Notícias de Israel - Ano 28 - Nº 7

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BETH-SHALOM

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JULHO DE 2006 • Ano 28 • Nº 7 • R$ 3,50

Por quanto tempo ainda haverá cristãos na Terra Santa? Pág. 18



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Prezados Amigos de Israel

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Moisés Para Você, Jesus Para Mim?

Notícias de

ISRAEL É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça. Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

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Os Khazares e os Judeus

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann Assinatura - anual ............................ 31,50 - semestral ....................... 19,00 Exemplar Avulso ................................. 3,50 Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 28.00

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Juventude Hitlerista - O Modelo das Crianças Palestinas

Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

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HORIZONTE • Estação de TV cristã destruída em Belém - 15 • Por quanto tempo ainda haverá cristãos na Terra Santa? - 16 • Relembrando as bodas de Caná - 17 • O zoológico das tropas israelenses - 18 • Teleférico até o Muro das Lamentações - 19 • Mais terroristas suicidas são detidos - 20 • Faço parte do povo de Israel? - 20

INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).


porção dobrada do Espírito Santo, para podermos A ascensão do profeta Elias é uma das mais servir ao Senhor de forma plena, pois nos impressionantes histórias relatadas na Bíblia. encontramos no trecho final do caminho que Devemos essa visão da ação secreta de Deus à antecede o Arrebatamento. A inviolável união dedicação e humildade de Eliseu. Pela direção espiritual desses dois servos de Deus também é divina, Elias ungira Eliseu seu substituto. Apesar de um exemplo para nós, porque justamente nesta Elias ter insistido repetidas vezes que Eliseu o época a unidade espiritual dos membros da Igreja deixasse ir adiante sozinho, o que seria mais de Jesus é imperiosa e fundamental. Nada cômodo, este não deixou seu mestre e o seguiu conseguia demover Eliseu de seu propósito de até o final. Eliseu bem sabia que Elias trilhava o seguir seu mestre, nem mesmo as observações caminho ordenado pelo Senhor. Quando os dois dos discípulos dos profetas sabichões (veja 2 Rs chegaram às margens do Rio Jordão, Eliseu foi 2.3,5). testemunha de um acontecimento inacreditável: Aprendemos mais uma lição através da história Elias dividiu as águas do rio com seu manto, da ascensão de Elias: podemos considerá-lo uma permitindo que os dois passassem para a outra ilustração da Igreja que será arrebatada, enquanto margem sem molhar seus pés. Eliseu representa Israel e aqueles que Chegando ao outro lado, Elias disse a Eliseu: permanecerão na terra depois do Arrebatamento. “Pede-me o que queres que eu te faça, Elias, através de seu comportamento decidido e antes que seja tomado de ti” (2 Rs 2.9). Se imparcial, motivou Eliseu a servir ao Senhor com fôssemos Eliseu, o que teríamos solicitado? Poder, todas as suas forças. É o que Paulo tenta nos dizer riqueza ou sucesso? Eliseu, porém, respondeu: na Carta aos Romanos. Através de seu ministério “Peço-te que me toque por herança porção junto aos não-judeus ele esperava incentivar seus dobrada do teu espírito”. Ele estava patrícios judeus a buscarem igualmente a salvação consciente da árdua tarefa que o aguardava e em Jesus (veja Rm 11.13-14). pediu forças para responder a esse desafio. Elias Unidos no Senhor que não deseja que alguém sabia muito bem quais seriam as conseqüências do se perca mas que todos cheguem ao pleno pedido de Eliseu e declarou: “Dura coisa conhecimento da verdade, saúdo com um cordial pediste”. Então mencionou um sinal que provaria Shalom! que esse desejo extraordinário seria atendido: r “se me vires quando for tomado de ti, Fredi Winkle assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará”. Como o pedido de Eliseu não foi egoísta, pois ele teve em vista o aperfeiçoamento do seu Recomendamos: ministério, a ascensão de Elias nos dá uma maravilhosa visão do que ocorre no mundo invisível. Quando Eliseu viu o que acontecia, ficou tão impressionado que exclamou: “Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!” É importante termos os olhos espirituais abertos, Pedidos: 0300 789.5152 mas o anseio maior www.Chamada.com.br deveria ser por uma

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A maioria dos crentes em Cristo concordaria que o apóstolo Paulo era um homem com uma missão. Em Atos 20.20-21, ele declara: “jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo]”. Paulo pregava a mesma mensagem para qualquer pessoa que encontrasse, a saber, o arrependimento e a fé em Jesus, o Messias de Israel. Contudo, hoje em dia, algumas pessoas que exaltam o ensino de Paulo repudiam essa verdade das Escrituras, em favor de uma nova mensagem, ou seja, a de que o povo judeu não precisa entender, aceitar, ou professar a fé em Jesus, pois Jesus seria somente para os gentios. Essa nova heresia a afrontar a Igreja é freqüentemente identificada como Dupla Aliança. Ela defende a idéia de que o povo judeu só precisa guardar as leis e tradições do judaísmo para garantir seu lugar no céu.

A Dupla Aliança pode ser mais bem definida como a crença de que o Novo Testamento (i.e., Aliança) aplica-se somente aos gentios. Conseqüentemente, Jesus Cristo não é o Salvador do povo judeu, povo esse que deveria se relacionar com Deus através da Aliança veterotestamentária* da Lei Mosaica. O pregador evangélico David R. Reagan declara que essa concepção antibíblica tem se infiltrado em igrejas evangélicas que professam crer na Bíblia: As Escrituras apontam claramente para o fato de que todas as pessoas, inclusive os judeus, precisam de um Salvador e de que Jesus de Nazaré é esse Salvador – o único e suficiente (1 João 5.1-5). Contudo, essa apostasia crassa [...] começa a se propagar dentro da comunidade evangélica.1 * Referente ao Antigo Testamento.

O caminho de Deus Dois caminhos para a paz com Deus? Será que isso é possível? Não, quando a base de estudo que utilizamos são as Escrituras Hebraicas. A Bíblia deixa muito claro que sempre houve apenas um caminho para agradar a Deus – através da obediência. No Jardim do Éden o homem recebeu apenas uma ordem: não comerás da árvore do conhecimento do bem e do mal, “porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Deus não podia ser mais claro. Porém, Satanás tentou Eva e esta comeu. Em seguida, ela deu do fruto a Adão e este comeu. Ao perceberem que estavam em apuros, ambos tentaram se esconder do Senhor no momento em que este veio falar com eles; recusaram-se a

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assumir a responsabilidade por sua desobediência e procuraram culpar outros por suas ações. Deus estabelecera somente um caminho: não comam daquela árvore e, certamente, vocês viverão. Eles escolheram outro caminho, o qual lhes custou a expulsão do Jardim do Éden e lhes trouxe tribulação, além de trazer a morte para toda a humanidade. A Bíblia é categórica: “...em Adão, todos morrem” (1 Co 15.22). Quando Israel estava preso no Egito e o Senhor agiu por intermédio de Moisés para libertar o povo judeu das mãos de seus inimigos através da praga da morte dos primogênitos, o Senhor deixou claro que a morte afligiria todo lar, judeu ou egípcio, cujos integrantes não agissem exatamente como Ele instruíra. Eles tinham que selecionar um cordeiro no décimo dia do mês de nisã, observar o animal por três dias, imolá-lo no crepúsculo da tarde do décimo quarto dia de nisã e aplicar seu sangue nos batentes e na

verga da porta de suas casas. Em seguida, tinham que assar o cordeiro ao fogo e comê-lo com pães asmos e ervas amargas. O Senhor lhes disse: “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.13). A escolha era óbvia. Tanto judeus quanto egípcios precisavam levar a Palavra de Deus a sério. Para falar a verdade, as nove pragas anteriores chamaram a atenção de muitos egípcios (Êx 9.20). Alguns provavelmente seguiram as instruções do Senhor ao pé da letra, pois há evidência de que um certo número de egípcios chegou a deixar o Egito junto com os israelitas (Êx 12.38). A questão é que o Senhor estava para exercer juízo, tanto contra os judeus quanto contra os gentios e que Ele providenciara somente um caminho para que ambos os grupos fossem poupados de tal julgamento. Não era o caminho gentí-

Os judeus tinham que selecionar um cordeiro no décimo dia do mês de nisã, observar o animal por três dias, imolá-lo no crepúsculo da tarde do décimo quarto dia de nisã e aplicar seu sangue nos batentes e na verga da porta de suas casas. Em seguida, tinham que assar o cordeiro ao fogo e comê-lo com pães asmos e ervas amargas. Não era o caminho gentílico, nem o caminho judaico. Era o caminho de Deus.

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lico, nem o caminho judaico. Era o caminho de Deus. Mais tarde na história de Israel, a nação se viu em dificuldades por causa do pecado. O Senhor enviou “serpentes abrasadoras”, ou seja, cobras venenosas, para o meio de Seu povo e muitos morreram (Nm 21.6). As Escrituras Sagradas afirmam: “Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo” (Nm 21.7). Então Moisés orou em favor do povo e o Senhor lhe deu as seguintes instruções: “Faze uma serpente abrasadora [de bronze ou latão], põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá” (Nm 21.8). O povo de Israel tinha que obedecer à ordem de Deus. Ele preparara a solução de escape, o caminho da vida: olhem para aquela serpente de bronze e vivam. Havia um único caminho – o caminho de Deus.

A mensagem de Deus Deus sempre demonstrou interesse pelo mundo inteiro. Seja nas Escrituras Hebraicas, seja no Novo Testamento (ou Aliança), é evidente o interesse de Deus por todos. Em 1 Reis, por ocasião da consagração do primeiro templo de Israel, Salomão finalizou sua oração dedicatória com as seguintes palavras: “Que estas minhas palavras, com que supliquei perante o SENHOR, estejam presentes, diante do SENHOR, nosso Deus, de dia e de noite, para que faça ele justiça ao seu servo e ao seu povo de Israel, segundo cada dia o exigir, para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro” (1 Rs 8.59-60).


Paulo refutava a pregação de qualquer pessoa que propusesse outro caminho de salvação que não a fé em Jesus Cristo.

O Deus de Israel queria que os gentios chegassem ao conhecimento de que há somente um Deus e de que, perante este, todos eram responsáveis. Deus desejava ter um relacionamento com os gentios e abençoá-los. Um dos pontos-chave da Aliança Abraâmica é a declaração de Deus para que todos saibam que “em ti [em Abraão e sua descendência judaica] serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Se no Antigo Testamento há somente um único caminho para agradar a Deus, por que haveria uma “Dupla Aliança”, ou seja, dois caminhos de relacionamento com Deus na Era da Igreja? O apóstolo Paulo tinha muito que dizer acerca da Lei durante o seu ministério. Ele ensinou que o Evangelho (as Boas-Novas sobre o Messias) foi primeiramente conce-

dido à nação de Israel. Em Romanos 1.16, Paulo escreveu: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” [i.e., do gentio]. Paulo também deixou claro que a Lei não podia salvar nem libertar ninguém do pecado (Rm 7.13-25) e que “...o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). No entanto, ele escreveu sua defesa mais contundente da mensagem do Evangelho às igrejas da Galácia: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá

além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl 1.6-8). Portanto, não havia uma Dupla Aliança para Paulo, o qual era um judeu de verdade, ensinava nas sinagogas e refutava a pregação de qualquer pessoa que propusesse outro caminho de salvação que não a fé em Jesus Cristo. Ele também ensinou às igrejas da Galácia que a Lei: “foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente [o Messias] a quem se fez a promessa” (Gl 3.19). Em última análise, a Lei “nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3.24). Na verdade, Paulo fez a seguinte declaração aos gálatas: “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gl 2.21). Por conseguinte, se um crente em Cristo prega a salvação através de qualquer outro meio que não seja a fé em Cristo, tal crente prega uma heresia.

A teimosia humana No transcurso da história, o homem sempre tem procurado estabelecer seu próprio caminho. Em Provérbios 14.12, o autor percebeu essa falha humana quando foi inspirado a escrever: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Jesus confirmou o mesmo conceito no Evangelho de Mateus: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.13-14). O ser humano sempre tem uma escolha a fazer: seguir o plano de Deus, aceitar o caminho de Deus e

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“Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.13-14).

viver; ou seguir seu próprio plano e sofrer as conseqüências. O próprio Jesus declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao

Pai senão por mim” (Jo 14.6). Paulo diz ter feito em seu ministéPregar qualquer outra men- rio, ao testificar “tanto a judeus como sagem é fazer de Jesus um a gregos o arrependimento para com mentiroso. Deus e a fé em nosso Os crentes em Cristo reSenhor Jesus [Cristo]” (At 20.21). ceberam a ordem de tornar (Israel My Glory) Cristo conhecido a todas as Thomas C. Simcox é diretor de The Friends of pessoas com as quais têm Israel nos estados do Nordeste dos EUA. contato. Respondemos perguntas e proclamamos a ver- Nota: 1. Reagan, David R., “The Salvation of the dade transformadora da Jews”, publicado no site do Lamb & Lion Ministries [www.lamblion.com/prophecy/mensagem do Evangelho. Jews-Israel/Jews-07.php]. Contudo, não podemos nem A respeito, recomendamos: devemos tentar forçar alguém a crer. Todos os indivíduos devem decidir por si mesmos. Como crentes em Jesus, temos de ser Pedidos: 0300 789.5152 fiéis à mensagem. É www.Chamada.com.br exatamente isso que

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ma das táticas utilizadas por aqueles que se opõem aos cristãos sionistas é dizer que a maioria dos judeus da atualidade não descende genuinamente de Abraão, Isaque e Jacó. Essa teoria errônea baseia-se nas conclusões equivocadas de que os atuais judeus originam-se na história de uma nação medieval da qual algumas pessoas se converteram ao judaísmo. Os khazares foram uma nação constituída de linhagem basicamente turca, que viveu na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, durante os séculos VII a X d.C.1 Aqueles que defendem a Teologia da Substituição, bem como muitos neofascistas, são atraídos por essa teoria, pois concluem que os judeus não são, de fato, judeus.

A proposição da Teoria Khazar James B. Jordan, defensor da Teologia da Substituição, fala sobre “a heresia do sionismo cristão”.2 Ele declara que “os judeus da atualidade, em sua maioria, não

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são judeus de forma nenhuma: são khazares”.3 Jordan explica mais: A raça khazar [ou khazariana] parece ser o pano-de-fundo original dos judeus asquenazitas do Leste Europeu. Naturalmente, afirmações desse tipo podem ser questionadas. O verdadeiro problema na discussão é a idéia de que ser judeu é um fenômeno sanguíneo ou racial. Isso não é correto. Biblicamente falando, um judeu é alguém que foi inserido pactualmente na população de judeus por meio da circuncisão [...] Todas essas pessoas eram judias, porém apenas uma pequena parcela realmente possuía a herança sanguínea de Abraão [...] Isso é a prova conclusiva de que a aliança, não a raça, sempre foi o marco distintivo de um judeu.4 John L. Bray, outro defensor da Teologia da Substituição, assevera que “a pura realidade é que muitos dos judeus do mundo não apenas são judeus mestiços, mas nem mesmo são judeus sob qualquer condição”.5 Ele declara: Além das descobertas sobre as origens judaicas do povo khazar, é preciso que consideremos, também, o fato de que, em virtude de casamentos entre etnias diferentes, cruzamentos raciais, etc., na atualidade há muito pouco que se possa chamar de “raça judaica”.6 Esse caso específico de revisionismo histórico é usado para induzir à conclusão de que os judeus que vivem em Israel não são, de fato, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e que, portanto, não têm nenhum direito legítimo de ocupar aquela terra nos dias atuais. Não é de admirar que tal teoria seja muito atraente para os árabes, muçulmanos, negadores do Holocausto, skinheads, nazistas e tantos outros que defendem a Teologia da Substituição no âmbito cristão-evangélico. Trata-se de uma forma conveniente

de descartar o presente Estado de Israel. Tal crença ensina que os judeus são basicamente uma etnia atualmente extinta. Por essa razão, na opinião dos defensores dessa teoria, fica anulada a concessão futura da terra de Israel aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó como uma promessa que será cumprida por Deus. Essa concepção pode produzir sérias implicações na compreensão que o crente em Cristo tem da Palavra de Deus. Jordan levanta esta pergunta: “Será que os cristãos que crêem na Bíblia supõem poder apoiar um Estado Judeu baseados em razões teológicas? Essa é a alegação de Jerry Falwell e da heresia do Sionismo Cristão”.7 Passemos, agora, ao exame da veracidade de tais alegações.

A análise da Teoria Khazar

romancista judeu comunista) propôs essa teoria em seu livro intitulado The Thirteenth Tribe (que traduzido seria: A Décima-Terceira Tribo),8 teoria essa que nunca foi levada a sério por nenhum lingüista, nem pela maior parte dos outros cientistas. Essa é a razão pela qual a propagação mais agressiva desse ponto de vista tem sido geralmente verificada dentro da esfera dos propagandistas que têm um eixo ideológico a que se apegar, e não pela comunidade científica. À semelhança da obra intitulada Os Protocolos dos Sábios de Sião, um documento forjado que defende uma suposta conspiração judaica mundial, os proponentes da Teoria Khazar têm um imenso desejo de que ela seja verídica, embora não o seja. Muitos estudiosos desse assunto crêem que somente a liderança do povo khazar se converteu ao judaísmo, e alguns desses eruditos pensam que a razão de tal conversão deveu-se ao fato de que muitos dos líderes já eram judeus que emigraram para lá em anos anteriores. Quando se espalhou a notícia de que a nação da Khazaria tinha se

Nenhuma pessoa esclarecida nesse assunto questionaria a existência de um país, durante a Idade Média, cujo nome era Khazaria, o qual se converteu ao judaísmo no século VIII. Contudo, a teoria de que os judeus asNão é de admirar que a teoria dos khazares seja muito quenazitas (que atraente para os árabes, muçulmanos, negadores do correspondem a Holocausto, skinheads, nazistas e tantos outros que cerca de 85% da defendem a Teologia da Substituição no âmbito cristãoevangélico. Trata-se de uma forma conveniente de população judaica descartar o presente Estado de Israel. em todo o mundo) descendem originariamente dos khazares, por mais atraente que possa parecer a alguns, permanece como uma hipótese não provada (desprovida de qualquer evidência científica). Em 1976, Arthur Koestler (um

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Arthur Koestler, o autor da teoria.

convertido ao judaísmo, pelo que se sabe, muitos judeus que viviam no Império Bizantino e no mundo muçulmano emigraram para a Khazaria, visto que freqüentemente eram perseguidos nesses impérios e países de onde procediam. Dessa forma, tal imigração aumentou o número de judeus naquela nação, que ficou conhecida por ter uma grande população judaica. Como a Khazaria, naquele tempo, era praticamente a única nação do mundo a proporcionar liberdade religiosa, ela contava com um enorme contingente de cristãos, de muçulmanos e de pagãos que nunca se converteram ao judaísmo. Isso poderia favorecer a crença de que milhares de gentios foram incluídos e misturados na linhagem sanguínea judaica. Todavia, não foi o que aconteceu. Os judeus da Khazaria demonstram ter mantido uma linhagem sanguínea judaica tão forte quanto à de outros judeus de sua época. Quando a nação entrou em declínio e foi conquistada, os judeus fugiram para outros países e a maioria não-judaica da população da Khazaria foi morta nas batalhas ou se converteu ao islamismo e ao cristianismo. Ainda que os judeus,

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seguramente, tenham contraído matrimônios inter-raciais com os gentios na Khazaria, tal fato não invalida sua identidade judaica, da mesma maneira que os casamentos inter-raciais praticados no Antigo Testamento não invalidaram sua identidade judaica. O próprio Jesus tinha vários gentios em Sua linhagem genealógica. No entanto, Ele certamente era judeu. Na época do Novo Testamento essas pessoas ainda eram reconhecidas como judeus – os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. É a Bíblia que divide a humanidade em judeus e gentios, denotando a linhagem de nascimento de uma pessoa. Alguém pode até renegar os aspectos religiosos do judaísmo, mas não pode fugir da realidade genealógica de que eles nasceram dentro da raça judaica. Durante o Holocausto, os nazistas fizeram pouquíssima distinção entre judeus profundamente religiosos e judeus seculares; quando tiveram a oportunidade, eles procuraram aniquilar indiscriminadamente todos os judeus. O mesmo ocorre hoje em dia. Os muçulmanos matam judeus, sejam estes religiosos ou seculares. Não faz diferença para eles. É preciso dar grandes saltos de desconsideração da lógica, o que muitos anti-semitas estão dispostos a fazer, para chegar à conclusão de que a teoria de Koestler merece crédito. Isso fica evidente quando se considera o fato de que, antes da teoria de Koestler ser publicada em 1976, ninguém deduzira que os judeus não eram de fato descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Por mais que essa informação sobre os khazares fosse conhecida o tempo todo, especialmente pelos historiadores, ninguém, antes de Koestler, estabeleceu a ligação dos pontos. O fato de que alguém como John Bray faz longas citações extraídas de fontes judaicas para documentar a pre-

sença real dos judeus na Khazaria durante a Idade Média em nada comprova a tese de que a maioria deles era de origem gentílica. Crer nisso requer um salto muito grande sobre as verdadeiras evidências para chegar numa teimosa conclusão. A teoria de Koestler é infundada e pode ser tratada como nada mais do que uma mera hipótese fortuita com pouca ou nenhuma base. O parecer de historiadores e especialistas em genealogia a respeito do povo khazar tem sido, atualmente, confirmado com o desenvolvimento da utilização do DNA como um método confiável de análise da herança genealógica de uma pessoa. Kevin Alan Brook,9 um dos principais pesquisadores sobre os khazares, diz o seguinte: Não precisamos mais dar ouvidos a especulações. Já é FATO comprovado que os judeus alemães se misturaram com outros judeus, quando foram para o Leste. Também já ficou claro que os antigos israelitas possuíam os mesmos padrões de DNA-Y encontrados em comum entre os judeus sefaraditas, judeus asquenazitas, judeus curdos e judeus indianos, a despeito do fato de que, basicamente, esses padrões, em parte, possam ter se originado, anteriormente, de algum lugar no Curdistão, na Armênia, ou no Iraque. Os padrões de DNA-Y, característicos do Oriente Médio, ocorrendo nos haplogrupos J e E não podem ser

Artefatos da fortaleza khazar de Sarkel.


Mapa da Khazaria em 850 d.C.

zares. Conforme foi mostrado, parece que a Teoria Khazar é apenas isso, uma teoria, por sinal, não muito bem elaborada. A conclusão segura é a de que a maioria dos judeus que atualmente vivem em Israel e na Diáspora constitui-se de legítimos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Maranata! (Pre-Trib Perspectives) Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

explicados pela teoria dos khazares. Contudo, algumas evidências do DNA-mt e DNA-Y Levita podem ser explicadas por tal teoria.10

A conclusão final de Brooks sobre as origens do povo khazar é a seguinte: Em suma, os judeus do Leste Europeu descendem de uma mistura de judeus alemães e austríacos, judeus tchecos e judeus eslavos orientais. É possível que os judeus eslavos orientais tenham suas raízes tanto no Império Khazar, quanto no Bizantino, daí a necessidade de um estudo mais aprofundado da vida judaica nessas terras. Porém, a maior e mais influente parcela de judeus do Leste Europeu provém da Europa Central. Por essa análise podemos demonstrar que o elemento étnico dominante entre os judeus do Leste Europeu é judeu – originário do antigo povo da Judéia no Oriente Médio.11

Conclusão A Teoria Khazar tem sido completamente refutada, tanto pela pes-

Notas: 1. Encyclopaedia Judaica, vol. 10, referência ao termo “Khazars”, p. 944-54. 2. Jordan, James B., “Christian Zionism and Messianic Judaism”, publicado na obra The Sociology of the Church: Essays in Reconstruction, Tyler, TX: Geneva Ministries, 1966, p. 176. 3. Jordan, “Christian Zionism”, p. 176-77. 4. Jordan, “Christian Zionism”, p. 177. 5. Bray, John L., Israel in Bible Prophecy, Lakeland, FL: John L. Bray Ministry, 1983, p. 44. 6. Bray, Israel, p. 44. 7. Jordan, “Christian Zionism”, p. 178. 8. Koestler, Arthur, The Thirteenth Tribe, Nova York: Random House, 1976. 9. Brook, Kevin Alan, The Jews of Khazaria, Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, 2002. 10. Brook, Kevin Alan, “Jews and the Khazars”, publicado no Fórum de Genealogia Judaica do site www.genealogy.com, em 4 de agosto de 2004. 11. Brook, Kevin Alan, “From the East, West, and South: Documenting the Foundation of Jewish Communities in Eastern Europe”, publicado no Roots-Key, o boletim informativo da Jewish Genealogical Society of Los Angeles, vol. 24, nº 1, primavera de 2004, p. 6. 12. Bainerman, Joel, “So What If a Small Portion of World Jewry Are Descendents of Khazars!”, publicado no site www.rense.com/general33/sowhat.htm, em 3 de janeiro de 2003.

quisa acadêmica na história dos khazares quanto, mais recentemente, pela evidência genética, com a comprovação de que, em termos genéticos, os judeus procedentes de todas as partes do mundo são estreitamente aparentados com os judeus do Oriente Médio e não com gentios russos ou europeus orientais, nem com outras etnias daquela região. Joel Bainerman faz a seguinte observação: O Dr. Michael Hammer, baseado exclusivamente no cromossomo-Y (paterno), demonstrou que os judeus asquenazitas têm um relação de parentesco mais íntima com os judeus iemenitas, judeus iraquianos, judeus sefaraditas, juRecomendamos alguns livros de Thomas Ice: deus curdos e árabes, do que com populações cristãs européias.12 A pesquisa legítima nessa questão revela que apenas um insignificante percentual de judeus tem alguma hePedidos: 0300 789.5152 rança genética através www.Chamada.com.br da linhagem dos kha-

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Adolf Hitler declarou: “Apenas aquele que controla os jovens ganha o futuro”.1 Hitler sabia da importância do doutrinamento no começo da vida. Hoje em dia, os líderes palestinos adotam essa mesma mentalidade. Na verdade, o fascínio do recrutamento e o estilo militar de treinamento da juventude palestina refletem diretamente a ideologia e a prática do infame movimento conhecido como Juventude Hitlerista (1933 1944). Após a I Guerra Mundial, a Alemanha estava destroçada. Essa situação perdurou até o momento em que Hitler ascendeu ao poder. As sua medidas políticas, inclusive a formação da Jungvolk – a Juventude Nazista – para pessoas na faixa etária dos 10 aos 18 anos, revitalizou o orgulho nacionalista.

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Embora a filiação à Juventude Hitlerista tenha se tornado obrigatória em 1936, milhões de jovens alemães se voluntariaram como membros. A vida ao ar livre, os acampamentos, os exercícios físicos e a empolgação de flertar com o perigo eram um apelo para muitos. Ser membro da Juventude Hitlerista gerava no jovem um senso de segurança por pertencer a um grupo especial e fomentava a devoção a uma causa maior do que ele mesmo. Tal causa sempre era apresentada de maneira ideal e romântica, através das marchas com tochas acesas nas mãos e da mídia emocionalmente propagandista. O ato de moldar uma criança para tornar-se um cego devoto de Hitler começou com o doutrinamento. O próprio Hitler estabele-

ceu o objetivo educacional da Juventude Hitlerista: “Uma mocidade violentamente ativa, dominadora, cruel – é isso que estou buscando”.2 As crianças repetiam, por centenas de vezes, juramentos de lealdade, orações e slogans. As escolas de Hitler foram instituídas para ensinar as glórias da pátria, os valores do Partido Nazista e os males que os judeus representavam. Aprender a se considerar uma vítima dos “judeus traiçoeiros” foi fundamental para atiçar o fogo da represália e da agressividade. Michael H. Kater, em seu livro Hitler Youth, escreveu que os adolescentes da Juventude Hitlerista “entoavam canções anti-semitas cujas letras aprovavam idéias do tipo ‘sangue judeu pingando da faca”’.3 Além disso, pela ênfase na inevitabilidade


se dessa situação, os líderes palestinos lhes oferecem significado e propósito. Fomentam nas crianças um sentimento de pertencerem a uma família maior e a devoção a uma causa superior. O doutrinamento começa na escola. As crianças palestinas lêem em seus livros escolares: (1) Que são descendentes dos “árabes cananeus”; (2) O povo judeu tem Ser membro da Juventude Hitlerista gerava no jovem pouquíssimos laços um senso de segurança por pertencer a um grupo especial e fomentava a devoção a uma causa maior do históricos com aquela que ele mesmo. terra; (3) O sionismo é um movimento racista; e (4) Os Protocoda morte, os nazistas persuadiam los dos Sábios de Sião são um docuseus pupilos a não temê-la. mento histórico legítimo. Todas esJunto com o doutrinamento veio sas proposições são mentirosas. a militarização, que incluía toques Elas lêem apenas aquilo que rede chamada para formatura, ades- trata Israel negativamente, seja tramento de recrutas e marchas. As através de mentiras ou de exageros crianças simulavam exaustivas “ma- grosseiros. Seus livros escolares não nobras táticas de guerra”, apren- indicam nenhum dos lugares sagradiam a analisar mapas e a localizar a posição do inimigo, trajavam uniformes e recebiam instrução de tiro ao alvo e de utilização de explosi- Criança palestina posando com arma e fotos de homens-bomba presas na vos. Kater prossegue: bandana do Hamas. A marca oficial da socialização da Juventude Hitlerista era a militarização com o intuito de realizar uma guerra de expansão territorial e, como seu objetivo predeterminado, neutralizar os judeus da Europa.4

Jovens nazistas desfraldam bandeiras num acampamento ao ar livre nas proximidades de Berlim.

Um juramento feito pela Juventude Nazista: Na presença deste estandarte de sangue, que simboliza nosso Fuehrer (Líder), eu juro consagrar todas as minhas energias e minha força ao salvador de nosso país, Adolf Hitler. Estou disposto e pronto a dar a minha vida por ele. Que Deus me ajude!9

Uma “oração” que as crianças eram obrigadas a memorizar: Adolf Hitler, tu és nosso grande Fuehrer. Teu nome faz o inimigo tremer. Venha o teu Terceiro Reich (Terceiro Império). Somente a tua vontade é lei na terra. Que ouçamos diariamente a tua voz e dirija-nos por tua liderança, pois te obedeceremos até o fim, mesmo que custe nossa vida. Nós te louvamos! Heil Hitler! (Salve Hitler!).10

De Hitler ao Hamas Hoje em dia, os jovens palestinos recebem treinamento semelhante. Muitas crianças palestinas vivem em condições absolutamente deploráveis. Elas se sentem impotentes e derrotadas, humilhadas pelas vitórias de Israel. Aproveitando-

Cartaz nazista do Jungvolk (meninos de 10 a 14 anos).

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Um menino palestino sonha ser um homem-bomba homicida.

dos dos judeus, nem a soberania do Estado de Israel. Nenhum dos seus mapas sequer contém o termo Israel; aparece apenas a palavra Palestina.5 As crianças também aprendem a violência nos slogans (por exemplo, “Em espírito e em sangue nós te resgataremos, ó Palestina”)6 e nas canções (por exemplo, “Em nome

Menina posando com fuzil e fotos de terroristas suicidas.

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de Alá, matem os sionistas onde quer que eles estejam”).7 A televisão palestina glorifica a jihad (guerra santa), o martírio e a cultura da morte. Os vídeos musicais e desenhos animados infantis, bem como as entrevistas com as mães orgulhosas de seus filhos homensbomba suicidas, exaltam a experiência da shahada (“morrer por Alá”). Semelhantemente ao que aconteceu na Juventude Hitlerista, a militarização desempenha um grande papel na manipulação das crianças palestinas. A cada verão, milhares de meninos palestinos participam dos acampamentos patrocinados pela Autoridade Palestina (AP) ou por grupos terroristas como o Hamas. Alguns desses acampamentos recebem o nome de terroristas suicidas (homens-bomba). As crianças praticam jogos e nadam no mar. Em seguida, vestem uniformes e aprendem a propaganda ideológica palestina. Durante as tardes, marcham em ordem unida militar, aprendem a buscar abrigo, saltam através de argolas de fogo e rastejam por debaixo de obstáculos com arame farpado. Na conclusão de seu treinamento, elas aprendem a manusear rifles de ataque Kalashnikov e a degolar a garganta dos israelenses. A faixa etária dos “acampantes” varia de 8 a 18 anos. Todo ano, no dia 5 de abril, os palestinos comemoram O Dia da Criança Palestina e os líderes da Autoridade Palestina proclamam: “As crianças [...] são o futuro da Palestina”.8 É de se perguntar que espécie de futuro terá a “Palestina”, se suas crianças continuarem a ser

treinadas de modo semelhante ao dos famigerados e infelizes jovens de Adolf Hitler? (Israel My Glory) Bruce Scott é representante de The Friends of Israel em New Hope, Minnesota (EUA).

Notas: 1. Keeley, Jennifer, Life in the Hitler Youth, San Diego: Lucent Books, 2000, p. 10. 2. Ibid., p. 63. 3. Kater, Michael H., Hitler Youth, Cambridge, Mass: Harvard University Press, 2004, p. 64. 4. Ibid., p. 28-9. 5. Groiss, Dr. Arnon, comp., trad., org., Jews, Israel and Peace in the Palestinian Authority Textbooks: The New Textbooks for Grades 5 and 10, Jerusalém: Center for Monitoring the Impact of Peace, 2005, p. 3-4, veiculado no site www.edume.org. 6. Yehoshua, Y. e Chernitsky, B., Incitement in the Palestinian Authority After the Aqaba Summit, The Middle East Mídia Research Institute, boletim especial nº 20, de 22 de agosto de 2003, veiculado no site: http://memri.org/bin/articles.cgi?Page=archives&Area=sr&ID=SR2003. 7. Stannard, Mathew B., escreve o seguinte: “Acampamento do Hamas: Sol, diversão [...] doutrinamento: O que os palestinos consideram um alívio temporário da pobreza, os israelenses chamam de treinamento terrorista para jovens”, publicado na San Francisco Chronicle, em 31 de julho de 2005, veiculado no site: http://sfga te.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2005/07/31/MNGVEEOQJK1.DTL. 8. “Children Are the Future of Palestine”, matéria liberada para publicação pelo Gaza Community Mental Health Programme, 5 de abril de 2005, veiculada no site: www.gcmhp.net. 9. Heyes, Eileen, Children of the Swastika: The Hitler Youth, Brookfield, Conn.: The Millbrook Press, 1993, p. 54. 10. Ibid., 44.

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Sem direito a uma imprensa livre

Estação de TV cristã destruída em Belém A Shepherds-TV (TV-Pastores), uma das diversas estações de televisão cristãs de Belém, foi invadida e destruída no final de abril por desconhecidos armados. Um guarda foi obrigado a ficar encostado na parede enquanto câmeras e aparelhagens eletrônicas eram destruídas. Quando os agentes de segurança da Autoridade Palestina (AP) chegaram, os invasores já haviam fugido. A emissora ficará temporariamente fora do ar mas deve voltar a funcionar “assim que os funcionários se sentirem seguros”, declarou o diretor Hamdi Farraj. O canal de televisão cristão já havia sido alvo de repetidos ataques a suas instalações. Também já tinha sido fechado diversas vezes por ordem de Yasser Arafat, o então presidente da AP. Certa vez, policiais palestinos invadiram a estação, surraram Farraj e seus cooperadores e os ameaçaram com armas. A estação cristã foi alvo de críticas porque começou a revelar a corrupção dentro da AP logo que esta assumiu o governo palestino. Arafat ordenou seu fechamento quando a TV apresentou uma peça de teatro sulafricana (que falava de cristãos que esperam pelo Messias). Conforme informou a agência de notícias palestina “Ma’an”, o Sindicato dos Jornalistas de Belém realizou, diante da Igreja da Natividade, uma manifestação em protesto contra a invasão. Um comitê de coordenação das facções de Belém também condenou o ataque. Segundo ele, essa foi uma in-

vestida criminosa contra a liberdade de imprensa e contra o jornalismo livre com o alvo de calar as vozes palestinas independentes. (US/AN)

Esse exemplo é apenas um dentre muitos semelhantes. Repetidamente vazam relatos de que os cristãos são ameaçados nos territórios palestinos e prejudicados em sua vida pública. Essas notícias praticamente não aparecem na mídia ocidental. Alega-se que elas poderiam provocar represálias contra os cristãos que vivem na região. Na verdade, há um esforço para não falar negativamente sobre os palestinos. A mídia prefere manchetes contrárias a Israel e normalmente não se preocupa em saber se elas correspondem ou não à verdade.

Se bem que a maioria dos cristãos de Belém e Gaza são apenas cristãos nominais (não sendo renascidos no sentido bíblico), é evidente que os palestinos não odeiam somente Israel, mas os cristãos em geral. Entretanto, eles não assumem abertamente essa postura. No fundo, eles sabem que o cristianismo surgiu do judaísmo. Usando uma expressão do Novo Testamento, podemos dizer que nós, como cristãos renascidos, fomos enxertados na oliveira verdadeira, que é Israel (veja Rm 11.13ss.). É por isso que um slogan dos palestinos, que naturalmente não é reproduzido pela mídia ocidental, é: “No sábado matamos os judeus e no domingo os cristãos”. O espírito islâmico se opõe a Cristo, pois Ele é o Filho de Deus e Messias de Israel e o Salvador de todos os cristãos. A verdadeira razão pela qual o islã rejeita os judeus e os cristãos é Jesus Cristo. Esse nome divide os espíritos. (Conno Malgo)

Belém.

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Ameaça concreta

LÍBANO

Territórios Palestinos Autônomos

Por quanto tempo ainda haverá cristãos na Terra Santa?

SÍRIA

Horizonte

GOLÃ Mar Mediterrâneo

Jenin Tulkarem

Netânia

Rio Jordão

Lago Nazaré Genesaré

Haifa

Separados no culto Quem ficou para trás foram principalmente mulheres, que dificilmente encontrarão parceiros para casar. “Pode-se falar da igreja cristã no Oriente Médio como uma igreja de museu, uma “disneylândia” da fé, em que logo não haverá mais nenhuma comunidade viva”, diz a jornalista, citando um padre dominicano de Jerusalém... “A situação dos cristãos não mudou substancialmente após a vitória do movimento radical islâmico Hamas, mas no dia-a-dia percebe-se o avanço do islamismo”, acrescenta a autora.

Um minarete na praça diante da Igreja da Natividade. Os cristãos passaram a ser minoria em Belém.

Tel-Aviv/Yaffo

Jerusalém Belém Gaza

Hebron

FAIXA DE GAZA

“Mesmo em aldeias majoritariamente cristãs, as bebidas alcoólicas são vendidas apenas de forma camuflada. Nas igrejas, homens e mulheres sentam em alas separadas, como se faz nas mesquitas”. Segundo Birgit Schäbler, os cristãos locais evitam provocar a maioria islâmica. Eles não querem ser considerados aliados do Ocidente. Por isso, muitos deles discordam dos “cristãos sionistas”, que extraem da Bíblia as orientações a respeito da política no Oriente Médio e tentam aplicálas ao processo de paz. Especialmente a idéia de que Israel deveria consolidar seu domínio sobre a Judéia e Samaria (a atual Margem Ocidental) desperta suspeitas a respeito desses cristãos estrangeiros entre os palestinos. (Idea Spektrum) Cristãos entre os palestinos

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Kalkilia MARGEM OCIDENTAL Ramallah

Mar Morto

vezes maior que a de muçulmanos da região.

JORDÂNIA

Nablus

Sem uma solução política para o conflito no Oriente Médio, em breve não haverá mais cristãos nos territórios da Autoridade Palestina. Esse foi o resultado de uma análise da revista alemã Die Politische Meinung, publicada pela Fundação Konrad Adenauer [ligada ao partido CDU – União Democrata-Cristã – da primeira-ministra Angela Merkel]. Segundo estatísticas oficiais, 50.000 cristãos vivem na Margem Ocidental, na Faixa de Gaza e em Jesusalém Oriental. Eles representam apenas 2% dos 2,5 milhões de palestinos. Em 1948 o número de cristãos era de 148.000, aproximadamente 20% dos então 750.000 habitantes dos territórios palestinos. Segundo a autora Birgit Schäbler, desde 1967 a emigração de cristãos é duas

1948

20%

2006

2%


Horizonte

Escavação na Galiléia

Relembrando as bodas de Caná Ao realizar uma escavação de emergência na aldeia galiléia de Caná, onde foram celebradas as famosas “bodas de Caná” descritas no Novo Testamento, arqueólogos israelenses descobriram toda uma cidade dos tempos bíblicos. Ela é datada da época em que Salomão era rei das doze tribos de Israel. Foram encontrados buracos interligados por túneis escava-

Escavações e túneis em Caná.

Em Caná Jesus realizou Seu primeiro milagre e manifestou a Sua glória (Jo 2.11), transformando água em vinho.

conquista do lugar por um “inimigo” desconhecido por volta do século IX a.C. Também foram descobertos recipientes de cerâmica, ossos de animais e um escarabeu com a imagem de um homem entre dois crocodilos bem como um selo (lacre) com a figura de um leão. O local abandonado por muitos séculos foi reconstruído no primeiro século da era cristã por “judeus galileus”. Eles reutilizaram muros ainda existentes, mas todos os pisos foram renovados. Buracos em formato de iglus foram escavados no solo até atingir as rochas. Aparentemente, serviam para se esconder dos romanos. (US/AN)

Em Caná Jesus realizou Seu primeiro milagre e manifestou a Sua glória (Jo 2.11). Esse relato

bíblico mostra que Jesus era bem diferente do que alguns cristãos imaginam, pois ali Ele transformou água em vinho. Muitos cristãos diriam que seria melhor que não o tivesse feito, pois o álcool poderia tornar-se um tropeço para alguém. Jesus nunca tomou muito vinho, mas também não era contra essa bebida, muito comum e uma das poucas disponíveis naquela época. Em Caná Jesus fez algo mais que talvez nos surprenda: Ele foi convidado e compareceu a um casamento. Talvez imaginamos que Jesus (como nós) não deveria per-

Em Caná Jesus fez algo que talvez nos surprenda: Ele foi convidado e compareceu a um casamento.

dos ainda antes da revolta judaica contra os romanos no ano 66 d.C. O achado foi noticiado por um comunicado do Departamento de Antigüidades de Israel. Dentre as descobertas, partes do muro da cidade e ruínas de algumas edificações são datadas da época do rei Salomão (séculos X a IX a.C.). Yardena Alexandre, diretora da escavação, encontrou vestígios da

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Horizonte Hoje Caná volta a ter destaque por causa das escavações citadas. É provável que alguns arqueólogos israelenses abrirão o Novo Testamento e lerão o rela-

to sobre as bodas no Evangelho de João. E talvez esses arqueólogos continuem a ler... pois para Deus tudo é possível. (Conno Malgo)

Somente nos anos 50 os pombos-correio foram substituídos por aviões teleguiados da Força Aérea. Também já houve relatos de golfinhos sendo usados pela Marinha. A unidade de camelos do exército Recentemente, a TV israelense apreisraelense foi dissolvida há alguns sentou uma reportagem exclusiva soanos, pois os jipes estradeiros assumi- bre as lhamas, “animais dóceis, oberam seu lugar. Mas os animais conti- dientes e muito versáteis” a serviço dos nuam cumprindo diversas tarefas nas soldados nas montanhas. Todas as Forças de Defesa de Israel. tentativas de fazer uma visita à unidade de cães militares foram barradas por um porta-voz do exército: “Essa é uma das companhias mais secretas do exército israelense”, foi sua resposta. De vez em quando ouve-se relatos sobre cães Até o cemitério dos cães mortos baleados durante suas “incursões” a prédios em Hebron ou Nablus onde tentam descobrir em combate é bloqueado à míatiradores escondidos. dia estrangeira. Graças a repórteres do próprio exército vazou a informação de que os cachorros não são usados apenas para farejar explosivos. O terminal de cargas Karni na Faixa de Gaza, artéria vital dos palestinos, esteve paralisado temporariamente porque seu único cão em serviço estava gripado. A mídia israelense ficou indignada e exigiu o envio de mais cães a Karni para não privar os palestinos do livre tráfego de seus produtos. De vez em quando ouve-se relatos sobre cães baleados durante suas “incursões” a prédios em Hebron ou Nablus onde tentam descobrir atiradores escondidos. Até hoje não se tem informações de que o exército is-

raelense tenha utilizado seus cães, treinados com muito esforço e alto custo, para realizar “ataques suicidas”. Mas os palestinos e os terroristas do Hezbollah (Partido de Alá) usaram freqüentemente seus “jumentosbomba” para cometer atentados no Sul do Líbano. Cães também servem como meio de intimidação, pois é sabido que os árabes têm pavor de cachorros. No caso dos muçulmanos piedosos acrescenta-se ainda o elemento religioso, pois no islã os cães são considerados impuros. Os cães de guarda das autoridades penitenciárias falharam, pois viviam latindo, não apenas nas tentativas de fuga mas também devido aos muitos truques dos prisioneiros para distraí-los. Em virtude disso, os pesquisadores analisaram a “linguagem canina” e descobriram que os cachorros latem de maneira diferente para gatos e automóveis do que para um prisioneiro que está tentando fugir. Agora, com um programa de reconhecimento de linguagem, o sistema de alarme das prisões consegue “entender” melhor as “informações latidas” de seus cães de guarda. Há dois anos, no auge da intifada (rebelião dos palestinos), surgiram boatos de que colonos judeus ortodoxos treinavam javalis para farejar minas terrestres. Esses animais não são “kosher” (ritualmente puros), mas têm excelente olfato. Na França eles são levados pela guia de seus donos à procura das valiosas trufas (cogumelos). Já em Israel eles procuram por minas enterradas, aparentemente com sucesso. (US/AN)

der tempo com essas coisas, para cumprir melhor o dever de proclamar o Evangelho. Mas Jesus era bem diferente! Podemos aprender muito com Ele.

Animais em serviço

O zoológico das tropas israelenses

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Horizonte

Problemas de tráfego em Jerusalém

Teleférico até o Muro das Lamentações Por ocasião das grandes festas judaicas os moradores de Jerusalém vivem dias atormentados: um fluxo incessante de peregrinos inunda sua cidade. Nessas datas, engarrafamentos intermináveis entopem suas ruas e tornam a vida quase insuportável. Um dos alvos dos turistas que visitam Israel é o Muro das Lamentações. Mas é justamente nesse bairro (Cidade Antiga e Monte Sião) que a situação do trânsito é especialmente precária. Conseguir uma vaga para estacionar é quase impossível. Por isso, muitos turistas são obrigados a deixar seus automóveis no centro da Cidade Nova e fazer o caminho a pé. Os vereadores querem acabar com esse problema e tiveram a idéia de levar os turistas pelos ares a bordo de um teleférico. O prefeito ultra-ortodoxo da cidade, Uri Lupoliansky, já autorizou o planejamento da construção do sistema de gôndolas, que custará 6,5 milhões de euros, declarou Gidi Schmerling, porta-voz da administração municipal de Jerusalém. O teleférico com quatro bondinhos terá a capacidade de transportar 70 passageiros desde a antiga estação ferroviária – onde existe um grande estacionamento – até o Muro das Lamentações. A estação elevada fi-

cará diante da Porta do Monturo (mencionada na Bíblia), portanto, bem próxima ao Muro das Lamentações. Os planejadores esperam que muitos turistas estrangeiros também usem o teleférico para visitar o Monte do Templo e as escavações localizadas ao sul.

A viagem levará apenas 5 minutos mas proporcionará uma vista completamente inédita da cidade e de diversas atrações turísticas. Antes de tudo, porém, o teleférico deverá amenizar a situação do trânsito (apenas na última Festa dos Tabernáculos a cidade recebeu 700.000 visitantes). A construção terá 1,2 quilômetros de extensão e estará pronta em aproximadamente um ano e meio. A idéia de um teleférico não é nova. Durante a Guerra da Independência o exército israelense já havia instalado uma linha entre o atual Hotel Sião e o Monte Sião, passando sobre o Vale de Hinom. Na época, o teleférico transportava tropas e provisões ao Monte Sião e à Abadia Dormitio. Ele foi restaurado há alguns anos mas hoje está praticamente sem uso. Apenas um minúsculo museu expõe fotografias e sacos de areia daquela época. (Zwi Lidar)

Vista do Muro das Lamentações.

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Necessidade de vigilância

Mais terroristas suicidas são detidos O número de potenciais terroristas suicidas continua crescendo. Conforme fontes de segurança, de janeiro a abril de 2006 foram presos 90 suspeitos na Margem Ocidental, par-

te deles já a caminho dos alvos de seus atentados. Durante o ano de 2005 foram detidos 160 terroristas. Todos os suicidas pertencem a organizações palestinas. O número maior

Pergunta: “Antes de mais nada quero agradecer pelas revistas Chamada da Meia-Noite e Notícias de Israel! Elas representam uma grande ajuda em minha vida cristã. Estou realmente contente por recebê-las. Jesus, por meio de Sua morte, perdoou todos os meus pecados e fez de mim uma filha do Rei. Agora, o que mais quero é que Deus torne o meu caráter e a minha vida cada vez mais parecidos com Jesus e que eu entenda sempre melhor a Sua Palavra. O que eu gostaria de perguntar é se, através do meu novo nascimento, passei a fazer parte do povo de Israel, o povo escolhido de Deus, como aconteceu com Rute, que era de Moabe e passou a pertencer ao povo de Deus?”

Resposta: Quando você, como mulher gentia, se converteu a Jesus Cristo, foi enxertada na “boa oliveira”* e agora é “participante da raiz e da seiva da oliveira” (veja Romanos 11.17-18). Mas isso não faz de você uma judia ou israelita. Depois que Jesus morreu e ressuscitou e, posteriormente, a Igreja nasceu no dia de Pentecostes, surgiu algo completamente novo: o corpo de Cristo (veja Ef 2.16; Ef 3.6). Desde

então, o foco da ação de Deus foi temporariamente desviado de Israel e os judeus foram dispersos pelo mundo inteiro. Em nossos dias, porém, Ele voltou a agir com Israel e a era da Igreja se aproxima do final. Quando judeus que vivem na Diáspora (Dispersão) ou na terra de seus antepassados aceitam a salvação através de Jesus, eles continuam fazendo parte do povo da

* A oliveira é o lugar de privilégio, primeiramente ocupado pelos ramos naturais (os judeus). Os ramos bravos são os gentios que, por causa da incredulidade de Israel, agora ocupam o lugar de privilégio. A raiz da árvore é a aliança abraâmica que, através de Cristo, prometeu bênção a ambos, judeus e gentios (comentário da Bíblia Anotada sobre Romanos 11.17-24, p. 1425).

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de prisões parece estar relacionado com a vitória do Hamas nas eleições de 2006. Quando a Fatah perdeu o poder, alguns grupos terroristas voltaram a atacar alvos israelenses. No ano passado a maior parte das facções ligadas à Fatah havia reduzido seus ataques. Agora a Jihad Islâmica e o Hezbollah (Partido de Alá) voltaram a apoiar financeiramente os terroristas na Margem Ocidental. (MS)

aliança, mas também passam a ser membros do corpo de Cristo, de Sua Igreja: “Pois, se foste (tu, que és gentio) cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais (os judeus)!” (Rm 11.24). Por favor, leia atentamente os capítulos de 9 a 11 de Romanos. A união orgânica entre Israel e a Igreja é a razão por que nós, como membros da Igreja de Jesus, amamos o povo de Israel. Esse não é um amor irracional ou fanático, pois ele é ancorado em Deus e em Sua Palavra. (Elsbeth Vetsch)

Quando você, como mulher gentia, se converteu a Jesus Cristo, foi enxertada na “boa oliveira”* e agora é “participante da raiz e da seiva da oliveira” (veja Romanos 11.17-18). Mas isso não faz de você uma judia ou israelita.



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