TECNOLOGIAS QUE EDUCAM: A utilização das tecnologias web na educação César Fernandes Ribeiro Filho* Resumo Este trabalho evidencia como as tecnologias da internet podem ajudar no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Tal abordagem se faz necessária, pelas mudanças ocasionadas no ensino das escolas, pois hoje a internet evolui de uma maneira muito rápida, oferecendo aplicativos que auxiliam os docentes a motivar os aprendizes com aulas interativas e construtivistas. A finalidade desta pesquisa é mostrar qual a melhor maneira de adaptar o processo de ensino aprendizagem aos estudos dos alunos na web utilizando ferramentas como Blogs, Redes Sociais, Docs, Wikis, entre outros. A análise e discussão foram construídas por meio de pesquisa teórica, que evidencia que a internet é uma poderosa arma para ajudar no processo de ensino e aprendizagem nas escolas e faculdades, basta o professor estar apto as novas mudanças, saber aplicar e usar pedagogicamente as ferramentas web interagindo de maneira colaborativa e construtiva o que levará seus aprendizes além das salas de aula e à uma autonomia na busca do conhecimento. Palavras-chave: Tecnologias web. Educação. Tecnologias educacionais. INTRODUÇÃO A educação evidencia muitas transformações nos métodos de ensino, sendo que entre as diversas mudanças existe a necessidade de fazer com que os aprendizes fiquem mais colaborativos nos estudos, consigam buscar o conhecimento, se comportando como agentes construtores da própria cognição, saindo então das trilhas aprendidas, construindo e explorando novos caminhos, descobrindo assim sua verdadeira identidade estudantil. Desta forma, as tecnologias vieram para ajudar na construção de uma escola que possa instrumentalizar alunos e professores, trazendo grandes benefícios para a sociedade, além de integrar a comunidade à escola. De acordo com Moran (2009, p. 8) “as tecnologias nos ajudam a encontrar o que está consolidado e a organizar o que está confuso, caótico, disperso”. Por isso é tão importante dominar ferramentas de busca da informação e saber interpretar o que se escolhe, adaptá-lo ao contexto pessoal e regional, situando cada informação dentro do universo de referências pessoais de forma a contribuir na autonomia dos estudos do discente.
César Fernandes Ribeiro Filho. Formado em Ciência da Computação com especialização em Design Instrucional para EaD Virtual pela Universidade Federal de Itajubá. Trabalha como tutor nos cursos a distância do Centro Universitário do Sul de Minas. cesarfilho@unis.edu.br *
O aluno só aprende de verdade quando vive o que é ensinado, quando interage com o objeto de estudo, quando pratica o que o professor transmite quando consegue trazer as informações para dentro de seu universo, incorporando-as, Schelmmer (2009, p.32) afirma que “conhecer é modificar, transformar o objeto, compreender o processo dessa transformação e, consequentemente, compreender o modo como o objeto é construído”. É nesse processo de transformação presente no discente, que encontramos alguns recursos oriundos das tecnologias, que favorecem a organização, a compreensão e a incorporação do objeto do conhecimento, como os portfólios, os blogs e os fotologs. Nesta linha, Moran (2009), destaca: [...] recursos como o portfólio, em que os alunos organizam o que produzem e o colocam à disposição para consultas, é cada vez mais utilizado. Os blogs, fotologs e videologs são recursos muito interativos de publicação, com possibilidade de fácil atualização e de participação de terceiros. São páginas na Internet, fáceis de se desenvolver, e que permitem a participação de outras pessoas. (MORAN, 2009, p. 45)
O mistério é entender o momento de usar a interatividade, diferenciar o que é ação e informação, Gerbran (2009, p.57) diz que “o importante é saber dosar essa interatividade para que o objetivo pedagógico seja alcançado fazendo com que o aluno aprenda de forma desafiadora e inovadora”. Os professores devem exercer o papel de mediadores no processo de aprendizagem, motivando os discentes destacando os materiais didáticos e multimídia evitando os princípios de depositários do conhecimento. (MORAN, 2009). Este trabalho tem como objetivo mostrar, através de estudo e pesquisa bibliográfica, como as novas tecnologias podem ajudar no processo cognitivo do aprendiz, trazendo benefícios que diferenciam o aluno, preparam para uma autonomia na busca do conhecimento proporcionando uma grande potência no desenvolvimento interacionista com o conteúdo e com outros discentes, e docentes por isso é relevante a oportunidade dos estudos das tecnologias educacionais se tornarem obrigatórios na formação de professores, mostrando caminhos para integrar as tecnologias em um ensino inovador, conectando a vida do aluno com o ensino através de experiências, imagens, sons, representações e interações. 1. Tecnologias x Educação As tecnologias educacionais podem transformar o processo cognitivo proporcionando ao aluno uma aprendizagem colaborativa e construtivista. A obra de Litwin (2001, p.10) afirma
que: “a tecnologia posta à disposição dos estudantes tem por objetivo desenvolver as possibilidades individuais, tanto cognitivas como estéticas, através das múltiplas utilizações que o docente pode realizar nos espaços de interação grupal”. Ainda Newby apud Gebran (2009, p.24) diz que “a tecnologia educacional é um meio pelo qual se conecta o professor, a experiência pedagógica e o estudante para aprimorar o ensino”. A tecnologia vem especialmente não para por fim no ensino e sim para aprimorar todo processo de ensino-aprendizagem ressaltando a importância do docente dentro deste método e fazendo com que a educação seja intercedida pela tecnologia. Neste contexto, algumas perguntas são cabíveis, como preparar a sociedade para tal mudança? Como serão aplicadas? Que aproveitamento pode-se ter com as novas tecnologias? A tecnologia por si só não melhora a qualidade educativa. O mais importante é enfatizar o aprendizado através de um bom planejamento de aula e adaptar os conteúdos em materiais didáticos mais criativos, levando o aluno além da sala de aula incentivando ainda mais a atividade do sujeito bem como a autoria e o desenvolvimento de sua autonomia, para Niskier (1993, p.129) “o educador ao planejar deve ter em mente que, ao lado de o quê e como fazer, esteja incluído o porquê do fazer que leve o estudante a descobrir que pode fazer de modo diferente abrindo caminhos para novas formas de ação.” A proposta de implantação dessas novas tecnologias no currículo escolar pode ajudar na formação dos professores que terão capacidade de explorar mais suas aulas ajudando os discentes na busca do conhecimento, Litwin (2009, p.7) afirma “que as reformas, para realmente serem reformas, deveriam gerar novas propostas de capacitação docente, com o objetivo de pôr ao alcance dos professores os novos temas, problemas ou enfoques.” Moran (2009) explica que a informação deve surgir da interação de novos fatos, experiências e práticas A escola pesquisa a informação pronta, já consolidada e a informação em movimento, em transformação, que vai surgindo da interação, de novos fatos, experiências, práticas, contextos. Existem áreas com bastante estabilidade informativa: fatos do passado, que só se modificam diante de alguma nova evidência. E existem áreas, as mais ligadas ao cotidiano, que são altamente susceptíveis de mudança, de novas interpretações. (MORAN, 2009, p.32)
A escola tem hoje com papel principal reavaliar toda sua metodologia educacional adequando assim ao modelo dessa nova era que estão os alunos.
Brito1 (2009) disse em relação à educação, que convém notar que o Rádio, a “TV” e o cinema serviram como excelentes acessórios pedagógicos, utilizados para desenhar as aulas ministradas pelos professores da escola tradicional. A web, porém, é infinitamente mais poderosa. Com ela, a escola migrou inteira para o espaço virtual. Isto porque a invenção da Internet transtorna completamente as formas e hábitos de conhecer o mundo a que nos acostumamos. Brito (2009) finaliza dizendo que a internet coloca lado a lado, à distância de um clique ou de um hiperlink, os conhecimentos acadêmico, popular, religioso, jornalístico, familiar, dos indígenas, dos velhos, dos imigrantes e outros, compondo um gigantesco espaço orgiástico de diálogo de saberes, como a humanidade nunca antes viu. Portanto com a utilização da web é possível contribuir para o desenvolvimento da cognição do aprendiz, o docente precisa promover a interação e a ação entre os sujeitos ampliando a informação através da busca do conhecimento. Mas por meio de uma boa interação promovida pelas tecnologias supracitadas viabiliza-se a interação satisfatória do aluno. A escola, com as redes eletrônicas, abre-se para o mundo; o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente. A escola contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a encontrar seus caminhos. A divulgação hoje faz com que o conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias e agilize as trocas entre alunos, professores, instituições. A escola sai do seu casulo, do seu mundinho e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e flexivelmente. (MORAN, 2009, p.42)
Através da abertura para o mundo, a sociedade só tem a ganhar, pois com o uso das novas tecnologias alcança grandes benefícios. Nískier (1993) aponta que a tecnologia educacional está a serviço da sociedade em todos os seus segmentos e deve ser implantada no treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos dependendo da criatividade, planejamento, visão pedagógica e conhecimento do usuário. E a partir desta perspectiva de análise que se torna importante, a utilização e implantação das novas tecnologias como ferramenta, a ser usada de forma interdisciplinar nos currículos escolares. A comunicação entre os sujeitos da educação deve ser bem construtiva, o professor tem o papel de relacionar com o aluno mostrando um feedback o mais detalhado possível, sua comunicação deve ser clara e remeter o aluno a pensar e a buscar o conhecimento, os materiais devem animá-los e motivá-los proporcionando estratégias cognitivas desenvolvendo autonomia e
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http://www.sabe.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&catid=11:geral&Itemid=66&el_mcal_m onth=6&el_mcal_year=2028
favorecendo o diálogo. Sendo a utilização dos recursos tecnológicos, importantes para se alcançar de forma eficaz esse processo de comunicação, já que se pode favorecer a interação entre os sujeitos promovendo uma aprendizagem significativa. 2. Interação O processo de ensino só acontece quando o aluno interage com o meio em que vive e com as pessoas ao seu redor, Gomes (2010, p. 51) nos diz que “o ser humano como ser social se mostra em contínua interação com o outro. Essa relação foi e é investigada por autores tendo, muitas vezes, o seu foco nas inter-relações entre as bases biológicas e o meio social.” Na interação entre aluno e professor deve existir um processo dialógico verdadeiro, no qual ambos emissor e receptor expõem suas vivências e opiniões, se envolvem e se comprometem com o outro e com o conteúdo, resultando no enriquecimento e crescimento dos mesmos. Neste sentido as tecnologias web, podem ajudar neste processo de interação tornando mais acessível e motivante, enriquecendo o aprendizado e promovendo uma aprendizagem mais significativa. Gomes (2010, p. 53) destaca alguns exemplos de linguagens mais usados na interação por sobre a tecnologia frente à educação nos dias de hoje. Essas interações podem ser observadas na Figura 1:
Figura 1: Tipos de linguagem para interação. Criado pelo autor.
Bertoso apud Chalita2 (2008, p.1) fala que a “interação professor-aluno só é positiva quando a necessidade de ambos é atendida, quando há uma cumplicidade, quando os 2
http://www.aprenderjf.com/informativos.php?conteudo=31
interlocutores são parceiros de um jogo; o jogo da linguagem, do diálogo, que é algo fundamental. É casar interação com conversação”. Isso confirma no relato de Oliveira apud Gomes (2010, p. 50) onde diz que “a aprendizagem realmente acontece no despertar de processos internos de desenvolvimento que somente podem ocorrer quando o indivíduo interage com sua realidade”. E esse tipo de interação pode ser feito plenamente em blogs, ambientes virtuais, redes sociais, chats e fóruns basta ter o conhecimento que segundo Gomes (2010) só acontece como uma construção, uma organização, uma estruturação a partir da ação do próprio sujeito sobre os objetos de conhecimento. Desta forma o próximo tópico indicará algumas ferramentas da internet que podem colaborar no processo de interação, colaboração e aprendizagem autônoma dos alunos. 3 Ferramentas Web Gomes (2011) diz que as ferramentas da internet são grandes aliadas para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, através delas podem-se levar os aprendizes à busca do conhecimento, trazê-los a grandes realidades que ajudarão na autonomia e na formação de cada um, podendo ser interligadas umas as outras formando uma grande rede de aprendizagem como mostra a figura 2:
Figura 2: Aprendizado coletivo das ferramentas web. Criado pelo autor.
Na figura 2 fica evidenciada, que através de ferramentas disponíveis na web, é possível a ligação entre o sujeito, com a comunidade. Segundo Moran (2009) é possível promover à criatividade, a interação, a busca do conhecimento, a colaboração, entre tantos outros
imperativos significativos no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos e consequentemente de seus professores. Assim, é possível perceber a importância de algumas ferramentas disponíveis e que podem servir para o desenvolvimento de atividades acadêmicas, que promovam o aluno, favorecendo o alcance da aprendizagem significativa e implicada na vida dos educandos. Essas ferramentas são: blogs, redes Sociais, Wiks, Issuu, Prezi e Google Docs. 3.1 Blogs Os blogs se tornaram um dos principais canais de comunicação da internet, segundo Okabe (2009) são pequenos sites onde os usuários podem interagir lendo matérias, assistindo vídeos, participando e dando opiniões. Prático e seguro no blog pode ser inserido vários aplicativos onde ajudam na interação na colaboração e participação de todos que o usam. Okabe3 (2009, p.1) afirma ainda que “o crescimento dos blogs mostra claramente uma grande tendência, a de que as pessoas têm a necessidade de compartilhar conhecimento e se mostrarem ao mundo. Esta imensa rede de blogs forma o que chamamos de blogosfera, cujo poder de comunicação cresce a cada dia.” Essa informação vem para confirmar que se os professores souberem de que maneira utilizar essa tecnologia a favor da educação poderá ter sucesso com seus alunos. De acordo com educadores, não há limite para a utilização dos blogs na escola. Primeiro, pela facilidade de publicação, que não exige nenhum tipo de conhecimento tecnológico dos usuários, e segundo, pelo grande atrativo que estas páginas exercem sobre os jovens. É preciso apenas que os professores se apropriem dessa linguagem e explorem com seus alunos as várias possibilidades deste novo ambiente de aprendizagem. O professor não pode ficar fora desse contexto, deste mundo virtual que seus alunos dominam. Mas cabe a ele direcionar suas aulas, aproveitando o que a internet pode oferecer de melhor", (SENAC, 2011, p. 1) 4
Desta forma, o conteúdo a ser estudado pode ser perpassado por essas tecnologias, fazendo com que os aprendizes sejam atraídos pelas mesmas. No site do SENAC (2011) fala que os direcionamentos apontados pelo professor podem ajudar no desenvolvimento significativo, sobretudo no que tange a um desenvolvimento acadêmico e ético.
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http://www.konfide.com.br/o-que-e-um-blog-e-para-que-serve http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm
3.2 Redes Sociais Nogueira5 (2010, p.1) sinaliza que “as redes sociais são o meio onde as pessoas se reúnem por afinidades e com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e fazendo conexões com dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas ou não.” levar isso até as escolas pode ser um desafio pedagógico, mas que pode mudar a concepção de ensinar, de interagir e de colaborar entre alunos, professores e a própria escola. As ferramentas de redes sociais devem ser usadas como práticas pedagógicas, de forma integrada ao currículo. Não adianta só acessar a rede dentro da escola, sem uma proposta. Tem que ter alguém olhando e orientando, verificando se os alunos estão gerando conteúdo de fundamento, se tem um conceito sendo trabalhado. O professor tem que ser esperto, usar os conhecimentos do aluno, pedir ajuda no que os jovens conhecem mais, organizar uma dinâmica na sala de aula que dê voz a quem sabe. (VALENTE apud KLIX, 2011, p.1)6
3.3 Wiki A wiki é um tipo de ferramenta que pode ser trabalhada coletivamente, que segundo Coutinho (2007) permite a criação de novas páginas bastando para tal um clicar em determinados botões para se digitar um texto como se de um processador de texto se tratasse. Assim as wikis conseguem grandes potencialidades educativas como interação, colaboração, troca de idéias, propostas de criação de textos, artigos, fazendo com que os professores vejam todo o histórico de modificações, permitindo avaliar a evolução registrada dos participantes. Coutinho (2007) ainda fala que um wiki é um site na Web para o trabalho coletivo de um grupo de autores, a sua estrutura lógica é muito semelhante à de um blog, mas com a funcionalidade acrescida de que qualquer um pode juntar, editar e apagar conteúdos ainda que estes tenham sido criados por outros autores. Na prática é um site Web que pode ser editado diretamente desde um navegador como Internet Explorer ou qualquer outro. Os wikis permitem publicar e partilhar conteúdos na Web de forma muito fácil. A utilização educativa mais difundida dos wikis é designada na literatura por wiks interclase e consiste na criação de um repositório ou base de conhecimento colaborativa desenvolvida por um grupo de estudantes que frequentam uma mesma disciplina ou curso. O wiki pode ser utilizado para que os estudantes desenvolvam um projeto em pequenos grupos, trabalhem uma parte de um projeto coletivo da turma ou mesmo para que os estudantes criem e mantenham o site web da disciplina ou curso.(COUTINHO7, 2007 p. 201)
A importância imposta pelo trabalho colaborativo ajuda os alunos a aprender com os colegas consultando materiais produzidos por eles próprios e, sobretudo ao produto final 5
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-que-sao-redes-sociais/45628/ http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/educador+quer+redes+sociais+no+curriculo+escolar/n1238187320827 7 http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7358/1/Com%2520SIIE.pdf> Acesso em 28 junho 2011 6
Coutinho (2007) além disso mostra que se constituiu como um repositório de dados que, estando online, poderá ser consultado e utilizado por quem tiver interesse nas temáticas versadas. 3.5 Prezi8 De acordo com Salles (2011), o Prezi é uma ferramenta de apresentações online cujos slides são mais dinâmicos, pois possibilita a utilização da profundidade do zoom. Com este instrumento, a aula pode ser mais criativa, tendo mais sucesso na captação da atenção dos alunos, trazendo assim, motivação e pluralidade de recursos, mostrando os detalhes do que é estudado através de imagens vídeos e sons. Além disso, o Prezi disponibiliza um código de incorporação para a apresentação ser inserida em Blogs, redes sociais, ambientes virtuais e divulgado por meio de link para internet. Salles (2011) ainda cita abaixo construir relações entre o conteúdo apresentado e os recursos da sua apresentação Prezi é um serviço web com enfoque exclusivo em apresentações, mas os seus recursos estão muito além das telas planas e textos lineares com que estamos acostumados no Power-Point. Toda interatividade do serviço nasce das funções de zoom que é o recurso que confere profundidade às apresentações. No Prezi, não há esquerda, direita, acima ou abaixo. As suas apresentações podem ser construídas para fazer tudo parecer dinâmico. Esse comportamento é base para a evolução dos computadores com tecnologias sensíveis ao toque dos dedos; ao passo disso, um usuário Prezi poderá apresentar um trabalho bem dinâmico e construir relações entre o conteúdo apresentado e os recursos da sua apresentação. (SALLES9, 2011, p.1)
3.4 Issuu10 O Issuu é uma ferramenta on-line onde os usuários podem disponibilizar de uma forma simples e organizada documentos como livros, artigos e textos em vários formatos. O visitante pode ver todo o conteúdo no formato de revista virando página por página. Ele pode ajudar muito no processo de aprendizagem dos alunos, pois suas páginas publicadas podem ser incorporadas em blogs, redes sociais trazendo inovação no modo de leitura e cognição. A revista Info (2011) mostra que o Issuu, é um serviço de publicação de livros e revistas na internet, tem como principal vantagem a sua interface, que se aproxima do estilo de folhear uma revista. As páginas são abertas em par, mantendo também, em muitos casos, os objetivos de design do criador do conteúdo.
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www.prezi.com http://miriamsalles.info/wp/?p=3939 10 www.issuu.com 9
O mais interessante na publicação do Issuu é que parte inferior das páginas, é possível visualizar pequenas amostras das folhas anteriores e das próximas, o que agiliza a localização visual do conteúdo. Outro ponto forte está na organização dos livros e revistas adquiridos pelo usuário, que são mostrados em estantes, com um visual bastante estiloso. Ele encara DOC, PDF, ODT (formato do OpenOffice), além de apresentações em PowerPoint. Os arquivos enviados são limitados pelo número de páginas, que não pode passar de quinhentos, e pelo tamanho em bytes (até 100 MB). No entanto, um 11 usuário pode mandar quantos arquivos quiser para o Issuu. (INFO , 2011, p.1)
Com o Issuu o professor é capaz de montar uma biblioteca on-line e pessoal, é uma maneira inovadora para apoiar o progresso do ensino nas faculdades e escola, para a Revista Info (2009) é uma ferramenta colaborativa e possibilita acesso rápido e fácil ao material de apoio disponibilizado permitindo, portanto as trocas de informação e a autonomia dos alunos. Veja na figura 3 como são disponibilizados os textos produzidos:
Figura 3: Tela de publicação Issuu. Criado pelo autor. ...
3.6 Google Docs O Google Docs é uma ferramenta Web que pode ser utilizada de inúmeras formas, através de apresentações, textos, planilhas, desenhos e formulários. Os professores podem criar questionários, provas, entrevistas, desafios tudo on-line e divulgar incorporando em Blogs, link no e-mail e redes sociais, podendo assim desenvolver o processo de colaboração e aprendizagem levando suas aulas além das salas. Para Leitão (2009, p.1) os alunos podem utilizar na elaboração
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http://info.abril.com.br/downloads/imprimir/issuu?plataforma=Webware
de trabalhos em equipe, como um TCC12 onde o criador poderá acessar o arquivo de qualquer local que esteja e poderá disponibilizá-lo a terceiros, seja para avaliação ou colaboração servindo também para usar em cursos, tutoriais e geração de apostilas. As possibilidades de uso do GDOCS são muito mais interessantes do que usar qualquer pacote, seja o da Microsoft ou outros - como o Openoffice - por uma razão bem simples, o GDOCS usa uma filosofia de compartilhamento e integração muito mais avançada. Os documentos criados no GDOCS estão naturalmente disponíveis para acesso tanto para leitura quanto para colaboração em criação. Ao criar um documento e compartilhar com outras pessoas é possível um nível de integração que os demais programas apenas buscam alcançar, mas sempre com soluções complexas, que exigem instalação e 13 configuração de recursos muito acima da maioria das pessoas. (LEITÃO , 2009,
p.1) Leitão (2009) ainda afirma que o uso corporativo do sistema certamente exigiria cuidados extras, pois os documentos estarem na rede diminui significativamente as possibilidades de segurança, mas para uso pessoal e acadêmico e mesmo comercial ele é perfeito. As ferramentas mostradas podem contribuir no processo de aprendizagem, mas Gomes (2010) diz que o uso deve ser feito alinhado com práticas pedagógicas construtivistas onde o aluno colabora, interage e busca o conhecimento através das práticas e atividades propostas pelo docente que deve participar e acompanhar todo desenvolvimento do que está sendo elaborado. Só assim é alcançado com sucesso o objetivo da utilização das ferramentas web para o uso educacional. 4. Conclusão Este estudo constatou que as novas tecnologias podem contribuir para a reformulação do ensino. Para tanto, é necessário mudar também os paradigmas convencionais, os quais, não cabem somente a faculdades, mas envolvem todo um processo de engajamento das instituições, da própria sociedade e da colaboração de alunos e professores. Estando estes mais próximos, poderão assumir um papel mais ativo e participante no processo de ensino e aprendizagem. Para sustentar esta nova forma educacional, apresentamos neste artigo as ferramentas web, as quais são interativas e funcionais, desde que sejam usadas da maneira correta e com muita criatividade. Assim, consegue-se pressupor uma nova era de ensino, em que o aprendiz
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TCC é um tipo de trabalho acadêmico amplamente utilizado no ensino superior, no Brasil, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação universitária. 13 http://www.ribeiraopretoonline.com.br/informatica-tecnologia/coluna-de-divino-leitao--o-fantastico-googledocs/28464
evolui sua inteligência e conhecimento através da busca constante de uma aprendizagem atual, a qual maximize o seu tempo e o auxilie a interpretar e a discutir informações com propriedade. Constatou-se também, que de nada adianta o professor ter toda tecnologia em uso se não souber aplicá-la pedagogicamente de forma correta. O docente tem que estar apto a todas estas mudanças. Por isso, é preciso inovar, levar o aluno mais adiante em um processo colaborativo, no qual possa interagir, discutindo sobre os mais variados assuntos, pesquisando e questionando, de forma a produzir conhecimento em conjunto com as tecnologias e a participação com professores e seus demais colegas. EDUCATIONAL TECHNOLOGIES: The challenge of using Web technologies in education. Abstract This work shows how Internet technologies can help develop the students' learning. Such an approach is necessary, caused by changes in the teaching of the schools, for now the Internet evolves from a very fast way to deliver applications that will help teachers to motivate learners with interactive lessons and constructivist. The purpose of this research is to show how best to adapt the teaching-learning process to the studies of students using Web tools like blogs, social networks, Docs, Wikis, and other. The analysis and discussion were built by means of theoretical research, which shows that the internet is a powerful weapon to help in the teaching and learning in schools and colleges, the teacher be able just the new changes, knowing how to apply and use pedagogical tools web interacting collaboratively and constructively to take their students beyond the classroom and autonomy in the pursuit of knowledge. Keywords: Web Technologies. Education. Educational technologies. Referências BERTOSO, Eunice Barros Ferreira. Interação Professor Aluno no Processo de Ensino Aprendizagem. Disponível em: <http://www.aprenderjf.com/informativos.php?conteudo=31> Acesso em 24 Junho 2011. BRITO, Renato. Estudar via Internet? Disponível em: <http://www.sabe.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&catid=11:geral&Ite mid=66&el_mcal_month=6&el_mcal_year=2028> Acesso em 29 junho 2011. COUTINHO, Clara Pereira. JUNIOR, João Batista Bottentuit. Blog e Wiki: Os Futuros Professores e as Ferramentas da Web 2.0. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7358/1/Com%2520SIIE.pdf> Acesso em 28 junho 2011. GEBRAN, Maurício Pessoa. Tecnologias Educacionais. Curitiba: Iesde Brasil, 2009.
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