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formação
eletrotecnia båsica instalaçþes elÊtricas de baixa tensão JosÊ V. C. Matias Licenciado em Engenharia EletrotÊcnica (IST) ' * + / 78 Autor de livros tÊcnico-didåticos de eletricidade e eletrónica
A proteção das instalaçþes elĂŠtricas contra sobrecargas e curtos-circuitos deve obedecer a regras que estĂŁo explicitadas nas Regras TĂŠcnicas de Instalaçþes ElĂŠtricas de Baixa TensĂŁo – RTIEBT. A seleção da corrente estipulada do aparelho de proteção contra sobrecargas faz-se comparando-a com a intensidade mĂĄxima admissĂvel na canalização em questĂŁo, pois trata-se de regimes permanentes. A escolha da proteção contra curtos-circuitos, que sĂŁo regimes de funcionamento fortuitos e bruscos, ĂŠ feita comparando o tempo de corte do aparelho de proteção com o tempo que a canalização suporta essa corrente sem se danificar. (continuação da edição anterior)
15.5.3. Proteção contra sobrecargas A proteção contra sobrecargas de uma instalação elĂŠtrica (seja com fusĂvel ou com disjuntor magnetotĂŠrmico) estarĂĄ assegura 1) A corrente estipulada do dispositivo de proteção (In) deve ser maior ou igual Ă corrente de serviço da canalização respetiva (IB) e menor ou igual que a corrente mĂĄxima admissĂvel na canalização (Iz
Na Figura 31 representa-se uma reta de indicadas acima, com valores crescentes da esquerda para a direita. Do exposto, pode concluir-se que os relĂŠs tanto podem funcionar integrados em disjuntores, como independentemente deles com ' : * ; ; casos, a função dele ĂŠ sempre a de â&#x20AC;&#x153;detetarâ&#x20AC;? e dar ordens. SĂŁo, por isso, dois aparelhos que podem ser distintos. Existem fundamentalmente dois tipos de < < magnetotĂŠrmico e o disjuntor diferencial. O cĂŠrebro de qualquer um deles ĂŠ sempre um relĂŠ. Assim, no disjuntor magnetotĂŠrmico, o cĂŠrebro ĂŠ a combinação de um relĂŠ eletromagnĂŠtico e de um relĂŠ tĂŠrmico. No caso do disjuntor diferencial, o cĂŠrebro ĂŠ um relĂŠ diferencial. O disjuntor diferencial serĂĄ estudado mais adiante.
# > mensionar a corrente estipulada de um disjuntor magnetotÊrmico para proteger, contra sobrecargas, uma canalização elÊtrica cons ? % @GHJ>K de 2,5 mm2, em tubo, que vai alimentar uma måquina de lavar. A måquina de lavar tem uma corrente de serviço de 14,2 A.
: 1.ª condição: IB n z
Canalização:
2) A corrente convencional de funcionamento do dispositivo de proteção (I2) deve ser menor ou igual que 1,45 vezes a corrente mĂĄxima admissĂvel (Iz Iz z www.oelectricista.pt o electricista 44
IB 0 Dispositivo de proteção:
S = 2,5 mm2 > Iz = 19,5 A Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para: * dois condutores carregados * cobre ou alumĂnio * temperatura da alma condutora: 70° C * temperatura ambiente: 30° C
Secção nominal dos condutores (mm2)
MĂŠtodo de referĂŞncia A
B
C (*)
Condutores de cobre 1,5
14,5
17,5
19,5
2,5
19,5
24
27
4
26
32
36
6
34
41
46
Quadro 28 Correntes admissĂveis, em amperes, para os mĂŠtodos de referĂŞncia A, B e C.
2) Escolha da corrente estipulada do disjun % & entre os valores normalizados â&#x20AC;&#x201C; 6 A, 10 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, e muitos outros e ser maior ou igual que IB = 14,2 A. Logo, a corrente estipulada serĂĄ de 16 A.
Corrente admissĂvel
Corrente de serviço
IB n z
1) Determinação de Iz !" # RTIEBT â&#x20AC;&#x201C; e considerando o MĂŠtodo de ReferĂŞncia A â&#x20AC;&#x201C; canalização embebida â&#x20AC;&#x201C; para condutores de cobre de secção igual a 2,5 mm2, $
IZ IN
Corrente estipulada
Figura 31 Seleção da proteção contra sobrecargas.
Corrente convencional de funcionamento
1,45 IZ I2
I
30
formação 143 â&#x20AC;&#x201C; para os condutores de cobre isolados a polietileno reticulado ou a etileno-propileno; 76 â&#x20AC;&#x201C; para os condutores de alumĂnio isolados a policloreto de vinilo; 89 â&#x20AC;&#x201C; para os condutores de alumĂnio isolados a borracha butĂlica; 94 â&#x20AC;&#x201C; para os condutores de alumĂnio isolados a polietileno reticulado ou a etilenopropileno; Conforme vimos jĂĄ em ponto anterior, a proteção contra curtos-circuitos pode ser feita por fusĂvel ou por disjuntor. Na Figura 32 representa-se a curva caraterĂstica de um fusĂvel e a curva de fadiga tĂŠrmica da canaliza W % : cc2 > Icc1 > ; o tempo de fusĂŁo do fusĂvel (t2f) ĂŠ inferior ao tempo t2c que a canalização pode suportar Icc2, % ; Y W W % :
Resolução: a) Cålculo do poder de corte do disjuntor: O cålculo da corrente de curto-circuito måxima exige que a resistência elÊtrica de todas as Y < ^ % "! [ \ % ; $ Rm,82,5ºC = Rm,20ºC _ ` _ : k ! # w y G G _ ` G GG k"! # !G w y G G ! y G G{ ] U0
Icc,mĂĄx =
=
Rm,82,5ÂşC
230
= 4600 A = 4,6 kA
0,06
~ < Y * 8 % % % rior a 4,6 kA, pelo que escolherĂamos um disjuntor com poder de corte normalizado de 6 kA. De acordo com as RTIEBT, este disjuntor pode ter um poder de corte inferior desde que o aparelho de proteção a montante proteja a canalização contra o excesso de corrente diferencial. b) CĂĄlculo de Icc,mĂn e do tempo de corte > ? Y W 8 ; Â&#x20AC; mais a jusante dessa canalização, portanto junto ao recetor (neste caso, a mĂĄquina de lavar). Ă&#x2030;, % / %  Y W
t
Zfase,20Âş C = Zneutro,20Âş C = l .
t3f
L S
= 0,018 x
*
12
y G G"{ ] 2,5
Fase
Canalização
ICC,mĂĄx
Carga ICC,mĂn
ML
Neutro
t3C t1 t2C
Curva C fadigatÊrmica canalização
t2f
Curva F funcionamento fusĂvel
Icc3
Icc1
Icc2
Figura 34 Correntes de curto-circuito
Zcondutores,20Âş C y ! Â&#x20AC; G G"{ y G H!" ]
I
Figura 32 Curva de funcionamento de fusĂvel e curva de fadiga tĂŠrmica de uma canalização.
Na Figura 33 representa-se a curva caraterĂstica de um disjuntor e a curva de fadiga 8 Y W % : cc > Ia, > ; % W < tor ĂŠ inferior ao tempo que a canalização % % % ; Y W entĂŁo protegida.
mĂĄxima e mĂnima.
/ > % ; % condutores tambĂŠm aumenta, fazendo aumentar tambĂŠm a resistĂŞncia elĂŠtrica dos conduto : YW 8 / Â&#x201A; 8 ; se dĂĄ o curto-circuito. No cĂĄlculo de Icc,mĂn, considera-se a temperatura de 145Âş C como valor a Y J\Â&#x192; % % % Â&#x201A; cia elĂŠtrica, a 20Âş C, por um fator de 1,5. Zcanaliz,145ÂşC = Zcanaliz,,20ÂşC _ ` _ . (t2 â&#x20AC;&#x201C; t1 w y G H!" _ ` G GG k # !G w y y G H!" y G ! Â&#x201E;! ] % Â * $8 % % [ \ $ > Zm,145ÂşC = Zm,,20ÂşC y G G y G G{ ]
t
> ? Â&#x20AC; Y W / Icc a
C
U0
Icc,mĂn =
D1 Ia
I
Figura 33 W Y W tos-circuitos, por disjuntor magnetotĂŠrmico; C - Cur-
=
Zm ` Â&#x2039;condutores
230 G G{ ` G ! Â&#x201E;!
= 720,3 A
~ % /Â&#x20AC; ; Y W % > / t=
K.S Icc,mĂn
2
=
115 x 2,5
2
= 0,159 s (<<5 s e > 0,1 s)
720,3
va I (t) correspondente Ă solicitação tĂŠrmica admissĂvel nos condutores protegidos; D1 - Curva I (t) de funcionamento do disjuntor.
# J ; disjuntor utilizado na proteção contra sobrecargas da måquina de lavar do problema anterior tambÊm protege a canalização contra curtos-circuitos, sabendo que a resistência 8 Y W * !G[ \ 8 G G ] % lização que alimenta a måquina de lavar Ê de 8 metros. www.oelectricista.pt o electricista 44
\ > ; Y W % > % 0,1 s < t < 5 s. * ; ; W / % ; disjuntor jĂĄ protegia o circuito contra sobrecargas e, alĂŠm disso, tĂnhamos escolhido um disjuntor com poder de corte superior Ă corrente de curto-circuito mĂĄxima Icc,Max no ponto onde estĂĄ k * : % W Â $ > % ' ' 1) Utilizando apenas um disjuntor magnetotĂŠrmico; 2) K Y $ ' ? ` < : * $ %Â&#x2C6;$ $ Â&#x2030; outros locais, utiliza-se geralmente o disjuntor magnetotĂŠrmico. Nas zonas fabris onde hĂĄ geral /; 8 Y > $ ' ? k Â&#x160; ` < :