Maio 2013 n.º 1
CHOeste
NEWSLETTER
Centro Hospitalar do Oeste | Edição n.º 6 | abril e maio de 2017
Mensagem da Presidente Em maio foi realizada mais uma reunião com o Conselho Consultivo do CHOeste, cujo propósito foi a análise do desempenho do ano de 2016, assim como do Relatório & Contas. Felicitamos todos os que estiveram envolvidos no ano de 2016, com empenho, dedicação e espirito de missão, no sentido de melhorar o quotidiano do CHOeste, e todos os que promoveram e participaram na construção de dinâmicas que vão fazer a diferença no futuro. Só com este esforço foi possível atingir os resultados alcançados em 2016 e continuar a fazer melhor em 2017. O Centro Hospitalar do Oeste esteve ativamente envolvido no Plano de Contingência do Ministério da Saúde para o Centenário das Aparições de Fátima. O Conselho de Administração nomeou uma comissão multidisciplinar que preparou um Plano de Emergência Externa hospitalar, testando-o num simulacro, sob observação de auditores do Ministério da Saúde e em articulação com as forças de segurança locais. Aproveitando a experiência adquirida pela comissão multidisciplinar que desenvolveu o Plano de Contingência para a Unidade de Caldas da Rainha, foi deliberado desenvolver um Plano de Emergência para a Unidade de Peniche e atualizar o Plano de Emergência da Unidade de Torres Vedras. Esta é uma oportunidade para que o CHOeste disponha de documentos atuais e ajustados a situações reais de catástrofe. O Conselho de Administração continua fortemente empenhado em criar soluções e encontrar alternativas na substituição de equipamentos clínicos tão necessários aos nossos serviços e ao nosso perfil assistencial, destacando -se áreas como a Cardiologia, Pediatria, Medicina e Serviço de Urgência.
Simulacro PEE na Unidade de Caldas da Rainha… Página 5
Dia Mundial do Sono Artigo redigido pela Enfermeira Graça Carichas, do Serviço de Ortopedia, tendo por base a sua participação na conferência «O Sono não se discute. Desafios da Medicina». CHOeste Aconselha… Página 10
Cientes de que a imagem e a qualidade apercebida pelos doentes têm uma forte relação no contacto estabelecido com cada profissional, foram criados vários modelos de fardas e um cartão único de identificação profissional que, por simples observação, transmitem ao doente e aos familiares uma definição da função e da organização interna. O Centro Hospitalar está empenhado em reforçar o seu compromisso com os doentes, assumindo a responsabilidade de proporcionar um ambiente confortável e um desempenho profissional em que a qualidade está sempre presente. Registo, por isso, com agrado que o Livro de Elogios continua a ser utilizado como instrumento de manifestação de testemunhos notáveis dos nossos doentes sobre a humanização e o desempenho das equipas de profissionais do CHOeste, um importante instrumento com impacto no reconhecimento e motivação.
Novos Equipamentos no CHOeste… Página 3
A Presidente do Conselho de Administração
Em Entrevista…
Ana Paula Harfouche
Página 8
Dr. Araújo Martins, Diretor do Centro de Investigação
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ÍNDICE 03. Em Destaque - Serviços recebem novos equipamentos 04. Em Notícia
Novo Fardamento no CHOeste
- ARS-LVT anunciou Serviço de Psiquiatra e Consulta de Pediatria na Unidade de Peniche - CHOeste reuniu com Forças de Segurança para preparar a visita do Papa Francisco - «O futuro dos Cuidados Paliativos no SNS» esteve em debate em Torres Vedras 05. Em Notícia - Unidade de Caldas da Rainha realizou simulacro do PEE 06. Em Notícia - Partidos Políticos visitaram a Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha - Unidade de Caldas da Rainha associou-se ao Mês da prevenção dos maus-tratos na Infância - Unidade de Peniche organiza preparação de refeição saudável para doentes diabéticos 07. Em Notícia - VMER de Torres Vedras e INEM ministram Mass Training em SBV - CHOeste na Feira da Saúde de Peniche 08. Em Entrevista
- Dr. Araújo Martins, Diretor do Centro de Investigação do CHOeste 09. Em Investigação - Comparação dos resultados da Diabetes Gestacional em 2015 entre um Hospital Distrital e um Hospital Central 10. O CHOeste Aconselha - Dia Mundial do Sono 11. CHOeste CIDADÃO - Dia Mundial do AVC assinalado no CHOeste 12. CHOeste Elogios
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Novo Cartão de Identificação Profissional
EM DESTAQUE
Serviços recebem novos equipamentos Nos últimos meses o CHOeste tem vindo a adquirir novos equipamentos que permitem melhorar a diferenciação técnica dos Serviços, bem como a qualidade dos meios complementares de diagnósticos utilizados. A deteção de lesões de forma precoce e uma rapidez na obtenção do diagnóstico trazem ganhos em saúde para a população servida pelo CHOeste.
Bilichek Advanced na Neonatologia Este equipamento serve para medir o nível de bilirrubina (indicador da icterícia) no sangue do bebé de forma transcutânea. Após a medição o profissional de saúde consegue ter dados para decidir a necessidade de tratamento sem recurso a colheita de sangue ao bebé (forma não invasiva). Este equipamento mais avançado veio substituir o já existente. Neonatologia (Unidade de Caldas da Rainha)
Gravadores de Hotler na Cardiologia
Cardiologia da Unidade de Torres Vedras
Estes aparelhos permitem diagnosticar e tratar rapidamente doentes de perfil arrítmico, que estariam totalmente dependentes do exame de Holter para decisões terapêuticas emergentes. Os novos equipamentos recebidos representam um upgrade aos anteriores, permitindo agora exames de 12 derivações (anteriormente 3) com maior acuidade diagnóstica, nomeadamente na área da isquemia cardíaca.
Monitores Multiparâmetros
Urgência da Unidade de Caldas da Rainha
Medicina da Unidade de Peniche
A aquisição destes novos equipamentos veio reforçar e substituir equipamentos mais antigos. Os monitores cardíacos têm capacidade de monitorização ECG, Oximetria, Tensão Arterial e Temperatura a doentes adultos, pediátricos e neonatais. Os monitores foram fornecidos com suporte rodado para facilitar o transporte entre as diferentes salas dos Serviços.
Monitores de Sinais Vitais A aquisição surgiu com o intuito de substituir equipamentos antigos. Os monitores têm capacidade de monitorização de Oximetria e Tensão Arterial. Têm suporte rodado em aço inoxidável com cinco rodas Urgência da Unidade de Torres Vedras com trancas.
Eletrocardiógrafo Trata-se de um aparelho de substituição. É um equipamento com impressão de 12 canais, com porta de rede, e entrada USB, com software de conexão ao software clínico. Cardiologia da Unidade de Caldas da Rainha
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EM NOTÍCIA
ARS-LVT anunciou Serviço de Psiquiatria e Consulta de Pediatria na Unidade de Peniche
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) apresentou em 5 de maio, o projeto de obra para a instalação do Serviço de Psiquiatria na Unidade de Peniche do Centro Hospitalar do Oeste. O concurso para esta obra prevê-se que seja lançado no 2º semestre de 2017 e irá consistir no melhoramento da ala que se encontra
desocupada, onde funcionou o Serviço de Medicina. Prevê-se que aí sejam acomodadas as nove camas de internamento do Serviço de Psiquiatria. Está também previsto o funcionamento da Consulta de Psiquiatria e do Hospital de Dia. Foi também divulgada a abertura da Consulta de Pediatria no Hospital de Peniche, em junho, colmatando as dificuldades de deslocação das famílias do concelho de Peniche até às restantes Unidades Hospitalares que pertencem ao CHOeste. O Conselho de Administração do CHOeste, por sua vez, apresentou as concretizações de um ano de atividade na Unidade de Peniche, nomeadamen-
te o balanço da Consulta diária de Ortopedia, em funcionamento desde outubro de 2016, perfazendo à data as 1.101 consultas. Foi também destacado que a capacidade de internamento do Serviço de Medicina foi aumentada de 25 para 29 camas em permanência. Neste mesmo Serviço foram reforçados os equipamentos com a aquisição de dois monitores cardíacos multiparâmetros. Já no Serviço de Urgência Básica, o horário de funcionamento do RX foi alargado até às 23horas, para evitar que os doentes tenham de se deslocar a outras Unidades Hospitalares mais distantes para realizar exames de diagnóstico.
CHOeste reuniu com Forças de Segurança para preparar visita do Papa Francisco Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima.
No passado dia 4 de maio, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste reuniu com as várias Forças de Segurança da concelho de Caldas da Rainha, no âmbito do Plano de Contingência do Ministério da Saúde para as
Esta reunião teve como objetivo coordenar procedimentos com as entidades externas que têm intervenção direta na segurança dos cidadãos, planear as articulações no âmbito das Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima e dar a conhecer as conclusões das reuniões anteriores, incluindo o simulacro ocorrido em 26 de abril, de modo a corresponder às necessidades da população.
Para além dos membros do Conselho de Administração do CHOeste, estiveram também presentes nesta reunião, representantes da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, da Proteção Civil, da Escola de Sargentos do Exército de Caldas da Rainha, dos Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana, da Cruz Vermelha, e o grupo de trabalho que elaborou o Plano de Emergência Externa.
«O futuro dos Cuidados Paliativos no SNS» esteve em debate em Torres Vedras O auditório do edifício dos Paços do Concelho em Torres Vedras acolheu em 19 de abril o I Encontro de Cuidados Paliativos do Oeste, organizado pela Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos da Unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste. O encontro reuniu cerca de 120 profissionais de saúde e foi subordinado ao tema «O Futuro dos Cuidados
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Paliativos no Serviço Nacional de Saúde». «Projeto de desenvolvimento dos Cuidados Paliativos», «Qualidade de Vida em Cuidados Paliativos», «Articulação e Continuidade dos Cuidados na Comunidade e ao nível Hospitalar» foram os temas abordados ao longo deste Encontro. Entre os oradores convidados
estiveram Luís Capelas presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Ricardo Silva da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, Paulo Reis Pina da Casa de Saúde da Idanha.
EM NOTÍCIA
Unidade de Caldas da Rainha realizou simulacro do Plano de Emergência Externa
Decorreu durante a manhã de 26 de abril de 2017 um simulacro do Plano de Emergência Externa (PEE), no âmbito do Plano de Contingência das Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima na Unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste (CHOeste). O cenário que serviu de base ao simulacro consistiu na queda de uma placa de pavilhão originando 50 vítimas de diferentes níveis de gravidade, 15 das quais foram transportadas e assistidas na Unidade de Caldas da Rainha. O simulacro envolveu cerca de 60 pessoas, entre figurantes da Escola de Sargentos do Exercito de Caldas da Rainha, bombeiros das corporações de Caldas da Rainha, Bombarral, Óbidos, São Martinho do Porto e Benedita, elementos da Polícia de Segurança Pública de Caldas da Rainha, da Proteção Civil da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, e profissionais dos vários Serviços do Centro Hospitalar do Oeste.
António Curado, Diretor Clínico do Centro Hospitalar do Oeste, manifestou o seu agradecimento a todos os profissionais e parceiros envolvidos neste exercício, e congratulou-se pelo «simulacro ter decorrido conforme programado, tendo permitido tirar ilações para situações de catástrofe reais». Acrescentou ainda que, «esta foi uma oportunidade para o CHOeste atualizar o seu Plano de Emergência Externa e realizar ajustes a possíveis
situações de catástrofe». No decorrer do simulacro estiveram também presentes membros da Comissão de Gestão do Plano de Contingência do Ministério da Saúde para as Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima, que observaram a capacidade de resposta dos Serviços da Unidade de Caldas da Rainha a uma potencial situação de catástrofe exterior à instituição. O balanço deste exercício para a Comissão foi positivo, sendo posteriormente elaborado um relatório com recomendações, e enviado ao Ministério da Saúde e ao CHOeste. Recorde-se que a Unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste foi uma das dez unidades hospitalares envolvidas no plano de contingência do Ministério da Saúde para a visita do Papa Francisco a Fátima, em maio de 2017, que incluiu o apoio aos peregrinos e às entidades oficiais que participam nas celebrações do Centenário das Aparições.
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EM NOTÍCIA
Partidos políticos visitaram a Unidade hospitalar de Caldas da Rainha A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, visitou em 21 de março a Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste. Por sua vez, o deputado Bruno Dias, do PCP, visitou esta mesma Unidade em 24 de abril. Ambos os representantes reuniram com os membros do Conselho de Administração do CHOeste, onde tomaram conhecimento das preocupações da administração com as carências no investimento, com a infraestrutura, e com a falta de capacidade de atração de médicos e de enfermeiros. Posteriormente visitaram alguns Serviços da Instituição. Assunção Cristas manifestou preocupação com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e destacou que «analisadas as urgências, cerca de 50
% das pessoas que vêm à Urgência, rigorosamente poderiam ter sido acompanhadas e tratadas sem ser na urgência hospitalar». Explica que é necessário alterar comportamentos «estamos habituados a ir ao hospital, precisamos de nos habituar a ir ao centro de saúde, sendo que este também tem que se adaptar para ter melhor resposta». Quando questionada pelos jornalistas aproveitou para «elogiar e sublinhar a disponibilidade de médicos e enfermeiros, que dão o seu melhor», e defendeu, por fim, a construção de um novo hospital para a região Oeste. Bruno Dias, declarou aos jornalistas que «a visita e a reunião foram fundamentais para atualizar e fazer o ponto
de situação, discutir e equacionar a evolução dos próximos passos que se colocam no futuro imediato do hospital de Caldas da Rainha», acrescentou ainda que «vamos colocar junto do governo, na Assembleia da República, as medidas mais imediatas que devem ser tomadas de forma urgente, algumas que têm que ver com obras que não são de dimensão tal que colocassem complicações do ponto de vista da decisão».
Unidade de Caldas da Rainha associou-se ao Mês da prevenção dos maus-tratos na Infância O Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do CHOeste – Unidade de Caldas da Rainha, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens das Caldas da Rainha e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, através do Gabinete de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica, associaram-se ao mês da prevenção dos maus tratos na infância, promovendo uma atividade que decorreu no passado dia 21 de abril, em Caldas da Rainha. A iniciativa consistiu na criação de um Laço Azul Humano, tendo, e contou com a participação das várias Escolas do Concelho de Caldas da Rainha.
Unidade de Peniche organiza preparação de refeição saudável para doentes diabéticos uma atividade de sensibilização e motivação dos doentes diabéticos e seus familiares, organizada pela equipa multidisciplinar da Unidade Integrada da Diabetes de Peniche em intercâmbio com a Escola D. Luís Ataíde (curso de cozinheiros) para assistirem à confeção de uma refeição com qualidade.
No passado dia 17 de maio, decorreu
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Na preparação deste almoço saudável estiveram 12 doentes, 15 formandos, uma formadora e 3 profissionais da
equipa multidisciplinar da Unidade Integrada da Diabetes de Peniche. Após a confeção da refeição, esta foi servida a todos os intervenientes. Existiu uma partilha de experiências e uma relação saudável durante a atividade. A equipa do CHOeste considera que foi positiva a experiência dado que os Doentes Diabéticos já replicaram a confeção da respetiva refeição no domicílio.
EM NOTÍCIA
VMER de Torres Vedras e INEM ministram Mass Training em Suporte Básico de Vida com iniciativas de promoção da saúde, e de capacitação da população para prestar cuidados, neste caso, de socorro a quem deles necessitar».
Cerca de 100 pessoas participaram na ação de Mass Training em Suporte Básico de Vida (SBV), que decorreu na manhã de 28 de abril, no Parque Verde da Várzea em Torres Vedras. A sessão de treino foi ministrada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras do CHOeste e por membros dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras. O objetivo desta sessão foi o de ensinar os participantes a atuar em situações de emergência médica, designadamente, aprender a realizar corretamente manobras de reanimação. Num primeiro momento, os participantes foram distribuídos em pequenos grupos pelos diferentes formadores. Posteriormente, foi visionado um vídeo com a demonstração das manobras de reanimação a executar. E por último, os participantes
tiveram de realizar vários exercícios práticos das manobras em manequins. A participação nesta atividade foi gratuita e aberta a toda a população interessada.
Por parte do Conselho de Administração do CHOeste, Lurdes Ponciano, enfermeira diretora, congratulou-se com a iniciativa proposta pela VMER de Torres Vedras e agradeceu a colaboração do INEM. Reforçou que o CHOeste «está sempre disponível para colaborar
Hélder Ribeiro, enfermeiro responsável pelo Centro de Formação da Delegação Regional Sul do INEM, enalteceu o «empenho e a interligação entre todas as entidades que permitiram este momento», relembrando ainda que «todas as pessoas podem fazer parte da Cadeia de Socorro, e nessa perspetiva, os gestos que salvam não podem estar na exclusiva dependência dos verdadeiros agentes de socorro». Concluindo que só assim podemos «salvaguardar um dever de cidadania para garantir o direito a ser reanimado com qualidade». A equipa da VMER de Torres Vedras representada por Tiago Barros, médico coordenador, e Vítor Lopes, enfermeiro coordenador, faz um balanço positivo da sessão de Mass Training e destaca que «ações de formação como esta acrescentam sempre valor ao capital humano, na medida em que capacitam a população para uma abordagem diferente em situações de emergência, nomeadamente, de paragem cardiorrespiratória. Representam também um momento de cidadania ativa e conferem mais robustez à Cadeia de Sobrevivência».
CHOeste na Feira da Saúde de Peniche
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EM ENTREVISTA
Dr. Araújo Martins Diretor do Centro de Investigação do CHOeste
ço ao Serviço de Otorrinolaringologia da Unidade de Torres Vedras, pela Enfermeira Cristiana Costa da Consulta Externa da Unidade de Torres Vedras, pela Dra. Joana Sequeira do Serviço de Medicina de Caldas da Rainha e pelo Dr. Vítor Videira dos Serviços Farmacêuticos da Unidade de Peniche. Como podem colaborar os profissionais do CHOeste com este Centro? Neste momento a ajuda mais importante para a nossa atividade passa por nos informarem, pessoalmente ou através do e-mail : investigacao@choeste.min-saude.pt dos seguintes aspetos importantes para a nossa atividade:
O Centro de Investigação do Centro Hospitalar do Oeste foi criado em 26 de junho de 2016. Qual o impacto da sua criação até agora? Por enquanto, ao nível dos investigadores, reduzido. A maior parte do trabalho realizado diz respeito à construção e organização deste novo Serviço e da sua relação com a Instituição, nomeadamente Conselho de Administração e outros departamentos. As iniciativas já em curso pretendem dar resposta às dificuldades expressas pelos profissionais do CHOeste e facilitar a sua atividade de investigação, quer através de regulamentação interna, quer através de colaborações com outras instituições. Quais as suas particularidades? Como funciona? O Centro de Investigação pretende ser um Serviço transversal no CHOeste que apoie os profissionais interessados em desenvolver atividade de investigação, que organize os processos de implementação dos estudos que se queira desenvolver e que sirva de elo entre o investigador e a Instituição. À medida que o CHOeste for disponibilizando recursos terá espaços disponíveis para pesquisa, tratamento de dados e encontro de investigadores para colaborações e desenho de estudos, mas a maior parte da sua atividade incidirá
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no apoio à elaboração de projetos, validação de candidaturas e agilização da sua execução. Quais as estratégias delineadas? Neste momento estamos a aguardar autorizações por parte do CHOeste relativas a diversas iniciativas de regulamentação interna e parcerias externas, que têm por objetivo padronizar e agilizar os procedimentos de submissão e autorização para execução de projetos de investigação e que permitam apoiar a atividade científica dos investigadores, nomeadamente no acesso a recursos de investigação, bases de dados e apoio estatístico. Estas bases vão permitir estimular as iniciativas de investigação no Centro Hospitalar e em parceria com outras instituições. Com alguma atenção à divulgação adequada interna e, principalmente, externa do trabalho realizado, já há muito de bom e útil a ser feito pelos profissionais do CHOeste. Esperamos projetar a Instituição e os seus investigadores e transpor o conhecimento produzido para uma aplicação prática com benefícios para a nossa atividade assistencial diária. Como é constituido o Centro de Investigação do CHOeste? Neste momento por mim, que perten-
1 - necessidades ou dificuldades específicas relativas à investigação nos serviços em particular e no CHOeste em geral; 2 - da atividade que está a ser feita ou planeada ou de possíveis colaborações que possa ser interessante promover (entre investigadores, serviços ou instituições). Enquanto Diretor do Centro de Investigação, qual a mensagem gostaria de deixar aos profissionais do CHOeste tendo em vista uma estreita colaboração com o Centro de Investigação. No Centro de Investigação todos trabalhamos e conhecemos as dificuldades diárias que temos na Saúde em geral e no CHOeste em particular, mas também acreditamos na qualidade dos nossos colegas, isto é, na capacidade dos investigadores do CHOeste, que são tão competentes como os de outras instituições mais reconhecidas. Queremos ajudar a criar condições para que se possa desenvolver em todas as unidades do Centro Hospitalar atividade científica conciliada com a atividade assistencial e que traga satisfação e reconhecimento pessoal aos investigadores, bem como resultados úteis e benefícios práticos para os Serviços e o trabalho que neles desenvolvemos diariamente.
EM INVESTIGAÇÃO Comparação dos resultados da Diabetes Gestacional em 2015 entre um Hospital Distrital e um Hospital Central Introdução: A Diabetes Gestacional (DG) é uma complicação cada vez mais frequente da gravidez. Em 2014 atingiu 6,7% da população parturiente do Serviço Nacional de Saúde, segundo dados do Observatório Nacional da Diabetes. O controlo metabólico durante a gravidez diminui a ocorrência das complicações maternas e a morbimortalidade perinatais, sendo fundamental
o diagnóstico e tratamento precoces. Objetivos: Caracterizar e comparar o seguimento de duas populações de grávidas com DG seguidas em 2 hospitais nacionais com diferentes níveis de cuidados: um distrital (HD) outro central (HC). Material e Métodos: Estudo transversal,
de todas as mulheres com DG cujos partos ocorreram em 2015 em 2 hospitais de nível de diferenciação distintos. Os dados foram obtidos da consulta dos processos clínicos e eletrónicos. Foram excluídas as gestações gemelares na análise das variáveis. Utilizou -se o teste qui-quadrado (X2) para testar diferenças entre variáveis categóricas. O nível de significância considerado foi < 5%.
Conclusão: Apesar de características maternas semelhantes, salienta-se pela sua significância estatística que se referencia menos da MGF para o HD, o diagnóstico no 1.º trimestre é menos valorizado, mas o hiato entre o diagnóstico da DG e a 1.ª consulta é menos. A taxa de insulinização é maior no HD. Contudo, não verificámos diferenças estatisticamente significativas nos resultados da morbilidade materno-fetal. Poster apresentado no 13º Congresso Português da Diabetes em março de 2017 Autores: Ana Marques, Joana Carneiro, Fernando Pichel, Joana Louro, Joana Villaverde, Manuela Ricciulli, Jorge Dores
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CHOeste ACONSELHA
Dia Mundial do Sono Artigo redigido pela Enfermeira Graça Carichas, do Serviço de Ortopedia, tendo por base a sua participação na conferência «O Sono não se discute. Desafios da Medicina». Para assinalar o Dia Mundial do Sono, o Centro de Eletroencefalografia e Neurofisiologia Clínica (CENC) em colaboração com a ResMed, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica (FCH-UCP), e Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOFR), realizou no dia 17 de março, uma conferência intitulada «O Sono não se discute. Desafios da Medicina do Sono». Esta conferência teve como moderadora a Professora Teresa Paiva, neurologista e especialista em medicina do sono. Estiveram presentes vários profissionais que tornaram a problemática do sono uma questão multidisciplinar, o que permitiu a apresentação de diferentes Hot Topic produzidos por vários profissionais: neurologistas, psiquiatras, pneumologistas, otorrinolaringologistas, pediatras, dentistas, cronobiólogos, psicólogos, técnicos de polissonografia e fisioterapeutas. A Professora Teresa Paiva alertou mais uma vez para a importância do sono como imperativo para a saúde e o bem estar, relembrando que nos tempos de hoje «o sono é que paga», «há adultos com muitas responsabilidades, à procura de sucesso, que trabalham horas de mais, sacrificando o sono». Alertou ainda para a estatística que refere Portugal como o país da Europa que trabalha mais horas, estando pelo contrário na cauda da tabela de produtividade. Em relação ao sono das crianças alertou para o facto destas terem muitas atividades de manhã à noite. Para a Professora a intervenção para a educação do sono passa por atividades de educação para a saúde, que ajudem a criar hábitos de sono e com a alteração do currículo do ensino básico com atividades de educação do sono. A Professora Cristina Bárbara e o Dr. João Cardoso, pneumologistas, e o Professor Óscar Dias e o Dr. Fernando Galrão, otorrinolaringologistas, tiveram intervenções centradas na apneia do sono e nos avanços científicos na área, com aparelhos cada vez mais sofisticados: CPAP de pressão fixa e AutoCPAP de pressão autoajustável. O Professor Óscar Dias alertou ainda para a
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importância da vigilância da respiração oral na infância e afirmou que «É mais feliz quem respira pelo nariz». A Professora Cristina Bárbara apresentou alguns avanços científicos na área dos bio marcadores para a apneia do sono. A técnica de polissonografia no CENC, Sofia Rebocho, também abordou aspetos relacionados com a apneia do sono, perturbação perfeitamente detetada através das polissonografias, que registam as paragens respiratórias e os microdespertares dos doentes. A Professora Helena Rebelo Pinto e a Dra. Teresa Rebelo Pinto, psicólogas no CENC, tiveram intervenções centradas nas terapias cognitivo comportamentais para resolução de muitos problemas de insónias e outras perturbações do sono, deixando conselhos como: deitar e levantar a horas regulares, não fazer exercícios físicos excessivos à noite, não utilizar antes de deitar aparelhos eletrónicos que emitem luz e prejudicam o sono. Teresa Rebelo Pinto alertou ainda para o facto de diferentes personalidades requerem terapêuticas diferentes e levantou uma questão “Por que queremos controlar o sono em vez de tratar?” Dra. Ana Santa Clara, psiquiatra no CENC, alertou para a insónia e o sono fragmentado serem muitas vezes uma consequência da depressão e desta também originar problemas do sono. A psiquiatra lamentou ainda, o facto de Portugal ser um dos países onde se consomem mais antidepressivos e ansiolíticos, sendo adepta de terapêuticas alternativas, como o fazer exercício diário. Dra. Cátia Reis, cronobióloga no CENC, lembrou que os portugueses são um dos povos do mundo que mais tarde se deitam, embora se levantem cedo. Mesmo em relação aos espanhóis, os portugueses deitam-se meiahora mais tarde. A Dra. Cátia Reis falou ainda sobre o jet lag social, desfasamento típico do mundo moderno que leva a que as horas de trabalho e os compromissos sociais não sejam compatíveis com o relógio biológico, dando-nos um conselho fundamental: «Apanhe luz». Dra. Gabriela Videira, médica dentista no CENC, alertou para a importância da análise da cavidade oral dos pacientes, tendo em conta o tamanho da língua, as marcas dentárias. Estes fatores associados a um peque-
no questionário podem ajudar ao diagnóstico de alterações sono. Apresentou ainda um pequeno filme que testemunhava a satisfação de um paciente que usava um dispositivo oral. Dr. Filipe Videira, fisioterapeuta no CENC, fez uma intervenção baseada na importância da terapia neuromuscular para tratar diversas perturbações do sono, nomeadamente o uso do diafragma e de vários exercícios orofaríngeos. A Dra. Carla Bentes, neurologista, alertou para a multidisciplinaridade das questões do sono, considerando o sono como uma função neurológica. Mais uma vez foi reforçada a importância da apneia do sono e a sua relação com o AVC. Dra. Ana Rita Peralta, neurologista, alertounos para a particularidade das alterações do sono na mulher, nas diferentes fases da vida, realçando que muitas vezes o diagnóstico de insónia ou de apneia do sono não é valorizado. A Dra. Rosário Ferreira realçou a importância do sono na criança, que tem repercussões ao longo do crescimento, e como deve ser integrado nos processos familiares, comportamentais, biológicos e que requerem uma avaliação global. A conferência constituiu um bom modelo de interação entre profissionais, uma troca de conhecimentos multidisciplinares. No final, a Professora Teresa Paiva lançou o repto aos profissionais para a criação de uma rede ou várias redes sobre perturbações do sono.
Conselhos da Dra. Cátia Reis, para quem trabalha por turnos: - Manter o horário das refeições; - Para quem vai fazer noite: Inibir a luz da manhã, fazer uma pequena sesta profilática; - Para quem sai de noite: evitar expor à luz, usar óculos de sol quando sair e dormir! - Para quem vai trabalhar no turno da manhã: Apanhar luz da manhã e inibir a luz à tarde e noite para dormir melhor; Foi lembrado que a Melatonina é a hormona do escuro e não do sono e que, a ser tomada em suplemento só para quem dela necessita.
CHOeste CIDADÃO
Dia Mundial do AVC assinalado no CHOeste O AVC continua a ser a principal causa de morte e incapacidade permanente no nosso país. A existência de um Dia Nacional do AVC em Portugal desde 2003, por publicação no Diário da República II Série nº 23910/2003, tem como objetivo chamar a atenção da população geral para as medidas que se podem e devem tomar para o evitar. Desde a década de 80 que é reconhecida, em Portugal, a elevada taxa de mortalidade associada ao AVC. A equipa do Serviço de Medicina de Peniche elaborou um poster que visa alertar de novo a população para os fatores de risco modificáveis como a hipertensão, o tabagismo e a obesidade, bem como os principais sinais e sintomas de alerta (os chamados três F`s – desvio da Face, falta de Força num braço e dificuldade na Fala) e respetivo procedimento no caso de aparecimento de um ou mais destes sinais. Por sua vez, o Serviço de Medicina da
«Não nos esqueçamos que estamos perante uma doença gravíssima, mas que se pode prevenir e tratar. A prevenção pertence à população… Vigiar os valores da tensão arterial e do ritmo cardíaco, não fumar, adotar uma alimentação saudável e praticar exercício físico regular são algumas medidas que nos devem acompanhar para toda a vida. Vamos mudar o panorama do AVC no nosso país.
Unidade de Caldas da Rainha, no dia Nacional do AVC - 31 de março, desenvolveu uma iniciativa que consistiu na divulgação dos sinais clínicos de alerta para um Acidente Vascular Cerebral. Assim, médicos e Prevenir para evitar, melhor que tratar» enfermeiros, vestiram a cami(Prof. Doutor José Castro Lopes – Neurologista e Presidente sola e distribuíram panfletos à da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral) população na Praça da Fruta em Caldas da Rainha.
CHOeste ELOGIOS
Elogio recebido em 3 de abril de 2017 Agradecimento ao Serviço de Urgência da Unidade de Caldas da Rainha «Agradeço à Dra. Larissa Veverita, ao Dr. Andrii Tesliak a Humanidade e os cuidados prestados, que pela minha experiência como doente se revelaram de um cuidado, grau de profissionalismo e resposta acima do habitual. Em especial desejo elogiar o trabalho e postura da Dra. Cristina Teotónio, que no cumprimento do seu dever ultrapassou claramente os seus limites e obrigações profissionais, tendo ido, a meu ver, para além do que é imposto e obrigatório em benefício do interesse e bem-estar do paciente. Uma profissional que não parece ter esquecido o juramento de Hipócrates e que ainda se recorda que a sua razão de existir são os doentes. Bem haja pelo profissionalismo, mas também pela alma que ocupa o seu coração de médica, que inconscientemente ou conscientemente sabe que antes de tudo somos humanos.» Cláudia Silva Domingos Batista
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CHOeste ELOGIOS Elogio recebido em 8 de maio de 2017 Agradecimento aos Profissionais do Serviço de Medicina Física e Reabilitação da Unidade de Torres Vedras Esta é uma mensagem de gratidão. Escrevo-a enquanto aguardo que o meu filho (Henrique Pinto Gomes) termine mais uma sessão de terapia. Tive vontade de escrevê-la muitas outras vezes, ao longo destes cerca de 4 anos em que o Henrique aqui foi acompanhado. Quero manifestar a minha profunda gratidão pelo profissionalismo exercido com o coração que caracteriza os funcionários deste serviço: - Estou grata pelo acolhimento das funcionárias Adélia e Ana Cristina, que nos brindam sempre com um sorriso franco e disponível; - Estou grata pelas fisiatras que foram acompanhando o processo do Henrique, que sempre souberam pesar as necessidades do paciente, sem olhar apenas a números e objetivos; - Estou muito grata pelas vezes que as fisioterapeutas de outras áreas que várias vezes disponibilizaram alguns minutos do seu dia a verificar se um entorse precisaria de intervenção ou se aquela tosse persistente poderia estar a desenvolver alguma obstrução pulmonar... - Estou muito grata à terapeuta da fala Inês Rodriguez, que conseguiu com que o meu filho aprendesse a falar, a dar nomes aos objetos, a apontar, a "ler" expressões faciais... Por todos os trabalhos de casa que nos passou, enquanto agregado familiar, para sistematizarmos as aprendizagens de linguagem e comunicação; - Estou muito grata à terapeuta ocupacional Ana Paula Coelho, por tudo o que fez pelo Henrique nestes 4 anos de trabalho. Seria injusto referir apenas algumas competências desenvolvidas. Através do seu trabalho holístico e integrado, a partir dos interesses da criança e das suas vivências, a Paula foi absolutamente determinante no desenvolvimento do Henrique, nas diferentes áreas. Cada sessão teve tanto de espontaneidade, como de intencionalidade educativa - e, tão ou mais importante, afeto e dedicação; - Mesmo não trabalhando diretamente neste serviço, mas em estreita articulação com as terapeutas, estou muito grata à psicóloga Maria Manuel Carvalho, que tem sido a nossa voz em reuniões multidisciplinares, que tem sido a nossa terra quando sonhamos alto demais, que tem sido a nossa botija de oxigénio quando nos sentimos submersos num oceano de dúvidas e dificuldades. Por todas estas pessoas, que são excelentes profissionais e exemplares seres humanos, estou muito muito grata. Sabemos que muitos destes funcionários têm um vínculo precário com a administração pública. Faço votos de que, com o novo normativo legal, seja feita justiça e se legitimem estes postos de trabalho que são mais do que definitivos, ocupados por profissionais comprometidos com o que fazem e que "dão a cara" pela instituição - trabalhando em espaços minúsculos, pré-fabricados, mas que utilizam como se se tratassem das instalações mais dignas de sempre. E termino agradecendo às diferentes administrações do Hospital de Torres Vedras, que têm sabido assegurar que os diferentes serviços continuam à nossa disposição - mesmo quando a unidade do Barro fechou; mesmo quando quiseram encerrar as urgências pediátricas noturnas. Como mãe de duas crianças e professora de Educação Especial, residente no concelho de Torres mas oriunda de outra ponta do distrito, sei bem da importância que é podermos beneficiar destes serviços de qualidade, aqui tão próximos. Despeço-me com emoção (terminando o texto vários dias depois de o começar), realmente grata por tudo. A todos, MUITO OBRIGADA. Anabela Patrícia Jordão Pinto, mãe do menino Henrique Pinto Gomes
FICHA TÉCNICA Edição: n.º 6, abril e maio de 2017 | Propriedade do Editor: Centro Hospitalar do Oeste, Rua Diário de Notícias 2500-176 Caldas da Rainha, secretariado.ca@choeste.min-saude.pt, 262 830 300 | Direção: Conselho de Administração do CHOeste | Coordenação, Redação, Conceção gráfica e Fotografia: Gabinete de Comunicação do CHOeste, gab.comunicacao@choeste.min-saude.pt, 261 319 243
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