Eficiência energética na iluminação

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DOSSIER 76

revista técnico-profissional

o electricista Júlio Cruz, Ana Isabel Sequeira OSRAM

eficiência energética na iluminação

Edifício do Parlamento Europeu

ECONOMIA DE ENERGIA E QUALIDADE NA ILUMINAÇÃO A crescente preocupação ambiental e de preservação dos recursos naturais está cada vez mais presente também no mundo da iluminação e, sempre que pensamos em luz artificial, teremos que ter em conta a qualidade da iluminação e ao mesmo tempo a economia de energia. São muitas e variadas as fontes de luz ao nosso alcance, quer para iluminação de interior quer de exterior. Ao projectarmos ou remodelarmos uma instalação, teremos que ter sempre em atenção o fim a que esta se destina, de modo a que possamos decidir sobre as fontes de luz mais eficientes.

em termos de qualidade de luz e economia de energia. A gama de lâmpadas fluorescentes standard "BASIC" satisfaz as exigências mínimas em termos de qualidade de luz, vida útil, restituição de cor e rendimento luminoso. Para padrões de iluminação mais exigentes, a gama trifosfórica, de alto rendimento, "LUMILUX" destaca-se, apresentando uma excelente performance. O fluxo luminoso destas lâmpadas apresenta uma depreciação de apenas 8% após 10.000 horas de funcionamento e de 12% após 20.000 horas no funcionamento com balastro electrónico, ao contrário da gama BASIC, que perde 25 a 30% do seu fluxo logo após as 10.000 horas.

1› ILUMINAÇÃO FLUORESCENTE VERSUS ILUMINAÇÃO INCANDESCENTE A tradicional lâmpada incandescente está a perder terreno de forma muito rápida, principalmente, em instalações no sector público e profissional. Esta fonte de luz incandescente transforma em luz apenas 10% de toda a energia consumida, sendo a restante desperdício, na maior parte sob a forma de calor. As lâmpadas fluorescentes, rectilíneas ou compactas (gama DULUX), graças ao seu princípio de funcionamento, porporcionam uma economia de energia de até 85%, dependendo do tipo, potência e dos acessórios com que funcionam. Os fabricantes de lâmpadas aperfeiçoam, constantemente, este tipo de luz e introduzem gamas que satisfaçam as mais elevadas exigências

Esta gama de alto rendimento passará a constituir um padrão com a entrada em vigor da nova Norma Europeia EN 12464-1, que legisla sobre a qualidade da iluminação nos locais de trabalho em espaços de interior, onde trabalham ou permaneçam pessoas durante largos períodos de tempo. De acordo com esta Norma, o Índice de Restituição Cromática deverá ser Ra 1B (80-90), isto é, a restituição cromática deverá situar-se na casa dos 80% ou acima.


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Dispostos em módulos, os LED da OSRAM Opto Semiconductors, devido às suas características, são ideais para situações em que se deseje uma iluminação sem manutenção e com baixo custo. Podem ser utilizados na decoração e iluminação de espaços, em reclamos luminosos em substituição do néon, projectores, marcação de caminhos, iluminação de emergência e sinalização, entre muitas outras aplicações. Acessórios como lentes, reflectores e guias de luz, podem ainda ser colocados para melhorar a performance dos módulos LED. Estes operam a corrente contínua em tensões de 10 e 24 Volts, sendo utilizados como fontes os trnasformadores OPTOTRONICâ da OSRAM, especialmente projectados para módulos LED. Em Portugal, tal como no resto do mundo, existem já vários projectos interessantes a utilizar estes produtos, tanto na vertente decorativa, como na iluminação geral, passando pela sinalização e pelos reclamos luminosos. Como se trata de um produto a ser pensado e integrado na fase de projecto, os arquitectos e gabinetes de projecto têm um papel importante na concepção da ideia e no enquadramento do espaço.

A última novidade nesta área, são os módulos RGB, que complementam a gama de LED. Colocados em barras rígidas ou flexíveis, permitem obter todas as cores do espectro, bem como várias tonalidades de branco. Estamos certos que a iluminação LED é a iluminação do futuro. Muitos são os tipos de lâmpadas que aqui não foram referidos, dado o público alvo desta publicação ou os campos de aplicação específicos a que se destinam, mas que também dão o seu contributo para a eficiência energética. É o caso, por exemplo, das lâmpadas fluorescentes compactas com balastro electrónico incorporado, as designadas economizadoras de energia. Devido à sua fácil aplicação e grande variedade de potências e formatos, estas lâmpadas são cada vez mais preferidas pelos utilizadores domésticos. Além destas, não esqueçamos as lâmpadas de sódio para iluminação das vias públicas, que são a fonte de luz que apresenta maior rendimento luminoso, mas com qualidade da iluminação inferior. A Eficiência Energética constitui uma preocupação de todos nós em geral e dos fabricantes de fontes de luz artificiais em particular. A eles cabe desempenhar o papel impulsionador desta tarefa que a todos respeita.

LINEARLIGHT Flex módulos LED em barras flexíveis, para múltiplas aplicações


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