Os fundamentos do jin shin jyutsu

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Os Fundamentos do Jin Shin Jyutsu Os conceitos básicos que constituem os fundamentos do Jin Shin Jyutsu são: 1 - Há uma energia vital que circula por todo o universo e no organismo de cada indivíduo. 2 - Essa energia vital universal se manifesta em vários níveis de densidade, denominados profundidades. Há nove profundidades. Na nona profundidade, a energia se expressa em sua forma infinita e indiferenciada. Em seu fluxo através das oito sucessivas profundidades, a energia vai se tornando progressivamente mais densa e aos poucos vai abrangendo todos os aspectos físicos, psicológicos e espirituais de nossa existência. 3 - A respiração é a expressão básica da energia vital. Ao expirar descarregamos o estresse acumulado e a energia estagnada. Quando inspiramos, recebemos a energia renovada e purificada em abundância. 4 - Quando a energia vital circula sem obstáculos dentro de nós, estamos em harmonia perfeita. As obstruções que levam à desarmonia física, mental e emocional são criadas pelas atitudes. Há cinco atitudes básicas: preocupação, medo, raiva, tristeza e pretensão (ocultar, esconder). Todas as atitudes têm origem no MEDO. 5 - A energia vital circula pelo corpo através de diferentes caminhos, conhecidos como fluxos. Esses fluxos unificam e integram o corpo. 6 - A energia desce pela frente do corpo e sobe pelas costas, num movimento oval contínuo. Esse movimento cria uma relação complementar entre as partes superior e inferior do corpo e também entre as partes frontal e dorsal. Portanto, se o sintoma da desarmonia aparece acima da cintura, a causa está abaixo da cintura, Relação semelhante ocorre entre a parte da frente e a parte de trás do corpo. 7 - Há vinte e seis áreas específicas, chamadas travas de segurança da energia, em cada lado do corpo. Essas travas de segurança da energia funcionam como disjuntores para proteger o corpo quando o fluxo da energia vital fica bloqueado. Quando uma trava de segurança da energia desliga, ela manifesta um sintoma na parte correspondente do corpo. Esse sintoma é como um alarme que, também, indica a origem do desequilíbrio. 8 - Finalmente, há sempre uma harmonia latente em cada um de nós, mesmo quando padecemos de uma desarmonia ou doença que parecem prevalecer. Embora essas desarmonias pareçam assumir muitas formas diferentes, todas elas surgem da mesma causa básica bloqueio da energia vital. Por esse motivo, as desarmonias resultantes são chamadas de rótulos. Grandes rótulos alarmantes, como câncer ou doenças cardíacas, indicam um grande bloqueio ou estagnação de energia. Rótulos menos assustadores, como uma simples indigestão ou um resfriado comum, surgem de bloqueios menores. Qualquer rótulo, seja do tamanho que for, pode ser tratado liberando-se a energia estagnada.


9 - A noção de energia vital universal é essencial a todos os conceitos citados. O Jin Shin Jyutsu nos ensina que essa energia é algo mais que uma força abstrata, inacessível. Além disso, uma das principais formas para facilitar o fluxo dessa energia está mais disponível do que se pode imaginar - está implícita em cada respiração.

Profundidades e Atitudes A imensa abrangência do Jin Shin Jyutsu se evidencia principalmente através do conceito das profundidades. As profundidades são um instrumento de cura prático e ao mesmo tempo um meio para compreendermos como viemos à existência e como nos mantemos unidos à fonte vida. Podemos entender as profundidades como dimensões de ser, cada uma sendo responsável por um conjunto específico de funções no corpo, mente e no espírito. Essas dimensões interagem entre si e são interdependentes. Além disso, cada dimensão serve de base direta para a seguinte. As profundidades também descrevem o processo pelo qual a energia adquire forma, o espírito se transforma em matéria e como cada etapa criação se constrói sobre a etapa precedente. Da sexta à primeira profundidade, a energia vital se adensa em vários aspectos da forma humana. Em si, cada uma dessas profundidades abrange todas as funções espirituais, físicas e psicológicas de nossa experiência humana. No plano físico, por exemplo, cada profundidade é responsável pela criação e manutenção de um conjunto específico de funções orgânicas. Cada uma dessas seis profundidades também tem correspondência com uma atitude específica. No Jin Shin Jyutsu, o termo atitude se refere uma reação emocional constante, como medo ou raiva freqüente. A natureza inflexível, obstinada, das atitudes é a principal causa da desarmonia. Atitudes - método simples "rapidinhos". Nos fundamentos citamos que cada uma das seis profundidades também tem correspondência com uma atitude específica. Conseqüentemente, quando uma atitude determinada se torna predominante, a profundidade a ela relacionada entra em desequilíbrio. Esse desequilíbrio, naturalmente, pode afetar negativamente a função específica do órgão que é governado por aquela profundidade. Felizmente para nós, o inverso também é verdadeiro: quando equilibramos uma profundidade, livramo-nos também do fardo da atitude que lhe é associada, que pode, por sua vez, corrigir qualquer desarmonia que possa estar afetando o órgão com ela relacionado. Como as seis primeiras profundidades podem ser reguladas por uma área


específica em nossa mão, equilibrar uma profundidade é simplesmente fazer a conexão com um de nossos dedos ou com a palma da mão. Atitude: Preocupação - Desequilibra a Primeira Profundidade. Superfície da pele. Receber e processar a alimentação(baço e estômago). Envolver o dedo polegar com a outra mão. Atitude: Tristeza - Desequilibra a Segunda Profundidade. Pele profunda. Respiração da vida(pulmões e intestino grosso). Envolver o dedo anular com a outra mão. Atitude: Raiva - Desequilibra a Terceira Profundidade. Essência do sangue. Harmonia interior do corpo (fígado e vesícula). Envolver o dedo médio com a outra mão. Atitude: Medo - Desequilibra a Quarta Profundidade. Sistema muscular. Fluidez de movimento (rim e bexiga). Envolver o dedo indicador com a outra mão. Atitude: Pretensão (tentar)- Desequilibra a Quinta Profundidade. Sistema esquelético. Conhecimento intuitivo(coração e intestino delgado). Envolver o dedo mínimo com a outra mão. Desânimo total - Desequilibra a Sexta profundidade.


Fonte da vida. Harmonizador total(diafragma e umbigo). Toque o centro de uma mão com o polegar da outra mão. Nota: O texto sublinhado indica que pode ser feito usando alternadamente o lado direito (mão direita) e depois o lado esquerdo (mão esquerda). Os Fluxos de Energia Durante suas pesquisas, Jiro Murai observou que o corpo é percorrido por circuitos de energia ou padrões de fluxo. Esses fluxos integram e unificam todas as partes aparentemente desconexas do nosso corpo. Para melhor compreender este conceito, imagine a energia como água. Na atmosfera, a água geralmente é difusa, assumindo a forma de vapor. Quando o vapor se condensa, ele se transforma em chuva e cai na terra. Como já vimos, esse processo não difere do modo como a energia se adensa ao longo das profundidades. Quando a chuva chega à terra, ela desce das montanhas e das colinas para os vales, canalizando-se em rios. Podemos chamar de ancestrais rios maiores e mais volumosos, por terem percorrido o mesmo leito durante milhares de anos. No fim, esses rios ancestrais se ramificam. Esses rios fazem mais do que apenas fluir indefinidamente, sem um objetivo. Quando correm com facilidade e abundância, eles distribuem água vitalizadora e nutrientes que geram vida no fundo do rio e nas suas margens, fertilizando toda a redondeza. Por outro lado, quando seu fluxo é demasiadamente restrito e turbulento, eles deixam de alimentar as margens. Os fluxos de energia do nosso corpo atuam de modo semelhante. Quando a energia circula com facilidade e abundância, o corpo, a mente e o espírito recebem alimento. Mas quando o fluxo fica bloqueado, comprimido ou estagnado, a conseqüência é a desarmonia. No Jin Shin Jyutsu, há três fluxos harmonizadores principais, coletivamente denominados a Trindade: o Fluxo Central Principal e os Fluxos Supervisores (direito e esquerdo). Os Fluxos da Trindade são como os rios ancestrais do corpo, sendo o mais importante o Fluxo Central Principal. Fluxos da Trindade Central Principal - O que é? Na página os Fluxos de Energia comparamos o Fluxo Central Principal com um volumoso rio ancestral. O Central Principal também pode ser comparado com uma antena muito


sensível e potente que nos conecta diretamente com a fonte universal de energia. Essa conexão, lembramos, ocorre na sexta profundidade, onde a energia vital universal começa a formar a fonte de nossa energia vital pessoal. Dessa fonte, a energia da vida flui num circuito oval, descendo pela face, garganta, esterno, região abdominal e osso púbico, e daí subindo pela coluna e pelo topo da cabeça, começando então um novo ciclo. Como a sexta profundidade é o harmonizador total, assim o Central Principal é o fluxo de energia harmonizador mais importante do corpo. Ele preserva nossa conexão com o Criador e por isso nos mantém em ritmo e harmonia com a fonte da vida. Devido à sua conexão direta com a fonte original, o Fluxo Central Principal é a fonte de energia primordial do corpo. Ele nos recarrega e revitaliza os demais fluxos do corpo. Sempre que a energia entra em desequilíbrio num lado ou outro, o Central Principal pode harmonizá-la e reequilibrá-la. No item as 36 respirações vimos que, regulando nossa respiração, dirigimos o fluxo do Central Principal. Vejamos alguma coisa mais sobre a respiração. Ao expirar, imagine a energia descendo pelo centro da parte frente do corpo. Ao inspirar, visualize-a subindo pela parte central das costas. Imagine esse ciclo por uns momentos. Imagine a energia movendose num círculo constante e ininterrupto enquanto você respira. Sem dúvida, é exatamente assim que a energia circula quando você respira. O que você acabou de visualizar é o trajeto do Fluxo Central Principal. O trajeto do Central Principal revela dois importantes conceitos do Jin Shin Jyutsu, que são, respectivamente, as funções da energia descendente e da energia ascendente. A energia descendente desce pela frente do corpo. Ela ajuda a liberar os bloqueios que ocorrem acima da linha da cintura. Manter a energia descendente fluindo é, portanto, útil para prevenir dores de cabeça ou dificuldades respiratórias. Inversamente, a energia ascendente, que sobe pela parte posterior corpo, é responsável pela eliminação de tensões abaixo da linha da cintura. Tornozelos inchados, quadris rígidos e joanetes são exemplos das necessidades de energia ascendente. Ás vezes certas áreas ao longo do Fluxo Central Principal ficam bloqueadas ou presas. Quando isso acontece, você pode remover esses bloqueios facilmente conectando várias áreas-chave ao longo do seu trajeto. Clique aqui para visualizar a seqüência do Central Principal que mostra como eliminar esses bloqueios e manter importantíssimo "rio" energético fluindo livremente. Fluxos Supervisores - O que são? Os Fluxos Supervisores direito e esquerdo, juntamente com o Fluxo Central Principal, constituem a Trindade. Esses dois fluxos têm origem no Central Principal. Na base da coluna, o Central Principal se ramifica em dois fluxos que descem por dentro de cada


perna. Nos joelhos, essas ramificações se transformam nos Fluxos Supervisores. Como o nome indica, esses fluxos têm a tarefa de "supervisionar" todas as funções do lado do corpo por onde circulam. Os Fluxos Supervisores direito e esquerdo são imagens reflexas um do outro, formando dois ciclos verticais ovais de energia em cada lado do corpo. O Fluxo Supervisor Esquerdo desce e sobe pelo centro do lado esquerdo do corpo. O Fluxo Supervisor Direito segue um trajeto semelhante pelo centro do lado direito do corpo. Cada vez que o Fluxo Supervisor recomeça seu circuito no joelho, a energia se desloca num nível um pouco mais profundo. Assim, a energia levada pelo Fluxo Supervisor é distribuída através das cinco profundidades do corpo. Você pode equilibrar os Fluxos Supervisores com a seqüência a seguir. Ele é especialmente útil para desanuviar a cabeça, clarear a respiração, facilitar a digestão e aliviar o cansaço das costas. Clique aqui para visualizar as seqüências dos Fluxos Supervisores direito e esquerdo.

Fluxos Mediadores Diagonais - O que são? Embora os Fluxos Mediadores Diagonais direito e esquerdo não façam parte da Trindade, eles mantém com ela uma relação muito importante que precisa ser levada em consideração. Os Fluxos Mediadores Diagonais direito e esquerdo começam no ombro respectivo, cruzam ambos os lados do corpo de trás para a frente, de um lado para o outro e de cima para baixo, e terminam no joelho do lado oposto. Eles harmonizam os Fluxos Supervisores direito e esquerdo entre si e com o Fluxo Central Principal. O Fluxo Mediador é o que faz com que todos os fluxos do corpo cruzem no Central Principal, para que possam receber constantemente energia vital revitalizadora da Fonte. Além disso, quando um lado do corpo fica tenso a ponto de afetar o outro lado, podemos usar um dos Fluxos Mediadores para restabelecer o equilíbrio entre os dois lados. Por ter essas funções, é de fundamental importância manter os Fluxos Mediadores em harmonia Clique aqui para visualizar as seqüências dos Fluxos Mediadores Diagonais direito e esquerdo. As Travas de Segurança de Energia - TSE As vezes a energia em excesso fica presa numa área especifica dentro de nós. Podemos liberar facilmente essa energia usando as vinte e seis áreas conhecidas como travas de segurança da energia. Elas são também chamadas de "chaves para o reino" porque "abrem" o fluxo da energia vital no corpo, na mente e no espírito. Quando as travas de segurança da energia estão abertas, a energia flui suavemente através de nosso ser. Entretanto, quando


abusamos de nós mesmos mental, emocional ou fisicamente no nosso dia-a-dia, nosso "freio" ou sistema de travas de segurança da energia entra em ação. Assim, elas são como uma espécie de sistema de alarme preventivo que nos avisa que certas partes do nosso sistema estão sobrecarregadas. Se prestamos atenção ao aviso amigo podemos nos ajudar imediatamente e prevenir maiores transtornos e danos. Conhecendo-as, podemos encontrar as raízes mais profundas das causas dos desequilíbrios e harmonizá-los. Restabelecer a harmonia significa então simplesmente aplicar nossas mãos para abrir as travas de segurança da energia específicas. As vinte e seis travas de segurança da energia (TSE) estão dispostas aos pares em cada lado do corpo, havendo portanto vinte e seis travas no lado direito e vinte e seis no lado esquerdo. O conjunto da esquerda é uma imagem refletida do conjunto da direita, e vice-versa. A grosso modo, esse arranjo corresponde à localização dos Fluxos Supervisores direito e esquerdo. E, de fato, as vinte e seis travas de segurança da energia estão localizadas dentro dos Fluxos Supervisores. Quando analisamos os Fluxos Supervisores, observamos que uma de suas funções é levar a energia às cinco profundidades do corpo. Como as TSE se localizam ao longo dos Fluxos Supervisores, podemos compreender que cada profundidade também abriga seu próprio conjunto específico de TSE. Quando você estiver mais consciente das relações entre as profundidades e as travas de segurança da energia, você dará mais um passo na direção de resgatar seu senso de plenitude e inter-relação das várias partes de si mesmo. O conhecimento dessas diferentes relações aumentará sua versatilidade para abordar quaisquer desarmonias que possam se manifestar. As 36 respirações.  

Eis um exercício respiratório simples que devolve o equilíbrio a todas as funções do corpo: Ao abraçar o corpo coloque os polegares na parte superior dos braços, na frente, onde o braço se junta com os ombros, e os demais dedos nos lados das escápulas, conforme a figura ao lado. Comece contanto as expirações. "Um, expire, inspire. Dois, expire, inspire. Três, expire, inspire." E assim por


diante. Conte até completar trinta e seis respirações. Se perder a contagem, comece novamente. O exercício pode ser feito de uma só vez ou ao longo do dia, contando em quatro grupos de nove. Respire naturalmente. Com o tempo, sua respiração se tornará automaticamente mais profunda e rítmica.


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