Maio 2013 n.º 1
CHOeste
NEWSLETTER
Centro Hospitalar do Oeste | Edição n.º 02 | Novembro de 2016
Mensagem da Presidente O Conselho de Administração gostaria de expressar o seu reconhecimento a todos os profissionais das três unidades hospitalares que compõem o Centro Hospitalar do Oeste pelo seu profissionalismo e empenho no dia-a-dia da instituição, em especial num momento de grandes restrições. Acreditamos que o empenho e a dedicação de todos serão decisivos para melhorarmos a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população da região Oeste. A Presidente do Conselho de Administração Prof.ª Doutora Ana Paula Harfouche
Dia Mundial da Diabetes no CHOeste…
Página 3
Em Entrevista… Página 4
Dr. Rui Amaral, Diretor da Ortopedia
Curso de Preparação para o Parto…
Página 16
Quem é Quem no CHOeste Alcina Sousa, Enfª - Chefe Ginecologia e Obstetrícia Página 14
Curso de Preparação para o Parto Página 16 Dia Mundial do Coração em Peniche… Página 7
Visite-nos em www.choeste.min-saude.pt
1
INDÍCE 03. Em Destaque - Profissionais do CHOeste assinalaram Dia Mundial da Diabetes
04 e 05. Em Entrevista - Dr. Rui Amaral, Diretor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia
06 e 07. Em Notícia - Pulseiras de Identificação por cores na Urgência Pediátrica de Caldas da Rainha - Conselho de Administração reuniu com ARSLVT - Unidade Integrada da Diabetes de Torres Vedras dá formação aos Centros de Saúde - Dia Mundial do Coração comemorado pela Unidade de Peniche
08 e 09. Em Notícia - Serviço de Ortopedia assinalou Dia Internacional STOP UP - Unidade de Caldas da Rainha participou no 17.º Congresso Nacional de Pediatria - Unidade de Imunoalergologia alerta para Alergia Alimentar
10 e 11. Em Notícia - «Perdas e Lutos» foi o tema do IV Encontro de Psicólogos do CHOeste
12 e 13. Projeto CHOeste - «Viver com a Diabetes na Escola» nas escolas do concelho de Torres Vedras
14 e 15. Quem é Quem no CHOeste - Enfª Alcina Sousa, Enfermeira-chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia
16. CHOeste Utente - Curso de Preparação para o Parto promovido pelo Serviço de Obstetrícia
17. CHOeste Profissional - Vamos «Ganhar Saúde»?
18. Formação Interna - Curso de Abordagem e Tratamento da Hiperglicemia em Internamento
19. Elogios
20. CHOeste Aconselha - «Diabetes: escolha prevenir, escolha controlar» Artigo de opinião da Dra. Manuela Ricciulli
2
EM DESTAQUE
Profissionais do CHOeste assinalaram o Dia Mundial da Diabetes
Para comemorar o Dia Mundial da Diabetes (14 de novembro de 2016), dezenas de profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Oeste desenvolveram diversas atividades nas unidades hospitalares de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras. As atividades foram dirigidas à população em geral e aos profissionais de saúde, convidados a refletir sobre o combate e prevenção da doença.
Unidade de Torres Vedras A equipa da Consulta Externa realizou duas ações de Avaliação de Risco da Diabetes tipo 2, uma no sábado dia 12 de novembro no Mercado Municipal de Torres Vedras aberta a toda a comunidade em parceria com a equipa do Centro de Saúde, e a outra no dia 14 na Consulta Externa da Unidade de Torres Vedras destinada aos Utentes e Profissionais do CHOeste. Nas duas ações foi aplicada a tabela de risco da Diabetes tipo2 a cerca de 125 pessoas, que permitiu avaliar a probabilidade de ter a doença nos próximos 10 anos. Foi feita a sensibilização para alteração dos fatores de risco, nomeadamente a alimentação e o exercício físico. Alguns participantes foram referenciados para a Consulta da Diabetes no Centro de Saúde e/ou no Hospital. Sob o lema de «Comer bem, Dizer Não à Diabetes», foi elaborada uma ementa saudável pela dietista Dra. Teresa Santos, para ser aplicada nas escolas (EB1 Ereira, EB1 Maxial e JI Maxial). As comemorações do Dia Mundial da Diabetes culminaram com participação especial dos profissionais do CHOeste – Unidade de Torres Vedras na Night Run, onde foram aliados a prática de exercício físico à sensibilização para a prevenção da Diabetes através da distribuição de folhetos alusivos ao tema.
Unidade de Caldas da Rainha A iniciativa «Toca a Mexer» arrancou na manhã de dia 14 de novembro, com atividades lúdicas no Centro Escolar de Alvorninha, tendo-se seguido um flash mob na sala de espera da Consulta Externa da Unidade de Caldas da Rainha. Ao final do dia, um grupo de 30 médicas, dietistas, enfermeiras e administrativas, com a ajuda da Escola Vocacional de Dança de Caldas da Rainha, dançaram num flash mob no Centro Comercial La Vie, que incluiu a atuação do grupo FáloFarra. Para a Dra. Manuela Ricciulli, coordenadora da Unidade Integrada da Diabetes do CHOeste, «o evento foi muito bom, valeram bem a pena as horas de ensaio». Acrescenta ainda que o objetivo era deixar uma mensagem importante: «Toca a Mexer, porque a vida sedentária é um dos fatores de risco da diabetes tipo 2, além de o exercício físico melhorar a qualidade de vida de quem já tem diabetes, seja de tipo 2 ou 1».
Unidade de Peniche Durante a manhã de dia 14 de novembro, a equipa de saúde da Unidade de Peniche levou a cabo ações de rastreio da Glicemia, Tensão Arterial, Avaliação do Pé Diabético, e Avaliação Ortoprótesica. Nos rastreios participaram cerca de 200 pessoas, às quais foram distribuídos folhetos informativos e realizada orientação individual. Foi ainda realizada uma exposição de equivalência de uma porção de hidratos de carbono com a orientação e informação da Dietista da Unidade de Peniche, Dra. Ana Neto. Durante a tarde decorreu uma caminhada pela cidade de Peniche com a presença de 100 pessoas, seguindo-se uma largada de balões e um lanche saudável.
3
EM ENTREVISTA Dr. RUI AMARAL Diretor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Enquanto Diretor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar do Oeste gostaríamos que partilhasse connosco a sua principal missão. A nossa missão fundamental é assegurar o apoio à população na área da Ortopedia e da Traumatologia. Para além disso, há duas coisas principais que devo referir. Por um lado, a necessidade de manter a qualidade do Serviço, há uma qualidade que já vinha de trás, e que é importante manter. Por outro lado, manter a capacidade formativa que está ligada à qualidade do Serviço. Essa qualidade é reconhecida tanto pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia como pelo Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos, e atribui uma idoneidade ao Serviço para formação de internos. Portan-
4
to, cabe-me evidentemente tentar manter essa capacidade formativa, e manter internos em formação. Logicamente num serviço médico é obrigatório pensar numa atualização técnica, e sempre tentando estimular os projetos individuais ou de conjunto dos médicos do Serviço. Tendo em conta a fusão hospitalar no Oeste que ocorreu em 2012, que balanço faz das alterações implementadas nestes quatro anos no Serviço de Ortopedia e Traumatologia no CHOeste? Por exemplo, a criação da Ortopedia 1. A criação da Ortopedia 1 acontece já depois da fusão e coincide, mais ou menos, com a minha nomeação como diretor, depois da saída do antigo diretor - Dr. Mateus. A criação da Ortopedia 1 responde a um anseio antigo do Serviço, na pessoa
do seu diretor, para tentar compensar o aumento do número de doentes a internar, de acordo com o aumento populacional que servimos. Portanto, todo o internamento de doentes, seja através da Urgência seja para cirurgia programada, é feito unicamente na Unidade de Torres Vedras, ao contrário do que acontecia antes da fusão. Com isso houve necessidade de um aumento do número de camas em Torres Vedras, e criou-se a Ortopedia 1. Refiro também a integração de parte do Serviço de Urgência de Ortopedia na área física da Ortopedia 1, com a colaboração da equipa de enfermagem. A nossa urgência de ortopedia funciona com os enfermeiros da Ortopedia, não com os enfermeiros da urgência, o que permitiu melhorar significativamente o
EM ENTREVISTA atendimento e a qualidade de tratamento dos doentes da urgência de ortopedia. Em termos de balanço, creio que esta fusão ainda vai levar algum tempo até se concretizar em absoluto. No que concerne à atividade assistencial do Serviço, pode falar-nos de forma genérica sobre a mesma? Qual o tipo e doentes que acorrem ao Serviço de Ortopedia? O Serviço de Ortopedia tem procurado adaptar-se às exigências da procura pela população da região Oeste. Quando falamos da Urgência, não podemos esquecer uma certa sazonalidade que existe, apesar da região Oeste não ser o Algarve, temos neste momento um elemento novo no nosso país que se chama surf. A explosão do surf na costa Oeste faz com que exista uma procura por parte de vários utentes de múltiplas nacionalidades, com lesões provocadas nomeadamente nas atividades do surf. Foi muito frequente durante o Verão termos doentes oriundos de Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Austrália, Alemanha… houve dias, ou semanas, em que foi engraçadíssimo porque eu saía de um quarto a falar francês, entrava noutro a falar espanhol, e no quarto ao lado eu tinha de falar inglês. Temos aqui colegas que falam muito bem alemão, e tivemos de nos socorrer delas para conseguir contactar com os doentes e com as seguradoras. Agora voltámos ao doente “normal” desta região, com grande tendência para a terceira idade, que nos tem levado a várias preocupações e a várias atividades do Serviço, até fora do hospital. Pode falar-nos da sua equipa e dos projetos que estão a ser implementados? Quais os benefícios para o Serviço e para os Utentes?
Iniciámos consultas no Hospital de Peniche com o objetivo de tentar deslocalizar e descentralizar a Consulta de Ortopedia. Necessitamos de uma consulta mais próxima daquela população, mantendo a Consulta de Ortopedia também em Caldas da Rainha como é evidente, mas manter ali um foco de Consulta de Ortopedia que não só ajuda as populações daquela área a uma menor deslocação para Torres Vedras ou para Caldas da Rainha, mas também para ser uma consulta mais calma, mais ponderada, que é necessário fazer-se. Por outro lado, era muito importante aliviar a Consulta Externa em Torres Vedras, e aproveitar a estrutura existente em Peniche. Uma das primeiras coisas que fiz questão de criar foi uma consulta de Ortopedia Infantil em Caldas da Rainha, sendo que já existia em Torres Vedras. Juntamente com a Dra. Margarida Carvalho, que é a responsável da área da Ortopedia Infantil, foram estabelecidas as pontes necessárias com a Pediatria e com a Medicina Geral e Familiar nos Cuidados Primários de Saúde. Tem estado a crescer, há uma boa aceitação. Atualmente temos dois polos de Ortopedia Infantil em termos de consulta, um em Torres Vedras e outro em Caldas da Rainha. O internamento, se for necessário, é feito em Torres Vedras. É muito importante que antes de ser feita a cirurgia haja uma comunicação e conhecimento do doente
e familiares daquilo que vai ser necessário a seguir à intervenção. Para tal, fazemos uma reunião conjunta com os doentes e seus familiares, onde tentamos que o doente seja o melhor esclarecido possível. Fazemos um treino, o doente fica a saber o que é que vai ter de fazer depois de ser operado enquanto estiver no hospital. Portanto, essa reunião de preparação pré-operatória que, por um lado interessa ao doente como um melhor esclarecimento de tudo aquilo que vai acontecer, e por outro lado para nós nos identificarmos também com o doente, com a comunicação com os familiares, que muitas vezes ao nível da consulta não existe, para que haja um entendimento conjunto e fundamentalmente para que haja esclarecimento de dúvidas.
Para concluir a entrevista, que mensagem gostaria de deixar à grande equipa que constitui o Centro Hospitalar do Oeste? A motivação para um trabalho diário em condições adversas e a necessidade absoluta de uma resistência à inércia, tem de ser procurada por um desempenho profissional consciente com exigência de qualidade. Tenho encontrado cá imensos casos desse profissionalismo, é fundamental não desistir, caso contrário o nosso dia-a-dia é um perfeito inferno.
5
EM NOTÍCIA
Pulseiras de identificação por cores na Urgência Pediátrica de Caldas da Rainha de ou emergência da sintomatologia sendo atribuída uma escala crescente de 1 a 4.
O Serviço de Urgência Pediátrica de Caldas da Rainha do CHOeste implementou um novo sistema de identificação de utentes e acompanhantes por pulseira com código de cores e identificação. Desde o seu início em 1998, a triagem na Urgência de Pediatria é fundamentada em critérios de prioridade de atendimento tendo em conta a gravida-
Desde setembro de 2016, essa escala foi convertida em pulseiras a serem colocadas no utente com a respetiva identificação, por ordem crescente de gravidade: verde, amarelo, laranja e vermelho. O acompanhante é identificado com pulseira branca. Segundo a Diretora do Serviço de Pediatria da Unidade de Caldas da Rainha, Dra. Luísa Preto, «este novo sistema tem permitido uma maior segurança e eficácia na circulação e atendimento das crianças e adolescentes neste Serviço».
Conselho de Administração do CHOeste reuniu com ARS-LVT
Em 28 de outubro de 2016, os membros do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste estiveram reunidos em Cal-
6
das da Rainha com a Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Dra. Rosa Valente de Matos, e com o vice-presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Dr. Luís Pisco. Nesta
reunião foram abordados temas em comum sobre a região, e foram definidas orientações importantes para o Plano de Contingência de Inverno.
EM NOTÍCIA
Unidade Integrada da Diabetes de Torres Vedras dá formação aos Centros de Saúde naram uma formação subordinada ao tema «Quando e como começar insulina na Diabetes tipo 2?» para uma plateia de 20 profissionais de saúde dos Centros de Saúde de Torres Vedras, Mafra e Lourinhã.
No passado dia 18 de outubro, a equipa da Unidade Integrada da Diabetes do CHOeste - Unidade de Torres Vedras, representada pela Dra. Fátima Monteiro e pela Enfermeira Cláudia Caetano, proporcio-
Com esta esta sessão a equipa pretendeu colmatar a necessidade de formação na área de insulinoterapia, verbalizada pelos profissionais dos Cuidados de Saúde Primários aquando do 1º Encontro da Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes. Ao longo da formação os profissionais tiveram oportunidade de adquirir e aprofundar competências na utilização de insulina no trata-
mento da Diabetes tipo 2, e de obter materiais educacionais para os profissionais e para os doentes. Foi reiterada a ideia de que o início precoce de insulina no tratamento da Diabetes tipo2 permite, não só um melhor controlo glicémico, como uma diminuição significativa do impacto desta doença e das suas complicações. O grupo mostrou-se muito participativo, colocando questões e partilhando experiências. Estão programadas novas formações sobre Alimentação e Exercício Físico no tratamento da Diabetes e Educação Terapêutica.
Dia Mundial do Coração comemorado pela Unidade de Peniche ração do Dia Mundial do Coração foi promovido pela Câmara Municipal de Peniche e contou com a participação da equipa do Serviço de Medicina Interna da Unidade de Peniche, que realizou ações de rastreio à tensão arterial e à glicémia a cerca de 50 participantes. Com estas ações de rastreio a equipa pretendeu reforçar a importância da prática de atividade física, desportiva e de um estilo de vida ativo para um melhor coração e uma vida mais saudável.
A Unidade de Peniche do Centro Hospitalar do Oeste associou-se à comemoração do Dia Mundial do
Coração, que decorreu durante a manhã de 1 de outubro, no Parque Municipal de Peniche. A comemo-
Após o rastreio foi oferecido a cada participante, um raminho de verdura, um coração e um marcador de livros com orientações/ aconselhamentos relativos aos rastreios.
7
EM NOTÍCIA
Serviço de Ortopedia assinalou Dia Internacional STOP UP No âmbito do Dia Internacional da Prevenção das Úlceras de Pressão, comemorado em 17 de novembro, o grupo de trabalho de Prevenção das Úlceras de Pressão do Serviço de Ortopedia e de Traumatologia desenvolveu uma ação de sensibilização para os colegas do Serviço. Foi distribuído um folheto intitulado «Como podemos ajudar a evitar as úlceras de pressão?», que aborda os cuidados preventivos com a pele, a importância da nutrição na prevenção das úlceras por pressão, o reposicionamento e mobilização precoce, a avaliação do risco de desenvolvimento de UPP, e o tratamento da dor. Foram ainda distribuídos dísticos de sensibilização alusivos ao dia.
Unidade de Caldas da Rainha participou no 17.º Congresso Nacional de Pediatria Cristina Novais Dra. Mara Marques e Dra. Anabela Bicho - «Sinal e Síndrome de Chilaiditi» elaborado pela Dra. Ana Sofia Esteireiro, Dra. Sofia Ferreira, Dra. Sara Santos, Dra. Anabela Bicho e pelo Dr. João Nunes.
A Unidade de Pediatria de Caldas da Rainha esteve presente no 17º Congresso Nacional de Pediatria, que se realizou de 2 a 4 de novembro no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. E apresentou quatro trabalhos: -
8
«Dois sinais radiológicos – 1 diag-
nóstico» elaborado pela Dra. Ana Sofia Esteireiro, Dra. Raquel Carreira, Dra. Catarina Gomes e pela Dra. Anabela Bicho.
- «Avaliação de conhecimentos e atitudes em higiene oral em idade pediátrica» elaborado pela Dra. Mara Marques, Dra. Ana Sofia Esteireiro, Dra. Sofia Ferreira e Dra. Sara Santos.
- «Prematuridade tardia – um olhar sobre os últimos 10 anos» elaborado pela Dra. Ana Sofia Esteireiro, Dra. Raquel Carreira, Dra.
A Dra. Sara Santos moderou uma das mesas de comunicações livres e foi revisora científica dos trabalhos do Congresso.
EM NOTÍCIA
Unidade de Imunoalergologia alerta para Alergia Alimentar na Escola
A Unidade de Imunoalergologia do Centro Hospitalar do Oeste integra, pela primeira vez, o projeto «+Saúde: Hábitos e Estilos de Vida Saudáveis» promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras. As primeiras sessões informativas decorreram na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Freiria, do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo, e foram dedicadas ao tema «Alergia alimentar na escola - o que é, o que pode acontecer, riscos de ter uma reação e como tratar uma reação». A equipa da Unidade de Imunoalergologia do CHOeste, representada pela Imunoalergologista Dra. Susana Carvalho e pela Enfermeira Cristina Morais, conduziu duas sessões de 90 minutos para um total de cerca de 100 alunos do 9º ano, professores e auxiliares de ação educativa. Nestas sessões foram exibidos vídeos ilustrativos de reações alérgicas alimentares graves, com o objetivo de elucidar para as principais
particularidades desta patologia e sensibilizar para a necessidade de deteção precoce de sintomas de reação alérgica a alimentos. Com base num estudo publicado na Revista Portuguesa de Imunoalergologia de 2011, foi referido pela Dra. Susana Carvalho que «29,4% das exposições acidentais na alergia
alimentar ocorreram na Escola». Aproveitou ainda para alertar para os sintomas mais frequentes «na pele: urticária, vermelhidões, inchaços, podendo ocorrer também dificuldade respiratória, vómitos, diarreia, e perda de consciência». Perante uma plateia muito atenta e interessada foram realizadas duas atividades práticas pela Enfermeira Cristina Morais. A primeira atividade consistiu na realização de testes cutâneos por picada a um dos alunos, enquanto na segunda atividade cada aluno teve a oportunidade de experimentar uma caneta autoinjetora de adrenalina, habitualmente utilizada quando ocorre um choque anafilático (doença alérgica severa, que potencialmente pode colocar a vida em risco). A Unidade de Imunoalergologia do Centro Hospitalar do Oeste está em funcionamento desde setembro de 2013, tendo realizado até ao momento um total de 6.313 consultas das quais 1.657 correspondem a primeiras consultas.
9
EM NOTÍCIA
«Perdas e Lutos» foi o tema do IV Encontro de Psicólogos do CHOeste
O auditório da Escola Internacional de Torres Vedras acolheu, em 12 de outubro de 2016, o IV Encontro de Psicólogos organizado pela Unidade de Psicologia Clínica de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste. O encontro deste ano foi subordinado ao tema «Perdas e Lutos». Dirigido a psicólogos, bem como a outros profissionais com interesse no tema, o evento contou com uma plateia muito interessada de cerca de 140 participantes. A sessão de abertura foi conduzida pela Coordenadora da Unidade de Psicologia Clínica de Torres Vedras, Doutora Alexandra Seabra, e contou com a presença do Bastonário da Ordem dos Psicólogos, Doutor Telmo Baptista, do Diretor Clínico do CHOeste, Dr. António Curado, da Vereadora da Câmara Municipal de Torres Vedras, Dra. Ana Umbelino, e do Vereador da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Dr. Hugo Oliveira.
Do programa fizeram parte quatro painéis, onde foram abordados te-
10
mas como a «Comunicação e Perda», «O Luto», a «Reformulação do Luto» e «Perdas e Luto no Cuidador Formal e Informal». O primeiro painel «Comunicação e Perda», moderado pela Dra. Solange Fernandes, psicóloga na Unidade de Psicologia Clínica de Caldas da Rainha do CHOeste, teve como oradoras a Dra. Rute Pires do Centro Hospitalar Lisboa Central, e a Dra. Joana Faria do INEM. Ao longo do painel foi destacada a importância da comunicação verbal e não
verbal na notificação de más notícias, nomeadamente a privacidade e demonstração de disponibilidade, a relação estabelecida e a linguagem utilizada. Foi salientada a relevância de a comunicação ser simples, verdadeira e honesta, procurando ir ao encontro das necessidades da pessoa. Foi também realçado que é necessário que os profissionais tenham formação na comunicação de más notícias, seguindo determinado protocolo de atuação (por ex. SPIKES – Six Step Protocol for Delivering Bad News).
Dramatização sobre a morte realizada pelos alunos da EITV.
EM NOTÍCIA O segundo painel, «O Luto», foi moderado pela Coordenadora da Unidade de Psicologia Clínica de Torres Vedras, Doutora Alexandra Seabra, e contou com a intervenção da Dra. Maria de Jesus Moura, psicóloga na Unidade de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, que abordou várias temáticas, entre elas a elaboração do conceito de morte ao longo do desenvolvimento nas crianças, como comunicar a morte de alguém, a reação dos pais e as suas dificuldades de abordar estas problemáticas, tendo em conta a idade e o desenvolvimento. Seguiu-se o testemunho de uma mãe em luto há 11 anos. Maria Gomes falou do seu filho Miguel, vítima de morte súbita em 2005, tinha 27 anos. Retratou na primeira pessoa tudo o que os oradores anteriores tinham abordado: «o chão a desabar, a dor intensa de sentir um abraço, a zanga do porquê ele, o dormir com a capa da Tuna do filho, o luto prolongado para o resto da vida e a procura de informação, fé, partilhas, e onde encontrou o Grupo de Pais em Luto do Oeste». Após almoço seguiu-se o painel «Reformulação do Luto» moderado pela Dra. Catarina Severiano, psicóloga na Unidade de Psicologia Clínica de Torres Vedras. Durante a intervenção das oradoras do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, Dra. Iolanda Gil e Dra. Inês Carvalhão, foram abordadas questões acerca das estratégias mais utilizadas na intervenção com famílias com filhos com paralisia cerebral. A evolução da intervenção neste âmbito foi progredindo de modelos mais centrados na criança para uma abordagem mais centrada na família, com recurso a estratégias de intervenção individuais e em grupo, e a equipas transdisciplinares. Por sua vez, a Dra. Filomena Sousa do Campus
Neurológico Sénior abordou o impacto das doenças neurodegenerativas, em particular das demências, quer do ponto de vista epidemiológico, quer ao nível do doente e respetiva família. Foi ainda salientada a importância da intervenção multidisciplinar junto destes doentes e respetivos cuidadores. O último painel dedicado às «Perdas e Luto no Cuidador Formal e Informal» teve enquanto oradoras convidadas, a psicóloga Dra. Marta Pavoeiro e a enfermeira Joana Bragança, que pertencem à equipa de Cuidados Continuados e Paliativos do Hospital da Luz, sob a coordenação da Doutora Isabel Galriça Neto. Trouxeram numa primeira parte os princípios e modelos orientadores da sua prática e interven-
ção, colocando no centro da sua abordagem o paciente e a sua família, bem como a atenção que é dada aos cuidadores formais. Numa segunda parte, descreveram a investigação que estão a levar a cabo, no âmbito do acompanhamento aos cuidadores informais, ao longo do seu processo de luto. O painel foi moderado pela Dra. Maria Manuel Carvalho, psicóloga na Unidade de Psicologia Clínica de Torres Vedras do CHOeste. A Comissão Organizadora agradece a colaboração da Câmara Municipal de Torres Vedras, da Escola Internacional de Torres Vedras, da Empresa Águas do Vimeiro, da SEMINFOR – Escola Profissional de Penafirme, e da Adega Mãe, e à Liga dos Amigos do Hospital de Torres Vedras.
11
PROJETO CHOeste
«Viver com a Diabetes na Escola» nas escolas do concelho de Torres Vedras
O projeto «Viver com a Diabetes na Escola» iniciou-se formalmente no dia 4 de outubro de 2016 no Agrupamento de Escolas de São Gonçalo, e irá estender-se aos restantes agrupamentos de escolas do concelho de Torres Vedras. Trata-se de um projeto na área da saúde idealizado pelo grupo da Diabetes do Serviço de Pediatria da Unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste em parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade do ACeS Oeste Sul, focado na criança/jovem com Diabetes tipo 1 em contexto escolar. «Viver com a Diabetes na Escola» surge para complementar o acompanhamento já feito na Consulta de Pediatria na Unidade de Torres Vedras do CHOeste, e no Centro de Saúde de Torres Vedras. É estruturado através de uma rede
12
de cuidados de suporte, partilhado entre as instituições de saúde e as escolas do concelho de Torres Vedras. Nesta visita inicial estiveram presentes uma médica e duas enfermeiras, que realizaram um conjunto de atividades formativas com a equipa escolar que interage mais diretamente com as crianças/ jovens com Diabetes tipo 1. Foram
feitas algumas recomendações pela Dra. Elisa Galo, pediatra com especialidade em endocrinologia e responsável pela Consulta da Diabetes Infantil na Unidade de Torres Vedras, que salientou que é «importante que alunos com Diabetes estejam bem integrados em todas as atividades escolares» e acrescentou ainda, que «é fundamental que a equipa escolar saiba
PROJETO CHOeste reconhecer os sinais e os sintomas de hipoglicemia e de hiperglicemia, para que possam intervir da melhor forma». Desmistificou que os alunos com Diabetes tipo 1 «podem e devem praticar exercício físico, e que para isso devem avaliar sempre a glicémia antes e depois do exercício». Num segundo momento da visita, a Enfermeira Sónia Alves explicou como, e em que circunstâncias deverá ser utilizado o material para o controlo metabólico. Foi fornecido um kit à Escola para utilização do
aluno em caso de esquecimento, nomeadamente um glucómetro, tiras de medição da glicémia e de corpos cetónicos, lancetas para picar o dedo, Glucagon (medicamento SOS), um recipiente para material contaminado, e uma folha de registos em caso de hipoglicemia ou hiperglicemia. Foram ainda proporcionados momentos de treino aos elementos da equipa escolar, assim como o esclarecimento de dúvidas.
escolas, que visam o acompanhamento da equipa escolar, e das crianças/jovens com Diabetes tipo I, com o objetivo de potenciar um melhor controlo metabólico, e promover a autonomia dos mesmos perante esta patologia. O projeto «Viver com a Diabetes na Escola» foi galardoado pela Missão Continente com uma verba de 2.858 euros, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Torres Vedras.
No seguimento desta visita estão programadas visitas mensais às
Reunião bilateral sobre as parcerias: CHOeste - Centro Hospitalar Lisboa Norte Em 29 de novembro de 2016, os dois Conselhos de Administração estiveram reunidos no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). Nesta reunião foi efetuada uma avaliação pormenorizada das parcerias entre as duas instituições no
âmbito dos protocolos de afiliação Psiquiatria e Telerradiologia, assim como o planeamento do Plano Contingência de Inverno. Finalmente foram esboçadas as linhas para o reforço da atividade bilateral para 2017.
13
QUEM É QUEM no CHOeste
Enfermeira ALCINA SOUSA
Enfermeira-Chefe dos Serviços de Ginecologia, Obstetrícia, Neonatologia, Urgência de Ginecologia/ Obstetrícia e Unidade de Saúde da Mulher Nasceu em Alcobaça em 1963, é casada e tem uma filha. É licenciada em Enfermagem, e especializada em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, e em Gestão de Unidades de Saúde. Exerce funções na Unidade de Caldas da Rainha desde 1984. Foi dirigente sindical, e fez parte da Direção Regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Foi adjunta da Direção de Enfermagem de 2010 a 31 de janeiro de 2016. Integra a Unidade Coordenadora Funcional Materno Infantil do Oeste, o Núcleo Hospitalar de Crianças e Jovens em Risco (Unidade de Caldas), a Comissão de Ética do CHOeste, o Conselho Coordenador de Avaliação, e a Comissão Executiva de Enfermagem. É auditora do Sistema de Classificação de Doentes do CHOeste. Está envolvida em diversas causas de voluntariado, nomeadamente enquanto administradora da Fundação Maria e Oliveira, animadora do grupo de jovens da paróquia de Alcobaça, colaboradora do Banco Alimentar e da Cáritas. Gostaríamos que partilhasse connosco quais as particularidades de ser enfermeira-chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste. O que mais gosta na sua função? Ser pai ou mãe é uma bênção, mas envolve imensos desafios; contribuir para que a equipa esteja cada vez melhor preparada e responda adequadamente às expectativas dos casais, prestando cuidados em segurança e de forma humanizada
14
é a principal preocupação. A gestão dos recursos humanos e a preocupação pela qualidade são as competências centrais no meu desempenho. Com a criação do Centro Hospitalar do Oeste o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia foi restruturado. Quais as principais modificações a destacar?
Enfrentámos alterações profundas ao nível organizativo: o encerra-
mento da maternidade em Torres Vedras, a abertura de um serviço de ginecologia em Caldas da Rainha, a mobilidade de enfermeiros, a manutenção de atividade assistencial em ambulatório a funcionar nas duas unidades com gestão única, a articulação com o ACES Oeste Sul, o aumento da população de referência… podemos afirmar que há ganhos significativos, apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer.
QUEM É QUEM no CHOeste Enfermeira Alcina Sousa no decorrer da visita guiada aos futuros pais.
Pode falar-nos da sua equipa e de alguns dos projetos que estão a ser implementados? Tenho a sorte de contar com excelentes profissionais que se envolvem na implementação de todos os projetos. Sejam a visita guiada, os cursos de preparação para o parto e parentalidade ou a linha telefónica de apoio, responsabilizando-se pelo seu funcionamento. De igual modo, o respeito pelos planos de parto, tendo em vista o parto natural, e a gestão de medidas não farmacológicas e farmacológicas ou associação de ambas no alívio da dor fazem-no de forma
competente e responsável. Além disso, realizam de forma eficiente os rastreios auditivo e da cardiopatia, a notícia do nascimento digital, a consulta de enfermagem pósnatal, o nascer cidadão e o nascer utente. Por último, o “exercício do direito ao acompanhamento no decurso da cesariana” será uma realidade a curto prazo. É uma equipa competente, responsável, capaz de desenvolver estratégias para inovar. Em suma, tudo fazem para que sejam prestados cuidados de excelência. Tendo sido iniciado em abril de 2016 o Curso de Preparação para o Parto e Parentalidade no CHOeste, qual é o balanço que faz destes primeiros seis meses?
A implementação deste projeto era um sonho antigo; a falta de espaço foi sistematicamente apontada como constrangimento. Finalmente foi possível reunir condições para que se tornasse uma realidade, houve vontade institucional e a ajuda da Liga dos
Amigos para aquisição do equipamento. A Direção Geral de Saúde recomenda que os cursos de preparação para o parto constituam uma modalidade de intervenção a que todas as grávidas/casais devam ter acesso no decorrer da gravidez; até abril, a frequência só era possível no setor privado. Finalmente o acesso é garantido em Caldas da Rainha e Torres Vedras. Até ao final de outubro foram realizados 1.183 partos na maternidade do Centro Hospitalar do Oeste, mais 35 do que em outubro de 2015. Em jeito de conclusão, diganos porque é que as futuras mães devem escolher a maternidade do Centro Hospitalar do Oeste para ter os seus bebés? Encontrarão uma equipa multidisciplinar, motivada, bem preparada ao nível técnico e humano, que lhes prestará apoio efetivo na gravidez, no parto, no pós-parto e após a alta hospitalar. O modelo de cuidar permite-lhes que tomem as suas próprias decisões. Promovemos a participação do pai na prestação de cuidados, encarando-o como um membro da equipa. Preocupamo-nos com o sucesso do aleitamento materno. Têm ao dispor todos os recursos técnicos e humanos para os apoiar no momento mais marcante das suas vidas - o nascimento do bebé.
15
CHOeste UTENTE
Curso de Preparação para o Parto promovido pelo Serviço de Obstetrícia do CHOeste
Aula Teórica na Unidade de Caldas da Rainha.
O curso de Preparação para o Parto e Parentalidade promovido pelo Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste teve início em abril de 2016. Até ao momento, 145 grávidas já realizaram este curso, 110 na Unidade de Caldas da Rainha e 35 na Unidade de Torres Vedras. O Serviço de Obstétrica do CHOeste pretende com estas sessões de preparação para o nascimento desenvolver e criar competências na grávida/casal, que os torne mais seguros, autónomos e confiantes, para ultrapassar alguns desconfortos, medos e receios que poderão surgir ao longo da gravidez, parto e puerpério.
O curso é gratuito e é dirigido a grávidas a partir das 28 semanas, seguidas nas consultas de Obstetrícia
Aula prática.
do CHOeste ou grávidas que decidam ter o seu bebé na maternidade do Centro Hospitalar do Oeste. O curso é ministrado por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica do CHOeste, e divide-se numa fase de aprendizagem (sessões teórico-práticas) e numa
Aula prática na USM em Torres Vedras
16
fase de treino, que termina com o parto. As inscrições deverão ser efetuadas a partir das 20 semanas, através do preenchimento de uma ficha e entregue nos secretariados presencialmente ou por correio eletrónico : sec.obstetricia@choeste.min-saude.pt
Na Unidade de Saúde da Mulher em Torres Vedras
CHOeste PROFISSIONAIS
Vamos «Ganhar Saúde»?
A sala de espera da Urgência passou a ter disponível um multibanco para comodidade dos doentes e profissionais.
O Serviço de Ambulatório/ Consulta Externa da Unidade de Caldas da Rainha do CHOeste deu início ao projeto «Ganhar Saúde», dirigido aos profissionais desta unidade hospitalar. Foi idealizado com o objetivo de promover hábitos de vida saudáveis através da adoção de hábitos alimentares saudáveis, no horário laboral, que se pretende extensível ao domicílio. Será complementado com atividade física, antes ou após a jornada de trabalho. A participação é voluntária, mas condicionada a alguns compromissos, entre os quais a avaliação do IMC e perímetro abdominal de forma periódica.
uma das mentoras do projeto, espera que «a adesão e a motivação inicial se mantenham e que o objetivo se concretize. Assim, estou convicta, que a Instituição contará com profissionais mais saudáveis». Recorde-se que o excesso de peso e a vida sedentária estão relacionados ao aumento da prevalência de doenças crônicas. Durante a cami-
nhada a Enfermeira Fernanda Rodrigues relembrou que «o nosso papel enquanto profissionais de saúde deve ser a promoção da saúde dos nossos utentes, mas também dos nossos profissionais e neste sentido surge o projeto que se iniciou no serviço, mas que rapidamente se estendeu a outras áreas da Instituição». Plantação de uma árvore num espaço vazio como símbolo do espírito e da cultura de inovação e de esperança que se pretende para o CHOeste.
A atividade física proposta consiste numa caminhada de pelo menos 30 minutos, no espaço envolvente do Hospital de Caldas da Rainha, preferencialmente em grupo. Neste momento estão inscritos 33 profissionais, que iniciaram as atividades propostas no dia 7 novembro. A Enfermeira Fernanda Rodrigues,
17
FORMAÇÃO INTERNA
Curso de Abordagem e Tratamento da Hiperglicémia em Internamento
A Unidade Integrada da Diabetes do Centro Hospitalar do Oeste, coordenada pela Dra. Manuela Ricciulli, deu início a um Programa de formação anual sobre «Abordagem e Tratamento da Hiperglicemia em Internamento doente não crítico» destinado a médicos, enfermeiros e dietistas do Centro Hospitalar do Oeste. Este programa de formação teve as suas primeiras edições em abril e em junho de 2016, na Unidade de Caldas da Rainha. Em 19 de outubro de 2016 decorreu a 3ª edição, no Centro de Educação Ambiental em Torres Vedras, perfazendo um total de 113 formandos. Para a Dra. Manuela Ricciulli esta formação surge com o objetivo de
18
«uniformizar procedimentos, de acordo com as recomendações recentemente publicadas nas revistas da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna». Durante o curso, os Formadores (alguns dos quais coautores das referidas publicações), fizeram uma revisão deste tema, propondo um algoritmo de atuação adaptado ao doente não crítico, e à realidade diária de um Serviço de Medicina, ajustado à sua dinâmica, tendo como objetivo promover uma uniformização de atuação, quer relativamente às medidas terapêuticas e educacionais a instituir durante o internamento, quer em relação à preparação da alta, fundamental
para uma transição para ambulatório segura e bem-sucedida, sempre com o sentido último de melhorar a qualidade assistencial. Foram formados grupos de trabalho, onde foram discutidos casos clínicos. No final do curso foi realizado um teste de avaliação de conhecimentos, com bons resultados. Recorde-se que uma abordagem apropriada do doente hospitalizado com hiperglicemia, diminui a mortalidade e a morbilidade, e a demora média e é custo-efetiva, implicando no entanto, uma profunda mudança na cultura médica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar.
ELOGIOS
Elogio recebido em 3 de outubro de 2016 Agradecimento à Equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Torres Vedras «Em 24JUL16 o Cabo 1890339 – António Manuel Mesquita Nunes Guilherme deste Destacamento, sofreu um enfarte agudo de miocárdio durante o exercício das funções, no policiamento do espetáculo musical Sumol Summer Fest 2016 na Ericeira. O hiato de tempo entre a verificação do desmaio do militar e a chegada da equipa da VMER da Unidade de Torres Vedras foi extremamente célere. A vossa ação foi ainda mais importante no que concerne à gestão do incidente, garantindo o espaço necessário à prestação do socorro, garantindo a calma e tranquilidade a todos os presentes quando se esperava o pior desfecho. Prestaram os esclarecimentos necessários aos superiores e familiares do militar. A rápida intervenção, efetuada com grande profissionalismo e de forma irrepreensível, contribuiu para uma reanimação rápida e uma eficiente estabilização, conduzindo à pronta evacuação do militar para o Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital de Santa Maria, onde foi operado minutos mais tarde de urgência. Em conversa com todos os clínicos intervenientes no processo, em especial o responsável pelo acolhimento no Serviço de Medicina Intensiva daquela unidade Hospitalar, foi-me transmitido que caso não existisse o socorro imediato, rápido e bem efetuado, o Cabo 1890339 – António Manuel Mesquita Nunes Guilherme não teria sobrevivido ou teria sequelas graves permanentes.
Face ao exposto, é com grande consideração que o Destacamento de Mafra, em particular, e a GNR no seu todo, louva o serviço por vós prestado, devendo a vida de um dos nossos militares à vossa resposta, ao profissionalismo, à competência e à capacidade superiormente demonstrada. Por esses factos estaremos eternamente agradecidos.» Capitão João Fernando Reis Rodrigues de Amorim, Comandante do Destacamento Territorial de Mafra
Elogio recebido em 7 de outubro de 2016 Agradecimento à Equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Caldas da Rainha «Carlos Guerreiro subitamente perdeu o conhecimento caindo na via pública nas Caldas da Rainha, na manhã de 26/09/2016. Rapidamente uma Viatura Médica do INEM compareceu no local prestando os cuidados necessários. Foi colocada a hipótese de AVC hemorrágico e acionado de imediato o seu transporte de helicóptero para o Hospital de Santa Maria. O quadro clínico apresentou-se desde logo grave. Este acontecimento agudo e inesperado, num indivíduo ainda jovem, trouxe apreensão para a família. Desde logo a equipa do INEM mostrou um grande profissionalismo, tentando responder às questões e ânsias que naturalmente surgem à família neste casos. Foi com muito pesar que faleceu no dia 29/09/2016, com o diagnóstico de hemorragia subaracnoídea extensa por rotura de aneurisma cerebral. Permanece a dor da partida mas a recordação do apoio sentido por parte da equipa do INEM nessas primeiras horas. A família vem deste modo expressar a sua profunda gratidão pela atuação imediata e exemplar do INEM. No entanto, não pode deixar de mencionar o seu agradecimento especial ao Dr. Rui Garcia e ao Enfermeiro Nuno Pedro que prestaram os primeiros cuidados. Assim, a todo o INEM, o nosso eterno reconhecimento. Bem Hajam.» Amélia Feliciano, Ana Paula Guerreiro (esposa) e restante família
19
CHOeste ACONSELHA
Diabetes: escolha prevenir, escolha controlar Como tem sido amplamente divulgado na comunidade médica, a prevalência da Diabetes Mellitus tipo 2, tem vindo a aumentar em todo o Mundo. O mesmo acontece em Portugal onde, segundo o relatório do Observatório Nacional da Diabetes, a doença atinge 13,1% da população com idade compreendida entre os 20 e os 79 anos, mais de um milhão de pessoas, dos quais, apenas 7,4% sabem que são diabéticos, não estando a doença diagnosticada nos restantes 5,7% (443.000 pessoas). Segundo a mesma fonte, 27,2% da população tem “Pré-Diabetes ou Hiperglicemia Intermédia”, ou seja, apresenta alterações do metabolismo da glicose que condicionam alterações “ligeiras” dos valores do açúcar no sangue, mas que virão a desenvolver Diabetes, se nada for feito para o evitar. Em suma, 7,4% da população referida tem Diabetes, 5,7% tem Diabetes mas não sabe que a tem e 27,2% tem alterações do metabolismo da glicose. As complicações mais frequentes da doença são conhecidas de muitos: os problemas renais, com necessidade de hemodiálise, os problemas oculares que são causa frequente de cegueira, o Enfarte Agudo do Miocárdio, o Acidente Vascular Cerebral, as Amputações dos Membros Inferiores, com necessidade de internamento hospitalar, dias de baixa
por incapacidade temporária ou permanente. Representam elevados custos para a pessoa que sofre da doença, para os seus familiares, para a Sociedade, para todos nós. Em Portugal, os custos do tratamento da doença e das suas complicações são elevados, perfazendo 0,9% do PIB português em 2014 e 10% do total de despesas em saúde. Estes são apenas os custos “monetários” pois os custos para o doente com diabetes e seus familiares não são contabilizáveis. Sabe-se que, para além da toma correta da medicação, uma alimentação saudável e a prática de exercício físico diário e adequado a cada pessoa são fundamentais para a melhoria do controlo da doença, com consequente redução do aparecimento das suas complicações e dos custos associados. A adoção de um estilo de vida adequado melhora, também, o bem-estar e a qualidade de vida destas pessoas. Sabemos, ainda, que a Diabetes tipo 2 pode ser prevenida se se tiver um “Estilo de Vida Saudável”, mais uma vez, através da alimentação saudável e do exercício físico. Urge, por isso, a necessidade de prevenir, prevenir, prevenir, quer o aparecimento da doença, quer das suas complicações. É
fundamental investir seriamente na Educação para a Saúde, alertar os nossos governantes, alertar as populações, alertar as escolas, os professores e educadores para este facto. Fomentar a prática de exercício físico, a alimentação saudável, explicar que “Estilo de Vida Saudável” não é só para quem é Diabético, mas para todos nós, se quisermos continuar a ser saudáveis. Temos que o saber transmitir às nossas crianças, porque um dia serão adolescentes e adultos, não estando livres de contrair diabetes. Ser Diabético não é uma escolha, mas o que escolhemos fazer ou não fazer pode condicionar o aparecimento, ou não, da doença e o seu controlo quando ela já existe.
Artigo de Opinião Dra. Manuela Ricciulli, Coordenadora da Unidade Integrada da Diabetes do Centro Hospitalar do Oeste
FICHA TÉCNICA Edição: n.º 02, Novembro de 2016 | Propriedade do Editor: Centro Hospitalar do Oeste, Rua Diário de Notícias 2500-176 Caldas da Rainha, secretariado.ca@choeste.min-saude.pt, 262 830 300 | Direção: Conselho de Administração do CHOeste | Coordenação, Redação, Conceção gráfica e Fotografia: Gabinete de Comunicação do CHOeste, gab.comunicacao@choeste.min-saude.pt, 261 319 243
20