Vacon apresenta grande evolução tecnológica nos Variadores de Velocidade

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informação técnico-comercial

Vacon apresenta grande evolução tecnológica nos Variadores de Velocidade O fabricante mundial de Variadores de Velocidade, a Vacon, revoluciona o mercado de Variadores de Velocidade ao lançar a nova tecnologia de condensadores de lâminas de plástico. Para os utilizadores é tentador encarar os Variadores de Velocidade como “caixas pretas” e não se preocuparem nem um pouco com o que há no interior destes equipamentos. No entanto, um olhar um pouco mais aprofundado pode levar à descoberta de benefícios bastante significativos. Na especificação ou compra de um Variador de Velocidade, normalmente não existe uma preocupação com os seus componentes, pois estes são apenas do interesse dos fabricantes. Habitualmente isto é verdade, mas em algumas situações surge um novo componente tecnológico que faz a diferença em alguns aspetos do Variador de Velocidade como o desempenho, a confiabilidade e o impacto ambiental. Para se compreender as modificações é conveniente ter uma noção básica de como os Variadores de Velocidade operam. Felizmente isso não é complicado, embora projetar um Variador de Velocidade moderno e que responda às expetativas dos utilizadores em termos de desempenho, confiança e relação custo versus benefício é, sem dúvida, um grande desafio!

Um Variador de Velocidade possui basicamente três partes principais – o retificador de entrada que converte a Corrente Alternada da rede elétrica em Corrente Contínua; o armazenamento de energia (frequentemente chamado de link DC ou circuito intermediário); e a ponte inversora na saída que converte a Corrente Contínua novamente em Corrente Alternada, na voltagem e frequência necessárias para o motor funcionar com uma velocidade apropriada e alcançar o binário adequado. A função do link DC pode não ser muito clara num primeiro momento. Por que não direcionar o estágio de energia de saída diretamente do retificador de Corrente Contínua produzida na entrada? A resposta é que, sem o armazenamento de energia, o alimentador de Corrente Contínua não conseguiria responder às súbitas mudanças enviadas pela saída de Corrente Alternada, como as que ocorrem quando o motor é forçado a acelerar (o link DC possui ainda outras funções). Teoricamente, o armazenamento de energia necessária pode ser obtida quer por bobines indutoras quer por condensadores mas, na prática, os Variadores de Velocidade destinados às aplicações comerciais ou industriais rotineiras utilizam invariavelmente condensadores.

chamados apenas de eletrolíticos. Com eles, o dielétrico ou camada de isolação do condensador é um filme óxido fino produzido por uma ação eletroquímica num eletrólito “molhado”. Nos eletrolíticos modernos, o eletrólito é mais uma pasta do que um líquido, mas precisa de permanecer húmido para o condensador funcionar corretamente. Os eletrolíticos possuem a vantagem de permitir que bastante capacitância seja comprimida num componente pequeno, mas também apresentam inconvenientes significativos. O primeiro é possuírem uma durabilidade limitada. Mesmo os melhores secam lentamente e perdem a sua capacidade. O processo de secagem é previsivelmente pior em equipamentos que necessitam de funcionar em temperaturas elevadas, como normalmente é necessário para os Variadores de Velocidade. Na verdade, a duração de um Variador de Velocidade é frequentemente determinada pelo tempo de duração dos condensadores eletrolíticos utilizados. Outro dos problemas é que os condensadores eletrolíticos se deterioram quando não estão em utilização (funcionamento). Se um Variador de Velocidade for deixado na prateleira ou estiver inativo por um determinado tempo e então colocado novamente em utilização ou funcionamento, os seus condensadores eletrolíticos podem não funcionar adequadamente, sobreaquecerem ou até mesmo deixarem de funcionar. Isto pode ser evitado substituindo ou “despertando” os condensadores antes de se utilizar novamente o Variador de Velocidade; entretanto, este é um processo demorado e que requer um equipamento especial. É também inconveniente, particularmente se o Variador de Velocidade for um equipamento suplente, necessário para uma utilização suplente imediata.

Aspetos de tamanho

ELETROLÍTICOS NUM VARIADOR DE VELOCIDADE PODEM FUNCIONAR MAL, SOBREAQUECER OU FALHAR TOTALMENTE. www.oelectricista.pt o electricista 50

Para armazenar a quantidade de energia necessária para alcançar um desempenho dinâmico para o Variador de Velocidade, os condensadores, em termos elétricos, precisam de ser consideravelmente grandes; contudo, para se adequarem à procura dos clientes por equipamentos pequenos e de fácil manuseamento precisam de ser fisicamente pequenos. No passado isso obrigava à utilização de condensadores eletrolíticos, normalmente

Aspetos ambientais Existem também considerações ambientais. O eletrólito utilizado nos condensadores eletrolíticos é potencialmente perigoso ao ambiente. Há uma grande preocupação no caso de vazamento desses condensadores, a qual não é de modo algum desconhecida. O fim da vida útil do Variador de Velocidade é, também, um ponto a ser considerado, pois as regulamentações ambientais determinam que


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