aPONTAMENTOS SOBRE A BIBLIOTECA UNIVERSITARIA

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APONTAMENTOS SOBRE A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TRATAMENTO TEMÁTICO DA INFORMAÇÃO NOTES ON THE UNIVERSITY LIBRARY: SOME CONSIDERATIONS ON THE INFORMATION SUBJECT TREATMENT

BRISA POZZI DE SOUSA1 MARIÂNGELA SPOTTI LOPES FUJITA2

Resumo: Trata de um ensaio baseado em literatura de autores brasileiros, sem período fixo de datas, que procura aduzir algumas considerações acerca da organização da informação, no que tange o tratamento temático em bibliotecas universitárias (BU‟s). O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação e a quebra das barreiras físicas para o acesso on-line aos catálogos impulsionam mudanças relacionadas à organização e assim, disponibilização da informação a comunidade acadêmica. Nesse aspecto, o propósito do trabalho incide sobre a importância em se pensar e tratar tematicamente o documento, vinculando o processo à política de indexação da biblioteca universitária.

Palavras-chave:

Biblioteca Universitária – Organização da Informação Biblioteca Universitária – Acesso a Informação Tratamento Temático da Informação Política de Indexação

Abstract: This is a essay based on the literature of brazilian authors, without fixed period of dates, which seeks to adduce some considerations about the of information organization, regarding the subject treatment in university libraries (BU's). The development of information and communication technologies and the breakdown of physical barriers to access on-line catalogs to drive changes related to the organization and thus making the information availability to the academic community. In this respect, the purpose of the work focuses on the importance of thinking and dealing thematically the document, linking the process of indexing policy of the university library.

Keywords:

University Library - Information Organization University Library - Access to Information Information Subject Treatment Indexing Policy

Área Temática 1er Congreso Internacional de Bibliotecas Universitárias: “Visión desde las bibliotecas”

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Discente em nível de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP, campus de Marília e Bibliotecária do IFES. e-mail: brisapozzi@gmail.com 2 Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e Professora Titular do Departamento de Ciência da Informação da UNESP, campus de Marília. e-mail: fujita@marilia.unesp.br


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INTRODUÇÃO As bibliotecas universitárias (BU‟s) são instituições subordinadas às organizações

que oferecem ensino em nível superior e que versam a amplitude de atender as necessidades de estudo, consulta e pesquisa da comunidade que abarca. Segundo Fonseca (1992, p. 63), o objetivo deste tipo de biblioteca consiste em “[...] fornecer infraestrutura bibliográfica e documental aos cursos, pesquisas e serviços mantidos pela universidade.” No entanto, como em outras instituições, as BU‟s passam por mudanças significativas principalmente decorrentes do uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC‟s). A utilização dessas tecnologias nas referidas bibliotecas, alcança uma nova estrutura, envolvida principalmente com questões na divulgação do conhecimento produzido. Neste contexto, Fujita (2005, p. 98) explica que “a biblioteca universitária é um sistema de informação que é parte de um sistema mais amplo, que poderia ser chamado sistema de informação acadêmico, no qual, a geração de conhecimentos é o objeto da vida universitária.” Nesse processo de interação entre biblioteca e universidade e com a ampla utilização das TIC‟s, as BU‟s tornam-se um ambiente de dupla dimensão: intra e extra espaço físico da instituição acadêmica, pois pelo uso da web é possível se conectar ao acervo, realizar buscas, renovar empréstimos, entre outros, em qualquer lugar, desde que se tenha acesso à internet. Além disso, a BU torna-se um veículo importante de divulgação da produção de informações da comunidade docente, discente e do corpo administrativo da instituição acadêmica, propagação essa que pode ser feita via catálogo on-line, denominado pela literatura internacional de OPAC (On-line Public Acess Catalog). Sendo de responsabilidade da universidade a função essencial de garantir a conservação e o progresso nos diversos ramos do conhecimento, pelo tripé ensino, pesquisa e extensão, a BU também tem o propósito de integrar-se a esse contexto, articulando a melhor forma de disponibilizar e divulgar o que é produzido, participando e interagindo com toda a comunidade acadêmica. As referidas bibliotecas devem tornar acessível à comunidade acadêmica o conteúdo dos seus acervos, que também é parte do conhecimento gerado e produzido na universidade. O caminho que facilita esta interação é o processo de tratamento da informação. Mais do que nunca, os catálogos das bibliotecas são ferramentas eficazes e seguras de recuperação da informação, facilitando assim a divulgação do conhecimento acadêmico.


Sendo assim, ensaiam-se algumas considerações acerca da BU e do tratamento da informação, envolvido com o novo panorama assumido na atualidade. Faz-se uso da literatura especializada de autores brasileiros, para contribuir com a discussão teórica e o entendimento do ensaio que incide na temática “Visión desde las bibliotecas” do 1º Congresso Internacional de Bibliotecas Universitárias da “Universidad Tecnica Federico Santa Maria.”

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AS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: UMA BREVE DESCRIÇÃO

Em um conciso resgate versado por outros pesquisadores, a palavra biblioteca vem do grego bibliotéke, através do latim bibliotheca, tendo como raiz biblíon (livro) e théke (caixa, depósito). Líber é a raiz latina de livro, denominação dada à entrecasca de certos vegetais, o qual era a matéria-prima utilizada para fabricar o papel na antiguidade, sendo transformado em pasta para adquirir a forma laminada. Théke é a denominação de qualquer estrutura protetora, podendo ser caixa, estante, depósito, entre outros (FONSECA, 1992). Já a palavra universitária, diz respeito à universidade, o qual segundo o dicionário Aurélio eletrônico (FERREIRA, 2004), refere-se à universalidade, a instituição de nível superior que compreende um conjunto de faculdades ou escolas direcionadas a especialização profissional e científica, possuindo como função precípua a garantia da conservação e o progresso nos diversos ramos do conhecimento, pelo ensino, pela pesquisa e extensão. Pelas definições das palavras que formam o léxico biblioteca universitária, percebese de forma ampla uma parte da responsabilidade que elas trazem consigo. Se em períodos passados as bibliotecas tinham a função única de depósito de livros, hoje elas transcendem essa função em decorrência ao acesso à informação. O desenvolvimento tecnológico trouxe consigo o desprendimento da informação em relação ao suporte físico, pois a internet causou notável mudança na forma de produção, circulação e uso da informação, contida nos diversos materiais informacionais. Hoje, o usuário além de ser produtor da informação também pode se tornar consumidor da mesma. No entanto, a informação para ser socializada deve ser registrada e segundo Guimarães (2009, p.105), ela demanda o desenvolvimento de “[...] processos específicos de organização que propiciem sua passagem da dimensão pública para a dimensão privada, [...] que, por sua vez gerará uma nova informação registrada para ser socializada, caracterizando um verdadeiro helicóide informacional.” De volta ao passado, entre o “[...] obscurantismo de sua história e dos „segredos‟ e „mistérios‟ que as envolvem” (PAIVA; LOPES, 2008, p. 159), as bibliotecas medievais


passaram de local sagrado (pelo fato de estarem vinculadas a estrutura física da Igreja Católica), a local de “[...] democratização dos conhecimentos e do livro.” (ARAÚJO; OLIVEIRA, 2005, p. 33). Foi no período da Renascença, com a invenção da imprensa por Guttenberg e com o aprimoramento do processo de fabricação do papel, que houve uma maior produção de registros

impressos,

havendo

assim

mudanças

nos

processos

de

produção

e

armazenamento desses materiais. Segundo Milanesi (2002, p. 25), “essa nova situação de acessibilidade dos livros - de papel e impresso - acabou sendo um estímulo ao conhecimento das letras e à absorção de conhecimento.” Com o declínio do poder exercido pela Igreja Católica em relação às bibliotecas, findou-se o monopólio exercido e por consequência houve a disponibilização do material que era impresso a população. Quanto mais acesso se tinha a informações escritas, mais se produzia e assim aumentava-se o campo para novos estudos e pesquisas. De acordo com Morigi e Souto (2005), esse crescimento aumentou o laço entre a universidade, biblioteca e seus leitores. De acordo com os autores supracitados: As bibliotecas universitárias surgiram na Idade Média, pouco antes do Renascimento. A princípio elas estavam ligadas às ordens religiosas, porém já começavam a ampliar o conteúdo temático além da religiosidade. Estas bibliotecas são as que mais se aproximavam do conceito atual de biblioteca como espaço de acesso e disseminação democrática de informação. O número de estudantes universitários aumentou, ocasionando o crescimento também da produção intelectual. Os livros ainda eram manuscritos o que dificultava a reprodução destes para o estudo. No momento em que a Idade Média entrava em decadência dando espaço ao Renascimento, difundiu-se na Europa a tecnologia dos tipos móveis, criada por Gutenberg. (MORIGI; SOUTO, 2005, p. 191).

Nesse movimento gradual de mudanças, as bibliotecas evoluíram e continuam mudando com as práticas biblioteconômicas e em conjunto com o desenvolvimento tecnológico de cada época, sendo caracterizada por suas particularidades. O fato é corroborado por Fonseca (1992, p. 59), que explica: “assim como se diz, em medicina, que não há doença e sim doentes, podemos dizer que não há, concretamente biblioteca no singular e sim bibliotecas, na pluralidade que se impõe em nossos dias”. Percebem-se ao longo da história, várias transformações que influenciaram as universidades e as bibliotecas. É possível deduzir que a produção de conhecimento conduz à criação de bibliotecas e seu desenvolvimento esta atrelado a pré-requisitos importantes tais como condições econômicas, sociais e políticas. Constata-se que: [...] bibliotecas florescem geralmente em sociedades em que prevalece a prosperidade econômica, em que a população é estável e instruída, onde o governo estimula o crescimento de bibliotecas, onde há grandes áreas


urbanas e onde o comércio livreiro está bem organizado.” (GOMES, 1983 p. 14).

Sucedeu que as condições mencionadas e a proliferação, o acesso e uso de obras impressas por parte da população, determinou em contrapartida, a ampliação e criação de bibliotecas em suas diversas modalidades. Aos poucos, os livros deixavam de estar sob o monopólio dos monastérios e espalhavam-se pelas camadas da sociedade, veiculando ideias e divulgando novas informações. E assim, consequentemente, as bibliotecas universitárias experimentaram [...] os reflexos das mudanças trazidas pela Renascença. A partir do século XVI, com o descobrimento de novas terras e novas culturas além mar; a ciência começa a se desenvolver, desmistificando posições impostas pela Igreja; a volta à cultura clássica trouxe a preocupação com o ser humano, com suas dimensões e necessidades, mudando sua concepção de vida do teocentrismo para o antropocentrismo; o crescimento demográfico impulsionou a tradição escrita, com o auxílio da difusão da escrita e do papel. Neste contexto, a biblioteca universitária ganha espaço e mais autenticidade e autonomia, estendendo sua visão de democratização da informação às bibliotecas posteriores a ela. (MORIGI; SOUTO, 2005, p. 192).

Aprimora-se a produção de obras e dessa forma, eleva-se o número de informações, o que gera também o aumento da massa documental. Diz-se que a partir daí tenha se fixado a figura do bibliotecário, “aquele que de alguma forma, domava os acervos cada vez maiores.” (MILANESI, 2002, p. 27). Em decorrência, os profissionais tiveram que buscar alternativas para solucionar a questão da organização das informações contidas nos acervos.

3

ORGANIZAÇÃO

DO

ACERVO

NAS

BIBLIOTECAS

UNIVERSITÁRIAS:

O

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

A BU encontra-se incluída na esfera ampla da universidade ou de uma instituição fornecedora de ensino superior e suas atividades não podem ser desatadas do meio que vive. De acordo com Fujita (2005, p. 99): A Universidade promove a construção de conhecimento através da pesquisa, e realiza, por meio dos conteúdos curriculares, o contato do aluno com o conhecimento já construído. A construção de conhecimentos através da pesquisa é, antes de tudo, o pensar de forma crítica e com liberdade acadêmica. O conhecimento construído em pesquisa é difundido e ampliado no ensino (e vice-versa) e socializado na extensão, contexto em que novamente receberemos subsídios que impliquem criação de novos conhecimentos. Tudo isso, de forma contínua, em um contexto dinâmico, onde, naturalmente, convivemos com os elementos que põem em funcionamento o processo de construção de conhecimentos: a reflexão e a


discussão sobre os saberes teóricos e metodológicos e a motivação para a busca de soluções, ainda que parciais e temporárias para problemas existentes em nosso mundo, a cada contribuição da Ciência.

Percebe-se uma produção sucessiva de conhecimento no ambiente acadêmico e para que este seja socializado e disponibilizado a uma gama maior de pessoas, para assim gerar mais conhecimento, torna-se necessário a sua organização de modo a facilitar a recuperação da informação. Após a produção do conhecimento, este será registrado em documento – por exemplo, artigo, livro, dissertação, tese, entre outros – e irá compor o acervo da biblioteca. Esta por sua vez, terá a responsabilidade de facilitar o acesso à informação, pois em relação ao fator econômico, a grande maioria das pessoas que constituem a comunidade acadêmica não possui condições de manter uma biblioteca semelhante a que é mantida pela universidade. Além do fator econômico, tem-se o social, pois a função de socialização do conhecimento é legitimada pela biblioteca, que torna acessível à informação a quem possuir interesse. Essa disponibilização em detrimento de todos, contribui para uma comutação de saberes em prol de avanços de ordem pessoal, social, científica e tecnológica. A esse respeito, também é evidente que para dar acesso à informação existente em seu acervo, as bibliotecas no contexto da Biblioteconomia e de acordo com o papel da Ciência da Informação, possibilitam “[...] a criação de instrumentos e o estabelecimento de metodologias que viabilizem a transferência de informações.” (NOVELLINO, 1996, p. 37). De acordo com a autora citada, a transferência é compreendida como uma intervenção executada por sistemas de organização e recuperação da informação em ações comunicativas, decorrentes entre produtores e consumidores de conhecimento. Para que a informação venha estar acessível a quem dela necessita, tem-se a ação comunicativa de duas formas: sob o ponto de vista da recuperação da informação e sob o ponto de vista da representação da informação. Voltamo-nos ao ponto da representação da informação, que implica as questões norteadoras da sua organização e seu vínculo com os aspectos do tratamento da informação.

3.1

O TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

De acordo com Dias e Naves (2007), pode-se definir tratamento da informação como atividade encarregada de descrever os aspectos físicos e de conteúdo dos documentos que


entram no subsistema de entrada da biblioteca ou sistema de recuperação da informação. É importante salientar que os documentos ingressantes devem estar de acordo com a política de desenvolvimento da coleção do acervo, o que os autores tratam de subsistema de desenvolvimento da coleção da biblioteca. Assim, para haver a ação comunicativa entre produtores e receptores da informação (NOVELLINO, 1996) é importante compreender os sistemas de entrada e saída das bibliotecas ou sistemas de recuperação da informação (DIAS; NAVES, 2007). Com isso, para resumir a variada terminologia utilizada na literatura, sobre o que sustenta o trajeto de entrada e saída da informação em subsistemas de bibliotecas, têm-se o seguinte esquema de Dias e Naves (2007): Fig.1 - Os subsistemas de uma biblioteca ou sistema de recuperação da informação 1. SUBSISTEMAS DE ENTRADA  Desenvolvimento da Coleção  Tratamento da Informação  Armazenagem 2. SUBSISTEMAS DE SAÍDA  Análise/Negociação de Questões  Estratégia de Busca  Busca  Disseminação 3. SUBSISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO Fonte: Dias; Naves (2007, p. 15)

Os subsistemas funcionam para dar fluidez ao acervo, visto que uma biblioteca deve ser organizada de forma a facilitar o acesso à informação. Em cada subsistema, tem-se a questão das políticas que regem as atividades concernentes a cada processo. No entanto, não é foco tratá-las, porém neste ensaio, recaímos sobre o tratamento da informação e mais a frente, mencionaremos a importância da política de indexação, esta que é uma importante ferramenta utilizada para gerir o processo de operacionalização temática da informação. Desde a década de 40 com o fenômeno conhecido por “explosão bibliográfica”, temse uma grande produção de documentos e assim acúmulo de informações, o que de acordo com Naves (1996, p. 215) [...] está dificultando o armazenamento de materiais e dados e, principalmente, a recuperação de informações. Esse acúmulo, em todos os campos do conhecimento, e a interdisciplinaridade, vêm acelerando, nas coleções, o aparecimento de documentos com conteúdos cada vez mais complexos e, conseqüentemente, tornando árduo o trabalho do profissional que lida com essas informações. É necessário que este profissional domine técnicas adequadas para organização dessas informações, procurando torná-las acessíveis aos usuários.


Com o acúmulo dos materiais, o tratamento da informação vai ao encontro da função inerente de uma biblioteca, em tornar seu acervo organizado para ser acessível. O processo de tratamento circunda a descrição física e temática do documento, a fim de descrevê-lo por completo, tanto de forma descritiva quanto temática. Para Guimarães (2003, p. 100), “o tratamento ou organização da informação consiste, portanto, em etapa intermediária voltada primordialmente para a garantia de um diálogo entre o produtor e o consumidor da informação, assumindo, destarte, uma função de verdadeira ponte informacional.” Segundo Fujita, Rubi e Boccato (2009) o tratamento da informação é dicotonômico, pois apresenta operações em duas dimensões estando ambas intimamente ligadas. Uma de cunho descritivo, que envolve o suporte material da informação e por outro lado, de cunho temático, que engloba o conteúdo do documento. Apesar de operacionalmente diferentes, ambos os processos são dependentes um do outro, principalmente no contexto da biblioteca, pois nenhum dos dois se valida sozinho em um sistema de informação. Em relação à organização do acervo informacional em BU, uma consideração importante se faz pelo clássico artigo brasileiro que retrata o futuro da biblioteca universitária em 2010, onde segundo o autor Murilo da Cunha (2000, p. 73), dispõe-se que “na universidade, a preservação do conhecimento é uma das funções que menos rapidamente mudam.” Entendemos que essa preservação é inerente para que haja o acesso, todavia, diferente da preservação que era predominante em outros períodos, decorrente apenas para o armazenamento e a guarda de documentos, “com o avanço e a incorporação das tecnologias da informação e comunicação, especificamente da internet, [...] ocorreu um deslocamento de objetivos [...] o paradigma de acesso à informação, em substituição ao paradigma de posse da informação [...].” (SILVA; LOPES, 2011, p. 4). Assim, ao tratar a preservação do conhecimento, Cunha (2000) elenca vários itens que envolvem o ambiente das BU‟s e o fato da preservação do conhecimento pelo seu registro em documento, gera seu posterior acesso. Com isso: Através dos séculos, o ponto focal da universidade tem sido a biblioteca, com o seu acervo de obras impressas preservando o conhecimento da civilização. Atualmente, esse conhecimento existe sob muitas formas: texto, gráfico, som, algoritmo e simulação da realidade virtual e, ao mesmo, ele existe literalmente no éter, isto é, distribuído em redes mundiais, em representações digitais, acessíveis a qualquer indivíduo e, com certeza, não mais uma prerrogativa de poucos privilegiados da academia. (CUNHA, 2000, p. 73).

Nessa direção, Fujita (2005, p. 100), explica que: [...] a universidade atua como organismo gerador, transmissor e receptor de conhecimentos e a biblioteca universitária torna-se consciente de sua


função intermediadora realizando os processos documentários e preservando a informação para sua próxima transformação em conhecimento em uma espiral de evolução científica e tecnológica.

A preservação do conhecimento, o surgimento do texto em várias formas e formatos e o avanço das novas tecnologias que se expandem, juntamente com o desafio de prover o acesso à informação, tornam a BU um ambiente dinâmico, em busca de oferecer avanços e melhorias nos serviços prestados. A busca constante de aprimoramento, principalmente nas operações que rodeiam o assunto documentário, se torna uma tarefa árdua aos profissionais bibliotecários, pois o tratar tematicamente o documento significa disponibilizá-lo de forma condizente com seu conteúdo, para posterior acesso. Se da década de 70 e 80 o tratamento da informação era considerado o ato de “empacotamento da informação” e seu acesso era a “[...] entrega desses pacotes aos usuários sem a preocupação se aquela informação, („o pacote‟) atendia as necessidades do usuário [...]” (GUIMARÃES, apud PANDO, 2005, p. 102), atualmente o foco preconiza a organização da informação para posterior acesso, unindo a isso o conteúdo temático da obra, a socialização da informação e sua disponibilização a comunidade de forma contínua. Nos dias atuais, Com a mudança de perspectiva na atuação da biblioteca, no mundo onde o acesso e a conectividade passam a ser as palavras de ordem na disseminação da informação, muda total e radicalmente a forma de valorizar e avaliar sua importância e sua grandeza e, por conseqüência, a forma de valorizar a atuação do bibliotecário. Trata-se da biblioteca sem paredes. (AMARAL, 2005, p. 17).

À medida que as novas tecnologias se expandem, o profissional bibliotecário é desafiado a ordenar da melhor forma possível os registros de conteúdo dos documentos. Hoje, com o aumento das publicações e consequentemente, com o crescimento e expansão dos canais que provem o acesso a informação, o tratamento da informação é uma forma de otimizar o acesso ao conteúdo do documento em bibliotecas. Ou seja, pelo referido processo esperasse que em um menor número de passos possível, o usuário encontre o que precisa no catálogo da biblioteca. Dias e Naves (2007), explicam que o sistema de recuperação da informação visa tal otimização, mas também compreendemos que a representação da informação pelo tratamento temático em bibliotecas, ocasiona um aperfeiçoamento e uma melhoria na atividade de busca informacional. O fato ocasiona uma diferenciação da informação disponível na web, pois a primeira forma desfruta de um processo metodológico de tratamento, discorrendo assim pelos subsistemas de entrada e de saída da biblioteca.


Para Guimarães (2004, p. 44), as unidades e serviços de informação3 “[...] passam a assumir um papel estratégico, visto serem organizações envolvidas com o acesso e a agregação de valor ao conhecimento [...]”. Baseando-se em Cubillo, Guimarães explica que o conceito de documento na similitude de registro de conhecimento “[...] passa a ser o de representante ou substituto de idéias e criações [...]” (2004, p. 44). Com isso, o profissional bibliotecário deve buscar conformidade na representação temática de assuntos que abrange o documento. A atividade que busca essa conformidade no âmbito da descrição temática é a análise de assunto. Para Naves (1996, p. 215), “o processo de extrair conceitos que traduzam a essência de um documento é conhecido como „análise de assunto‟ para alguns, análise temática para outros e ainda como análise documentária ou análise de conteúdo.” A biblioteca no âmbito do seu sistema de recuperação da informação, só obterá êxito no seu objetivo de prover de forma condizente o acesso a informação, se possuir de forma fundamentada uma análise de assunto eficiente. Independente de aderir a procedimentos sofisticados é importante fundamentar o processo de análise de assunto (NAVES, 1996). Além disso, com a variedade de canais de acesso e as várias ferramentas para disponibilizar a informação, e “em decorrência da natureza efêmera de muitos recursos da Internet, muitas bibliotecas somente catalogarão aquelas fontes consideradas de qualidade ou que possuam uma certa segurança de acesso e confiabilidade.” (CUNHA, 2000, p. 80). Como descrito anteriormente, a biblioteca se diferencia da internet pela forma que dispõe a informação tratada. Além disso, segundo Cesarino (1985, p. 161): A eficiência de um Sistema de Recuperação de Informação depende muito da qualidade da análise conceitual tanto dos documentos quanto das questões. Grande parte das falhas na recuperação da informação se deve a erros ou omissões na interpretação do conteúdo dos documentos e na percepção da demanda das pessoas a que se destina o sistema.

Cesarino e Pinto (1978) apontam dificuldades em prover a descrição de conteúdo dos documentos. Os formatos que geram a descrição bibliográfica adotam regras formais que indicam a solução para a descrição das características físicas do material informacional e independente da biblioteca que faça o registro das descrições físicas, este deve ser idêntico para o mesmo documento, isso porque os elementos como paginação, casa publicadora, autor, título, ano, etc., são iguais para materiais idênticos. Já a descrição temática, irá variar de acordo com diversos fatores intrínsecos a biblioteca como: objetivos, público alvo, o contexto físico e cognitivo do profissional bibliotecário, entre outros.

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Guimarães (2004, p. 44) define unidades e serviços de informação como bibliotecas, arquivos, centros de documentação, etc.


Em busca de metodologias e fundamentação para a esfera temática, o grupo de pesquisa Análise Documentária 4 da Universidade Estadual Paulista (Unesp) campus de Marília, em uma de suas linhas investigatórias, vem trabalhando com o estudo do contexto de tratamento de conteúdo de bibliotecas universitárias, com o objetivo mais amplo de contribuir com subsídios para a elaboração de políticas de tratamento da informação documentária. Além disso, versa sobre o desenvolvimento de métodos e técnicas para estudos de abordagem sociocognitiva do contexto de profissionais bibliotecários indexadores, além de observar a atuação do catalogador na tarefa de indexação (FUJITA; RUBI; BOCCATO, 2009). Na seção seguinte, elencam-se algumas considerações resultantes de investigações do referido grupo de pesquisa.

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CONSTATAÇÕES

ACERCA

DAS

BIBLIOTECAS

UNIVERSITÁRIAS

RESULTANTE DO GRUPO DE PESQUISA ANÁLISE DOCUMENTÁRIA

O interesse perfaz o contexto de bibliotecas universitárias, pois se entende que nesse ambiente os bibliotecários catalogadores realizam análise de assuntos para indexação no tratamento de conteúdos documentários, para a construção do catálogo online. Além disso, considera-se que o avanço tecnológico contribui para a difusão da operação de tratamento temático da informação em bibliotecas, sendo através deste processo que o bibliotecário insere no catálogo on-line os dados dos documentos que compõem o acervo. Torna-se importante constatar que: As bibliotecas universitárias brasileiras são sistemas de informação que produzem bases de dados cujas formas de representação documentária estão organizadas em metadados com possibilidade de acesso múltiplo. São, portanto, instrumentos plurifuncionais porque dão acesso, confirmam dados e possibilitam avaliação. (FUJITA; RUBI; BOCCATO, 2009, p. 2).

Os catálogos evoluíram de sua forma manual para a automatizada e com o acesso a novas tecnologias, inclusive da internet, foi possível transformar o catálogo para o formato on-line, ou como denominado na literatura internacional OPAC (On-line Public Acess Catalog).

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Grupo de pesquisa liderado pela profª. drª. Mariângela Spotti Lopes Fujita e pelo prof. dr. João Batista Ernesto de Moraes, certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Detalhes em: <http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0330607CJE8MVR>.


Com uso dos catálogos on-line, foi possível aos usuários recuperar as informações de diversas formas, por meio de buscas cruzadas em índices de autor, título, assunto, entre outros. O usuário pode efetuar pesquisas no catálogo a custo zero e sem ter que realizar seu deslocamento até a biblioteca. Sendo a análise de assunto uma operação do tratamento temático e a evolução dos catálogos das bibliotecas - de instrumentos locais de busca e recuperação da informação para instrumentos plurifuncionais (equivalentes às bases de dados), por disponibilizar múltiplo acesso a informação e até textos completos (artigos, dissertações, teses, etc.) torna-se importante pensar a indexação como tarefa de representação temática em bibliotecas universitárias. Com a distância física do usuário e o acesso on-line aos catálogos, os bibliotecários precisam garantir: [...] a especificidade, precisão, revocação e exaustividade da recuperação da informação, aspectos da indexação antes menos exigidos na recuperação quando o catálogo era somente local, uma vez que o bibliotecário de referência estava sempre presente quando o usuário precisava ou tinha dificuldades. (FUJITA, 2009, p. 13).

Se antes a catalogação de assuntos era a forma de representar tematicamente os documentos em bibliotecas, valendo-se de dois a três cabeçalhos de assunto de forma mais abrangente, hoje o catalogador precisa compreender sua prática de catalogação como prática de indexação, pois é necessário o entendimento do documento por inteiro e na sua essência é imprescindível identificar e selecionar os assuntos que melhor representem o seu conteúdo (FUJITA; RUBI; BOCCATO, 2009). Após a referida compreensão, outra que se faz importante centra no fato do estabelecimento de uma política de indexação para a construção de catálogos em bibliotecas universitárias. De acordo com Rubi (2009, p. 82): A análise de assunto realizada durante a catalogação deverá ser norteada por princípios de política de indexação que devem fazer parte de um manual de indexação da instituição e sobre a qual o bibliotecário deve ter conhecimento e domínio. Esses princípios deverão influenciar o bibliotecário na sua decisão sobre a determinação de conceitos cujo resultado será observado pelo usuário na recuperação da informação. São eles: especificidade, exaustividade, revocação e precisão. (grifo da autora).

Para Cunha (2000, p. 81), “a política de indexação seguida pela biblioteca é que irá delinear quais níveis de representação da informação serão adotados em um determinado acervo”.


Descrevemos que o tratamento da informação otimiza a informação e diferencia o conteúdo existente no acervo da biblioteca, de conteúdos dispostos na internet sem critérios. Além disso, o conhecimento que é gerado pela universidade e abarcado pela BU, deve enxergar no catálogo da biblioteca um importante aliado para a divulgação e socialização do que é produzido pela comunidade acadêmica. Entretanto, essa produção acadêmica e os demais documentos que compõem o acervo, para arraigar-se em registro documentário no catálogo da biblioteca, devem ser tratados. A política é um instrumento que norteará o profissional na adoção de critérios de qualidade para a indexação dos materiais que compõem o acervo. Segundo Fujita, Rubi e Boccato (2009, p. 5): Essa política torna-se importante porque visa à gestão da informação registrada de modo a dar visibilidade na recuperação, além de identificar condutas teóricas e práticas das equipes de tratamento da informação documentária envolvidas para definir um padrão de cultura organizacional coerente com a demanda da comunidade acadêmica interna e externa.

Como descrito por Guimarães (2004, p. 44), o tratamento temático torna-se “instrumento de agregação de valor para disponibilização de um conhecimento registrado” e assim também concordamos com o autor que “as políticas de indexação tornam-se cada vez mais necessárias (e prementes!) [...].” Previsões foram feitas para o futuro das bibliotecas universitárias, como as que são constatadas em Cunha (2000). Algumas estão acontecendo e outras consequentemente sucederão. Segundo o referido autor, “[...] o que irá contar não são os milhões de itens do acervo, mas as opções para acessar a informação demandada (Demas, 1994). Portanto, o diferencial mudará do tamanho do acervo para o tamanho das verbas disponíveis para o acesso.” (CUNHA, 2000, p. 80). Se no presente ou em existência futura, apresentamos a importância em se pensar e tratar tematicamente o documento, e esse processo deve ser gerido pela política de indexação da biblioteca universitária. Na Biblioteconomia, as atividades são desenvolvidas paulatinamente e às vezes demora-se para ver o resultado. Em outras áreas do conhecimento, a sociedade percebe dos profissionais uma aplicação rápida do que fazem como é o caso do médico, do engenheiro, do advogado, do dentista, etc. Se um dado indivíduo sofre de alguma enfermidade, ele irá procurar um médico. Já em relação ao trabalho do bibliotecário, há certa complexidade em se compreender a essência no que tange a organização de um acervo, porque nem sempre as pessoas sabem o que esta por trás do acesso a uma informação tratada. Quando necessitam realizar uma pesquisa, quantos se lembram do bibliotecário?


Diante a declaração da importância do tratamento temático e da política de indexação, deve-se ter em mente que ambos ajudarão o profissional bibliotecário a tornar evidente seu trabalho de representação da informação, dando assim o acesso condizente ao conteúdo documentário. Ultimando este ensaio, faz-se uma analogia a Guimarães e pensando na escassez, segundo o autor, “uma gota d‟água, mas a gota que mata a sede” (2004, p. 51). Pensemos assim, na política de indexação como essa gota em nossas bibliotecas universitárias.


REFERÊNCIAS

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