ChopperON BRASIL #14

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Sumário # 14 04 Opinião. 06 Motos dos sonhos. 08 Harley Dealer Meeting Las Vegas. 34 Sportster ‘87 Rusty. 50 ThaBomb! 58 Roadstock 2015. 72 Desafio de Motonetas. 82 Rota 61 Dia 3. Mississipi. 118 Oficina. Teoria básica sobre a compresão.

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Tripulação e

PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea Marinheiros de primeira viagem: Tatu Albertini, Rogerio Duarte do Pateo, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, Oscar Romagnoli, David Vive-Harley, Florián RS. ARTE

E CAPA:

Hay Motivo

ChopperON

É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación Creativa

info@nachomahoucc.com

PUBLICIDADE E MARKETING Alberto Miranda: chopperonbrasil@gmail.com

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Bitácora i Nacho Mahou

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“¡Oh, liberdade grande tesouro! Porque não tem prisão boa, embora fosse com algemas de ouro.” Lope de Vega. Iniciamos mais uma edição da ChopperON cheios de liberdade.

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Desde Las Vegas, Nevada, temos noticias quentes da mão do Victor Romero. Ele esteve no Dealer Meeting da Harley-Davidson. Falamos sobre os segredos da MoCo para o ano que começa logo.

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Novamente o José Cepas_Mad caça uma beleza com a sua maquina: uma obra dos caras da Hell Kitchen Garage, uma H-D Sportster do ano de 1987.

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Fernando é o cara da Spades e agora está virando um pouco perigoso: ThaBomb! Minas Geráis tem pão de queijo, cachaça e Roadstock… Tatu Albertini relata um dos desafios mais loucos do Brasil, o Desafio das Motonetas.

Continuamos atravessando os Estados Unidos, já estamos em Mississipi e os seus enormes campos de algodón. Muito blues na 61. Sempre gratos com a Route 66 Experience y a Eagle Rider.

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A primavera está pertinho, logo teremos grandes eventos no Brasil, mas, por enquanto, arrume um tempinho e leia as reportagens da melhor revista kustom do Brasil!

Foto: Lucas Azevedo

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Opinião · cartas os piraram Os preç berto Miranda © Al

Nacional, onde . Gos- rio Mínimo os ig am s ro ca s eu r recebe R$ to um trabalhado fa um r ta la re de lhar um taria 788,00 para bata me m ve o mp te nte uma que algum s inteiro, dura mê itr in te an s diádeixando bast rnada de 8 hora jo a ic át pr da vezes sob sol gado. Trata-se que rias, muitas s” do va le “e os eza muita dos preç a pino. Com cert sne s do ca li ap e se eu estão são nte vai dizer qu ge o nt ta s, to mo ter te mundo das tiver condições de o nã s ja lo s na e compre enna internet como tos uma Harley, qu mo as m co m ha al a CG, uma que trab tão uma BIZ, um a “coisa” (Harley). TITAN, etc. Mas os e qu oeç nh Não é Sei -e reco o é bem por ai. nã ey rl Ha de pessoa tem uma proprietários tivo porque uma si ui aq r de po a deve “entêm um , Harley, que el is ma de s do do por ai diferencia louquecer” e sair sdi do en er qu pede porém, não ndo tudo que se ga pa mta m te is e serviços. criminá-los, ex ios pelas peças ár et ri op pr os tr num site bém ou - Há pouco tempo, bo “a o tã m si as o de tanque não sã tinha um emblema s do to m ne , al r R$ nados”, afin sendo vendido po e qu epr em r se rra! Fora as SÃO ou TEM que ve- 1.000,00, po ti o nã e qu s, Nó ou que são sários. o peças usadas, tã os rm se de e da venmos a sort retiradas na hora mta m, si as caras afortunados que custam mais , da r te de o it do que em albém temos o dire zer na internet fa i fu je Ho . ey SP e novas! uma Harl - gumas lojas de ma no re ma nu o querenuma cotaçã igos, não estou Am ão (n o ul Pa o ca, da loja de Sã iar nenhuma polêmi cr do do a oc tr foi na H-D) para dito que todos de um mas, acre ng Ki ad Ro da ir um pouco guidão ás deveriam reflet tr a pr i ca e as avaliaamigo. Qu lhor na hora de me o, nt me ça or o ém do quando recebi seus produtos, al m re de o mã de R$ 500,00 “SÓ” dar mais valor ainda comprador o ad rm fo in i Fu dinheiro. obra. ria ao seu suado va le o iç rv se que este trabalho. umas 4 horas de erecer a Longe de mim desm ofissioqualificação do pr erei esse nal, mas consid ta ra está aber fora do Nossa Cartei preço totalmente ra pa cipalmensuas cartas para receber bom senso e, prin r que estampre vão te redação e se te, da realidade a ís, pois seleção das mos vivendo no Pa sposta. Uma re lá tes do Sa s ou importan representa 57,6% mais originai

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adas. serão public

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Brasil Bike Show no Hot Rods erto, o gringo da Olá leitores!! Sou o Alb ChopperON foi escolhida ChopperON. Nesse 2015 a w no Hot Rods Brasil nos para realizar um Bike Sho tam ro. Tomara que vocês cur días 4, 5 e 6 de dezemb uem fiq ão, ent “duca”… Até dessa ideia que vai ser esqueçam compartilhar não atentos ao Facebook e os ra temos mais de 10 mot nossas noticias… Até ago ber cafe-racer, chopper, bob confirmadas nos estilos no “HRB Bike Show by e livre... A gente se vê ChopperON”!!!

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Prancha Motos

G2 P51 Combat Fighter by The Confederate

Uma motocicleta feita à mão e com um visual agressivo e futurista. Com a tecnologia aeroespacial como inspiração, o chassi é integrado ao sistema das rodas e una suspensão patenteada. O motor é de “apenas” 200 cavalos e é feito de alumínio maciço mecanizado. $119,500

Vaca Sagrada W650 by Deus

Deus é um grupo de fanáticos australianos que não acreditam no motociclismo moderno sequestrado pelo marketing. Apresentam a Vaca Sagrada Kawa W650. Roda dianteira de 21“, banco de molas e feito à mão. $32,000



Dealer Meeting Harley Las Vegas

A calma que precede a tempestade ChopperON

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A Marca de Milwaukee, cada mês de setembro mostra as suas novidades para o novo ano. Víctor Romero relata o que aconteceu na cidade de Las Vegas no Dealer Meeting 2015. Informação quentinha!

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas e Víctor Romero A Harley-Davidson

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s últimos acontecimentos da marca centenária tiveram muito interesse no Dealer Meeting. A substituição da pessoa que devia racionalizar/modernizar a casa americana, ou seja, a substituição de Keith Wendell por Matt Levatich, ele é um grande peso pesado da “vida toda” com mais de 20 anos na companhia. Qual é o significado da sucessão de uma contratação estelar por um homem “da casa”? Circunstância ou mudança de rumo? O tempo responderá essas per-

guntas. A confirmação da MoCo de não atingir os seus objetivos de crescimento para esse ano por vários motivos. Nos últimos tempos, foram abertas novas vias de desenvolvimento que deverão aportar estabilidade a longo prazo, o desenvolvimento dos projetos Rushmore e Live Wire, a nova moto elétrica, a nova fábrica na Índia e outras ainda por vir, sugeriam a explosão de alguma bomba no evento de Las Vegas. Não foi assim! 2016 será apenas um ano de transição. Tradicionalmente, nos anos de transição, Harley-Davidson afina os seus modelos

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e nesse momento é alcançado o máximo aproveitamento dos chassi e dos motores até a chegada das novas evoluções. Lá em Las Vegas, conhecemos pequenas, porém inteligentes, mudanças em todas as famílias da linha H-D: Street 750: novos freios, novo local para a buzina e uma melhoria geral nos acabamentos. No Brasil, seguimos à espera da apresentação dessa linha que é equipada


com um excelente motor e, agora, terá um acabamento digno da marca americana. Sportster: alguns detalhes e novos amortecedores dianteiros e traseiros. Muito interessante o novo visual “hard” da “nova” Forty-Eight. As melhorias são muito relevantes e resolvem dois dos problemas da família Sportster. Essas mudanças estarão logo nas concessionárias brasileiras. Dyna: guidão Drag Bar e risers que deixam a posição de pilotagem mais confortável. Também com motor de 103 polegadas. Softail: mu-

danças estéticas na Heritage. Os rebites somem, nós ficamos agradecidos. A mudança mais importante é a possibilidade de escolher o motor Screamin’ nos modelos Fat Boy e Slim. Essas motos serão as “S series” e prometem ser rápidas. Estamos loucos por um test (com placa verde, por favor, kkkkkk). Touring: apresentação da Road Glide Ultra. A moto mais americana de todas, agora equipada com todos os atributos da top de linha. VRod: à espera de mudanças relevantes. A outra grande questão que a gente levou para a cidade do jogo era como seria resolvido pela Company o problema da apreciação do dólar sobre outras moedas, o Yen, o euro e, no Brasil,

nosso Real. A resposta vai ser uma subida de preços nesses mercados embora, para ser totalmente sincero, essas subidas vão ser “controladas”. H-D não é propriamente uma companhia multinacional. H-D é um fabricante americano que vende no mundo todo. Embora a vocação de câmbio dos últimos tempos, essa característica imprime caráter e faz com que os elementos externos tenham uma maior influência. As moedas, as barreiras legislativas, os impostos de importação... Tudo isso é, às vezes, determinante na parte financeira, o que nos tempos atuais de mercados globais condiciona todo o resto. Ficamos na espera do 16,5 MY, apresentação disposta para o começo do ano. Já há boatos de que os caras de Milwaukee vão nos deixar de queixo caído. 2016 MY é o ano das melhorias e transição. A calma que precede a tempestade?

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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STREET 750: NOVOS FREIOS, A BUZINA MUDOU DE LUGAR E UMA MELHORA GERAL NOS ACABAMENTOS

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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SPORTSTER: ALGUNS DETALHES E NOVOS AMORTECEDORES DIANTEIROS E TRASEIROS.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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UM NOVO E INTERESSANTE VISUAL MAIS “HARD” DA “NOVA” FORTY-EIGHT. AS MELHORIAS SÃO MUITO RELEVANTES E RESOLVEM DOIS DOS PROBLEMAS DA FAMÍLIA.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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A MUDANÇA MAIS IMPORTANTE É A POSSIBILIDADE DE ESCOLHER O MOTOR SCREAMIN’ NOS MODELOS FAT BOY E SLIM. SERÃO AS “S SERIES”, MUITO RÁPIDAS E ESTAMOS LOUCOS PRA FAZER UM TEST NUMA DESSAS...

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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DYNA: GUIÃO DRAG BAR E RISERS QUE DEIXAM A POSIÇÃO DO PILOTO MAIS CONFORTÁVEL. TAMBÉM COM MOTOR DE 103 POLEGADAS.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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SOFTAIL: CÂMBIOS ESTÉTICOS NA HERITAGE. OS REBITES VÃO EMBORA, NÓS FICAMOS AGRADECIDOS.

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TOURING: APRESENTAÇÃO DA ROAD GLIDE ULTRA. A MAIS AMERICANA DE TODAS.

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VROD: À ESPERA DE MUDANÇAS RELEVANTES.

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SLIM. SERIES S. COM UM VISUAL MILITAR. PAZ E GUERRA.

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MUITAS DESSAS MUDANÇAS ESTARÃO LOGO NAS CONCESSIONÁRIAS BRASILEIRAS.

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Sportster ‘87 Rusty

Ferrugem turquesa

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Apresentamos uma obra da Hell Kitchen Garage, uma H-D Sportster do ano de 1987. Uma bobber de surpreendente visual e baixo custo.

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Sportster ‘87 Rusty

e Nacho Mahou A José Cepas_Mad

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ssa é a primeira vez que a gente faz uma reportagem da Hell Kitchen Garage, de fato, a ChopperON é a primeira que faz uma reportagem dessa oficina que, na sua página do Facebook, está definida assim: “Junta uns amigos, umas motos, ferramentas, imaginação e vontade e esse é o resultado”. Hell Kitchen Garage foi criada pelo Jorge -mais conhecido como Gio- e pela tentativa de unificar a pintura e a aerografia com a modificação e criação de motos. Gio, trabalhando sob o nome de Gioairbrush realizava trabalhos em motos, capacetes, e outras coisas, mas sempre curtiu construir alguma peça, suporte, guidão... Desse jeito ele começou a construir peças e modificar motos.

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Ao lado do seu parceiro Hicham formam os dois “fogos” da Hell Kitchen Garage. “Ele é o encarregado de conseguir todo o material necessário. Eu faço a montagem, a construção, a pintura...”. Agora começamos com a Rusty, uma Sportster do ano de 1987: “É uma moto que foi feita sob media e ao meu gosto. Para mim foi um projeto que desde o começo sabia como queria que fosse o resultado final; queria que fosse rígida e baixa. Com um look old school e descolado, mas com detalhes.” diz Jorge. E assim foi feita, sobre um

chassi original recortado. Foram substituídos os amortecedores por barras de 10,5” hand made (hd) para ficar mais rígida. As molas dianteiras foram recortadas cinco centímetros. Foi substituída a mesa original por outra mais larga e com seis graus de avanço. O guidão é um drag bar (hd), comandos avançados e pedaleiras torneadas (hd). As setas traseiras foram incrustadas no tubo do chassi. O porta placas lateral também foi construído pela HKG. A lanterna traseira tipo vintage é uma peça reconstruída. Os paralamas ganharam uma nova posição, o dianteiro foi colocado um pouco mais atrás para aportar uma imagem retro. O painel foi reposicionado no lateral. O banco (hd) ganhou um acabamento em couro e tem

uma soqueira na parte inferior. Muito colorida No começo, a Rusty era preta fosca, mas Gio tinha a ideia marcada de que a cor final da moto não ia ser essa. A moto foi pintada nas cores azul turquesa e branco, como um Ford ‘58 que está sendo restaurado nas instalações da HKG. Para o acabamento da pintura foi escolhido um verniz acetinado e foi feito um “efeito ferrugem” para conseguir que o acabamento ficasse de acordo com os anos dessa Sportster. Um detalhe fundamental no conceito dessa obra. Assim, novamente, fica claro que com um orçamento ajustado, grandes toques de criatividade e um pouco de “bom fazer” pode ser feita uma criação digna de qualquer bike show.

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Sportster ‘87 Rusty

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Sportster ‘87 Rusty

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ThaBomb Chopper

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Bombas e espadas

Coragem, man. Nessa moto o piloto não pode ter barba e vestir roupas árabes...

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ThaBomb Chopper

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e A Alberto Miranda

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essa edição vamos falar sobre o Fernando Costa da Spades Kustom Cycles, e uma das suas criações, “ThaBomb!”. Fernando é o designer (e proprietário) de uma oficina paulista, que sempre se destacou pela qualidade, acabamento e estilo na customização de motoci-

cletas. Fernando é um grande fã da “Kultura Kustom” e exigente com detalhes, sempre apresenta projetos coerentes, cheios de charme e exclusividade. Além do design, a preocupação com a performance e dirigibilidade são destaques em todas as suas criações há mais de 8 anos. A Spades vem se destacando no mercado brasileiro e internacional, através de customizações diferenciadas das marcas Harley-Davidson e Triumph sendo capa de revistas internacionais na Europa e até nos EUA. Há um tempo que a Spades fez um projeto maluco: ThaBomb! A moto

original é uma Harley-Davidson Dyna Evo 1996. A ideia desde o começo foi construir uma moto no estilo Rat, com patina, ferrugem e detalhes despojados. Nessa moto umas porcas assumem a função de bola de cambio, de espaçadores e até de pedaleiras. Os detalhes estão em todo lugar, o Fernando pirou e até colocou vergalhão (sim, ferro de construção) como haste do cambio. Mas, ao mesmo tempo que foram usados materiais diferentes, nessa moto colocaram sofisticações como, por exemplo, o sprocket embutido na balança e o tanque de gasolina exclusivo em forma de bomba. Dois detalhes que acompanham o conjunto é a frente springer e o banco solo em couro stoned. Uma bike repleta de detalhes com um visual envelhecido sofisticação no acabamento e uma ciclística TOP!

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ThaBomb Chopper FICHA TÉCNICA Modelo Base: Harley-Davidson Dyna 1996. Customização: Spades Kustom Cycles. Designer: Fernando Costa. MOTOR Harley Davidson EVO 1340cc. TRANSMISSÃO Câmbio: na mão – HD. Embreagem: no pé – HD. CHASSI HD SUSPENSÕES Dianteira: Springer DNA. Traseira: Amortecedor Progressive Suspension. FREIOS Dianteiro: pinça DNA. Traseiro: Sprocket Exile Cycles. RODAS: raiadas – dianteira 21” – traseira 16”. PNEUS: vintage. ACESSÓRIOS - Tanque BOMBA, exclusivo – feito à mão pela Spades Kustom Cycles. - Guidão Drag Bar. - Cabos aeroquip siliconados. - Raiser by Spades. - Comandos elétricos embutidos. - Pedaleiras com porcas, feitas à mão. - Pedais, câmbio e embreagem “Hot Rod” Spades. - Pisca bullet preto. - Banco solo de mola em couro preto Spades Special by Bolla. - Filtro de ar com breather Spades Special em alumínio e capa de buzina. - Cabos de vela vintage de algodão. - Paralamas traseiro curto. - Tampa de inspeção e point cover Spades, em alumínio e latão - Espadas curtas. - Escapamento exclusivo Spades Special, com sílica e ponteira em latão. - Alumínios e cromos com tratamento exclusivo by Spades Special. - Suporte de placa lateral, com lanterna So Cal. - Farol Rat com lente amarela e suporte Spades. - válvulas de pneu em formato de bomba. - Alavanca de câmbio com porca enferrujada by Spades. - Velocímetro eletrônico mini.

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RoadStock 2015

Alta quilometragem, sem frescura ChopperON

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Resolvemos organizar um rolé de moto sem frescura pelas estradas de Minas Gerais. A ideia surgiu de experiências gringas, como o El Diablo Run e o Gypsy Run, que apareceram no cenário da cultura custom como alternativas aos rallys institucionais organizados pelas grandes marcas. ChopperON

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RoadStock 2015 e Marcelo Diogo e Rogerio do Pateo A Tomandorumo/ Lucas Azevedo á quatro anos começamos a planejar o roteiro, e dois anos depois fizemos o primeiro teste. O percurso nos pareceu perfeito. As estradas escolhidas permitiam diferentes experiências de pilotagem, as paisagens eram incríveis e os locais de per-

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noite eram interessantes para o rock’n’roll coletivo. Criamos então o nome, a logomarca e o conceito, até que, em 2014, lançamos o primeiro RoadStock. O evento nasceu da convivência entre amigos com personalidades diferentes, mas uma única paixão: pegar a estrada sobre duas rodas. O percurso é longo. São cerca de 1500 km a serem vencidos em três dias, saindo de Belo Horizon-

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te, passando por Araxá via Capitólio, Diamantina e terminando novamente em BH. Embora não haja competição ou contagem de tempo, os participantes recebem um mapa, dicas da estrada e uma agenda com os horários e locais importantes durante o evento. Não há fila em formação, road captain e escolta da Polícia Rodoviária Federal. Cada participante é livre para pilotar no seu ritmo, da


forma que achar mais adequada. Não há limitações em relação ao estilo ou marca das motos. Tratase de um evento focado na confraternização por meio do prazer de pilotar, no qual cada um é responsável por si, por sua bagagem e por sua máquina. Na primeira edição, em 2014, tivemos algumas intempéries climáticas, o que serviu para potencializar as histórias vividas pelos participantes. Naquele ano,

foram 30 inscritos, mas apenas 10 chegaram ao final. Em 2015, a história foi diferente. Ao todo participaram 62 motos, a maioria Harley-Davidsons. Foram HDs para todos os gostos, de Breackouts zeradas a Panheads, passando por algumas Shoevel Heads e Evolutions. Mas nem só de Harleys vive o RoadStock. Na edição deste ano contamos com algumas BMWs, Hondas e Kawazakis que não tiveram problemas em se in-

tegrar aos demais. A viagem correu bem, sem grandes imprevistos. Os participantes rodaram pelo percurso programado divididos em pequenos grupos que se encontraram ao longo da estrada para almoçar, tirar fotos e apreciar as paisagens selecionadas a dedo. Foi aí que percebemos que não havíamos criado um evento, mas estávamos promovendo experiências motociclísticas de alta intensidade!

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RoadStock 2015

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Etapa Limeira

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Desafio de Motonetas O Tatu Albertini é um dos responsáveis pela vida das motonetas na cidade de Campinas. Na oficina familiar, onde ele trabalha consertando carros, ele tem um cantinho reservado para as Lambretas e Vespas dos amigos.

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e Alberto Miranda A Tiago Goldschmidt

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esde junho do ano de 2012, uma das suas ideias, uma corrida, virou um sucesso e, no mundo das scooter antigas, das motonetas, ele é conhecido no Brasil todo. Com o apoio da Free Willy e a Mattiolli (as melhores lojas de peças especializadas em motonetas do Brasil), a cada dois meses o desafio tem uma etapa e, no domingo passado, no dia 6, ocorreu uma das etapas do desafio, a primeira feita de forma independente, alugando a pista o dia todo para o evento, junto com os Mobymaniacos. O Tatu vai relatar para vocês o evento em três, dois, um... O evento foi no domingo, mas a coisa toda já rolou na sexta-feira, quando eu estava tentando desesperadamente obter uma resposta do Rafael e família para trazer a minha nova corredeira, a LD “Tapejara”, porém ele não tinha jeito de estar no domingo em Limeira e eu fiquei na mão na estreia da minha nova moto de corrida e, pior ainda, fiquei sem a visita dos amigos. No sábado, como costumo fazer todo dia, acordei às 6h da manhã. Já desde o começo da manhã fiquei numa batalha sem fim tentando deixar pronta a moto do Dário Gonzales e, por pura teimosia, não consegui chegar no óbvio, não con-

segui notar que o defeito era bem mais simples do que eu imaginava. Graças à ajuda do Leonardo, conseguimos resolver a treta e a moto ficou pronta para correr no domingo. Durante a manhã do sábado, puto com a reparação, recebi uma mensagem, o Marcio Fidelis e mais alguns membros da Scooteria Paulista tinham planos para ir até a sede das Motonetas de Campinas no final da tarde, as minhas portas estão sempre abertas, somos parceiros. Eles chegaram logo após eu terminar de carregar todas as traias no caminhão, eu estava prestes a tomar banho, kkkkkk... Sem ter tomado banho, todos (Caio, Vitor, Marcio, Rafael Assef e eu) subimos pra minha casa, fiz um café pra esquentar o peito dos viajantes e amarramos numas prosas que nos fizeram passar o tempo e, quando saímos pra jantar minha ideia de tomar banho foi esquecida por completo. Levei os caras para conhecer o Boteco Formol, pois eles queriam Hamburguer, Batata frita e cerveja boa. Acho que gostaram do que viram e das conversas com o Rafa. Assim, voltamos pra casa, onde eu fui direto ao banho e finalmente para cama. E quem disse que eu consegui dormir? Fritei na cama a madrugada toda e, antes do sol (e do sino da igreja) eu já estava des-

perto. O despertador tocou e acordei o bando que pensava ir mais tarde até Limeira. Preparei minhas traias (poucas, pois tudo estava no caminhão). Quando estava no café da manhã, o Fernando e o Maurinho chegaram em suas motonetas, mudamos algumas coisas no caminhão e eram às 8h quando estávamos saindo de casa, bem a hora que já era (pelo menos eu, que fazia parte da organização) para estar lá. Saquei um dinheiro e paramos para abastecer as motos, não esperei os carros de apoio, pois uma garoa fina começou a cair enquanto abastecíamos. Saí na ponta do comboio com minha filha Laís na garupa. Saí tentando tirar o atraso, mas o comboio tava tranquilo, eu querendo subir para 90/100 e o farolzinho amarelo do Assef lá atrás me dizia que tinha que diminuir o ritmo, então seguimos nos 80km/h. Entramos em Limeira e o caminho até a pista foi bem fácil. Chegando lá foi bacana ver a quantidade de pessoas já presentes no evento, principalmente os Mobymaníacos. Chegamos, descarregamos tudo, preparamos as coisas, ligamos a churrasqueira (que ficou sob o controle da Churrascaria Paulista) e tentamos organizar os horários, as baterias, etc... Tudo correu na mais perfeita ordem e harmonia, filmagens para o History Channel, Mobymaníacos

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Etapa Limeira na pista e “nóis” também. Tivemos a honra de dividir a pista com o seu António, piloto da velha guarda, com sua MS preparada de época, a estreia do Caio César e do mais novo piloto da equipe Mattiolli Lambrevespa, o Rafael Assef também voltou às pistas depois de alguns anos e o resto dos malucos da pista eram nossos fiéis amigos de sempre, menos o Murari que teve compromissos familiares e, infelizmente, por problemas técnicos, o Edu e o Leo, que treinaram o dia todo, mas não conseguiram entrar na corrida. Fora dos bastidores das pistas tivemos muitas visitas bacanas, o senhor Clóvis Biotto, colecionador e restaurador de Rio Claro, mais um amigo que não lembro o nome, me desculpe, os dois pilotando duas LI maravilhosas. Muitos mais estavam lá, Leogildo Coneglian, Manah Moto Fox, Toninho

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da Graxa e sua linda esposa, Gustavo Ferreira, a família Bovo, Gustavo Delacorte, Rosemeri Moreira, os sumidos mineiros do Poços Scooter Club, Eduardo Alvisi e Erley Carvalho Junior, Marmiroli de Pedreira e mais uma grande quantidade de amigos que estavam lá para mos-

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trar que o Desafio de Motonetas é algo mais além de uma corrida e sim um evento, um encontro voltado aos amigos aficionados às Vespas e Lambrettas. Muita descontração, churrasco, amizade e curtição num dia bem diferente dos demais que fizemos nesses 3 anos de história.


Só sei que o grid de largada ficou nessa ordem: Categoria Super Roberto Privato Sergio Ricardo Pasqualini Marcelo Bovo Ariel (Mattiolli) Texugo Sereguin Categoria Original Mauro Bellotti Tatu Albertini (Eu!!) Dario Gonzales Fernando Precaro Rafael Assef Luis Marta Alessandro Soave Antonio Alberto Caio César E a corrida rolou, larguei bem, ganhando duas posições, mas devolvendo-as logo nas duas primeiras voltas, kkkkkk. Aos poucos fui vendo o Buia e o Alê colando em mim, mas quase no final perdi minha posição para o Buia, quem logo, na sequência, errou e a tomei de volta, mas logo perdi a posição novamente. A corrida acabou bem e tudo correu perfeito, com algumas alterações de posição e o resultado final foi esse daqui:

Categoria Super 1° Roberto Privato (Araraquara) 2° Marcelo Bovo (Araras) 3° Sergio Pasqualini (Jundiaí) 4° Ariel (Ribeirão Preto) estreando 5° Texugo Sereguin (Jundiaí) Categoria Original 1° Mauro Bellotti (Piracicaba) 2° Buia (Souzas) 3°Tatu (Campinas) 4° Alessandro (Campinas) 5°Dario (Campinas ) 6° Luis Marta (Vargem Grande Paulista)7° Rafael Assef (SP Capital) 8° Antonio Alberto (SP Capital) estreando 9° Caio César (SP Capital) estreando Infelizmente não concluíram a prova o Edu Parez (SP Capital ) e o Leonardo Freitas (Campinas). Obrigado a todos e, principalmente, ao Roberto Privato que encabeçou todas as correrias... Fiquem de olho que as motonetas não param!!!

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Etapa Limeira

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Etapa Limeira

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Rota 61, Dia 3

Entre algod玫es

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Depois de um pequeno briefing sobre normas de segurança na estrada –dicas dos organizadores, Gon e Lola- saímos com “um pouco de friozinho a mais” nas estradas do Estado de Mississipi. Esse estado tem uma clara vocação agrícola. Atravessamos os campos de milho, arroz e – lógico- algodão.

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Rota 61, Dia 3

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A ALTITUDE DO MISSISSIPI É DE 250 METROS, POR ISS AS ESTRADAS SÃO RETAS, EMBORA ELAS ESTEJAM CHEIAS DE SUBIDINHAS E DESCIDAS E, ÀS VEZES, TENHAM CURVAS SUAVES.

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Ruta 61 Día 3

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GENTE VIU PLACAS DE TRÂNSITO ALERTANDO A PRESENÇA DE URSOS NA “HIGHWAY”.

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e A Nacho Mahou A Dr. Infierno

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s plantações são desmesuradas, a vista não alcança o final. Nossas retinas estão bem ativas, é cedo, elas se fixam nos pontos que destacam sobre a gigante planície: fazendas abandonadas, telhados arrasados pelo Katrina, maquinaria agrícola enferrujada, chapa com a validade vencida, madeira podre, velhos veículos sucateados. É a autêntica definição da palavra decadência, tristeza das esperanças abandonadas. A estrada não ajuda ninguém e a paisagem não é divertida. Apesar dessa paisagem triste, nós rodamos felizes, com um sorriso dentro da bandana. Caralho, uma ponte! Atravessamos o rio Yazoo, rio que quebra a monotonia da paisagem plana do Delta do Mississipi. Uma terra roubada da água fluvial. A bacia hidrográfica é uma das mais importantes do mundo (uma terceira parte da superfície dos EUA) e um dos sistemas fluviais mais importantes do planeta. É um território dominado pelo homem, onde podemos achar uma grande fauna selvagem. A gente até viu placas de trânsito alertando a presença de ursos na “highway”. Os silos de grão são como catedrais europeias e os pássaros salpicam a cor azul

celeste numa sincronização similar à nossa, formada por um grupo de 23 motos. Nosso barulho faz os pássaros realizarem acrobacias que fazem a gente levantar o queixo e segui-los com os olhos. Num cruzamento, entramos em outra estrada e eu aproveito para ultrapassar o grupo e fazer uma foto dele de frente. Apertar o punho da Classic da Eagle Rider era o que eu precisava para acordar definitivamente. Pouco depois chegamos em Indianola. Cidade natal do Albert King e onde o BB King foi criado. Dois grandes do Blues. Mas a gente já falou disso na ChopperON # 11. Na repostagem obrigatória de combustível compartilhamos um tempinho com o sheriff do Condado de Bolivar, Mississipi. Ele perguntou pelos detalhes da viagem e emprestou a suas algemas para fazer uma foto. Um cara bacana. Nosso destino final é a cidade de Clarksdale, uma referência importante na história da música negra. O Blues. E visitamos o imprescindível –embora modesto- Museu do Blues Delta. A cidade na qual nasceram Muddy Waters, John Lee Hooker, Sam Cook, Ike Turner e Tennessee Williams (entre outros) é o local perfeito para aprender sobre esse gênero musical. ChopperON

Perto da sede do museu visitamos uma loja de guitarras de renome internacional. Blues Music. Seu gerente, Ronnie, mostrou as instalações e nós curtimos a experiência enquanto ele comentava sobre os nomes dos músicos que adquirem lá o instrumento musical com corpo de mulher. Pouco depois terminamos nosso dia no Shack Up Inn, um hotel construído sobre os barracões que os escravos negros habitavam na época das plantações, agora já mecanizadas. É um local com barracas de madeira envelhecida, com telhados de metal cheio de maquinaria enferrujada, carcaças de carros, cartazes antigos e moinhos parados. Um paraíso para mim. A surpresa que a organização tinha preparada foi um show ao vivo da banda Super Chikan no antigo celeiro que agora virou local de shows. James Johnson –o líder da bandafaz as suas próprias guitarras com latas de óleo, machados ou qualquer outra coisa. Além disso, ele é relacionado musicalmente com atores como Morgan Freeman ou Steven Seagal. Enquanto eu escrevo essas últimas linhas ele está tocando umas músicas... Estou escutando uma mulher falar nas minhas costas, acho que ela é a Christine. Vamos ver o que da.

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FAZENDAS ABANDONADAS, TELHADOS ARRASADOS PELO KATRINA, MAQUINARIA AGRÍCOLA ENFERRUJADA, CHAPA COM A VALIDADE VENCIDA, MADEIRA PODRE

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UM DETALHE ESPANHOL NO CAMINHO PELO MISSISSIPPI.


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OS PÁSSAROS SALPICAM A COR AZUL CELESTE NUMA SINCRONIZAÇÃO SIMILAR À NOSSA, FORMADA POR UM GRUPO DE 23 MOTOS.

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COMPARTILHAMOS UM TEMPINHO COM O SHERIFF DO CONDADO DE BOLIVAR, MISSISSIPI. ELE PERGUNTOU PELOS DETALHES DA VIAGEM E EMPRESTOU A SUAS ALGEMAS PARA FAZER UMA FOTO. UM CARA BACANA.

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NOSSO DESTINO FINAL É A CIDADE DE CLARKSDALE, CIDADE NA QUAL NASCERAM MUDDY WATERS, JOHN LEE HOOKER, SAM COOK, IKE TURNER E TENNESSEE WILLIAMS...

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VISITAMOS O IMPRESCINDÍVEL –EMBORA MODESTOMUSEU DO BLUES DELTA.


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LOJA DE GUITARRAS DE RENOME INTERNACIONAL. BLUES MUSIC.


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SEU GERENTE, RONNIE, MOSTROU AS INSTALAÇÕES E NÓS CURTIMOS A EXPERIÊNCIA ENQUANTO ELE COMENTAVA SOBRE OS NOMES DOS MÚSICOS QUE ADQUIREM LÁ O INSTRUMENTO MUSICAL COM CORPO DE MULHER.

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OS ROSTOS DO BLUES ESTテグ NAS PAREDES DO MUSEU DO BLUES.

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TERMINAMOS NOSSO DIA NO SHACK UP INN, UM HOTEL CONSTRUÍDO SOBRE OS BARRACÕES QUE OS ESCRAVOS NEGROS HABITAVAM NA ÉPOCA DAS PLANTAÇÕES.

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A SURPRESA QUE A ORGANIZAÇÃO TINHA PREPARADA FOI UM SHOW AO VIVO DA BANDA SUPER CHIKAN NO ANTIGO CELEIRO QUE AGORA VIROU LOCAL DE SHOWS.

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QUALQUER LUGAR É BOM PARA ESCREVER AS CRÓNICAS DA CHOPPERON. SHACK UP INN.

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JAMES JOHNSON –O LÍDER DA BANDAFAZ AS SUAS PRÓPRIAS GUITARRAS COM LATAS DE ÓLEO, MACHADOS OU QUALQUER OUTRA COISA.



Oficina Teoria básica sobre a compresão

Under pressure

Neste artigo vamos tentar explicar os fundamentos básicos da compressão nos motores de quatro tempos. Sempre ouvimos dizer que com mais compressão obtemos mais potência no mesmo motor. Vamos conferir se essa afirmação está certa. / & Frank Burguera índice de compressão ou Compression Ratio (CR) é uma medida que é obtida ao dividir o volume da câmara de combustão (e cilindro) com o pistão no ponto neutro inferior (BDC) pelo volume dessa mesma câmara com o pistão no ponto neutro superior (TDC). Isto é, a quantidade de ar que é comprimido sempre que o pistão sobe (Figura 1). O que é a compressão? Por exemplo, se estamos com o pistão no neutro inferior (BDC) temos um volume de 10cc e quando esse pistão está no superior (TDC) temos 1 cc de volume, então podemos falar que na câmara o ar é comprimido numa relação 10:1. Esse seria o CR de nosso motor. Apenas como curiosidade, neste artigo falamos da “compressão mecânica”, pois existem também outros tipos de medições de compressão (Corrigida, Estática, Efetiva, de partida, dinâmica...). Também, diferentes comandos influem em grande medida na relação de compressão (Fi-

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gura 2). Vantagens e desvantagens do aumento da compressão O motor de combustão interna é uma bomba de ar. Tentamos introduzir a maior quantidade de ar possível, para depois comprimir esse ar e finalmente o “queimamos” com a ajuda da gasolina. A rápida expansão da combustão fornecerá uma força inferior no pistão responsável do movimento do virabrequim. O ar também é relacionado direta-

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mente com a potência do motor. Para uma mesma quantidade de ar, quanto mais comprimido (estiver o ar???) na câmara de combustão mais energia vai liberar após a explosão e, ao mesmo tempo, a maior compressão inicial vai favorecer a mistura de ar/gasolina. Tudo isso vai provocar uma combustão mais eficiente. Porém, essa mudança na compressão vai criar um maior estresse mecânico nas partes móveis e a temperatura de funcionamento do motor


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também será maior, motivo pelo qual sempre devemos tentar achar o equilíbrio idôneo entre o aumento do índice de compressão (CR) e a vida útil dos componentes do motor (Figura 3). Comprima seu motor Temos que dizer que geralmente os motores originais das motocicletas “cruiser” estão bastante rebaixados na sua compressão, pois devem trabalhar corretamente em todo tipo de mercados (a qualidade da gasolina “pode” diferir entre vários países) e sob todo tipo de condições. ChopperON

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Oficina Teoria básica sobre a compresão FIGURA 7

Se você tiver a possibilidade de usar combustível de qualidade como é a gasolina de 98oct. (ou superior) ou utilizar potenciadores de octanagem, você pode incrementar a eficiência de nosso motor elevando levemente a compressão (Figura 4). Isso ocorre, porque as folgas mecânicas vão ser reduzidas, não devemos forçar o motor sob essas condições. Deixaremos o motor esquentar antes de acelerar agressivamente; assim, o metal dos componentes terá expandido o suficiente para manter os valores recomendados e evitar falhas mecânicas. É importante saber também que o aumento da compressão deve ser realizado num motor completamente “sadio”. Não adianta nada tentar corrigir um defeito ou falha de potência aumentando a compressão, primeiro temos que resolver o problema inicial. Diferentes formas de conseguir o mesmo resultado Há várias formas de aumentar um pouco a compressão de um motor de fábrica. Vamos lhes falar algumas das mais utilizadas. > Juntas de cabeçote menos grossas: Existem fabricantes que desenvolvem juntas de cabeçote especiais que reduzem a câmara de combustão um pouco, aumentando assim a pressão interna (Figura 5). > Mecanizar o cilindro ou o cabeçote: São rebaixadas umas milésimas de algum desses componentes, conseguindo uma câmara de combustão menor. Apenas para experientes (Figura 6).

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> Cabeçotes especiais: Tem fabricantes que oferecem cabeçotes equipados com câmaras desenhadas para otimizar a combustão e aumentar a compressão (Figura 7). > Kits Big Bore: Quando instalamos cilindros e pistões maiores, estamos aumentando a compressão, FIGURA 10

pois para a mesma câmara de combustão temos, inicialmente, mais ar. São os preferidos, já que, além das melhorias causadas pelo aumento da compressão, não tem nada melhor que um aumento das cilindradas quando queremos obter mais torque e potência (Figura 8).

> Pistões mais altos: Diversos fabricantes oferecem pistões com a coroa mais alta, assim o seu moto poderá ter uma compressão da mistura maior durante o TDC (Figuras 9 e 10). A montagem é apenas o começo Depois de ter selecionado o sistema para aumentar a compressão e após realizar a montagem dos componentes fica apenas o processo de “tuning”. Tendo trocado as condições no trabalho interno do motor relacionadas com o ar e com o combustível, é preciso ajustar a partida e a carburação ou injeção corretamente. Depois de ter acabado com todo esse processo, vamos achar que nosso motor é mais “feliz”, ele agora vai acelerar brilhantemente e também será mais eficente.

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