Ficha prática n.º4: Protecção contra sobrecargas

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o electricista

revista técnico-profissional

PRÁTICAS DE ELECTRICIDADE 43

Jorge Beco e José Fidalgo

ficha prática n.º 4

{PROTECÇÃO CONTRA SOBRECARGAS}

INTRODUÇÃO

DADOS DO PROBLEMA

A protecção das canalizações contra sobrecargas é assegurada se as características dos dispositivos de protecção contra sobrecargas obedecerem simultaneamente às seguintes condições 1› A corrente nominal do dispositivo de protecção (In) deverá ser maior ou igual à corrente de serviço da canalização respectiva (Is) e menor ou igual à corrente máxima admissível na canalização (Iz). Is ≤ In ≤ Iz

Um circuito monofásico de iluminação com a potência previsível de 1500 W, será realizado com condutores H07V protegidos por tubos VD embebidos nas paredes e nos tectos. A tensão de alimentação é de 230 V. Escolha a secção dos condutores, o diâmetro nominal dos tubos e a intensidade nominal do disjuntor que protegerá a canalização contra sobrecargas.

2› A corrente convencional de funcionamento do dispositivo de protecção (If) deverá ser menor ou igual a 1,45 vezes a corrente máxima permanente admissível.

RESOLUÇÃO Cálculo da corrente de serviço: Is = P/ U , considerando que o factor de potência é igual a 1 Is = 1500 / 230 = 6,52 A A canalização será constituída por condutores H07V - U 2 x 1,5 + G1,5 protegidos por tubos VD 16. (artº 426 e artº 207 do RSIUEE).

If < 1,45 x Iz

DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DAS CONDIÇÕES DE PROTECÇÃO CONTRA SOBRECARGAS

Escolha do disjuntor: Se consultarmos a tabela de intensidades de corrente máximas admissíveis (figura 1 da ficha prática nº 3 do nº 13 da revista o electricista) verificamos que Iz = 17 A. Então 1,45 Iz = 24,65 A. Vamos escolher um disjuntor com uma intensidade nominal que verifique a condição If ≤ 24,65 A Consultando o quadro IX do RSIUEE verificamos que qualquer disjuntor com In ≤ 15 A verifica essa condição. Como Is é igual a 6,52 A, escolheremos um disjuntor de intensidade nominal In = 10 A (If = 13 A), que verifica simultaneamente as duas condições exigidas: 6,52 A ≤ 10 A ≤ 17 A e 13 A ≤ 24,65 A

Errata

Consultando a tabela de correntes máximas permanentes admissíveis da figura

Na ficha prática n.º 3, para o efeito de cálculo da Potência a alimentar, a Coluna

1 e tendo em consideração o artº 186 do RSIUEE, teríamos para secção dos con-

Montante foi considerada por lapso, a potência prevista para serviços comuns

dutores de fase da coluna a secção de 10 mm2. Escolheríamos condutores do

quando deveria ter sido contabilizada apenas a das habitações. De seguida apre-

tipo H07V - R 4x10 + G10, protegidos por tubo VD 40.

sentamos as devidas correcções:

Na ficha electrótecnica o quadro instalações sem projecto deverá ser preenchido da seguinte forma:

DIMENSIONAMENTO DA COLUNA (página 58) Potência a alimentar: S = 41,4 x 0,78 = 32,292 kVA Cálculo da intensidade de corrente na coluna: S = √3.Uc. I I = S / √3.Uc = 32,292 / √3. 400 = 46,6 A


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