Edição março 2016

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Jornal

ANO 13 • No 157 • MARÇO DE 2016 WWW.FACEBOOK.COM/PASCOMSAOPEDRO

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Relações virtuais O que fazer quando o celular atrapalha o relacionamento humano Pág. 3

Semana Santa Veja a programação da festa litúrgica mais importante do ano Pág. 7

À espera de um lar

Conheça o novo Centro de Adoção de Cães e Gatos da Prefeitura de São Paulo, em Santana. As novas instalações no Centro de Controle de Zoonoses dão mais conforto aos animais, que chegam ali vítimas de abandono e maus-tratos. Os interessados podem interagir com cães e gatos, o que facilita o processo de adoção Pág. 4


ESPIRITUALIDADE

CARTA AO LEITOR

A oração, força de Deus em nós.....

Proteger a vida é animal! Retirar um bichinho de estimação das ruas ou de um abrigo é uma decisão difícil, mas já mudou a vida de muita gente. Estima-se que haja 400 mil cães e gatos desamparados na cidade de São Paulo. Apesar do esforço de muitas ONGs de proteção aos animais, milhares deles continuam sendo vítimas de crueldade e descartados nas vias públicas, principalmente no momento em que mais precisam de proteção - quando estão velhos ou doentes. Nesta edição, uma reportagem especial sobre o novo Centro de Adoção de Cães e Gatos da Prefeitura de São Paulo, em Santana. As novas instalações ficam dentro do Centro de Controle de Zoonoses, que já foi sinônimo de morte, mas hoje tenta dar tratamento e destino mais dignos para os bichos de estimação. Não custa repetir que é necessário pensar bastante antes de levar um bichinho para casa. A idade chega, eles ficam doentes, fazem sujeira, podem incomodar os vizinhos e provocam gastos com alimentação e veterinário. Mas a alegria que eles nos proporcionam na convivência é incomensurável. Adotar um animal é valorizar a vida e é um grande sinal de humanidade. Nesta edição, uma reflexão também sobre o uso excessivo do celular e o risco da erotização precoce das crianças. Aproveite o seu jornal!

Equipe Pascom Paróquia de São Pedro

Por Dom Sergio de Deus Borges

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stamos percorrendo o tempo da Quaresma em direção à paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus, Sua Páscoa e nossa Páscoa. O tempo da Quaresma é um tempo dedicado ao jejum, à caridade e à oração, como vimos na liturgia da Quarta-Feira de Cinzas. Nesse tempo, somos iluminados pela riqueza dos textos da liturgia, mas dois momentos da caminhada do Senhor, presentes na liturgia do primeiro domingo da Quaresma e o outro na sagrada liturgia da Sexta-feira Santa, são testemunhos do vigor e do poder da oração no meio das tentações e das dificuldades da vida: os quarenta dias no deserto, onde o Senhor foi tentado pelo diabo, e a agonia do Senhor no Monte das Oliveiras, quando rezando suou sangue. Por meio da oração o Senhor Jesus reconheceu o dissimulado, o tentador, o mal disfarçado em proposta atraente de bem; com a oração Ele derrotou Satanás e nos faz ver que a oração é a primeira e a principal arma para enfrentarmos vitoriosamente o combate contra o tentador, o mal e suas armadilhas. A oração, além da força e sustento para vencer o mal, é também caminho de purificação interior. E o tempo da Quaresma é especial para se vivenciar essa dimensão da oração. O Papa emérito Bento

A oração é o caminho que se apresenta para “dilatar”, abrir o coração, onde o fiel deixa-se tocar por Deus

EXPEDIENTE - PASCOM Orientador: Pe. Edimilson da Silva Coordenação da Edição: Pastoral da Comunicação e-mail: pascomdesaopedro@gmail.com Editor: Edmilson Fernandes - MTB: 25.451/SP Direção de Arte: Toy Box Ideas Revisão: Oswaldo de Camargo Impressão: Atlântica Gráfica Tiragem: 3.000 exemplares Colaboradores: Telma Feleto e Vânia De Blasiis PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DO TREMEMBÉ Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A | Tremembé | São Paulo | CEP: 02350-000 | Tel.: (11)2203-2159 e-mail: secretariasaopedro1@hotmail.com

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XVI nos ensina este processo através de um ilustrativo exemplo tirado de Santo Agostinho: “Supõe que Deus queira encher-te de mel (símbolo da ternura de Deus e da sua bondade). Se tu, porém, estás cheio de vinagre, onde vais pôr o mel? O vaso, ou seja, o coração, deve primeiro ser dilatado e depois limpo: livre do vinagre e do seu sabor. Isto requer trabalho, faz sofrer, mas só assim se realiza o ajustamento àquilo para que somos destinados” (Spe Salvi, 33). A oração é o caminho que se apresenta para “dilatar”, abrir o coração, onde o fiel deixa-se tocar por Deus. É um trabalho lento, que exige perseverança e firmeza, mesmo quando é difícil rezar, falta concentração pela falta do hábito de rezar ou porque a oração é superficial, ou ainda porque o tentador oferece muitas distrações sugestivas, como o consumismo (o pão), o viver da aparência (poder) e a autossuficiência (pensamento de viver sem Deus). Mesmo em meio às dificuldades para rezar, é preciso ter claro que não há outro caminho, não há outro método para a pessoa ser forte diante do tentador. Jesus foi forte e nesta Quaresma continua nos convidando para retornar, para olharmos o Seu exemplo de confiança no Pai e de vitória na oração. O tempo está correndo, a Páscoa vai chegar e não deixe passar o tempo em vão, com vinagre no coração. Nesse tempo que resta, fortaleça seus joelhos em oração e peça ao Senhor, vivo, ressuscitado, que limpe o coração e o preencha com o mel de sua misericórdia e de sua ternura. Dom Sergio de Deus Borges é bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana

PARÓQUIA DE SÃO PEDRO Comunidade Santa Rosa de Lima R. Luiz Carlos Gentile de Laet, 1302, Tremembé Missas: sábados, às 16h | Domingos, às 9h e 19h | Primeira sexta-feira do mês, às 20h Comunidade São José (Itinerante) Missas: todos os dias 19 do mês, às 16h Momento de Oração e Estudo Bíblico: 3as feiras, às 20h Comunidade Nossa Senhora Aparecida Av. N. S. Aparecida da Cantareira, 22, Tremembé Missas: dom., às 8h30 | Missa todos os dias 12 do mês, às 20h Comunidade Nossa Senhora da Providência R. Vilarinhos, 95, Tremembé. Missa: domingo, às 10h30 Comunidade São Marcos Comunidade itinerante com missa quinzenal às sextas-feiras, 20h, nas casas das famílias participantes

Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A Tel.: (11) 2203-2159 ATENDIMENTO DA SECRETARIA De 2a a 6a feira: 8h às 12h e 14h às 18h | Sábados: 8h às 12h MISSAS 2as e 4as feiras, às 19h30 | 3as, 5as e 6as feiras, às 7h30 | Sábados, às 17h | Domingos: às 8h, 10h e 18h30 DIREÇÃO ESPIRITUAL E CONFISSÃO 3a feira, das 15h às 18h | 4a feira, das 20h às 22h | 6a feira, das 9h às 12h

Jornal Chave de São Pedro


DIÁLOGO COM A COMUNIDADE

Quando o celular prejudica o relacionamento entre os seres humanos é hora de mudar Por Pe. Edimilson da Silva

Muitas pessoas não conseguem se desconectar do dispositivo móvel e mesmo durante um encontro criam um clima de distanciamento entre os presentes

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ra tarde de sábado. Frederico saiu para encontrar-se com Joana, a sua paquera da faculdade. Eles se conhecem desde o curso de Direito , quando estudaram juntos. Na hora marcada, encontram-se na praça de alimentação do shopping da cidade, para conversar. O telefone celular de Frederico toca; ele atende e começa a conversa com alguém do outro lado da linha. Enquanto isso, Joana, ao sentir que ficou de lado, pega o celular e olha suas mensagens. Frederico, por sua vez, termina sua conversa ao telefone e entra no WhatsApp. Enquanto tentam dialogar, cada um fica manuseando o telefone celular. O caso acima é fictício, mas não está longe de acontecer entre nós ou já passamos por situação semelhante. O celular, feito para facilitar o encontro de quem está ausente, influencia a vida dos presentes ao criar obstáculos para a comunicação, a proximidade e a empatia. O problema aparece quando tira o convívio com os outros. Para muitos, o celular passou a ser uma espécie de companhia inseparável. Quantos não conse-

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guem desligá-lo no teatro, na igreja, cinema, sala de aula, velórios, na consulta médica, no carro quando se está dirigindo, correndo o risco de provocar acidente! Esta bela invenção humana não precisa ser vista como ameaça ou obra do inimigo. O problema existe quando se deixa de dar atenção às pessoas que estão a seu lado. Também é bom perguntar a respeito de como utilizo o celular, esta tecnologia multimídia com a qual tenho possibilidade de

acessar e-mails, enviar e receber mensagens, ter acesso a TV, fazer compras pela internet, consultar o saldo bancário, GPS, câmeras, agenda, jogos e outros aplicativos. Diante de tantas funções e facilidades, o risco é andar por aí distraído, habitando em um mundo irreal. Padre Edimilson da Silva é jornalista e pároco da Paróquia de São Pedro do Tremembé

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DESTAQUE

Enquanto esperam um lar, são tratados com mais dignidade Novas instalações no Centro de Controle de Zoonoses, em Santana, dão mais conforto a cães e gatos e facilitam o processo de adoção. Esses animais vítimas de abandono e maus-tratos merecem uma nova chance Por Edmilson Fernandes

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Tratamento no CCZ Todo cão ou gato que chega ao CCZ passa por avaliação médica veterinária. Se necessário, recebe tratamento, inclusive contra pulga e carrapato. Quando liberados para a adoção, estão devidamente imunizados contra a raiva, doenças específicas, vermifugados, esterilizados cirurgicamente e identificados por microchip. No ato da adoção é realizado o Registro Geral do Animal (RGA), de acordo com a legislação municipal.

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Adoção requer responsabilidade

FOTOS: EDMILSON FERNANDES

s animais que esperam por adoção no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, em Santana, começam a ser tratados com mais dignidade. No final de janeiro, foi inaugurado um novo centro de adoção de cães e gatos. Cerca de 250 cães e 100 gatos estão disponíveis para adoção no CCZ da Prefeitura. São animais que foram recolhidos das ruas por abandono ou situações de risco à saúde pública e estão à espera de um novo dono. O novo Centro possui 30 canis e 24 gatis, onde os animais são colocados para adoção. Diferentemente das instalações antigas, onde está a maioria dos animais, as novas acomodações permitem que os interessados visualizem e interajam com os animais. Cada cão ou gato fica em um espaço individual que simula as áreas interna e externa de uma residência. Tem o ambiente interno, de piso frio, um quintal, de cimento queimado, e uma área de recreação gramada. Todos os animais têm nome, data de internação, cor, peso, temperamento e alguma restrição. “Agora podemos acolher de forma adequada uma pessoa que quer adotar um cão ou um gato. O canil antigo é muito barulhento, a pessoa se incomoda com o barulho. Os animais sofrem,” destaca o médico Fernando Hosomi, veterinário do CCZ. Segundo ele, o novo prédio foi construído nos moldes dos melhores centros de adoção do exterior. Além disso, é uma construção ambientalmente sustentável. “A gente utiliza água da chuva para fazer o cuidado de toda a área verde e lavagem dos canis.” Como o número de vagas no novo prédio é relativamente pequeno, os animais permanecem no centro em sistema de rodízio, para que todos os alojados no CCZ tenham a possibilidade de adoção. Segundo o veterinário Fernando Hosomi, hoje o CCZ não faz mais eutanásia de animais sadios, como no tempo da carrocinha, quando os cães eram sacrificados depois de três dias, se o dono não aparecesse. Hoje só são sacrificados os animais em situação de sofrimento ou suspeita de transmissão de zoonoses.

O processo de adoção começa com uma visita ao canil ou gatil. Um funcionário mostra os animais disponíveis e faz algumas perguntas informais. Com o perfil do adotante estabelecido, o CCZ consegue recomendar um perfil de animal que já conheça para propor à pessoa. Após a escolha, o interessado é submetido a uma avaliação através de um questionário para garantir que o animal será adequado ao espaço físico e à composição familiar da nova casa. Depois, o novo proprietário assina um termo de ciência e compromisso do adotante. “Às vezes, uma entrevista pode levar até uma hora”, garante o veterinário Fernando Hosomi. Os novos donos desses animais deverão exercer uma guarda responsável, que não implique em um novo abandono. Toda a adoção deve ser feita com muito critério e responsabilidade. “Ao adotar um animal, a pessoa será responsável por ele durante todo o período de sua vida, alimentando-o, oferecendo abrigo compatível com o porte e temperamento, educando-o, dando assistência veterinária e carinho. Precisa saber se está levando um fusquinha ou um trator pra casa.”

Um quintal só pra ele O “Meninão” cativou o casal Míriam e Kanansue. “A gente simpatizou com ele logo quando viu. Parece calminho. Vai se dar bem com a gente”, acredita o casal. “A gente mudou para uma casa com quintal, tem um pouco mais de espaço e resolveu adotar”.

“Não faz diferença ser de raça, queríamos adotar”, conta o casal

Jornal Chave de São Pedro


Eles também têm história VITÓRIA (ou Vicky)

CHOQUITO

É uma mestiça de border collie, muito dócil e enérgica. Ela está no CCZ desde 8 de fevereiro de 2011. Invadiu um supermercado na Vila Cruzeiro e deu à luz filhotes. Ela tem catarata e ceratite em um dos olhos e deve ter entre 7 e 8 anos.

Chegou ao CCZ no dia 8 de junho de 2011. Foi encontrado acidentado em via pública. Cuidado pelos profissionais do CCZ, ele sofreu amputação de parte da pata traseira direita e orelha direita. Os veterinários estimam que Choquito tenha 8 anos.

LOLA Esta pit bull é vizinha de quarto de Jafar. Está no CCZ desde outubro de 2009 e já tem entre 10 e 12 anos. Foi capturada após invadir uma escola na Zona Leste. Passada a moda, esses animais tachados de violentos são abandonados em vias públicas, maltratados e mantidos em condições inadequadas.

JAFAR É um macho muito dócil e brincalhão. Chegou ao CCZ com histórico de agressão. Estava solto e mordeu uma pessoa no Jardim Helena.

DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA ADOÇÃO

Gatos: independentes, mas também precisam de carinho Por uma questão de espaço, os paulistanos têm adotado mais gatos do que cães nos últimos tempos. “Por natureza, os felinos também são mais independentes”, diz a veterinária Leda Schoendorfer. Ela explica que um dos critérios para a adoção de gatos é o perfil do dono e do animal. “Tem gente que prefere os mais carinhosos; outros não querem aqueles que ficam grudados o tempo todo”. O que basicamente se exige dos interessados é que eles tenham consciência de que não estão levando para casa algo descartável. “Um gatinho pode viver 17 anos e a pessoa tem que assumir o compromisso de cuidar dele até o final da vida.”

CHARLES Tem aproximadamente 8 anos. Chegou ao CCZ em agosto do ano passado. Foi atropelado e chegou com indicação de eutanásia, mas os veterinários do CCZ decidiram tratar dele. Como sequela, Charles terá que tomar um medicamento pelo resto da vida. Também tem Aids felina e não pode ter contato com outros gatos que não tenham o vírus.

PRETINHA Tem dois anos. Chegou com seus filhotes, que já foram adotados. Pretinha é dócil e muito carinhosa.

Março | 2016

RG, CPF e comprovante de residência; levar coleira e guia para os cães e caixa de transporte para os gatos. Para adotar é preciso ter mais de 18 anos. É cobrada uma taxa de 18 reais e 50 centavos, que só pode ser paga em dinheiro. Rua Santa Eulália, 86 Santana, de segunda a sexta, das 9h às 17h e, aos sábados, das 9h às 15h. CCZ - CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES

BRANCA Esta gata sem raça definida tem 9 meses. Por causa da cor, mais suscetível a doença de pele, é indicada apenas para apartamento.

Central de atendimento: (11) 3397-8900 e 3397-8901 Plantão 24 horas (todos os dias da semana): 3397-8955 e 33978956 Central 156 da Prefeitura

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EDUCAÇÃO

Os perigos da erotização precoce Por Mariana Siqueira

A EDIÇÕES PAULINAS

infância é um período fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, porque é a fase em que ele desperta seus sentidos, suas capacidades, sua imaginação e também seus processos cognitivos. A falta do brincar prejudica o desenvolvimento das crianças. A exposição dos pequenos a conteúdos inapropriados para sua faixa etária pode criar o que é chamado de erotização infantil. Parece óbvio dizer isso, mas crianças não são adultos. Por isso, os pais devem ficar atentos ao que os filhos estão ouvindo e assistindo frequentemente. Quando a sexualidade começa a invadir o universo infantil, os pais precisam se preocupar. O que mais se vê nas redes sociais e pelas ruas são crianças imitando coreografias totalmente sensualizadas, reproduzindo canções de conteúdo adulto, sem nem saberem ao certo o que estão cantando.

Nessa fase do desenvolvimento não há malícia. O significado erótico quem dá é o adulto. O ato de dançar é consciente para os pequenos, mas não há para eles um sentido erótico, pois não conhecem o significado sexual. Sendo assim, se expõem nas redes sociais, abrindo portas para situações que envolvam pedofilia e abuso sexual. A erotização de maneira natural e gradual começa na pré-adolescência. Expor os filhos pequenos a danças sensuais, cenas de sexo, novelas e filmes inapropriados para a sua faixa etária incentiva e contribui para uma erotização precoce. Essa onda de erotização infantil pode ser combatida com diálogos e com o incentivo a brincadeiras infantis, lúdicas. E não se pode ter medo de impor limites. A infância, preservada e cuidada, é a base para uma vida adulta saudável. Cabe a nós refletir sobre o que podemos fazer para protegê-la e proporcionar às crianças condições para um desenvolvimento mais feliz. Mariana Siqueira é pedagoga

Dia Internacional da Mulher O dia 8 de março é um marco na celebração das conquistas femininas

“T ALBERTO COUTINHO/AGECOM

oda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.” (Lei Maria da Penha, Artigos 2º e 3º)

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Maria da Penha quase foi assassinada A história da farmacêutica bioquímica cearense Maria da Penha Maia Fernandes deu nome à Lei nº 11.340/2006 porque ela foi vítima de violência doméstica durante 23 anos. Em 1983, o marido tentou assassiná-la por duas vezes. Na primeira, com um tiro de arma de fogo, deixando-a paraplégica. Na segunda, ele tentou matá-la por eletrocussão e afogamento. Após essa tentativa de homicídio, a farmacêutica tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria da Penha foi punido somente após 19 anos. Jornal Chave de São Pedro


AGENDA

Celebração penitencial Dia 08 de março, às 19h na igreja de São Pedro Dia 11 de março, às 19h na Comunidade Nossa Senhora Aparecida e Comunidade Santa Rosa de Lima

Missa de São José Dia 19 de março, às 17h Rezemos pela família e pelas vocações.

Semana Santa 20/3 Domingo de Ramos

21/3 Segunda-Feira Santa 22/3 Terça-Feira Santa 23/3 Quarta-Feira Santa

Bênção dos ramos, próximo ao Colégio Santa Gema e em seguida a missa continua na igreja São Pedro Bênção dos ramos do lado de fora da igreja e em 18h30 seguida missa Missa da renovação carismática A alegria do 19h30 perdão 9h

19h30 Reflexão sobre as parábolas da misericórdia 19h30 Missa e reflexão sobre as dores de Maria 20h Missa e cerimônia do lava-pés

24/3 Quinta-Feira Santa

25/3 Sexta-Feira da Paixão

Das 21h30 às Vigília eucarística 23h30 Das 6h às Continuação da vigília eucarística 14h30 15h Ação litúrgica, adoração e comunhão 18h30 Reflexão sobre as sete palavras de Jesus na cruz 19h30

26/3 Sábado Santo 27/3 Domingo da Ressurreição

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Procissão simbólica com a imagem do Senhor Morto

19h Missa, começando com a bênção do fogo novo 8h Missa 10h Missa 18h30 Missa

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CULTURA

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Museu de Arte Sacra de São Paulo abriu no dia 20 de fevereiro a exposição Mestres Santeiros Paulistas do Século XVII na Coleção Santa Gertrudes. Composta por 54 imagens, a coleção de Ladi Biezus é exposta no museu lançando um olhar panorâmico para entender quantos e quais poderiam ser os artistas que produziram tais esculturas chamadas de “paulistas”, ao longo do século XVII. A coleção começou em 1970, com a aquisição de uma Santa Gertrudes. As obras foram sendo incluídas neste acervo sob o critério fundamental de serem imagens “paulistas”. Mais de 45 anos depois, Ladi Biezus ini-

cia uma pesquisa no intuito de separar as peças de acordo com traços em comum, os quais poderiam identificar e agrupar as esculturas conforme suas origens: Frei Agostinho de Jesus e seu círculo espiritual; Mestre de Sorocaba ou Mestre de Porto Feliz, ou ainda nomeado como Mestre de Itu; Mestre de Angra; Mestre do Cabelinho Xadrez; Mestre de Iguape ou Mestre de Pirapora do Bom Jesus, e, no fim do século XVII, Mestre Bolo de Noiva. Ainda há um grupo com características diversas, não comuns, que até agora não puderam ser identificadas em sua autoria.

ESTUDO BÍBLICO

Formação sobre o evangelho de Lucas

No alto, à esq., Pietá, de Mestre frei Agostinho de Jesus, 1654, em Terracota; acima, Busto Relicário da Santa em Graça, de Mestre de Angra, Século XVII, em Terracota

FOTOS: VÂNIA DE BLASIIS

Período: 21 de fevereiro a 29 de maio de 2016 Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (11) 3326.3336 – agendamento de visitas monitoradas Horário: quarta a sexta-feira, das 9h às 17h, sábado e domingo, das 10h às 18h Ingresso: R$ 6,00 (estudantes pagam meia entrada); gratuito aos sábados. Isentos: idosos acima de 60 anos, crianças até 7 anos, professores da rede pública (com identificação) e até 4 acompanhantes

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mestres Santeiros Paulistas do Século XVII na Coleção Santa Gertrudes

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os dias 20 e 27 de fevereiro um grupo de 50 pessoas do setor Tremembé participou da formação sobre o evangelho de Lucas. Pe. Boris Agustin Ulloa, doutor em Sagrada Escritura pela Gregoriana de Roma e professor na PUC de São Paulo, ressaltou que toda Palavra é essencial para participarmos da Salvação de Deus. Que a síntese de toda a vida cristã é “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10:27) Durante os dois dias de formação, os participantes puderam se aprofundar na reflexão da Palavra, trocaram experiências e testemunharam que todos nós somos necessitados do amor do Pai, e que Ele nos ama incondicionalmente.

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Representantes das paróquias Santa Rosa de Lima, São Domingos Sávio, Santa Joana D’Arc, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Aparecida e São Pedro

Jornal Chave de São Pedro


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