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ACB e o grande congresso das ciências da vida
Daniel Cartucho, Nuno Marques
A investigação nas ciências da vida que é feita no Algarve tem o seu grande fórum nas Jornadas do ABC. Assim o mostrou as segundas Jornadas ABC que se realizaram neste mês de Março. Aquele que é um dos objectivos do ABC-Algarve Biomedical Center - o aproveitamento inteligente de recursos humanos altamente diferenciados de forma sinérgica que se expresse na potenciação dos seus desempenhos – teve nestas jornadas uma evidência que está no caminho certo. Lembremo-nos, como muito bem ficou expresso no número anterior do Algarve Médico pela Prof.ª Helena Leitão, que o ABC é uma unidade constituída através do consórcio estabelecido entre o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e a Universidade do Algarve (UALG), através do Center for Biomedical Research (CBMR) e do Departamento de Ciências Biomédicas e de Medicina (DCBM) 1 . Esta unidade, vocacionada para a melhoria do desempenho educacional e científico na área da saúde, teve nestas suas segundas jornadas a capacidade de reunir investigadores e clínicos de uma forma perfeitamente harmonizada, e com uma linguagem comum que é - afinal o fim do saber científico - a procura de resolução das questões, dos problemas com que nos deparamos no nosso quotidiano. Podemos assistir neste fórum a comunicações com conteúdos que foram desde o laboratório à cabeceira do doente, desde uma competência particular numa técnica laboratorial, às metodologias corretas ou quem é o grupo que trabalha algo que nos interessa. Uma diversidade que dá corpo a este tópico hoje incontornável que é uma investigação translacional no âmbito biomédico, que tem como objetivo final melhorar a assistência médica. E essa investigação translacional emerge quando não trabalhamos de forma isolada, investigação clínica e investigação fundamental, já que a primeira precisa da segunda da mesma maneira que a segunda precisa do objectivo da sua aplicação mais rápida no campo da saúde. Foi notável ver a qualidade da investigação que se realiza entre nós seja no laboratório, no pequeno animal com os modelos experimentais e resultados alcançados, bem como na clínica. Esta mesma diversidade qualificada foi evidente nos prémios que foram atribuídos.
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Esta acção do ABC começa igualmente a expressar-se em múltiplos aspectos. Alguns de pormenor, outros em aspectos estruturantes. Verifiquemos por exemplo que o Curso de Elementos de Pequena Cirurgia feito pelo Serviço de Cirurgia II do CHUA em co-responsabilidade com o ABC, teve este ano o criterioso apoio da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. Ou que após assinatura do protocolo com a Camara de Loulé muito brevemente será construído um edifício, com cerca de 4 000m2 de área, que articulará projectos de inovação e investigação.
Assim uma nota final para todos os que investigam nas ciências da saúde: o colocar em definitivo na nossa agenda estas jornadas que no próximo ano terá nova edição a 28 e 29 de março.
Referência:
1. Leitão H. Centro Hospitalar Universitário do Algarve virar uma página e impulsionar a mudança. Algarve Médico, 2018; 2(2):4-5