outros vestibulares, ou retomar os conteúdos de Ensino Médio.
RECURSOS/PARCEIROS Parte dos educadores são bolsistas da FE-USP. Além disso, em 2015, o projeto se realizou em parceria com a Geekie Games e a SAP.
AÇÕES E CRONOGRAMA Busca de educadores e reuniões de planejamento; Divulgação e mobilização dentro das escolas; Evento “Manos e Minas e agora?”; Oficinas; Reuniões pedagógicas entre educadores e coordenadores; Cine-Debates; Visitas à USP e UFABC; Participação no Encontro da Juventude.
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PERÍODO
ATIVIDADE
Fevereiro e Março
- Reuniões de planejamento; -
Mobilização
de
educadores
e
coordenadores. Março e Abril
-
Mobilização
e
articulação
dos
educadores e estudantes das escolas de Ensino Médio do entorno: EE Manoela Lacerda Vergueiro, EE Professor Ataliba de Oliveira e EE Presidente Tancredo Neves; - Reuniões para organização de um calendário
e
compartilhamento
de
concepções. Abril e Maio
- Reuniões de planejamento; - Entrada nas escolas para conversas com os alunos; -16 de abril: Evento “Manos e Minas: o que vocês querem da vida?”- articulação com o OcupArte e Junto e Misturado; - 16 a 29 de abril: inscrições; - 02, 03 e 07 de maio: Ciclo Básico: três encontros nos três períodos (vespertino, noturno e sábado); - 09 de maio: Início das Oficinas Regulares.
127
Maio a Dezembro
- Reuniões quinzenais para articulação das atividades ao calendário; - Oficinas; - Cine-debates; - Confraternizações; - Reuniões Pedagógicas; - Visita à USP; - Visita à UFABC; - Agosto: participação no Encontro da Juventude; -
Avaliação
junto
a
educadores
e
estudantes.
AVALIAÇÃO Em 2015 foi realizada uma avaliação com alguns alunos que frequentaram a primeira edição do cursinho. Eles disseram ter gostado muito de poder escolher os cursos segundo os seus horários e interesses e das turmas serem pequenas, pois se sentiram ouvidos e acolhidos. Em relação à plataforma, houve uma dificuldade para entender como ela funcionava. Ainda assim, alguns alunos conseguiram acessá-la e usá-la. Os estudantes afirmaram que ela ajuda muito nos estudos. Algumas sugestões levantadas para 2016 foram: incluir uma oficina da área de exatas, incluir uma oficina da área de Sociologia e Filosofia, realizar cine-debates, incluir simulados do ENEM durante o ano, incluir algum processo de orientação profissional. Estamos procurando atender a tais pedidos e realizaremos algumas avaliações durante o projeto.
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MALETA POR QUE POBREZA? Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Educacional, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA E\OU DIAGNÓSTICO Nos anos 2011, 2012, 2013 o CEU Heliópolis, então CCECH, e a UNAS firmaram uma parceria com o Canal Futura a fim de implementar na região o projeto “Maleta da Infância”. Ao final deste processo, o CEU Heliópolis foi procurado novamente pelo Canal Futura para firmar nova parceria, visando à implementação da “Maleta Por que pobreza? Educação e Desigualdade”. No site www.maletafutura.org.br o projeto está descrito da seguinte forma: Empenhado na transformação social do Brasil, o Futura expande seu raio de ação para além da sintonia de um canal televisivo. O projeto Maleta Futura nasceu com o objetivo de aproximar seu conteúdo audiovisual da sociedade, mas também da vontade de que a própria elaboração de conteúdo se transformasse com essa aproximação. A Maleta Futura consiste em um kit composto por uma seleção, em DVD, de programas do acervo recente do canal feita a partir de recortes temáticos, variando de acordo com a reflexão que se deseja estimular, além de indicações de outras fontes, como filmes, documentários e sites. Somam-se ao audiovisual: material impresso inédito, produzido junto a consultores externos; material temático de instituições parceiras; produtos lúdicos e educativos. Tudo isso é reunido em uma mala, customizada conforme o tema em questão. O formato lembra o da maleta de caixeiros viajantes e sugere o acréscimo de novos itens.
A partir da avaliação do processo com a “Maleta da Infância”, os parceiros definiram trabalhar com o novo material estimular
como a
forma ampliação
de e
qualificação da rede articulada em torno do movimento que busca transformar Heliópolis em
um
Bairro
Educador,
convidando escolas, projetos de educação não formal, ligados à Reunião de apresentação do Projeto Maleta Futura
assistência social, dentre outros a
se encontrarem, e proporem ações em torno do material da Maleta. 129
O Canal Futura, além de apoiar a formação da rede, também fornece dois tipos de maleta às instituições participantes, uma chamada “básica” e outra chamada “completa”, que fica em poder da instituição articuladora da rede. No caso de Heliópolis, a instituição escolhida foi o CEU. A maleta completa fica na biblioteca à disposição dos outros parceiros. O projeto tem duração total de dois anos. Em 2015 nós articulamos os parceiros e propusemos um planejamento para 2016 que se referia tanto às ações específicas de cada equipamento, quanto ações mais globais em que mais de uma instituição participa.
OBJETIVOS ● Fomentar e ampliar a rede de parceiros do Bairro Educador, através do material da Maleta “Por que pobreza? Educação e Desigualdade”, contando com o apoio de profissional do Canal Futura.
AÇÕES E CRONOGRAMA O projeto tem dois anos de duração, pelo acordo firmado entre os parceiros.
Fase 1 (Novembro de 2014 a Dezembro de 2015): ● Reuniões de planejamento entre a gestão do CEU e o Canal Futura.
Fase 2 (Junho e Julho de 2015) ● Mobilização dos parceiros para a adesão ao projeto. 30 de julho de 2015: Reunião de Apresentação do Projeto para os potenciais parceiros; 03 de setembro de 2015: 1ª Reunião da rede – Entrega das Maletas, formação com o Canal Futura e levantamento de ideias para algumas ações.
Fase 3 (novembro de 2015 a Junho de 2017) Reuniões da rede para planejamento das ações. Utilização dos materiais em atividades diversas do CEU Heliópolis, a partir do Calendário Temático. Roda de Conversa com mães das alunas do Ballet intitulada “O Papel do Feminino”, como parte da programação do Mês da Mulher; 130
Participação no I Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos.
PÚBLICO ALVO Educadores, coordenadores e gestores das instituições interessadas em aderir ao projeto.
RECURSOS Maletas Básica e Completa fornecidas pelo Canal Futura.
PARCEIROS EMEFs: Pres. Campos Salles, Luiz Gonzaga Jr, Abraão Huck; ETEC Heliópolis, Projetos da UNAS: CEIs, CCAs e NPJ; CEU Parque Bristol e Canal Futura.
AVALIAÇÃO O processo de avaliação será conduzido pelo Canal Futura.
ECONOMIA SOLIDÁRIA Obs.: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA\ DIAGNÓSTICO A chamada economia solidária sustenta princípios de cooperação mútua entre os agentes envolvidos. É uma forma associativa e sustentável que aponta princípios, práticas e valores horizontais, fora de qualquer âmbito de exploração do ser humano ou da natureza. Visa à geração de trabalho e renda, à inclusão social e à promoção do desenvolvimento justo e solidário. Na rede produtiva são milhares de iniciativas econômicas, no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente: associações e grupos de produtores, cooperativas de agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem, empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores, redes de produção, comercialização e consumo, bancos comunitários; cooperativas de crédito, clubes de trocas, entre outras. 131
Em Heliópolis, tem se articulado uma rede colaborativa entre comerciantes e coletivos culturais, no projeto de Economia Solidária que vem sendo desenvolvido pela UNAS, chamado Coopersol. Desde 2015, O CEU Heliópolis se junta a esse processo, tanto como sede de eventos, conversas, feiras etc., quanto como espaço de estudo e formação para a constituição de uma rede de economia solidária na comunidade, propondo projetos de fomento de acervo teórico da Economia Solidária em sua biblioteca e compondo as reuniões e formações da rede.
OBJETIVOS ● Sediar e coordenar momentos formativos na biblioteca do CEU Heliópolis; ● Fomentar acervo pertinente ao assunto na biblioteca; ● Contribuir com a organização e sediar feiras de Economia Solidária para mostras de produtos dos empreendimentos que fazem parte da rede Coopersol.
AÇÕES E CRONOGRAMA DE 2016 Mês
Atividade
Fevereiro a abril
- Participação nas reuniões de articulação e formação da Coopersol Heliópolis; - 29/04: Realização de Feira de Economia Solidária
no
aniversário
do
CEU
Heliópolis. Maio a Junho
- Participação nas reuniões de articulação e formação da Coopersol Heliópolis; - 25/06: Realização de Feira de Economia Solidária na Festa da Cultura Popular do CEU Heliópolis.
Julho a Novembro
- Participação nas reuniões de articulação e formação da Coopersol Heliópolis; - Realização de Feira de Economia Solidária em outras ações do Calendário Temático do CEU Heliópolis.
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Dezembro
-
Reunião de avaliação da Feira de
Empreendimentos.
PÚBLICO ALVO Comerciantes e empreendimentos da comunidade, frequentadores do CEU Heliópolis.
RECURSOS Variáveis, de acordo com a parceria entre a UNAS e o CEU Heliópolis.
PARCEIROS Rede Coopersol e UNAS.
AVALIAÇÃO O processo de avaliação será realizado através das reuniões de formação com a Rede Coopersol.
#EMAGRECEU Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA E/OU DIAGNÓSTICO Em 2016, após período de recesso das atividades esportivas, alguns Analistas de Desporto perceberam que uma boa parte da comunidade se matriculava nas aulas de esportes do CEU Heliópolis buscando aumentar sua qualidade de vida e a promover mais saúde. Além disso, havia também um interesse por informações sobre a prática de exercícios físicos, sobre assuntos relacionados à alimentação e principalmente à redução de medidas corporais. A partir destas demandas, o NEL criou um projeto multidisciplinar, considerando a atuação de outras áreas da saúde que agregassem informações pertinentes ao exercício e à qualidade de vida, especialmente em seus aspectos alimentar e social. 133
A intenção principal do EmagreCEU é oferecer orientação aos alunos das modalidades esportivas oferecidas no CEU Heliópolis sobre hábitos alimentares saudáveis, práticas regulares de exercícios e a qualidade de vida, assim como promover uma reflexão mais aprofundada sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade, especialmente às mulheres. Foi realizada, então, uma primeira edição do projeto que durou de abril a junho de 2016 e contou com a participação de cerca de 60 pessoas, divididas em grupos que competiram entre si a fim de acumular maior quantidade de pontos. Para pontuar, o grupo precisava participar das aulas regulares de esportes oferecidas pelo CEU Heliópolis (no máximo uma aula por dia), das aulas extras aos finais de semana e das orientações nutricionais articuladas pelo NEL com o curso de Nutrição da ETEC Heliópolis. Além disso, as competidoras também passaram por uma avaliação física inicial e final (peso, relação cintura/quadril, porcentagem de massa magra e de gordura) realizadas pelos profissionais de Educação Física do CEU. No último dia, as participantes e os coordenadores realizaram uma festa de encerramento na qual foi anunciada a equipe vencedora, que recebeu um troféu confeccionado na Fab Lab, e todas as participantes receberam certificado, assim como um relatório de sua evolução física ao longo do projeto.
OBJETIVOS Geral
Incentivar as alunas das aulas de esporte do CEU Heliópolis a transformar seu estilo de vida e adotar hábitos saudáveis, prevenindo doenças e refletindo sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade.
Específicos
Promover a socialização entre as alunas das aulas de esportes do CEU Heliópolis;
Aumentar a assiduidade às aulas oferecidas pelo CEU Heliópolis;
Realizar trabalho multidisciplinar em saúde;
Aumentar a mobilização da comunidade para participar das ações oferecidas pelo CEU Heliópolis;
Realizar um monitoramento periódico dos alunos;
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AÇÕES PARA 2016
Realizar a segunda edição do #EmagreCEU, reestruturando o projeto com novas metas;
Novas avaliações que possam delinear melhor a redução de medidas corporais;
Agregar o projeto às atividades dos demais núcleos do CEU Heliópolis, especialmente o NAC;
CRONOGRAMA PERÍODO
ATIVIDADE
Junho/Julho
- Divulgação do #EmagreCEU II através de folder explicativo com as principais orientações e regulamento
20 de julho (Quarta-feira)
- Palestra informativa sobre o #EmagreCEU junto com as professoras e alunas da ETEC
21 a 29 de julho
- Período de inscrições
1 a 5 de agosto
- Primeira avaliação
8 de agosto (segunda- - Início da contagem de pontos por atividade feira) 10 a 14 de outubro
- Avaliação intermediária
5 a 9 de dezembro
- Avaliação final
14 de dezembro (quarta- - Encerramento do projeto feira)
PÚBLICO ALVO Alunas(os) matriculadas(os) nas aulas de esportes ofertadas pelo CEU Heliópolis.
RECURSOS Aparelhos para avaliação física, profissionais das áreas da saúde.
PARCEIROS ETEC Heliópolis.
AVALIAÇÃO
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Será realizada através da análise, em reunião do NEL, de uma sistematização dos dados recolhidos durante a realização do projeto.
NÚCLEO DA MELHOR IDADE Obs.: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
JUSTIFICATIVA E/OU DIAGNÓSTICO Segundo dados do IBGE, o número de pessoas idosas vêm aumentando de maneira consistente. Como consequência desse aumento, temos a necessidade de uma maior atenção à saúde desse público, pensada de maneira integral, assim como com as suas potências, suas demandas e suas formas de contribuição à sociedade. Por isso, em um primeiro momento, o projeto Núcleo da Melhor Idade, se focará em saber quem são os idosos de hoje da comunidade de Heliópolis, quais são os seus objetivos e projetos, formando assim um grupo solidário, organizando atividades que priorizem o desenvolvimento individual e coletivo de cada participante. O Projeto do Núcleo da Melhor Idade é voltado para homens e mulheres acima de 59 anos de idade.
OBJETIVOS
Proporcionar à pessoa idosa atividade para melhorar a sua saúde física e mental;
Valorizar a pessoa idosa respeitando suas capacidades pessoais e sua contribuição para a sociedade;
Descobrir novas possibilidades de movimentos rítmicos;
Desenvolver a criatividade da pessoa idosa;
Formar um grupo de convivência, integrando atividades esportivas, educativas e culturais.
AÇÕES PARA 2016
Divulgar o Núcleo da Melhor Idade para aumentar o número de participantes;
Ofertar atividades que envolvam também o público masculino acima de 60 anos.
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CRONOGRAMA As atividades do Núcleo da Melhor Idade ocorrem às quartas e sextas-feiras, das 09h30 as 11h00, em locais variados do CEU.
PÚBLICO ALVO Pessoas com mais de 59 anos.
RECURSOS A depender da demanda da turma que será formada.
PARCEIROS A depender da demanda da turma que será formada.
AVALIAÇÃO Será realizada com a participação dos integrantes do núcleo, os analistas envolvidos no projeto e os coordenadores do NEL.
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8 – EVENTOS Ações eventuais, que têm curto período de duração, coordenados por algum núcleo em específico, mas que também podem ser realizados de modo integrado
ANIVERSÁRIO DO CEU HELIÓPOLIS PROFª ARLETE PERSOLI DESCRIÇÃO Em 2015 o CEU Heliópolis foi inaugurado, resultado de uma grande conquista da comunidade. Por isso, em 2016, fizemos uma grande festa para celebrar este acontecimento. Dentre as atrações tivemos o show da cantora Paula Lima, a Feira Gastronômica da Rede Coopersol, apresentações de artistas locais, brinquedos infláveis, lançamento do projeto “Memória e Resistência”, dentre outras.
OBJETIVOS Celebrar a conquista da comunidade de Heliópolis por mais um equipamento público.
DATA/CALENDÁRIO 29 e 30 de abril de 2016.
PÚBLICO PARTICIPANTE Comunidade em geral.
RECURSOS/PARCEIROS SME, SMC, Rede Coopersol, UNAS, Instituto de Psicologia da USP e Margens Clínicas.
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MOSTRA ECOFALANTE Obs: Coordenado pelos Núcleos de Ação Cultural e Educacional.
DESCRIÇÃO A Mostra Ecofalante foi criada em 2012 com o objetivo de chamar a atenção para questões de meio ambiente, sustentabilidade, cidadania, governança, participação e políticas públicas. Em 2016, a SME – parceira da organização na 4ª edição - oferece oportunidade de conferir filmes que levantam questões ambientais, com a intenção de ampliar a participação da comunidade escolar nas discussões propostas.
OBJETIVOS Ampliar a formação e a participação dos estudantes das escolas em discussões sobre sustentabilidade.
DATA/CALENDÁRIO Foram exibidos três filmes: “Animais Unidos jamais serão vencidos”, “A cidade é uma só?” e “Efeito Reciclagem”, nos dias 27, 28 e 29 de junho em diferentes horários, totalizando 10 exibições.
PÚBLICO PARTICIPANTE Participaram das exibições cerca de 800 estudantes das escolas de Ensino Fundamental e Médio das escolas e CCAs da região.
RECURSOS/PARCEIROS ONG Ecofalante e SME.
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SEMANA DO HIP HOP 2016 Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação Cultural, com a colaboração dos outros núcleos.
DESCRIÇÃO O Mês do Hip Hop é um programa da SMC que abrange diversas atividades, segundo site da PMSP: “Em sua 12ª edição o mês do Hip Hop 2016, com o tema “HIP HOP: Diáspora Africana”, através de debate, apresentações artísticas e oficinas dos quatro elementos (Breaking, Graffitti, MC e DJ)” No CEUs, a programação é realizada durante uma semana. Em Heliópolis foram realizadas quatro oficinas: grafite, MC, Street Dance e Rap, que contaram com a participação de aproximadamente 200 pessoas.
OBJETIVOS Ainda segundo o site da PMSP, são objetivos do evento: (...) garantir visibilidade ao movimento Hip Hop e sua intervenção na cidade; ampliar o debate sobre políticas públicas para juventude; contribuir para o combate à discriminação de raça e gênero; proporcionar espaços de reflexão dos temas; contribuir para a luta contra o genocídio da juventude pobre, preta e periférica e propor uma agenda do Hip Hop na cidade.
DATA/CALENDÁRIO As oficinas foram realizadas de 04 a 07 de abril de 2016.
PÚBLICO PARTICIPANTE Estudantes dos CCAs localizados no entorno do CEU Heliópolis.
RECURSOS/PARCEIROS SMC
DIA DO DESAFIO Obs: Coordenado prioritariamente pelo Núcleo de Ação de Esportes, Lazer e Recreação, com a colaboração dos outros núcleos.
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DESCRIÇÃO Lançado originalmente no Canadá, o Dia do Desafio tem a proposta de despertar o interesse pela prática de esportes e atividades físicas, por meio de uma competição amigável entre cidades. O CEU Heliópolis manteve suas aulas normalmente, ressaltando a importância da atividade física regular, uma vez que já atendemos muitas pessoas por dia, este ano só no dia do Desafio atendemos cerca de 300 pessoas.
OBJETIVOS Conscientizar a população sobre a importância e os benefícios da prática de atividades físicas regulares, mostrando que quem sai ganhando são os envolvidos, que exercitam a integração social, a criatividade, a liderança e o espírito comunitário.
CALENDÁRIO Dia do Desafio é realizado todos os anos na última quarta-feira do mês de maio, em todo o mundo.
PÚBLICO PARTICIPANTE Crianças, jovens, adultos e idosos que neste dia demonstraram interesse pela prática de esportes e atividades físicas.
RECURSOS/PARCEIROS SESC São Paulo, UNESCO e TAFISA - The Association for International Sport for All - e conta com o apoio da ISCA - International Sport and Culture Association.
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9 – REFERENCIAIS Freire, Paulo; Freire, Ana Maria de Araújo (org.). Educação e Política. São Paulo: Paz e Terra, 2015. Benjamin, Walter. O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221
Honneth, Axel. Reificación: un studio en la teoria del reconocimiento. Buenos Aires: Katz, 2007b.
Honneth, Axel.Luta por Reconhecimento: a gramática social dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2009. Bruck, Mozahir S. “Memória: enraizar-se é um direito fundamental do ser humano”Entrevista: Eclea Bosi // Interview: Eclea Bosi D Dispositiva- Revista da Pós-graduação da Puc- Minas- n.2 (2012)
Lane, Sílvia T.M. Histórico e Fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In: CAMPOS,
Padilha, Paulo Roberto; Silva, Roberto da (org). Educação com qualidade social - a experiência dos CEUs em São Paulo. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2004.
Santis, Marília de. De favela a bairro educador: protagonismo comunitário em Heliópolis. Disseração (mestrado). Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, 2014.
SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS (SIS). Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
Vários Autores. Heliópolis bairro educador: a construção de um pólo de educação e cultura. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2008.
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Legislação: SÃO PAULO. Decreto Nº 50.740, de 16 de julho de 2009. ___________. Decreto Nº 56.079 de 29 de abril de 2015 ___________. Decreto Nº 45.559, de 30 de novembro de 2004. Regimento Padrão de CEU ___________. Portaria SME Nº 4.672, de 05 de dezembro de 2006. ___________. Comunicado Nº 560 SME-SP, de 08 de abril de 2015. ___________. Portaria SME Nº 7.464, de 03 de dezembro de 2015.
Sites: Portal de Notícias da PMSP http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/Lancament o-do-Projeto-Canta-Sao-Paulo consultado em 29/11/2015 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/dec/formacao/vocacional/inde x.php?p=7548 consultado em 29/11/2015 http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/Cadastrode-Producoes-Artisticas--PROART consultado em 21/06/2016 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/noticias/?p=19802 consultado em 21/06/2016 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/dec/formacao/index.php?p=8 465 consultado em 27/06/2016 http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/SME-abreconsulta-publica-para-o-Programa-Sao-Paulo-Integral consultado em 27/06/2016 http://saopauloaberta.prefeitura.sp.gov.br/, consultado em 27/06/2016. www.jogosdacidade.prefeitura.sp.gov.br consultado em 27/06/2016. www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/esportes/clube_escola
consultado
em
27/06/2016. http://spcultura.prefeitura.sp.gov.br/projeto/1681/ consultado em 29/06/2016. Centro de Referências em Educação Integral http://educacaointegral.org.br/ consultado em 29/11/2015 Canal Futura - Maleta Futura http://www.maletafutura.org.br consultado em 29/11/2015 Virada Esportiva 143
viradaesportiva.sp.gov.br consultado em 01/12/2015 Dia do desafio www.sescrio.org.br/diadodesafio consultado em 27/06/2016. Futebol de Rua http://www.futebolderua.org consultado em 27/06/2016. www.acaoeducativa.org.br consultado em 27/06/2016. http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/futebol-callejero-colabora-naconstrucao-da-cidadania-de-jovens/ consultado em 27/06/2016. Outros www.fedeesp.org.br consultado em 27/06/2016. www.oe.org.br consultado em 27/06/2016. http://projetochutandoparaoalvo.blogspot.com consultado em 27/06/2016. http://teen.ibge.gov.br/mao-na-roda/idosos.html consultado em 27/06/2016. http://www.ecofalante.org.br/mostra/ consultado em 29/06/2016.
10 – ANEXOS 1 – QUADRO DE HORÁRIO – EQUIPE GESTORA - 2016 CARGO NOME
Gestora Marília De Santis
2ª FEIRA 10h às 13h
3ª FEIRA 10h às 13h
4ª FEIRA 10h às 13h
5ª FEIRA 10h às 13h
6ª FEIRA 10h às 13h
RF Refeição
680.933.2 / 1
13h30 às 18h30 13h às 13h30
13h30 às 18h30 13h às 13h30
13h30 às 18h30 13h às 13h30
13h30 às 18h30 13h às 13h30
13h30 às 18h30 13h às 13h30
CARGO NOME RF Refeição CARGO
Coordenador de Ação Educ. Laila Siwek Sala 791.074.6 / 1
2ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30 12h às 12h30 2ª FEIRA
3ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30 12h às 12h30 3ª FEIRA
4ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30 12h às 12h30 4ª FEIRA
5ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30 12h às 12h30 5ª FEIRA
6ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30 12h às 12h30 6ª FEIRA
NOME RF Refeição CARGO
Meire Regina de Lima 802.167.8/1
7h às 12h 12h30 às 15h30 12h às 12h30 2ª FEIRA
9h30 às 13h 13h30 às 18h 13h às 13h30 4ª FEIRA
9h30 às 13h 13h30 às 18h 13h às 13h30 6ª FEIRA
8h30 às 13h 13h30 às 17h 13h às 13h30 SÁBADO
14h30 às 18h 18h30 às 23h 18h às 18h30 DOMINGO
Coordenador de Projetos
Coordenador de Ação NEL
NOME
Gilberto Fornari Junior
7h às 11h
7h às 11h
13h30 às 18h
8h às 12h
8h às 12h
RF Refeição CARGO NOME RF Refeição CARGO NOME RF Refeição CARGO NOME RF
824.987.3/1
11h30 às 15h30 11h às 11h30 2ª FEIRA 14h30 às 18h 18h30 às 23h 18h às 18h30 2ª FEIRA 13h30 às 18h 18h30 às 22h 18h às 18h30 2ª FEIRA 11h30 às 14h 14h30 às 20h
11h30 às 15h30 11h às 11h30 3ª FEIRA 12h30 às 18h 18h30 às 21h 18h às 18h30 3ª FEIRA 13h30 às 18h 18h30 às 22h 18h às 18h30 3ª FEIRA 7h às 12h 12h30 às 15h30
18h30 às 22h 18h às 18h30 4ª FEIRA 14h30 às 18h 18h30 às 23h 18h às 18h30 4ª FEIRA 13h30 às 18h 18h30 às 22h 18h às 18h30 4ª FEIRA 7h às 12h 12h30 às 15h30
12h30 às 16h30 12h às 12h30 5ª FEIRA 12h30 às 18h 18h30 às 21h 18h às 18h30 5ª FEIRA 13h30 às 18h 18h30 às 22h 18h às 18h30 5ª FEIRA 7h às 12h 12h30 às 15h30
12h30 às 16h30 12h às 12h30 6ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30h 12h às 12h30 6ª FEIRA 14h30 às 18h 18h30 às 23h 18h às 18h30 6ª FEIRA 11h30 às 14h 14h30 às 20h
Coordenador de Projetos Fernanda Hipolito Haddad 667.735.5/3 Coordenador de Projetos Alessandro C. de Marques 743.910.5/3 Assistente Técnico I Margarete Pereira 773.075.6/1
144
Refeição CARGO NOME RF Refeição CARGO NOME RF
Coordenador de A. Cultural Emerson de B. Rossini 811.733.1 /1 Coordenador de Projetos José Genário P. de Araújo 811.153-7 /1
Refeição Coordenador de Projetos Débora G. Orellana M. 822.372.6 / 1
14h às 14h30 2ª FEIRA 9h às 12h 12h30 às 17h30 12h às12h30 2ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30
12h às 12h30 3ª FEIRA 14h30 às 18h30 19h às 23h 18h30 às 19h 3ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30
12h às 12h30 4ª FEIRA 9h às 12h 12h30 às 17h30 12h às12h30 4ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às18h30
12h às 12h30 5ª FEIRA 9h às 12h 12h30 às 17h30 12h às12h30 5ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30
14h às 14h30 6ª FEIRA 9h às 12h 12h30 às 17h30 12h às12h30 6ª FEIRA 10h às 12h 12h30 às 18h30
12h às 12h30
12h às 12h30
12h às 12h30
12h às 12h30
12h às 12h30
3ª FEIRA 7h às 11h30 12h às 15h30 11h30 às 12h 3ª FEIRA 10h às 13h
4ª FEIRA 7h às 11h30 12h às 15h30 11h30 às 12h 4ª FEIRA 10h às 13h
5ª FEIRA 7h30 às 11h30 12h às 16h 11h30 às 12h 5ª FEIRA 10h às 13h
6ª FEIRA 7h30 às 11h30 12h às 16h 11h30 às 12h 6ª FEIRA 10h às 13h
CARGO NOME RF Refeição CARGO NOME
Assistente Técnico I Beatriz Besen de Oliveira
2ª FEIRA 7h às 11h30 12h às 15h30 11h30 às 12h 2ª FEIRA 9h às 13h
RF
822.374.2 / 1
13h30 às 17h30
13h30 às 18h30
13h30 às 18h30
13h30 às 18h30
13h30 às 18h30
13h as 13h30
13h as 13h30
13h as 13h30
13h as 13h30
13h as 13h30
Refeição CARGO
Coordenador de Projetos
2ª FEIRA
3ª FEIRA
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
NOME RF Refeição CARGO NOME RF Refeição
Victor Santana Gonçalves 808.5064/1
9h30 às 11h30 12h às 18h 11h30 às 12h 3ª FEIRA 12h30 às 17h 17h30 às 21h 17h às 17h30
8h30 às 11h30 12h às 17h 11h30 às 12h 4ª FEIRA 12h30 às 17h 17h30 às 21h 17h às 17h30 SP 31/05/2016
10h30 às 12h30 13h às 19h 12h30 às 13h 5ª FEIRA 14h30 às 17h 17h30 às 23h 17h às 17h30
10h30 às 12h30 13h às 19h 12h30 às 13h 6ª FEIRA 12h30 às 17h 17h30 às 21h 17h às 17h30
7h às 11h30 12h às 15h30 11h30 às 12h SÁBADO 8h30as 12h 12h30 às 17h 12h às 12h30
Coordenador de Projetos Eduardo Marcos Fahl 823.173.7/2
Gestora
Supervisor Escolar
Diretor Regional de Educação
2 – Quadro geral de Oficinas e Aulas oferecidas
MODALIDADE ANALISTAS ESPORTES
FAIXA ETÁRIA
ALONGAMENTO A ADULTO ALONGAMENTO B ADULTO BASQUETE 12 A 16 ANOS CIRCUITO AERÓBICO ADULTO CLUBE DA CAMINHADA LIVRE CLUBE DA CAMINHADA LIVRE FUTSAL A 10 A 12 ANOS FUTSAL B 13 E 14 ANOS GINÁSTICA ARTÍSTICA 7 A 13 ANOS GINÁSTICA GERAL ADULTO GINÁSTICA LOCALIZADA A ADULTO GINÁSTICA LOCALIZADA C ADULTO GINÁSTICA LOCALIZADA D ADULTO GINÁSTICA AERÓBICA ADULTO HIDROGINÁSTICA 1 ADULTO HIDROGINÁSTICA 2 ADULTO
ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
35 VAGAS 35 VAGAS 25 VAGAS 50 VAGAS LIVRE LIVRE 15 VAGAS 15 VAGAS 40 VAGAS 35 VAGAS 50 VAGAS 50 VAGAS 58 VAGAS 50 VAGAS 45 VAGAS 40 VAGAS
32 ALUNOS 32 ALUNOS 10 ALUNOS 50 ALUNOS LIVRE LIVRE 11 ALUNOS 15 ALUNOS 40 ALUNOS 30 ALUNOS 50 ALUNOS 50 ALUNOS 58 ALUNOS 40 ALUNOS 45 ALUNOS 40 ALUNOS
2 VAGAS 2 VAGAS 15 VAGAS 0 VAGAS LIVRE LIVRE 4 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 5 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 10 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
145
HIDROGINÁSTICA 3 HIDROGINÁSTICA 4 INICIAÇÃO ESPORTIVA 1 INICIAÇÃO ESPORTIVA 2 NATAÇÃO 1 NATAÇÃO 2 NATAÇÃO 3 NATAÇÃO 4 NATAÇÃO 5 NATAÇÃO 6 NATAÇÃO AVANÇADA NATAÇÃO INICIANTES NÚC. DA MELHOR IDADE PILATES RITMOS RUGBY 1 RUGBY 3 RUGBY 4 TÊNIS DE MESA VÔLEI ADAPTADO VOLÊI MISTO 1 VOLÊI MISTO 2 VOLÊI MISTO 3
ADULTO ADULTO 7 A 9 ANOS 10 A 12 ANOS ADULTO 9 E 10 ANOS 7 E 8 ANOS 10 A 17 ANOS ADULTO 7 A 10 ANOS 10 A 17 ANOS 10 A 17 ANOS ACIMA DE 59 ADULTO ADULTO 04 A 7 ANOS 08 14 ANOS 10 A 17 ANOS 10 A 14 ANOS ADULTO 15 A 17 ANOS 09 A 14 ANOS 09 A 14 ANOS
40 VAGAS 30 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 30 VAGAS 40 VAGAS 40 VAGAS 30 VAGAS 30 VAGAS 30 VAGAS 20 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS
40 ALUNOS 30 ALUNOS 13 ALUNOS 2 ALUNOS 12 ALUNOS 17 ALUNOS 10 ALUNOS 15 ALUNOS 14 ALUNOS 18 ALUNOS 16 ALUNOS 18 ALUNOS 11 ALUNOS 40 ALUNOS 40 ALUNOS 12 ALUNOS 11 ALUNOS 10 ALUNOS 10 ALUNOS 5 ALUNOS 6 ALUNOS 7 ALUNOS 5 ALUNOS
0 VAGAS 0 VAGAS 12 VAGAS 23 VAGAS 8 VAGAS 3 VAGAS 10 VAGAS 5 VAGAS 6 VAGAS 2 VAGAS 4 VAGAS 2 VAGAS 19 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 18 VAGAS 19 VAGAS 20 VAGAS 10 VAGAS 20 VAGAS 19 VAGAS 18 VAGAS 20 VAGAS
VOLUNTÁRIOS EDUCAÇÃO
FAIXA ETÁRIA
ALUNOS/ TURMA
ROTEIROS DE CINEMA
8 A 14 ANOS ACIMA DE 14 3º IDADE
20 VAGAS (CCA) 40 VAGAS 20 VAGAS
20 ALUNOS 40 ALUNOS 17 ALUNOS
0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
ESPORTES
FAIXA ET.
ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
KARATE TAE KWON DO KICK BOXING CAPOEIRA ZUMBA ZUMBA
ACIMA DE 7 A ACIMA DE 6 A ACIMA DE 7 A ACIMA DE 7 A ADULTO ACIMA DE 10 A
100 VAGAS 50 VAGAS 30 VAGAS 100 VAGAS 250 VAGAS 250 VAGAS
100 VAGAS 50 VAGAS 30 VAGAS 70 ALUNOS 250 ALUNOS 250 ALUNOS
0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 30 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
CULTURA
FAIXA ETÁRIA
ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
FORRÓ PERCUSSÃO A PERCUSSÃO B PERCUSÃO C PERCUSSÃO D
ADULTO ACIMA DE 10 A ACIMA DE 10 A ACIMA DE 10 A ACIMA DE 10 A
40 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS
40 ALUNOS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS
0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
CIRANDA DO INGLÊS INFORMÁTICA - 3ª IDADE
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
146
ARTES SIMPLES - TEATRO 1 ARTES SIMPLES - TEATRO 2 BALLET CLÁSSICO BABY PARKOUR
ACIMA DE 12 A ACIMA DE 12 A 4 A 7 ANOS ACIMA DE 12 A
30 VAGAS 30 VAGAS 15 VAGAS 15 VAGAS
30 ALUNOS 26 ALUNOS 15 ALUNOS 06 ALUNOS
0 VAGAS 4 VAGAS 0 VAGAS 9 VAGAS
PARCERIA COM OUTRAS INSTITUIÇÕES ESPORTES
FAIXA ETÁRIA
ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
CHUTANDO P/ O ALVO CHUTANDO P/ O ALVO CHUTANDO P/ O ALVO CHUTANDO P/ O ALVO FUTEBOL DE RUA
07 a 14 anos 07 a 14 anos 07 a 14 anos 07 a 14 anos 07 a 14 anos
25 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS 25 VAGAS
25 ALUNOS 25 ALUNOS 25 ALUNOS 25 ALUNOS 25 ALUNOS
0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
FAIXA ETÁRIA
QTDE ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
8 A 12 ANOS 4 E 5 ANOS 6 E 7 ANOS 15 a 20 ANOS
20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS
14 ALUNOS 21 ALUNOS 24 ALUNOS 20 ALUNOS
6 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
ADULTO ADULTO
50 VAGAS 50 VAGAS
50 VAGAS 50 VAGAS
0 VAGAS 0 VAGAS
20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS
2 ALUNOS 20 ALUNOS 20 ALUNOS 20 ALUNOS 20 ALUNOS
18 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS 0 VAGAS
20 VAGAS
4 ALUNOS
16 VAGAS
20 VAGAS
8 ALUNOS
12 VAGAS
20 VAGAS
8 ALUNOS
12 VAGAS
20 VAGAS
10 ALUNOS
10 VAGAS
20 VAGAS
15 ALUNOS
0 VAGAS
VOCACIONAL - TEATRO 2
4 A 14 ANOS 4 A 14 ANOS 4 A 14 ANOS 4 A 14 ANOS 4 A 14 ANOS ACIMA DE 14 A ACIMA DE 14 A ACIMA DE 14 A ACIMA DE 14 A ACIMA DE 14 A ACIMA DE 14 A
20 VAGAS
20 ALUNOS
0 VAGAS
PIÁ
FAIXA ETÁRIA
ALUNOS/ TURMA
TOTAL DE INSCRITOS
VAGAS ABERTAS
PIÁ 1 PIÁ 2
05 A 07 ANOS 08 A 10 ANOS
20 VAGAS 20 VAGAS
5 ALUNOS 5 ALUNOS
15 VAGAS 15 VAGAS
CULTURA BALLET BALLET BALLET É NÓIS NA FITA
PROGRAMAS ESPORTES TAI CHI CHUAN 1 TAI CHI CHUAN 2
CULTURA Exp. Jorn. Artes Visuais Exp. Jorn. Street Dance A Exp. Jorn. Street Dance B Exp. Jorn. Street Dance C Exp. Jorn. Street Dance D VOC. - ARTES VISUAIS VOCACIONAL - DANÇA 1 VOCACIONAL - DANÇA 2 VOC. - LITERATURA VOCACIONAL - TEATRO 1
147
PIÁ 3 PIÁ 4 PIÁ 5 PIÁ 6 PIÁ 7 PIÁ 8
05 A 07 ANOS 11 A 14 ANOS 05 A 07 ANOS 08 A 10 ANOS 05 A 07 ANOS 08 A 10 ANOS
20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS 20 VAGAS
5 ALUNOS 5 ALUNOS 5 ALUNOS 5 ALUNOS 5 ALUNOS 5 ALUNOS
15 VAGAS 15 VAGAS 15 VAGAS 15 VAGAS 15 VAGAS 15 VAGAS
3 – Quadro de programação cultural oferecida de janeiro de 2015 a junho de 2016 PEÇAS TEATRAIS 2015 TÍTULO
QUANTIDADE DE PÚBLICO
SMC/SME Andersen sem palavras
90 pessoas
Pinóquio
105 pessoas
Meu avô Apolinário
80 pessoas
Pra lá das palavras
75 pessoas
Canta História
80 pessoas
Leis de incentivo 2por4
100 pessoas (com bate papo no final)
2por4
100 pessoas (com bate papo no final)
Cloro
200 pessoas OBS: Temporada de 10 apresentações
Cia. Truks
120 pessoas 148
Tempo de vôo
385 pessoas
Ojuorum
80 pessoas
Doutores da Alegria
80 pessoas
Dizer e não pedir segredo
100 pessoas
Favor beber o leite, senão estraga
80 pessoas (com bate papo no final)
Favor beber o leite, senão estraga
80 pessoas (com bate papo no final)
Respeitável Público
70 pessoas
O pequeno grande teatro
85 pessoas
Pele-Coletivo Negro
150 pessoas
Ocamorana-3 movimentos
200 pessoas
TOTAL
2.060 pessoas
Até junho de 2016 TÍTULO
QUANTIDADE DE PÚBLICO
SMC/SME Amor à vista
100 pessoas
Picumã
100 pessoas
Marica
120 pessoas
Albertinho, o menino voador
110 pessoas
Leis de incentivo Família Formigueiro
200 pessoas
Playground
80 pessoas
Playground
80 pessoas
Tão pesado quanto o céu
100 pessoas
Além da lenda
90 pessoas
O chute que a bola levou
160 pessoas
Chiquinha Gonzaga
130 pessoas
Vidas Secas
100 pessoas 149
Catula
120 pessoas
TOTAL
1.490 pessoas
SHOWS E APRESENTAÇÕES MUSICAIS 2015 TÍTULO
QUANTIDADE DE PÚBLICO
SMC/SME Banda Ao Cubo
250 pessoas
Graça Braga
120 pessoas
Banda Filafro
100 pessoas
Mamulengo:
Mestre
Valdeck
de 120 pessoas
Garanhuns Nega Duda
140 pessoas
Yadah Shabach
100 pessoas
Di primeira
110 pessoas
Zé Brown – RAP
120 pessoas
150
Leis de incentivo Avante o Coletivo – Block Party
130 pessoas
K7ássicos- Batalha de MCs TOTAL
200 pessoas 1.390 pessoas
Até junho de 2016 TÍTULO
QUANTIDADE DE PÚBLICO
SMC/SME Tata Godoy
115 pessoas
Caravana Tonteria
250 pessoas
Paula Lima
250 pessoas
Samba do Baú Leis de incentivo
110 pessoas
The Prophets
170 pessoas (show e ação educativa sobre meio ambiente)
Avante o Coletivo – “Voa Avante”
250 pessoas
Yadah Shabach
250 pessoas TOTAL
1.395 pessoas
OUTRAS MANIFESTAÇÕES 2015 TÍTULO
QUANTIDADE DE PÚBLICO
SMC/SME O mundo no Black Power de Taió – 100 pessoas (Contação de Histórias) SPFW – Exposição e palestra “O mundo 40 pessoas da cenografia” Sarau do Mesquiteiros: Sarauzin (Sarau 140 pessoas infantil) Virada Cultural Leis de incentivo
5.000 pessoas
Cala (Dança)
60 pessoas 151
Cala (oficina de dança)
20 pessoas
Hertz (Dança)
110 pessoas
Hertz (Dança)
100 pessoas
Movimento para um homem só (Dança 100 pessoas teatro) Poleiro do Bando – Oficina de teatro para 60 pessoas jovens Poleiro
do
Bando
–
Oficina
para 20 pessoas
educadores sobre gênero e sexualidade Avante o Coletivo – Oficinas de D.J , M.C e Grafite
30 pessoas
Cine Ar Livre
200 pessoas
Baile entre Gerações
76 pessoas
Cine Inclusão
52 pessoas
Caminhando sobre a terra – Lançamento 250 pessoas de livro e palestra TOTAL
6.358 pessoas
4 – Regulamento de uso livre das quadras
TERMO DE COMPROMISSO O CEU Heliópolis Prof. Arlete Persoli é um espaço Educacional e Cultural que nasceu da conquista da comunidade organizada que luta por melhores condições de vida de seus moradores. Assim, sua participação e o zelo pelo espaço são de fundamental importância na manutenção de nossa nobre missão: Transformar Heliópolis num Bairro Educador. Para tanto, pedimos sua colaboração para o uso adequado das Quadras de Esportes, observando os seguintes itens:
1. Usar somente calçados adequados; 2. Cuidar da limpeza, não jogando objetos no chão como papéis, plásticos, bitucas de cigarros, 3. 4. 5. 6.
etc.; Cuidar para que os componentes da quadra sejam usados adequadamente (traves, redes, cestos, etc.); Não entrar na quadra portando comidas nem bebidas, exceto água; Usar somente as entradas da quadra, não permitindo que se danifiquem as grades que circundam o espaço; Não ultrapassar o horário previsto para o término de sua reserva, liberando a quadra para o agendamento seguinte sem atraso;
152
7. Sempre apresentar à Segurança o comprovante de reserva. Se perder ou rasurar, solicitar outra via com antecedência à Gestão do Esporte; 8. Apresentar à Segurança nos dias dos jogos a Carteirinha do CEU, ou na falta desta, apresentar comprovante de identidade oficial; 9. Alertar sempre os componentes do time não somente sobre as regras das quadras, mas também as regras do CEU como um todo, por exemplo, a proibição de bebidas alcoólicas, uso de drogas, cigarros etc.; 10. É de responsabilidade da equipe trazer o equipamento a ser utilizado (bola especifica, coletes, bomba de bola, fardamento, etc..) 11. Orientar as pessoas que compõem seu time sobre as regras descritas acima; 12. Cada time terá direito a quatro agendamentos mensais de uma hora e meia cada; 13. O agendamento será sempre na última quarta-feira de cada mês, das 8h às 12h e das 19h às 21h30.
Responsáveis pelo time Nome:__________________________________________________ Data de nasc. ______/______/______ RG: __________________________________
Telefone:
____________________________ Nº carteirinha: ________________
Assinatura:
_________________________________
153