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REFLEXÃO | COMO ENSINAR NOSSOS FILHOS SOBRE FÉ
Muitos de nós dizemos ter fé. Mas, para muitos, a fé é como aquele relógio: algo que dizemos ter, mas que não faz diferença alguma em nossas vidas. A fé que dizemos ter, não afeta a forma como tomamos nossas decisões, como nos relacionamos com a nossa família e nem como nos relacionamos com Deus. É tão obsoleta quanto aquele relógio.
No entanto, se desejamos que a fé que professamos realmente tenha um impacto na vida, não somente na nossa, mas também nas de nossos filhos e das próximas gerações que virão, precisamos viver uma fé real e verdadeira, que impacta a nossa vida.
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Nossos filhos estão crescendo em tempos em que tudo é questionável, inclusive a fé. E se nossa fé não for legítima, dificilmente nossos filhos a seguirão apenas por tradição ou costume. Em um mundo tão virtual, eles querem e anseiam por algo que é real e verdadeiro. Por isso, precisamos considerar alguns pontos com relação à fé e como transmiti-la aos nossos filhos.
O primeiro ponto é que, se dizemos crer que existe um Deus que criou tudo, essa crença deve nos levar a buscar respostas para certas perguntas, como: “Quem é esse Deus? Por que Ele me criou? Como posso conhecê-lo? Há um propósito para minha vida? E como devo viver minha vida diante desse Deus?” A própria Bíblia nos orienta a crescer no conhecimento da nossa fé: “Cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 3:18). Uma fé que não é obsoleta, não é uma crença qualquer, é uma fé firmada no conhecimento de quem Deus é e de Seu plano para conosco. Precisamos ter e viver uma fé com entendimento e conhecimento.
O segundo ponto é que a fé viva afeta nossa vida diária. Será que nossos filhos veem no nosso dia a dia a reflexão da nossa fé nas atitudes que tomamos e na forma como nos comportamos como família? Quando vamos tomar uma decisão, paramos para orar a respeito e incluímos nossos filhos nesse momento de oração? Buscamos conselho na Palavra de Deus quando estamos diante de escolhas? Lembro-me de uma vez que meu filho ficou extremamente chateado com alguém que o magoou muito. Depois de ouvi-lo e reconhecer seus sentimentos de tristeza, contei para ele de uma vez que uma amiga muito próxima havia me magoado muito. Ele arregalou os olhos para saber o desfecho da situação. E eu tive a oportunidade de compartilhar com ele sobre como eu a tinha perdoado. Depois falamos sobre alguns versículos da Bíblia que narram sobre a necessidade de perdoar e de como a amargura é destrutiva. Depois de conversarmos, ele mesmo chegou à conclusão de que precisava perdoar aquela pessoa, pois não queria seu coração cheio de amargura. O entendimento do que Deus nos ensina sobre perdão e a fé sincera o levou a perdoar.
Para finalizar, vejamos o exemplo de Timóteo, um grande amigo do apóstolo Paulo. Este, ao escrever para Timóteo, disse: “Recordo-me da sua fé sincera, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você.” (2 Timóteo 1:5). A fé sincera, verdadeira e viva, que habitava na avó e na mãe de Timóteo, também alcançou o jovem rapaz.
Que possamos ser diligentes tanto ao ensinar nossos filhos sobre Deus e sua Palavra, quanto ao viver nossa fé!
Por Tathiana Schulze Jornalista e Escritora