Figuras
Resumo biográfico de Amadeu Ferreira da Silva
Amadeu Moura Ferreira da Silva, nascido a 20 de fevereiro de 1934, no Porto,
empresa lhe confiassem desde muito cedo obras de grande importância.
muito cedo começou a contactar com o mundo dos materiais elétricos através
Por volta dos vinte anos, já fazia parte da
da antiga empresa de engenheiros “G.
equipa que esta empresa destacou para
Perez, Lda” representante na altura
trabalhar na “Barragem de Picote”.
em Portugal dos ascensores suíços Schlieren, do Porto.
Aos vinte e quatro anos, nomeado chefe de montagens, foi transferido para Lisboa,
O seu pai, António Ferreira da Silva Júnior
tendo ficado responsável pela instalação
foi nesta empresa também um técnico es-
e montagem do elevador num dos pilares
pecializado e desde muito cedo começou a
do Cristo-Rei com uma equipa de cinco co-
levar os filhos com ele para a empresa nas
legas.
férias da escola. Pode-se imaginar o esforço e o engenho
Mais informações:
Rapaz sagaz, curioso e inteligente desde mui-
que foram necessários àqueles homens
Pesquisa Google: “Elevador vai durar
to cedo começou a ter a estima e carinho dos
para que, no espaço de quinze meses, com
mais 50 anos” ou http://videos.sapo.pt
trabalhadores mais velhos e até dos pró-
as escassas ajudas técnicas que existiam
prios donos desta empresa que, como ele
naquela época, tivessem pronto no prazo
considerava, foi a sua “Maior Universidade”.
previsto o elevador “Schlieren”.
aquilo que construía, apesar de todos os contratempos por que tinha passado. Dedi-
Foi ali que, depois de ter completado o ciclo
Atualmente, continua a funcionar como no
cou grande atenção a todos os projetos em
preparatório da “Escola Industrial Infante D.
primeiro dia e está apto para funcionar por
que participou, mas demonstrava um cari-
Henrique” no Porto, se quis empregar e con-
mais uns largos anos. “A Schlieren”, empre-
nho especial pelo “projeto do Cristo-Rei” e
tinuar a aprender com aqueles que já muito
sa suíça, que faliu nos finais dos anos seten-
pelo “Projeto da EDP”da Rua Camilo Castelo
respeitava pelo empenhamento, dedicação
ta do século passado apostava na qualidade
Branco, 43 em Lisboa.
e capacidade de ensino aos mais novos.
e segurança dos materiais para que estes
Mas esta era só uma das vertentes que ele
tivessem uma longa duração e segurança
Como lembrava muitas vezes, parafrase-
para os utentes.
ando Lavoisier, "na natureza nada se cria,
considerava muito importante, e que acha-
nada se perde, tudo se transforma". Era esta
va não ser suficiente e por isso continuou a
Desta qualidade era adepto Amadeu Ferrei-
máxima que servia para pautar tudo quan-
estudar no curso noturno da escola acima
ra da Silva, pois conhecia deveras os com-
to fazia. No seu trabalho, tentava todos os
referida. Como Amadeu Ferreira da Silva di-
ponentes da marca, dado que tinha estuda-
dias aprender e descobrir algo de relevante,
zia: para toda a prática havia sempre uma
do profundamente todos os seus atributos.
que lhe garantiu o reconhecimento de téc-
razão teórica e toda a teoria somente fazia
Entre eles estava o sistema de pára-quedas
nico conhecedor, responsável e eficiente.
sentido quando podia ser aplicada à prática.
que garantia a segurança das pessoas que
Na sua vida pessoal, em que o seu traba-
Continuou a estudar, chegando a frequentar
se encontravam dentro da cabine em caso
lho era uma das suas principais paixões,
o antigo “Instituto Industrial”, cujo curso não
de desprendimento dos cabos, que em 1970
tentou transformar os seus valores e co-
terminou, pois a sua opção a tempo inteiro
ainda não era conhecido pelos engenheiros
nhecimentos em sabedoria, o que fez deste
foi a dedicação à “G. Perez Lda”.
portugueses.
“Homem”, uma pessoa, solidária, atenciosa, amante de valores altruístas e da partilha
O seu interesse, empenhamento e perfecio-
Falava do seu trabalho com uma paixão
dos seus conhecimentos, com todos os que
nismo, fez com que os responsáveis desta
intensa, própria de quem amava a vida e
com ele lidavam.
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