ARTIGO TÉCNICO
revista técnico-profissional
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o electricista Eng.º Néstor Turró EFAPEL - Empresa Fabril de Produtos Eléctricos, S.A.
a norma IEC 60669 Neste artigo descrevem-se os pontos mais salientes da norma IEC 60669 - "Interruptores Eléctricos manuais para instalações domésticas e similares" e a sua interpretação prática para aplicá-la em produtos comerciais.
Frequentemente a qualidade de uma instalação eléctrica fica limitada pelo comportamento de alguns dos componentes de baixo custo. Vejamos, por exemplo, o caso das instalações domésticas, onde a falha de um simples interruptor pode desprestigiar todo o trabalho realizado pela empresa instaladora ou pelo instalador profissional. É devido a este motivo que devemos conhecer algo mais acerca destes componentes. Para que um interruptor eléctrico utilizado em instalações domésticas ou similares seja verdadeiramente fiável, deve cumprir com as normas nacionais e/ou internacionais de aplicação, como por exemplo a IEC 60669-1. Esta norma é baseada numa das partes da norma IEC 60669, de aplicação internacional, e determina as características que devem ter os interruptores operados manualmente, com uma corrente nominal menor ou igual a 63 A (salvo para os interruptores com terminais sem parafusos onde a corrente se limita a 10 A) para uso doméstico e em aplicações similares, e os que são operados por pessoas não instruídas para tal fim e sem requisitos de manutenção. A corrente nominal de um interruptor é aquela que pode conduzir durante um serviço contínuo a uma temperatura de referência. O seu valor está especificado pelo fabricante e os valores preferenciais são: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40 e 63 A.
Por outro lado os valores preferenciais das tensões nominais são: 130 V, 230 V, 250 V, 277 V, 380 V, 400 V, 415 V e 440 V. Como requisito geral, está indicado que os interruptores serão construídos de forma que durante o seu uso normal, o seu funcionamento seja seguro e sem perigos para o utilizador, e como tal estabeleceram-se uma série de "ensaios tipo" apropriados para a sua verificação. Os interruptores devem ser desenhados e construídos de modo a que quando estiverem montados e conectados para o seu uso normal, as partes activas não sejam acessíveis (não se possam tocar com os dedos), de modo a oferecer uma adequada protecção contra o choque eléctrico. Inclusivamente, deve-se prever que uma eventual flexibilidade das tampas ou espelhos plásticos não possa comprometer a segurança do interruptor. A norma exige que as teclas sejam de material isolante, para que, as partes metálicas acessíveis estejam separadas das partes activas por meio de um isolamento duplo, e que as tampas estejam protegidas mediante um isolamento suplementar. No caso de usar fechaduras com chaves extraíveis deve-se ter em atenção que elas não podem entrar em contacto com as partes sob tensão.
Em suma, todas as partes metálicas acessíveis que possam estar sob tensão, em caso de falha do isolamento, devem ter um terminal Terra. As coberturas, barreiras isolantes ou similares, devem ter uma resistência mecânica suficientemente forte e fixar-se de forma segura. Porém, os interruptores devem ser construídos de forma a permitir uma fácil ligação dos condutores nos terminais e as suas teclas devem ser acopláveis de forma segura ao eixo ou à peça de comando do mecanismo.
Os interruptores que não sejam apenas para C.A. devem ser de cerre e aperto rápido. As suas velocidades de operação correspondentes deverão ser independentes da velocidade à qual se acciona o órgão de manobra. Nos interruptores com vários pólos, os contactos móveis devem ser acoplados mecanicamente de maneira a que todos os pólos abram e fechem juntos, salvo o neutro que, a existir, deverá fechar-se antes e