Coletânea de textos: em gêneros diversos | 12º ano, 2019

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Chapel School Curso Portuguese Writing Coordenação: Profª Magna Martins

Coletânea de textos: em gêneros diversos 12º ano

Maio de 2019


Sumário

1. A Difícil Decisão, Giovanna Boueiri. 2. Escolha certa ou errada?, Leo Kim 3. Percepção da Realidade e suas Ilusões, Bruno Zito 4. O aborto deve ser legalizado?, Maite Martinez 5. A violência dentro de estádios brasileiros de futebol, Guilherme Luchetti 6. O país do futebol (ou não?), Felipe Montini 7. As Consequências da Crise de Refugiados na Áustria, Sophia Roscheck 8. Benefícios do Esporte Eletrônico, André Schmidt 9. Cultura, pra que te quero?, Julia Tolda 10. O Desafio do Corpo Feminino, Leticia Vaselli 11. Mclaren P1 vs Senna, Andre Versolato 12. Perigos das Notícias Falsas, Renata Blum 13. O poder das redes sociais, Rebecca Powells 14. A Liberdade de Imprensa, Pedro Zagury 15. Imigração, Rodrigo Silva 16. Privacidade nas redes sociais, Calvin Lee


Apresentação Prezado(a) leitor(a),

Com imenso carinho tornamos públicos para nossa comunidade os textos produzidos pelos alunos de Portuguese Writing 2019. Parte final do projeto de escrita pessoal, esses textos abarcam gêneros diversos, acolhendo uma reflexão sobre temas escolhidos individualmente por cada aluno.

Boa parte do que aqui foi produzido reflete o cenário atual de inquietações e indagações dos nossos jovens acerca da realidade social do país ou do mundo, e dos conflitos internos que eles atravessam. Esse conjunto de textos, portanto, é um convite para dialogarmos com suas ideias e preocupações, e para tomarmos contato com a honestidade com a qual discorrem sobre aquilo que os afeta.

Do futebol ao aborto, passando pelo tema das notícias falsas, chegando a (ou partindo de) indagações sobre o próprio conceito de realidade, enfim, desfrutamos do pensamento plural dos nossos alunos e das marcas pessoais de estilo impressas em cada um de seus textos.

Uma boa leitura a todos!

Magna Martins


A Difícil Decisão

Giovanna Boueiri

No final do terceiro colegial os adolescentes encaram a difícil decisão de escolher a faculdade. Isso marca o início de uma jornada que definirá o restante de suas vidas, e é por isso que os jovens, de apenas 17 anos, ficam tão pressionados e tensos ao tomar essa decisão. Todos que estão à sua volta têm uma opinião acerca desta decisão, e isso traz tanto consequências positivas como negativas. Na hora de tomar uma decisão, é sempre muito bom ouvir conselhos e opiniões de pessoas diferentes que têm mais experiência. Por outro lado, dependendo de como são dadas essas opiniões, elas podem acabar atrapalhando mais do que ajudando o jovem. A maioria dos jovens é muito influenciada por aqueles à sua volta, principalmente os pais. Os pais muitas vezes interferem muito nas escolhas e acabam tomando a decisão pelo filho. É certo que realizar esse ponto de virada na vida é muito difícil para adolescentes de apenas 17/18 anos, mas isso não muda o fato de que as decisões devem ser tomadas por eles, apenas, e por mais ninguém. É preciso agir, conforme ensina a coach e advogada Cláudia de Marchi: "a vida é sua, as respostas estão dentro de você, não coloque ninguém em meio ao turbilhão de pensamentos e ansiedade que habitam em seu interior. Pense a respeito e decida sozinho, esta é a melhor forma de tomar decisões certas." A verdade é que não há resposta certa quanto a essa decisão, e isso é o que tem que ficar claro para os jovens. Ficar se pressionando só atrapalha e não ajuda em nada. E quanto às diversas opiniões, às vezes é melhor não dar a elas tanta importância. É bom que o jovem ouça diferentes conselhos, mas eles têm que ter em mente que, independente do que as pessoas falem, a decisão final é deles. Trata-se de algo extremamente difícil, especialmente porque tem que ser realizado por jovens que ainda não têm a experiência e a maturidade necessárias para tomar essas decisões, mas faz parte da vida tomá-las.


Escolha certa ou errada?

Leo Kim

Pense em qualquer aluno que se inspira em ser um arquiteto, e agora lhe pergunte por que ele queria trabalhar com arquitetura ou estudar matérias relacionadas a essa área. Posso afirmar que a maioria das respostas mencionará algo sobre uma infância brincando com blocos de montar. Mas esse é o tipo de resposta que um indivíduo em dúvida quanto à sua decisão daria. Porém, eu não estou em posição nenhuma para fazer tal crítica, pois até pouco tempo atrás eu também fazia parte dessa maioria que pensava assim. Se uma resposta dessas não é muito bem vista, o que seria uma resposta mais adequada? Eu diria que qualquer uma, na verdade, seria aceitável. Pode se afirmar, portanto, que não existe uma resposta padrão para esse tipo de pergunta que seja aceitável, pois as pessoas são diferentes, de modo que cada um tem sua própria resposta. Porém, há um jeito de descobrir se estamos no caminho certo, não consistindo isso em analisar diferentes razões pelas quais as pessoas escolhem fazer arquitetura, pois estas não são necessariamente as mesmas que as suas. Porém, se hipoteticamente aquele é o seu caso, talvez você esteja agindo com “má fé”. O conceito por trás da “má fé”, se refere a um termo filosófico que consiste em agir de acordo com as influências no espaço do indivíduo, ou seja, agir por trás da decisão ou ato. Simplificando, alguém que age com “má fé” toma decisões a partir da influência de outros, mas pensa que essa é uma decisão própria (ou seja, que não sofreu influência externa). Jean Paul Sartre uma vez disse, “O homem tem de poder escolher a vida em todas as circunstâncias”, mas talvez você seja como eu: eu já procurei pela internet as razões pelas quais certas pessoas se interessam por arquitetura, e eu também havia encontrado uma razão legítima para perseguir a arquitetura. Isso foi um grande erro da minha parte, pois foi essa decisão que me levou a questionar um sonho que eu tinha sonhado por tantos anos, e o que havia me levado a tomar tal decisão? Essa “resposta” é advinda de questões frequentes sobre o que eu gostaria de fazer e de por que eu queria perseguir essa carreira, e eu acredito que a minha falta de confiança nas minhas decisões é um importante fator nessa equação. Porém, dentro de toda essa confusão, eu fiz várias pesquisas sobre a arquitetura, sobre o que um arquiteto faz, e uma coisa que me identifiquei ao olhar para essa carreira foi um traço da minha personalidade. Eu tenho uma personalidade introvertida, portanto eu amo “acomodar


as pessoas ao meu redor”, coisa que recentemente descobri, após uma autoavaliação feita a partir de duas peças de arte que eu havia feito para o meu portfólio. No meu caso, eu adoro desenvolver ideias inovadoras que aumentem a conscientização sobre a responsabilidade que a sociedade tem para com o meio ambiente. Especificamente, meu método de inovação nesses projetos é transformar ideias simples em algo completamente novo e inesperado. Acredito que minha criatividade e meu interesse natural pelo meio ambiente são fatores que me dão a base para ser um grande arquiteto no futuro. Um exemplo específico da utilização do meu método de inovação aparece em um projeto que descreve a relação do meio ambiente com o ser humano, no qual eu trabalhei neste último ano (uma escultura de uma árvore feita de barro dentro de uma lâmpada incandescente quebrada). O conceito principal por trás deste pedaço de arte era a relação entre o humano e natureza, e como os humanos desenvolveram esta relação parasitária explorando recursos naturais. Antes de decidir sobre esta peça, eu pensei primeiro em pintar uma árvore com uma perspectiva de dois-pontos (um desenho feito a partir de uma perspectiva de dois pontos de desaparecimento: esticado), enquanto variava formas diferentes com óleo. O conceito principal desta pintura seria realçar a beleza e variação natural dentro de natureza. Porém, eu não fiquei satisfeito totalmente com o que eu tentei representar sobre a natureza. Eu ainda quis trazer mais atenção de alguma maneira para isto, enquanto empregava um significado mais profundo à obra. Isso aconteceu quando eu pensava primeiro em uma repetição de minha ideia atual. Inspirado pelos trabalhos de Nunzio Paci, eu pensei em descrever o laço existente entre o humano e natureza, enquanto transmitia uma ideia de união para audiência. Eu esbocei como seriam retratados alguns desenhos meus divididos em duas metades, onde uma metade reteria características humanas e a outra se relacionaria com as características da natureza (filiais de árvore, flores, folhas e videiras). Eu pensei nas implicações atuais de minha arte sobre os humanos e a relação deles/delas com a natureza. Um das falhas da relação é o quão parasitária ela é, na medida em que os humanos exploram a natureza levando seus recursos, sua vida. A partir disso é que eu comecei a propor minha segunda repetição. Foi durante esse tempo que eu ouvi falar de Vik Muniz, um artista brasileiro que cria arte com lixo. Da mesma maneira em que Vik Muniz criou um estilo sem igual, eu comecei a moldar minha ideia. O produto final era a escultura previamente mencionada, com lâmpadas incandescentes usadas e quebradas. Usando materiais reciclados eu ampliei a mensagem na medida em que propus que deveriam ser reexaminadas as relações da sociedade com tecnologia.


Diante de tudo isso foi que eu formulei a minha razão por ter escolhido estudar arquitetura, portanto, eu não lhe convido a seguir esse mesmo caminho que eu, não é preciso ser um artista para gostar dessa área de trabalho, nem sequer admirar os diversos arquitetos no mundo.Todos nós somos diferentes de alguma forma, portanto temos opiniões diferentes a partir das quais escolhemos tomar certas decisões na vida. De acordo com Bertrand Russel, “Na vida nunca se deveria cometer duas vezes o mesmo erro. Há bastante por onde escolher.” Portanto, devemos sempre exercer o poder da escolha, independente dela ser errada ou correta, pois a sua escolha no final das contas é a mais correta de todas porque ela é sua. Isso pode soar muito controverso em certos casos, mas eu acredito que com consciência e lealdade a si mesmo, tal escolha é a mais correta de todas. Fecho minha reflexão com as palavras de Zaha Hadid, que diz: “ainda há muitas portas destrancadas... Ainda há muito que descobrir, e fazer e inventar. Eu não penso que é o fim de invenção."


Percepção da Realidade e suas Ilusões

Bruno Zito

A percepção da realidade é uma noção compartilhada por todos os seres vivos, porém ela é única para cada um deles. Tal afirmação aparenta ser um paradoxo no qual a percepção é um aspecto único e, ao mesmo tempo é universal. Primeiro de tudo é preciso entender o conceito de percepção, e como este afeta a realidade de um organismo. De acordo com a Lumen Learning, a percepção de um organismo é categorizada pela sua habilidade de entender o que está em sua volta e — como consequência de tal aptidão — determinar como interagir com o que foi percebido. Dado o fato de que experiências e interações com o ambiente ao longo da vida de um organismo afetam a forma a qual este interpreta sua realidade, é possível especular que dois organismos geneticamente idênticos terão sua percepção da realidade independente de sua genética, porém tudo dependente do que é apresentado aos seres ao longo de sua vida. Tal especulação apoia-se em Platão — um filósofo ateniense — pois ele consegue provar a relação entre a percepção da realidade e as experiências vividas por um indivíduo através de sua famosa alegoria da caverna. Resumidamente, essa alegoria consiste em três sujeitos (A, B, e C) que vivem dentro de uma caverna acorrentados de tal maneira que eles só conseguem olhar para uma parede em frente a eles. Os três sujeitos, durante o percurso de suas vidas, foram expostos apenas à sombra de uma adaga fundida na parede. Após muitos anos na caverna, o sujeito C é liberto de suas correntes e exposto ao mundo lá fora. Um tempo depois, ele então retorna à caverna para contar aos seus companheiros sobre o sol, o céu e a terra. Os conceitos provenientes da experiência lá fora nunca tinham sido introduzidos aos sujeitos, logo a notícia trazida a eles foi de tamanho impacto que eles tentaram matar o sujeito C. A alegoria da caverna criada por Platão demonstra claramente como as experiências vividas por um certo indivíduo afetam a forma na qual a realidade é percebida por tal sujeito. Nesse caso, os sujeitos haviam experienciado apenas a sombra de uma adaga, logo sua percepção da realidade era limitada a apenas essa única coisa. A exposição para uma extensão da realidade foi de tamanho impacto aos sujeitos que eles decidiram negar a possível existência de algo que poderia ir além da sombra da adaga. Esse comportamento está diretamente ligado à percepção da realidade entendida pelos sujeitos. Dado o fato de que essa percepção é afetada e modelada por experiências vividas por um indivíduo ao longo de sua vida, no caso de Platão a percepção de cada sujeito era limitada à


sombra da adaga e pela escuridão da caverna, pois eles não haviam experienciado nada além disso. É de extrema importância entender que essa distorção da realidade é algo subjetivo e único para cada ser vivo. Ainda sobre a alegoria platônica, os sujeitos A e B decidiram negar a existência de uma realidade diferente da deles, porém isso não altera o fato de que ela ainda exista. Partindo desse ponto, o filósofo ateniense apresentou — dentro da mesma alegoria — um conceito crucial para a compreensão da percepção da realidade. Ele propôs que a realidade possui sua forma absoluta, chamada de “reino das formas”, e a realidade na qual todos vivemos e entendemos seria uma mera reflexão de tal reino. Toda reflexão tende a ser uma representação distorcida do objeto que está sendo refletido. Levando isso em consideração, Platão sugeriu através do conceito de reino das formas que a realidade na qual nos encontramos é naturalmente distorcida, não por uma questão da percepção de um indivíduo, mas sim pelo estado físico do mundo onde vivemos, este sendo uma reflexão distorcida da realidade absoluta. Enquanto o filósofo argumenta que a distorção da realidade não é um fruto da percepção humana do mundo onde vivemos, outros contrariam a ideologia do filósofo ateniense. Conforme o conhecimento dentro do campo da neurologia foi se desenvolvendo ao longo dos anos, foi possível perceber como a mente do ser humano funciona, e isso possibilitou entender se a realidade é naturalmente distorcida ou se é o ser humano que a distorce através de suas interpretações subjetivas. Cientistas deduziram que a mente do ser humano é atraída por padrões, sendo estes visuais ou sociais. Para ilustrar esse conceito, devem ser levassem consideração as ilusões ópticas. Estas fazem uso de padrões visuais que fazem com que o ser humano pense que a imagem seja algo que ela não é. Os padrões em uma ilusão óptica trabalham contra si, criando como resultado uma confusão da mente humana, pois essa não consegue interpretar o padrão. Levando isso em consideração é possível afirmar que a mente prefere enxergar um triângulo em vez de de três retângulos alinhados de uma maneira específica. Isso, portanto, está diretamente conectado com a habilidade do cérebro humano de reconhecer padrões. Baseado nos fatos apresentados é possível concluir que a percepção da realidade pode ter inúmeras interpretações, entre elas a de Platão, e que este é um tópico muito subjetivo, portanto, não sendo possível chegar a uma conclusão que contemple uma verdade absoluta sobre a percepção da realidade.


O aborto deve ser legalizado?

Maite Martinez

Milhares de pessoas morrem todos os dias, mas ainda assim as mães estão jogando fora seus bebês. Mas como elas estão jogando fora? Elas estão abandonando-os nas ruas? Não. Elas estão realmente abortando-os. O aborto é o fim de uma gravidez; a remoção de um feto ou embrião do útero antes que ele possa sobreviver por conta própria. Muitas vezes é realizado durante as primeiras 28 semanas de gravidez. Mas por que uma mãe faria isso com seu próprio filho? A Madre Teresa de Calcutá diz que “o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?” Por que uma mãe mataria uma vida inocente que ainda nem viu o mundo? Sim, é a decisão dela, mas por que ela decide punir um feto? Ela está negando ao filho uma chance de viver. Assim, pode-se dizer que o aborto está apenas jogando as pessoas fora, neste caso os bebês, está envolvendo profissionais em situação de risco e, por último, está colocando a mãe em perigo. Para começar, pode-se dizer que o aborto é assassinato. Abortar uma criança não deve ser uma opção, mas muitas pessoas fazem isso. Uma criança inocente, que não é culpada por causar nenhum problema, está morrendo, porque a mãe se meteu numa confusão. Mas, se a pessoa foi estuprada, ainda não é justo punir o feto. Há outras maneiras de lidar com esse problema. Por exemplo, muitas pessoas que são incapazes de ter bebês, estão adotando hoje em dia, então em vez de de matá-lo, a mãe poderia dar o filho a uma família que ficaria feliz em receber um novo membro. Além disso, há orfanatos muito bons, nos quais a criança pode ficar, até que alguém decida adotá-la. Quanto ao estupro, muitas mulheres que foram estupradas e abortadas representam apenas 1% de todos os abortos. E todas as mulheres que participam desse 1% disseram que se arrependem e que isso não desestimula os estupradores. Se o caso é uma menina de 15 anos grávida, é claro que este não é o momento perfeito para se ter um bebê, porque ela tem toda a sua vida pela frente. Mas, muitas adolescentes que abortam seus filhos, depois se arrependem de sua decisão e isso causa estresse psicológico. Por exemplo, tem uma garota de 16 anos que estava namorando um garoto de 18 anos e ela engravidou. Ela decidiu tomar uma pílula que mataria o feto dentro dela e depois liberá-lo. Quando o bebê saiu, foi horrível. Toda a culpa veio a ela quando percebeu o que tinha feito. Ela


se arrependeu mais do que tudo e não há dias em que ela não diga à criança o quanto ela está arrependida. Pode parecer estranho, mas há muitos casos raros de bebês que sobreviveram a um aborto e ainda estão vivendo hoje. Agora, imagine como seria frustrante viver com sua mãe que uma vez tentou matar você. Mas como poderia um aborto falhar? Bem, dentro das muitas técnicas de aborto existem algumas que podem, sim, falhar em matar um bebê. Outra maneira na qual um aborto pode falhar é se a mãe estava grávida de gêmeos e não percebeu, porque o aborto só mata um bebê. Vamos voltar um pouco. Como um bebê pode sobreviver a um aborto? Bem, alguns dizem que é obra de Deus, mas pode haver várias maneiras. Esse bebê tem sorte de sobreviver, mas dos poucos casos de sobrevivência, todos os bebês nasceram com doenças e deficiências. Então, esta é mais uma consequência do que pode acontecer se você estiver lidando com o aborto. Imagine que você estivesse no lugar deles, e sua própria mãe realmente tivesse tentado te matar, você não se sentiria traído? Agora, não pense que é apenas a mãe que é afetada, muitos médicos param por causa do intenso estresse fisiológico causado por fazer até cinco abortos todos os dias. Muitos médicos ficam com raiva de si mesmos e dos pacientes por fazer isso com vidas pequenas. Esses profissionais sentem o ato como se fosse uma destruição de uma vida humana antes mesmo de começar. Mas, ao mesmo tempo, o que eles podem fazer? Se eles não ajudarem, as mulheres irão para os hospitais públicos ou, pior ainda, tentarão fazer isso em casa sozinhas. Assim, eles sentem como se estivessem fazendo a coisa errada, mas depois ficam irritados porque as mulheres são tão imprudentes e ficam doentes sem pensar. É um ciclo vivaz e não vai parar a menos que paremos de abortar. É importante ressaltar que o aborto não faz com que você não esteja grávida, faz de você a mãe de um bebê morto. O Dr. Anthony Levatino fez abortos por oito anos em Albany, NY. A técnica que ele usou foi retirar pedaços de crianças não nascidas, chamada de D & E. Ele, na verdade, lutou contra esse trabalho, mas continuou fazendo isso pelo dinheiro. Ele disse: “Eu poderia fazer três abortos no meu consultório em uma hora e meia, e ganhar mais dinheiro do que cuidar de uma mulher por nove meses e entregar o bebê”. O próprio Dr. Anthony estava tentando ter um filho com a esposa, mas acabou adotando uma menininha chamada Heather. Vários anos depois, Heather foi atropelada por um carro, bem na frente dele. Como ele perdeu sua filha, ele viu as coisas de uma forma diferente. E isso levou-o a uma tragédia pessoal para ele perceber que estava realmente matando o filho de alguém: "Então eu parei".


Já foi mencionado anteriormente que fazer um aborto pode ser prejudicial à saúde da mãe, mas como? Após o aborto, não é apenas o bebê que se machuca, a mãe também, e se as coisas derem errado, podem acabar com a morte da mãe, mas lembre-se que este é apenas o pior cenário possível. Alguns problemas causados pelo aborto podem ser: lacrimejamento cervical; perfuração do útero por instrumentos; infecção, local ou sistêmica; hemorragia e tecido retido, indicado por cólicas ou sangramento intenso. Agora, claro, há muito mais complicações que podem acontecer durante a cirurgia ou qualquer método que esteja sendo usado. Existem muitos métodos diferentes de aborto e nenhum deles é verdadeiramente humano e/ou razoável. Eles são todos cruéis e insuportáveis tanto para o bebê quanto para a mãe. O aborto não é uma prática pequena, existem 45 milhões de abortos em todo o mundo a cada ano. E por dia, existem mais de 100.000. Além disso, para cada quatro crianças não nascidas, uma é abortada. Isso significa que um em cada quatro bebês é jogado fora e assassinado. Em alguns países, os abortos superam a quantidade de nascidos. Como isso poderia ser humano? Se pensarmos nos nossos antepassados, você acha que eles fariam isso com seus bebês? Imagine um mundo onde as pessoas fossem mais atenciosas e não abortassem seus filhos. Além disso, imagine se aquele bebê que acabou de ser abortado crescesse para resolver a fome no mundo ou fizesse nele uma invenção surpreendente. Muitas mulheres também abortam durante as primeiras duas semanas, deixando o bebê sem chance de ser alguma coisa. Para concluir, é importante ressaltar que o aborto não está certo e que não deve ser legalizado. Agora, muitos países estão legalizando essa prática, mas isso não significa que precisamos abortar. O aborto não é apenas desumano, mas também causa muito estresse físico e mental às mães e aos médicos. Ele pode causar muitas doenças e há muitos casos em que as mães não podem ter outro bebê no futuro. Mesmo que uma jovem de 15 anos ou alguém que tenha sido estuprada tenha o direito de abortar, sempre há um caminho melhor para elas tomarem.


A violência dentro de estádios brasileiros de futebol

Guilherme Luchetti “Sociedade precisa do conflito, não do confronto” foi uma frase dita pelo filósofo Mário Sérgio Cortella e é uma ideia muito importante para o entendimento da violência em estádios de futebol. Há muitas brigas que ocorrem durante os jogos, e a maioria vem dos torcedores fanáticos que não concordam com o resultado do tal jogo. As manifestações de violência nesses estádios são consequência da falta de investimento de segurança e também vêm da ideia de que o esporte e a violência são um conjunto, e isso está errado. Ninguém pode negar que falta uma boa segurança em estádios de futebol, onde os torcedores são movidos diretamente pela paixão. A violência ocorre porque os membros que a causaram sabem que não há seguranças disponíveis para controlar o estádio inteiro. Um bom investimento nesse setor iria impedir futuros atos de violência dentro do estádios, onde a maioria é inocente e quer apenas ver seu time jogar. Afinal, a segurança dos estádios é um dever dos órgãos públicos e esse problema deve ser tratado. A violência entre atividades esportivas não é uma coisa nova, começou bem antes, quando o famoso Coliseu de Roma sediou eventos que envolveram as brigas dos gladiadores. Por tal motivo, pensamos que o esporte é interligado com a violência, porém não precisa ser assim. Por ser uma combinação antiga, a interligação do esporte e da violência pode-se tornar viciante. A gravidade da violência no estádio do Maracanã no dia 13 de dezembro de 2017 foi similar às as próprias batalhas dentro do Coliseu de Roma. Conforme o supracitado, é importante que governos brasileiros comecem a focar mais nesse problema e investir em uma segurança melhor dentro dos estádios de futebol. O futebol é o esporte mais amado no Brasil, e há vários torcedores fanáticos que não irão gostar do resultado da partida, causando a violência que nos persegue desde a criação do Coliseu de Roma. As tais manifestações só serão resolvidas com o investimento de segurança e quando os seres humanos entenderem que esporte não significa violência.


O país do futebol (ou não?) Felipe Montini Ah, futebol, “o ópio do povo”, uma paixão que existe desde cedo em muitos brasileiros. Um esporte que nos une, que rouba as almas e os corações de milhões de brasileiros, não importa o time nem a região. Desde o “Bando de Loucos” até os torcedores da “Chapeterror”, parece que o brasileiro nasce com essa paixão. Está no nosso sangue, na nossa cultura, na experiência de ser um brasileiro. Foi graças a essa paixão e a meu pai que comecei a torcer para a Sociedade Esportiva Palmeiras, o meu “Verdão” que, por mais que me faça passar raiva todo ano, sempre será o meu time do coração. Futebol sempre foi uma de minhas paixões. Lembro-me muito bem da primeira vez em que fui ao estádio: Palmeiras X Rio Claro, pelo Paulistão de 2007, um ano antes de conquistarmos o nosso vigésimo segundo título Paulista. Tinha apenas seis anos, mas ainda tenho memórias vívidas daquele dia: Palestra Itália, quase duas horas para chegar ao estádio, cerca de 20.000 pessoas. Já nas ruas era possível ouvir o canto da torcida, repetindo o famoso “Palmeeeeiras, fiu fiu fiu”, antes mesmo do juiz dar o apito inicial. Quando sentei na arquibancada e olhei ao redor, me deparei com um mar de verde e branco acompanhando a Mancha Verde a cantar as músicas do clube. Fiquei encantado com o cenário, pois nunca tinha pensado que um esporte pudesse proporcionar uma experiência de tal magnitude e emoção. Logo, comecei a pensar: como que um esporte pode unir tantas pessoas? Como que algo tão simples quanto um jogo de futebol pode despertar tanta felicidade no brasileiro? No momento, não consegui pensar em uma resposta, mas depois de alguns anos, cheguei a uma conclusão: para muitos, futebol é uma religião, e como já dizia São Tomás de Aquino, “Para aquele que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aquele que não tem, nenhuma explicação é possível”. Não existe ansiedade maior do que quando tem clássico. Um clássico, em termos simples, nada mais é do que um jogo entre dois clubes de grande rivalidade, e normalmente esses clubes são da mesma cidade ou estado. Pode não parecer nada demais, mas o coração chega a saltitar antes do apito do juiz. Palmeiras X São Paulo, Palmeiras X Corinthians, Palmeiras X Santos, não importa o time nem o nível da rivalidade, mas sim o significado daquela partida. Por mais que eu nunca tenha ido a estádio em dia de clássico, lembro-me de alguns muito marcantes, como o Palmeiras X Corinthians na Arena Palmeiras pelo Brasileirão de 2015, ano em que o Corinthians conquistou o seu sexto título. Foi 3 a 3, o melhor clássico que já vi, e mesmo não indo ao estádio, consigo lembrar de tudo; desde eu e meu pai sentados no sofá xingando o juiz até a hora em que saiu o terceiro gol do Palmeiras. Isso é uma das melhores


partes do futebol brasileiro: mesmo estando em casa olhando para a TV, o torcedor ainda sente as vibrações da torcida e a emoção da atmosfera do estádio, coisa que na Europa é difícil de ver. Bate um sentimento de saudades e nostalgia quando lembro das Seleções Brasileiras antigas: a seleção de 1970, quando o Rei pelé ganhou a sua terceira Copa do Mundo, a seleção mágica de Falcão e Sócrates de 1982 e, é claro, a seleção de 2002 com Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, ano em que conquistamos o pentacampeonato mundial. Eram épocas onde o futebol brasileiro era alegre, ousado e bonito, não cheio de jogadores “firulentos” como Neymar e alguns que se importam mais com a sua aparência e o marketing do que pisar em campo e jogar bola. O famoso “olha o gol, olha o gol, olha o gol” de Galvão Bueno, as narrações dos dribles de Denilson em cima do Turcos e as descrições das brilhantes defesas de São Marcos estão eternizadas na memória dos fanáticos raíz, pois eles foram quem puderam desfrutar do verdadeiro futebol do final do século XX e o início do século XXI. Imagina como é para o meu avô, um dos fundadores da Gaviões da Fiel, para sentar e assistir ao jogo feio e retranqueiro do Corinthians, que um dia já teve Edilson e Rivelino no ataque? Imagina como é para o meu pai, que assistiu o Palmeiras de Telê Santana dar show em pleno Maracanã lotado contra nada mais nada menos que o Flamengo de Zico? Hoje, esses momentos são apenas meras lembranças na mente de quem realmente pode apreciar o futebol em sua mais pura essência, quando o jogo era realmente pegado e o quando o mesmo virava um show para os torcedores. Nos dias de hoje, quem assiste aos jogos não é nada mais do que um consumidor, e o “futebol arte” de antigamente virou um mero produto usado para alienar os brasileiros dos problemas no país. Apenas um milagre poderia trazer toda cor e alegria de volta ao futebol brasileiro e, até mais amplamente, o futebol internacional em geral. Pena que o futebol brasileiro vem morrendo atualmente. “Morrendo” não no sentido dos times não terem mais torcedores, mas “morrendo” porque a essência e a maravilhosa experiência que o futebol brasileiro proporciona está aos poucos sendo removida do jogo. Em São Paulo, já não se pode mais ter torcida visitante nos clássicos, pois de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, “É uma medida necessária para tornar mais seguro os ambientes dos estádios”. Agora pense: se nem a Federação Paulista de Futebol, a entidade responsável por todos os clubes de São Paulo, esteve 100% de acordo com a medida, por que que tal medida foi tomada? Foi por causa dos clubes. Os próprios clubes, que têm como obrigação fazer o melhor para os seus torcedores, apoiaram uma medida que tirou grande parte da essência do futebol estadual. Não existe mais torcida visitante em clássicos. Os jogos mais importantes e emocionantes para todos os fanáticos paulistas não contam mais com a presença


da torcida adversária. Aquela vibração de ver ao vivo o seu time fazer gol na casa do adversário ou até mesmo ganhar a partida fora de casa já não existe mais. O futebol paulista está morrendo, e se as torcidas não fizerem algo para lutar contra isso, é capaz do tão tradicional e bonito futebol paulista morrer de vez. O esforço para manter a beleza e tradição do futebol brasileiro tem de vir tanto dos clubes quanto dos torcedores e das organizações futebolísticas de cada estado. O que já foi um país que formava craques “raiz” como Ronaldo e Edmundo e dava ao povo um jogo que mais era um espetáculo no gramado, está virando um país onde esse esporte maravilhoso está prestes a morrer. Se continuar assim, nenhum Palmeiras X Corinthians vai ser o mesmo. Os torcedores do Flamengo não poderão mais gritar “freguês, freguês” em São Januário, e o futebol viraria mais do que nunca “o ópio do povo e o narcotráfico da mídia”, como dizia Millôr Fernandes. A paixão que o brasileiro tem pelo esporte irá desaparecer devagar e, ao invés de torcidas organizadas e famílias nas arquibancadas, teremos estádios vazios e mudos, onde alguns jogadores medíocres irão apresentar um futebol pífio e enterrar de vez o futebol brasileiro.


As Consequências da Crise de Refugiados na Áustria Sophia Roscheck

Embora a migração ilegal tenha sido uma questão recorrente no passado, recentemente se tornou mais severa na Áustria, no ano de 2015. O aumento de refugiados na Europa foi causado pela Guerra Civil da Síria da qual as pessoas fugiram por todos os meios, muitas vezes até arriscando suas vidas na jornada. No entanto, mesmo assim, o registro de refugiados que chegou a Viena, capital da Áustria, está em 3650 em um único dia. Os números estimam que cerca de 2 milhões de pessoas da população da Síria tenham dado a vida em guerra ou realmente fugido do país. Como as pessoas têm tomado medidas diferentes para fugir do país e chegar ao seu destino, como por meio de barcos, aviões e caminhões escondidos, muitos não chegam à sua localização final devido às más condições da viagem. Incidentes como um caminhão que foi encontrado com setenta refugiados mortos em uma rodovia austríaca deixam a população e os políticos em perigo. Em termos de barcos, estes não são navios reais destinados a viagens por períodos mais longos, mas em vez disso existem pequenos barcos muitas vezes sem sequer um teto, portanto o número de pessoas que tentam sair da Síria não pode ser previsto, já que os pesquisadores esperam que muitas pessoas foram perdidas e nunca encontradas até hoje. Isto pode incluir, por exemplo, embarcações tombadas que nunca chegaram à Europa e, devido ao fato de estas serem planejadas ilegalmente, nunca foram rastreadas em primeiro lugar. Isto dá origem a uma enorme questão ética, uma vez que esta crise de refugiados tem causado a morte de numerosos inocentes devido a um mau governo. Além disso, muitas vezes os refugiados chegam ao seu destino, no entanto, não serão aceitos pelo país, já que não há necessariamente uma lei que garanta que os refugiados tenham que ser acolhidos. Um dos principais problemas que isso causa é o fato de que os países tentam empurrar os refugiados para um país europeu diferente e, devido à organização multigovernamental conhecida como UE2, este processo é facilitado. Embora muitas pessoas tenham lutado pela aceitação de refugiados, como as 20 mil pessoas que participaram de uma manifestação pró-refugiados em Viena, mais do que o suficiente da população é totalmente contra o fato de permitir que mais refugiados entrem no país. No entanto, em 2017, a Áustria já tinha aceitado cerca de 90.000 requerentes de asilo, representando mais de 1% da população austríaca, argumentando, por conseguinte, que não desejavam receber mais. Na tentativa de resolver esta crise, a UE decidiu estabelecer um plano de recolocação em ação que começou em 2015 e deveria ter durado até 2017. No entanto, dos


160.000 requerentes de asilo que deveriam ter sido realocados, apenas cerca de 15.000 foram transferidos, tornando a situação quase incontrolável. Embora esta seja uma questão comum na maioria dos países europeus, pode-se observar que todos os países da UE têm lidado diferentemente com os refugiados. Um certo número de fronteiras, como as fronteiras da Hungria e da Sibéria, foram fechadas para limitar a imigração ilegal; o que aconteceu sem sucesso. Como apoio a longo prazo, uma das principais questões que devem ser tratadas é educar os refugiados. Essas tentativas podem ser vistas nos planejamentos feitos pelas autoridades de Viena, que implementaram faculdades livres administradas pelo conselho para ensinar os refugiados o alemão, permitindo que eles se comuniquem e eventualmente busquem um futuro. “Em pouquíssimo tempo, organizamos moradia, assistência médica e, o mais importante, acesso à educação. Todas as necessidades básicas foram atendidas. Somente no ano passado, 10.000 pessoas tiveram vagas gratuitas em aulas de idiomas ”, diz Jürgen Czernohorszky, vereador executivo de educação, integração, juventude e pessoal. Além da educação, houve debates sobre como lidar com questões de acomodação para aquelas pessoas O governo considera que os campos de refugiados concentrados são uma solução temporária; no entanto, muitos cidadãos austríacos discordam deste plano. O principal argumento é que, se os novos imigrantes ilegais não interagirem com os cidadãos locais, eles nunca compreenderão e nem se adaptaram completamente à sociedade. Portanto, também houve um número de famílias que levaram refugiados para suas próprias casas, tornando a moradia privada uma coisa muito comum. Desta forma, ambas as culturas podem se conhecer melhor e aprender a interagir umas com as outras. Além disso, através do país que os acolhe, os refugiados serão capazes de aprender a língua, provavelmente de modo mais rápido do que em palestras superpovoadas. Quanto a mim, essa questão tornou-se mais predominante enquanto eu morava no exterior e, portanto, não interagia tanto com ela. No entanto, meus ex-colegas me contaram sobre alguns programas que nossa escola estava implementando para fazer com que os refugiados se sentissem mais bem-vindos. Isso incluía cozinhar para eles e simplesmente passar um tempo com eles para que pudessem praticar o e interagir com os austríacos. Na minha opinião, isso é muito importante para os refugiados porque para poder se adaptar eles têm que saber como falar alemão. Mesmo que eles possam aprender alemão em um curso, não é a mesma aprendizagem como interagir com pessoas que realmente falam a língua no dia a dia. Em conclusão, como Zygmunt Bauman diz: "Os refugiados simbolizam, personificam nossos medos. Ontem, eram pessoas poderosas em seus países. Felizes. Como nós somos


aqui, hoje. Mas, veja o que aconteceu hoje. Eles perderam suas casas, perderam seus trabalhos. O choque está apenas começando.", é essencial entender que a crise de refugiados tem vários aspetos, que o filósofo menciona. O primeiro é que a crise de refugiados é um assunto muito grande que tem mais amplo significado para todas as pessoas do mundo. Ele fala sobre a maneira em que os refugiados são afetados, e como isso pode afetar a maioria das pessoas que não estão envolvidas, porque, em natureza, todos nós compartilhamos os mesmos medo, independente da situação. O mundo está sempre mudando e em qualquer momento pode ser que o seu país se torne o país afetado por guerra. Nunca se pode saber, o que mostra como as mudanças podem vir como surpresas. E na última sentença Bauman mostra a importância do fato que o futuro é muito amplo e inesperado, então a crise de refugiados é um problema que apenas está começando e vai continuar por muito tempo. Por causa disso é ainda mais importante ajudar os refugiados para que eles tenham a chance a uma vida melhor, porque em qualquer momento nós poderíamos ser as pessoas afetadas. Em conclusão, a crise de refugiados está causando muitos desafios na Áustria, principalmente em questões sociais e econômicas. Ainda assim, há muitos países envolvidos nesta situação.


Benefícios do Esporte Eletrônico

André Schmidt

Neymar, Coutinho, Firmino. Todas essas pessoas são jogadores de futebol conhecidos mundialmente. Porém, existem jogadores que são conhecidos por jogarem vídeo-games como o Fallen e o Kami. Com os fatores econômicos, a dedicação deles à sociedade dos jogos ajuda o Esporte Eletrônico a ter um grande benefício. Como os esportes vêm crescendo a cada dia, várias empresas conhecidas nas vidas das pessoas estão investindo em campeonatos brasileiros e internacionais. Um exemplo disso é o CBLOL, o principal torneio de League of Legends no Brasil, atualmente, que conta com três principais patrocinadores, a Red Bull, a Dell e a Gillette. Eles fazem com que pessoas assistam ao torneio e comprem mais, mesmo porque os jogos passam em canais de esporte atuais como o Sportv e a ESPN. Outro exemplo de investimento é o fato de clubes tradicionais do futebol, como o Flamengo e o Santos, criarem times nos jogos eletrônicos para ganharem mais sucesso. Mas a vida do jogador não é fácil. Como eles querem ter o melhor resultado, treinam de oito a doze horas por dia, sendo que precisam também estar saudáveis para estar no pico do seu jogo. Não só isso, mas também como eles moram com os companheiros de equipe, não podem sofrer por nenhum tipo de briga interna. E isso exige muito da inteligência emocional deles. Porém, vários jogadores estão com problemas físicos e mentais por conta do desgaste. O maior exemplo disso é o Absolut, um jogador que foi afastado por conta de tendinite. Mas o que faz esse tipo de esporte ser bom mesmo é a oportunidade de ser um “proplayer”. A maioria de nós sabe em relação aos esportes tradicionais o que é ser um bom jogador. Mas no caso dos eletrônicos, é muito relativa a ideia do que é ser de quem é um bom jogador ou não. Neles, o sistema de rank é uma maneira de ter os melhores jogadores. Por exemplo, uma pessoa com um elo (maneira de se referir à habilidade) mais alto, tem chances de ser um jogador profissional. Outra coisa que faz o acesso se melhor é que, só com uma internet e um computador, qualquer pessoa pode ser um jogador. Isso porque é mais fácil sentar na cadeira e jogar um jogo eletrônico do que sair para achar um lugar para jogar alguma coisa. É por isso que os esportes eletrônicos são muito bons, porque eles de forma geral vêm crescendo e também porque ajudam não só aos telespectadores, mas ajudam os investidores, jogadores e futuro jogadores. Eles até podem ser o esporte do futuro, e o futuro está aqui.


Cultura, pra que te quero?

Julia Tolda

Após a extinção do Ministério da Cultura (também conhecido como o MinC), no dia 2 de janeiro de 2019, o segundo dia do governo de Jair Bolsonaro, este se tornou assunto no Brasil inteiro. Reações variadas vieram de todas as camadas da sociedade. Muitos artistas protestaram contra o fim do MinC e alguns chegaram a escrever uma carta aberta pedindo a continuação do mesmo. Nela, a cultura é citada como “um direito fundamental e constitucional”. Mas enquanto artistas chamaram o fato de um “retrocesso histórico”, muitos não-artistas celebraram a decisão de extinguir o MinC, manifestando-se principalmente online. “Acabou a mamata!” escreveu um leitor do Portal IG, em um comentário acerca de um outro texto, cujo título era: “Com fim do Ministério da Cultura, criação de secretaria divide classe artística”. Outro leitor chamou a classe artística de “parasitas, sustentados pelo dinheiro do povo brasileiro”, num post sobre o mesmo texto. Perante essas reações diversas, é inegável que a cultura se tornou um assunto complexo: sua importância e necessidade na sociedade moderna entraram em discussão. Neste meu texto, pretendo abordar as diferentes formas em que a cultura pode ser usada e argumentar que ela é essencial no mundo de hoje. Mas antes de discutir os usos da cultura, esta deve ser definida. De acordo com o dicionário Michaelis, cultura é o “conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social’’. Música, comida, teatro, rituais religiosos, linguagem, mitos, danças e arquitetura são considerados parte da cultura de um grupo. Portanto, ela pode também ser descrita como a expressão da identidade de um povo. É ela que os define enquanto comunidade, ela que une aqueles que fazem parte de um conjunto. É uma herança vinda do passado não só de uma família, mas de toda uma sociedade, um grupo. A cultura brasileira, por exemplo, é composta da cultura de diversos grupos étnicos que ajudaram em sua construção. Elementos indígenas, europeus e africanos se misturam para criar o que hoje vemos como o verdadeiro brasileiro, da língua à religião. Quando percebemos que a cultura permeia cada aspecto de nossas vidas, é fácil ver sua importância. Nossa identidade está enraizada à cultura à qual pertencemos e é por ela que somos definidos. Prezar pela cultura é prezar pelo futuro, presente e passado, pois é ela que deixamos para as gerações que vêm, assim como as outras deixaram para nós. Recordar é viver, já diz o ditado popular, e se lembrarmos da cultura podemos mantê-la (CULTURA, 2018).


A cultura também serve como forma de expressão, sendo ela política, ou não. Manifestações artísticas são muitas vezes usadas pelo povo como meio de protestar, como maneira de chamar atenção a uma questão específica que os aflige. Em momentos de guerra e tensão, artistas solidários à causas fazem de sua arte plataforma. O que seria do mundo sem “Guernica” de Pablo Picasso? Sem “1984” de George Orwell? Sem “Panis et Circenses” de Gilberto Gil, Os Mutantes e outros? Sem “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles e Kátia Lund? A cultura torna mensagens complexas acessíveis ao público, traz para eles de maneira poética críticas, sugestões, ideias. A arte é um instrumento poderoso para gerar mudança, denunciar abusos e expor verdades. Como escreveu Albert Camus, “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro”. Ou seja, uma sociedade realmente livre deixa que seus cidadãos se expressem. Se ela não incentiva a cultura, não incentiva o pensamento crítico, que é o combustível para o debate, que leva ao avanço. Uma sociedade sem cultura é uma sociedade que não se desenvolve, não cresce. A censura cala a voz do povo, mata. Além disso, a cultura também educa. Por meio da análise da cultura de um povo, entendemos seu passado e seus ideais. O que amam, o que odeiam. É por ela que estabelecemos conexões, nos aproximamos de outros diferentes de nós. É por ela que entendemos a história, geografia e política de países que não são os nossos. Fotografias, livros, músicas e filmes trazem para perto conceitos estrangeiros. Documentários explicam o Big Bang, a evolução das espécies, a criação das primeiras sociedades. Ainda que nunca possamos voltar no tempo e viver na época dos gregos antigos, peças inteiras foram deixadas para trás. Os mitos de Medusa, Hércules e Édipo são conhecidos em todo o mundo e se tornaram parte da cultura de vários outros povos. Poucos hoje carregam na pele os horrores do Holocausto, estes estão descritos no “Diário de Anne Frank”, disponíveis a qualquer um que queira aprender sobre essa trágica era na história mundial. No Brasil, ouvimos música e assistimos filmes estadunidenses, que contam histórias de colônias Inglesas, nacionalismo e rebeldia adolescente. Exportamos nossa resiliência, a beleza de nossa terra e alegria de nosso povo. Somos definidos pelo que mostramos aos outros, pelo que eles podem aprender sobre nosso país. Por último e não menos importante, a cultura é também forma de renda: 50 bilhões de reais são movimentados por ano no Brasil no mercado de artesanato (BACCARINI, 2018). A música permeia todos os estabelecimentos, casas e carros do Brasil e do mundo. Horas e horas de programas de televisão, filmes e novelas são passados toda semana. Como escreveu Mafalda Moutinho em seu texto de opinião para o jornal SOL intitulado “A cultura é importante?” “nossos


artistas são os nossos embaixadores pelo mundo todo, são, em si mesmos, a boca de um povo”. Muitos reclamam que os artistas cobram caro e fazem pouco, mas não é grande o número daqueles que se dispõem a ter uma vida pública. A dar a cara a tapa, a viver de incerteza, buscando reconhecimento. Trabalhar com arte e cultura é trabalho. Exige preparação, exige doação, exige tempo e espaço. Moutinho novamente é certeira em suas palavras:“ninguém vive apenas de aplausos quando a cortina cai ou com uma palmadinha nas costas” (MOUTINHO, 2018). É fácil reclamar da classe artística, mas é difícil fazer o que muitos deles fazem com maestria: levar o público a rir, chorar e se emocionar com seu trabalho. A arte é uma fonte de distração e informação amada, mas ao mesmo tempo muito pouco respeitada. Diante do exposto, podemos concluir que a cultura é extremamente importante na sociedade moderna. Só ela é que capacita a expressão de uma identidade, é forma de protesto, de educação e fonte de renda. É triste ver como ela é tão desrespeitada e desvalorizada na sociedade de hoje. A extinção do Ministério da Cultura não gerou economia, como foi prometido pelo atual presidente, e nem trouxe algum avanço. De acordo com o artigo “‘Política cultural do Bolsonaro é anticultural’, afirma ex-secretário” de Pedro Rafael Vilela para o Brasil de Fato, “o desaparecimento da figura do ministro da Cultura, é o mesmo que ‘desaparecer’ com o tema no debate público”. O Brasil não é um país desenvolvido nem tem “tradição em políticas culturais fortes”. A alteração no status do MinC para secretaria trará ainda mais dificuldade para tornar claro que a cultura é “parte de uma agenda política de desenvolvimento”. Se mais cultura traz mais vida, como dizem os Textos Judaicos, esse não será o caso para o Brasil pelo menos até o fim do Governo Bolsonaro. De nada valerá a frase do pensador grego Aristóteles, centenas de anos mais velho que Cristo: “A cultura é o melhor conforto para a velhice.” (VILELA, 2019).


O Desafio do Corpo Feminino

Leticia Vaselli

A mulher de hoje em dia vem sofrendo com ideais de beleza impostos pela sociedade e pela mídia há muitos anos. A preocupação com o corpo feminino é a causa de tantos problemas de instabilidade física e mental. Enquanto antigamente, na antiga Grécia, o corpo ideal era ter coxas grossas, quadril largo e seios desenvolvidos, hoje em dia, quanto mais magra e alta estiver, mais perto da perfeição você estará. Esta mentalidade de "corpo perfeito" é formada pelas figuras que representam a moda atual e são desenhadas pela tecnologia para serem perfeitas, mesmo que ao vivo não seja esta a imagem verdadeira. Muitas mulheres se sentem reprimidas por essas imagens em capas de revista que aparentam perfeitas e se baseiam nessas figuras "superiores". Com base nessa crença de que existe um corpo perfeito, mulheres, especialmente jovens, se alimentam não para se manterem saudáveis, mas sim para emagrecer e não ganhar peso. Dando continuidade a este assunto, podemos ilustrar um comentário feito pelo palestrante Leandro Karnal: "A mulher é, para a cultura, o corpo. O corpo feminino é o grande desafio.Todos têm o mesmo obstáculo: como decifrar o corpo feminino?" Assim ele reforça a ideia de que o corpo feminino é muito difícil de se decifrar pela variedade existente e pela pressão sofrida pela mulher com base no olhar masculino. Entretanto, os meios dos jovens se encaixarem nos padrões da sociedade vêm aumentando muito, como cirurgia plástica, maquiagem e o famoso photoshop. Cirurgia plástica costumava ser algo com que as mulheres se envergonhavam de fazer, pois estavam deixando de ser originais em relação a seus corpos e adotando características “não naturais”. Porém, hoje em dia, o tratamento estético passou a ser algo feito muito frequentemente e pelo mundo todo. Ao ver os corpos desenhados com curvas e ilesos de celulites, isso gera um sentimento de inveja e tristeza em mulheres que não possuem a mesma coisa. Por isso, elas sentem a necessidade de mudar seu corpo, criando curvas, aumentando seios e nádegas, diminuindo o nariz para se parecer com a modelo da capa de revista. Na cabeça das mulheres, quem está na capa é uma pessoa na qual devemos nos basear pois ela foi a escolhida para representar a beleza da mulher e representar uma marca. De acordo com o website Terra, em 2017, o aumento de mulheres no Brasil fazendo procedimentos estéticos subiu de 10 milhões para 11 milhões. Enquanto nos Estados Unidos essa porcentagem abaixa a cada ano. Isto pode ser argumentado pelo fato de que modelos brasileiros têm o corpo mais desenhado do que de americanas, e as mulheres brasileiras sentem mais a pressão de ser como essas outras pelo simples fato de terem nascido no Brasil.


Outra coisa que ajuda as mulheres a serem menos elas mesmas para entrarem nos padrões de beleza da sociedade é a maquiagem. Com um aumento de 117% em 2018, o comércio de produtos de beleza foi o setor de lojas que mais cresceu no Brasil. A maquiagem em si foi feita para que a mulher pudesse fazer de seu rosto uma obra de arte, pintando estilos diferentes para criar looks diferentes de uma hora pra outra. Muitas mulheres usam maquiagem para esconder imperfeições no rosto, como espinhas ou manchas, enquanto outras passam maquiagem para ficar totalmente diferentes de quem são ou até mesmo porque gostam de se pintar. Mas independente da razão por trás do uso da maquiagem, esses cosméticos viralizaram porque as modelos-referência foram as primeiras a usarem e a fazer propaganda dos produtos. Por elas terem toda essa autoridade como sendo uma personagem referência para mulheres, as pessoas compram maquiagem e outros produtos exibidos não só para se parecerem com as modelos, mas também porque elas usam e recomendam. A mais nova era de tecnologia traz com ela muitas novidades para todos os campos e gostos. Juntamente a isto existem os aplicativos de divulgação da própria imagem e para conserto desta. Esta mágica online foi uma das melhores maravilhas que surgiu no mercado de moda e beleza. Não só para modelos de marcas, mas também para mulheres comuns, isso foi um avanço tecnológico impactante. Com a existência de vários aplicativos e programas desenvolvidos para realçar a beleza de cada um, as mulheres viciaram-se nesses meios para mostrar para os outros como elas se encaixam nos padrões da sociedade. Por mais que o photoshop tenha seu lado positivo de ajudar uma mulher a se sentir bonita o suficiente para postar essa imagem online, ele traz muitos pontos negativos. Ao mudar sua aparência em uma tela, a mulher acaba lembrando que sua verdadeira aparência física não é assim, consequentemente podendo gerar emoções negativas pelo choque de realidade. Ao ver uma mulher perfeita na tela criada por ela mesma, distúrbios mentais podem ser gerados ao ver a sua própria imagem no espelho, apontando defeitos nela mesma que antes não reconhecia. Por isso, o photoshop serve para promover sentimentos positivos que elevam a auto-estima apenas a curto prazo. Isso porque, em todas as capas de revista, as imagens de mulheres passam por edições irreais para que fiquem magras, lindas e sem defeitos. E quando as pessoas veem estas mulheres perfeitas, o photoshop ajuda a ficar igual elas, mas apenas numa tela de celular. Hoje em dia, existe maior reconhecimento de que estas plataformas de edição existem e que mesmo as modelos lindas as utilizam, diminuindo assim, o estado de tristeza e frustração por não se encaixar no padrão de beleza definido pela sociedade. Por outro lado, mulheres de hoje em dia reconhecem que a sociedade gerou estes estereótipos de mulher perfeita por ser muito machista e que esta imagem da "mulher perfeita"


foi gerada por homens e suas opiniões. Quando, na verdade, existem mulheres de todos os tipos, tamanhos, raças e cores. Cada mulher é diferente e não deveria se sentir intimidada por não se encaixarem no perfil de "beleza" definido pelo sexo masculino. Hoje em dia, muitas mulheres se consideram feministas e procuram eliminar esses estereótipos em conjunto com ações que buscam eliminar injustiças feitas contra mulheres. Ao lutar pelos direitos de cada mulher, elas enfrentam o sexo masculino que sempre foi superior em vários sentidos. Todo esse feminismo se espalha pelo mundo e contagia as mulheres a não acreditarem na imagem vista nas capas de revista ou em passarelas, pois elas passam a saber que nada do que veem é realista e sim uma projeção de perfeição irreal. Em relação a modelos de passarela, trata-se de uma profissão que exige muito sacrifício e meses sem comer de modo saudável para atingir um corpo daqueles, e hoje muitas mulheres entendem isso. Por isso preferem adotar uma dieta saudável na qual não se forçam a ser infelizes apenas para ter um corpo “seco”. Afinal, cada mulher decide a visão que tem de seu próprio corpo e do que significa ter beleza, sabendo que existem várias realidades pelo mundo. Em suma, a mídia é uma grande causadora de tantos problemas em termos de autoimagem e autoestima de mulheres que não se sentem parte dos estereótipos de beleza. Por conta das imagens projetadas em revistas, em contas no instagram, em passarelas e propagandas de marca, elas podem se sentir inferiores por não se parecerem com uma modelo e procurar recursos para que se sintam melhor ou até mudar seu físico para se parecer com esse tipo de profissional. Afinal, por mais que uma mulher diga que está mudando por "si", ela tirou esta ideia de algum lugar que, no caso, saiu da inspiração nessas mulheres que chamamos de “lindas”. Seguindo este pensamento, Leandro Karnal diz que é muito difícil definir uma mulher, mas o que é certo é que "o que define a mulher é o espelho." O que cada uma vê ao se olhar no espelho é o que define seus pensamentos e influencia suas ações. Com a existência da maquiagem, dos tratamentos estéticos e do photoshop, ficou muito mais fácil se adaptar para entrar nos padrões de beleza estabelecidos na sociedade. Apesar de muitas mulheres quererem mudar suas aparências por via destes produtos, muitas já aceitam que cada um tem sua beleza e que ninguém é obrigado a se encaixar no estereótipo de loira, olhos claros, alta e magra. É dessa maneira que a mídia tenta distorcer e influenciar o pensamento de pessoas com fins lucrativos, mas hoje em dia tem sido mais difícil mudar os valores de mulheres com apenas uma imagem.


Mclaren P1 vs Senna

Andre Versolato

Mclaren para muitos fãs de carros é considerada uma nova marca que recentemente reinventou a cena do automóvel. Mclaren automotivo em 2013, após quase uma década sem fabricar veículos, decidiu reinventar a marca. Mclaren, no ano 2000, deixou o mundo dos carros, deixando-nos com o Mclaren F1. O Mclaren F1 é um dos carros mais caros e procurados do mundo. Esta obra-prima deixou o povo entusiasmado, esperando e esperando que a Mclaren voltasse com outro carro incrível. Em 2013, a Mclaren anunciou que voltaria a produzir o automóvel novamente. Primeiro, eles começam com o 12c, que muitas pessoas não gostaram devido ao seu estilo diferente e aos muitos problemas. Um ano depois, eles se aposentaram para ficar entusiasmados com os 650s, que muitas pessoas pensavam que era uma atualização incrível em comparação com 12c. Com os anos 15 sem fabricar um vehiculo, as pessoas esperavam novamente um supercarro, e no ano de 2015, a Mclaren surpreendeu o mundo com o Mclaren P1, uma máquina espetacular. O Mclaren P1 é um dos carros que faz parte da “Holy trinity” com a Ferrari e a Porsche. O carro foi um dos primeiros carros Hyper do mundo. Isso não só fez as pessoas ficarem loucas com seu estilo, mas como Jeremy Clarkson disse: "É mais ecológico do que um Toyota Prius". Esta questão ecológica do P1 fez o público enlouquecer porque era um veículo com 903 cavalos de potência, mas ainda assim bom para o ambiente. Essa conquista foi devido à mistura entre motor a gasolina e motor elétrico que alimentam o veículo. O Mclaren P1 era um híbrido e na época nenhum “supercarro” era um híbrido. As pessoas acreditavam que a Mclaren havia armado o carro híbrido. O Mclaren P1 era uma máquina de pista e estrada incrível que tinha uma presença como nenhum outro automóvel naquela época. A fórmula para este veículo foi muito fácil: criar um dos melhores carros de estrada do mundo, e a Mclaren foi capaz de fazer isso sem nenhum problema, coisa que pouquíssimas marcas conseguem. Este automóvel era o melhor trabalho da Mclaren e as pessoas não acreditavam que ela pudesse fazer melhor, mas novamente ela Mclaren surpreendeu a todos em 2018 com o Mclaren Senna. A Mclaren Senna foi a nova Mclaren a assumir o carro Hyper da marca, eles tinham um novo objetivo e um novo sonho. O carro, quando saiu pela primeira vez, chocou as pessoas, com seu estilo aerodinâmico, segundo a revista Car and Driver, mas era apenas estranho e ainda bonito, do seu próprio jeito. O Mclaren Senna tinha 789 cavalos de potência que o tornaram mais rápido que o P1, mas não tinha um motor híbrido, era um simples motor a gás. Mas o que o


tornou revolucionário foi a sua aerodinâmica; o veículo tinha buracos e uma asa enorme que o tornou um dos melhores carros na pista. É mais rápido que carros de corrida. E este automóvel é completamente extraordinário. Mas devido a este foco no estilo é um veículo muito controverso; muitas pessoas amam este automóvel ou o odeiam. Bruno Senna, um piloto incrível, chegou a dizer: “Fazendo jus ao seu nome, o Mclaren Senna foi o carro de corrida mais brutal, mais rápido que eu já pilotei. Não dá nem pra acreditar”. Isso prova quão incrível esse carro realmente é e como o P1, que na época parecia tão bom, agora é considerado normal. A Mclaren Senna e P1 são muito surpreendentes, ambos têm seus aspectos positivos e negativos. Por exemplo, mesmo que a Mclaren P1 seja um carro antigo, é muito mais rápido que o Senna. Tem 903 cavalos de potência em comparação com os 789 cavalos de potência do Senna. O Senna não tinha tanta potência quanto o P1 devido ao seu incrível sistema aerodinâmico que, se aumentasse a potência em 10, destruiria completamente a suspensão devido ao imenso peso criado pela asa quando o ar está passando por ela na velocidade máxima. O P1 leva o Senna pela potência, mas se você é um consumidor que prefere um carro muito leve, o Senna vai bater o P1 porque o Senna pesa apenas 1198 kg, em comparação com 1400 kg no P1. O Senna é um carro muito mais leve e um veículo mais leve significa que ele é muito melhor nas curvas. A idéia da Senna já mencionada anteriormente é que é um carro para a pista de corrida para a estrada, então ela precisa dirigir e dirigir como um carro de corrida muito leve, então é por isso que é tão leve e fácil de dirigir enquanto a P1 é um carro para ir rápido em linha reta. Agora, comparando 0-100 km, o Senna e a Mclaren fazem isso ao mesmo tempo. Mas uma coisa que separa esses dois carros é que o Senna fundido é um carro muito mais barato para ser manufaturado, então custa menos, enquanto o P1 custa 400.000 dólares a mais. Como ambos têm seus pontos positivos e negativos, um é mais rápido, mas o outro é mais leve, esses carros têm mais positivos e negativos que os tornam quase iguais em carros incríveis, mas como o escritor, é possível ver que há um carro melhor para a estrada. Como alguém que ama carros e gosta quando é duro e muito fascinante, existe um carro que se destaca nesta batalha. Antes que a resposta seja respondida, vamos criar um cenário, você preferiria dirigir um carro que vai quebrar suas costas toda vez que você dirige ou um carro que foi feito para a estrada que dirige tão bem, mas não quebra as costas. Qual carro você levaria? Pode parecer uma resposta simples, mas muitos fãs de carros têm muita dificuldade em decidir. Mas agora vamos voltar para a resposta. O Senna, um carro ainda mais louco que a Mclaren P1, é um automóvel melhor para a estrada? A resposta simples é não. Mclaren com o Senna teve uma ideia revolucionária, que é


algo que nenhuma empresa fez antes, criar um carro de corrida para estrada, o que foi um objetivo simples, mas acredita-se que eles passaram o ponto de carro de estrada e o Senna só é um carro de corrida. No entanto, o Senna tem muitas vantagens diferentes em relação ao P1, mas essas vantagens ainda fazem do Mclaren P1 um carro melhor para estrada. Nas ruas ninguém precisa de um carro maluco que possa curvar como o Senna, é por isso que para as ruas o Senna é inútil. A P1 mesmo sendo um carro de estrada é mais rápido e é muito melhor ir rápido em uma linha reta, comparado com uma curva. Se você tentar liberar todos os potenciais da Senna nas ruas, pode se tornar muito perigoso, porque sua habilidade só pode ser controlada em uma pista de corrida e na rua, onde é muito imprevisível, o carro pode causar sérios danos. O P1 também é um carro louco, mas muito mais controlável e com menos potencial para causar problemas nas ruas. Devido ao seu incrível sistema de computador e aerodinâmica menos rígida, as pessoas não tentarão fazer coisas malucas com o carro. Então, no geral, o P1 é um carro de estrada muito melhor do que o Senna.


Perigos das Notícias Falsas

Renata Blum

Com a revolução tecnológica, as pessoas contam com acesso a informação em múltiplas plataformas e em tempo recorde. Todos estão a um click de diversas fontes, citações, notícias e opiniões. Porém, as informações disseminadas carregam um falso senso de veracidade. O leitor, então, pode ser facilmente enganado com uma informação dada como correta submetida a nenhum tipo de cheque. A chamada fake news está se mostrando cada vez mais como uma ameaça, ou até mesmo um instrumento de manipulação. É vital e necessário tratar de notícias falsas como uma ação realmente criminosa, capaz de induzir e enganar. As redes sociais são grandes transmissores das fake news. Por suas políticas abertas a liberdade de expressão, todos são autorizadas a dizer o que desejam desde que não dispare contra os termos e condições da plataforma. Porém, redes como o facebook estão sendo utilizados para a distribuição de notícias, tais como uma própria plataforma notíciaria. Isto é perigoso, pois redes sociais tem o objetivo de compartilhar informações abertas a opinião, sem nenhum tipo de verificação factual. Como explicado pelo site do Brasil Escola, “as informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade seu conteúdo.” A grande atuação das notícias falsas tem sido em épocas de eleição. O escândalo de fake news, por exemplo, protagonizou ambas as campanhas americanas, em 2016 e a própria brasileira em 2018. Redes sociais se poluíram com material político incorreto, sempre tentando convencer o indivíduo a apoiar um lado e desacreditar o oponente. Citando Brasil Escola, “Fake News ganhou força mundialmente em 2016, com a corrida presidencial dos Estados Unidos, época em que conteúdos falsos sobre a candidata Hillary Clinton foram compartilhados de forma intensa pelos eleitores de Donald Trump.” Já no Brasil foram diversas fontes compartilhando e atacando os principais candidatos à presidência, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. O grande problema com fake news é que por atender às convenções formais de um tipo de texto informativo, por exemplo, o leitor leva o documento sem questionar sua fonte ou sua verdade. Normalmente isso acontece pois a informação vai de acordo com convicções que o leitor já leva consigo, sendo então menos apto a questioná-lo. Isso se torna realmente um problema de grande porte a sociedade caso não seja realizada a importância do questionamento.


O poder das redes sociais

Rebecca Powells Publicidade é uma coisa da qual o mundo depende. Como se fala no Brasil: “Publicidade é a alma do negócio”. Mas há vários tipos de publicidade, não é só pra negócios mas também tem o aspecto da “auto promoção”. Mas ainda, publicidade é muito importante por várias razões. Ela é uma coisa subestimada, tem o poder de mudar pessoas e as suas almas. “Propaganda” e “Publicidade”, por que dois nomes? Não é mesma coisa? Não, Publicidade e Propaganda são coisas diferentes. Propaganda é um tipo de publicidade, para colocar em palavra simples. Já a Publicidade quer informar o público sobre um produto ou serviço, ao passo que a propaganda é uma coisa mais geral. Propaganda pode ser um dispositivo do Governo. Por exemplo, quando o Governo quer convencer sobre uma ideia. A Publicidade quer que as pessoas comprem um produto ou serviço. Esta é uma coisa muito relevante: a maneira que a propaganda compartilha suas ideias. Uma outra coisa que é importante lembrar é que Propaganda não significa necessariamente que é uma coisa ruim. Quando uma pessoa ouve essa palavra, a maioria do tempo vai pensar sobre Hitler ou alguma coisa assim. Mas como a Propaganda pode ser uma coisa ruim, também pode ser uma coisa boa. Propaganda é uma forma de comunicar com o mundo. Uma coisa também muito importante sobre Publicidade é que cada país é diferente. Isso acontece porque a Publicidade não é só uma forma de comunicar, mas também de refletir a cultura do país. Em um mundo moderno cheio de autopromoção, tem que ter uma forma de cultura. Com publicidade e propaganda, o aspecto da cultura do país está presente. Então, qual é a importância dessas duas áreas? Publicidade ajuda empresas a vender um produto ou serviço; pessoas podem ver um produto ou serviço antes de comprar e criar trabalhos para pessoas mais criativas. Publicidade também pode ser usada no aspecto da autopromoção, na medida em que pessoas podem criar uma imagem delas para mostrar ao mundo. Uma importante figura para falar sobre isso tópico é o Jose Carlos Vieira que é um especialista influente para Opinião Pública. Ele fala que: “Vivemos a era do Marketing, a exploração de uma marca, de um estilo, pessoa” que é importante porque relaciona com o aspecto das redes sociais e autopromoção. Mas ele adicionalmente fala que a importância de Publicidade é: divulgar, valorizar, fazer a propaganda boca a boa, veicular uma imagem que será multiplicada milhares de vezes em todos os meios de comunicação.


O que é “autopromoção”? Autopromoção é uma coisa que todo mundo faz, e é uma coisa que o mundo se adaptou para. Não é uma coisa que as pessoas fizeram no passado, esse tipo do “self appreciation” é uma coisa nova típica desta geração. Um grande tipo de autopromoção são as ‘selfies’, essa coisa que se tornou muito popular. Uma outra coisa que se tornou muito popular são as redes sociais, tipo Facebook e Instagram. Uma coisa interessante sobre essas redes sociais é as coisas que as pessoas fazem. Autopromoção e redes sociais são aquilo que a maioria das pessoas usam, e postam só coisas “felizes”. O jeito que sociedade é, é que as pessoas precisam ser só de um tipo. Não tem espaço para ser diferente, então as redes sociais são sobre quem tem a vida melhor. Então esta é uma coisa que acontece do mesmo modo com o Facebook, pois lá todo mundo vai colocar imagens do lado bom da vida. Não vai ter uma imagem que representa um aspecto ruim da vida da pessoa. Rede social é quase como uma máscara, só vai ser coisas que todo mundo quer. Eu acho que as redes sociais e essa ideia de autopromoção tornou as pessoas mais ignorantes porque todo mundo quer criar uma imagem ideal. Mas isso também é uma coisa importante. Para coisas como aplicações para universidade, sites de namoro etc. Para algumas pessoas, autopromoção e redes sociais representam uma decadência, uma espécie de queda. Publicidade também serve pra uma coisa principal que é comunicação. Se você olha para a Publicidade com o olho da história, pode ver como ela evoluiu. A língua e o jeito que as pessoas se comunicam, como um todo, tudo isso evoluiu. Essa é uma parte do mundo, a evolução da raça humana. Essa evolução é uma coisa muito crucial para o jeito que o mundo vai funcionar no futuro. Então como a língua dos humanos evoluiu, publicidade segue isso também. Então se você comparar a Publicidade de quinze anos atrás com a de agora, você pode perceber uma diferença muito grande. Um aspecto dessa diferença também é a tecnologia que também evoluiu. Em Publicidade, um produto ou serviço pode ser comunicado antes da uma pessoa comprar. Isso é bom para os consumidores, porque eles podem ter uma ideia da aquela coisa que querem antes de comprá-la. Publicidade ajuda empresas em vendas do um produto ou serviço, e as pessoas podem ver um produto ou serviço antes de comprar. Esses são dois pontos muito importantes. Quando uma empresa lança uma propaganda nova, pode ser um sucesso ou falha. E, dependendo, pode ajudar as vendas do produto ou serviço ou pode não ajudar. A Publicidade de um produto é a coisa mais importante, porque influencia todo o processo de venda. Também a Publicidade pode mostrar pessoas o bom lado do produto e aí, as pessoas podem comprá-lo. Também na Propaganda do produto ou serviço pode-se mostrar onde se pode comprar e como funciona essa compra.


Para a Publicidade funcionar, precisa que ela pegue a atenção das pessoas. Isso também significa dizer que pessoas mais criativas podem trabalhar também. Esse é um trabalho muito importante para as empresas. A Publicidade que a empresa lança precisa ser a melhor para o produto ou serviço vender. Então, uma pessoa que é boa em matemática não pode fazer esse trabalho. É muito difícil para encontrar trabalho quando você é uma pessoa mais criativa. Com empresas e Publicidade/Propaganda, pode-se criar um trabalho seguro pra uma pessoa. Um lado ruim é que redes sociais pode ser um jeito de informar sobre coisas ruins também. Por exemplo, como o site fiqueisemcracha fala: “Os meios de comunicação são rápidos para informar sobre aspectos negativos de redes sociais, como cyberbullying ou roubo de identidade”. Então, pode-se concluir que a Publicidade é uma coisa muito subestimada. Ela exerce muito poder nas pessoas e isso pode mudar tudo. Ela é importante para comunicar com o mundo e também manter a cultura viva no mundo moderno. O mundo moderno muda muito rápido e a Publicidade está desacelerando esse processo. Então quando nos perguntamos sobre a importância do Publicidade, sabemos que ela é importante para valorizar o passado e o futuro de várias maneiras. Em meu ponto de vista, eu acho que a Publicidade é uma coisa muito importante e, sem ela, o mundo não funcionaria. Ela permite às pessoas viver uma vida mais criativa e entretida. Também é uma coisa sem a qual as empresas não podem sobreviver. O impacto que tem nas vidas das pessoas também é importante, porque com a sociedade moderna tudo e na redes sociais, fica controlando as vidas das pessoas. Então, eu acho que é importante para criar consciência sobre isso e também o poder que publicidade e redes sociais têm para fazer coisas boas.


A Liberdade de Imprensa

Pedro Zagury

Por todos os lados, as cenas são parecidas: jornalistas, após trabalharem contra figuras de autoridade, cumprindo a função que sempre lhes foi sacra e servindo aos interesses da verdade, são perseguidos, presos ou até mortos: o jornalismo livre está sendo ameaçado, e, logo, a democracia está em perigo. É inegável que o jornalismo moderno tem suas falhas: a emergência das fake news por parte de não-profissionais muitas vezes foi recepcionada com, ao invés de mais profissionalismo e comprometimento com a verdade, menos de ambos. Este fenómeno, combina-se c à parcialidade que muitos veículos têm mostrado, levando-os muitas vezes a ignorar a verdade por completo, destruindo a credibilidade da mídia perante o público. Por fim, a dependência de grandes veículos em seus anunciantes podem fazê-los sujeitos aos interesses destes, causando a impressão de que, nas palavras de Mauro Roberto, “o papel da mídia é o papel moeda”. Nada disso, porém, justifica os ataques à mídia, pois as indiscrições de poucos jornalistas não podem ditar as repercussões contra a maioria. Ainda se a maioria fosse corrupta, o que não é o caso, as consequências de qualquer restrição à mídia são muito terríveis para ser aceitas em qualquer sociedade democrática moderna, independentemente dos problemas desta. A partir do momento em que ao Estado é dado o poder de restringir o alcance ou opiniões de uma mídia livre, os jornalistas de um país viram simples ferramentas daqueles no poder, repassando ao público qualquer versão dos fatos que convém justamente ao Estado. Este, como em estados desde a Alemanha de Hitler à China de Mao Tsé-dong, é o primeiro passo do controle completo e ditatorial. Logo, apesar de seus muitos problemas, a mídia permanece sendo um bastião da democracia, com o dever sagrado de informar ao público o que o afeta, e incomodar aqueles que controlam o poder para que cumpram suas funções. Como disse o jornalista, escritor e defensor da democracia e direitos civis George Orwell, “Jornalismo é escrever o que alguém não quer publicado, o resto é relações públicas”: é inevitável que os jornalistas incomodem aqueles no poder, pois é exatamente por isso que existem, e por isso devem ser defendidos. O primeiro passo, logo, deve ser sempre criar e manter uma legislação forte que proteja liberdade de expressão e a imprensa de represálias estatais, isto é, de censura e perseguição. Por outro lado, é necessário que os muitos problemas dos jornalistas sejam solucionados, restaurando assim sua credibilidade, pois o jornalismo não tem utilidade se o público não confia


nele. Desde o escândalo de Watergate nos Estados Unidos, passando pelo impeachment de Fernando Collor de Mello no Brasil, a mídia precisa ser confiável para que as pessoas ajam sobre suas descobertas. Para restaurar esta, é necessário primeiramente que o comprometimento com a verdade e imparcialidade seja inculcado nos jornalistas desde sua educação, ou seja, nas muitas instituições de ensino superior que treinam jornalistas. Assim, mesmo em veículos sujeitos a interesses externos, os jornalistas em si poderiam agir de maneira imparcial coletivamente, assim evitando a escravização financeira da mídia. A liberdade da mídia também serve para solucionar seus problemas, pois a grande variedade de veículos midiáticos faz com que o público possa escolher não comprar jornais em que não confia, assim provendo um incentivo financeiro para a imparcialidade. Este desafio, mesmo que hercúleo, pois a grande maioria do público, especialmente no Brasil, tem desenvolvido um rancor contra os jornalistas, é essencial para a manutenção da liberdade e dos direitos civis e individuais: a queda da imprensa é sempre acompanhada pela queda da democracia. Com uma imprensa livre, o debate público é enriquecido e as pessoas no poder são obrigadas a governar de uma forma sujeita àqueles que os puseram nesta posição. Caso contrário, como diz o slogan do jornal The Washington Post, “A Democracia Morre na Escuridão”.


Imigração

Rodrigo Silva

Imigração: suporte essencial para o desenvolvimento de novos países. No Brasil o tópico da imigração tem sido uma pauta com discussões intensas depois que a crise de refugiados da Venezuela atingiu o estado de Roraima. Sofrendo com fome, falta de remédios e opressão, em uma das ditaduras mais sanguíneas da história da América Latina, essas pessoas são de nossa responsabilidade, portanto, é necessário recebê-las, afinal não somos apenas brasileiros, também somos pessoas do bem. Vale ressaltar que tais imigrantes podem apoiar o Brasil de diversas maneiras, se for considerado o nosso atual cenário político enquanto nação. Em primeiro lugar, muitos dos venezuelanos que cruzam a fronteira diariamente são engenheiros, médicos e advogados com uma boa formação que perderam tudo em seu país. Mesmo para trabalhos que exigem menos técnica, os imigrantes do mundo todo se veem como uma mão-de-obra muitas vezes qualificada. No Brasil, ter uma mão-de-obra qualificada é de muita importância, já que se espera que a partir de 2050 a nossa população comece a encolher, e com mais idosos do que pessoas atuando com sua na força de trabalho teremos mais pessoas dependentes do Estado e de seus serviços (como saúde), e menos pessoas para contribuir com impostos ao estado. Problemas acerca dessa questão já começaram a se mostrar, e que desembocam na reforma da previdência, tema que tem sido um dos principais aspectos discutidos. A semelhança cultural desses imigrantes com o nosso país também é um aspecto positivo. A Venezuela teve muitos padrões de imigração parecidos com o Brasil e aspectos climáticos. A além da religião e cultura, eles apresentam várias semelhanças. Assim a adaptação da população venezuelana no Brasil tem uma série de facilidades comparada com outras crises de refugiados, como as da Europa, onde muitos se preocupam com o fato de que que imigrantes Sírios tentam impor uma nova identidade cultural. Por último, é importante debater de sobre o fato de que esta nova onda de imigração está concentrada no norte do Brasil. O norte foi por séculos uma das partes do país Brasil com o maior potencial de exploração, mas também foi marcado por um lugar onde o desenvolvimento e a população são limitados. Os venezuelanos iriam trazer mais pessoas para o norte e dariam a estados como Roraima uma peça-chave para estes se desenvolverem. Com tudo isto em mente, continuo vendo que é uma responsabilidade do povo brasileiro aceitar certo número restrito, mas essencial, de imigrantes. Afinal, como diz o autor Oscar Handlin:


“Imigrantes são a história Americana, e não ao contrário”. Como um país americano, precisamos manter essa realidade.


Privacidade nas redes sociais

Calvin Lee

A privacidade é um direito humano que todos devem ter, mas infelizmente não tem sido respeitado pela maioria das pessoas. Já que as redes sociais requerem várias informações pessoais, ninguém está seguro ou isolado dos estranhos. Os dados exclusivos são facilmente distribuídos sem nenhuma cautela, portanto há muita abertura na vida particular. Os aplicativos atuais são públicos, logo oferecem muito acesso ao conhecimento dos outros, por exemplo, o Instagram é uma plataforma que facilita o compartilhamento de fotos e vídeos dos usuários, e por meio dele muitas pessoas estão sendo “vigiadas” pelo programa e não conseguem se livrar do rastreamento. Várias publicidades são vistas no “feed”, e a maioria delas são relacionadas a coisas da vida externa, portanto as redes sociais perseguem as pessoas para conseguir dados. Consequentemente, não é possível escapar da perseguição na internet, pois todos os nossos passos digitais são permanentemente marcados e registrados. Similarmente com o conceito de Big Brother do romance de George Orwell, "1984", tudo parece ser vigiado pelo “Irmão Maior” e é impossível de esconder dele. Assim situação torna-se muito parecida com o mundo digital de hoje. Em suma, as pessoas devem ser extremamente atenciosas com as postagens na web. Não devem divulgar informações pessoais facilmente e devem explorar as opções privativas nos aplicativos. O mundo está cada vez mais público, portanto as pessoas são obrigadas a cuidarem dos seus próprios dados.


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