Governo apresentou estratégia nacional para a energia

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ESPAÇO ADENE 6

Governo apresentou Estratégia Nacional para a Energia ENE 2020 permitirá a redução da dependência energética do país O Ministro na Economia, Inovação e Desenvolvimento, José Vieira da Silva, apresentou no Pavilhão de Portugal a Estratégia Nacional para a Energia, com o horizonte do ano de 2020 (ENE 2020). A ENE 2020 é uma agenda para a competitividade, o crescimento e a independência energética e financeira do País, estabelecendo como principais metas a redução da dependência energética do País face ao exterior para 74% em 2020 e a produção, nesta data, de 31% da energia final a partir de recursos endógenos, o equivalente a 60 milhões de barris anuais de petróleo. A ENE 2020 representa um forte impulso no desenvolvimento económico, através da criação de 100.000 postos de trabalho, a acrescer aos 35.000 já existentes no sector das energias renováveis. Associado ao desenvolvimento de um cluster industrial na área da promoção da eficiência energética, assegurar-seá a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, resultando em exportações equivalentes a 400 milhões de euros. Estima-se que o impacto das medidas do cluster das energias renováveis definidas por esta Agenda passe de 0,8% do PIB para 1,7% em 2020. Para atingir estes objectivos, a ENE 2020 define cinco eixos fundamentais: Eixo 1 – Competitividade, Crescimento e Independência Energética. Este eixo aposta em projectos inovadores nas áreas da eficiência energética, das energias renováveis, incluindo a produção descentralizada e da mobilidade eléctrica, num quadro de equilíbrio territorial. Promove a concorrência nos mercados através da consolidação do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), da criação do Mercado Ibérico do Gás Natural (MIBGAS) e da regulamen-

tação do sistema petrolífero nacional. Contribui ainda para uma maior independência energética e financeira do nosso país, face a choques energéticos externos. Eixo 2 - Aposta em Energias Renováveis, através do desenvolvimento de uma fileira industrial indutora do crescimento económico e do emprego, que permita atingir as metas nacionais, intensificando o peso das energias renováveis no mix energético, reduzindo, por esta via, a nossa dependência externa e aumentando a segurança do abastecimento. Eixo 3 - Promoção integrada da Eficiência Energética, com a consolidação do objectivo de redução de 20% do consumo de energia final em 2020. Este eixo aposta em medidas comportamentais e fiscais, assim como em projectos inovadores, designadamente os veículos eléctricos e as redes inteligentes, a produção descentralizada de base renovável e a optimização dos modelos de iluminação pública e de gestão energética dos edifícios públicos, residenciais e de serviços.

Eixo 4 - Garantia da Segurança de Abastecimento, através da manutenção da política de diversificação do mix energético, do ponto de vista das fontes e das origens do abastecimento, e do reforço das infra-estruturas de transporte e de armazenamento, que permitam a consolidação do mercado ibérico em consonância com as orientações da política energética europeia. Eixo 5 – Promoção da Sustentabilidade Económica e Ambiental como condição fundamental para o sucesso da política energética. Este último eixo recorrerá a instrumentos da política fiscal, a parte das verbas geradas no sector da energia pelo comércio de licenças de emissão de CO2 e a outras receitas geradas pelo sector das energias renováveis, para a criação de um fundo de equilíbrio tarifário que permita continuar o processo de crescimento das energias renováveis. 60% DA ELECTRICIDADE A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS A implementação desta estratégia permitirá a Portugal cumprir os compromissos assumidos no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas, e na redução do consumo de energia final e de emissões em 20%. Estima-se que em 2020, 60% da electricidade produzida tenha origem em fontes renováveis. A diversificação das fontes de energia permitirá ainda a redução da dependência externa em 25%, pela duplicação da potência hídrica instalada e através de uma maior inovação nos parques eólicos a instalar, e de um melhor aproveitamento da energia solar. A promoção do desenvolvimento sustentável criará condições para reduzir adicionalmente, no horizonte de 2020, 20 milhões de toneladas de emissões de CO2, traduzindo-se num valor, a preços actuais de mercado, de 375 milhões de euros. Desta forma garante-se o cumprimento das


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