Notícias de Israel - Ano 29 - Nº 7

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BETH-SHALOM

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Julho de 2007 • Ano 29 • Nº 7 • R$ 3,50



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Prezados Amigos de Israel

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Terror Versus Fidelidade - a Vitória Está Pré-Determinada

Notícias de

ISRAEL É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça. Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

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Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Profecias Messiânicas Cumpridas

Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann Assinatura - anual ............................ 31,50 - semestral ....................... 19,00 Exemplar Avulso ................................. 3,50 Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 28.00

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O Verdadeiro Tesouro dos Manuscritos do Mar Morto

Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial

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HORIZONTE • Rolos de manuscritos, almas e o “Efeito Da Vinci” - 15

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A Bíblia ou as tradições rabínicas?

O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).


“Morava em Cesaréia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana... E o anjo lhe disse: ... envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão, que tem por sobrenome Pedro... Ainda Pedro falava... quando caiu o Espírito Santo sobre todos que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo” (Atos 10). Justamente em Cesaréia, o lugar onde, por intervenção divina, o Evangelho foi pregado pela primeira vez a pessoas dentre as nações, não existe mais uma igreja. Os arqueólogos apenas escavaram ruínas de duas igrejas antigas. Aparentemente, o acontecimento relatado em Atos 10 não foi considerado suficientemente importante pelas igrejas tradicionais para ali edificarem uma casa de oração que lembrasse o primeiro derramamento do Espírito Santo sobre pessoas dentre as nações. Para Deus, porém, esse acontecimento foi de extraordinária importância. Ele chegou até a enviar um anjo para dar instruções detalhadas a Cornélio, o centurião romano de Cesaréia. Ao mesmo tempo, Pedro foi preparado por uma visão divina para a visita à casa de um incircunciso. Quando Pedro chegou à casa de Cornélio, ele disse aos presentes: “Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo” (Atos 10.28). A maior igreja em Cesaréia foi construída no tempo bizantino. Ela era localizada no ponto mais elevado da cidade. Lá se encontrava antigamente o templo que Herodes havia mandado edificar em honra a César. Com a construção de uma igreja nesse lugar, indicou-se simbolicamente que havia terminado o tempo pagão da ignorância das verdades divinas e que tinha começado o tempo do Espírito Santo. Entretanto, no último século o entendimento a respeito do papel do Espírito Santo tornou-se confuso no meio cristão: ele passou a ser considerado cada vez mais um espírito milagreiro e não é mais visto, em primeiro lugar, como o Espírito da verdade, que o Senhor Jesus deu aos Seus para guiá-los a toda a verdade (veja João 16.13).

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Provavelmente, a igreja em Cesaréia foi destruída durante a conquista islâmica por volta do ano 640 d.C. No tempo das Cruzadas pretendia-se voltar a construir uma igreja no local. Ela, entretanto, nunca foi concluída, porque os fundamentos não eram firmes e o prédio ruiu durante a realização das obras. Também esse acontecimento revela um profundo simbolismo. Por causa da desobediência a Deus e à Sua Palavra, o Espírito da verdade retirou-se lentamente das igrejas tradicionais e as falsas doutrinas começaram a se espalhar. No tempo dos apóstolos, os judeus não queriam nenhum envolvimento com os gentios, principalmente com os romanos, que dominavam sua pátria. Mas Pedro foi enviado justamente a um romano. Hoje observamos uma tendência inversa. Muitas pessoas dentre as nações, que se chamam cristãs, não querem nenhum envolvimento com os judeus. Por exemplo, grupos acadêmicos na GrãBretanha até estão promovendo o boicote de professores e universidades israelenses. Em outras áreas existem movimentos semelhantes que insistem no boicote e no isolamento de Israel. Cada vez mais, Israel é apresentado como maligno e promotor da guerra, enquanto os palestinos estariam buscando a paz. Hoje em dia realmente é problemática, entre as nações, a questão do amor à verdade. Por isso, atualmente os verdadeiros crentes dentre as nações têm o dever de defender a verdade com maior empenho, especialmente quando se trata da situação de Israel. Unido com vocês no amor à verdade, saúdo com um sincero Shalom! r

Fredi Winkle


> > “Quando o presidente iraniano exige um mundo sem sionismo... encontramos por trás disso as mesmas forças espirituais que lutam contra o Salvador procedente de Sião”.1 A situação no Oriente Médio está se agravando. A posição de Israel está cada vez mais ameaçada, os inimigos, sempre mais perigosos e o povo judeu, cada vez mais indefeso.

Esses acontecimentos combinam com os sermões sobre os tempos do fim feitos pelo Senhor Jesus, que disse a respeito de Seu povo e da Sua volta futura: “Porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.8-9).

A atualidade do terrorismo “A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade. Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado. Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o po-

bre: apanha-o e, na sua rede, o enleia” (Sl 10.7-9). Esses versículos não refletem a situação de Israel em sua luta contra o terrorismo? As organizações terroristas dos fundamentalistas islâmicos, como o Hezb’allah e o Hamas, agem exatamente dessa forma. O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche

seus corações e suas bocas. Uma vontade incontrolável de aniquilar os judeus motiva a sua luta contra Israel. O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad diz frases como

O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche os corações e as bocas dos terroristas.

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estas: “Os EUA são o opressor corrupto deste mundo. Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um conto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”.2 Ahmadinejad é um seguidor do aiatolá Khomeini, que, por sua vez, disse: O Islã compromete todos os homens adultos, desde que não estejam fisicamente impedidos, a preparar-se para a conquista de outros países, a fim de que as escrituras sagradas do Islã sejam seguidas em todas as nações do mundo. Quem estuda a guerra santa do Islã entende porque o Islã deseja conquistar o mundo. [...] Já aqueles que nada sabem a respeito do Islã afirmam que o Islã é contra a guerra. Essas pessoas não têm entendimento! O Islã diz: Matem todos os não crentes, assim como eles matariam vocês! Será que isso significa que os muçulmanos cruzariam os braços até que todos (os não-muçulmanos) sejam aniquilados? O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos). Será que isso significa que nós devemos esperar até que (os não-mu-

çulmanos) nos derrotem? O Islã diz: No serviço a Alá, matem todos aqueles que poderiam matar vocês! Será que isso significa que devemos nos entregar ao inimigo? O Islã diz: O que existe de bom, existe graças à espada! Os homens não se tornam obedientes a não ser pela espada! A espada é a chave para o paraíso, que só se abre para os guerreiros santos! [...] Será que isso significa que o Islã é uma religião que impede as pessoas de fazerem guerra? Eu cuspo sobre os tolos que afirmam tal coisa.3

As organizações terroristas não trazem opressão e sofrimento apenas para seus inimigos, mas também sobre sua própria população civil: os terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira. Os indefesos não recebem qualquer tipo de misericórdia. Não faz muito tempo que Hermann Gremlitza escreveu: “É raro que os guerreiros de Alá se atrevem a atacar os postos militares de Israel. Não é o soldado que eles querem matar, é o judeu. Infelizmente, o exército israelense também mata civis, mas não porque deseja matar Algumas afirmações de Ahmadinejad, o presidente do Irã: árabes, e sim “Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um porque os heconto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”. róis de Alá gostam de se esconder atrás de suas mulheres e crianças”.4 Israel não encontra apoio entre os povos do mundo. Os israelenses são odiados, desprezados, culpados e insultados. Israel pode fazer o que qui-

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ser, sempre estará errado. Comparativamente, a situação de Israel hoje é semelhante à situação de Davi: “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida. Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia” (Sl 31.13-16). Mas as seguintes palavras são consoladoras: “A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar dos meus pés. Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do SENHOR, a Sião do Santo de Israel. De abandonada e odiada que eras, de modo que ninguém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozijo, de geração em geração” (Is 60.13-15). No fim das contas, Israel só encontrará consolo e futuro em Jesus, o Messias. Quando chegar o tempo de Deus, a Sua bênção irromperá e a salvação chegará. Então eles clamarão: “Tu és meu Deus!”, assim como Tomé ou Natanael (cf. Jo 20.27-28; Jo 1.49). Por meio da volta de Jesus, a glória da face de Deus brilhará novamente sobre Israel.

A atualidade de uma antiga verdade O rei gentio Balaque provocou Balaão, ou melhor, subornou-o para que amaldiçoasse Israel: “Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar


olhos abertos: o despertará? Benditos os que te abenVê-lo-ei, mas çoarem, e malditos os que te amaldinão agora; con- çoarem. Agora, eis que vou ao meu t e m p l á - l o - e i , povo; vem, avisar-te-ei do que fará esmas não de per- te povo ao teu, nos últimos dias” (Nm to; uma estrela 24.9,14). procederá de Jacó, de Israel A atualidade subirá um cetro dos últimos dias que ferirá as Israel está tão indefeso porque têmporas de Moabe e des- busca sua salvação na força militar, truirá todos os em aliados e em compromissos em “O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos)... O Islã diz: No serviço a Alá, filhos de Sete. vez de procurar o Messias: “Prossematem todos aqueles que poderiam matar vocês!” (afirmações Edom será uma guiu ele e me disse: Esta é a palavra do aiatolá Khomeini). possessão; Seir, do SENHOR a Zorobabel: Não por forseus inimigos, ça nem por poder, mas pelo meu Espítambém será rito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc uma possessão; 4.6). Israel precisa de conversão infora da terra...” (Nm 22.6). Até hoje mas Israel fará proezas. De Jacó sairá terior. A respeito, um comentário a tática do inimigo não mudou. O o dominador e exterminará os que res- de Michael Freund: mundo ocidental é influenciado o tam das cidades” (Nm 24.15-19). Se tempo todo para ficar contra Israel, olhar para o Messias de Israel, Jesus Nenhuma solução humana a condená-lo e a boicotá-lo. Cons- Cristo, Israel nunca sucumbirá. tantemente ouvimos e lemos relatos E a profecia “bênção por bênção Temos orgulho de nossas conquistas nos quais os inimigos de Israel são / maldição por maldição” vale até o científicas, do nosso progresso e da defendidos e Israel é apresentado fim dos tempos: “Este abaixou-se, nossa coragem no campo de batacomo o agressor. Os assim chama- deitou-se como leão e como leoa; quem lha, e com razão. Mas, com o devidos “especialistas em Oriente Médio” tomam a palavra e, quase sempre, fazem comentários parciais e prejudiciais a Israel. Políticos recoOs terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira. mendam cautela a Israel, a mídia ataca o Estado judeu. Freqüentemente os produtos judeus são boicotados e terríveis declarações antisemitas são publicadas. O povo judeu em si tem poucas oportunidades para se justificar, mas seus inimigos são reverenciados. Porém, na visão de Balaão havia algo que significava bênção para Israel e que garante que Israel nunca desaparecerá. “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de

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do respeito: alguma dessas coisas conseguiu impedir a crise atual que enfrentamos? O mesmo pode ser dito a respeito dos nossos políticos. Os de direita nos traíram, os de esquerda nos desencorajaram e nossos inimigos não deram nenhum sinal de que vão recuar. Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus. Isso pode soar bobo ou até ingênuo, mas chegou o tempo de se voltar para Deus. Ao longo de sua história, o povo judeu sempre se dirigiu aos céus quando enfrentava perigos, sacando a arma mais poderosa de que dispomos em nosso arsenal: o poder da oração. Agora é tempo de fazer isso novamente. Agora que nossos inimigos pretendem conduzir uma guerra santa contra nós, não usaríamos o nosso arsenal espiritual?5

A tribulação que está por vir levará o remanescente de Israel ao arrependimento, o que terá como conseqüência a volta de Jesus: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos pa-

Por meio da volta de Jesus, a glória da face de Deus brilhará novamente sobre Israel.

ra serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade” (At 3.19-21).

Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus.

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Humanamente falando, a situação em torno e dentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora. Mas não há motivo para isso, pois a respeito de Israel está escrito: “Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo” (Sl 73.1). E: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mt 12.20-21). Como Igreja de Jesus, enxertada na oliveira nobre (cf. Rm 11.17ss.), façamos o que o Espírito de Deus nos ordena: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). A parábola do bom samaritano contada por Jesus pode nos servir aqui de profecia sobre a his-


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LIVRO

res a mais, eu to indeniza- povo, vindo até ele para salvá-lo, rei quando voltar” (Lc para curar suas feridas e dar-lhe 10.30-35). óleo e vinho, isto é, espírito e vida. • O homem que caiu “Sara os de coração quebrantado e nas mãos dos assaltantes lhes pensa as feridas” (Sl 147.3). é um símbolo para o po• O hospedeiro, ou a hospedaria, vo judeu, que durante a quem o ferido foi entregue, repremilênios sofreu nas senta a Igreja de Jesus. Durante a mãos dos povos. Os ju- ausência do Senhor ela deve preodeus caíram repetida- cupar-se com Israel. “Consolai, conmente nas mãos de as- solai o meu povo, diz o vosso Deus” saltantes. (Is 40.1). • O caminho que des• A indicação sobre a volta e a ce de Jerusalém para Je- recompensa é uma indicação proféricó aponta para a cons- tica a respeito da volta de Jesus. Ele tante humilhação do po- voltará e recompensará aqueles que vo. Israel permanecerá cuidaram de Seu povo. “O Rei, reshumilhado em seu cami- pondendo, lhes dirá: Em verdade vos nho até que o Senhor o afirmo que, sempre que o fizestes a um busque, exalte e leve de destes meus pequeninos irmãos, a mim volta para Jerusalém. o fizestes” (Mt 25.40). • Os assassinos/assalAlém dos versículos bíblicos, um tantes são as nações, os guia devocional trazia o seguinte Humanamente falando, a situação em torno e terroristas e a mídia hos- texto num dia dedicado à lembrandentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se tis aos judeus, que assal- ça de Israel: “Jesus ama Seu povo. não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a tam, roubam e abando- Ai de nós, se esquecermos disso! Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora. nam Israel, para então Quem não honrar esse povo, fracasfugir. “Despojam-no todos sará irremediavelmente. Vejam, a os que passam pelo cami- oliveira carrega antigos galhos renonho; e os vizinhos o escar- vados, até que diante de Deus finaltória de Israel: “Jesus prosseguiu, di- necem” (Sl 89.41). ■ mente se curve toda a terra”.6 zendo: Certo homem descia de Jerusa• O sacerdote e o levita que paslém para Jericó e veio a cair em mãos sam sem olhar, mantendo distância de salteadores, os quais, depois de tudo e só pensando em si mesmos, indi- Notas: 1. “factum”, 6/06, p. 16. lhe roubarem e lhe causarem muitos fe- cam os políticos, religiões e organi- 2. “Das Beste”, 8/06, p. 73. rimentos, retiraram-se, deixando-o se- zações que não se importam com o 3. “Das Islam Handbuch”, R. Brockhaus, p. 163. 4. “Konkret”, 8/06. mimorto. Casualmente, descia um sa- povo judeu ou conscientemente ig- 5. “ICEJ-Nachrichten”, 25/05/06. cerdote por aquele mesmo caminho e, noram a verdade – mas também 6. Losungen, Dieter Trautwein, 10/08/06. vendo-o, passou de largo. Semelhante- apontam para o Ismente, um levita descia por aquele lu- rael que está sob a Recomendamos: gar e, vendo-o, também passou de lar- lei, na qual não engo. Certo samaritano, que seguia o seu contra paz, nem recaminho, passou-lhe perto e, vendo-o, denção, nem trancompadeceu-se dele. E, chegando-se, qüilidade. pensou-lhe os ferimentos, aplicando• O bom samaritalhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre no é um tipo de Criso seu próprio animal, levou-o para to que – despercebiuma hospedaria e tratou dele. No dia do, até mesmo rejeiseguinte, tirou dois denários e os entre- tado, pelo Seu Pedidos: 0300 789.5152 gou ao hospedeiro, dizendo: Cuida próprio povo – tem www.Chamada.com.br deste homem, e, se alguma coisa gasta- misericórdia desse

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Pense em quão difícil seria para alguém prever, setecentos anos antes, a cidade exata em que nasceria um futuro presidente americano. O profeta Miquéias profetizou precisamente acerca da cidade natal e do tempo do nascimento do Messias, setecentos anos antes do evento (Mq 5.2). Como seria difícil indicar, com precisão, o tipo de morte que um novo e desconhecido líder religioso sofreria, com mil anos de antecedência. Você seria capaz de prever um método de execução ainda desconhecido – que não seria inventado senão cem anos depois? Foi isso que Davi fez no ano 1000 a.C. quando escreveu o Salmo 22. Por outro lado, se você fosse capaz de elaborar cinqüenta profecias específicas sobre algum homem no futuro, que você nunca conhecerá, quão difícil seria para aquele homem cumprir todas as suas cinqüenta profecias? Por exemplo, como alguém “se programaria” para nascer em uma família específica (Gn 12.2,3; l7.1,5-7; 22.18; Mt 1; Gl 3.15,16), em determinada cidade que sequer é o lugar onde a família reside (Mq 5.2; Mt 2.5-6; Lc 2.1-7)? Como alguém “se programaria” para que Deus informasse e enviasse um mensageiro próprio para ir adiante de Si (Ml 3.1; Mt 11.10)? Como alguém se programaria para ser considerado um profeta “como Moisés” (Dt 18.15; Jo 1,45; 5.46; 6.14; At 3.17-26; 7.37)?

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Como alguém se programaria para ser traído por uma quantidade específica de dinheiro, trinta moedas de prata (Zc 11.13; Mt 27.3-10)? Como alguém poderia orquestrar sua própria morte, que incluía ser executado por um estranho método de crucificação, e depois programar os seus carrascos para lançar a sorte por sua roupa durante a execução (Sl 22; Is 53; Mt 27.31-38)? Como alguém planejaria antecipadamente que seus carrascos

Como alguém planejaria antecipadamente que seus carrascos executariam sua prática usual de quebrar as pernas das duas vítimas ao seu lado, mas não as suas (Sl 34.20; Jo 19.33)?


de ser morto (Sl 22; Is zões: para tornar a identidade do 53.9, 11; Lc 24; 1 Co Messias óbvia e para tornar a tarefa 15.3-8)? de um impostor impossível. Com toPode ser possível pro- das as características identificadoras gramar uma ou duas des- no Antigo Testamento para apontar tas profecias, mas seria para um homem, a ciência da probaimpossível para qualquer bilidade nos diz que, não só esse tal homem programar e homem é o Messias, mas também ■ cumprir todas elas (e que Deus de fato existe. muitas outras) antecipadamente. Ora, se puder John Ankerberg é apresentador do premiado ser provado que tais pro- programa “The John Ankerberg Show” em renacional nos EUA. Ele é palestrante interfecias foram feitas sobre o de Como Jesus poderia possivelmente escapar de nacional e, junto com John Weldon, escreveu dentro de um túmulo e aparecer a pessoas depois de Messias centenas de anos a conhecida série de livros Os Fatos Sobre. ser morto (Sl 22; Is 53.9, 11; Lc 24; 1 Co 15.3-8)? antes, e que um homem Recomendamos: cumpriu executariam sua prática usual de todas elas, então este quebrar as pernas das duas vítimas homem logicamente ao seu lado, mas não as suas (Sl precisaria ser esse 34.20; Jo 19.33)? Finalmente, co- Messias profetizado mo um falsário se passando pelo do Antigo TestamenMessias se programaria para ser to. Deus (Is 9.6, Zc 12.10; Jo 1.1; Deus apresentou 10.30; 14.6) e como poderia possi- centenas de profecias Pedidos: 0300 789.5152 velmente escapar de dentro de um sobre o Messias por www.Chamada.com.br túmulo e aparecer a pessoas depois pelo menos duas raEste é um dos artigos da Bíblia de Estudo Profética. Além de mapas, quadros, tabelas e gráficos, ela contém muitos textos e anotações para facilitar o entendimento das profecias bíblicas. A Bíblia de Estudo Profética foi preparada com a colaboração de grande número dos mais conceituados eruditos e estudiosos das Escrituras. Ela é um instrumento imprescindível para o aprofundamento na Palavra de Deus.

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“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma;

> > O Santuário do Livro em Jerusalém, Israel.

o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices [...] são mais desejáveis do que ouro, [...] em os guardar há grande recompensa [...] Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata” (Salmo 19.7,10-11; Salmo 119.72).

Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos des-

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pedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto. Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A

partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C. A maior parte deles foi descoberta em cavernas de formação calcária em Qumran, situadas exatamente a noroeste do Mar Morto. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua res-


A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.

pectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca. A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31). Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebrai-

cas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado. Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje. Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o

Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C. Comparações minuciosas têm sido feitas entre o Texto Massorético e os Manuscritos do Mar Morto. Encontraram-se diferenças insignificantes de ortografia e gramática. Os críticos e céticos em relação à Bíblia ficaram surpresos quanto à maneira pela qual o texto daqueles manuscritos se assemelha ao texto atual. Eles não encontraram nenhuma objeção evidente às principais doutrinas das Escrituras Sagradas. A parte bíblica da literatura descoberta em Qumran confirma o estilo de expressão verbal e o significado do Antigo Testamento que temos em nossas mãos na atualidade: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5.39). Além das cópias das Escrituras do Antigo Testamento, as cavernas do Mar Morto também nos proporcionaram outras obras escritas. Esses documentos descrevem o estilo de vida e as crenças da misteriosa comunidade que viveu na região de Qumran. Embora não sejam es-

Vasos encontrados em Qumran.

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O grande rolo de Isaías, encontrado quase intacto em Qumran.

critos bíblicos, são registros valiosos que possibilitam a compreensão do contexto de vida e da cultura na época do Novo Testamento. Infelizmente os estudiosos dão mais atenção a essas obras de menor relevância do que às Escrituras, ainda que os textos bíblicos sejam mais importantes para os problemas da vida, pois o legítimo plano de Deus para a redenção da humanidade só se encontra no texto da Bíblia.

Uma Exatidão Maravilhosa O Manuscrito do Livro [i.e., rolo] de Isaías encontrado na caverna 1 da região de Qumran oferece um sensacional exemplo da transmissão exata do texto na tradução. Acredita-se que esse extraordinário manuscrito date de cem anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Foi um manuscrito semelhante a esse que Jesus utilizou na sinagoga da aldeia de Nazaré, quando leu a seguinte passagem das Escrituras: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lucas 4.18; Isaías 61.1). Ele continuou a leitura até determinado ponto. Em seguida, devolveu o livro

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[i.e., rolo] ao assistente da sinagoga e se sentou. Enquanto todos tinham os olhos fitos em Jesus, Ele declarou que aquela porção das Escrituras acabara de se cumprir diante dos ouvintes. Dessa forma, Jesus afirmou claramente ser Ele mesmo o Messias de Deus, vindo ao mundo para conceder a salvação a todo aquele

que O receber. A mesma passagem bíblica traduzida diretamente a partir do Manuscrito do Livro de Isaías descoberto em Qumran (o qual é cerca de mil anos mais antigo do que o manuscrito hebraico [i.e., o Texto Massorético] no qual se basearam as outras traduções), é praticamente idêntica: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque YHVH [N. do T., o tetragrama sagrado em hebraico que se refere ao nome supremo de Deus: Yahveh ou Javé] me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados”. A integridade da reivindicação de Cristo, conforme está escrita em nossas Bíblias, se confirma. É fascinante que os manuscritos achados com mais freqüência em Qumran, sejam completos, sejam na forma de pequenos fragmentos, referem-se aos mesmos livros da Bíblia geralmente citados no Novo Testamento: Deuteronômio, Isaías e Salmos. Tal fato desperta um interesse ainda maior à luz das próprias palavras de Jesus concernentes às Escrituras Hebraicas: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cum-

prisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24.44). Muitos outros exemplos poderiam ser citados. O fato principal acerca da Bíblia e desses rolos de manuscritos resume-se naquilo que um grande expositor das Escrituras, o inglês G. Campbell Morgan (1863-1945), certa feita compartilhou: “Não existe vida nas Escrituras em si mesmas, porém, se seguirmos a direção para onde as Escrituras nos levam, elas nos conduzirão até Ele e assim encontraremos a vida, não nas Escrituras, mas nEle através delas”.1 “Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8). Infindáveis argumentações e debates têm surgido acerca desses manuscritos. Contudo, os crentes em Cristo podem estar certos de que tais manuscritos bíblicos antigos ratificam, apóiam e dão credibilidade à Bíblia que temos nos dias de hoje. A Palavra de Deus continua a ser a única fonte legítima da fé e da doutrina para todo aquele que busca recompensa eterna. “São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.10-11). Sendo assim, pobre Muhammad! Ele tinha esperança de encontrar os tesouros deste mundo, mas achou apenas pergaminhos despedaçados que só prestavam para fazer correias de sandálias! Lamentavelmente o lucro deste mundo é uma prioridade que absorve a pessoa completamente. O mundo considera as Escrituras Sagradas como algo sem valor; ou com alguma utilidade, de vez em quando, para serem citadas como “palavras


da boca pra fora”, mas nunca para serem aceitas pela fé e praticadas. Todavia, nós, os salvos em Cristo, temos um conhecimento mais apurado. Temos conhecimento suficiente para não desprezar o tesouro verdadeiro e incalculável que só pode ser descoberto quando se faz

uma escavação no solo da Palavra de Deus: “E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de

Deus” (Provérbios 2.3-5). (Israel My ■ Glory) Peter Colón é diretor de The Friends of Israel nos estados do sudeste dos EUA. Nota: 1. Citado na obra de Leon Morris, The Gospel According to John, Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1971, p. 331, nota 116.

A Mais Antiga das Antigüidades A cópia mais antiga das Escrituras do Antigo Testamento conhecida até o dia de hoje foi descoberta em 1979. São dois minúsculos rolos de manuscritos feitos de prata, que eram usados como talismãs e foram descobertos dentro de um túmulo em Jerusalém. O texto de sua inscrição foi cunhado em hebraico antigo. O manuscrito, surpreendentemente, continha uma citação da benção sacerdotal registrada em Números 6.24-26: “O Senhor te abençoe e te guarde;o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”. A inscrição data do século VII a.C., por volta da época do templo de Salomão e do profeta Jeremias. Portanto, esses versículos, provenientes do quarto livro da Torah [i.e., do Pentateuco], são cerca de 400 anos mais antigos do que os Manuscritos do Mar Morto.

Rolos de manuscritos, almas e o “Efeito da Vinci” Com a exceção, talvez, de um pequeno grupo de monges tibetanos que habitam nas encostas das montanhas do Himalaia ou de tribos indígenas que vivem em isolamento na América do Sul, é difícil imaginar alguma pessoa que não tenha ouvido falar alguma coisa a res-

peito do romance de Dan Brown intitulado O Código Da Vinci. O livro consta na lista dos best-sellers [“mais vendidos”]... em cerca de 150 países. O cineasta Ron Howard e Tom Hanks, o superastro de Hollywood, fizeram parte da equipe que fez a versão cinematográfica. O

filme foi lançado em maio de 2006. O romance, entre outras polêmicas, ousa afirmar que Maria Madalena se casou com Jesus e que eles tiveram um filho. Devido ao fato de que a obra de ficção escrita por Brown não apenas tem relação direta com a vida de Cristo e com a legitimidade do Novo Testamento, mas também cria uma impressão enganosa de que se refere a fatos reais, é preciso submetê-la a uma análise. Felizmente, foram publicados diversos livros

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Horizonte confiáveis que expõem os inúmeros equívocos desse romance, bem como os mitos que aparecem no enredo fictício como se fossem fatos. Tomara que mais livros desta última categoria engrossem as fileiras e encham as prateleiras. Aqui tratarei apenas de duas especulações tolas que nos são transmitidas a partir do efeito Da Vinci (uma expressão que criei na falta de outra melhor).1 As especulações são as seguintes: (1) Que os Manuscritos do Mar Morto são parte dos “mais antigos documentos cristãos”; e (2) que os antigos documentos heréticos descobertos em Nag Hammadi, no Egito, são registros históricos da vida de Jesus mais fiéis do que os Evangelhos no Novo Testamento. Quanto ao primeiro argumento especulativo, o “vidente” do livro de Brown, um personagem chamado Sir Leigh Teabing, solenemente emite a sua opinião: Estas são fotocópias dos rolos de Nag Hammadi e dos Manuscritos do Mar Morto que mencionei anteriormente, declarou Teabing. Os mais antigos documentos cristãos. O embaraçoso é que esses documentos são conflitantes com os Evangelhos da Bíblia.2 O pior é que uma intriga ainda mais sórdida é espalhada. Teabing faz uma explanação de que essas duas coletâneas de documentos an-

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tigos “destacam gritantes discrepâncias e invenções históricas que confirmam ser a Bíblia da atualidade fruto de uma compilação e edição feita por homens que tinham um projeto político – promover a divindade do ser humano chamado Jesus Cristo e usar a influência deste para solidificar a base de poder deles mesmos”.3 Por essa razão, façamos uma breve análise dessas duas fontes de manuscritos antigos, os Manuscritos do Mar Morto e os documentos descobertos em Nag Hammadi, e vejamos o que eles realmente provam (ou não) acerca do relato da vida de Cristo no Novo Testamento.

Nas Cavernas de Qumran Os Rolos do Mar Morto, entre outras coisas, consistem de 225 manuscritos do Antigo Testamento em pergaminho, dos quais cerca de 215 foram descobertos em onze cavernas da região de Khirbet Qumran, nas proximidades do mar Morto em Israel; os outros dez foram achados em Wadi Murabba’at, Nahal Hever e em Massada. Os Rolos do Mar

Morto contêm manuscritos de todos os livros do Antigo Testamento, com exceção do livro de Ester.4 Suas datas mais recentes situam-se em cerca de 68 d.C.; os manuscritos mais antigos datam aproximadamente de 250 a.C.5 Na atualidade, eles constituem a versão mais antiga do Antigo Testamento em existência.6 Assim, pergunto: Jesus foi mencionado nos Manuscritos do Mar Morto? Não. A comunidade religiosa que viveu em Qumran no primeiro século não era cristã. Tratava-se de uma das seitas do judaísmo, cujo caráter separatista a fez buscar o isolamento no deserto. A maioria dos estudiosos nesse assunto acredita que a comunidade de Qumran fazia parte, ou tinha alguma relação com os essênios. Além disso, há um consenso entre os estudiosos de que os Manuscritos do Mar Morto não fazem menção a Cristo nem à Igreja Primitiva: Os habitantes de Qumran [...] já viviam lá durante a época do ministério de Jesus de Nazaré (26-30 d.C.). Entretanto, nenhum dos Manuscritos do Mar Morto faz referência a Jesus,

Os Rolos do Mar Morto contêm manuscritos de todos os livros do Antigo Testamento, com exceção do livro de Ester. Este rolo impressionante contém uma coleção de Salmos e hinos.


Horizonte nem menciona qualquer dos seguidores de Jesus descritos no Novo Testamento.7

Até mesmo o ultraliberal e antiortodoxo Robert Funk* e seu Jesus Seminar são obrigados a admitir que mesmo com relação à única ligação suposta entre o Novo Testamento e Qumran (ou seja, João Batista, por ser este um habitante do deserto que “poderia” ser um “essênio” de Qumran), não existe absolutamente nenhuma prova ou evidência plausível.8 A conclusão é que os Manuscritos do Mar Morto não são, em hipótese alguma, “documentos cristãos”, como insinua o romance de Dan Brown, muito menos contradizem o Novo Testamento. O que esses rolos de manuscritos achados em Qumran realmente nos oferecem é a prova adicional de que o Antigo Testamento que possuímos continua a ser altamente confiável. Eles documentam o modo incansável pelo qual tais livros foram copiados, até mesmo sob as condições severas e implacáveis da região desértica nas proximidades do mar Morto. Por exemplo, no livro de Rute, “todos os quatro textos [descobertos], colocados comparativamente ao lado daquele texto registrado no Texto Massorético tradicional, apresentam a mesma linguagem, com exceção de pequenas e insignificantes variantes textuais”.9 Com respeito ao livro de Levítico constatou-se o seguinte: “O texto é semelhante ao Texto Massorético, o tradicional texto da Bíblia Hebraica, o que prova ter havido pouca alteração ao longo dos séculos”.10 Várias cópias de todo o livro de Isaías foram encontradas. Para sur-

presa geral, as diferenças (entre a versão do livro de Isaías que você tem em suas mãos e aquela versão que foi escrita entre os anos 120 a.C. e 60 d.C. na região desértica do mar Morto) limitam-se a pequenas variações de ortografia ou de omissão de alguns poucos textos e inclusão de outros – variantes textuais que são “insignificantes para fins de compreensão ou interpretação”.11 Para resumir em termos simples, os Manuscritos do Mar Morto constituem-se em mais uma prova concreta de que a Bíblia que você lê foi transmitida com fidelidade, primeiramente da parte das testemunhas oculares e, posteriormente, por intermédio de dedicados escribas e copistas ao longo dos séculos.

Uma Antiga Heresia Descoberta Bem diferentes dos Manuscritos do Mar Morto são os antigos textos achados em Nag Hammadi no ano de 1945 por um camponês egípcio, o qual, no ano seguinte, os vendeu para um negociante na Cidade Antiga do Cairo. Nenhum desses textos é o “Novo Testamento”; eles não contêm nenhum dos livros da seqüência que vai de Mateus a Apocalipse. Na realidade, esses escritos apresentam declarações e relatos da vida de Cristo originários da heresia gnóstica que se desenvolveu nos séculos seguintes à escrita dos manuscritos originais do Novo Testamento. Tal heresia procurava re-explicar o significado do ministério de Jesus por uma perspectiva filosófica de especulação e paganismo. A advertência de Paulo contra aqueles que promovem um “outro

* Funk fundou o Jesus Seminar, o qual questiona a maioria dos milagres de Jesus e argumenta que Cristo não ressuscitou dos mortos.

evangelho” e “querem perverter [i.e., distorcer] o evangelho de Cristo” (Gl 1.6-7), nos faz lembrar que a verdade de Cristo, desde seu início, tem sido atacada por pessoas que tentam “enredar [i.e., levar cativo] com sua filosofia e vãs sutilezas conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8). Entretanto, O Código Da Vinci promove esses evangelhos gnósticos como se fossem mais autênticos do que os quatro Evangelhos do Novo Testamento. Nada poderia estar mais longe da verdade! O “Evangelho Segundo Filipe”, por exemplo, que está no cerne do romance de Dan Brown, faz a absurda alegação de que Jesus foi casado com Maria Madalena. Os trechos desse “evangelho” acham-se entre os textos de Nag Hammadi. Ele se refere a Maria como “companheira” de Jesus (no entanto, nunca menciona a palavra casamento ou casado). Mas quando foi escrito? De acordo com Bentley Layton, um pesquisador especializado nos Evangelhos Gnósticos, o “Evangelho Segundo Filipe” data de cerca de 350 d.C.12 Isso corresponde a mais de 250 anos depois da escrita original dos Evangelhos do Novo Testamento.13 Ou que tal o texto “gnóstico” mais conhecido e promovido pelos hereges da modernidade: o “Evangelho Segundo Tomé”. Para citar novamente Robert Funk e seu Jesus Seminar (que não são propriamente simpáticos à perspectiva evangélica das Escrituras), tal texto gnóstico “contém cento e quatorze declarações e parábolas, porém não possui uma estrutura de narrativa” a respeito da vida de Jesus.14 Em outras palavras, ele contém pouco material que se possa utilizar para uma análise da vida e do ministério de Cristo do ponto de vista histórico.

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Horizonte É interessante que os próprios “peritos” nos achados de Nag Hammadi tenham chegado à conclusão de que aqueles textos foram “enterrados [...] por pessoas desconhecidas, [por razões]... que não são especificamente conhecidas”, e de que não se sabe nada a respeito da fonte original das informações neles contidas. Aquilo que se verifica no “Evangelho Segundo Filipe” é o mesmo que se verifica nos outros textos de Nag Hammadi, ou seja, que a autoria deles e a identidade de seus compiladores “são absolutamente desconhecidas”.15 Do ponto de vista histórico e objetivo, basear qualquer conclusão sobre a vida de Jesus Cristo nos textos “gnósticos” de Nag Hammadi ou argumentar que eles desbancam o relato do Novo Testamento, é um contra-senso.

mentados. Além da evidência cristã, o historiador judeu Flávio Josefo mencionou Jesus em seus escritos. Tácito, o grande historiador romano da Antigüidade, escreveu no primeiro século sobre Jesus Cristo e fez menção de Sua crucificação sob o governo de Pôncio Pilatos. Outro cronista romano, Plínio, o Jovem, também se referiu a Cristo na qualidade de alguém adorado “como Deus”. Os Evangelhos bíblicos foram escritos durante o primeiro século, ocasião em que muitas pessoas que foram testemunhas oculares das obras e palavras de Jesus ainda estavam vivas. Além disso, uma das mais antigas recitações baseadas em fatos sobre Ele, data de aproximadamente 54 d.C. e consta na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, escrita apenas vinte anos depois da crucificação. Tal recitação factual recapitula o que aconteceu até Um Relato Digno de aquele momento: “Antes de tudo, Confiança vos entreguei o que também recebi: que O relato do Novo Testamento a Cristo morreu pelos nossos pecados, serespeito da vida, do ministério, dos gundo as Escrituras, e que foi sepultamilagres, da morte por crucificação do e ressuscitou ao terceiro dia, segune da ressurreição de Jesus Cristo do as Escrituras. E apareceu a Cefas deve ser considerado entre os fatos [i.e., Pedro] e, depois, aos doze” (1 da história antiga mais bem docu- Co 15.1-3). [Confira a nota 13 no fim deste artigo]. É fato inteiramente Do ponto de vista histórico e objetivo, basear qualquer conclusão conhecido sobre a vida de Jesus Cristo nos textos “gnósticos” de Nag Hammadi que não ou argumentar que eles desbancam o relato do Novo Testamento, existem exé um contra-senso. Na foto: os textos de Nag Hammadi. plicações substitutivas daquela época que contestem e refutem essa ousada alegação da ressurreição de Jesus, ocorrida logo em segui-

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da à Sua execução pública. A explicação lógica reside no fato de que a divindade e ressurreição de Jesus eram plenamente certas para aqueles que, de fato, foram suas testemunhas oculares, e de que os oponentes de Cristo não conseguiram forjar uma explicação alternativa que fosse irrefutável. Ao invés da Igreja Primitiva esconder a verdade sobre Jesus pela eliminação das versões “gnósticas” descobertas em Nag Hammadi (que é a teoria de O Código Da Vinci), a questão é exatamente o contrário: as versões do Novo Testamento escritas por testemunhas oculares ou por fontes ligadas às testemunhas oculares eram mais confiáveis e amplamente aceitas por causa de sua exatidão. As falsificações heréticas, escritas muito mais tarde, foram sensatamente (e sabiamente) desaprovadas e rejeitadas como fraudulentas e perigosas distorções da verdade.

O Peso da Evidência Os advogados, quando argumentam perante um juiz ou tribunal do júri, geralmente mencionam a expressão “o peso da evidência”, isto é, o modo pelo qual a balança pesa para o lado das provas dignas de confiança fornecidas por testemunhas que têm real conhecimento dos fatos. Pode-se fazer uma investigação retroativa até os apóstolos que testemunharam os acontecimentos e foram os autores dos documentos originais durante aquela geração de habitantes de Jerusalém que viveram no primeiro século. Tal geração poderia ter levantado objeções contra os relatos dos Evangelhos bíblicos se estes não fossem exatos na exposição dos fatos. A exatidão histórica desse relatos é uma averiguação independente de sua confiabilidade.


Horizonte 2. Dan Brown, The Da Vinci Code, Nova ObviamenYork: Doubleday, 2003, p. 245. te isso é coisa 3. Ibid., p. 234-5. séria. O futu4. Martin Abegg Jr., Peter Flint e Eugene Ulro eterno de rich, orgs., The Dead Sea Scrolls Bible, almas humaSan Francisco: Harper, 1999, p. 630. nas depende 5. Ibid., p. xiv. dessa questão 6. Também foram descobertos os regulaem debate, mentos para a comunidade religiosa de Os advogados, quando argumentam perante um juiz ou tribunal do porque soQumran e vários “comentários” do Antigo júri, geralmente mencionam a expressão “o peso da evidência”, isto Testamento. mente pelo é, o modo pelo qual a balança pesa para o lado das provas dignas 7. James H. Charlesworth, org., Jesus and ato de receber de confiança fornecidas por testemunhas que têm real the Dead Sea Scrolls, Nova York: Doubleo testemunho conhecimento dos fatos. day, 1992, p. xxxv. da legítima 8. Robert W. Funk and the Jesus Seminar, Palavra de The Acts of Jesus, San Francisco: Harper, Deus (i.e., as 1998, p. 164. Paulo escreveu acerca de “Erasto, “sagradas letras”) é possível obter a 9. Abegg., Flint e Ulrich, p. 607. tesoureiro da cidade” (Rm 16.23) de sabedoria que nos leva à “salvação 10. Israel Antiquities Authority, Scrolls From Corinto. Em 1927, quando arqueó- pela fé em Cristo Jesus” (2 Tm 3.15). the Dead Sea: An Exhibition of Scrolls logos acharam uma inscrição daquela Portanto, as provas já estão exand Archaeological Artifacts, Washington, D.C.: Library of Congress, 1993, p. 48. época no sítio arqueológico de Co- postas. O tribunal aguarda o seu verinto, que se referia ao mesmo Eras- redicto. Qual é a sua decisão? (Craig 11. Abegg., Flint e Ulrich, p. 268. 12. Bentley Layton, The Gnostic Scriptures, ■ to, a historicidade do Novo Testa- L. Parshall, Israel My Glory) Nova York: Doubleday, 1987, p. 326. 16 mento foi novamente salientada. O 13. Até mesmo Robert Funk e o Jesus SemiCraig L. Parshall é um procurador da justiça e Evangelho de João faz referência aos romancista de sucesso na região de Washingnar admitem que os quatro Evangelhos milagres de cura realizados por Jesus ton, D.C. (EUA) Ele e sua esposa Janet são bíblicos foram escritos no período de 70 a junto aos tanques de Betesda e Siloé autores do premiado romance Crown of Fire. 90 d.C. Além disso, Bentley Layton men(Jo 5.1-8; Jo 9.1-41). O registro arciona que o relato feito pelo apóstolo Pauqueológico já confirmou a existência Notas: lo acerca da ressurreição de Cristo data e localização geográfica desses tande aproximadamente 54 d.C. (Layton, The 1. Esse “efeito” começou primeiramente com Gnostic Scriptures, p. 316). ques.17 Há literalmente centenas de uma teoria menos conhecida (proposta 14. Robert W. Funk and the Jesus Seminar, comprovações arqueológicas para os num livro originalmente publicado em p. 555. 1982 que se intitulava Holy Blood, Holy livros do Novo Testamento. 15. Layton, p. 323. Grail [i.e., Santo Sangue, Santo Graal], da Posteriormente, no período his16. F. F. Bruce, The New Testament Docuautoria de Michael Baigent, Richard Leigh tórico que sucedeu o primeiro sécuments: Are They Reliable?, Downers Groe Henry Lincoln), a qual incluía um argulo, uma série de Pais da Igreja, tais ve: InterVarsity Press, 1977, p. 95. mento complicado e desvairado da união como Ireneu e Justino Mártir, vali17. John McRay, Archaeology and The New de Jesus com Maria Madalena e de que dou o relato do Novo Testamento Testament, Grand Rapids: Baker Book tal relacionamento levara ao nascimento em seus escritos, de modo constanHouse, 1999, p. 186-192. de filhos cuja descendência, supostamente e coerente, por mais dois séculos. te, poderia ser traçada Na altura do quarto século, a até a improvável linhaRecomendamos: gem dos monarcas da Igreja Primitiva reconheceu (o que França. Em seguida, tal difere de “criou”) o cânon de livros teoria foi codificada do Novo Testamento tal como é num arranjo mais popuaceito, porque esses livros coerentelar, O Código Da Vinci, mente demonstraram ser autênticos que, então, se dissemie fidedignos. A alegação feita em O nou bombasticamente Código Da Vinci de que o cânon foi na cultura de massa e resultado de uma manobra de pocriou um “fenômeno” der político, respalda-se em especuque, em geral, convenPedidos: 0300 789.5152 lação descarada e fantasiosa, não ce os ingênuos e mal www.Chamada.com.br informados. em fatos.

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A Bíblia ou as tradições rabínicas?

Não faz muito tempo me reuni com alguns dos homens com quem estive no exército. Conhecemo-nos pela primeira vez há 56 anos atrás, quando ainda éramos jovens. Juntos prestamos serviço em todas as guerras de Israel. Alguns, como eu, sobreviveram ao Holocausto. Porém, o tempo não se faz esperar. Somos muito mais velhos agora e muitos do nosso grupo já morreram. Gostamos de nos reunir e compartilhar as lembranças dos velhos tempos e renovar nossa amizade. Atualmente muitos desses homens são ortodoxos. Estávamos tendo uma animada discussão quando um deles disse-me: “Tenho conhecido alguns judeus que crêem em Jesus. Eu posso dizer que, do meu ponto de vista, eles são traidores da sua fé”. Eu escutava tudo silenciosamente, quando um deles dirigiu-se a mim e perguntou: “Zvi, o que achas disso?” “Os traidores”, respondi, “são os que não adoram a Deus segundo a Bíblia, mas segundo as numerosas tradições rabínicas. Está claramente escrito em Levítico 26.3-4: “Se andares nos meus estatutos, guardares os meus mandamentos e os cumprirdes, então eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo”. Devemos obedecer ao que está escrito na Palavra de Deus e não nas tradições rabínicas”. Continuei: “Deixem-me perguntar-lhes algo: vocês pensam que os que não crêem em todas as tradições rabínicas são traidores? Eu não creio nelas! Mas creio no Senhor segundo o que está escrito na Bíblia. Assim, aos olhos de vocês, eu

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sou um traidor?” Um deles foi enfático: “Como judeu, deves seguir as tradições de nossos grandes rabinos”. Agora a discussão, que havia sido tão amistosa, repentinamente transformou-se em um vulcão prestes a explodir. “Tu não és judeu?”, alguém perguntou com desprezo. “Eu creio em Deus Todo-Poderoso”, respondi. “Como está escrito: “O Senhor nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). Ele é o Único sobre quem foi lançada toda a nossa iniqüidade (Is 53.6). Não está escrito “a iniqüidade dos judeus”, ou “a iniqüidade dos gentios”, mas a iniqüidade de nós todos”. Agora olharam para mim desconfiados. “Diga, em quem se deve crer?”, um deles me perguntou. Em resposta a essa pergunta, disse-lhes: “Quantos deuses nós temos? Todas as manhãs vocês repetem a importante oração de Deuteronômio 6.4: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. A ordem é que temamos o Senhor e sirvamos somente a Ele. O versículo 14 diz: “Não seguirás outros deuses”.” “Nunca ninguém nos falou assim. Não somos como os ultra-ortodoxos, mas cremos em Deus”, retrucaram. “Vocês crêem em algo que não agrada a Deus”, eu lhes disse. “Vocês dão falso testemunho! Crêem também nos Dez Mandamentos?” Todos disseram que sim. Eu lhes disse: “Porém, vocês desobedecem a eles, porque colocam sua confiança naquilo que não é de Deus. Depositam a confiança nos homens, nos rabinos que convencem vocês que devem segui-los em vez de seguir a Bíblia. Vocês perderam a direção e agora se encontram em uma encruzilhada, esperando que alguém ve-

nha e os guie pela vereda correta. E aqui estou eu!” Alguém dentre o grupo perguntou-me: “Quem és tu para que nos digas como devemos adorar a Deus?” Enquanto estávamos discutindo esse assunto, outros começaram a se juntar a nós e também escutavam. Continuei: “Eu não conheço essas pessoas que chegaram aqui. Mas, digam-me: Qual é a melhor forma de adorar a Deus? Segundo a Bíblia ou segundo uma pilha de comentários?” Todos afirmaram: “Segundo a Bíblia, é claro!” Novamente olhei para a multidão e perguntei: “O que dizem vocês acerca desses comentários?” Alguns responderam: “São idolatria” (em hebraico, Avodah Zarah; que é o nome do tratado talmúdico). Outros que escutavam a nossa conversa começaram a formular perguntas, que meus amigos nem teriam coragem para fazer. Quando finalmente nos levantamos para ir embora, essas outras pessoas disseram que gostariam de falar comigo novamente. Anotaram as passagens bíblicas que eu havia mencionado: Isaías 7.14; Isaías 53; Miquéias 5.2, etc. Lentamente, passo a passo, eu e meus amigos chegamos a uma discussão que mostrava que Jesus verdadeiramente era o Senhor. Antes não queriam ouvir falar dEle. Porém, quando mais pessoas se acercaram de nós e concordaram comigo sobre o que falávamos, então todas as coisas se tornaram kosher [ritualmente puras, aceitáveis], como dizemos aqui em Israel. Algum tempo se fez necessário para entenderem a verdade, mas os que uma vez eram tão cegos conheceram a luz que é o Senhor. (Zvi, Israel My Glory)

Zvi nasceu na Polônia, é sobrevivente do Holocausto e desde 1948 vive em Israel. Lá aceitou Jesus, o Messias, como seu Salvador pessoal.



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