Factores de influência externa: condicionantes das instalações elétricas e estabelecimentos pelas re

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DOSSIER

revista técnico-profissional

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o electricista José Marinho Gomes Pereira Eng. Electrotécnico

factores de influência externa {CONDICIONANTES DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E ESTABELECIDOS PELAS REGRAS TÉCNICAS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO (RTIEBT)}

A energia eléctrica é cada vez mais um bem essencial ao conforto e bem-estar dos cidadãos em geral e fundamental à actividade económica de qualquer país, e por isso absolutamente indispensável. Porém, se não se tomarem adequadas medidas de protecção, o seu uso pode envolver elevados riscos para as próprias instalações, e bens em geral, mas sobretudo para as pessoas e para os animais. Por esse motivo, e para serem minimizados os riscos em causa, já o anterior Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE) impunha condições especiais para o estabelecimento das instalações eléctricas em função do ambiente de cada local. De facto, para se poder garantir o bom uso das instalações eléctricas nas melhores condições de segurança, esse Regulamento distinguia para os diversos locais 13 situações diferentes em função dos ambientes realmente neles existentes, as quais eram condicionante, quer das condições de execução das instalações, quer das características exigíveis para cada um dos elementos constituintes dessas instalações. Esses ambientes diferenciados eram designados abreviadamente por um código alfabético constituídos por uma sequência de três letras L1L2L3 cuja origem e funda-

mento estava associada à própria designação dos locais (Exemplo: ao local classificado como Sem Riscos Especiais correspondia o código SRE). As novas Regras Técnicas (RTIEBT), que vieram substituir o mencionado Regulamento, não poderiam ignorar, como é obvio, a existência dos riscos associados a esses ambientes e, por isso, não só os consideram, como alargam o número de factores a ter em conta que estão relacionados com os Ambientes. Mas para além desses factores consideram ainda outros factores de influência como as Utilizações e a Construção dos edifícios, que são igualmente relevantes para a segurança das pessoas, bens e animais. Assim, com as novas Regras Técnicas o número de factores a considerar aumentou substancialmente, passando de 13 para 24, sendo 17 factores relacionados e, por isso, agrupados na Categoria Ambientes, 5 factores relacionados e agrupados na Categoria Utilizações e 2 factores relacionados e agrupados na Categoria Construção de edifícios, conforme se mostra no Quadro 1. De modo análogo ao estabelecido pelo RSIUEE, também as novas Regras Técnicas designam os factores de influência externa por um Código. Conforme indicado na última coluna do

quadro precedente este novo código é constituído por duas letras seguidas por um algarismo (L1L2N), correspondendo a primeira letra L1 à Categoria em que os factores são agrupados, a segunda letra L2 à Natureza do factor de influência externa e o algarismo N à classe do respectivo factor. A 1.ª letra do código identifica qual a Categoria em que se integra o factor e pode ser representada pelas letras A, B ou C, correspondendo estas, respectivamente, às categorias Ambientes, Utilizações e Construção. A 2.ª letra indica a Natureza do Factor e pode ser representada por uma das letras do abecedário compreendidas entre a letra A e a letra S, inclusivé, com excepção das letras I e O, por, eventualmente, se poderem confundir com os algarismos 1 e 0. Finalmente o algarismo N indica a classe de cada um dos factores de influência externa, a qual traduz, de forma crescente com o valor assumido por esse algarismo, o grau de risco envolvido. Como se pode verificar na penúltima coluna do quadro o número de Classes é variável de factor para factor, podendo expressar-se por um dígito que é compreendido entre 1 e 8. À luz das Regras Técnicas são considerados normais todos os factores de influência externa que correspondem à Classes 1


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