Certificação energética: Ponto de situação em Portugal

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DOSSIER

revista técnico-profissional

o electricista

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Eng.ª Fátima Alpalhão Direcção Auditoria Edifícios ADENE - Agência para a Energia

certificação energética {PONTO DE SITUAÇÃO EM PORTUGAL}

O sector dos edifícios é responsável pelo consumo de cerca de 40% da energia final na Europa. No entanto, mais de 50% deste consumo pode ser reduzido através de medidas de eficiência energética, o que pode representar uma redução anual de 400 milhões de toneladas de CO2 – quase a totalidade do compromisso da UE no âmbito do Protocolo de Quioto. O SCE No contexto Europeu é consensual a necessidade de melhorar a eficiência energética dos edifícios. Isto porque às preocupações comuns do cumprimento do protocolo de Quioto e da segurança do abastecimento energético, junta-se também um cenário em que os edifícios representam 40% do consumo de energia global. O que levou a Comissão Europeia a avançar em 2002 com a publicação de uma directiva comunitária sobre o desempenho energético dos edifícios. A transposição parcial desta directiva veio a acontecer em Portugal em Abril de 2006 com a introdução de uma nova legislação que incluiu a revisão dos dois regulamentos existentes, relativos aos edifícios, o RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (DL 80/2006) e o RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (DL 79/2006) e ainda a publicação de um novo diploma relativo ao Sistema de Certificação Energética e da qualidade do ar interior (SCE). Figura 1 . Registos verificados no ano de 2011 no SCE.

A implementação dos regulamentos acima indicados decorreu de uma forma bastante positiva, e podemos afirmar que hoje em dia o comportamento térmico dos edifícios é um dos aspectos mais relevantes para os promotores dos edifícios no sentido de racionalizar os consumos energéticos dos mesmos. Apesar dos regulamentos estarem totalmente implementados, a evolução do SCE demonstra algum abrandamento no decorrer no ano de 2011 no que se refere ao mercado imobiliário (Figura 1). A grande maioria dos registos acima indicados verificam-se nos edifícios de habitação com cerca de 92% dos certificados e o restante para os edifícios de serviços. As classes energéticas registadas são as indicadas no gráfico da Figura 2.

Figura 2 . Distribuição de classes de edifícios novos.


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