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reportagem
engenharia 2020: Ordem dos Engenheiros discutiu estratégia
por Helena Paulino
De 17 a 19 de outubro realizou ‑se, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, o XX Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros (OE) onde se abordou o papel da engenharia portuguesa e foram alinhadas estratégias de ação no Horizonte 2020. No início deste 20.o Congresso, Fernando Almeida Santos, Presidente da Região Norte da OE, referiu a importância de encarar a Engenharia como o epicentro do crescimento saudável e sustentável. Carlos Matias, Bastonário da Ordem da OE, realçou a relevância da intervenção da engenharia na aplicação dos Fundos Europeus na atribuição de racionalidade às decisões de investimento no âmbito do Programa 2020. Chamou a atenção para a capacidade inovadora, potenciando o posicionamento do país através do desenvolvimento de áreas como o ensino, investigação, tecnologias, telecomunicações e infraestruturas. Realçou ainda o facto da engenharia portuguesa ter obtido, recentemente, um reconhecimento comunitário com a eleição de José Vieira, Vice-Presidente Nacional da OE, para Presidente da Federação Europeia das Associações Nacionais de Engenharia. Ainda na conferência inaugural, Luís Valente de Oliveira, versou sobre “A Europa e Portugal – o contexto inicial e os desafios” e serviu como pontapé de saída para a análise das Diretivas e Fundos Europeus no Horizonte 2020, tema que atravessou os trabalhos ao longo de todo o Congresso.
Inovação, sustentabilidade e eficiência e competitividade Ao longo de dois dias, a OE promoveu o debate sobre os principais problemas, desafios e soluções no âmbito da Engenharia 2020, promovendo a discussão sobre estratégias para o aumento da competitividade e crescimenwww.oelectricista.pt o electricista 50
to da economia portuguesa. Sebastião Feyo de Azevedo, Reitor da Universidade do Porto, indicou o tipo de investigação científica feita em Portugal destacando a inovação ligada à mesma. Luís Braga da Cruz, Presidente da Fundação de Serralves, ainda no âmbito do Portugal 2020, abordou o reforço da competitividade e a correção dos desequilíbrios. As principais conclusões do evento foram apresentadas por Carlos Loureiro, Vice ‑Presidente Nacional da OE, na sessão de encerramento, presidida pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, que sublinhou a importância dos temas relacionados com o Conhecimento e Inovação, Formação, Infraestruturas, Indústria, Mar e Litoral, Sustentabilidade, Ambiente e Energia. Contando com a participação de mais de 600 congressistas em mais de uma dezena de sessões plenárias e técnicas, o Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros gerou consenso no que toca à definição das principais estratégias até 2020. A aposta na formação de base e, principalmente, no ensino superior nas áreas das
engenharias, a inovação como motor para o desenvolvimento da economia nacional, a integração de infraestruturas e redes e a necessidade de uma reindustrialização estratégica são as principais conclusões retiradas dos trabalhos. “O Portugal 2020 foi desenha do com vista a aumentar a competitividade do País”, afirmou Manuel Castro Almeida, salientando o papel fundamental dos engenheiros na produção de inovação, referida como o “motor da competitividade.” O caráter transversal do ensino superior foi uma constante ao longo de todo o evento, principalmente no que toca à manutenção e criação de centros científicos e tecnológicos de excelência, indispensáveis para a sustentação de uma “economia do conhecimento”, e a cooperação entre o mundo académico e o tecido empresarial. A urgência na internacionalização das empresas, negócios e produtos portugueses foi também referida como uma estratégia importante para o futuro da economia portuguesa. “O novo Quadro Comunitário terá de ser assumido como determinante numa estraté gia de convergência do País na luta por uma economia real, em oposição à economia vir tual (…)”, referiu o Bastonário. “Os desafios do novo Quadro impõem uma estratégia coleti va, consensual e mobilizadora da capacidade instalada no País, com apostas no conheci mento, no desenvolvimento equilibrado do território e na modernização das empresas, apostas que passam por uma forte ligação à inovação, potenciando um maior entrosa mento entre as empresas e as Escolas de Ensino Superior de Engenharia.”