risco de incêndio intrínseco aos arcos elétricos nas instalações
Rita Lopes Product & Channel Managertipo específico, considera-se que um incêndio pode começar a partir de uma intensidade de 2,5 A até uma tensão de 230 V. Uma vez que não provoca curtos -circuitos nem derivações para terra, este fenómeno não pode ser deteta do pelas proteções convencionais – o que torna a necessidade de contar com equipamentos específicos ainda mais premente.
2. Arco elétrico em paralelo
Este tipo de arco elétrico surge entre a fase e o neutro de dois condutores dife rentes. Costuma dever se a danos no ma terial isolante e, neste caso, o arco elétrico começa numa intensidade de 75 A, pelo que não representa um problema para as instalações residenciais.
3. Arco elétrico de fase-terra
Sabia que, na Europa, a cada três minutos começa um incêndio elétrico numa casa? É mesmo verdade –apenas no setor residencial, as perdas causadas por este facto ascendem a cerca de 6500 milhões de euros a cada ano, um valor insustentável.
A principal causa dos incêndios elétricos é o arco elétrico – e, ainda que as Regras Técni cas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão recomendem medida e a instalação de equi pamentos para o evitar, em Portugal ainda não é costume fazê-lo. Esta realidade coloca em sério risco os habitantes dos edifícios e as próprias instalações.
O QUE É E ONDE OCORRE O FENÓMENO DO ARCO ELÉTRICO?
A existência de ligações defeituosas ou de terioradas numa instalação pode levar à car bonização das suas conexões e cablagem; isto causará um maior fluxo de corrente, au mentando assim as probabilidades de que
comecem incêndios. Este efeito é o chamado aparecimento do arco elétrico.
Vejamos alguns pontos críticos para o aparecimento de arcos elétricos:
• Defeitos no isolamento do condutor pro vocados por elementos mecânicos, como pregos ou parafusos;
• Cabos ou conetores esmagados por por tas, janelas ou móveis;
• Rompimento de cabos por raios de cur vatura demasiado pequenos, ao tentar ampliá-los numa instalação ou colocá -los em abraçadeiras de fixação dema siado apertadas;
• Radiação UV e mordeduras de roedores, sobretudo em instalações ao ar livre;
• Contactos e ligações soltas, como, liga ções de tomadas danificadas.
COMO SE PODEM CLASSIFICAR
OS DIFERENTES TIPOS DE ARCO ELÉTRICO?
De forma geral, há três tipos de arco elétrico diferentes, dependendo do que os originou:
1. Arco elétrico em série Surge entre fases e ocorre entre duas partes de um mesmo condutor. Neste
Este tipo de arco elétrico surge em para lelo entre a fase e a terra. Este fenómeno aparece a partir de 5 A, sendo muito co mum e podendo trazer problemas a todo o tipo de instalações.
COMO FUNCIONA UM EQUIPAMENTO DE DETEÇÃO DE ARCO ELÉTRICO?
Como vimos, o arco elétrico é um fenóme no relativamente fácil de localizar e definir –contudo, não tem uma única característica distintiva e única, o que torna a sua deteção especialmente complexa.
Efetivamente, os sinais mais característi cos do arco elétrico é a sua duração superior à maior do arco transitório, e o facto de ge rar perturbações de frequência tanto baixa, como alta. É, por isso, importante entender que não pode ser detetado por disjuntores magnetotérmicos (que protegem de curtos -circuitos e sobretensões) nem por inter ruptores diferenciais (que protegem contra descargas), sendo apenas identificável por dispositivos específicos para a deteção de falhas de arco.
Estes são conhecidos como Arc Fault Detection Devices (AFDD, na sua sigla em inglês) e analisam constantemente diferen