ENTREVISTA
revista técnico-profissional
o electricista
70
Helena Paulino
SCHNEIDER ELECTRIC
{“DEVEMOS ENCARAR O FUTURO COM UM OTIMISMO PRAGMÁTICO”}
David Claudino, Country President da Schneider Electric Portugal em conversa com a revista “o electricista” desvenda o que pretende fazer na Schneider Electric Portugal, e o que o futuro reserva a esta marca internacional. A crise foi um tema que não escapou tal como as oportunidades que ela também contém.
revista “o electricista” (oe): A entrada de David Claudino na Schneider Electric Portugal foi encarada como uma forma de dinamizar e fortalecer a estratégia internacional da empresa. De que forma pensa fazer isso? David Claudino (DC): Trabalho na Schneider Electric há 16 anos e sempre a considerei uma empresa dinâmica. Esta é uma empresa com enorme potencial de crescimento, na qual todo o interesse pelo mercado nacional e internacional assenta numa estratégia corporativa conjunta. A minha chegada veio apenas acentuar esta nova forma de posicionamento. Na atual conjuntura económica, é inevitável pensarmos numa estratégia internacional. De facto, temos a vantagem de ser uma multinacional, com uma presença vincada no mercado internacional que faz com que queiramos aumentar essa vantagem competitiva através de uma aposta maior e no desenvolvimento de algumas áreas de negócio (Power; Infra-Estruturas; Buildings; IT Business e Indústria). Paralelamente, o mercado português assume uma importância bastante significativa para a estratégia internacional da empresa porque pretendemos fortalecer e dinamizar o nosso compromisso com clientes e parceiros, pois só assim conse-
guiremos aproximar ainda mais o mercado português ao internacional. oe: Tem construído o seu percurso profissional na Schneider Electric entre Portugal e o Brasil. Que diferença encontra no mercado destes dois países? DC: Os últimos anos têm sido bastante desafiantes para mim. Quando recebi a proposta para agarrar esta oportunidade, já tinha a ideia de que iria encontrar uma situação económica e empresarial adversa. Brasil e Portugal são duas realidades bastante diferentes. O que está a acontecer, neste momento, é que o Brasil encontra-se em contra-ciclo à Europa. Apesar do Brasil ser um país com um nível elevado de pobreza e disparidades económicas, tem registado um crescimento bastante elevado nestes últimos anos. O Brasil tem sido um grande beneficiário da dinâmica de crescimento/investimento ligado às economias ditas emergentes. De uma forma geral, não considero adequado fazer uma comparação entre os mercados dos dois países. oe: Muitos acreditam que a formação em épocas de crise económica é considerada importante porque valoriza o
profissional. De que forma a Schneider Electric considera esta área fundamental para o desenvolvimento e incentivo dos profissionais? DC: Na realidade, a Schneider Electric há já algum tempo que tem vindo a investir nesta área. Damos primazia à formação como forma de motivação e de dar bases aos nossos colaboradores e parceiros para conhecerem ainda mais o mercado. Este é, sem dúvida, um campo bastante importante para a atividade da empresa. Nos últimos anos temos editado diversa documentação relacionada com a Eficiência Energética, disponibilizando-a a colaboradores e parceiros; efetuado sessões de sensibilização interna para todos os nossos colaboradores e parceiros Integradores e distribuidores, e ainda direcionada aos instaladores e utilizadores finais. Além disso temos participado na divulgação e implementação de soluções de eficiência Energética financiadas pelo Plano de Promoção de Eficiência no Consumo (PPEC) promovido pela Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE); cursos de formação em energia (nomeadamente com a ADENE). E, anualmente, desenvolvemos um programa de formação para os nossos colaboradores alinhado com o plano de evolução da empresa em Portugal.