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Jorge Castilho Cabrita Engenheiro Electrotécnico (IST)/Professor do Ensino Secundário
lições
LIÇÕES DE ELECTRICIDADE
{CAPITULO II · corrente contínua Jorge Castilho Cabrita, Engenheiro Electrotécnico (IST)/ Professor do Ensino Secundário
18º. PARTE
Resistências - 3ª parte: Potenciómetros, resistências ajustáveis, caixas de resistências; Resistências não lineares: RTD.
Continua-se o estudo das resistências variáveis, suas características e aplicações e inicia-se um capítulo dedicado às resistências não lineares, começando pelas resistências dependentes da temperatura com incidência para as denominadas RTD. No próximo artigo serão analisadas outras resistências dependentes da temperatura. 41.2› POTENCIÓMETROS Os potenciómetros podem ser constituídos por vários materiais (figura 128). Bobinados Fio de liga resistente: - Cu-Ni para valores baixos - Cr-Ni para valores elevados Não bobinados - Película de filme de carvão - Carvão moldado - Filme metálicos - Metal vitrificado (cermet) - Plástico condutor
Nos que têm como elemento resistivo o Cermet (mistura cerâmica-metal), a variação da resistência, ao rodar o cursor, é mais suave que no carvão. São usados em aplicações de precisão. Quanto à finalidade, há dois tipos de potenciómetros: os de controlo e os de ajuste (figura 129).
cursores. Há dois tipos: em tandem (figura 130) e tipo concêntrico. No primeiro tipo um só eixo controla simultaneamente o deslocamento dos dois cursores. No tipo concêntrico o controlo dos dois cursores é independente, feito por dois veios, um no interior do outro.
Figura 128 . Potenciómetros: materiais do elemento resistivo
Figura 129 . Potenciómetros Figura 130 . Potenciómetro duplo em tandem 10 k:
Os potenciómetros bobinados destinam-se a potências elevadas. Nos de película de carvão, a mistura resistente de carbono é depositada sobre uma lâmina de baquelite. Destinam-se a aplicações gerais. Nos de carvão moldado, o elemento resistivo é moldado sobre uma base de baquelite também moldada. O contacto do cursor com a pista resistente é feito por uma escova de grafite, que tem propriedades lubrificantes, o que influi na longevidade do potenciómetro. Nos de filme metálico, o elemento resistivo é o óxido de estanho depositado sobre suporte de vidro. Nos de plástico condutor é usado um polímero condutor como elemento resistivo. Destinam-se a aplicações de precisão.
42.2.1› Potenciómetros de controlo Os de controlo (símbolos na figura 124) são normalmente usados em montagem potenciométrica e podem ser manobrados para controlar uma tensão. Podem também ser usados em série no circuito (só com dois terminais ligados, o cursor e uma das extremidades) para controlar o valor duma corrente. Os potenciómetros de menor potência mais usuais são de carvão (potenciómetros de carvão) e os destinados a veicular maiores potências são de fio de liga resistente enrolada em suporte cerâmico (potenciómetros bobinados). Estes últimos, de 1 : a 200 k:, destinam-se a potências de 2 a 500W. Existem potenciómetros duplos, com duas resistências variáveis independentes e dois
Os potenciómetros podem ou não ter interruptor. Além dos potenciómetros com deslocamento circular do cursor, existem outros em que o deslocamento é rectilíneo. Têm múltiplas aplicações, nomeadamente em controlos de volume, de sintonia, em aparelhos de áudio e de vídeo, assim como em mesas de mistura de áudio. São exemplos potenciómetros com valores de 2 k:, 5 k:, 10 k:, 20 k:, 50 k:, 100 k:, 200 k: para potências de 0,015W, 0,025 W, 0,03 W, 0,05 W, 0,1 W, com tolerância de 20%. Há potenciómetros lineares (LIN), logarítmicos (LOG) e anti-logarítmicos (ANTI-LOG). Nos potenciómetros LIN um deslocamento