Monitorização de redes subterrâneas de alta tensão: Manutenção preditiva e gestão ativa de sistemas

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case-study

monitorização de redes subterrâneas de alta tensão MANUTENÇÃO PREDITIVA E GESTÃO ATIVA DE SISTEMAS DE CABOS SUBTERRÂNEOS DE ALTA TENSÃO. Xabier Balza López General Cable

1. Introdução As redes de Alta Tensão do século XXI necessitam de se adaptar a um ambiente em mudança, aos consumos móveis e flutuantes, a uma geração distribuída e instável, ao aumento das ligações internacionais, e aos regulamentos nacionais mais rigorosos em relação à manutenção de ativos e interrupção de serviço. Até agora a monitorização dos cabos subterrâneos de Alta Tensão limitava-se a medir a temperatura para a realização de uma gestão ativa da carga, e das descargas parciais nos acessórios, evitando-se assim possíveis incidentes nas juntas e terminais. Atualmente, a evolução da tecnologia de sensores óticos e a industrialização dos equipamentos de medida, permitem a monitorização do estado de todos os componentes do sistema de cabos e acessórios. Esta monitorização realiza-se através de medidas diretas ou indiretas, para que o operador de rede tenha informação a qualquer momento do estado real dos ativos da rede, e a capacidade de transporte excedente ou limitada em caso de incidências, planificando­ ‑se assim as ações de manutenção mediante os alertas do sistema e não com revisões programadas para a deteção de elementos defeituosos. A monitorização dos sistemas de Alta Tensão tem como objetivo a identificação dos seguintes problemas: 1) capacidade de carga das linhas; 2) estado das ligações das blindagens e dos seus elementos associados; 3) roubos e vandalismo nas ligações à terra; 4) presença de descargas parciais nos acessórios. O conjunto dos equipamentos utilizados tem de atuar de forma coordenada, reportando informação de qualidade ao operador do sistema, e totalmente integrada com os vários protocolos de comunicação, assim como ser formado por elementos passivos e duradouros que não gerem novas necessidades de manutenção. www.oelectricista.pt o electricista 51

Operador

Sistema elétrico

Comunicação Sensores e software

2. O Ecossistema Para que os sensores instalados num sistema de cabos isolados cumpram plenamente a sua função, têm de fazer parte de um ecossistema totalmente integrado no sistema do operador de rede, sendo fundamental que se adaptem aos elementos existentes que se pretendem monitorizar, sem problemas acrescidos, e que sejam capazes de comunicar entre eles e com o sistema de controlo de forma rápida e fiável. Um princípio básico do desenho deste ecossistema é que todos os problemas e, portanto, todas as soluções,

possam concentrar-se no mesmo sistema, logo todas as soluções devem ser compatíveis e complementares. Não se pode conceber a instalação de sensores de monitorização sem esta estar incluída numa estratégia global que seja capaz de integrar todos os membros do ecossistema e envolvê-los no processo. Isto significa que após a identificação da necessidade de monitorizar determinados parâmetros dos circuitos de Alta Tensão, e os benefícios inerentes para a empresa, deverão ser desenhadas soluções ad-hoc nas quais devem participar as equipas de manutenção, engenharia,

Ligação das blindagens

Presença de água Sistema de ligação à terra

Funcionamento dos LTP

Abertura de caixas de ligação

Roubos e vandalismo


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