DOSSIER
revista técnico-profissional
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o electricista Rui Miguel Madrugo TRIDONIC.ATCO
o desafio digital! Neste novo Milénio os balastros electrónicos assumem um papel fulcral nas soluções que podemos apresentar. Mais económicos, mais versáteis e tecnicamente expansíveis acabam por representa 20% no nosso mercado. Será possível aumentar esta cota? Os balastros magnéticos têm desempenhado nestas últimas décadas um papel importante no mundo da iluminação fluorescente. Fiáveis e falsamente "económicos", foram sofrendo a constante evolução técnica para fazer face às percas energéticas inerentes do uso das leis do magnetismo. Infelizmente a questão energética nunca foi devidamente sublinhada, e este é um ponto verdadeiramente importante. Para focalizar melhor esta questão tomemos por exemplo o uso de uma lâmpada linear T8 (TLD) de 36 W, alimentada por um balastro designado de classe C (os mais comuns). Este circuito irá consumir cerca de 45 W…. Mesmo recorrendo ao modelo permitido a partir de 21 de Novembro de 2005 na comunidade Europeia temos valores de referência no máximo inferiores a 43 W…. Representa um impacto económico importante no uso da mais simples solução de iluminação, num pequeno escritório com 4 lâmpadas a funcionar 8 horas por dia teremos um custo de 51,60 € ano, do qual 10,40 € representa as perdas do balastro. Para fazer face a este tipo de encargo é possível recorrer ao uso de soluções electrónicas, mais económicas e capazes de criar níveis de iluminação superiores e com maior conforto visual. Mas se temos uma mais valia presente,
porque representa o mercado electrónico apenas 20% do mercado nacional? A falta de informação técnica e a constante procura de investimentos reduzidos criam as condições para que o consumidor final não solicite com maior firmeza as soluções electrónicas. Para inverter este cenário, cabe a todos os agentes envolvidos nesta área de negócio, criarem e fomentarem novas soluções electrónicas, capazes de oferecer uma mais valia com um retorno a médio prazo da diferença do investimento feito. Os novos produtos apresentam-se com classes energéticas mais vantajosas, capazes de apresentar consumos inferiores ao necessário pelo circuito de iluminação. Não acredita? Vejamos o funcionamento de um balastro electrónico.
Nesta breve descrição, é possível verificar que num balastro electrónico a tensão, que alimenta a lâmpada, é criada recorrendo ao uso de um oscilador de alta-frequência (>40 kHz), que é controlado por uma unidade capaz de gerir os mais variados elementos do circuito; oscilações de tensão de entrada, aquecimento dos filamentos da lâmpada para um correcto acendimento, corrente máxima a fornecer, temperatura de funcionamento, etc. Este circuito electrónico é assim capaz de garantir que à nossa lâmpada é aplicada uma tensão que oscila a uma elevada frequência, e respeita os valores correctos para que se obtenha um elevado nível de iluminação sem quebra da vida útil da lâmpada. Recorrendo à nossa lâmpada de 36 W, os balastros electrónicos podem apresentar os seguintes níveis de consumo: