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REFLEXÃO | COMO ENSINAR NOSSOS FILHOS SOBRE FÉ

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ATLANTA

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Muitos de nós dizemos ter fé. Mas, para muitos, a fé é como aquele relógio: algo que dizemos ter, mas que não faz diferença alguma em nossas vidas. A fé que dizemos ter, não afeta a forma como tomamos nossas decisões, como nos relacionamos com a nossa família e nem como nos relacionamos com Deus. É tão obsoleta quanto aquele relógio.

No entanto, se desejamos que a fé que professamos realmente tenha um impacto na vida, não somente na nossa, mas também nas de nossos filhos e das próximas gerações que virão, precisamos viver uma fé real e verdadeira, que impacta a nossa vida.

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Nossos filhos estão crescendo em tempos em que tudo é questionável, inclusive a fé. E se nossa fé não for legítima, dificilmente nossos filhos a seguirão apenas por tradição ou costume. Em um mundo tão virtual, eles querem e anseiam por algo que é real e verdadeiro. Por isso, precisamos considerar alguns pontos com relação à fé e como transmiti-la aos nossos filhos.

O primeiro ponto é que, se dizemos crer que existe um Deus que criou tudo, essa crença deve nos levar a buscar respostas para certas perguntas, como: “Quem é esse Deus? Por que Ele me criou? Como posso conhecê-lo? Há um propósito para minha vida? E como devo viver minha vida diante desse Deus?” A própria Bíblia nos orienta a crescer no conhecimento da nossa fé: “Cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 3:18). Uma fé que não é obsoleta, não é uma crença qualquer, é uma fé firmada no conhecimento de quem Deus é e de Seu plano para conosco. Precisamos ter e viver uma fé com entendimento e conhecimento.

O segundo ponto é que a fé viva afeta nossa vida diária. Será que nossos filhos veem no nosso dia a dia a reflexão da nossa fé nas atitudes que tomamos e na forma como nos comportamos como família? Quando vamos tomar uma decisão, paramos para orar a respeito e incluímos nossos filhos nesse momento de oração? Buscamos conselho na Palavra de Deus quando estamos diante de escolhas? Lembro-me de uma vez que meu filho ficou extremamente chateado com alguém que o magoou muito. Depois de ouvi-lo e reconhecer seus sentimentos de tristeza, contei para ele de uma vez que uma amiga muito próxima havia me magoado muito. Ele arregalou os olhos para saber o desfecho da situação. E eu tive a oportunidade de compartilhar com ele sobre como eu a tinha perdoado. Depois falamos sobre alguns versículos da Bíblia que narram sobre a necessidade de perdoar e de como a amargura é destrutiva. Depois de conversarmos, ele mesmo chegou à conclusão de que precisava perdoar aquela pessoa, pois não queria seu coração cheio de amargura. O entendimento do que Deus nos ensina sobre perdão e a fé sincera o levou a perdoar.

Nós, pais, somos os maiores exemplos para os nossos filhos. E isso não é diferente quando se trata de fé. Filhos que veem em seus pais uma fé obsoleta (sem importância, não verdadeira, apenas de palavras) ou uma fé hipócrita (diz uma coisa, mas suas ações são diferentes), dificilmente terão o desejo de se espelhar no exemplo dos pais. Mas quando os filhos veem em seus pais uma fé verdadeira, real e transformadora, isso os leva a desejar conhecer mais sobre esse Deus.

Para finalizar, vejamos o exemplo de Timóteo, um grande amigo do apóstolo Paulo. Este, ao escrever para Timóteo, disse: “Recordo-me da sua fé sincera, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você.” (2 Timóteo 1:5). A fé sincera, verdadeira e viva, que habitava na avó e na mãe de Timóteo, também alcançou o jovem rapaz.

Que possamos ser diligentes tanto ao ensinar nossos filhos sobre Deus e sua Palavra, quanto ao viver nossa fé!

Por Tathiana Schulze Jornalista e Escritora

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