CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 141
revista técnico-profissional
o electricista IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.
consultório electrotécnico Apresentamos nesta página a rubrica “Consultório Electrotécnico” para respostas às questões de âmbito electrotécnico em geral e das instalações eléctricas em particular que nos podem remeter por e-mail para consultoriotecnico@ixus.pt, ainda pelo sítio http://www.ixus.pt ou por carta. Aguardamos as vossas questões para resposta e posterior publicação. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram e as respostas dadas até ao fim de Novembro. Numa instalação eléctrica deve ou não existir ligador amovível no condutor de terra? Sim, ver 542.4.2 das RTIEBT.
Efectivamente no regulamento de pára-raios prevê-se o uso, em determinadas condições, de massas metálicas (telhas metálicas da cobertura e outros) como captores naturais dos raios atmosféricos.
A ligação equipotencial principal das tubagens metálicas que entram num edifício deve ou não ser visível? Pode adoptar-se a solução de uma caixa com uma barra de equipotencialidade localizada junto à entrada das tubagens e ligar esta barra à barra principal de terra no barramento do quadro de coluna? 1ª Parte - Sim, mas acessíveis e não obrigatoriamente visíveis, ver 543.3, 543.3.2 e 543.3.3, das RTIEBT; 2ª Parte - Sim, pode adoptar-se a caixa com uma barra de conexões e como ponto de interligação.
No entanto, para condutores de descida só devem usar-se condutores apropriados conforme descrito no dito regulamento. Ainda assim devem tomar-se medidas cautelares importantes tais como o uso de braçadeiras não metálicas nem a passagem dos condutores de descida por tubos metálicos que não tenham sido rasgados totalmente na vertical, para que estes não constituam espiras susceptíveis de, por efeito electromagnético da corrente de descida, apresentarem reactância indutiva à passagem da corrente de descarga, o que normalmente leva à fusão dos condutores de descida pela passagem da corrente para o tubo. Neste contexto, os tubos condutores da água, mesmo não metálicos, não podem ser usados como condutores de descida nem os condutores de descida serem alojados no seu interior, pois a água (*) poderia conduzir a descarga para zonas em estas se tornariam perigosas para as pessoas e bens.
Existe alguma secção mínima estabelecida nas RTIEBT para a ligação entre quadros eléctricos? Não, devendo ser respeitado o prescrito em 512.1.2 a 512.1.8, bem como o 524 e 525, das RTIEBT. NOTA: Só existe a secção mínima obrigatória de 6 mm2 e protecção mecânica por tubo de 32 mm de diâmetro, em entradas oriundas de colunas montantes, ver 803.5.5.3 das RTIEBT.
(*) – Nota: a água pura não conduz a corrente eléctrica, porém, a eventual existência de sais em suspensão na mesma (água impura) tornam-na condutora da corrente eléctrica. A poluição atmosférica ou as poeiras depositadas nos telhados são suficientes para conferir condutibilidade à água.
Ao consultar o guia técnico de pára-raios deparei com algumas dúvidas: está prevista a possibilidade da utilização das caleiras para águas pluviais, existentes no topo dos edifícios, como captores naturais. Por outro lado não é permitida a utilização dos tubos de queda de águas pluviais para a passagem dos condutores de descida do sistema de pára-raios. Será que me podem esclarecer se interpretei bem, e neste caso qual é a justificação para a referida impossibilidade. Esta mantém-se quer os tubos de queda sejam exteriores, quer sejam encastrados nas paredes do edifício?
Existe algum regulamento que imponha um valor limite de 20 Ohm para a resistência de terra numa instalação de utilização de energia eléctrica em Baixa Tensão? E se for de telecomunicações? E se a terra dos dois casos for única? As instalações de utilização de energia eléctrica em Baixa Tensão regemse pelas Regras Técnicas. Neste regulamento a resistência de terra não tem limites impostos, embora aconselhe uma resistência de terra não superior a 100 ohm. Se tal não for tecnicamente possível, em esque-