Universidade Estadual de Maringá – UEM Maringá-PR, 9, 10 e 11 de junho de 2010 – ANAIS - ISSN 2177-6350 _________________________________________________________________________________________________________
PSICOSE: O MATRICÍDIO NAS OBRAS DE ROBERT BLOCH E ALFRED HITCHCOCK
Paula Starke (G - UEPG) Fábio Augusto Steyer (UEPG) Introdução Lançado em 1959, Psicose (Psycho), de Robert Bloch, não chega a ser tão conhecido quanto sua versão cinematográfica de mesmo nome, de 1960, dirigida por Alfred Hitchcock. O livro do escritor americano, de terror e ficção científica, não havia sido grandemente repercutido até então. Conta-se, inclusive, que quando Hitchcock teve acesso ao livro, acabou comprando todos os exemplares que encontrou, para que o fim não fosse revelado. Nada surpreendente quando se trata do cineasta inglês. Outro fato que mostra o empenho do diretor em transmitir a ideia da obra, foi o de o expectador somente poder assistir ao filme se estivesse na exibição desde o começo, ou seja, sem perder um só segundo. Tudo isso para relatar a história do psicopata Norman Bates, dono do legendário Motel Bates, sua relação doentia com a mãe, o aparecimento de Marion Crane e os fatos que se sucedem a partir daí.
1. Bloch e a Inspiração Robert Bloch nasceu em 5 de abril de 1917; encorajado por Howard Phillips Lovecraft, conhecido escritor de horror, Bloch passou a escrever no gênero também. Mesmo com várias obras publicadas, Psicose ainda é a de maior destaque. Em 1957, Bloch vivia no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Neste mesmo estado viveu o conhecido assassino Ed Gein, que foi preso neste ano. Bloch escreveu, então, uma obra inspirada na ideia de ter uma pessoa próxima que, inesperadamente, pode se revelar um monstro.