DOSSIER
revista técnico-profissional
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o electricista Engº. António de Oliveira Martins Director Técnico Comercial das Construções SCHRÉDER
luz branca
{INDICADOR DE SEGURANÇA E CONFORTO EM ILUMINAÇÃO PÚBLICA, ASSOCIADO A NOVAS EVOLUÇÕES NA CONCEPÇÃO DE REFLECTORES}
Há pouco mais de 30 anos, uma revolução se dava na iluminação publica e residencial: as lâmpadas de luz 'branco azulado' de vapor de mercúrio alta pressão ou de luz mista, que com tanto sucesso haviam tomado o lugar da incandescência, começavam a render posição a outras, de luz também tendencialmente branca, mas amarelada; ou se quisermos, dourada: referimo-nos evidentemente ao Vapor de Sódio Alta Pressão, que então dava os seus primeiros passos como algo de efectivamente revolucionário. Muitas vantagens foram então encontradas: um tom de luz quente, mais envolvente, pois que emitia mais na banda dos infravermelhos, uma melhor delimitação de contrastes, e na sua utilização em centros históricos e/ou mesmo apenas zonas residenciais, a nobreza aliada ao seu tom dourado: estávamos perante a aristocracia das lâmpadas, se pensássemos no efeito envolvente que as mesmas criavam. Mas tratava-se, ao contrário do que é vulgar pensar, de uma nobreza económica: possuíam elevada eficácia luminosa (Lm/W), o
que significava que com a mesma potência, davam mais luz. Isto permitiu, mantendo níveis de iluminação, obviamente, reduzir potências instaladas. Vivia-se nas vésperas da chamada crise do petróleo, ou mesmo em cima dela, as economias mundiais ressentiam-se, e iluminar era aparentemente um luxo. O aparecimento de fontes de luz com melhor eficácia luminosa, foi obviamente bem acolhido. Assim sendo, esta “aristocracia luminosa” recém chegada às nossas estradas e cidades em tempos de crise, ao contrário do que o seu qualificativo pudesse prenunciar, revelava-se promissora, pois que consumia menos que a 'plebeia' lâmpada de Vapor de Mercúrio. Tratava-se de uma fidalga de hábitos económicos! E como algo que possui vantagens claras, se o mercado for fluido, possui um posto, rapidamente as nossas estradas e cidades se vestiram de dourado em tempos de crise...
Nas últimas décadas do século XX a luz dourada das lâmpadas VSAP-T expandiu-se a quase todas as aplicações da iluminação urbana. Desde a iluminação de zonas viárias (Av. da Boavista - Porto) à iluminação de Monumentos (Aqueduto de Évora).
Era o advento do Vapor de Sódio Alta Pressão. E com este advento, houve que acompanhar fotométricamente estas lâmpadas, concebendo para elas reflectores específicos, que melhor