A CIDADE CINZA NOVA POLÊMICA ENTRE A ARTE DE RUA E A LEI DA RUA
O FIM DO MUNDO ENTREVISTA COM PEDRO FRANZ
Ă?ndice
Promessas de Amor a Desconhecidos
O sobrenome da usabilidade
Tutorial: Crie seu Stencil
Cidade Cinza
10 Aplicativos Essenciais para Designers
Editorial
Grafite ou Pixação?
Existe uma grande diferença entre grafite e pichação. A diferença é que grafite é considerado uma arte de rua, já a pichação não é considerada uma arte, e sim uma atitude de vandalismo. A pratica de pichar pode levar uma pessoa á cadeia durante muito tempo. A mais recente arma contra a ação dos pichadores é o artigo 65 da lei dos crimes ambientais, número 9.605/98, existente desde1998 e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa. As pessoas que têm o costume de pichar, disputam com outros pichadores para saber quem picha mais alto. Daí os prédios, praças, edifícios públicos e privados ficam sujos. Uma solução criativa para evitar a pichação é transformar os muros de edifícios em telas de arte. Outra solução para acabar de vez com a pichação é levar os pichadores para conhecer a arte. Então é aí que aparece o grafite. Os grafiteiros procuram tirar as pessoas da “malandragem” e levar pichadores para o caminho da arte. O grafite faz tanto sucesso hoje, que até recentemente o rei da Escócia mandou seus filhos contratarem alguém para renovar a pintura do castelo e eles resolveram chamar três grafiteiros brasileiros para fazer a obra-de-arte . O rei falou que quando eles começaram havia estranhado, pois nunca tinha visto uma arte assim tão bonita. A pichação, por incrível que pareça, não pode ser tratada como simples caso, pois situa dentro de outros contextos da cidade. Quem é que nunca andou pelas ruas da cidade e nunca se incomodou com os desenhos pichados? Os rastros da pichação estão em tudo que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tintas e outros materiais usados para pichar. Geralmente, não todas, as pessoas que picham são membros de gangues. E isso acaba contribuindo para a violência nas ruas da cidade. Os movimento dos pichadores é tão grande nas cidades, que o governo está tomando atitude de ceder muros para eles não picharem mais a rua. Afinal, pichação é o ato de desenhar, rabiscar, ou apenas sujar um patrimônio (público, privado) com uma lata de spray ou rolo de tinta. O grafite trata-se de um movimento, organizado nas artes plásticas. Apareceu no final dos anos 70 em Nova Iorque, como movimentos culturais das minorias excluídas da cidade. Com a revolução contracultural de 1968, surgiram nos muros de Paris as primeiras manifestações. Os grafiteiros querem sempre divulgar essa idéia.
Brava é Francis Mozart Henrique Baptista Paula Vieira Brava
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Projeto Graffiti em Kelburn, Castelo na Escócia
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Promessas de Amor a Desconhecidos
Pedro Franz fala do seu novo trabalho: Promessas de Amor a Desconhecidos Enquanto Espero o Fim do Mundo.
Revista: Gostaria que você se apresentasse. Quem é Pedro Franz, qual a sua formação, como você começou a ler quadrinhos e quais são suas maiores influências? Pedro Franz: Meu nome é Pedro Franz, sou formado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), também estudei artes plásticas na UDESC (Nota do Editor: Universidade do Estado de Santa Catarina). Meu TCC (N.E.: Trabalho de Conclusão de Curso, trabalho final obrigatório em alguns cursos universitários) foi sobre Alberto Breccia; morei dois anos na Argentina e foi lá que eu voltei a me interessar por quadrinhos.Acho que minhas influências são: Breccia, uma influência muito forte, para mim, o grande desenhista de quadrinhos, José Muñoz, Taiyo Matsumoto, Suehiro Maruo, gosto bastante de muita coisa japonesa… quê mais que eu gosto…? não sei… eu gosto de muitas coisas.
Revista: Na internet muita gente compara seu trabalho ao do Lourenço Mutarelli. O que você acha disso? P. F.: Muita gente fala isso, acho legal que fale, eu gosto bastante dele e acho um elogio muito forte.
Até parei de ler por bastante tempo. Depois, com meu TCC sobre Breccia eu voltei a ter mais interesse, estudar, ler mais e voltei a produzir também. E esse é meu primeiro trabalho longo e sério que estou fazendo com quadrinhos.
Revista: Do que se trata a HQ Promessas de Amor a Desconhecidos Enquanto Espero o Fim do Mundo? P. F.: É sobre a maneira como a gente lida com situações que nos são impostas. Como a gente vai lidar, vai reagir, vai negar, ou não, alguma coisa que é imposta, alguma situação extrema. É por esse caminho que segue a HQ.
Revista: Quando você concebeu a história de Promessas… já tinha a idéia de publicar via internet? P. F.: Na verdade, quando eu comecei, tinha a idéia muito forte de trabalhar com a questão de ser em série, de tentar entender o que isso representa para o leitor, trabalhar numa história contada em capítulos. Eu já previa a idéia de trabalhar com uma trilogia, cada uma com quatro capítulos, cada uma com uma identidade própria, que tivesse um tipo de traço e narrativa próprios em cada capítulo. Tinha a idéia de ser um trabalho impresso. A única editora com que eu conversei foi uma editora que eu gosto bastante do que eles publicam e achava
Revista: É o seu primeiro trabalho com quadrinhos? P. F.: Fiz um zine quando tinha uns 18, 19 anos chamado Café com Leite. Publiquei uns dois [números]… tinha 18 ou 19 anos, faz tempo isso… na verdade eu tinha uns 20 anos talvez… não sei… bom, depois eu nunca mais fiz nada com quadrinhos.
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É sobre a maneira como a gente lida com situações que nos são impostas. Como a gente vai lidar, vai reagir, vai negar, ou não, alguma coisa que é imposta, alguma situação extrema.
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Para mim, histórias em quadrinhos têm que ser impressa.
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Pedro Franz, ilustrador
que dialogava com meu trabalho, mas me interessava ter o controle sobre o que eu estava fazendo e a internet tem uma relação muito forte com isso, de mostrar o processo, de conversar com as pessoas, de dar algo de graça. Tem uma parte do projeto para as pessoas enviarem fotos 3×4 para fazerem parte da parte gráfica da HQ, que eu enxergo como parte da narrativa. Revista: Qual foi a repercussão via internet? P. F.: Achei que seria maior. Como experiência, eu achei que a internet, pelo fato de ser uma coisa gratuita, iria repercutir muito mais. Achei que as pessoas iriam se interessar por algo que está ali, que é de fácil acesso. Foram uns 1.300 downloads [do volume 1], mas eu achei que seria maior a repercussão. Revista: A idéia é sempre fazer a versão virtual e a versão impressa? P. F.: A internet foi um conselho que me deram e eu achei ótimo. Mas a edição
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impressa e a edição virtual são duas coisas completamente diferentes, não sei se o público é diferente, mas as edições funcionam de modo diferente e, no modo de como publicar isso, o veículo influencia muito: tentar trazer algum tipo de informação seja a escolha do papel, do formato etc. e como isso vai ser trabalhado na edição impressa para ser uma informação que de alguma forma participe da narrativa da história. A idéia da trilogia também tem essa preocupação: cada volume impresso terá uma idéia, de design, de projeto gráfico, que influencie na narrativa de alguma maneira. Revista: Como será a distribuição? P. F.: A logística da distribuição eu estou descobrindo como funciona agora, mas é aquela coisa de levar nos lugares e perguntar “você quer vender meus quadrinhos?” Revista: Tanto o título do seu trabalho quanto a capa fogem bastante da linguagem tra-
dicionalmente utilizada nos quadrinhos. Olhando para seu trabalho, dificilmente alguém advinha que se trata de uma HQ. Isso é proposital? P. F.: Dentro da produção de quadrinhos, principalmente nacionais, tem algumas idéias prontas que as pessoas repetem muito e eu tentei, de alguma maneira, fugir disso. Revista: Você acha que o fato de ter o mesmo conteúdo disponível para download gratuito vai interferir nas vendas da edição? P. F.: Não sei, mas é a vida, né? Se influenciar, tudo bem. Existe uma equação do Luther Bisset que é 1/40, a cada 40 obras baixadas [na internet], 1 obra impressa será vendida. As editoras interpretam isso como “ok, estamos perdendo 39 edições”, mas na verdade é uma publicidade gratuita que você tem com a internet, ou seja, quanto mais downloads, mais edições serão vendidas. Eu interpreto assim.
Quando falamos de arquitetura de informação, podemos entender como um conjunto de estudos com o intuito de criar uma navegação fácil e eficiente para o usuário, dentro de critérios de organização de informações e de usabilidade.
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O Sobrenome da Usabilidade
Confira a importância de investir em Usabilidade para o usuário.
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ntigamente (digo, há alguns anos…), a usabilidade era considerada um luxo, algo complementar surgido de olhares muitas vezes sem foco, baseados em pequenas e em incompletas listas, retiradas de obras de Nielsen e que não agregavam ou percebiam muita coisa. Porém, algo mudou no maravilhoso cenário virtual. O número de internautas cresceu e, paralelo a isso, aumentaram os grupos com interesses em comum (escolar, cultural, tecnológico, etário etc). E disso surgiu a necessidade de sites de conteúdos focados para atender seus ávidos consumidores e, consequentemente, provocando a detecção de detalhes que só podem ser observados com um estudo aprofundado sobre usabilidade. Antes de prosseguir, vamos relembrar as definições de usabilidade segundo o ISO (International Organization for Standardization):
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…usabilidade é a medida pela qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico. (ISO 9241-11)
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e a proposta é atingir objetivos específicos de usabilidade no projeto, o exercício de imersão no publico-alvo e a investigação de hábitos é um grande ponto de partida, mas sem esquecer de considerar aspectos comportamentais, culturais, motores, contextuais, psicológicos etc. Esse olhar abrangente nos permite descobertas peculiares, aumentando a lista de pontos de melhora na experiência do usuário. A usabilidade começa a ganhar um sobrenome no instante em que mergulhamos no mundo dos consumidores específicos do produto que estamos construindo. Logo abaixo, vamos exemplificar de modo prático algumas orientações a serem consideradas em dois nichos etários.
Aspectos a se considerar Usabilidade para idosos • Decréscimo da memória; • Perda de velocidade no processamento das informações; • Decréscimo na habilidade de distinguir informações relevantes e não relevantes; • Perda de visão, audição e motricidade; • Habilidades sensoriais e cognitivas apresentam respostas mais lentas; Usabilidade para crianças • Natureza explorativa; • Cognição ainda em desenvolvimento dependendo da faixa etária; • Algumas faixas ainda não estarão totalmente alfabetizadas;
Este exercício de pensar holisticamente no usuário
vale para todos os tipos de soluções para públicos definidos: sistemas internos, mídias sociais, sites corporativos, promocionais etc. Vale lembrar que nem todos os projetos são designados para um único público. Existem, por exemplo, os e-commerces e seus derivados que são criados para atingir, na maioria das vezes, quantitativamente. O importante antes de começar a arquitetura e o estudo da usabilidade é definir linhas estratégicas para alcançar quem pretendemos atingir. Sempre alinhados com as expectativas do cliente e do público final. O mais interessante de tudo isso é que, além de agregar um valor muito maior na entrega do produto, temos a chance de organizar arquivos de perfis de nichos para aplicação em vários projetos. Investigar é um exercício bastante enriquecedor! Brava
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l a i r o t u T
crie seu stencil Stencils? S
tencils são basicamente qualquer tipo de material com furos nos quais são aplicados pigmentos. Os furos funcionam como um molde para que um design feito previamente seja posto em uma superfície. Materiais mais maleáveis como papel, papelão e plástico são melhores para aplicar essa técnica, mas dependendo do número de vezes que você pretende usá-lo, um material mais denso como madeira e metal pode ser mais interessante. Isso pode soar uma explicação complexa, por isso decidi deixar mais visual e postei abaixo alguns artistas que utilizam essa técnica.
Partes do Stencil Borda de Segurança Eu chamo isso de borda de segurança por é a distância mínima que você dever ter dos recortes e a borda, isso não é específico em termos de medidas, é mais sobre a distância em que se evita borrar fora do local de recorte. Recortes Esse é o lugar em que iremos passar a tinta, ele dever ser esticado e empurrado contra a parede com força para evitar borrões.
Começando! Vamos primeiro separar os seguintes materiais: 1- Folhas de cartolina/papelão; 2- Estilete ao invés de tesoura (explicarei melhor depois); 3- Lápis, borracha e um caderininho; 4- Réguas; 5- Uma impressora preto e branco;
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Pontes Essas são ligaturas que possibilitam as ilhas de existir dentro dos recortes, saber onde encaixar essa conexão pode ser algo de se fazer no início. Ilhas Como o nome já diz, ilhas são parte independentes dentro de um recorte , como você deve ter notado as partes não flutuam em um stencil, é por isso que ilhas necessitam de pontes para existir.
Básico Então, você provavelmente deve estar se perguntando como fazer o seu primeiro stencil. Vamos começar por desenhar formas simples e sólidas, eu decidi fazer alguns rascunhos de formas básicas (quadrado, triângulo e elipse). Note que eu fiz formas sólidas, apenas silhuetas, isso pode parecer chato, mas antes de você pegar manha do recorte você irá preferir fazer esse ipo de stencil, vamos dizer que isso aqui é Level 1.
Agora como uma estilete e uma régua, faça os recortes nas formas que você projetou. Tente não usar uma tesoura, pois elas não são tão precisas para esse trabalho e você provávelmente terá que cortar fora do desenho, o que pode estragar tudo.
Cortes mais complexos Depois de prativar outras formas básicas você provavelmente vai ficar enjoado em certo ponto, logo é hora de ir para o Level 2. Então, você lembra as partes do stencil que eu expliquei antes? Mais especificamente a ponte e as ilhas, elas serão necessrárias para se criar formas mais complexas.
Como você faria as formas básicas utilizando apenas linhas? A resposta é provávelmente essa:
Como você deve ter notado, para criar linhas basta você transformar o interior das formas em grandes ilhas, isso pode variar dependendo do tamanho de linha que você quer.
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Aplicando os stencils Eu suponho que você nunca usou tinta spray, então aqui vai algumas dicas antes de sujar suas mãos: Primeiro de tudo: você não precisa sujar as suas mãos, você pode usar luvas já que vai ter de usar uma das mão para segurar o stencil.
Eu também aconselho que você use uma máscara de gás da 3M com um filtro niosh (o com tarja preta), pois tinta spray sempre tem compostos tóxicos que não conseguem ser evitados com simples máscaras de papel. Por favor cuide da sua saúde, você vai me agradecer mais tarde.
Agora isso é bem importante: Seu traço de spray é determinado por fatores como o tipo de cap, a distância da parede, a pressão aplicada ao cap e a velocidade de descarga do sprau. Então aqui vai exemplo que mostra os traços mais comuns:
Distância e Pressão 1- Isso normalmente ocorre quando você põem o spray muito próximo da parede, por favor note que isso gera um traço mais sólido sem borrões. Esse tipo de traço é muito bom quando você está fazendo um Graffiti especialmente quando faz preenchimentos, mas não é tão bom para stencils, pois se você cruzar o traço em mais de um lugar várias vezes, você provavelmente irá escorrer e não será nada legal. 2- Esse é o traço que eu acredito ser o melhor para stencils, não tão sólido e não tão borrado. Com a um spray de baixa pressão você consegue reealizá-lo sem muita pressa e preocupações sobre escorridos. 3- Você deveria evitar esse traço, a não ser que você esteja trabalhando com gradients ou pinturas realistas. Esse traço ocorre quando você põem a lata muito distante da parede, mesmo que você aperte mais forte o cap você verá que demora tempo para o formato ser preenchido. Não é recomendado para stencils visto que costuma borrar forá da margem de segurança. Essa é a distância que eu acredito ser a ideal para que se aplique o segundo tipo de traço, não se esqueça de medir a força que você põem no cap já que é um dos fatores que influênciam na qualidade do stencil. Agora uma breve instrução para posicionar stencils: você não pode simplesmente pegar com a ponta dos dedos e preencher o recortes, dessa maneira você só vai borrar tudo, mesmo usando a dinâmica correta do spray. Você deve esticar e empurrar contra a parede, tente minimizar ao máximo o espaço entre o stencil e a parede.
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Errado
Certo
Eu espero que vocês tenham se divertido bastante e experimentado essa técnicas mais primárias. No próximo tutorial nós vamos nos aprofundar em técnicas mais complexas. Um abração e até a próxima!
CIDADE #CINZA
Braba
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Osgemeos e Marcelo Mesquita. diretor e idealizador do projeto, ao meio.
Destaque no Festival “É Tudo Verdade”, maior festival de documentários da América Latina, o filme “Cidade Cinza” fala sobre a cultura do graffiti e como ele é tratado na cidade mais populosa do Brasil e estréia nos principais cinemas em novembro.
O
filme gira em torno de alguns dos mais importantes nomes do graffiti do Brasil, que conquistaram espaço e valorização ao redor do mundo: Osgemeos, Nunca e Nina. Entretanto, por mais talentosos que sejam, eles têm seus trabalhos cobertos por cinza devido a uma lei de combate à poluição visual da prefeitura de São Paulo. Estranho pensar que o trabalho de graffiteiros seja apagado das ruas, já que São Paulo é uma cidade importantíssima na trajetória de quem adere a esse estilo. Ao mesmo tempo que vemos isso acontecer na selva de pedras brasileira, os artistas citados acima ganham cada vez mais reconhecimento no exterior, sendo por vezes convidados a estamparem a seus desenhos pelos muros de outros países. Com trilha sonora por Daniel Ganjaman, “Cidade Cinza” mostra as ruas, palco da vida de milhões de pessoas, que perdem a riqueza cultural das cores e traços que são constantemente banidos pelo governo. A não valorização do graffiti é a não valorização da própria cultura regional brasileira, que foi agregada ao estilo de grandes artistas, como, por exemplo, Osgemeos.
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A gente já é muito pobre de cultura para apagar a cultura das ruas.
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Graffiti de Osgemeos apagado no viaduto do Glicério, em São Paulo.
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grafite assinado pelos irmãos no viaduto do Glicério já foi re-pintado mais de 20 vezes e a prefeitura volta ao local para apagá-lo. “Senhor prefeito, apagar arte é apagar cultura, apagar cultura é apagar o povo”, dizia um desenho dos artistas de rua, coberto por tinta cinza no dia seguinte. Não deu outra: osgemeos voltaram a pintar sobre o muro cinza um de seus personagens saindo do concreto, uma ironia à atitude da prefeitura. Enquanto o embate continua, a dupla vem defendendo a história do grafite, a cultura e o reconhecimento nacional e internacional de artistas de rua. “O grafite existe em São Paulo há mais de 25 anos e tem toda uma escola e uma cultura por trás. A arte de rua é apagada desde 2007 na cidade. Esperamos com este alerta que a Prefeitura de São Paulo e seus órgãos competentes parem definitivamente de apagar os grafites e respeitem e preservem a arte de rua em todos os seus seguimentos”, diz comunicado oficial enviado à imprensa e amigos da dupla em São Paulo.
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Apagar o graffiti, apagar a tinta, é apagar a própria cidade.
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Pegou no pulo! O artista de rua “DS”, cheio de senso de humor, conseguiu fotografar o senhor que removeu sua arte e aproveitou para transformar o removedor no próprio grafite. Após “se vingar” do autor da remoção, DS montou tocaia para ver a reação do homem. “Ele estava confuso e um pouco nervoso quando reconheceu o retrato, mas logo depois ele estava rindo e fazendo poses para fotos” disse o artista.
Graffiti de Osgemeos em Lisboa. Brava
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10 Aplicativos Essenciais para Designers
De paletas de cores a buscadores de fontes, prontos para te ajudar.
Brava
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O
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