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as Jornadas de Enfermagem de Reabilitação: Transversalidade
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Resumos
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as Jornadas de Enfermagem de Reabilitação: Transversalidade
COMISSÃO ORG ANIZADORA
COMISSÃO CIENTÍFICA
Ana Custódio | António Costa | Carlos Albano | Filipa Batista | Hélder Pino | Helena Gaspar | Joana Pereira | Luís Diogo | Mariana Santos | Paulo Martins | Rafaela Martins | Rita Monteiro | Rodrigo Soares
Adriana Martins | Alexandra Ferreira | Amélia Gracias | Arsénio Gregório | Françoise Lopes | João Lopes | José Brás | Fernanda Henriques | Nuno Santos | Sara Mourão | Tânia Gonçalves
PROPRIEDADE ©CHUA2021 Centro Hospitalar Universitário do Algarve Rua Leão Penedo, Faro 8000-386 administracao@chua.min-saude.pt www.chualgarve.min-saude.pt
GRAFISMO
Ilustração: ©Enf. João Paiva Design: Departamento de Ensino, Investigação e Inovação Der. Luís Baptista
INDICE
4 | PROGRAMA DAS JORNADAS
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| MENSAGENS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO | MENSAGENS DE PARCEIROS SOCIAIS | RESUMOS 28 | DIA 10 39 | DIA 11 48 | DIA 12 58 | DIA 13 7 1 | DIA 14 | APOIOS
Programa das jornadas
Mensagens do Conselho de administração
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Em nome do CA venho dar vos as boas vindas a estas jornadas. O papel do hospital é teoricamente tratar as doenças, mas não menos importante será reabilitar os doentes para que estes retomem a sua vida com a melhor qualidade possível, ultrapassando as sequelas que porventura possam ter ficado. Os enfermeiros têm aqui um papel fundamental, pois poderão contribuir para a avaliação e diagnóstico precoce dos défices, e começar um plano de reabilitação o mais breve possível. Assim, quero desejar a todos umas jornadas profícuas em trocas de experiências e conhecimento, e que no fim possamos todos regressar às nossas instituições e aos nossos doentes um pouco mais capacitados para os ajudar na sua reabilitação. Bom trabalho.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Varges Gomes Presidente do Conselho de Administração
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Exmas. Senhoras Enfermeiras, Exmos. Senhores Enfermeiros, Estimados colegas, É com imenso orgulho que, na qualidade de Enfermeira Diretora, me dirijo a todos vós para apresentar a primeira edição das “Jornadas de Enfermagem de Reabilitação: Transversalidade”. Valorizando o contributo que a intervenção diferenciada dos enfermeiros, em geral, e dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação, em particular, têm nos ganhos em saúde, conferindo uma resposta integrada, estas Jornadas visam dar a conhecer o compromisso e a atuação com base na evidência científica que os enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação assumem no Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Com o objetivo de promover o desenvolvimento profissional dos enfermeiros, estas jornadas destacam o papel do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação nos processos de readaptação da pessoa ao longo da vida, bem como o impacto na participação em sociedade e dignidade das pessoas de quem cuidam diariamente. Paralelamente, as jornadas pretendem ainda dar a conhecer o contributo dos enfermeiros especialistas em reabilitação no empoderamento e capacitação das pessoas ao longo dos processos de transição; refletir sobre os desafios experienciados e as estratégias terapêuticas definidas pelos enfermeiros especialistas em diferentes contextos da prática clínica; bem como desenvolver habilidades facilitadoras da mobilização do conhecimento, tomada de decisão e da intervenção em situações futuras. Ao longo destes dois dias de jornadas iremos promover a partilha e discussão acerca dos desafios vivenciados em diferentes contextos da prática clínica e estratégias para lhes fazer face, evidenciado temas pertinentes e atuais sobre a Enfermagem de Reabilitação. Um agradecimento especial a todos os profissionais envolvidos na organização destas jornadas, bem como a todas as entidades e parceiros que, desde a primeira hora, nos apoiaram, contribuindo assim para o sucesso e disseminação de conhecimento numa área de especial relevância não só para a Enfermagem, mas acima de tudo para os cidadãos de quem cuidamos e na vida de quem fazemos certamente a diferença.
Mariana Santos Enfermeira Diretora do CHUA
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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES DO PAINEL PRINCIPAL
1º dia – 22Nov CONFERÊNCIA – COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS Moderador: Sérgio Branco Presidente do Conselho Directivo Regional da Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros desde 2016, há mais de vinte anos Enfermeiro. Do seu percurso profissional destaca-se o exercício clínico na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital de Faro, na Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Faro e Albufeira, na Unidade de Desabituação do Centro de Atendimento a Toxicodependentes de Olhão e ainda o desempenho de funções como Oficial das Forças Armadas Portuguesas. É Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária, Mestre em Ciências da Educação, Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho, e frequentou a Pós-Graduação em Gestão e Administração de Unidades de Saúde. É professor adjunto convidado da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve desde 2002.
Luís Gaspar Nota Biográfica Licenciado em Enfermagem Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto. Pós-Licenciatura em Enfermagem de Reabilitação. Mestre em Enfermagem de Reabilitação (Reabilitação Respiratória). Doutorando em Enfermagem pela Universidade Católica desde 2017. Pós-Graduado em Gestão e Administração de Serviços de Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Pós-Graduado em Ventilação não invasiva pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Docente convidado do instituto Politécnico de Bragança, Universidade do Minho. Especialista do Ensino Superior. Enfermeiro Especialista de Enfermagem de Reabilitação na Unidade de AVC e na Unidade de Cinesiterapia e Reabilitação Respiratória. Autor de 6 artigos científicos de Enfermagem de Reabilitação em Portugal e 4 artigos em revistas internacionais e 35 apresentações em congressos de Enfermagem de Reabilitação. Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros - Mandato 2020-2023.
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Resumo A Especialidade de Enfermagem de Reabilitação tem tido, ao longo das últimas décadas, necessidade de adaptar a sua resposta às necessidades emergentes de cuidados especializados à pessoa/família nos diferentes momentos de transição. Para isso, evoluiu o seu conhecimento científico, incorporando continuamente conhecimento novo na sua prática clinica diária, reconhecendo a imperatividade de especificar as competências de acordo com o alvo e contexto de intervenção. Deste modo, o regulamento de 2011 retificado em Maio de 2019 e publicado em Diário da República descreve as competências específicas do Enfermeiro de Reabilitação: a) Cuida de pessoas com necessidades especiais, ao longo do ciclo de vida, em todos os contextos da prática de cuidados; b) Capacita a pessoa com deficiência, limitação da atividade e/ou restrição da participação para a reinserção e exercício da cidadania, c) Maximiza a funcionalidade desenvolvendo as capacidades da pessoa. Com a definição das competências mais ajustadas às necessidades atuais das pessoas alvo dos cuidados de enfermagem de reabilitação, os desafios para a especialidade incrementaram-se muito para além da sua regulamentação. Dizer que os enfermeiros de reabilitação têm competência que lhes permita intervir não é suficiente se não for devidamente alicerçada em conhecimento atual e baseado na prática clinica. Assim, tornou-se necessário adequar as dotações de enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação ao contextos clinico, adaptar e evoluir a formação especializada, reformulando os seus conteúdos programáticos e a produção de evidência tornou-se um imperativo. Contudo, apesar deste esforço superado, emergem desafios importantes decorrentes dos vários constrangimentos do país, como por exemplo nas alterações de políticas de saúde em que a valorização do papel fundamental do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação é absolutamente essencial e o incremento da investigação para suporte da prática, tendo este caminho tem necessariamente de ser feito. E não esquecer: #somosaquiloqueconstruimosjuntos #EnfermagemdeReabilitação
Palavras-chave Enfermagem, Reabilitação, Enfermagem de Reabilitação,
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DESAFIOS DA INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER Moderadoras: Carla Albino e Sandra Quaresma Carla Albino (1981), natural de Faro, licenciada em Enfermagem (Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, 2003), Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia (Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Leiria, 2011), mestranda do Curso de Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde com Prémio de Mérito na Conclusão de Parte Curricular (Faculdade de Economia, Universidade do Algarve). Iniciou a atividade profissional em 2003 no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) – Unidade de Faro, encontrando-se atualmente a desempenhar funções na Consulta de Ginecologia – Uroginecologia de Enfermagem e no Serviço de Obstetrícia - Unidade de Puerpério, sendo 1ª substituta da Sra. Enfermeira Gestora e responsável pela Formação em Serviço. Integra, ainda, a Comissão Científica do CHUA, na área de Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia. Sandra Quaresma, Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia desde 2007 pela Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus Évora. Pós graduada em Gestão e Administração de Unidades de Saúde. Conselheira em Aleitamento Materno. Enfermeira Gestora do Serviço de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia da Unidade de Portimão do CHUA desde 2020.
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Título da sessão: Importância do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na Saúde da Mulher - Um Programa de Melhoria Contínua Rafaela Martins Nota Biográfica Enfermeira desde 2003, com início de funções no Hospital Garcia de Orta. Em 2004, iniciou funções no Bloco Operatório Central do atual CHUA – Unidade de Portimão. Em 2010, concluiu o Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação (CPLEER) e iniciou funções como Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação na unidade de internamento de Ortopedia, onde permaneceu durante 10 anos. Nesse período, elaborou normas de procedimento, participou em congressos como oradora, orientou estudantes do CPLEER e foi responsável pela Formação em Serviço de Enfermagem. Em 2019, foi-lhe proposto o desafio profissional de elaborar um projeto para implementar os cuidados de Enfermagem de Reabilitação nas unidades de internamento de Obstetrícia e de Ginecologia, pelo que, em 2020, iniciou funções na unidade de internamento de Obstetrícia. Deste projeto surgiu um programa de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem que se encontra em fase de aprovação pelo Comité de Enfermagem de Reabilitação do CHUA.
Resumo O ciclo vital feminino é constituído por diversas fases que vão desde a infância à velhice e ao longo das quais todas as mulheres passam por numerosas alterações fisiológicas, sendo que algumas delas podem também sofrer de patologias do foro ginecológico, com necessidade de intervenção cirúrgica, experienciando, assim, alterações não fisiológicas decorrentes do processo cirúrgico. Também a gravidez e o parto têm um enorme impacto no corpo da mulher. Concomitantemente às mudanças fisiológicas, ocorrem mudanças psíquicas, emocionais e socias, que exigem um conjunto de importantes adaptações em todas estas vertentes. Durante o puerpério ocorrem diversas alterações no corpo da mulher que têm como objetivo restaurar e retornar os sistemas corporais ao estado de pré-gravidez, às suas funções e potencialidades anteriores. Neste contexto, a intervenção especializada do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação reveste-se de grande relevância nos resultados em saúde, nomeadamente no que reporta à função, prevenção de complicações e tratamento de alterações em todos os sistemas, assim como no restabelecimento das capacidades funcionais e autonomia da mulher, além das orientações gerais. A partir da pesquisa bibliográfica foram delineadas intervenções de Enfermagem de Reabilitação que serviram de base para o desenvolvimento de um programa de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem na área da saúde da mulher. Palavras-chave: Reabilitação; Saúde da Mulher; Puerpério
Título da sessão: Impacto de um programa de Enfermagem de Reabilitação na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária. Sara Mourão Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem (2005) pela Escola Superior de Saúde de Beja, Pós-licenciada em Enfermagem de Reabilitação pela Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus (2012), Mestre em Enfermagem - Área de Especialização em Enfermagem de Reabilitação (2020), Pós-Graduada em Gestão em Saúde e Enfermagem (2021). Exerce funções no CHUA desde 2005. Atualmente, desempenha funções como Enfermeira Gestora no Serviço de Ginecologia da Unidade de Faro. Resumo A incontinência urinária (IU) pode ser definida como uma perda involuntária de urina traduzindo-se numa queixa muito comum na população adulta feminina. É responsável por importantes comorbidades, com repercussões físicas, sociais, psicológicas e económicas nos mais variados contextos de vida da Mulher, traduzindo-se em: depressão, ansiedade, dificuldades laborais e isolamento social, disfunção sexual, infeções perineais, perturbações do sono e quedas. Assim, para além de comum, consiste num problema bem documentado com impacto pejorativo na qualidade de vida da mulher, com elevados custos associados, individuais e ao nível dos sistemas de saúde. A consulta de enfermagem de Ginecologia – Uroginecologia surge face às necessidades de cuidados de enfermagem da Mulher com o diagnóstico de IU referenciada da consulta médica de Ginecologia-Uroginecologia. Numa participação integrada de cuidados entre as equipas de enfermagem, do serviço de Ginecologia e da Consulta Externa, em parceria com a equipa médica, implementa-se um projeto de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem centrado na promoção da qualidade de vida da Mulher com o diagnóstico de IU, de forma a gerar ganhos em saúde. A implementação do projeto orienta uma prática clínica reflexiva acerca da problemática da IU bem como da relevância dos cuidados de enfermagem de reabilitação neste contexto, sustentando a intervenção profissional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação em prol da qualidade de vida da mulher. Palavras-chave: Incontinência Urinária, Qualidade de Vida, Enfermagem de Reabilitação, Mulher
ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NO DOENTE CRÍTICO: COVID/NÃO COVID Moderadora: Helena José Doutora em Enfermagem desde 2009, Mestre em Comunicação em Saúde em 2001, Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende e Bacharel em Enfermagem Geral pela Escola Enfermagem Faro. Presidente da Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica, na Ordem dos Enfermeiros. Investigadora na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (Coimbra). Na Universidade do Algarve é Professor Coordenador, Diretora da Área Departamental de Enfermagem, Diretora do Curso de Licenciatura em Enfermagem, Presidente do Conselho Técnico-Científico e da Comissão de Ética. Publicou mais de 80 artigos e 25 capítulos de livros/livros. Orientadora de teses de doutoramento e dissertações de mestrado. Membro de júris de provas académicas e de concursos para a carreira académica. Recebeu 6 prémio(s) e/ou homenagens. Foi professora na Universidade Católica Portuguesa e em Angola, país onde criou um Instituto Superior de Saúde na Tutela da Casa Militar do Presidente da República.
Título da sessão: Enfermagem de Reabilitação na UCI Telma Bila Nota Biográfica Em 2007 iniciou funções no CHUA enquanto Enfermeira. Desde 2012 exerce funções na Unidade de Cuidados Intensivos (UCIP), unidade na qual veio a integrar funções enquanto enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação a partir de 2019. Pós-Graduada em Gerontologia e em Ventilação Não Invasiva. Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação. Resumo A perda de mobilidade no doente crítico tem impacto negativo multissistémico. As complicações pulmonares estão entre as mais comuns, com subsequente aumento do tempo de internamento e da mortalidade. Por conseguinte, a mobilização precoce é fundamental para minimizar a fraqueza muscular adquirida, pelo que, se torna necessária a intervenção da Equipa de Enfermagem de Reabilitação (EER). A criação da EER na UCIP da Unidade de Faro tem demonstrado ser uma mais-valia desde a sua implementação, evidenciando-se nos ganhos em saúde obtidos. Esta equipa iniciou a sua atividade em maio de 2021. Desde então, foram estabelecidas atividades diárias de atuação ao doente crítico, com o objetivo de prestar cuidados diferenciados assentes em critérios de segurança. A sua atuação estendeu-se a 79 doentes com as seguintes situações de doença: SARS-CoV-2, alterações do foro cirúrgico, alterações respiratórias, entre outras. Contabilizaram-se 300 intervenções especializadas em Enfermagem de Reabilitação junto destes doentes, totalizando, aproximadamente, 3 a 4 por doente. Estas intervenções englobaram a avaliação de parâmetros vitais, adicionais parâmetros respiratórios, aplicação de escalas neurológicas e musculares. Nesta fase inicial da implementação da EER foram analisados essencialmente dados gasométricos, mais especificamente ratios gasométricos. Esta análise o cálculo e comparação de médias dos ratios gasométricos, antes e após da intervenção da Equipa. Os valores obtidos foram posteriormente analisados tendo por base a tabela de definição de Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda - ARDS (definição de Berlim). Verificou-se um aumento de 15% nos ratios. Este valor traduz-se numa variação de risco moderado para uma situação de risco leve e, consequentemente, uma inversão de risco de mortalidade de 32% para 27%. Através da análise dos resultados obtidos verificou-se que a implementação das intervenções do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação se traduziu em ganhos em saúde para o doente, promovendo a qualidade dos cuidados, e para a equipa, sensibilizando a mesma para atuar de forma sustentada e segura. Os resultados obtidos vêm realçar a pertinência da inclusão de Cuidados de Enfermagem de Reabilitação no contexto prática clínica da UCIP. Palavras-chave: Early Mobility; Rehabilitation; Nursing; Intensive Care Unit; ICU-Acquired Weakness
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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Título da sessão: Enfermagem de Reabilitação em Unidade de Cuidados Intermédios Ana Vanessa Cerqueira Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem, desde 2008, pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Iniciou a sua atividade profissional como enfermeira no Hospital de Faro em 2009. Desde 2010 que desempenha funções na Unidade de Cuidados Intermédios do CHUA. Concluiu em 2019 o ciclo de estudos de Mestrado em Enfermagem na área de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, ministrado pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, em associação com a Escola Superior de Enfermagem São João de Deus da Universidade de Évora, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, e, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Portalegre. Resumo Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação intervêm numa pluralidade de situações com o objetivo de prevenir complicações, bem como de restabelecer a funcionalidade dos doentes com afeções do foro respiratório, neurológico, músculo-esquelético e com o risco de desenvolver síndrome de imobilidade. Uma das situações, na Unidade de Cuidados de Intermédios, na qual a intervenção diferenciada do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação se traduz em ganhos em saúde corresponde ao processo de descanulação, que culmina no encerramento da traqueostomia, e que implica uma recapacitação ao nível da respiração, limpeza das vias aéreas e deglutição. De modo a garantir que os doentes cumpram os critérios de inclusão do protocolo de descanulação vigente no serviço, todo o processo de descanulação inicia-se com uma avaliação detalhada e individualizada realizada pela equipa interdisciplinar, e que sustentará o plano de intervenção de reabilitação. Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação constituem o elo de ligação com a restante equipa de Enfermagem, integrando-os no projeto de reabilitação, bem como capacitando-os de modo a que os objetivos do plano de reabilitação sejam cumpridos. Além disso, no decorrer de todas as fases do processo de descanulação intervêm no âmbito da reeducação funcional respiratória, avaliando e restruturando o plano de intervenção com o intuito de promover uma ventilação e limpeza das vias aéreas eficaz. Foi parametrizado no sistema de registos de enfermagem o treino de descanulação, permitindo uma maior visibilidade dos ganhos concretizados e a garantia da continuidade dos cuidados, o que possibilita uma transferência para os serviços de internamento mais segura. Palavras-chave: Enfermagem em Reabilitação; Cuidados Críticos; Traqueostomia; Manuseio das Vias Aéreas
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Título da sessão: Enfermagem de Reabilitação no internamento COVID19 Vasco Fernandes Nota Biográfica Enfermeiro em funções de gestão no internamento COVID. Enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação. Mestre em Gestão de Unidades de Saúde. Resumo Nesta comunicação serão apresentados o passado e o presente do Serviço de Internamento de Covid-19 do CHUA - Unidade de Faro, com referência à sua estrutura, metodologia e recursos. Será efetuada uma abordagem aos principais problemas identificados decorrentes da situação de doença de COVID-19, diagnósticos elaborados, resultados esperados e objetivados, decorrentes da intervenção do Enfermeiro Especialista em Reabilitação. Numa vertente mais detalhada serão expostas as dificuldades sentidas, as estratégias definidas e o benefício das mesmas, de acordo com as orientações fornecidas pela Mesa do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros, assim como, a partir da experiência profissional e evidência científica sobre a respetiva temática. Pretende-se, deste modo, dar a conhecer a importância do papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na pessoa com Covid-19, assim como os contributos e benefícios da sua atuação para a melhoria da funcionalidade, redução de complicações associadas ao isolamento e internamento prolongados numa perspetiva de capacitação e gestão das intercorrências associadas à Covid-19. Palavras-chave: Enfermagem de Reabilitação; COVID-19
Título da sessão: Doente Crítico. Importância do Enfermeiro de Reabilitação Daniel Núñez Nota Biográfica Médico especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva. Diretor Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos do CHUA
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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Resumo Qual o papel e o impacto do enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na abordagem do doente crítico? A investigação científica tem sustentado o facto da reabilitação fazer parte dos cuidados prestados à pessoa em situação crítica, particularmente no que reporta à função respiratória e motora, com especial enfoque na mobilização precoce, na promoção da autonomia, na atuação junto da pessoa com défice no autocuidado. Neste sentido, qual o nosso objetivo? Prestar cuidados de qualidade ao doente crítico, com o mínimo de sequelas de modo a que consiga ser integrado na sociedade, junto da sua família. Tem custos? Sim, sabemos que os dias de internamento têm custos, e, se transpormos para uma unidade deste nível, os custos são exorbitantes, cada dia a mais de ventilação acresce em custos consideráveis e as complicações que daqui advêm acrescem em dias de internamento. Para o doente, os “custos” são fisiológicos e traduzem-se em imobilidade, infeções associadas aos dispositivos, entre outras complicações. Para a família, o compromisso de autonomia por parte do doente também se traduz em custos e, frequentemente, em alterações na qualidade de vida. Posto isto, é imprescindível intervir a este nível, visando a reabilitação/ recuperação desde o dia em que a pessoa é admitida na Unidade de Cuidados Intensivos com inevitável contributo para os ganhos em saúde a todos os níveis. Neste sentido, a intervenção diferenciada do enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação tem impacto no outcome do doente crítico. De salientar a necessidade de documentar a intervenção no contexto da prática clínica recorrendo para tal à fundamentação, utilizando ferramentas como os indicadores sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação pois só assim se podem justificar os ganhos em saúde, para o utente, para família e para as instituições hospitalares. Palavras-chave: Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, Custos, Doente Crítico, Reabilitação, Família
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO: IMPORTÂNCIA NA (RE)ADAPTAÇÃO À FUNCIONALIDADE Moderadora: Graça Carichas Enfermeira Gestora do Centro Hospitalar de Torres Vedras, Serviço de Ortopedia. Enfermeira Especialista em Enfermagem Reabilitação. Mestre em Comunicação em Saúde. Experiência Profissional na Área de Cardiologia, Bloco Operatório, Medicina e Cirurgia.
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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Título da sessão: Programa de melhoria contínua: viver com a artroplastia antes, durante e depois Adriana Martins Nota Biográfica Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação, desde 2015, no Serviço de Ortopedia 1. Detém a especialização em Clínica Osteopática desde 2019 pelo Instituto Borges de Sousa. Pós-graduada em Gestão em Saúde, desde 2021, pelo Instituto Politécnico de Portalegre. Resumo Os problemas do foro ortopédico acarretam na sua grande maioria dor, deformação e consequente incapacidade funcional o que condiciona definitivamente a realização das atividades de vida diárias havendo muitas vezes necessidade de intervenção cirúrgica para melhoria funcional. O ato cirúrgico é um momento desconhecido e potenciador de dúvidas e receios pelo que se admite a consulta de enfermagem pré-operatória como o momento determinante não só para reduzir ansiedade, mas também para a avaliação da funcionalidade e realização de diagnóstico(s) decorrentes da identificação de limitações da atividade/incapacidade. Com base nos diagnósticos de enfermagem elaborados, são concebidos planos de intervenção visando a adaptação às limitações existentes para maximização da autonomia e qualidade de vida da pessoa e, consequente, regresso a casa quão breve quanto possível. Pelo descrito no regulamento das competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, constata-se que a intervenção deste profissional no período pré e pós-operatório proporciona à pessoa e a quem a rodeia benefícios na recuperação e na obtenção de melhores resultados, tendo por isso um papel fortemente educativo de modo a capacitar e contribuir para uma recuperação funcional mais rápida e consequente prevenção de complicações pós-operatórias. Palavras-chave: Estado Funcional; Enfermagem em Reabilitação; Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Título da sessão: Programa de Melhoria Contínua: Viver com a Artroplastia antes, durante e depois Filipa Batista Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem, desde 2010, pela Escola Superior de Saúde de Beja. Pós-graduada em Intervenção em Feridas, desde 2013, pela Escola Superior de Enfermagem São João de Deus em Évora. Detém a PósLicenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, desde 2015, pela Escola Superior de Enfermagem São João de Deus em Évora. Exerce funções no Serviço de Ortopedia 2 do CHUA – Unidade de Portimão, desde Março de 2011, e, enquanto Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação, desde Outubro de 2015 até à presente data. Resumo O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação assume um papel educativo no qual a capacitação da pessoa submetida a artroplastia (da anca ou do joelho) se revela uma das suas intervenções, considerando que todo o doente encerra em si mesmo um potencial, o qual deve ser trabalhado e amplificado. A capacitação faz com que as pessoas se sintam mais competentes e mais seguras em relação às suas próprias potencialidades, pelo que, a intervenção diferenciada do enfermeiro neste âmbito reduz os níveis de ansiedade e contribui para a diminuição do tempo de internamento. Neste sentido, o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação promove comportamentos de adaptação à nova realidade, através do ensino de exercícios de mobilização articular e de fortalecimento muscular, assim como o treino de técnicas de atividades de vida diárias (AVD’s), ajustadas às limitações inerentes à própria cirurgia. Os resultados traduzem-se numa recuperação funcional mais célere, através da promoção do autocuidado, prevenção de complicações e maximização de capacidades, perspetivando-se uma crescente autonomia nas AVD’s e subsequente melhoria contínua da qualidade de vida. Desta forma, assistese a uma reintegração mais rápida da pessoa na sua esfera familiar e social, expressa em ganhos em saúde. Palavras-chave: Artroplastia; Autocuidado; Capacitação; Recuperação funcional; Qualidade de vida
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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Título da sessão: Programa de melhoria contínua: viver com a artroplastia – antes, durante e depois. Helder Pino Nota Biográfica Enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação no serviço de Ortopedia 2 da Unidade de Portimão do CHUA. Pós-graduado em Executive Master em Gestão e Administração em Saúde, pela Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, desde 2021. Mestre em Enfermagem na área de especialização de Enfermagem de Reabilitação, desde 2019, pelo Instituto Politécnico de Setúbal (dissertação intitulada “efeitos de um programa de Enfermagem de Reabilitação à pessoa com fratura proximal do fémur”). Detém um curso profissional em “Design e Multimédia”, pela CEAL, desde 2007. Licenciado em Enfermagem pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro desde 2003. Resumo O projeto de melhoria contínua “Telerreabilitação no domicílio” enquadrado com o tema “viver com a artroplastia, passado, presente e futuro” emergiu de uma análise ao contexto da prática clínica dos enfermeiros e consequente identificação de um problema. Neste sentido, foi utilizado o método de análise SWOT e definida a missão, a visão, os valores, assim como as estratégias, metas, orientações e planeamento operacional. O projeto pretende dar resposta às dificuldades que as pessoas submetidas a artroplastia têm em integrar programas de Enfermagem de Reabilitação no domicílio após a alta hospitalar, de forma segura, eficiente e eficaz. Neste sentido, foi criado um projeto de intervenção que visa dar resposta a esta necessidade através do recurso a meios multimédia e tecnologias de comunicação mais recentes, ferramentas disponibilizadas na internet e dispositivos eletrónicos (smartphones, tablets, entre outros). Palavras-chave: Telerehabilitation; Telehealth; Telemonitoring; Arthroplasty; Treatment Outcome
Título da sessão: Treino de descanulação: uma abordagem prática Rita Monteiro Nota Biográfica Natural do Porto, licenciada em Enfermagem em 2010, pela Universidade do Algarve, especializou-se em Enfermagem de Reabilitação pela Universidade de Évora em 2014. Pós-Graduada em Ventilação Mecânica
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Nível 1 pelo Instituto EPAP - Ensino Profissional , Avançado e Pós-Graduado, em 2016. Exerce funções como Enfermeira de Reabilitação no serviço de Ortopedia 1/Neurocirurgia do CHUA – Faro, desde 2015. Resumo O treino de descanulação é um passo fundamental na reabilitação de doentes com traqueostomia. A decisão de quando iniciar o seu desmame é tomada em equipa, sendo essencial a ausência de fatores preditores de insucesso. Objetivos: Propor um protocolo de descanulação adequada à realidade do serviço de Neurocirurgia discutindo, concomitantemente, um caso prático de um utente internado no referido serviço, com vista à melhoria contínua do processo interno de reabilitação dos utentes através da discussão interpares. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica acerca do processo de encerramento da traqueostomia; consulta do processo clínico do utente assegurando o anonimato e confidencialidade do mesmo. Resultados: Estudos têm confirmado o benefício de protocolos de desmame da traqueostomia e a participação da reabilitação neste processo, porém ainda não existe consenso quanto aos critérios para descanulação. Elaborou-se, por esse motivo, um protocolo baseado na prática clínica, fundamentado em evidência científica. Conclusões: A atuação da equipa interdisciplinar aumenta as hipóteses de uma descanulação mais rápida, livre de complicações e mais segura para o utente. No seio da equipa, o enfermeiro de reabilitação assume um papel preponderante ao atuar precocemente junto do utente traqueostomizado delineando um programa de reabilitação individualizado que vise prevenir e tratar complicações inerentes à sua condição, facilitando a predição de sucesso da descanulação. A existência de um protocolo de descanulação garante uma abordagem segura, de forma integrada, promovendo uma prestação de cuidados de qualidade. Palavras-chave: Traqueostomia; descanulação; reabilitação
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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2º dia – 23Nov O CENTRO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DO SUL Moderador: Rodrigo Ramos Natural de Alcobaça. Licenciou-se em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa em 2005. Iniciou atividade profissional na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nesse mesmo ano, na área dos Cuidados de Saúde Primários. Pós-graduou-se em Saúde e Envelhecimento na Faculdade de Ciências Médicas em 2008 e concluiu o Curso de Especialização em Enfermagem de Reabilitação na Escola Superior de Enfermagem de S. Francisco das Misericórdias em 2011. Exerce o cargo de Enfermeiro Diretor do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão desde 2014, tendo concluído a componente curricular do Mestrado em Gestão da Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública em 2017.
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Título da sessão: Um olhar sobre a realidade João Lopes Nota Biográfica Natural de Faro, nasceu em 1982 e licenciou-se em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve em 2006, tendo iniciado a sua atividade profissional no Centro de Saúde de Loulé nesse mesmo ano. Em 2007, iniciou funções no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul. Concluiu o Curso de Pós -Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação em 2010. No ano de 2013 terminou a Especialização em Gestão de Unidades de Saúde e no ano de 2018 foi nomeado em funções de chefia, esse desafio impeliu-o a inscrever-se no Mestrado em Gestão de Recursos Humanos que frequenta atualmente. No âmbito da sua área de especialização clínica colabora com a Ordem dos Enfermeiros na elaboração de um Guia Orientador sobre Produtos de Apoio. Resumo O Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMRSul) iniciou a sua atividade a 6 de abril de 2007. A 23 de Agosto de 2017 foi integrado no CHUA, mantendo-se como uma unidade especializada da rede de referenciação hospitalar de Medicina Física e Reabilitação do Serviço Nacional de Saúde. O trabalho desenvolvido no CMRSul pretende potenciar a funcionalidade e a autonomia da pessoa, com o objetivo de promover a adaptação à sua nova realidade de vida e à sua integração essencialmente a três níveis: atividades de vida, relação com a família e relação com a sociedade. Palavras-chave: Medicina Física e de Reabilitação; Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul
Título da sessão: A importância do trabalho de Equipa de Reabilitação Luís Malaia Nota Biográfica Luís Malaia nasceu no ano de 1977 e residiu em Olhão até à ida para a Universidade, onde voltou a residir até ao momento atual. Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 2002, realizou o Internato Geral até ao ano 2004 no Hospital da Figueira da Foz, onde estagiou no Serviço de Medicina Física e de Reabilitação. No ano
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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de 2005 foi admitido no Internato Complementar de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital de Faro, o qual completou no ano 2009. Ainda no ano 2007 começou a colaborar como Médico Assistente no Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul. Pós-graduado em Ciências da Dor pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa no ano 2008. Pós-Graduado em Gestão de Unidades de Saúde no ano 2011 pela Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, tendo sido atribuída a Competência em Gestão de Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos. Membro de diversas Sociedade Médicas. Desde julho de 2018 é Diretor do Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul. Resumo Os doentes internados em Centros de Medicina Física e de Reabilitação apresentam um elevado nível de complexidade clínico-funcional que só por si seria difícil de abordar por uma única profissão de saúde. Estes doentes beneficiam de uma intervenção por diversas profissões de saúde desde médicos, enfermeiros e enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação, assistentes operacionais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, psicólogos e neuropsicólogos, assistentes sociais, técnicos ortoprotésicos e técnicos de desporto e atividades recreacionais. Uma boa comunicação entre todos os profissionais e entre estes e os doentes beneficia todos os intervenientes, o trabalho interdisciplinar poderá aumentar a capacidade de todos aprendermos uns com os outros, profissionais, doentes e cuidadores. Palavras-chave: Medicina Física e de Reabilitação; Enfermeiro de Reabilitação
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
READAPTAÇÃO FUNCIONAL DA PESSOA COM LESÃO VERTEBRO MEDULAR Moderador: Joaquim Correia e Susana Drago Susana Drago é Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação em Funções de Gestão no Serviço de Urgência Básica de Vila Real Santo António do CHUA. Joaquim Pedro, desde 2018 é Assistente Graduado Sénior de Neurocirurgia. Desde 2016 é Diretor do Serviço de Neurocirurgia do CHUA. De 1998 a 2015 exerceu funções enquanto neurocirurgião no Hospital Egas Moniz. Em 2002 foi Diretor do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Conde São Januário em Macau. De 2002 a 2013 exerceu funções enquanto assistente convidado de Neurologia na Universidade Nova de Lisboa. Em 2001 terminou Curso Europeu de Neurocirurgia Pediátrica. É dinamizador e foi responsável pelo grupo de Cirurgia da Epilepsia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Efetuou o Internato Complementar de Neurocirurgia de 1991 a 1997 no Hospital Egas Moniz e o Internato Geral de 1989 a 1990 no Hospital Distrital de Cascais. Concluiu o curso de Medicina na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1988. Participou em cerca de 90 congressos e cursos da especialidade tendo apresentado cerca de 60 trabalhos em congressos nacionais e internacionais com várias publicações. Dois prémios nacionais por trabalhos apresentados em congresso. Sócio da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia. Sócio da North American Spine Society.
Título da sessão: Readaptação funcional da pessoa com lesão vertebro medular - caso clinico Teresa Garcia Nota Biográfica Natural de Vila Viçosa, terminou a Licenciatura em Enfermagem em 2006 na Escola Superior de Enfermagem do Instituto Politécnico de Bragança. Em agosto do mesmo ano iniciou funções no Serviço de Medicina 1 no Hospital de Faro. Trabalhou, entretanto, em vários serviços, nomeadamente na Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC), no serviço de Urgência, na Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência e UCIP. Em 2010 integrou a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Faro e de Albufeira, e, em 2014, a de Portimão, assim como o Serviço de Helicóptero de Emergência Médica do Algarve. Pós-Graduada em Emergência e Cuidados Intensivos desde 2012, especializou-se em Enfermagem de Reabilitação na Universidade de Évora, estando desde o início de janeiro de 2020 a exercer funções de especialista no serviço de Ortopedia Poente/ Neurocirurgia. Encontra-se atualmente a concluir o Curso de Mestrado em Riscos e Proteção Civil no Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa.
* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
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Resumo A lesão vertebro medular (LVM) resulta numa síndrome neurológica altamente incapacitante com compromisso das principais funções motoras, sensoriais e reflexas. Estas alterações afetam física e psicologicamente a pessoa que experiencia a situação de doença, tendo também implicações para a família e para a sociedade. O caso abordado reporta a uma pessoa que sofreu uma lesão traumática com fratura de D12 tendo sido submetida a fixação transpendicular D10-D11 e L1-L2, com quadro de paraplegia. Os dados foram recolhidos do processo clínico, no respeito pelos pressupostos éticos inerentes à investigação. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) é um dos pilares basilares na reabilitação da pessoa com paraplegia devido a LVM intervindo nas diferentes fases da doença e evidenciando alternativas possíveis para que a pessoa encontre um novo projeto de vida, valorizando a sua individualidade. As competências do EEER possibilitam uma atuação diferenciada junto da pessoa paraplégica, através de um plano terapêutico que visa avaliar continuamente os défices de autocuidado, maximizar as potencialidades da pessoa e prevenir possíveis complicações. Realizou-se inicialmente uma avaliação neurológica de modo a identificar as funções comprometidas, não só a perda de mobilidade dos membros inferiores como também as disfunções autónomas gastrintestinais, da bexiga, funções sexuais e disreflexias. Para avaliar o impacto da lesão na autonomia da pessoa, particularmente no que à satisfação de necessidades fundamentais se refere, bem como os resultados das intervenções desenvolvidas, foram aplicadas escalas. O recurso a este instrumento de medida possibilitou avaliar a funcionalidade da pessoa e o seu potencial de reabilitação, realizar reavaliações periódicas e analisar os resultados decorrentes da intervenção do EEER. Palavras-chave: Lesão Vertebro Medular; Paraplegia; Reabilitação
Título da sessão: Avaliação Inicial de Enfermagem de Reabilitação - Caso Clínico Rafael do Carmo Costa Nota Biográfica Enfermeiro desde 2004, é mestre na área de especialização de Enfermagem de Reabilitação, tendo iniciado a sua carreira no Hospital Distrital de Faro. Em 2007, ingressou no Centro de Medicina de Reabilitação do Sul onde trabalhou até 2018, centro ao qual regressou em 2021 e onde atualmente exerce funções. Participa num projeto individual no âmbito do empreendedorismo em saúde.
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Resumo A lesão medular constitui um acontecimento com grande impacto não só físico mas também psicossocial. Foi revisto um caso clínico quanto à intervenção de Enfermagem de Reabilitação na fase pós-aguda da doença, particularmente após a transferência da pessoa para o Centro de Medicina de Reabilitação. A informação e os dados recolhidos permitiram, após a avaliação inicial, aferir quais as intervenções planeadas e realizadas. É exposta a evolução clínico-funcional e respetiva mensuração num horizonte temporal de acordo com a intervenção de enfermagem de reabilitação realizada. O resultado global de todo o processo de reabilitação traduz-se num impacto muito importante na readaptação à nova condição, preparação do regresso a casa e inserção na comunidade. Palavras-chave: Lesão Medular; Avaliação Inicial
Título da sessão: Caso Clínico Catarina Soares Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem do Porto em 2011, iniciou o seu percurso profissional no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul nesse mesmo ano, local onde atualmente se mantém em exercício de funções. Em 2012 concluiu um curso sobre Princípios de Reabilitação da Pessoa com AVC, administrado pela Formasau. Entre 2014 e 2015 concluiu a Pós Graduação em Enfermagem de Reabilitação, pelo Instituto de Formação em Enfermagem. Em 2018 concluiu o Curso de Mestrado em Enfermagem de Reabilitação na área de especialização em Enfermagem de Reabilitação pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Resumo A explanação de um plano de reabilitação construído em parceria com uma pessoa com lesão vértebro medular surge no contexto de explicitar o trabalho do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul. Pressupõe o recurso à avaliação inicial para criar uma linha temporal do progresso da pessoa lesada face à intervenção deste profissional, desde a admissão até ao momento da alta. Para além de facilitar a compreensão da intervenção diferenciada num centro especializado, propicia a reflexão e discussão sobre o processo de tomada de decisão e as diferentes perspetivas do trabalho realizado. Palavras-chave: Enfermagem de Reabilitação
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ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO: UM CAMINHO PARA A AUTONOMIA Moderadoras: Ana Nascimento e Helena Gaspar Ana Nascimento é Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e é Licenciada em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Mestre em Gestão de Unidade de Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação pela Universidade Atlântica. Exerce funções no CHUA, enquanto enfermeira, desde 2004, assumindo funções de coordenação da Unidade de Hospitalização Domiciliária da Unidade de Faro de maio de 2019 até agosto de 2021. Atualmente, Enfermeira Gestora em funções de chefia no Serviço de Medicina 1. Helena Gaspar, natural de Portimão, frequentou o 4º Bacharelato em Enfermagem pela Escola de Enfermagem S. João de Deus em Évora, entre 1991 e 1994, e o Curso de Complemento de Formação em Enfermagem, em 2005, pela Escola Superior de Saúde de Faro, com atribuição do grau de Licenciada em Enfermagem. Concluiu a Pós Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação em 2012, na Universidade Atlântica, em Lisboa. Iniciou a sua atividade profissional em 1994 no Hospital de Faro. Em 2001 regressou à sua cidade natal, iniciando funções no Hospital do Barlavento Algarvio, onde permanece desde então. Desde 2014 que exerce funções de enfermeira especialista em Enfermagem de Reabilitação no serviço de Medicina 3B do CHUA. É membro efetivo dos seguintes grupos de trabalho na Unidade de Portimão do CHUA: Grupo de Nutrição Clínica; Grupo de Auditores Internos ao Processo Clínico; e Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação.
Título da sessão: Avaliação Neurológica do doente com AVC António Costa Nota Biográfica Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde de São João de Deus em Évora em 1994. Concluiu a Especialização em Enfermagem de Reabilitação pela Escola Superior de Saúde de Coimbra em 2009. Exerce funções, na qualidade de Enfermeiro Especialista, na Unidade de AVC do CHUA. Resumo A National Institute of Health Stroke Scale é uma escala padrão, validada e segura, quantitativa, de avaliação da severidade e magnitude do défice neurológico após AVC. Esta escala foi desenvolvida por investigadores da University of Cincinnati Stroke Center e baseia se em 11 itens do exame neurológico, tais como, nível de consciência, desvio ocular, função motora e sensitiva dos membros e ataxia. A escala tem um score mínimo de 0 que reporta ao melhor prognóstico, e um score máximo de 42 que se refere ao pior prognóstico.
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* Os textos dos resumos são da responsabilidade dos proponentes.
Palavras-chave: Avaliação Neurológica
Título da sessão: Um programa de Reabilitação - Uma Visão Holística da Pessoa Nuno Santos Nota Biográfica Enfermeiro, de 36 anos, natural de Coimbra onde se licenciou em 2007 pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (EsenfC). Neste mesmo ano iniciou o seu percurso profissional no serviço de Medicina I do CHUA onde permanece atualmente. No último ano exerceu também funções no serviço de Medicina da Clínica de Santa Maria e na Unidade de AVC. Em 2014, concluiu o Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, desenvolvendo a dissertação ”Cuidados aos idosos hospitalizados com diagnóstico de incontinência urinária e intestinal”. Especialista em Enfermagem de Reabilitação desde 2016 pela EsenfC, tendo desenvolvido o trabalho de investigação “Vivências de pessoas com alterações respiratórias a serem cuidados por EEER”. Desde 2018 é responsável pela Formação em Serviço de Enfermagem no serviço de Medicina I, substituto da Enfermeira em Funções de Gestão e tem colaborado em diversas áreas da gestão e qualidade do serviço. Tem integrado novos enfermeiros e colaborado na orientação de estudantes de cursos de Pós-Licenciatura de Especialização/Mestrado na área de Enfermagem de Reabilitação. Resumo O serviço de internamento de Medicina I do CHUA acolhe utentes maioritariamente idosos com situações de doença decorrentes de múltiplas comorbilidades que exigem a administração de múltiplos fármacos. Concomitantemente, apresentam um maior nível de incapacidade pelo que a sua reabilitação e reinserção social é um desafio. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) deve ter uma visão holística da pessoa, procedendo à avaliação dos seus défices que impeçam/comprometam a realização dos autocuidados e das suas necessidades individuais básicas. Deve por isso realizar um programa de reabilitação personalizado, com o objetivo de integrar os diferentes exercícios nas AVDs para capacitar o utente, potenciando a sua autonomia e contribuindo para ultrapassar esta fase de transição saúde-doença, ao mesmo tempo que é preparado o seu regresso a casa. Com o intuito de avaliar o resultado das intervenções do EEER nos ganhos de saúde relacionados com as AVDs foi efetuada uma análise retrospetiva, durante um trimestre, a um programa de reabilitação realizado a 82 pessoas internadas no serviço de Medicina I. Foi utilizada a escala Índice de Barthel Modificado para avaliar a capacidade do utente de satisfazer os diferentes autocuidados, antes e após as intervenções do EEER. Verificou-se que a maioria dos utentes obtiveram ganhos de saúde nos autocuidados relacionados com a alimentação, deglutição, banho, higiene
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pessoal, vestuário, sanitário, transferências e mobilidade, constatandose uma maior funcionalidade no momento do regresso a casa ou transferência para outras unidades de saúde. Podemos afirmar que uma visão holística do EEER é essencial para a melhoria da funcionalidade do utente e aumento da sua autonomia na satisfação das AVDs. Palavras-chave: Enfermagem em Reabilitação; Autocuidado; Ganhos em Saúde; Atividades Cotidianas
Título da sessão: Dos Constrangimentos às Oportunidades: preparação do regresso a casa Luis Diogo Nota Biográfica Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, tendo concluido o Mestrado na mesma área de especialização. Exerceu funções no Hospital Universitário de Coimbra durante três anos, no Centro Hospitalar de Coimbra durante quatro anos e na Unidade Local de Saúde da Guarda, Hospital de Nossa Senhora da Assunção – Seia durante 17 anos. Desenvolve atualmente o seu trabalho na Unidade de Convalescença do CHUA em Loulé desde 2018, uma unidade que está centrada na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra. Tem colaborado com diversas Escolas Superiores de Saúde no âmbito dos estágios dos Cursos de Pós Licenciatura/Mestrado na área de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, assim como em ensinos clínicos do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Resumo A Unidade de Convalescença tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia. Na sequência de diversos fatores, de que é exemplo o imobilismo, a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação é fundamental, pelo que, na preparação para o regresso a casa, capacita a pessoa no sentido de recuperar a sua autonomia. Tendo por mote a finalidade acima explicitada, a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação objetiva-se na recuperação da mobilidade da pessoa e da capacidade de se alimentar da forma mais independente possível, privilegiando a via oral. A este nível, na pessoa em situação de AVC com alteração da deglutição, a nossa atuação promove a sua independência na atividade de vida comer e beber. Outro objetivo da nossa atuação reporta à recuperação do padrão de eliminação vesical e intestinal, uma vez que, no momento do acolhimento, é frequente serem identificados problemas relacionados com a dependência de
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dispositivos, de que são exemplos, a fralda e a sonda vesical. Neste sentido, uma vez elaborados os diagnósticos de enfermagem e os resultados esperados, o plano terapêutico definido pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação integra a reeducação vesical e intestinal com subsequente impacto nos ganhos em termos de auto-estima e autonomia, mas também nos ganhos económicos e ambientais. Numa continua intenção terapêutica de maximizar a autonomia dos utentes, a nossa intervenção também inclui a (re) capacitação no que se refere à higiene pessoal, aspeto particularmente de relevar, dado que os cuidados de higiene são uma das atividades de vida diária onde se destaca um maior nível de dependência por parte dos utentes. De salientar que toda a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação carece da colaboração dos restantes elementos da equipa de enfermagem. Numa perspetiva de um cuidado global, as necessidades são identificadas, é feito o plano de intervenção, e, só com a colaboração da restante equipa de enfermagem, conseguimos alcançar os objetivos de maximização da autonomia do utente de forma eficaz e eficiente. Palavras-chave: Unidade de convalescença; Reabilitação; Mobilidade; Alimentação; Higiene; Eliminação
Título da sessão: No domicílio: prevenir complicações e/ou evitar incapacidades Alexandra Ferreira Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde Bissaya Barreto em Coimbra. Especialista e Mestre em Enfermagem de Reabilitação pela Universidade de Évora. Detentora do Curso de Viatura Médica e Emergência e Reanimação, do Curso de Supervisão Clínica, do Curso Avançado de Feridas e do Curso de Hospitalização Domiciliária Pós-Graduada em Ventilação e a Pós-Graduada em Gestão e Administração e Serviços de Saúde. Enfermeira no CHUA desde 1996 e desde maio que desempenha funções em Gestão na Unidade de Hospitalização Domiciliária de Portimão É Professora Assistente no Instituto Piaget e Doutoranda em Ciências de Saúde na Universidade de Sevilha. Resumo A Unidade de Hospitalização Domiciliária de Portimão, com lotação para cinco camas atualmente, presta cuidados a cerca de cinco a sete doentes por dia, sendo as situações de doença que mais frequentemente motivam a admissão das pessoas nesta unidade as seguintes: insuficiência cardíaca, pneumonia, infeção urinária e de pele. À semelhança do internamento convencional, estes utentes reúnem a mesma complexidade de cuidados, pelo que também é exigível conferir a mesma resposta do ponto de vista de reabilitação. Da equipa multidisciplinar, destacamos os três Enfermeiros
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Especialistas em Enfermagem de Reabilitação numa equipa sete Enfermeiros. A intervenção deste profissional, no contexto da prática clínica supramencionado, é abrangente, a depender das necessidades do doente e do contexto social e familiar, contudo destacamos a reeducação funcional respiratória pois identificamos uma prevalência significativa de doentes com alteração da função respiratória. Neste âmbito, atuamos tanto na prevenção como no tratamento de pneumopatias. Temos como objetivo primordial, estabelecer ou restabelecer o padrão respiratório funcional no intuito de melhorar a função respiratória, e capacitar o doente a realizar as diferentes atividades de vida diária sem promover grandes transtornos e repercussões negativas no seu quotidiano. Realçamos o papel fundamental da equipa na educação e promoção da saúde do doente e cuidadores, pois de uma forma individualizada são instruídos e treinados não só para conferir resposta a situações pontuais ou imprevistas como também para a continuidade dos cuidados. Alicerçados na melhor prestação de cuidados, pretendemos expandir brevemente a capacidade de resposta a um maior número de doentes e continuar a perspetivar a disponibilização de cuidados centrados nas necessidades do doente cada vez mais humanizados. Palavras-chave: Hospitalização domiciliária; Reabilitação Respiratória; Capacitar
Título da sessão: Reabilitação em Contexto Domiciliário Joana Pereira Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem em 2013 pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, mestre em Gestão de Unidades de Saúde desde 2017 pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, Especialista em Enfermagem de Reabilitação desde 2019 pela Universidade Atlântica. Iniciou a sua atividade Profissional em 2013 no Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul. Em 2014 começou a exercer funções no serviço de Medicina 2 da Unidade de Faro do CHUA. Desde 2019 que integra a equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária do referido Centro Hospitalar. Resumo O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) tem como competências cuidar de pessoas com necessidades especiais, ao longo do ciclo de vida, em todos os contextos da prática de cuidados; capacitar a pessoa com deficiência ou limitação da atividade e ou restrição da participação para a reinserção e exercício da cidadania; e ainda maximizar a funcionalidade desenvolvendo as capacidades da pessoa.
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Um dos objetivos primordiais do processo de reabilitação é capacitar a pessoa para o autocuidado, permitindo assim um elevado nível de funcionalidade no que diz respeito às funções do corpo e à atividade e participação. A reabilitação em contexto domiciliário torna-se fundamental uma vez que permite a avaliação e intervenção no ambiente da pessoa; a transposição para a prática do dia-a-dia; assim como uma maior integração do cuidador no processo de reabilitação. Permite sem dúvida alguma ao EEER um ajuste do meio às necessidades do utente de forma muito mais personalizada, com vista a promover uma readaptação funcional do mesmo ao seu meio; garantir o processo de alta segura; prevenir complicações; diminuir o número de dias de internamento e ainda reduzir o número de reinternamentos hospitalares. Importa ter presente que a reabilitação no domicílio obedece aos mesmos princípios que no internamento hospitalar. Palavras-chave: Autocuidado; Readaptação funcional; Adaptação do meio; Prevenção de complicações
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ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NO CHUA: DESAFIOS QUE CONVIDAM À REFLEXÃO Moderadores: Arsénio Gregório e Maria do Céu Sá Arsénio Gregório, concluiu o Curso Geral de Enfermagem em 1981 e a Especialização em Enfermagem de Reabilitação em 1997. Mestre em Gestão Empresarial desde 2008. Maria do Céu Sá, Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem, de Lisboa (ESEL). Coordenadora do Mestrado em Enfermagem de Reabilitação. Doutorada e Mestre em Ciências de Enfermagem. Especialista em Enfermagem de Reabilitação e Especialista na Área de Enfermagem (Decreto lei nº 206/2009, de 31/8). Coordenadora de Unidades Curriculares no Curso de Licenciatura em Enfermagem e no Curso de Mestrado. Integra a Unidade de Investigação da ESEL, dedicandose a projetos ligados à pessoa com doença crónica, com várias publicações Nacionais e Internacionais.
Título da sessão: Enfermagem de Reabilitação no CHUA: Desafios que Convidam à Reflexão: Perspetiva do CHUA Fernanda Henriques Nota Biográfica Enfermeira especialista em Enfermagem de Reabilitação, com o Curso de Estudos Superiores em Administração do Serviço de Enfermagem pela atual Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Mestre em Gerontologia Social pela Universidade do Algarve. Título de Especialista na Área de Enfermagem. É Enfermeira Gestora com função de Direção no CHUA. Adjunta da Enfermeira Diretora e Professora Adjunta Convidada (50%) na Universidade do Algarve. Áreas interesse: Prestação de cuidados seguros, prevenção e tratamento de feridas crónicas, envelhecimento, pobreza e gestão de recursos humanos. Resumo O aumento da esperança média de vida, acompanhado dos avanços médicos e tecnológicos, origina novas necessidades em matéria de cuidados de saúde, nomeadamente associadas a compromissos da autonomia, pelo que, torna-se primordial o recurso a cuidados específicos e especializados em Enfermagem de Reabilitação. Concomitantemente, a doença e a pobreza tornam o idoso vulnerável ao aparecimento de doenças crónicas, ao abandono e à institucionalização. Consoante o avanço da idade, maior é a complexidade dos problemas de saúde que se traduzem no número de vezes que cada pessoa recorre aos serviços de Urgência e no número de reinternamentos nos Serviços Hospitalares. Tornamo-nos frágeis e vulneráveis com o envelhecimento,
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denotando-se uma dificuldade crescente em superar as ameaças como: doenças infeciosas e cerebrovasculares, e, alterações climáticas. Cabe ao Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, identificar o limiar da vulnerabilidade de cada pessoa e dos grupos de risco. Cuidamos com pessoas com necessidades especiais ao longo do ciclo de vida em todos os contextos da prática de cuidados; capacitamos a pessoa com deficiência, limitação da atividade e /ou restrição da participação para a reinserção e exercício de cidadania; maximizamos a funcionalidade desenvolvendo as capacidades da pessoa. Cuidado, baseado na Ciência de Enfermagem, que cria e utiliza um corpo de conhecimento exclusivo, sustentado num pensamento teórico e em conceitos com valor interpretativo daquilo que fazemos. É disso exemplo a Teoria do Défice de Auto Cuidado de Enfermagem de Dorothea de Orem. Face ao supramencionado, urge refletir sobre os modelos de financiamento utilizados que deverão focalizar-se na eficiência, sustentabilidade, equidade, entre outros aspetos determinantes e que efetivamente traduzem a eficácia e eficiência dos cuidados prestados; nos indicadores de resultado e de ganhos em saúde através de registos de prática quotidiana, monitorização de reinternamentos, aplicação de escalas validadas e trabalhos de investigação; na função do enfermeiro ao nível da formação da equipa de saúde e dos estudantes de enfermagem. Palavras-chave: Cuidado
Título da sessão: O desenvolvimento de competências de investigação pela formação pós-graduada em enfermagem Rogério Manuel Ferrinho Ferreira Nota Biográfica Professor Coordenador, do Departamento de Saúde do Instituto Politécnico de Beja. Mestre em Ciências de Enfermagem e Doutoramento em Ciências de Educação. Investigador do Comprehensive Health Research Centre. Resumo Objetivo: compreender o contributo da formação pós-graduada para o desenvolvimento de competências de investigação. Método: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, realizado com 8 enfermeiros com formação pós-graduada em enfermagem da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, em Portugal. Utilizou-se a entrevista em grupo ou grupo de discussão, tendo por base um guião de entrevista semiestruturada, que foi submetido à apreciação de dois juízes. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, tendo os resultados sido submetidos a um processo de validação
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com os participantes e com dois juízes. O estudo teve o parecer favorável da Comissão de Ética da instituição envolvida. Resultados: ao nível das competências de investigação pela formação pós-graduada em enfermagem, emergiu do discurso dos participantes, os seguintes indicadores: compreender o processo de investigação, pesquisa nas bases de dados, desenvolver a revisão da literatura, avaliação da qualidade dos artigos, desenvolver o projeto de investigação, comunicar ciência e transferir conhecimento para a clínica. Conclusão: estes enfermeiros desenvolveram competências de investigação durante a formação pós-graduada em enfermagem e expressam nos seus discursos, o desenvolvimento de competências de investigação na prática clínica. Palavras-chave: Educação de Pós-Graduação; Prática clínica baseada em evidências; Estudantes; Aprendizagem; Competência Profissional.
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CONFERÊNCIA “O PAPEL DOS ENFERMEIROS DE REABILITAÇÃO” – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS ENFERMEIROS DE REABILITAÇÃO Moderador: José Brás Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Enfermeiro Supervisor desde 1999. Enfermeiro Gestor em funções de Direção no Departamento Cirúrgico do CHUA e Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul. Belmiro Manuel Pereira da Rocha Nota Biográfica Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Enfermeiro Gestor da Consulta Externa da Unidade III Espinho, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Pós-Graduado e Mestrando em Gestão e Economia da Saúde, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, tendo concluído o Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (PADIS) da AESE Business School. Membro 4 mandatos da Comissão/Colégio de Especialidade de Enfermagem de Reabilitação, dos quais foi Presidente nos últimos 2. Presidente da Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação. Resumo Na conferência serão abordados os seguintes aspetos: As intervenções dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação. Os contributos para a sua rentabilização na obtenção de resultados e de ganhos em saúde, nomeadamente sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação. Análise dos contextos de intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação e a forma de dar visibilidade a essas mesmas intervenções. Como contribuir para a definição de políticas de saúde que permitam rentabilizar e maximizar os recursos humanos na área de Enfermagem de Reabilitação. Importância do apoio e divulgação de trabalho, nomeadamente de investigação, assim como contribuir e promover a elaboração de normas de orientação sobre a atividade de Enfermagem de Reabilitação. Analise SWOT da Enfermagem de Reabilitação no presente momento e perspetivas futuras. Palavras-chave: Enfermagem de Reabilitação; Gestão de Cuidados; Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação
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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES LIVRES Comunicações Orais e Pósteres
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COMUNICAÇÕES ORAIS PAPEL DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NO DOENTE SUBMETIDO A ARTROPLASTIA TOTAL DA ANCA Oradora: Joana Pereira Coautores: Fernanda Guerreiro; Ana Nascimento; Andreia Barateiro Nota Biográfica Licenciada em Enfermagem em 2013 pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, mestre em Gestão de Unidades de Saúde desde 2017 pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, Especialista em Enfermagem de Reabilitação desde 2019 pela Universidade Atlântica. Iniciou a sua atividade Profissional em 2013 no Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul. Em 2014 começou a exercer funções no serviço de Medicina 2 da Unidade de Faro do CHUA. Desde 2019 que integra a equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária do referido Centro Hospitalar. Resumo Introdução: A osteoartrose é uma das principais doenças que afeta a população, causando dor e inatividade, esta patologia trata-se da maior causa de restrição funcional e social da sociedade. A osteoartrose da anca pode descrever-se como uma síndrome clínica caracterizada por dor na articulação geralmente acompanhada de vários graus de limitação funcional e redução da qualidade de vida (BHS, 2013). A artroplastia total da anca (ATA) trata-se de um procedimento cirúrgico ortopédico realizado com o objetivo de diminuir a dor e melhorar a função do doente com coxartrose, capacitando-o para retomar as suas Atividades de Vida Diária (AVD’s) de forma eficaz (Nankaku et al., 2013). Objetivo: apresentar informações fundamentais sobre a prevalência de ATA e sobre a intervenção do EEER na melhoria da amplitude do movimento e prevenção de complicações na ATA. Método: foi realizada uma pesquisa sobre o estado da arte (revisão narrativa da literatura) no cuidar da pessoa com ATA. Resultados: Comparativamente ao tratamento conservador, a ATA é mais rentável e cerca de 90% dos doentes regressam ao seu trabalho anterior, permitindo ainda aos idosos manter a sua independência, mostrando assim elevados
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níveis de satisfação do doente e melhoria da sua qualidade de vida (BHS, 2013; Fortes-Horvath et al., 2014). Tal como todas as intervenções cirúrgicas, também as ATA’s apresentam várias complicações, destacando-se: a luxação da prótese, fratura periprotésica e osteólise acetabular (Ressurreição, 2014). A evidência mostra que a reabilitação após a ATA é crucial para prevenir o declínio no pós-operatório e para restaurar o nível funcional (Aprile et al., 2011). Desta forma o papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) é fundamental para a recuperação da funcionalidade e prevenção de complicações nestes doentes. Conclusão: Um programa de reabilitação individualizado é fundamental para a recuperação rápida e eficaz do doente submetido a ATA. Palavras-chave: Reabilitação; Coxartrose; ATA; Independência Funcional Referências Bibliográficas British Hip Society (BHS) (2013). Commmissioning guide: Pain arising from hip in adults. British Orthopedic Association (BOA). R.C. of S. (RCSEng). Nankaku, M., Tsuboyama, T., Akiyama, H., Kakinoki, R., Fujita, Y., Nishimura, J., Yoshioka, Y., Kawai, H. & Matsuda, S. (2013). Preoperative Prediction of Ambulatory Status at 6 Months After Toatl Hip Arthroplasy. Physical Therapy; 93(1): 1-6. Forster-Horvath, C, Egloff, C, Nowakowski, AM & Valderrabano, V. (2014). The painful primary hip replacement - review of the literature. Swiss Medical Weekly; 144(October). Disponível em: http://doi.org/10.4414/smw.2014.13974, [consulta a 2 de novembro de 2021]. Ressurreição, L. O. (2014). Principais complicações da artroplastia total de quadril não cimentada : uma revisão sistemática. Universidade Federal Da Bahia. Aprile, I., Rizzo, R. S., Romanini, E., Santis, F. D. E., Marsan, S., Rinaldi, G. & Padua, L. (2011). Group rehabilitation versus individual rehabilitation following knee and hip replacement: a pilot study with randomized, singleblind, cross-over design. European Journal of Phisycal and Rahabilitation Medicine; 47(4):551-559.
O ENFERMEIRO ESPECIALISTA DE REABILITAÇÃO NA PREVENÇÃO DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS RELATIONADAS COM O TRABALHO Oradora: Ana Nascimento Coautores: Joana Pereira; Fernanda Guerreiro; Paula Gomes Nota Biográfica Ana Nascimento, Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e Licenciada em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Mestre em
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Gestão de Unidade de Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação pela Universidade Atlântica. Exerce funções no CHUA, enquanto enfermeira, desde 2004, assumindo funções de coordenação da Unidade de Hospitalização Domiciliária da Unidade de Faro de maio de 2019 até agosto de 2021. Atualmente, Enfermeira Gestora em funções de chefia no Serviço de Medicina 1. Resumo Introdução: As Lesões Musculoesqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT) estabelecem um dos mais atuais e relevantes problemas de saúde dos enfermeiros, resultando da atividade de enfermagem em contexto de prestação direta de cuidados, nomeadamente em unidades hospitalares (Santos, 2015). O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação, dada a sua formação específica e as suas competências constitui-se como um elemento fundamental no desenvolvimento de programas de formação na área da mecânica corporal/Ergonomia e ginástica laboral para a prevenção de LMERT (Jerónimo, 2013). Objetivo: este trabalho tem o objetivo de apresentar informações fundamentais sobre a prevalência de LMERT e sobre o papel do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação na prevenção de LMERT. Método: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura Resultados: Os resultados evidenciam uma elevada prevalência de LMERT em pelo menos uma região corporal (89,1%). Nos últimos 12 meses a região lombar foi a mais referida (76,4%) e a região das ancas/coxas (86,7%) a mais referida na última semana. Constatou-se que o segmento corporal mais incapacitante para as atividades diárias foi o cotovelo (71,4%) (Santos, 2015). Os programas com evidência na prevenção de LMERT são formados por planos de formação e treino combinado com a atribuição de equipamento de auxílio à mobilização e transferência de doentes, programa de formação sobre mobilização e transferência de doentes combinado com programa de melhoria da capacidade física e programa multifatorial de cariz sistémico (Santos, 2017). Deste modo, os programas de prevenção de LMERT devem ser multifatoriais com uma abordagem sistémica de forma a obter os melhores resultados. Conclusões: O Enfermeiro de Reabilitação assume um papel importante, detentor de um conhecimento específico, permitindo-lhe fazer a articulação entre a gestão, os trabalhadores e a implementação deste tipo de programas multifatoriais (Santos, 2017). Palavras-chave: Ergonomia; Reabilitação; LMERT
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Referências Bibliográficas Jerónimo, J. (2013). Estudo da prevalência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho em enfermeiros. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Santos, A. R. V. (2015). Lesões musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho nos enfermeiros em contexto hospitalar. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Santos, C. F. T. D. (2017). Estratégias de prevenção das lesões músculoesqueléticas ligadas ao trabalho nos enfermeiros em contexto hospitalar: uma revisão sistemática de literatura. Instituto Politécnico de Viseu.
ENVELHECIMENTO ATIVO: TODOS TEMOS UM CONTRIBUTO PARA UM FUTURO MELHOR Oradora: Paula Gomes Coautores: Andreia Ramos; Joana Pereira; Emanuel Melo Nota Biográfica Paula Gomes, Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde de Faro da Universidade do Algarve, tendo concluído a Pós Licenciatura de Especialização em Saúde Comunitária pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Portalegre. Pós- Graduada em Gestão de Unidades de Saúde, pela Universidade do Algarve. Iniciou funções como enfermeira em 1994 no CHUA - Unidade de Faro, no serviço de Cardiologia e na Unidade de Cuidados Intensivos Coronários. Em 2017 foi coordenadora do serviço de Neurologia. De 2018 a agosto de 2021 exerceu funções de Gestão no serviço de Medicina 1. Desde então exerce funções de Gestão no serviço de Cardiologia/ Unidade de Cuidados Intensivos Coronários. Resumo Introdução: O envelhecimento ativo e saudável pode ser definido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, para a melhoria da qualidade de vida, à medida que as pessoas envelhecem. Integra o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que contribui para o bem-estar das pessoas idosas, sendo a capacidade funcional o resultado da interação das capacidades intrínsecas da pessoa (físicas e mentais) com o meio (World Health Organization, 2015). O enfermeiro de reabilitação promove o envelhecimento ativo, de forma a maximizar a capacidade funcional, criar condições e oportunidades para promover estilos de vida saudáveis (Faria, 2020). Deste modo, contribui para uma maior autonomia e independência no autocuidado da pessoa com quem cuida, incrementando desta forma a sua qualidade de vida (Pires, 2019).
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Objetivo: Apresentar informações fundamentais sobre o contributo do enfermeiro especialista em reabilitação em relação ao envelhecimento ativo. Método: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura. Resultados: Uma das conclusões de um estudo realizado a idosos explicita que após o programa de envelhecimento ativo de 16 semanas com enfoque no exercício físico, os idosos descreveram diminuição significativa da intensidade da dor, maior força de preensão manual, maior score de equilíbrio estático e na marcha, ocasionando assim menos quedas entre os idosos, de tal forma que a perceção de desequilíbrio reduziu cerca de 15,5% (Faria,2020). É fundamental desenvolver ações e programas de acordo com as necessidades de cada um dos idosos institucionalizados, tendo como objetivo um envelhecimento ativo e saudável, constitui-se, na atualidade, um verdadeiro desafio à institucionalização (Rebelo,2019). Conclusões: O envelhecimento populacional exige, cada vez mais, dos profissionais de saúde, principalmente dos enfermeiros, não só uma maior mobilização de conhecimentos gerais e específicos, como uma maior capacidade de adaptação e resposta às necessidades reais da pessoa idosa. O enfermeiro de reabilitação tem um papel importante na adoção de atitudes para promover um envelhecimento ativo, otimiza o potencial funcional da pessoa, promove a independência e autonomia dos idosos, incrementa a sua qualidade de vida e fortalece aptidões físicas e mentais que possibilitam ultrapassar as limitações que o envelhecimento produz (Pires, 2019). Palavras-chave: Envelhecimento; Reabilitação; Programas Referências Bibliográficas Faria, A.C.A. (2020). Impacto de um programa de envelhecimento ativo no contexto comunitário: estudo de caso. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Agrupamento de Centros de Saúde Ave/Famalicão; Escola Superior de Enfermagem do Porto, NurseID-CINTESIS; Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Pires, R. (2019). Intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação na mobilidade da pessoa idosa institucionalizada. Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação Rebelo, M. (2019). Promover o envelhecimento ativo: o desafio da institucionalização sob o olhar do enfermeiro. Instituto Politécnico de Portalegre Escola Superior de Educação e Ciências Sociais Escola Superior de Saúde de Portalegre World Health Organization (2015). Global Strategy and Action Plan on Ageing and Health. Geneva: World Health Organization
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A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO DE REABILITAÇÃO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS, FACE À PESSOA IDOSA COM ALTERAÇÕES SENSORIAIS, EM SITUAÇÃO DE TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Oradora: Andreia Barateiro Coautores: Ana Nascimento; Fernanda Guerreiro; Joana Pereira; Paula Gomes Nota Biográfica Andreia Barateiro, Licenciada em Enfermagem em 2006 pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, Especialista em Enfermagem de Reabilitação desde 2012 pela Escola Superior de Saúde de Santarém. Iniciou a sua atividade profissional em 2006 no serviço de Medicina 2 do CHUA, seguidamente no serviço de Infeciologia do mesmo hospital, estando atualmente a exercer funções na Medicina de Santa Maria do CHUA. Resumo Introdução: O envelhecimento populacional constitui um dos mais importantes desafios para a enfermagem, uma vez que vem obrigar a que seja repensada a forma como as pessoas idosas são cuidadas. As alterações da mobilidade e a deterioração das funções sensoriais aumentam significativamente o risco de queda nos idosos. As quedas podem resultar em Traumatismo Crânio Encefálico (TCE). Por sua vez, os TCE poderão dar origem a alterações sensoriais que favorecem a ocorrência de novas quedas. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) atua nesta fase específica do ciclo vital, onde a correção e o melhoramento das capacidades são vitais para a aquisição de um envelhecimento ativo. Objetivo: Descrever a intervenção do EEER na prevenção de quedas, face à pessoa idosa com alterações sensoriais devido a TCE, em contexto domiciliar. Método: Revisão Narrativa da Literatura. Resultados: As quedas são umas das principais causas dos acidentes ocorridos em idosos, constituindo assim uma causa importante de internamento hospitalar e de mortalidade. Perante os resultados encontrados que evidenciam a forte relação entre as alterações sensoriais e o risco de queda, a intervenção do enfermeiro de reabilitação centra-se na adoção de estratégias globais direcionadas à pessoa idosa/cuidador informal e comunidade, no sentido de gerir os “obstáculos potencialmente geradores de desvantagem” (Hesbeen, 2001, p.52).
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Conclusões: As alterações sensoriais, em particular da visão, provocadas por TCE, são um fator de risco para a ocorrência de quedas em contexto domiciliar. Os TCE provocam alterações visuais que aumentam a possibilidade de queda; as quedas provocam TCE que acarretam alterações visuais; e o próprio processo de envelhecimento leva a alterações visuais que originam quedas, muitas vezes com os TCE como consequência. O enfermeiro de reabilitação desenvolverá o seu papel enquanto educador e gestor, na coordenação e implementação de cuidados de enfermagem ao binómio pessoa idosa/cuidador informal e à comunidade. Palavras-chave: Reabilitação; Idoso; Cuidadores; Transtornos das sensações; Traumatismo craniocerebral, prevenção de acidentes. Referências Bibliográficas Hesbeen, W. (2001). A reabilitação. Criar novos Caminhos. Loures: Lusociência. Lord, S.; Dayhew, J. (2001). Visual Risk Factors for Falls in Older people. Journal of the American Geriatrics Society [on line]. nº 49 [Consult. 2021-1109]. Disponível em https://doi.org/10.1046/j.1532-5415.2001.49107.x Pinheiro, A.; De Almeida, F.; Barbosa I.; Mesquita, E.; Borges R.; De Figueiredo Z. (2011). Principais causas associadas ao traumatismo cranioencefálico em idosos. Enfermería Global. Revista Electrónica trimestral de enfermeria [on line]. nº 22 (2011) [Consult. 2021-11-08]. Disponível em https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v10n22/pt_clinica4.pdf Ray, C.; Wolf, S. (2008). Review of intrinsic factors related to fall risk in individual with visual impairments. Journal of Rehabilitation Research & Development [on line]. nº 8 [Consult. 2011-11-18]. Disponível em https://www. rehab.research.va.gov/jour/08/45/8/pdf/Ray.pdf.
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PÓSTERES IMPACTO DA INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO, NA RECUPERAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA PESSOA PÓS AVC, AO NÍVEL DA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO E DA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA COM A SAÚDE Orador: David Santos Coautores: João Santos; Tiago Santos; Vanda Esperança; Ana Luísa Oliveira Nota Biográfica David Santos, nascido em Portimão em 1988, onde fez todo o seu percurso escolar obrigatório. Licenciado em Enfermagem pela Universidade Jean Piaget do Algarve em 2011 e, desde então, enfermeiro de cuidados gerais no serviço de Medicina Interna 3 A da Unidade de Portimão. Mestrando em Enfermagem desde 2020, na Área de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, pela Escola Superior de Enfermagem São João de Deus de Évora. Resumo O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e de incapacidade funcional grave em Portugal e no resto do mundo, que impõe limitações a vários níveis influenciando a qualidade de vida da pessoa e da sua família. Objetivo: Avaliar a importância da intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na promoção do autocuidado e da melhoria da qualidade de vida relacionada com a saúde da pessoa com sequelas de AVC. Métodos: No sentido de responder ao objetivo estabelecido, foi elaborada uma revisão sistemática da literatura. Para a pesquisa de estudos, recorreu-se à base de dados científica eletrónica EBSCOhost (MEDLINE with Full Text, CINAHL Plus with Full Text, MedicLatina, Nursing & Allied Health Collection e Cochrane Plus Collection), utilizando o método de PI[C]O, e as seis palavras-chave, validadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), combinando “AND” e “OR” da seguinte forma: “Rehabilitation Nursing” OR “Nursing care” AND “Stroke” OR “Cerebrovascular Accident” AND “Self Care” AND “quality of life”, entre 2015 e 2020, tendo sido selecionados cinco artigos. Resultados: A análise dos estudos selecionados evidencia que os cuidados de enfermagem de reabilitação promovem autonomia e otimização da capacidade funcional, com implicações positivas na recuperação funcional
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e social da pessoa em situação de AVC, promovendo comportamentos valorativos do processo de reabilitação fundamentais para a sua independência e consequente melhoria na qualidade de vida. Conclusões: No que respeita à efetividade dos cuidados de enfermagem de reabilitação, ficou claro o seu impacto positivo na recuperação funcional e social da pessoa pós-AVC. Foram igualmente valorizados outros aspetos, como a promoção do autocuidado e a melhoria da qualidade de vida associada à saúde. Palavras-chave: Enfermagem em Reabilitação, Cuidados de Enfermagem, Doença cerebrovascular, Acidente Vascular Cerebral, Autocuidado; Qualidade de vida. Referências Bibliográficas Fu, J., Song, L., Wang, R., Ping, F., & Dong, S. (2020). Effect of comprehensive rehabilitation nursing intervention on hemiplegia patients in sequela stage of stroke. J Pak Med Assoc, 70(9), 38-44. Candan, S. A., & Livanelioglu, A. (2019). Efficacy of modified constraint induced movement therapy for lower extremity in patients with stroke: strngth and quality of life outcomes. Fizyoterapi Rehabilitasyon., 30(1), 23-32. Pallesen, H., Næss-Schmidt, E. T., Kjeldsen, S. S., Pedersen, S. K. S., Sørensen, S. L., Brunner, I., & Nielsen, J. F. (2018). “Stroke-65 Plus. Continued Active Life”: a study protocol for a randomized controlled cross-sectoral trial of the effect of a novel self-management intervention to support elderly people after stroke. Trials., 19(1),1-6. Bjartmarz, I., Jónsdóttir, H., & Hafsteinsdóttir, T. B. (2017). Implementation and feasibility of the stroke nursing guideline in the care of patients with stroke: a mixed methods study. BMC Nursing, 16(1),1-17. Lo, S. H. S., Chang, A. M., & Chau, J. P. C. (2016). Study protocol: a randomised controlled trial of a nurse-led community-based self-management programme for improving recovery among community-residing stroke survivors. BMC health services research, 16(1), 1-10.
INTERVENÇÃO DOMICILIÁRIA DA ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NA PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES Oradora: Ludmila Pierdevara Coautor: Humberto Ferreira Nota Biográfica Ludmila Pierdevara, Doutoranda em Ciências em Saúde pela Universidade de Sevilha, Mestre em Gestão e Avaliação das Tecnologias em Saúde pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Pós Graduada em Ventilação Mecânica pelo Instituto EPAP, Especialista em Enfermagem em Reabilitação pela Escola Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa e Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde Jean Piaget Silves.
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Iniciou a atividade profissional no serviço de medicina Lagos do CHUA em 2011 como enfermeira de cuidados gerais. No dia 19 de Abril de 2021 integrou a equipa da Unidade Hospitalização Domiciliaria de Portimão como enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Autora e coautora de vários artigos de investigação, comunicações livres e apresentação de pósteres em diversos eventos nacionais e internacionais. Autora do projeto de melhoria contínua “Trigger Tool para eventos adversos nos hospitais” e coautora do projeto “Escala GUSS na prevenção da pneumonia de aspiração”. Desde de 2017 destacada pela APDH como formadora de referência nacional para ministrar a formação “Trigger Tool nos hospitais” e “Trigger Tool em cuidados de saúde primários”, ministrando 9 ações de formações em 9 hospitais nacionais. Resumo Em Portugal, a evolução das doenças respiratórias, tem colocado desafios crescentes aos sistemas de saúde. Estes desafios, por um lado, impõem uma mudança do paradigma de cuidar, visando um cuidado mais humanizado para aumentar a qualidade de vida das pessoas, e que reconheça os programas de reabilitação funcional respiratória (RFR) como modalidade terapêutica standard no cuidado das pessoas, simultaneamente com os tratamentos convencionais. Objetivo: Avaliar as repercussões das técnicas de RFR nos doentes respiratórios crónicos agudizados internados na Unidade Hospitalização Domiciliaria (UHD) de Portimão, proporcionadas pela equipa dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Reabilitação deste serviço. Metodologia: Implementou-se um programa de RFR numa amostra por conveniência de 5 pessoas internados na UHD Portimão, com doenças respiratórias cronicas agudizadas com limpeza ineficaz das vias aéreas, no período decorrido entre o dia 1 de Agosto e o dia 10 de Novembro de 2021. A mesma foi avaliada através do pico de fluxo de tosse, recorrendo ao peak flow meter. Foram aplicadas técnicas convencionais e instrumentais, assim como air stacking e inspirometro de incentivo volumétrico. Os resultados foram avaliados através de uma metodologia de investigação ação. Os instrumentos de colheita de dados foi pico de fluxo de tosse e questionário de satisfação das pessoas. Resultados: verificou-se uma evolução positiva nos valores do pico de fluxo de tosse, tendo como referência a avaliação antes, durante e após a implementação do programa de intervenção de Enfermagem de Reabilitação. Inicialmente constataram-se, em média, valores de 135 l/min, e, após, 280 l/min. Depois do programa a satisfação das pessoas revelou-se de 98%. Conclusões: As técnicas de RFR instituídas na casa da pessoa tiveram repercussões benéficas diretas, nomeadamente ao nível da reeducação funcional respiratória, e indiretas ao nível da qualidade de vida da pessoa. A integração dos Enfermeiros de Reabilitação nas equipas das UHDs implica a prestação de cuidados de saúde diferenciados de proximidade. Desta forma, contribuem para os ganhos em saúde e para o aumento da satisfação das pessoas tratadas e suas famílias, assim como para o aumento da acessibilidade das pessoas aos cuidados especializados, diminuindo os episódios de urgência e os reinternamentos hospitalares.
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Palavras-chave: Enfermagem; Reabilitação; Limpeza; Vias aéreas; Tosse Referências Bibliográficas Bárbara C, & Gomes E, et.al. (2016). Doenças Respiratórias em Números 2015. Direcção-Geral da Saúde. Direcção-Geral da Saúde, (2017). Programa Nacional para as Doenças Respiratórias. Direcção-Geral da Saúde. Disponível: https://comum.rcaap.pt/ handle/10400.26/21107 European Lung White Book European Respiratory Society; [304-47]. Disponível: https://www.erswhitebook.org/files/public/Chapters/29_ rehabilitation.pdf Rochester C, & Vogiatzis I, et al. (2015). An Official American Thoracic Society/European Respiratory Society Policy Statement: Enhancing Implementation, Use, and Delivery of Pulmonary Rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med: American Thoracic Society Documents, p. 1373-86. Souza Y, & Rufino R, et al. (2018). Use of a Home-Based Manual as Part of a Pulmonary Rehabilitation Program. Respir Care. 63(12):1485-91.
IMPACTO DA INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO NA CAPACITAÇÃO DA PESSOA SUBMETIDA A ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO: ESTUDO DE CASO Oradora: Tânia Santos Coautores: Fátima Mendes Marques; Hélder Pino Nota Biográfica Tânia Santos, Enfermeira com pós graduação em tratamento de feridas desde 2006, membro fundador e órgão social da ELCOS - Sociedade Portuguesa de Feridas desde 2009, com participação em grupos de trabalho e investigação na área das feridas e qualidade. Pós-graduada em Enfermagem do Trabalho e Formadora em diferentes temáticas da saúde com participação externa em diversas instituições de ensino superior da enfermagem. Resumo Introdução Partimos para a construção deste estudo de caso com o objectivo de conhecer o impacto da intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) na capacitação da pessoa submetida a Artroplastia Total do Joelho (ATJ) durante o internamento hospitalar. O EEER, neste contexto, desempenha um papel essencial, tendo como objetivo melhorar a função motora e promover a autonomia, proporcionando uma melhor qualidade de vida. O mesmo é conseguido
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através de uma avaliação globalizante, com base em intervenções planeadas no sentido de satisfazer as necessidades do indivíduo. Objetivos Analisar as intervenções de Enfermagem de Reabilitação que capacitam a pessoa (e família/cuidador), submetida a artroplastia total do joelho. Métodos de Recolha e Análise de Dados Realizou-se um estudo de caso de carácter exploratório, com intervenção, partindo-se da questão: que intervenções de Enfermagem de Reabilitação capacitam a pessoa (e família/cuidador), submetida a artroplastia total do joelho? Fez parte do estudo uma pessoa do género feminino admitida num serviço hospitalar a 12/10/2021. Seguindo as diretrizes da ética para a investigação em enfermagem, através da observância dos princípios éticos (beneficência; não maleficência; fidelidade; justiça; veracidade e confidencialidade), a colheita de dados foi efetuada através da consulta do processo clínico, bem como da informação fornecida pela pessoa. Resultados O EEER interveio nos focos de enfermagem de reabilitação: Conhecimentos e aprendizagens sobre técnicas respiratórias e de posicionamentos e auto cuidados. O índice de Barthel, a escala de Lower e a escala da dor evidenciaram melhorias significativas. A função respiratória apresentou evolução favorável e saturações periféricas de oxigénio constataram-se mais elevadas. Conclusão Obtiveram-se ganhos ao nível da função motora, função respiratória, dor e da funcionalidade com consequente ganho em autonomia da pessoa, através da intervenção do EEER, num período de 7 dias. É imprescindível a intervenção precoce do EEER, de forma a melhorar a qualidade de vida do utente e reduzir os dias de internamento, no entanto, é necessária mais investigação, no sentido de aumentar o nível de evidência. Palavras-chave: Enfermagem em Reabilitação; Artroplastia Total do Joelho; Resultado da Reabilitação; Capacitação Referências Bibliográficas Campos, P. & Cruz, A. (2016). Preditores/determinantes da capacidade funcional que influenciam no processo de reabilitação, de indivíduos adultos submetidos a artroplastia total do joelho: revisão integrativa. In A. Morais, A. Cruz & C. Oliveira (Eds.), Enfermagem de Reabilitação: Resultados de Investigação. Série Monográfica Educação e Investigação em Saúde (pp. 3- 19). Coimbra, Portugal. Marques-Vieira, C., & Sousa, L. (2016). Cuidados de Enfermagem de Reabilitação à Pessoa ao Longo da Vida. Loures: Lusodidata. Moreira J., Flamínio J., Grilo E. (2020) Patients undergoing total knee arthroplasty: Impact of a Rehabilitation Nursing program, Journal of Aging & Innovation, 9(1): 151- 173 Ordem dos Enfermeiros (2016). Instrumentos de recolha de dados para a documentação dos cuidados especializados em Enfermagem de
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Reabilitação. Mesa do Colégio da Especialidade em Enfermagem de Reabilitação. Edição Ordem dos Enfermeiros Organização Mundial de Saúde, (2014). “Chronic Rheumatic Conditions”, Fact Sheet, Geneva. Available at: www.who.int/chp/topics/rheumatic/en/ Sousa, L & Carvalho, M. (2016). Capítulo IV: Pessoa com osteoartrose na anca e joelho em contexto de internamento e ortopedia. In C. Marques-Vieira; L. Sousa (Eds.). Cuidados de Enfermagem de Reabilitação á Pessoa ao Longo da Vida, (pp.405-420). Loures: Lusodidata.
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as Jornadas de Enfermagem de Reabilitação: Transversalidade
www.chualgarve.min-saude.pt
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