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Figura 50: Diagramas representando as fases de estudo Fonte: Própria autora

ÁREA ATUAL

OCUPAÇÃO / VIAS DE PEDESTRES

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VOLUMETRIA PERMANÊNCIAS / RUAS A SEREM ABERTAS

OCUPAÇÃO VOLUMÉTRICA

RESULTADO DOS ESTUDOS

Tendo em mente tais estudos, o anteprojeto de renovação e reabilitação da área foi criado.

Memorial Descritivo

O plano urbano em questão fica localizado no bairro de São José, Recife - PE. Possui uma área com 9,2 hectares e 3,4 hectares de área construída. Encontra-se em uma Zona de Ambiente Construído Moderada (ZAC Moderada), entretando, seus parâmetros de construção não foram amplamente adotados nesse projeto. A autora e seu orientador acreditam que o Plano Diretor da Cidade do Recife 2008, o mais atual, não condiz com as políticas de uma cidade viva, sustentável e justa, portanto, através de diversos estudos e revisões bibliográficas aqui apresentadas, chegou-se à novos parâmetros de construção que condizem melhor com à Cidade ideal.

Como exemplo, pode-se citar a preocupação de locar o carro no espaço. O PDCR 2008 possui uma grande preocupação na quantidade de vagas de estacionamento por quantidade e metragem de apartamentos, isso se traduz, na prática, em paredões, principalmente nos pavimentos térreo e segundo. A preocupação da autora é que o pavimento térreo seja um grande dinamizador de espaços, que detem de costuras e tramas que conduzem o cidadão para experienciar todo ele. Sem barreiras, o transeunte se sente mais livre para utilizar de todo o espaço e mais curioso para se aventurar por ele. É crucial pontuar que o carro, na cultura recifense, está muito presente e que ele não foi descartado da dinâmica do local. Foi elegido pontos estratégicos de armazenamento dos carros para que eles não atrapelham a dinâmica e a vida da região. A área é muito bem suprida de transporte público, a poucos metros existe a estação de metrô Joana Bezerra que possui conexões inclusive com cidades vizinhas à Recife. Ainda a poucos metros consta a Avenida Sul, principal via da Cidade que liga a região oeste ao centro, e a Av. Imperial, via contrária à Av. Sul, que interliga o centro à zona oeste de Recife. Ambas são altamente irrigadas com linhas de ônibus que conduzem para várias regiões da Cidade.

Algo que vale a pena ser citado também é a presença forte da escala industrial. Foi necessário conciliar a escala habitacional, a industrial e a de comércio / serviço. Primeiro pensou-se que a manutenção da escala industrial era primordial, pois é a característica da área, algo que a representa. Posterior à isso, pensou-se em qual seria o melhor meio de implantar as demais escalas. O escalonamento foi fundamental para a conciliação das escalas. Ainda pensando na permanência da escala industrial, pensou-se 115

em manter a gleba com área superior às demais quadras ao seu redor e reabrir uma antiga rua hoje já parcialmente fechada. Ao invés de fatiar a gleba para haver permeabilidade, abriu-se caminhos para pedestres e ciclistas, dando preferência e espaço para tais, algo que atualmente a área carece. O paisagismo teve um papel fundamental nesse ponto. Custurouse a área com percursos interessantes, arborizados e com espaços de permanência e descanso. Assim, o interesse na área aumenta e, consequentimente, o movimento da região também aumenta. se comunicassem com a cidade, sem barreiras físicas.

A parte da arquitetura dos edifícios existente e dos a serem construídos é algo pouco comentada, pois o foco desse trabalho é a parte urbanística do local, o macro. As trocas sociais e a construção volumétrica da área. Quanto à planta de cada volume, suas fachadas e dimensões internas poderão ser discutidas em projetos e trabalhos futuros. Possuindo-se, assim, no futuro, mais tempo e estudos com foco na arquitetura.

Os galpões também fazem parte da história de Recife e do local, portanto, fez-se questão de manter 90% deles, os 10% demolidos já não possuiam estruturas confiáveis para seu uso. Além de sua manutenção, foi desiguinado novos usos, ressiguinificando-os. Antes não utilizados se tornaram lugar de ensinamento, cultura e comércio. A área interna do lote passa a ser pública, de uso misto, instigando a caminhada e promovendo a vigilância social. O lote passa se introspectivo e privado, diante dos parâmetros do PDCR 2008, para extrovertido e comunitário, agora, fazendo parte da cidade. Sua interface parava na fachada do edifício ou no muro frontal, limitando as trocas sociais. Nesse projeto, a ideia é que todas das fachadas são igualmente importantes e que as interfaces dos edifícios Dito isso, o projeto se faz melhor compreendido, explanado nas figuras 51 à 57 .

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