Circuito de terra: medida da resistência do circuito de terra em edifícios comerciais, residência e

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ARTIGO TÉCNICO

revista técnico-profissional

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o electricista Ignacio Usunáriz Fluke Ibérica, S.L.

circuito de terra

{MEDIDA DA RESISTÊNCIA DO CIRCUITO DE TERRA EM EDIFÍCIOS COMERCIAIS, RESIDÊNCIAS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS}

A ligação à terra de uma instalação é uma junção eléctrica directa, mediante condutores eléctricos sem fusíveis nem protecção alguma, de uma parte do circuito eléctrico e/ou das partes condutoras não pertencentes ao mesmo, a um circuito de terra constituída por um eléctrodo ou grupos de eléctrodos enterrados no solo. O sistema de ligação à terra deverá evitar que surjam diferenças de potencial perigosas nas massas metálicas da instalação, e permitirá a ligação à terra das correntes de fuga dos receptores electrónicos, assim como das altas correntes de descarga de origem atmosférica. Com o propósito de assegurar a fiabilidade permanente dos sistemas de ligação à terra, foram publicados distintos padrões de engenharia e normas nacionais que definem os correspondentes procedimentos de manutenção dos circuitos de terra. Esta nota de aplicação explica a função básica de uma instalação de ligação à terra e descreve os métodos de medida da resistência eléctrica: método de queda de tensão com 3 e 4 fios, método selectivo, método da medida sem varetas e método bipolar.

PORQUE LIGAR À TERRA? As ligações à terra da maioria das instalações eléctricas cumprem com três propósitos básicos: › Limitam a tensão que, em relação à terra,

podem apresentar num dado momento as massas metálicas da instalação (protecção frente a contactos indirectos). Para este, derivam à terra as correspondentes correntes de defeito. › Originam um trajecto seguro de circulação até à terra das eventuais descargas atmosféricas, e das correntes de fuga dos receptores electrónicos. › Oferecem uma tensão nula de referência para os receptores electrónicos da própria instalação, assim como para os sinais de dados que servem a comunicação entre dois equipamentos informáticos. A figura 1 mostra uma instalação de ligação à terra genérica. Segundo as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, para o circuito de terra pode-se utilizar eléctrodos formados por: › Chapas onduladas de cobre; › Varetas de aço/cobre; › Cabos nus de cobre, aço galvanizado; › Fitas de aço galvanizado; › Anéis ou malhas metálicas constituídos pelos elementos anteriores ou combinações; › Outras estruturas enterradas que se demonstre que são apropriadas. O tipo e a profundidade de enterro dos circuitos de terra devem ser tais que a possível perda de humidade do solo, a presença do gelo ou outros efeitos climáticos, não aumentem a resistência do circuito de terra acima do valor previsto.

A profundidade nunca será inferior a 0,80 m. Os condutores de terra, devem, num lugar acessível, dispor de um dispositivo que permita medir a resistência do circuito de terra correspondente. Este dispositivo pode estar combinado com o borne principal de terra, deve ser desmontável necessariamente por meio de um utensílio, tem que ser mecanicamente seguro e deve assegurar a continuidade eléctrica.

Figura 1 . Instalação geral de ligação à terra

RESISTÊNCIA DO CIRCUITO DE TERRA A resistência do circuito de terra depende de dois factores: a resistividade do terreno circundante e a estrutura do eléctrodo. A resistividade é uma propriedade que possuem todos os materiais, e que define a sua capacidade para conduzir a corrente. A determinação da resistividade do terreno é uma tarefa complicada pelos seguintes factores:


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