RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO CEU HELIÓPOLIS PROFª ARLETE PERSOLI 2016 1 – Introdução Histórico Heliópolis é um território que tem uma história marcada pela presença de vulnerabilidades sociais e violação de direitos e, ao mesmo tempo, é palco de diversas conquistas. A história da comunidade mostra que essas conquistas não seriam possíveis não fosse a parceria estreita entre muitas pessoas que dedicaram suas vidas à transformação do bairro. A população local vivenciou um processo intenso de urbanização e participou do desenvolvimento de uma trajetória exemplar de organização social, na qual a mobilização promovida pelas organizações comunitárias rendeu frutos, e a reinvindicação por projetos de intervenção urbana, cultural e educacional foi atendida pelo poder público. Dessa forma, Heliópolis transitou de uma estrutura urbanística que a caracterizava como favela, e cujos esforços principais se dirigiam às demandas por habitação, regularização de terras e serviços sociais básicos, a uma articulação comunitária que busca a construção e consolidação de um Bairro Educador. Tendo isso em vista, nossas ações buscam privilegiar essa articulação, promovendo o diálogo entre os moradores da região, as organizações comunitárias, as instituições parceiras, os equipamentos de saúde, de educação, de assistência e o CEU. Assim, buscamos qualificar e fortalecer os vínculos com o movimento já atuante na região e ampliar os espaços que promovem o desenvolvimento integral dos cidadãos e cidadãs, garantindo a promoção e consolidação dos direitos humanos através da educação e da gestão democrática.
Breve Histórico Heliópolis Heliópolis possui aproximadamente 1 milhão de metros quadrados e se localiza na região sudeste da cidade de São Paulo, a 8 km do centro. Em sua área vivem cerca de 200 mil habitantes, a maioria de origem nordestina. De acordo com dados da prefeitura de São Paulo, Heliópolis possui 18.080 imóveis. A maior parte dos barracos se transformou em construção de alvenaria. Hoje, 90% do bairro conta com infraestrutura urbana, como serviços de água, esgoto, energia elétrica e coleta de lixo. O transporte
público não entra nas vielas e becos de Heliópolis, e as pessoas se deslocam até as vias principais, onde estão localizados os pontos de ônibus. Aproximadamente 40% das famílias de Heliópolis são compostas por mães e filhos, sendo a mãe a única provedora. A área de Heliópolis foi adquirida em 1942, pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), propriedade do Conde Sílvio Álvares Penteado e outros. Em 1966, a gleba passou para o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS). Em 1969, o IAPAS construiu o Hospital Heliópolis e o Posto de Assistência Médica (PAM) e alguns trabalhadores se alojaram nos arredores da obra. Um pedaço deste terreno foi desapropriado pelo estado para uso da SABESP, e outra parte foi negociada com a Petrobras. É nessa paisagem que, entre 1971 e 1972, a prefeitura de São Paulo retirou 153 famílias de áreas ocupadas na favela da Vila Prudente e Vergueiro, com a intenção de fazer vias públicas e as acomodou em alojamentos provisórios, que se tornaram permanentes. Além disso, em virtude dos altos preços do aluguel, outras famílias foram construindo seus barracos. A partir daí a história é marcada por diversas ocorrências envolvendo a disputa de grileiros (que pretendiam impedir as ocupações e assim comercializar a terra que não lhes pertencia), de lutas contra a polícia e, ao mesmo tempo, pelo surgimento de lideranças locais e pela exemplar mobilização comunitária em defesa do direito à moradia e por condições mais dignas de vida. Nesse momento, a comunidade se organizava em diferentes núcleos, que eram solidários entre si na luta pela defesa da terra, é comum nos depoimentos das pessoas que viveram essa época o relato de que se um núcleo estava ameaçado, todos os outros iam ajudar a defendê-lo. Os moradores entendiam que se uma casa que fosse “caísse”, todas “cairiam”. No final dos anos 1980, os núcleos sentem a necessidade de se unir em uma só organização, para melhor dialogar com o poder público, e daí surge a União de Núcleos e Associações de Moradores de Heliópolis e região (UNAS), a maior e mais representativa organização civil local.
A união entre a UNAS e a EMEF Pres. Campos Salles Em meados dos anos 1990, a EMEF Pres. Campos Salles adotou dois princípios, que se tornaram parte de seu Projeto Político Pedagógico e que passaram a nortear as ações da escola:
Tudo passa pela educação, isto é, a educação é um processo muito amplo, que abrange toda a formação dos seres humanos, que se educam mutuamente. Nesse
sentido, todos os espaços possuem um potencial educativo (não apenas a escola, apesar dela ser extremamente importante) e, portanto, toda a sociedade é responsável pelos processos de formação.
A escola como um centro de liderança: a atuação da escola deve ocorrer de modo articulado com as lideranças da comunidade onde ela está inserida, garantindo que também dentro da escola se constituam lideranças. Afinal, escola e comunidade são espaços educativos, que se retroalimentam.
Em 2007, a Campos Salles fez mais uma transformação em seu projeto político pedagógico: inspirada pela Escola da Ponte, a comunidade escolar decidiu derrubar as paredes das salas de aula, transformando-as em grandes salões de estudo. Derrubaram, também, as “paredes simbólicas” que separavam os professores entre si e os professores dos alunos. Nesse momento, àqueles dois princípios juntaram-se mais três:
Autonomia, Responsabilidade e Solidariedade, que, juntos, formam um código de ética que deve balizar as ações da escola, uma vez que se busca educar os sujeitos na e para a autonomia, para a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas de modo responsável, a fim de que se tornem capazes de responder pelas consequências de seus atos, sempre fundamentados pela consideração ao outro.
Concomitantemente, a UNAS também passou por uma transformação, através da articulação com a escola. Sua principal bandeira de luta, que era o acesso à moradia digna, se transformou em uma luta pela educação. Esse movimento, no entanto, não se deu ao acaso, foi construído dentro de um processo que intensificou o entendimento de que a educação deve ser prioritária, uma vez que ela é o eixo condutor e organizador da comunidade para o enfrentamento e luta pela efetivação dos direitos ao trabalho, à saúde, à moradia, ao transporte, à cultura, ao lazer e outros. Desse encontro entre escola e comunidade organizada nasce, então, o sonho de transformar Heliópolis em um Bairro Educador. Esse sonho é incorporado à missão da UNAS e ao projeto político pedagógico da EMEF Pres. Campos Salles. Os cinco princípios da escola passam a ser, então, os cinco princípios do Bairro Educador. O CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli nasce da parceria entre a comunidade organizada, a escola e o poder público (que viabilizou o projeto e a sua construção) em meio a esse movimento que vem ganhando força e contagiando outros equipamentos educacionais e socioculturais da comunidade, bem como os moradores, as famílias e, principalmente as crianças e jovens.
CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli Em 2009, depois de anos de negociação entre a comunidade organizada e o poder público, a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) criou o Centro de Convivência Educativa e Cultural de Heliópolis, CCECH (Decreto nº 50.740, de 16 de julho de 2009), onde considera “por fim, que o protagonismo individual e coletivo dos moradores de Heliópolis é fundamental para a constituição dessa comunidade como bairro educador”. No mesmo ano, a PMSP também criou os cargos de gestão do CCECH. De 2010 a 2014 várias atividades e projetos foram desenvolvidos por esse grupo de gestão, com a colaboração de voluntários e com intensa participação da comunidade organizada, além de outras atividades articuladas pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME). Nesse início, em 2012, dada a relevância da história de Heliópolis e de seus moradores, foi desenvolvido o projeto Memórias de Heliópolis – Raízes e Contemporaneidades, viabilizado por uma emenda parlamentar e desenvolvido pela UNAS, com assessoria da gestão do CCECH. Esse projeto tinha o intuito de sistematizar a história do bairro a partir do ponto de vista dos próprios moradores que a viveram. Além disso, o projeto Memórias de Heliópolis tinha como objetivo produzir material que pudesse ser usado pelas escolas, projetos e equipamentos educativos da região, estimulando que esse conteúdo passasse a fazer parte de seus currículos, ao lado daqueles considerados mais tradicionais. Assim, ao longo do projeto, foi produzido um livro intitulado Memórias de Heliópolis – Raízes e Contemporaneidades; o documentário Memórias de Heliópolis; 12 oficinas que recontaram a história do bairro por meio de diferentes linguagens artísticas (tais como: teatro, histórias em quadrinhos, dança, hip hop, dentre outras). Em 2013, também através de uma emenda parlamentar, foi desenvolvido o projeto Kombi da Memória que, com o mesmo intuito de sistematizar e difundir a memória dos moradores de Heliópolis realizou durante o mês de dezembro intervenções em diferentes pontos da comunidade. Eram quatro kombis especialmente cenografadas para essa ação, que desenvolveram atividades como biblioteca itinerante, oficinas de artesanato, contação de histórias, shows, recolhimento de fotos e relatos dos moradores reunidos em um site. Em 2015, o CCECH foi transformado em CEU pela PMSP (Decreto nº 56.079, de 29 de abril de 2015), considerando que ambos os programas se articulam enquanto concebidos como equipamentos públicos construídos para e com a comunidade. As histórias dos CEUs e do então CCECH se encontraram, com a diferença de que, em
Heliópolis, essa proposta tenha partido dos próprios moradores organizados. Então, em 29 de abril de 2015, o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli foi inaugurado com uma grande festa que durou todo o dia e contou com a participação ativa de milhares de atores sociais, que auxiliaram na construção deste equipamento: estudantes e suas famílias, educadores, militantes dos movimentos sociais, representantes do poder público, moradores da comunidade, artistas locais.
Quem foi a Profª Arlete Persoli? Arlete Persoli nasceu em São Paulo aos 12 de outubro de 1955. Foi uma incansável lutadora pelo direito à educação, sobretudo na comunidade de Heliópolis, onde atuou por diversos anos no CCECH. Arlete concluiu o curso de Matemática e passou a exercer o ofício de professora concursada na PMSP. Sempre com o olhar atento às enormes desigualdades sociais e preocupada com a transformação da sociedade, engajou-se na atividade político partidária, como militante do Partido dos Trabalhadores. No início dos anos 80, se junta a um grupo de educadores na EMEF Profª Sylvia Martin Pires, dentre os quais estava Braz Nogueira, seu futuro companheiro de vida e de sonhos e, juntos, passam a defender dois princípios básicos para a construção de uma escola integrada na sua comunidade e em diálogo constante com a mesma: tudo passa pela educação e a escola como centro de liderança na comunidade. Em 1991, assume o cargo de diretora de escola, por meio de concurso público, dando continuidade à defesa dos ideais que acreditava. Com a criação da Caminhada pela Paz de Heliópolis, em 1999, Arlete passa a atuar em todas as suas edições, até a XV, realizada em 2013. É convidada a trabalhar com a então secretária municipal de Educação da gestão Marta Suplicy, Maria Aparecida Perez, em cujo mandato foram implementados os CEUs, modelo exitoso e revolucionário de Educação Integral. Foi a primeira gestora do CEU Rosa da China, no Jardim São Roberto, zona leste da capital, tendo realizado duas Caminhadas Pela Paz na região. Em 2005, assume a direção da EMEI Gabriel Prestes, no bairro da Consolação, e implanta os princípios que nortearam o seu Projeto Político Pedagógico: autonomia, solidariedade e responsabilidade. Assembleias de crianças de 3 a 6 anos passaram a ser a solução de muitos dos problemas que as afligiam no dia-a-dia. Em 2009, após anos de vanguardismo da EMEF Pres. Campos Salles, dirigida pelo seu companheiro Braz desde 1995, localizada na comunidade de Heliópolis e em franco diálogo com a mesma
comunidade e com suas lideranças mais expressivas, Arlete é indicada pela UNAS para o cargo de gestora do CCECH. À frente do CCECH, seu maior legado, que deve ser visto como modelar, foi uma das principais articuladoras do projeto de Educação Integral local: o movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador, assumindo e ampliando as conquistas de uma educação de qualidade para os moradores de lá que, efetivamente, garantisse uma formação humanista e comprometida com valores capazes de preparar as crianças e os jovens para a efetivação de seus direitos sociais e políticos. Liderou a equipe de gestão do CCECH, que em 2012 realizou o Projeto Memórias de Heliópolis. Além disso, a presença de Arlete foi fundamental na aglutinação da força dos movimentos sociais organizados - da juventude, LGBTT, de mulheres, por moradia, dentre outros - que garantiram a ampliação dos equipamentos públicos que transformaram Heliópolis num dos mais completos centros de educação da cidade de São Paulo. Depois de lutar contra um câncer por um ano, faleceu em São Paulo, no dia 11/09/2014. Foi companheira de Braz Rodrigues Nogueira por 27 anos e com ele teve uma filha, Marília Persoli. Sua prática e seus ideais lhe renderam grande admiração de educadores e da comunidade em que atuou. Prova disso foi a iniciativa da própria comunidade de homenageá-la, dando seu nome ao Equipamento Público que foi tão presente em sua vida, de modo a preservar sua trajetória de luta. Projeto Arquitetônico – Concepções e Espaços O arquiteto Ruy Ohtake, que projetou o CEU Heliópolis, é parceiro antigo da comunidade e desde o início das negociações entre a UNAS, a EMEF Pres. Campos Salles e o poder público participou do planejamento dos espaços que constituiriam o CEU e, posteriormente, os projetou em diálogo com diferentes segmentos da população local. Dessas conversas entre a comunidade, a gestão e o arquiteto, surgiu a forma que o espaço do CEU iria ter, pautada tanto nos princípios, quanto na história do Bairro Educador, mas, especialmente, em uma ideia de que, enquanto espaço público, o CEU deveria permitir o fácil acesso e ausência de barreiras que pudessem afastar as pessoas do local, auxiliando no fortalecimento da democratização e da participação comunitária nos processos que o CEU propõe.
Tudo o que está sendo programado vai na direção da ocupação dos espaços pela comunidade, com orientação saída do diálogo com os moradores (...) Toda a área se configurará em um pequeno parque de 40 mil metros quadrados, no qual os equipamentos (escolas, creches etc.) não terão grades. Não haverá muros. E os carros não entrarão: o espaço será destinado apenas à circulação de pedestres, sejam alunos, crianças pequenas e seus pais, e também idosos, com área verde, com bancos etc. (Ruy Ohtake. Arquitetura como exercício de cidadania. In: Heliópolis, Bairro Educador). Além disso, era essencial atender às demandas da comunidade também no que se refere à configuração arquitetônica, desde a localização da sala de gestão, até a reconfiguração da sala de informática para as demandas do século XXI.
Como cidadão, o que eu aprendi com Heliópolis? Que os projetos não devem ser feitos só no escritório, e sim que devemos ir e vir à comunidade, interagindo com sua população. Cada um desses projetos tem sua particularidade, sua peculiaridade. E depois, é um pouco da nossa responsabilidade também trabalhar, não de forma assistencialista, mas de maneira co-responsável. (Ruy Ohtake. Arquitetura como exercício de cidadania. In: Heliópolis, Bairro Educador). Na primeira fase da obra, concluída em 2009, foram construídos três Centros de Educação Infantil (CEI), uma Escola Técnica (ETEC), um Centro Cultural com cinema, um teatro de arena e áreas para exposição e as “ruas” que ligam todos esses espaços (onde já havia a EMEF e a EMEI). Em 2015, a segunda fase da obra foi concluída e foram entregues mais três edifícios: a Torre da Cidadania, a Biblioteca e o Complexo Esportivo.
Funcionamento A área total do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli possui 47.800m². As seis escolas que ficam dentro do CEU recebem diariamente 2.765 pessoas, atendidas por 299 profissionais. Desde abril de 2015 foram feitas quase 7.000 carteirinhas e mais de 2.000 pessoas estão sendo atendidas em diversas aulas e oficinas. Mensalmente, calcula-se que são atendidas aproximadamente 6.000 pessoas em eventos, festas, shows, apresentações culturais e nas áreas de lazer.
Descrição dos edifícios ETEC Heliópolis - 3.000m² Cerca de 1000 estudantes; Cerca de 95 funcionários; EMEF Pres. Campos Salles - 3.685m² 917 estudantes; 82 funcionários; EMEI Antônio Francisco Lisboa - 1.150m² 350 estudantes; 40 funcionários; CEI Aparecida das Graças Silva Roseira - 1.200m² 166 estudantes; 26 funcionários; CEI Nora Auler de Arruda Botelho- 1.200m² 178 estudantes; 30 funcionários; CEI Simone Agnalda Ferreira - 1.200m² 160 estudantes; 26 funcionários;
Outros Edifícios Centro Cultural - 1.340m² 1 cinema com capacidade para 130 pessoas; 1 teatro de arena; Saguão externo - espaço para peças de teatro, shows musicais e outros tipos de evento;
FAB LAB - SP A FAB LAB – SP é um laboratório público de fabricação digital, sua consolidação na cidade é a concretização de um projeto formulado pelo atual governo da PMSP, executado pela Secretaria de Serviços e pelo Instituto de Tecnologia Social – ITS Brasil, via convênio. Esses laboratórios de fabricação digital, segundo reportagem da PMSP São locais que possuem equipamentos de última geração, como impressoras 3D (impressão de objetos), fresadoras (usada para
corte ou desgaste de madeira, plástico isopor, etc), fresadora de precisão (capaz de produzir placas de circuitos eletrônicos), cortadora a laser (permite cortes com precisão milimétrica) e cortadora de vinil (corta com precisão adesivos e papéis de gramaturas variadas). (...) Tais ferramentas permitem a criação de diversos objetos, como próteses e próteses inteligentes, drones, robôs e até mesmo mobiliário. (...) Ricardo Elias Delgados, funcionário da ITS Brasil, explicou alguns dos objetivos do projeto. ‘Democratizar o conhecimento, de forma que todos saibam como usar os laboratórios e essas máquinas e preparar, no sentido que os usuários sejam treinados para utilizar os espaços’, disse. (...) Em 24 de março de 2016, inaugurou-se a Fab Lab de Heliópolis, que atualmente ocupa um andar do Centro Cultural do CEU. A população acessa os serviços e cursos da Fab Lab desde então, em visitas monitoradas para o reconhecimento do projeto, das instalações e das máquinas do laboratório. A oferta de cursos e oficinas iniciou-se no dia 1 de abril e até outubro de 2016 foram realizados diversos cursos que tiveram cerca de 1.270 presenças, quase 1.000 pessoas realizaram visitas aos laboratórios e 268 participaram de visitas de sensibilização.
Torre da Cidadania - 2.168m²
Térreo: sala da gestão, refeitório e vestiário para os funcionários da segurança e limpeza;
Sala Multiuso para espetáculos e shows, equipada com iluminação e som;
3 Salas de aula, ateliê de artes visuais e cozinha experimental;
Pólo da UNICEU Heliópolis – programa da PMSP, que desde agosto de 2016 atende cerca de 50 estudantes que ingressaram no curso de Pedagogia para estudantes oriundos de escolas públicas;
Sala de Tecnologias da Informação e Comunicação – laboratórios de informática, estúdio de áudio e vídeo;
Sala de dança e corpo;
Biblioteca - 2.552,79m² Desde a sua abertura, a Biblioteca tem à disposição da comunidade mais de 5.000 títulos, realiza em média 300 empréstimos mensais, com 1.517 leitores(as) cadastrados(as). Em 2015, se tornou a segunda biblioteca de CEU que mais empresta.
Todos os dias, circulam por volta de 150 pessoas pela biblioteca, a maioria para uso de internet, recreativo e pesquisas. Possui três pavimentos, organizados de acordo com o processo de promoção da leitura e trocas culturais:
Térreo: voltado para o público infantil, com brinquedoteca, acervo apropriado, espaço para contação de histórias, que comporta ainda um auditório, com capacidade para receber 100 pessoas;
Intermediário: possui uma bancada com 11 computadores, espaço para jogos de tabuleiro e acervo de literatura nacional e internacional;
Segundo andar: possui acesso para a Estrada das Lágrimas, uma bancada de 11 computadores, sala de exposições, sala de estudos de uso compartilhado com a UNICEU e o recém criado espaço "Bairro Educador", cujo objetivo é reunir um acervo de Educação Popular e sobre Heliópolis. Este espaço ainda reunirá a memória do Movimento Sol da Paz, além de ter ambiente propício para suas reuniões e atividades.
Complexo Esportivo - 2.333,71m² 2 piscinas; Quadra poliesportiva; Vestiários; 3 Salas: de professores, da coordenação e de monitores aquáticos.
Praças 3 praças com aparelhos de ginástica, banheiros e brinquedos para as crianças; 3 praças Wi-Fi Livre; 4 parquinhos.
Quadras 2 quadras, uma delas coberta.
Horários de funcionamento 2ª a 6ª feira, das 7h às 23h; Sábados e domingos das 8h às 20h; Feriados 8h às 18h Atendimento ao público (matrículas e carteirinhas):
2ª a 6ª feira, das 8h às 20h; Sábados, domingos e feridos, das 9h às 17h; Piscina Horário de funcionamento: 3ª a 6ª feira, das 8h às 20h Sábados, domingos e feriados das 9h às 17h45; Biblioteca 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 20h30; Sábados, das 8h30 às 17h30;
Equipe Gestora Em 29 de abril de 2016, o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli completou 1 ano de existência. Em 2 de abril de 2016, foi publicada a Lei nº 16.418, de 1 de abril de 2016, regulamentando os Cargos de Provimento em Comissão do Centro Educacional Unificado Heliópolis, da Diretoria Regional de Educação Ipiranga (DRE-IP). De acordo com a referida Lei, o quadro da equipe gestora do CEU ficou assim configurado:
Gestor;
Coordenador de Ação Educacional;
2 Coordenadores de Projeto Educacional;
Coordenador de Ação Cultural;
2 Coordenadores de Projeto Cultural;
Coordenador de Projeto Cultural – Biblioteca;
Coordenador de Ação de Esportes e Lazer;
2 Coordenadores de Projeto de Esportes e Lazer;
2 Assistentes Técnicos I
Além da equipe gestora o CEU Heliópolis conta ainda com 7 Assistentes Técnicos Educacionais, 7 Analistas de Desporto, Informação e Cultura – Educação Física, 3 Analistas de Desporto, Informação e Cultura – Bibliotecários, 4 Monitores Aquáticos, 1 Técnico de Som, 1 Técnico de Luz, 55 funcionários responsáveis pela limpeza e zeladoria, cerca de 34 funcionários responsáveis pela segurança.
2 - Princípios e Fundamentos Político Pedagógicos O CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli se insere na perspectiva da inclusão social de todos, independentemente da sua condição de cor, etnia, gênero, credo religioso, situação socioeconômica, ou de qualquer outra natureza. É um centro vivo de possibilidades de participação e gestão, gerador de sujeitos que desejam, buscam e atuam na direção de uma sociedade mais humana e igualitária.
Educação Integral e o Bairro Educador O Projeto Político Pedagógico do CEU Heliópolis vem sendo construído a partir de uma perspectiva de Educação Integral, na qual entende-se que o aprendizado gerado pela práxis realizada na localidade amplia a visão de mundo dos sujeitos, de modo que os problemas e soluções locais sejam compreendidos numa dimensão global.
Porque uma concepção nova esclareceu que educação não é simplesmente preparação para a vida, mas a própria vida em permanente desenvolvimento, de sorte que a escola deve se transformar em um lugar onde se vive e não apenas se prepara para viver. (Anísio Teixeira. Educação para a Democracia). Na perspectiva dessas concepções, é necessário envolver outros atores na educação e, mais do que isso, redefinir os espaços e os tempos em que ela ocorre, ampliando-os. Os atos de ensinar e aprender passam por todas as atividades humanas e se dão ao longo de toda a vida. Para Paulo Freire, não é possível “ser gente” sem estar engajado em alguma prática educativa e
A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia, mas saber que sabia e, assim, saber que pode saber mais. A educação e a formação permanente se fundem aí. (Paulo Freire. Educação e Política). O território – que é formado tanto pelos espaços, pelas pessoas, quanto por suas dinâmicas – é, assim, não apenas objeto de aprendizagem, mas também
o sentido próprio para o qual converge a construção de qualquer conhecimento. Assim, mais do que um conjunto de espaços a
cidade é compreendida como território educativo e o binômio escola-comunidade é sua síntese. (...) Fundamentalmente, a educação integral reconhece oportunidades educativas que vão além dos conteúdos compartimentados do currículo tradicional e compreende a vida como um grande percurso de aprendizado e reconhece a própria como uma grande, permanente e fluída escola. (Centro de Referências em Educação Integral. Conceito de Educação Integral). Ao longo da história da educação brasileira, algumas propostas foram construídas na perspectiva de tornar concretas as concepções da Educação Integral (mesmo que elas não fossem ainda um conceito como o são hoje), como as Escolas Parque de Anísio Teixeira, os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) no Rio de Janeiro e os Ginásios Vocacionais, por exemplo. Os CEUs, em São Paulo, também têm como fundamento essas concepções, especialmente no que se refere ao Currículo, à Gestão Democrática e ao Desenvolvimento Integral. No trabalho realizado no CEU Heliópolis, mais especificamente, até pela história de sua construção fomentada pela articulação comunitária, a Educação Integral se traduz em um movimento que busca articular diferentes atores na transformação da comunidade em um Bairro Educador, pautado nos cinco princípios: Tudo passa pela educação, A escola como um centro de liderança, Autonomia, Responsabilidade e Solidariedade. Cidades Educadoras – Articulação Comunitária e o Bairro Educador O conceito de Cidades Educadoras surgiu na década de 1990 em Barcelona, e propõe que a gestão dos territórios seja voltada para a garantia do desenvolvimento integral das pessoas que lá vivem. Nesse sentido, além da formação ser uma prática permanente, capaz de estimular iniciativas e projetos que proponham soluções para os problemas da comunidade, o poder público, articulado ao território teria uma tarefa “pedagógica” e a cidade seria um espaço privilegiado para tal, uma vez que oferece mais oportunidades de aproximação entre o Estado e as pessoas. “Para educar uma criança é preciso toda uma aldeia.” (Provérbio africano).
Currículo O currículo de uma educação que se propõe integral considera uma maior diversidade de saberes e suas expressões, olhando cada sujeito e cada grupo como um todo, adequando propostas e auxiliando no desenvolvimento individual e comunitário.
Por isso, nos CEUs, o currículo pressupõe também as dimensões da cultura e do esporte na educação. A qualidade neste entendimento da Educação Integral pode ser indicada, dentre outras coisas, por essa capacidade de articulação entre diferentes atores sociais (...) e o conteúdo proposto pelos educadores nas atividades que dirigem aos educandos (...) Tem como finalidade a melhoria da qualidade de vida. (Centro de Referências em Educação Integral Conceito de Educação Integral).
Gestão democrática Na perspectiva da Educação Integral e do Bairro Educador, a qualidade social da educação se dá, principalmente, a partir da gestão democrática dos processos propostos, pois esta, além de garantir a proximidade entre poder público e comunidade, aposta na capacidade dos idosos, adultos, jovens e crianças de se responsabilizar pelas questões que assolam a comunidade e, para além disso, propor soluções a elas. No CEU Heliópolis isso não poderia ser diferente, uma vez que sua construção só foi possível a partir da articulação dos moradores com a escola e o poder público. Além disso, nos CEUs, a participação comunitária é garantida por instâncias previstas pelo regimento, compostas por diferentes membros da comunidade, nas quais se decide desde as regras de funcionamento do CEU, até as concepções pedagógicas que balizarão as suas ações. As principais instâncias são:
Conselho Gestor: formado por representantes da gestão e da direção das Unidades Educacionais do CEU, professores, estudantes, representantes das escolas e equipamentos do entorno, membros da sociedade civil organizada da região, frequentadores do CEU, familiares dos estudantes. Tem como prerrogativa, segundo o regimento dos CEUs de 20041 (...) constituindo instância deliberativa e consultiva de caráter permanente em relação à organização e funcionamento do Centro, respeitadas as competências exclusivas do poder público municipal e os limites da legislação vigente. (Grifo Nosso).
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Apesar de o regimento de 2004 não estar mais em vigor (desde o novo regimento decretado em 2006), ainda o temos como referência para as nossas concepções, no que tange a alguns aspectos que não contradizem as diretrizes do regimento em vigência.
A primeira chapa do Conselho Gestor do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli foi eleita no dia 03 de setembro de 2015. Votaram em 32 membros titulares e 32 suplentes o total de 1133 eleitores. A primeira reunião foi realizada em 09 de setembro de 2016, na qual os seguintes membros tomaram posse: Membro Nato: Marília De Santis Representantes dos Equipamentos de Educação Integrantes do CEU: Rosemeire Schimdt; Mayumi Célia M. Senamo; Monica Rita da Conceição Amaral; Satiko Motoyama Narita; Heidi Veras dos Santos Lima; Soraya Kullerkupp Contro; Laila Siwek Sala; Margarete Pereira. Representantes dos equipamentos sociais do entorno: Angela Aparecida de São José Ferreira; Joel da Silva Miranda; Lucas Pereira dos Santos. Membros eleitos pelos professores e demais profissionais que atuam nos equipamentos que integram o CEU: Francisco Fagner Araújo Pinheiro; Anajara Ferreira de Oliveira; Nair Rodrigues Scupinari; Edmundo Barboza Silva; Adriana Bezerra da Silva; Orlando Jerônimo da Silva. Membros eleitos pelos representantes da comunidade do entorno sendo cinco familiares, cinco estudantes e cinco representantes da comunidade: Steffani Renata da Silva; Crisitiane de Goes Honorato; Fernanda Bianca da Conceição; Maria Verônica da Silva Pereira; Jorge Brasil Sousa Santos; Maria Eduarda F. Lima; Renan Moreira da Silva; Emily Santos da Silva; Carmosinda Antonieta Gava; Vera Regina Meca Santos; Antonia Cleide Alves; Genésia da Silva Miranda; Emerson de Abreu Santana; Solanje Agda Cruz de Paula Pinto; Reginaldo José Gonçalves. Desde setembro de 2015, já realizamos 15 reuniões do Conselho Gestor onde foram decididas várias questões a respeito do CEU, como, por exemplo, a aprovação dos Projetos Políticos Pedagógicos de 2015 e 2016, os horários de funcionamento do CEU – abertura e fechamento dos portões, horário de atendimento na bilbioteca e na gestão, funcionamento da piscina etc.; regras de uso da piscina; forma de agendamento das quadras; programação do CEU, plano de uso da verba do PTRF (Programa de Transferência de Recursos Financeiros do PMSP); informes e outros debates sobre os projetos realizados pela gestão.
Colegiado de Integração: formado por representantes da gestão do CEU e das Unidades Educacionais tem como prerrogativa, segundo o regimento de 2004
Analisar e consolidar os planos de trabalho dos núcleos e espaços de trabalho do CEU e os projetos políticopedagógicos de cada unidade educacional em um único Projeto Educacional, compatibilizando os recursos humanos, financeiros e materiais necessários à plena consecução das metas e objetivos propostos e, de modo especial, a unidade das ações e projetos desenvolvidos no CEU. (Grifo Nosso) O Colegiado de Integração vêm se reunindo desde 2011 e já realizou diversas ações em conjunto. Atualmente, a principal estratégia de articulação que vem sendo construída no Colegiado de Integração do CEU Heliópolis é a unificação de um Calendário Temático, debatido e acordado por todos os participantes, e que tem o intuito de subsidiar as ações de determinado ano, incluindo desde temas a serem trabalhados nos PPPs das unidades educacionais e da gestão do CEU, até ações mais específicas como reuniões pedagógicas unificadas (previstas em portaria da SME), a articulação do Movimento Sol da Paz e do Seminário da Educação, dentre outros. 3 – Objetivos Gerais do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli Na perspectiva dos cinco princípios do Bairro Educador, o CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli tem os seguintes objetivos:
Articular
escolas,
lideranças
comunitárias,
famílias,
equipamentos
socioculturais, associações, ONGS, empresas;
Promover a socialização dos bens culturais socialmente construídos, como
instrumento de inclusão;
Mapear e revelar a produção cultural de Heliópolis, respeitando e garantindo a
diversidade, abrindo espaços de diálogo entre as gerações e sua criação, exposição, difusão, multiplicação e circulação;
Organizar o debate e criar condições de novas ideias e proposituras sobre as
questões educacionais, políticas, econômicas, sociais e éticas que afligem a comunidade, a cidade, o país e o mundo;
Promover o diálogo entre a sociedade civil organizada e o poder público.
4 – Balanço das Principais Ações de 2016 A equipe gestora do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli se divide em três núcleos, conforme o regimento dos CEUs que está vigente: o Núcleo de Ação Educacional, o de Ação Cultural e o de Esportes, lazer e Recreação. As ações realizadas por essas grupos são contínuas, nas quais os três núcleos atuam prioritariamente de forma integrada.
Calendário Temático O calendário temático foi criado como uma forma de integrar diversos atores que fazem parte do Bairro Educador - e compactuam com seus princípios - em torno de uma discussão e transformação curricular. Como resultado desse processo, que vem sendo realizado desde 2013, foi criado um calendário que permite aos estudantes e educadores de Heliópolis contato com grande diversidade de temas, expressões culturais, artistas locais e movimentos sociais pertinentes à vida e convivência na cidade e no bairro. Em 2016, como parte do Calendário Temático, foram realizadas as seguintes atividades:
Janeiro Recreio nas Férias 270 crianças de 04 a 14 anos inscritas. Foi realizada a seguinte programação entre 11/01 a 22/01: - Oficinas: Capoeira; Teatro; Artes Plásticas; Expressão Musical e a Criança; Jogos Teatrais e a Criança; Brincadeiras Dançantes. - Exibição dos filmes: “Coisa Malú”; “As aventuras do Avião Vermelho” e “Festival de Curtas”. - Brinquedos Infláveis. - Passeios: Catavento; SESC Ipiranga; Fundação Dorina; SESC Belenzinho; SESC Bom Retiro; Museu do Futebol. - Espetáculos: “Tricotando Palavras” e “A Vida Mudada de um bicho mutante” - Clínicas ministradas pelos Analistas de Desporto do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli: Pólo Aquático, Rugby, Frescobol e Futsal.
Fevereiro Foliopólis Realização de um cortejo nas ruas no entorno e uma ação do Foliópolis contra a Dengue, das quais participaram cerca de 700 pessoas.
Março Mês da Mulher: - Shows: “Caravana Tonteria” com Letícia Sabatela, com Tata Godoy e com a banda “The Prophets” - Espetáculos Teatrais e de Dança: “Amor à vista”; “Família Formigueiro” (infantil) e “Movimento para um homem só” (dança) - Exibição dos Filmes: “Acorda, Raimundo, Acorda” e “Salve Jorge” - Sarau do Varal - Roda de Conversa com as famílias das alunas do Ballet a partir do material da Maleta “Por que pobreza? Educação e Desigualdade.”
Abril Mês da Minoria Indígena Visita ao CECI Krukutu Parelheiros com cerca de 40 pessoas entre estudantes, educadores e moradores de Heliópolis.
Aniversário do CEU Heliópolis Profª Arlete Persoli Nos dias 29 e 30 de abril foi realizada a festa de Aniversário do CEU, cuja programação foi a seguinte:
Junho Caminhada Pela Paz e Festival da Paz Nos dias 06, 07 e 08 de junho, o Festival da Paz contou com a participação de diversas escolas e equipamentos socioeducativos da região, e foi realizado no CEU Meninos, na EMEF Dr. Abrão Huck e no CEU Heliópolis. Além disso, a programação também contou com a realização da Caminhadinha pela Paz (com as crianças dos CEIs e da EMEI) e da Caminhada Noturna da EJA. No dia 09 de junho foi realizada a 18ª Caminhada Pela Paz. Participaram dessas ações cerca de 23.400 pessoas.
Festa da Cultura Popular A I Festa da Cultura Popular foi realizada em conjunto entre a gestão do CEU Heliópolis e as seis escolas internas. Cerca de 1.000 pessoas participaram das ações da festa, que contou com a seguinte programação: ATRAÇÃO EMEI: Alegrando São João EMEI: Requebradinho Corrida do Ovo EMEI: Quadrilha Brasileira EMEI: Sapo Cururu EMEI: A canoa virou EMEF: Forró Bexiga no pé EMEI: Esperando na janela EMEI: Tindolelê EMEI: Sai Preguiça EMEF: Boi Caprichoso e Garantido EMEF: Ciranda Yadah Shabach (PROART) Rubenildo e Mano Sam Jr Camargo ETEC: dança
ETEC: quadrilha EMEF: ciranda EMEF: Olha pro Céu - Luiz Gonzaga Capoeira - Didi Bate Papo de Amigos Caiçara (vem pela SME) K7lássicos Débora Blue Julho Recreio nas Férias 270 crianças de 04 a 14 anos inscritas. Foi realizada a seguinte programação entre 11/07 e 15/07: - Oficinas: Capoeira; Teatro; Artes Plásticas. - Brinquedos Infláveis. - Passeios: Catavento; SESC Vila Mariana; Parque Ibirapuera; SESC Belenzinho; SESC Consolação; Museu de Arte Sacra; Planetário. - Contação de Histórias: “Nas Beiras do Rio – Folclore Amazônico”; Dinah Feldman; “Conto em Cantos – Cordel do Benedito”
Agosto Semana de Direitos Humanos A II Semana de Direitos Humanos foi realizada de 22 a 27 de agosto e contou com extensa programação. Dentro da Semana também foram realizados o II Encontro da Juventude, II Encontro LGBT e a Virada Sustentável. - Mesas de Debate: “Educação e Direitos Humanos” - com a presença da secretária Nádia Campeão (SME) e da secretária adjunta Djamila Ribeiro (SMDCH); “Resistência e Democracia: Memória e Verdade”. - Rodas de Conversa: “O Estatuto do(a) Idoso(a) hoje” e “Lugar de Mulher é onde ela quiser”. - Exposição “Declaração Universal dos Direitos Humanos” – Movimento Sol da Paz. - Sarau Performático “Capoeira”. - “Volvere Vento” – peça teatral. - Exibição do filme “Preciosa”, seguida de roda de conversa. - I Fórum de Sustentabilidade de Heliópolis. - Contação de Histórias “As artes de Pedro Malasartes”.
- Oficinas (Virada Sustentável): “Reciclagem”; “Jardinagem”; “Meditação para quem não sabe meditar”; “Treino Gaia”; “Desencaixe”; “Gravura e Stencil” e “Fit Yoga Kids”
Setembro VI Seminário Heliópolis, Bairro Educador O Seminário Heliópolis, Bairro Educador foi realizado entre os dias 29 e 30 de setembro e contou com a participação de mais de 1.000 educadores de Heliópolis e região. – Mesa de Abertura. – Mesas de Debate: *MESA 1: Educação e Luta de Classes - Debatedores: João Bosco e Selma Rocha. Mediação: Antônia Cleide Alves. *MESA 2: Transformações e Inovações na rede pública de ensino: uma questão de autonomia? - Debatedores: Braz Nogueira e Natacha Costa. Mediação: Daniela Zaneratto Rosa. *MESA 3: Ocupação de escolas e escola sem política: movimentos antagônicos? Debatedor: Vitor Henrique Paro e Mediação: Amélia Arrabal Fernandez *MESA 4: Mulheres, Negros e Negras e LGBTs: uma questão de minorias? Debatedoras: Sara Siqueira, Symmy Larrat e Genésia Miranda. Mediação: Lídia Tavares.
*MESA 5: Revivendo Paulo Freire: cultura, educação e movimentos sociais Debatedores: Iraci Ferreira e José Geraldo. Mediação Meire Lima. *MESA 6: Direitos Humanos: A vulnerabilidade dos espaços públicos e privados – Da violência doméstica contra crianças e adolescentes à drogadição. - Debatedores: Ana Carolina de Oliveira Zanoti (Carol Zanoti) , Edmundo Barboza da Silva, Lumena Almeida Cássio, Maria Angélica de Castro Comis. Mediação: Patricia de Araujo Brasil. *MESA 7: Memória e Resistência – os golpes no Brasil - Debatedores: Amelinha Telles; Luiz Galeão e Irma Passoni . Mediação: Beatriz Besen. *MESA 8: O direito à cidade: o que as crianças tem a ver com isto? - Debatedores: André Gravatá e Raiana Ribeiro . Mediação: Débora Orellana. – Grupos de Discussão 1) Escola sem partido – análise do projeto de lei, como refutá-lo? - Mediação: Meire Lima 2) Narrativas das ocupações das escolas estaduais e protagonismo juvenil. - Mediação: Edelsvitha Partel Murillo, Alerson de Melo 3) Ativismo Político nas Redes Sociais - Mediação: Camila Fusco e Ninive Loriani Ferreira. 4) Genocídio da Juventude negra – Violência de Estado nas periferias - Mediação: Mércia Ribeiro. 5) Educação Integral: interações entre território e currículo - Mediação: Cínthia Bettoi Pais. 6) Políticas Públicas, Ensino Superior, Direito à Cidade etc. – Como a juventude pode se organizar para exigir seus direitos? - Mediação: Rafael Outtone, Adriana de Cássia Moreira e Ênio Tadeu de Freitas. 7) Participação das comunidades nas escolas (conselhos, grêmios etc.) - Mediação: Elie Ghanen. 8) Fab Lab Público: cultura maker e participação comunitária - Mediação: Artur Cordeiro e Yuri Alexsander. 9) Políticas Afirmativas e reparação histórica – as cotas étnico-raciais - Mediação: Victor Gonçalves e Maria Antônia. 10) Garantia de direitos das crianças e adolescentes – o conselho tutelar no combate à violência doméstica - Mediação: Gilmar Pereira e Débora Orellana. 11) A arte na construção do Bairro Educador: uma inspiração freireana - Mediação: Camila Arelaro.
12) Política, Ideologia e Educação - Mediação: Jhonatan Constantino. 13) Arte e Política - Mediação: Laila sala 14) Memórias e Resistências - Mediação: Beatriz Besen
Outubro Mês da Criança A programação do Mês da Criança contou com as seguintes atividades: - Exibição de filmes de terror; - Mostra de Cinema Indígena; - Contação de Histórias; - Peça Teatral: “A menina da cabeça de bola” e espetáculo de dança. - Oficinas: Brincadeiras de rua, avião de isopor; horta vertical; - Festival de Pipas; - Helipa Music – Festival de Talentos infanto-juvenil; - Show da MC Sofia; - Brinquedos Infláveis; - Caça ao Saci;
Novembro Mês da Consciência Negra - Peças Teatrais: "Cabras - cabeças que rolam, cabeças que voam", “Diário 29”; “Ficção” (a confirmar); - Instalação Manifesto; - Sarau/Roda de Samba e outras intervenções; - Mostra Cultural Integrada (com as escolas do CEU e outros equipamentos socioeducativos do entorno); - Exposição "Preto no Branco"; - Batizado de Capoeira; - Círculo de trocas; - Exibição de filmes.
LudiCidade Desde sua origem, o CEU Heliópolis é uma política pública que foi gestada a partir de uma intensa participação comunitária. Seu projeto arquitetônico, por exemplo,
foi idealizado a partir de um diálogo próximo entre a comunidade organizada e o arquiteto Ruy Ohtake. Esse modo de fazer tem íntima relação com o que acreditamos ser o espaço público, que deve ser local de construção conjunta, nunca finalizado e sempre apto a transformações e novas soluções a partir da ação dos coletivos que o utilizam e suas demandas. A ideia é promover intervenções contínuas nos espaços do CEU Heliópolis, propondo soluções coletivas e lúdicas para as questões comunitárias, de forma a aproveitar diferentes saberes e potenciais, para que o CEU seja sempre um espaço que abarque e atenda cada vez mais a todas as pessoas e suas diferentes demandas, estimulando a convivência, o encontro e o diálogo. Tal processo deve respeitar a diversidade étnica, etária, de orientação sexual, de gênero, cultural, dentre outras características humanas. Por isso, desde 2015 o LudiCidade vem realizando diversas intervenções no sentido tanto da preparação para o desenvolvimento de novos mobiliários urbanos para as áreas externas do CEU, quanto propondo novos usos possíveis para esses espaços. Foram realizadas, então, quatro principais ações denominadas “Corpo e Movimento – Mini Olímpiadas” (intervenção realizada pelos Analistas em conjunto com as escolas de Educação Infantil do CEU Heliópolis); “Expresso Infantil” (construção na Fab Lab de um carrinho para os bebês se locomoverem pelo CEU); “Praças” (formação para a realização de um mobiliário, em parceria com as escolas de Educação Infantil do CEU Heliópolis e a ETEC).
Espaço Zen Realização de parceria com a Fab Lab Heliópolis, na qual foram feitos o projeto arquitetônico do Espaço Zen (que será construído na área externa ao lado do térreo da Torre da Cidadania) e de um curso de longo prazo de marcenaria para construção do mobiliário. Essas atividades contaram, até agora, com cerca de 20 participantes.
Expresso Infantil Também em parceria com a Fab Lab, foi construído o Expresso Infantil - um carrinho que possibilita levar seis bebês ao mesmo tempo para passear pelo CEU. Este projeto surgiu da necessidade de propor alternativas relacionadas ao direito dos bebês de acessarem os espaços externos aos CEIs. Para construir o Expresso Infantil, contamos com a parceria do pessoal que trabalha na Fab Lab, inclusive peritos em marcenaria, que
ajudaram na montagem da estrutura. O carrinho foi construído com caixotes de feira e madeiras encontradas em entulho, baseado na sustentabilidade e reaproveitamento de materiais descartados. Atualmente o Expresso Infantil serve aos três CEIs localizados no CEU, em sistema de rodízio.
Miniolimpíadas A fim de darmos mais um passo no atendimento às crianças de 0 a 5 anos que frequentam o CEU Heliópolis, e em função da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, foi criado o projeto Mini Olimpíadas. Tal projeto, voltado para os três CEIs e para a EMEI integrantes do CEU, visa desenvolver atividades lúdicas promovidas pelos Analistas de Desporto. Para a confecção dos materiais que serão utilizados nas Mini Olimpíadas haverá uma capacitação em marcenaria, realizada pelos profissionais do Fab Lab, destinada aos Analistas de Desporto. Contou com a seguinte programação: MINI OLIMPÍADAS – CEU HELIÓPOLIS - Cerimônia de Abertura - CEI (1 ano) – Circuito: Aquecimento (Dança); Túnel (Tatame); Túnel (Tubo); Figuras Geométricas; Tatame (Rolamentos, Atividades de Imitação); Pé e Mão; Bolas com Tamanhos Diferentes. - CEI ( 2 e 3 anos) – Circuito: Aquecimento ( Dança); Túnel (Tatame); Túnel (Tubo); Zig-Zag; Boca do Palhaço (tentar acertar, lançando); Pneu (subir e descer); Bolas com Tamanhos Diferentes. - EMEI (4 e 5 anos) – Estafetas: Aquecimento (Dança); Correr dar volta no cone e voltar; Correr levar objeto e trazer; Correr saltando barreiras; Levar e Trazer o Bolão; Passar a bola por cima da cabeça; Passar a bola por baixo da perna; Corrida com Arco Revezamento com bastão.
Movimento Sol da Paz Em 1999, a aluna Leonarda Soares Alves, estudante da EMEF Pres. Campos Salles, foi assassinada na saída da escola. Indignados com o acontecimento, o diretor Braz Nogueira e um dos professores, Orlando Jerônimo, procuraram o então presidente da UNAS, João Miranda, e propuseram a organização de uma caminhada pela paz nas ruas e vielas de Heliópolis. Assim, aconteceu a I Caminhada pela Paz, que hoje é um
dos eventos mais importantes para a comunidade, aumentando em número de participantes a cada edição e, consequentemente, em sua capacidade de mobilização. A Caminhada Pela Paz fez nascer o Movimento Sol da Paz que, como um dos articuladores do Bairro Educador, promove reuniões mensais para debater assuntos pertinentes à Heliópolis. Diversas escolas, equipamentos educativos e projetos sociais da região, além do CEU Heliópolis, são membros do movimento. Dentre outras concepções, o movimento entende que a comunidade deve ser protagonista na formulação de políticas públicas locais. Por isso, o tema das 18ª Caminhada Pela Paz, realizada em 2016 foi “Consciência Comunitária + Políticas Públicas = Sociedade Educadora”. Durante 2016 o Movimento Sol da Paz fez 13 reuniões. Esses momentos serviram para, além de organizar a 18ª Caminhada Pela Paz, o Festival da Paz, a Caminhadinha e Caminhada Noturna da EJA (ver descrição mais detalhada no item “Calendário Temático”), o Café da Manhã com educadores e os concursos de Manifesto e Logotipo.
Café da manhã com educadores A fim de inaugurar os trabalhos do ano de 2016, o Movimento Sol da Paz realizou um encontro com educadores e gestores das escolas, equipamentos sócio educativos, parceiros de Universidades que atuam na comunidade e artistas locais de Heliópolis para uma conversa sobre os princípios e história do Movimento, que terminou com um gostoso Café da Manhã e uma apresentação musical da banda Yaddah Shabbah. Participaram do evento cerca de 100 pessoas.
I Concurso de Logotipo e II Concurso de Manifesto
Em 2014 foi realizado o I Concurso de Manifesto do Movimento Sol da Paz; nesse mesmo ano foi elaborado um material educativo, com o intuito de auxiliar os educadores a trabalharem com o tema, além de registrar os manifestos que foram produzidos
até
então.
Este
material
pode
ser
lido
na
íntegra
no
link:
https://goo.gl/YtRXPN. O ganhador do Concurso foi o jovem morador de Heliópolis Victor Guilherme Nadja, com o manifesto “Eco da Paz”, que também foi musicado e apresentado na abertura do Festival da Paz.
ECO DA PAZ
Além disso, em 2016 também realizamos o I Concurso do Logotipo do Movimento Sol da Paz. Participaram do concurso diversos estudantes das escolas e equipamentos socioeducativos de Heliópolis. O logotipo ganhador foi uma junção de dois desenhos.
VISIBILIDADE DA PERIFERIA – Agenda Cultural do CEU Heliópolis Como forma de dar visibilidade aos bens culturais produzidos na periferia, utilizamos um mapeamento cultural como uma das referências para articular os artistas locais de forma que eles participem da programação cultural do CEU. Além disso, através dos programas públicos de financiamento de artistas, também fazemos um trabalho de formação com esses coletivos no sentido de inseri-los nas políticas culturais da cidade. A partir da ideia de que todos podem ser produtores de cultura, a programação do CEU Heliópolis é uma costura entre diversas manifestações de artistas locais, de outras comunidades, ou mesmo daqueles já consagrados no meio cultural. Dessa forma, a programação é um instrumento que busca realizar uma formação dos artistas e coletivos locais que a compõem e do público que a acessa, criando uma periodicidade cultural. A composição dessa agenda, então, é resultado dessa costura entre as diferentes formas de participação desses artistas: através dos programas da SMC e SME, através das leis e editais de fomento (em forma de parcerias ao cedermos os espaços do CEU para ensaios e experimentos), ou mesmo de modo voluntário.
Artistas Locais Vários são os grupos e artistas locais que utilizam os espaços do CEU Heliópolis para ensaio e gravações de seus trabalhos. Neste sentido, o Núcleo de Cultura busca inseri-los na programação geral especialmente nos meses do Calendário Temático, buscando articular a produção cultural local com as escolas e equipamentos socioeducativos do CEU e do entorno. Os principais coletivos que fazem parte desse grupo são: - Música: Caroline, Gustavo, Luneta Vermelha, Débora Blue, Yaddah Shabah; - Street Dance: Movie Start, Street Snakers, Bounce Time, Dark Boys, Free Step; - Teatro: Impacto Agasias; - Hip Hop: Avante, O Coletivo, Tripulação Visionária, Atitude Indiscreta, K7lássicos, 777 Multa.
Produção de Material Educativo Com o intuito de qualificar a formação do público e articular mais escolas para acompanhar a programação do CEU Heliópolis, o Núcleo de Ação Educacional em conjunto com o Núcleo de Ação Cultural, vêm produzindo uma série de materiais educativos com sinopses das obras artísticas, sugestões de atividades a serem realizadas (divididas em três momentos: antes da fruição da obra, durante e depois). Os materiais estão disponíveis para acesso no link: https://goo.gl/rVDVEq
Principais Ações Culturais realizadas em 2016 PEÇAS TEATRAIS
QUANTIDADE DE PÚBLICO
1
Amor à vista
100 pessoas
2
Picumã
100 pessoas
3
Marica
120 pessoas
4
Albertinho, o menino voador
110 pessoas
5
As artes de Pedro Malasartes
100 pessoas
6
Família Formigueiro
200 pessoas
7
Playground
80 pessoas
8
Playground
80 pessoas
9
Espetáculo da Terra
120 pessoas
10
Tão pesado quanto o céu (2 apresentações)
220 pessoas
11
Além da lenda
90 pessoas
12
O chute que a bola levou
160 pessoas
13
Chiquinha Gonzaga
130 pessoas
14
Vidas Secas
100 pessoas
15
Projeto Secas – Coletivo Sem Palavras
100 pessoas
16
Catula
120 pessoas
17
Além da Lenda
60 pessoas
18
Hertz
60 pessoas
19
Ser Criança (4 apresentações)
350 pessoas
20
Volvere Vento
120 pessoas
21
A Menina da Cabeça de Bola
100 pessoas
22
Os três porquinhos
150 pessoas
23
Ficção
150 pessoas
TOTAL
2.920
FILMES EXIBIDOS
QUANTIDADE DE PÚBLICO
1
Carandiru
15 pessoas
2
Divertidamente
100 pessoas
3
Preciosa
70 pessoas
4
Eu e Meu Guarda-Chuva
100 pessoas
5
Mostra de Cinema Indígena
100 pessoas
6
Cine CAPs – Vl Arapuá
70 pessoas
7
Cine “Dá-Ideia”
100 pessoas
8
Festival “É tudo verdade” (2 sessões)
200 pessoas
9
“Que horas ela volta?” – Rede Brazucah
100 pessoas
10
Mostra Ecofalante (27,28,29,30 de Junho)
800 pessoas
TOTAL
OUTRAS MANIFESTAÇÕES E EVENTOS
1.655
QUANTIDADE DE PÚBLICO
1
Festival de Talentos EMEF Campos Salles
600 pessoas
4
Sarau Musical Capoeira
70 pessoas
5
Sarau do Varal (4 edições)
240 pessoas no total
6
Encontro de Danças Urbanas
140 pessoas
8
Festa de Aniversário do ECA
100 pessoas
10 Aula Inaugural UNICEU
60 pessoas
11 Dia das Bruxas - Caça ao Saci
50 pessoas
17 Abertura do projeto “Helipa na Universidade” - Evento: 60 pessoas “Manos e Minas - o que vocês querem da vida?”
18 Aniversário do CEU - Feira da Coopersol, shows, 1.000 pessoas apresentações e lançamento do projeto “Memórias e Resistências” 19 Festa da Cultura Popular
1.000 pessoas
20 Evento do CIEE - Estágio e Aprendiz
5.000 pessoas
TOTAL
SHOWS E APRESENTAÇÕES MUSICAIS
8.320
QUANTIDADE DE PÚBLICO
1
Tata Godoy
115 pessoas
2
Caravana Tonteria
250 pessoas
3
Paula Lima
250 pessoas
4
Samba do Baú
110 pessoas
5
Originais do Samba
200 pessoas
6
São Paulo Cidade Coral
60 pessoas
7
The Prophets
170 pessoas (show e ação educativa sobre meio ambiente)
8
Avante o Coletivo – “Voa Avante”
250 pessoas
9
Yadah Shabach
250 pessoas
10
K7Clássicos
100 pessoas
11
Caiçara – Efeito In Casa Afrika
100 pessoas
12
Helipa Music
600 pessoas
TOTAL
PROGRAMAÇÃO EXTERNA - Articuladas com a comunidade e/ou escolas e equipamentos sociais do entorno
2.455
QUANTIDADE DE PÚBLICO
1
Foliópolis
200 pessoas
2
Foliópolis contra a Dengue
500 pessoas
3
Visita ao CECI Krukutu Parelheiros
40 pessoas
4
Caminhada da Paz - Pq Bristol
5.000 pessoas
TOTAL
5.740
Circuito de Visitas Tendo iniciado o atendimento ao público em agosto de 2015, a Biblioteca do CEU Heliópolis apostou na leitura espontânea, aproveitando o caráter de novidade tanto do equipamento, quanto do acervo. Aposta que se mostrou acertada naquele período, colocando-a como a segunda biblioteca de CEU que mais empréstimos efetuou nos últimos cinco meses de 2015, de acordo com nossos levantamentos. A disposição dos livros nas estantes, em especial na área infantil onde utilizamos caixas temáticas, incentivou a leitura espontânea. Não há dúvidas de que mais de 95% dos empréstimos desse período inicial se deram dessa forma, com a descoberta in loco dos livros de interesse, em contraposição à procura por títulos ou autores específicos. Passado o tempo de novidade, observamos uma queda de 50% nos empréstimos. Por isso, tornouse necessário realizar uma nova abordagem, trabalhando com os parceiros, de forma estruturada e contínua, sem perder, contudo, a perspectiva de criar um público leitor respeitando seus interesses. Assim, a leitura continua espontânea, mas buscamos também realizar intervenções, através da exploração do espaço e das possibilidades da biblioteca. Dessa forma, em 2016 já catalogamos 5143 livros no acervo, já foram realizadas 1517 carteirinhas para empréstimos de livros e uso dos computadores da biblioteca. Em média, 300 livros são emprestados por mês e por dia cerca de 100 pessoas utilizam os computadores e alguns trabalhos de estudantes das escolas e artistas locais foram expostos em diferentes espaços da biblioteca. As regras de uso da biblioteca foram elaboradas em conjunto entre representantes de diferentes segmentos de frequentadores: crianças, adultos, funcionários, gestão etc. Posteriormente essas regras foram aprovadas pelo Conselho Gestor. Funcionamento: - Segunda a sexta-feira das 8h30 às 20h30 - Sábado das 8h30 às 17h30. - Tempo de uso do computador: 1 hora/dia, precisa ter a carteirinha da biblioteca; - Para ter Tempo adicional (utilização dos pcs): Participar de projetos da biblioteca ou, em casos especiais, negociar com o adulto no atendimento;
- Uso dos Fones de ouvido: Empréstimo com a apresentação da carteirinha da biblioteca; - O que não pode ver no computador: Vídeos impróprios (violência, pornografia); Caso a pessoa persista no uso, ela perde o direito de usar o computador, depois do 1º aviso; - O que pode ver no computador: Email, redes sociais, sites de pesquisa ou de notícias, Youtube... - Dias de jogos no computador: 5ª e sábado; - Quantidade de pessoas por computador: Máximo duas (aglomerações atrapalham quem está usando); - Onde pode jogar: 2º pavimento; 3º apenas para estudo e pesquisa; - Desenhos: Na folha em branco todos os dias; para colorir, 2ª e 6ª; - Elevador: Somente para pessoas com crianças de colo, com mobilidade reduzida e/ou idosos; - Combinados - O que pode: Sugerir atividades e projetos para a biblioteca (ela também é sua!). Consumir alimentos e bebidas (não alcóolicas), mas precisa jogar o lixo no lixo. Respeitar a tod@s: funcionários, alunos e demais usuários (respeito é bom e todo mundo gosta!). - Combinados - O que não pode: Gritar e falar em voz alta, pois atrapalha quem está estudando (você pode fazer isso em outros espaço do CEU); Correr na biblioteca, pois você pode se machucar e machucar outras pessoas (você pode fazer isso em outros espaços do CEU); Agredir o outro com palavras, gestos ou fisicamente. As outras ações realizadas com o intuito de estimular a leitura e as formas de uso da biblioteca:
Clube do Xadrez Este projeto vem sendo desenvolvido pelo bibliotecário João Robson Fernandes Nogueira, todas as quintas-feiras das 12h às 13h30, este profissional orienta um grupo de frequentadores do CEU a jogar xadrez nos espaços disponíveis para isso na biblioteca. Além disso, as mesas e as peças próprias para o jogo ficam sempre à disposição para os grupos que querem jogar.
Detetives da Biblioteca Jogo criado em parceria com o Wellington (doutorando pela USP) que se baseia nas regras de RPG e tem como objetivo incentivar a leitura e a exploração de outros usos possíveis dos epaçps da biblioteca. Cerca de 15 crianças participam das atividades.
Exposições
Exposição - Código Facial Exposição Índios (Biblioteca) Exposição - Direitos Humanos Sol da Paz Exposição - Concurso de Manifestos 18ª Caminhada Pela Paz Exposição - Concurso de Logotipos, Movimento Sol da Paz Prisioneiros Virtuais - EMEF Altino Arantes Quadros compostos de placas eletrônicas (com Fab Lab)
Clube de Mães O Clube de Mães nasceu em setembro de 2016, da necessidade de organizar e articular as mães que trazem seus filhos para brincar na biblioteca. Após algumas rodas de conversa e a parceria com uma Arte Terapeuta o grupo foi se tornando cada vez mais um espaço de fala para as mulheres que participam desses encontros.
Leia Mulheres Em parceria com um grupo de estudantes da USP, que fazem parte de uma rede nacional cujo objetivo é disseminar a leitura de autoras mulheres, o “Leia Mulheres” é uma roda de leitura que, desde outubro, se reúne quinzenalmente na biblioteca do CEU Heliópolis.
Biblioteca no Fluxo Programas de Rádio – Horário do Bairro Educador Desde outubro a gestão do CEU Heliópolis vêm contribuindo com o programa “Bairro Educador” que é veiculado de segunda à sexta das 12h às 13h. A contribuição
acontece, especialmente, em 3 programas dentro do Horário do Bairro Educador: “Bibliotecas”, “Vozes do MOVA” e “Programa CEU Heliópolis”.
Sarau do Varal Trata-se de um sarau feito em área externa à biblioteca (como por exemplo a piscina, o saguão esportivo) com participação da comunidade e escolas do entorno. Em 2016 foram realizados quatro Saraus com temas ligados ao calendário temático.
Encontros e Seminários Os Encontros realizados ao longo de 2015 e 2016 surgiram de demandas levantadas nos III, IV e V Seminários “Heliópolis, Bairro Educador”, os participantes desses seminários solicitaram mais momentos de reflexão e troca entre os profissionais que atuam em Heliópolis, além de encontros com temáticas mais específicas. Em busca de atender a esta solicitação, em 2016 foram realizados os seguintes encontros (para mais detalhes sobre a programação do VI Seminário Heliópolis, Bairro Educador, ver o ítem “Calendário Temático”):
Encontro da Educação Infantil (Março) Encontro da Educação Popular (13 e 14 de maio) Seminário “Marcas do Invisível” - Sobre Violência Doméstica Seminário da Educação (29 e 30 de setembro) Semana de Alfabetização do MOVA Seminário das Mulheres Encontro LGBT Encontro da Educação Especial Encontro de Estagiários
Relação com as Universidades Em 2016, o CEU Heliópolis recebeu cerca de 40 estagiários estudantes da FEUSP, orientados pelo Profº Elie Ghanen e cerca de 10 estagiários do Centro Universitário SENAC orientados pelos professores: Caio, Rosanna e Lívia. Além de
diversas reuniões com esses grupos, também foi realizada uma articulação com as escolas e projetos sócio educativos de Heliópolis para atuação desses estagiários.
O CEU Escuta Museu Comunitário O Museu Comunitário é uma extensão dos projetos já desenvolvidos pelo CCCECH, desde 2012: Memórias de Heliópolis e Kombi da Memória. As novas ações têm como objetivo final transformar o espaço da Biblioteca, em especial o terceiro pavimento, em um espaço de exposições sobre a história dos movimentos sociais de Heliópolis, e de muitos de seus moradores. Inicialmente pretende-se organizar o acervo audiovisual e fotográfico já coletado nos projetos Memórias de Heliópolis e Kombi da Memória e ampliá-lo, contando com diversas vias de produção de memórias. Esse espaço também será destinado à realização de escutas e oficinas, para que parte desse acervo seja reconfigurado e se reconstitua a partir de histórias de vida e de luta de pessoas que vão se inserindo ao cotidiano do CEU. Em 2016 uma série de reuniões de planejamento e preparação para as próximas atividades do Museu foram realizadas, com o intuito tanto de trazer mais parceiros para concretizar o projeto, quanto escrever um documento com as intenções e planos para realizá-lo.
As Clínicas do Testemunho Nas Margens São atividades de reparação psicossocial que vêm acontecendo a partir de recurso oriundo de um edital do Governo Federal, no qual um projeto submetido pelo grupo Margens Clínicas foi contemplado. O projeto Clínicas do testemunho nas margens pretende constituir Heliópolis e Perus como dois pólos da clínica do testemunho. Esse projeto é parte da Comissão da Memória e da Verdade, que busca registrar e fornecer reparação psicossocial às vítimas e aos familiares das vítimas de violências no período da ditadura militar no Brasil. Os mobilizadores e sensibilizadores do projeto dentro da comunidade são 10 jovens, que estão passando por uma formação em Direitos Humanos, coordenada pelo grupo de pesquisa em Psicologia comunitária do Prof. Luis Galeão e da Profa. Vera Paiva (do Instituto de Psicologia da USP), membros da gestão do CEU Heliópolis, da UNAS e do coletivo Margens Clínicas. Os materiais produzidos nas oficinas também
poderão ser agregados ao Museu Comunitário, tornando-o permeável à história que segue em curso. O grupo de jovens, formado no segundo semestre de 2016, irá, após a formação contribuir para: identificar as famílias e vítimas de violência de Estado no período da ditadura, comunicar e divulgar a possibilidade de atendimento, criar espaços dialógicos sobre o direito a reparação para moradores da periferia, qualificar a capacitação de profissionais da psicologia em atendimento de reparação psicossocial (através do CFP).
Formação dos Jovens Bolsistas (Plano de Trabalho): Conteúdos:
Memória individual e coletiva;
Ações do projeto Memória e Resistência;
Repertório popular sobre a violação de direitos e as lutas por reconhecimento
existentes;
Relação entre experiência comunitária e reconhecimento reciproco;
Relação entre memória coletiva e resistência;
Problematização de questões como: Racismo, Homofobia, Machismo e
Transfobia no Brasil e em Heliópolis;
Conhecimento sobre o período da ditadura no Brasil e em outros países da
América Latina e a relação entre eles
Capacidade de articulação e mobilização entre os jovens e a comunidade;
Histórias de Heliópolis e da UNAS;
Origem e repercussão da luta por direitos humanos;
Instrumentos e espaços que permitem mobilizar e registrar a memória coletiva;
Possibilidade de relacionar suas experiências com os temas do projeto;
Capacidade de realizar uma análise de conjuntura, entendendo como a história
tem relação com o presente; Oficinas Culturais e Esportivas – Voluntários e Programas Em 2016, diversas oficinas e aulas foram oferecidas para a comunidade. Para compor essa programação contamos com os profissionais Analistas de Desporto lotados no CEU Heliópolis, voluntários e educadores de outros programas da PMSP, conforme tabela abaixo:
Título da Atividade
Faixa etária
Frequência
Alongamento A
Adultos
50
Alongamento B
Adultos
50
Basquete
12 a 16 anos
22
Circuito Aeróbico
Adultos
60
Clube da Caminhada
Adultos
0
Clube da Caminhada
Adultos
0
Futsal A
11 e 12 anos
21
Futsal B
13 e 14 anos
20
Ginástica Artística
7 a 13 anos
20
Ginástica Geral
Adultos
15
Ginástica Localizada A
Adultos
50
Ginástica Localizada C
Adultos
58
Ginástica Localizada D
Adultos
57
Ginástica Aeróbica
Adultos
50
Hidroginástica 1
Adultos
25
Hidroginástica 2
Adultos
25
Hidroginástica 3
Adultos
25
Hidroginástica 4
Adultos
25
Iniciação Esportiva 1
7 a 9 anos
21
Agita Kids Natação 1
4 a 6 anos Adultos
5 25
Natação 2
9 a 10 anos
25
Natação 3
7 a 8 anos
25
Natação 4
10 a 17 anos
25
Natação 5
Adultos
25
Natação 6
7 a 10 anos
25
Natação 7 Natação Avançada
25 10 a 17 anos
25
Natação Iniciantes
10 a 17 anos
25
Núcleo da Melhor Idade
Acima de 59 anos
16
Pilates
Adultos
46
Ritmos
Adultos
60
Rugby 1
04 a 07 anos
11
Rugby 3
08 a 14 anos
16
Rugby 4
10 a 17 anos
10
Tênis de Mesa
10 a 14 anos
20
Vôlei Adaptado
Adultos
18
Vôlei Intermediário
14 a 18 anos
33
Vôlei Iniciação
09 a 18 anos
22
Vôlei Avançado
15 a 20 anos
17
Vôlei Misto 3 Ciranda do Inglês Forró Informática para a 3ª Idade Violão Violão
09 a 14 anos Acima de 10 anos Adultos 3ª Idade Sem limite Sem limite
12 40 15 7 12 12
Karatê
Acima de 7 anos
60
Tae Kwon Do
Acima de 6 anos
25
Kick Boxing
Acima de 7 anos
40
Capoeira
Acima de 7 anos
40
Zumba
Adultos
200
Zumba
Adultos
200
Grafite Teatro 1 - Grupo Artes Simples Teatro 2 - Grupo Artes Simples
Acima de 14 anos Acima de 12 anos Acima de 12 anos
15
Ballet Clássico - Baby Class Ballet - Chutando Para o Alvo Ballet - Chutando Para o Alvo Ballet - Chutando Para o Alvo Contato e Improvisação
4 a 7 anos 4 a 6 anos 6 a 8 anos 8 a 10 anos Acima de 16 anos
20 20 20 20 15
Desenho e Pintura
Livre
17
20
Futebol - Chutando Para o Alvo
4 a 6 anos
20
Futebol - Chutando Para o Alvo
6 a 8 anos
20
Futebol - Chutando Para o Alvo
8 a 10 anos
20
Futebol - Chutando Para o Alvo Futebol de Rua Tai Chi Chuan – Temático de Artes Marciais Tai Chi Chuan – Temático de Artes Marciais Tai Chi Chuan – Temático de Artes Marciais Artes Visuais - Extensão de Jornada Street Dance A – Extensão de Jornada Street Dance B - Extensão de Jornada Street Dance C - Extensão de Jornada Street Dance C - Extensão de Jornada PIA 1 PIA 2 PIA 3 PIA 4 PIA 5 PIA 6 PIA 7 PIA 8 Artes Visuais – Vocacional Dança 1 – Vocacional Dança 2 – Vocacional Literatura – Vocacional Teatro 1 – Vocacional Teatro 2 – Vocacional
10 a 12 anos 08 a 12 anos Adultos Adultos Adultos 4 a 14 anos 4 a 14 anos 4 a 14 anos 4 a 14 anos 4 a 14 anos 05 a 07 anos 08 a 10 anos 05 a 07 anos 11 a 14 anos 05 a 07 anos 08 a 10 anos 05 a 07 anos 08 a 10 anos Acima de 14 anos Acima de 14 anos Acima de 14 anos Acima de 14 anos Acima de 14 anos Acima de 14 anos
20 20 36 21 12 2 20 20 20 20 5 5 5 5 5 5 5 5 5 8 8 10 15 20
Agendamento de Quadra A partir da perspectiva da gestão democrática, e por deliberação do Conselho Gestor do CEU, o Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação executa periodicamente agendamentos dos espaços destinados à prática de Esporte e ao Lazer, com a intencionalidade de garantir o uso a todos os usuários do CEU. Para tanto, uma das premissas desse processo desenvolvido pelo núcleo foi de que as pessoas organizassem equipes para a realização do agendamento das quadras. Essa organização permite a identificação e o agrupamento de pessoas distribuídas nas diversas práticas e modalidades esportivas, além de colocá-los em diálogo com a gestão, que as auxilia na compreensão de que a comunidade é a principal responsável pelo zelo com os espaços.
A partir daí, diversos grupos de moradores da comunidade se organizaram em times devidamente cadastrados. Esta organização possibilita ainda a inclusão de crianças na prática livre dos esportes de quadra, pois com os agendamentos todos têm a mesma oportunidade. As quadras podem ser agendadas pelos times cadastrados no CEU. Para formar um time é necessário que todos os membros tenham carteirinha do CEU e se inscrevam na gestão. Toda última quarta-feira do mês esses times podem fazer suas reservas para as quadras: ao lado da ETEC, ao lado da Campos Salles e a Poliesportiva (nos horários em que não são utilizadas pelas escolas e pelas aulas e cursos do CEU). Em 2016 cerca de 80 times já foram cadastrados e, por mês, aproximadamente 800 pessoas são atendidas através dos agendamentos das quadras.
Uso Recreativo das Piscinas
Embora o lazer seja um direito garantido pela Constituição Federal Brasileira, os territórios periféricos e populares contam com pouquíssimos espaços destinados a este fim. Na região de Heliópolis, os parques aquáticos dos CEUs (Heliópolis e Meninos) são os únicos equipamentos públicos existentes que possibilitam à comunidade o uso de piscinas. Diante disso, o uso recreativo das piscinas pela comunidade sempre foi intenso, e por isso o plano de ação do Núcleo de Esportes, amparado pelas propostas aprovadas em Conselho Gestor, incentiva e promove a utilização dos usuários. As regras de uso livre das piscinas foram garantidas pelo Conselho Gestor para que todas as pessoas possam ter seu direito ao lazer. O parque aquático está à disposição para atividades das unidades educacionais mediante agendamento prévio e a comunidade em geral tem seu uso garantido aos sábados, domingos, feriados e datas comemorativas. Desse modo, estima-se que, nesses dias, quando faz calor, em média 200 pessoas façam uso da piscina. As regras de de uso da piscina, deliberadas pelo Conselho Gestor são: Horário de Funcionamento: Terça a sexta-feira: para as aulas dos analistas de esporte e para agendamentos das escolas e projetos Finais de semana: aberta ao público das 9h às 17h, fechando das 12h às 13h para o almoço dos funcionários salva-vidas. Regras de uso: - É obrigatório o uso de roupa de banho (maiô, sunga, biquíni);
- É obrigatório passar pelo lava-pés; - É aconselhável passar pela ducha (vestiários) antes de entrar na piscina; - É permitido o uso de filtro solar, saída de banho, toalha, chinelo, garrafinha de água; - É proibido o uso de sapatos, óleo bronzeador, creme de cabelos, comidas e bebidas na área da piscina; - É permitida a entrada de pessoas acima de sete anos com as carteirinhas do CEU Meninos e CEU Parque Bristol. Crianças com idade inferior a sete anos só poderão entrar se acompanhadas pelo responsável legal. Obs: Crianças com idade inferior a sete anos deverão entrar acompanhadas pelo responsável legal. Caso este esteja impossibilitado de acompanhar a criança, deve indicar na ficha de inscrição do CEU Heliópolis – feita no ato de solicitação da carteirinha – que a criança está autorizada a entrar sozinha na área da piscina.
São Paulo Integral No fim de 2015 a SME constituiu um Grupo de Trabalho que se debruçou sobre as diferentes experiências de Educação Integral das escolas da cidade e a partir desse mapeamento elaborou uma proposta de Educação Integral em Tempo Integral que visa potencializar a qualidade social da educação. Essa proposta foi consolidada na Portaria nº 7.464, de 03 de dezembro de 2015. A portaria estabeleceu normas para as escolas que aderiram ao programa, que visava, neste primeiro momento, as séries do Ciclo de Alfabetização, mais especificamente dos primeiros anos. Depois de intenso debate com a comunidade, no conselho de escola e em reuniões específicas para este fim, a EMEF Pres. Campos Salles, optou por aderir ao Programa São Paulo Integral, ampliando a jornada escolar dos primeiros anos. Para consolidar o programa, a EMEF Pres. Campos Salles contou com o apoio da gestão do CEU Heliópolis que participou das reuniões do conselho de escola e com as famílias dos estudantes das turmas de primeiro ano, assim como na construção do currículo com foco no território do saber, articulando espaços do CEU. Em 2016, três turmas de 25 estudantes dos primeiros anos da EMEF Pres. Campos Salles estão sendo atendidas. As atividades incluídas no Território do Saber são:
Memórias e Fotografias – Prof.ª Abilene Sandes da Silva e Prof.ª Marrien Ferreira Correa. Realizada no Espaço Literário e Tecnológico da EMEF;
Músicas e Brincadeiras Cantadas – Prof.ª Eleine Cabral dos Santos. Realizada no auditório da Biblioteca do CEU Heliópolis;
Experiências Aquáticas – Prof. Thiago de Brito Gerosa. Realizada na piscina do CEU Heliópolis.
São Paulo Aberta – Programa Agentes de Governo Aberto O programa é uma iniciativa da PMSP. Uma das ações deste programa é a formação da população local através dos chamados “agentes de governo aberto” que se inscreveram através de edital próprio e ministram oficinas pela cidade, inclusive nos CEUs. Em 2016, foram oferecidas três oficinas no CEU Heliópolis: “Introdução à lógica da programação Aplicada ao Governo Aberto”; “Cartografia Cultural” e “Mapeando a minha cidade”, que atenderam cerca de 40 pessoas da comunidade.
Cursinho Preparatório Para o Vestibulinho da ETEC O Cursinho Preparatório para o Vestibular da ETEC é um projeto que nasceu em 2014, e que foi realizado em 2015 pela UNAS em parceria com a Associação Assistence. Tal projeto tem como objetivo contribuir para o aumento das possibilidades de acesso e permanência nos cursos da ETEC por parte dos alunos da região oriundos de escolas públicas. Nesses dois anos de duração, já conseguimos alcançar cerca de 300 jovens e o cursinho se tornou um projeto conhecido e procurado pela comunidade. Em 2015 cerca de 70 estudantes do cursinho acessaram não só a ETEC Heliópolis, mas outras ETECs da cidade. Em 2016, buscamos outras parcerias para financiar o projeto, em conjunto com a UNAS. No início do ano letivo, foi organizado com as equipes gestoras da ETEC e das escolas de Ensino Fundamental da comunidade um processo de visitação aos laboratórios e instalações da ETEC Heliópolis. Nesse momento, também realizamos uma palestra sobre a forma de ingresso e os cursos oferecidos na escola. Essa ação tem uma importância simbólica muito grande: os alunos das escolas de ensino fundamental da região entram na ETEC e conhecem seus cursos, seus espaços, sua coordenação e seu modo de funcionamento, começando um processo de identificação daquele local, como um espaço público. Em 2016, seis escolas realizaram visitas às instalações da ETEC Heliópolis: EMEF Pres. Campos Salles, EMEF Dr. Abrão Huck, EMEF Gonzaguinha, EMEF CEU Meninos, EE Manoela Lacerda Vergueiro e EE Carlos Estevam Aldo Martins.
Devido à falta de recursos, as atividades de sala de aula do cursinho começaram em setembro de 2016 com seis professores voluntários que atendem cerca de 120 estudantes divididos em três turmas.
Helipa na Universidade Foi observado, a partir da experiência do cursinho preparatório para o Vestibulinho da ETEC, que também havia uma demanda para a realização de um projeto que visasse apoiar jovens e adultos de Heliópolis que desejam estudar em uma universidade. O Helipa na Universidade surgiu em 2015 da inquietação e do desejo de transformar essa realidade. Ainda que seu principal objetivo seja o de aumentar as chances de ingresso dos moradores de Heliópolis nas universidades, principalmente nas públicas, o projeto não se exime de uma reflexão sobre os sistemas de seleção e das condições da escola básica pública, especialmente as de ensino médio, atrelada a uma análise do contexto atual. Em 2015 foi realizado um projeto piloto, que contemplou 40 estudantes, em parceria com a Geekie, startup criadora de uma plataforma interativa online de estudos para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio – que promove o acesso a diversas universidades federais, ao PROUNI, FIES e colabora no ingresso para algumas universidades estaduais), que opera a partir de um primeiro simulado e das opções de curso do usuário, realizando uma orientação de estudos, com o levantamento das matérias de mais dificuldade do aluno e o posterior gerenciamento de seu tempo de estudos. Neste piloto, além do uso da plataforma orientado por um monitor contratado pela Geekie, também foram abordados conteúdos do Ensino Médio através de oficinas presenciais ministradas por professores voluntários. Essas oficinas foram articuladas para criar um maior vínculo com os jovens, apoiando-os ainda mais em seu preparo para o ENEM. A partir dessa experiência, o projeto de 2016 foi concebido. A ideia principal foi tornar a plataforma Geekie Games um dispositivo centralizador e orientador dos estudos, fazendo com que os estudantes do Helipa na Universidade desenvolvam uma autonomia responsável em relação aos seus estudos. Além disso, também foram realizadas ações de aproximação com as escolas de ensino médio próximas ao CEU Heliópolis. A função dessas ações foi divulgar o projeto e, simultaneamente, promover uma discussão sobre o ENEM e o ensino superior como um horizonte possível dentro da trajetória de vida dos jovens de Heliópolis.
Assim, foi feito o evento “Manos e Minas: e agora?”, no qual foi realizada uma roda de conversa com a presença de ex-estudantes de escolas públicas que cursaram ou estão cursando o Ensino Superior em universidades públicas. Em seguida, houve um pequeno sarau com apresentação de coletivos compostos por jovens que frequentam o CEU Heliópolis. Depois disso, as 60 primeiras pessoas da lista de espera (que continha 90 interessados) foram chamadas a participar de um encontro inicial, no qual os educadores e estudantes se apresentaram e discutiram sobre os princípios políticos pedagógicos que norteiam o projeto. Como ferramenta disparadora da discussão foi exibido o documentário “Memórias de Heliópolis”, fomentando o diálogo sobre a vida dos estudantes no bairro, e ressaltando a relação entre o currículo e o território. Cada uma das oficinas tem, no máximo, 20 estudantes, com o intuito de estabelecer um vínculo entre os educadores e educandos. Lista de Oficinas: - História do Brasil (duas turmas); - Leitura e Escrita (três turmas); - Matemática; - Filosofia e Sociologia; - Geofísica, evolução e ecologia; - História Geral; - Matemática e Física; Maleta “Por que Pobreza? Educação e Desigualdade” Nos anos 2011, 2012, 2013 o CEU Heliópolis, então CCECH, e a UNAS firmaram uma parceria com o Canal Futura a fim de implementar na região o projeto “Maleta da Infância”. Ao final deste processo, o CEU Heliópolis foi procurado novamente pelo Canal Futura para firmar nova parceria, visando à implementação da “Maleta Por que pobreza? Educação e Desigualdade”. A partir da avaliação do processo com a “Maleta da Infância”, os parceiros definiram trabalhar com o novo material como forma de estimular a ampliação e qualificação da rede articulada em torno do movimento que busca transformar Heliópolis em um Bairro Educador, convidando escolas, projetos de educação não formal, ligados à assistência social, dentre outros a se encontrarem, e proporem ações em torno do material da Maleta.
O Canal Futura, além de apoiar a formação da rede, também fornece dois tipos de maleta às instituições participantes, uma chamada “básica” e outra chamada “completa”, que fica em poder da instituição articuladora da rede. No caso de Heliópolis, a instituição escolhida foi o CEU. A maleta completa fica na biblioteca à disposição dos outros parceiros. Em 2015 os parceiros foram articulados e foi realizado um planejamento para 2016 que se referia tanto às ações específicas de cada equipamento, quanto ações mais globais em que mais de uma instituição participa. As atividades realizadas foram: - Roda de Conversa com mães das alunas do Ballet intitulada “O Papel do Feminino”, como parte da programação do Mês da Mulher; - Participação no I Encontro da Educação Popular: Diálogos com a Educação de Jovens e Adultos; - Reunião de encerramento do projeto “Maleta Por que Pobreza? Educação e Desigualdade.”
Economia Solidária A chamada economia solidária sustenta princípios de cooperação mútua entre os agentes envolvidos. É uma forma associativa e sustentável que aponta princípios, práticas e valores horizontais, fora de qualquer âmbito de exploração do ser humano ou da natureza. Visa à geração de trabalho e renda, à inclusão social e à promoção do desenvolvimento justo e solidário. Na rede produtiva são milhares de iniciativas econômicas, no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente: associações e grupos de produtores, cooperativas de agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem, empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores, redes de produção, comercialização e consumo, bancos comunitários; cooperativas de crédito, clubes de trocas, entre outras. Em Heliópolis, tem se articulado uma rede colaborativa entre comerciantes e coletivos culturais, no projeto de Economia Solidária que vem sendo desenvolvido pela UNAS, chamado Coopersol. Desde 2015, O CEU Heliópolis se junta a esse processo, tanto como sede de eventos, conversas, feiras etc., quanto como espaço de estudo e formação para a constituição de uma rede de economia solidária na comunidade, propondo projetos de fomento de acervo teórico da Economia Solidária em sua biblioteca e compondo as reuniões e formações da rede.
Em 2016 a gestão do CEU Heliópolis participou de cerca de 10 reuniões da Coopersol e em algumas delas realizou uma formação com os empreendimentos com base nos princípios do Bairro Educador, buscando o incentivo do consumo de coisas produzidas na própria comunidade. Além disso, foram realizadas aproximadamente 5 Feiras de Economia Solidária no CEU Heliópolis, que têm sido um exercício de organização coletiva dos participantes da rede Copersol.
#EmagreCEU Em 2016, após um período de recesso das atividades esportivas, alguns Analistas de Desporto perceberam que uma boa parte da comunidade se matriculava nas aulas de esportes do CEU Heliópolis buscando aumentar sua qualidade de vida e promover mais saúde. Além disso, havia também um interesse por informações sobre a prática de exercícios físicos, sobre assuntos relacionados à alimentação e principalmente à redução de medidas corporais. A intenção principal do EmagreCEU é oferecer orientação aos alunos das modalidades esportivas oferecidas no CEU Heliópolis sobre hábitos alimentares saudáveis, práticas regulares de exercícios e a qualidade de vida, assim como promover uma reflexão mais aprofundada sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade, especialmente às mulheres. Foi realizada, então, uma primeira edição do projeto que durou de abril a junho de 2016 e contou com a participação de cerca de 60 pessoas. A segunda edição foi realizada de agosto a dezembro de 2016, conforme a programação abaixo:
Dia
Horário
Calendário de Atividades Extras 2º#EmagreCEU Atividade
Pontuação
23/08
19h00
Roda de Conversa “Lugar de Mulher é onde ela quiser”
24/08 25/08
20h00 17h00 19h00
Teatro sobre mulheres “Volvere Vento” 3 pts “Meditação para quem não sabe meditar” (50 vagas) 3 pts “Treino Gaia” (O Treino Gaia é um método orgânico de educação 3 pts
3 pts
física que promove o desenvolvimento integral do ser-humano, que resgata o prazer do movimento e a conexão com a natureza. Permeia o treino da mente, da atenção e concentração, da respiração e dos fluxos de energia através de movimentos naturais próprios da nossa espécie)
01/09
19h0022h00
02/09
19h00
Entrega de ingredientes para o chá do Chárau, onder será servido chá de amendoim (Leite, leite condensado e amendoim torrado) “Charau” – Sarau com tema “Direitos Humanos” Recitar poema no Sarau
2 pts por ingrediente 2 pts 5 pts
Outras ações esportivas, de lazer e recreação Além das aulas os Analistas de Desporto, coordenados pelo Núcleo de Esportes, Lazer e Recreação, também foram desenvolvidas outros projetos e ações ao longo de 2016: - InterCEUs – 61 pessoas, divididas em 4 times - Zumbalada – 500 pessoas - 1º Campeonato de Tênis de Mesa – 48 pessoas - Dia da Família – 36 pessoas - Passagem da Tocha Olímpica – 500 pessoas - JAISM - Jogos do Idoso de São Mateus - 45 pessoas - Festival de Dança CEU Uirapuru – 18 pessoas - Festival de Ginástica CEU Alvarenga – 18 pessoas.