O gênero discursivo seminário em sala de aula

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Artigo de opinião

O gênero discursivo Seminário em sala de aula Charlene Soares

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O que é o gênero Seminário discursivo? É um texto expositivo que tem como foco a oralidade. Em um Seminário, um ou mais emissor (es) que estudaram sobre um determinado tema expõem informações, descrevem ou explicam para uma plateia que deseja conhecer sobre o assunto em questão. De acordo com os conceitos e documentos apresentados nos PCN’s-LP, o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa se dá à luz da relação de três elementos fundamentais: o aluno, a língua e o ensino. Neste caso, o aluno aparece como sujeito da ação de aprender e a língua é o objeto de conhecimento. De acordo com as propostas trazidas nos textos “A exposição oral”, de Schneuwly et al, e “O ingresso do texto oral em sala de aula”, de Mercedes Crescitelli e Amália Reis, para que tenhamos alunos competentes comunicativamente significa que eles devem saber fazer uso da língua na modalidade oral e também escrita, levando em consideração que as situações de comunicação são imprescindíveis para um comportamento linguístico variável dos interlocutores nas relações de modalidades orais e escrita. Embora, a construção da linguagem expositiva seja empírica e por meio do trabalho didático de atividades de sala de aula, viabilizando os gêneros textuais, bem como as estratégias concretas de intervenções e procedimentos explícitos de avaliação, fornecem aos alunos instrumento para aprender conteúdos diversificados, a escola pretende, com a oralidade, promover nos alunos o desenvolvimento das capacidades de exemplificação, ilustração, explicação e o desenvolvimento metacognitivo, fazendo uso das fontes de informação, da utilização de documentos e elaboração de um plano seguindo estratégias discursivas, respeitando os parâmetros dos PCNS. Esta afirmação implica no ensino da língua tanto escrita quanto oral.

1 Acadêmica do curso de Letras – Unesc, bolsista nos programas de pesquisa e extensão: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Programa institucional de bolsa de iniciação à docência (PIBID) e Programa Observatório da Educação (OBEDUC) – Projeto Ler & Educar.

Artigo de opinião escrito para a disciplina de Práticas de análise linguística no curso de Letras da Unesc, (05/12/2015). 1


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Ás vistas disso, a importância de trabalhar o gênero discursivos em sala de aula

, percebe-se que a leitura, a escrita e produção oral de diferentes gêneros

literários, possibilita o desenvolvimento do escutar, do ler e escrever, produzir dramatizações culturais e além disso, a produção oral de variados gêneros produzidos pela mídia, como as reportagens, as crônicas jornalísticas, as charges, os editoriais, os emails, twitters, etc, firmam possibilidades para que o aluno entenda os discursos que circulam nos meios de comunicação, formule suas opiniões e utilize uma variedade linguística, que deve ser aplicada em um contexto social de cada uma das formas comunicação. Desse modo, esta proposta pretende, além dessas habilidades, prever o desenvolvimento de habilidades relacionadas aos aspectos gramaticais da língua portuguesa, com base nos diferentes gêneros abordados. Por conseguinte, é importante ressaltar que alguns passos são essenciais e caracterizam o gênero Seminário. O emissor deve apresentar na fala uma certa formalidade afim de passar as informações da exploração de diversas fontes de informação. O aluno deve fazer a seleção das informações em função do tema e após a elaboração de um esquema para a apresentação oral. Objetivos de um Seminário em sala de aula são a leitura, análise e interpretação de textos dados sobre apresentação de fenômenos e / ou dados quantitativos. Além do desenvolvimento da oralidade, integração em grupo, desinibição dos alunos. Com isso, teremos a formação de um cidadão crítico e pensador. Desse modo, a oralidade e escrita são modalidades distintas, porém não dicotômicas, ou seja, o ensino não pode ser tratado de forma ramificada. À vistas disso, é papel da escola ensinar não só a modalidade escrita, como a modalidade oral e fazê-lo com propriedade e competência. Entretanto, deve-se ter a consciência do que significa precisamente ensinar oralidade na escola, que é de acordo com os autores, uma forma de ensino baseado no paradigma linguístico e no respeito a variação linguística de todos os falantes. Em outras palavras, ensinar norma padrão ou norma culta e como ensinar o uso da língua em sala de aula é uma tarefa que exige do educador um estudo linguístico e metodológico. Além dessas considerações os autores ressalvam que o professor mesmo que não tenha tido uma formação com base nesses conceitos, deve estar sempre se reciclando, por meio de leituras na área, afim de saber adequar o ensino da norma culta, Artigo de opinião escrito para a disciplina de Práticas de análise linguística no curso de Letras da Unesc, (05/12/2015). 2


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a oralidade, o ensino gramatical e a produção escrita, para desse modo, auxiliar seus alunos em suas formações acadêmicas. Esse gênero presente nas escolas em aulas de diversas disciplinas, deve ser tomado como um objeto de conhecimento, mediado e sistematizado pelo professor no processo de ensino-aprendizagem. No que concerne ao ensino de língua ao aluno devese ressaltar que a presença do professor é primordial, pois é ele quem deve pensar no que é importante para o aluno aprender e qual a melhor forma dele alcançar o conhecimento. Nessa linha de pensamento, observa-se que a aprendizagem da Língua Portuguesa parte do pressuposto da reflexão que se faz sobre ela.

Referências CALLIAN, Giovana Rabite; BOTELHO, Laura Silveira. A análise linguística e o ensino de língua portuguesa: em busca do desenvolvimento da competência discursiva. Revista Educação em Destaque, 2014, Vol. 5, N 1: 1-21. CRESCITELLI, Marcedes Canha; REIS, Amália Salazer. O ingresso do texto oral em sala de aula. In: ELIAS, Vanda Maria (org). Ensino de Língua Portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo: Contexto, 2014. SCHNEUWLY, Bernard et al. A exposição oral. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (orgs). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado Aberto, 2004.

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