2.º semestre de 2013 • n.º 50 • Distribuição gratuita
Rm REVISMARKET Revismarket
O mercado Electro em revista
“O e-commerce morreu, viva o comércio” Aluguer de electrodomésticos
Tendência em crescimento Os 20 maiores retalhistas de electrónica de consumo
Dossier Natal Económico
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Ficha Técnica
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N.º 50 2.º semestre de 2013
Propriedade: Revismarket - Edição de Publicações, Lda. Rua das Giestas, n.º 6, 2.º Dt0. 2770-075 Paço de Arcos Tel.: +351 914034978 Tel redacção: +351 934130605
Direcção/Editor: Cidália Ribeiro cirib@revismarket.com
Redacção: Carina Rodrigues redaccao@revismarket.com
Área Comercial: pub@revismarket.com comercial@revismarket.com
Paginação: LSF outsourcingdesigners@gmail.com
Impressão: Lisgráfica Distribuição gratuita e por assinatura Tiragem: 2.000 exemplares
Depósito Legal n.º 236.204/05 Publicação registada no Instituto da Comunicação Social com o n.º 124843
Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito. Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsável perante os seus leitores.
Editorial
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aros amigos, Antes de tudo gostaria de felicitar todos os que ainda lêem este texto com as suas lojas e empresas activas e os que mantiveram o seu emprego e resultados neste ramo. Efectivamente, este ano foi de uma dureza extrema e chegar ao final de 2013 em actividade foi uma caminhada e pêras! Para nós também não tem sido fácil mas cá estamos a finalizar mais um ano. Desde que fundámos a Revismarket que o mercado tem vindo a mudar e temo-nos adaptado ao mesmo, ajustando estratégias, equipa e condições e afinando ferramentas. Mas sempre mantendo os valores com que criámos a Revismarket. O mais difícil tem sido continuar a oferecer comunicação profissional, regular, de qualidade e gratuitamente pois, tal como todas as empresas do nosso ramo, a nossa facturação desceu muitíssimo, apesar das marcas continuarem a investir na Revismarket. Acontece que os budgets foram todos reduzidos, como todos bem sabem. Mesmo assim, não poupámos um cêntimo na qualidade da informação nem hipotecámos a imparcialidade em prol de eventual facturação mas, lamentavelmente, esta estratégia não favorece o negócio, muito pelo contrário. Como sócia e fundadora da publicação esta é uma premissa da qual não estou disponível para abdicar pois, enquanto assim o conseguir, não deixarei que a facturação se sobreponha à qualidade e imparcialidade no nosso trabalho. No entanto, como gestora, não me resta outra solução senão enveredar por novos caminhos na esperança de que os mesmos permitam manter a nossa missão editorial, que tanto prezo e ao qual vos habituámos ao longo destes anos. Assim, chegou a hora de acompanhar a mudança para poder continuar a manter-nos por cá a informar-vos regularmente. Esta é uma mudança que tenho vindo a estudar há algum tempo e que decidi finalmente implementar: a Revismarket vai deixar de contar unicamente com os seus apoiantes e patrocinadores e passar a contar com os seus leitores como parte da sua facturação. Trocando por miúdos, vamos continuar a fornecer notícias gratuitas, como o temos feito até aqui, mas os desenvolvimentos, imagens e outros conteúdos serão financiados pelos leitores através de uma avença mensal de 3 euros, se assim o entenderem, obviamente. Esta é uma derradeira prova de fogo para o nosso trabalho, pois sei que muitos não gostarão nem concordarão, mas amadureci bastante os vários caminhos antes de me decidir. Ou enveredo por esta solução ou, e seria mais fácil, acreditem, reduzo a regularidade e qualidade do nosso trabalho de forma a cortar despesas e manter a Rm financiada apenas pelas empresas patrocinadoras. As duas soluções têm prós e contras e, apesar de ser a mais difícil, acredito que será esta a que nos irá permitir continuar a trabalhar bem e por mais tempo. É, sem dúvida, um caminho mais complicado e mais longo, mas foi a minha escolha, pois confesso que consigo abdicar de muita coisa em tempos de crise mas não o que levou à fundação da Revismarket e obrigaria a hipotecar a qualidade e especialização do nosso trabalho. Espero sinceramente estar correcta na escolha que fiz e contar com o apoio dos leitores, mas se não estiver terei tentado seguir o caminho em que acredito, independentemente do grau de dificuldade, como sempre fiz em todas as áreas da minha vida. Agradeço o vosso apoio e desejo que 2014 nos traga a todos melhores notícias.
A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.
Cidália Ribeiro Directora
Nota da redacção:
A Rm-Revismaket informa os seus leitores que optou por manter a grafia pré acordo ortográfico nas suas edições em papel e online. Rm-Revismarket - 2.º semestre de 2013
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Índice
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Consumidores e retalho rendem-se ao aluguer de electrodomésticos 2012: fusões, separações, encerramentos e perda de vendas no retalho de electrónica Tendências do mercado de electrodomésticos em 2014 Do “hard” ao “smart discount”
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Tema de capa “O e-commerce morreu. Viva o comércio”
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6 meses em notícia
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Momentos Electro
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Novidades para 2013/2014 Vulcano
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Consumidores e retalho rendem-se ao aluguer de electrodomésticos
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2012: fusões, separações, encerramentos e perda de vendas no retalho de electrónica
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Tendências do mercado de electrodomésticos em 2014
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Do “hard” ao “smart discount”
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Dossier Natal Económico
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Mensagens de Natal
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[ Tema de capa ] Conteúdos recolhidos por: Cidália Ribeiro Fotos: D.R.
“O e-commerce morreu, viva o comércio”
Jacques-Antoine Granjon, fundador e CEO da Vente Privée, surpreendeu uma plateia do World Retail Congress 2013 ao afirmar “o e-commerce morreu, viva o comércio”. O comércio electrónico é apenas mais um canal de distribuição. É também esta a visão partilhada pelos intervenientes no painel “Online vs Offline... um desafio decisivo” que fez parte dos temas do IX Encontro de Electrodomésticos, Electrónica de Consumo e TIC da AGEFE. “Não é verdade que o online representa só 3% das vendas de tecnologia em Portugal”, afirmou Rui Lopes, contrariando dados previamente apresentados pela consultora GfK. O gestor do negócio de comércio electrónico da Fnac justificou esta sua posição pelo facto de acreditar que já não há comércio online nem comércio offline, apenas “shopping” com os seus vários canais.
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vistos como fulcrais numa estratégia de marketing global, “merecendo o investimento e criação específicos e respeitando o seu cada vez maior contributo em termos de dinâmica, segmentação, medição e eficácia das campanhas”. Esta tem sido, de resto, a estratégia do website da Staples Portugal, criado em 2001 com uma vertente transaccional e que tem sido alvo de permanente investimento. Em 2010, sofreu uma reformulação e em 2014 está previsto um novo marco histórico nesta área, com a adopção da nova plataforma europeia. É neste novo cenário que os consumidores se movem, privilegiando os operadores que melhor respondam às suas
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expectativas. Alexandre Bompard, o homem forte da Fnac a nível mundial, explicava no World Retail Congress que, com a evolução do digital e a polarização do mercado entre “pure players” e retalhistas tradicionais, o consumidor adoptará o modelo de negócio que lhe permita usufruir do melhor dos dois mundos. “O que a Fnac tem de fazer é saber onde os consumidores estão e ir ao encontro das suas necessidades na lojas, na Web e no “mobile””. Visão partilhada por João Paulo Peixoto, para quem “o alargamento das gamas de produtos, através da virtualização de stocks e de sistemas de distribuição alargados, associado a serviços logís-
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sta é uma noção partilhada pelos vários “players” do sector da distribuição, que cada vez mais defendem uma abordagem integrada em todos os canais de comercialização. Paradigmático da importância que o online tem vindo a assumir, a Worten já tem mais de um milhão de “touchpoints” online entre as várias ferramentas com que trabalha diariamente, desde o site às redes sociais, que reforçam o valor da insígnia e comunicam com o consumidor. Por seu turno, na Staples, o canal online representa hoje 30% do volume de negócios da organização e tem registado crescimentos médios de 15% ao ano. “Com uma perspectiva de crescimento a curto prazo alinhada com as médias globais do negócio online no retalho”, segundo assegura João Paulo Peixoto, delivery director da Staples Portugal. Para quem é fundamental que a estratégia digital e os seus canais sejam
A Worten já tem mais de um milhão de “touchpoints” online entre as várias ferramentas com que trabalha diariamente, desde o site às redes sociais. Na Staples, o canal online representa hoje 30% do volume de negócios da organização e tem registado crescimentos médios de 15% ao ano.
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Com a evolução do digital e a polarização do mercado entre “pure players” e retalhistas tradicionais, o consumidor adoptará o modelo de negócio que lhe permita usufruir do melhor dos dois mundos. Às marcas e retalhistas não chega estarem on ou offline, elas terão de conhecer em pormenor o seu consumidor e estar no canal certo, no momento certo e com a mensagem mais apelativa para os seus clientes.
ticos e operacionais de confiança, bem como à multidisciplinaridade de canais, formatos e opções de acesso, sejam eles físicos ou virtuais, serão decisivos para que o cliente continue a apostar nas suas marcas de confiança, vendo nelas a inovação e adaptação às novas necessidades”. Marcas e retalhistas são, assim, confrontados com um enorme desafio, pois a omnicanalidade já não é uma tendência mas sim uma necessidade. “Face à efectiva divisão da população relativamente ao canal digital, às marcas e retalhistas não chega estarem on ou offline, elas terão de conhecer em pormenor o Rm-Revismarket - 2.º semestre de 2013
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seu consumidor e estar no canal certo, no momento certo e com a mensagem mais apelativa para os seus clientes”, defende Jorge Carlos, da consultora GfK.
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Convivência dos vários canais numa experiência consistente “Quando se possui 20 milhões de clientes, tem-se todas as oportunidades para se ser
A experiência de compra tem de ser consistente da loja à Web e da Web à loja. As lojas Darty têm comparadores de preços e ecrãs “touch screen” onde os consumidores podem consultar a disponibilidade de stock. O sucesso do negócio online pode ser explicado por uma correcta compreensão dos princípios do retalho: “os bons negócios geram tráfego”, como sublinhava Jacques-Antoine Granjon, CEO e fundador da Vente Privée, no World Retail Congress. “Alimentamos o nosso tráfego com ofertas e o tráfego alimenta o nosso website. No nosso ADN está o inventário e a Internet catalisa o modelo de negócio. A Internet é uma empresa de encomendas postais, só que mais rápida”. Um modelo de negócio onde o serviço ao cliente é crucial.
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bem-sucedido nesta revolução digital”. O objectivo da Fnac é, segundo Alexandre Bompard, converter os milhões de clientes das suas lojas em clientes multicanal. Neste sentido, na opinião do gestor, “ter lojas e Internet é um activo
Estratégia centrada no serviço Globalmente, os operadores de retalho que investem neste negócio dão uma grande atenção ao serviço ao cliente. A Walmart, por exemplo, vai abrir dois novos centros de atendimento online, parte de uma rede de atendimento de próxima geração, que vai entregar os pedidos dos clientes com maior rapidez e menor custo. As novas instalações estendem a experiência “a qualquer hora, em qualquer lugar” associada à retalhista, permitindo aos clientes fazer compras online, nos telemóveis e em lojas sem qualquer tipo de problemas. Trata-se, em última análise, de dar respostas ao
cliente, “não com um e-mail estúpido que se envia para toda a gente, mas através de uma voz que lhe assegura que está alguém por detrás do ecrã a cuidar dele”, como alertava o fundador da Vente Privée . Em terras portuguesas, esta é uma estratégia utilizada pela Worten que assume que o caminho do online é desafiador. Para o director de marketing da insígnia, Nuno Rodrigues, configura “uma aprendizagem centrada no cliente, no que ele quer e em como acrescentar valor”. Valor este que, segundo João Paulo Peixoto, delivery director da Staples,
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É hoje um facto provado e comprovado que o negócio online é uma alavanca de resultados com efeitos directos no negócio físico. Tendo em conta a grande penetração da utilização da Internet no nosso país, que atinge hoje os 64% da população, é fácil entender que o canal online, por si só, já seria um importante veículo de promoção e aumento de notoriedade das marcas.
mais inovadoras – ter Wi-Fi em todas as lojas, por exemplo - e que ofereçam novos serviços, como a possibilidade de encomendar através da Internet via
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e mais-valia face aos “pure players”, na condição que os retalhistas tradicionais sejam capazes de ligar todos os canais através de uma experiência consistente”. O que implica que as lojas estejam ligadas e integrem todas as tecnologias
loja ou, no sentido contrário, recolher os produtos que foram encomendados pela Internet. O site fnac.com, lançado em 1999, está entre os líderes nos vários países onde a insígnia está presente, mas 85% das
ao cliente pode ser elevado por meio da uma melhor selecção da oferta, da melhor informação sobre produtos, preços e promoções exclusivas online, ou até através da melhoria dos serviços e logística adjacentes à operação. “A intenção da Staples é apresentar-se ao mercado como a melhor e mais preparada plataforma de comércio online, satisfazendo a procura, aos melhores preços e com serviços de excelência”. O sucesso destes operadores não se baseia, assim, no preço, “mas na marca e na confiança de uma filosofia transparente, com fornecedores
confiáveis”, como confirma Andreas Oerter, CPO da Redcoon. “E na diversidade que permite trabalhar nichos com produtos que os clientes procuram e que não estão em todas
as lojas”. João Alberto Catalão, presidente da POPAI Portugal - Associação de Marketing at Retail, resume como estratégia inteligente “entender o “fio narrativo” do cliente, fazendo-o sentir parte do negócio”. Já o consultor João Dionísio chama a atenção para a importância de simplificar procedimentos e credibilizar a relação, de forma a garantir uma experiência de compra satisfatória desde a encomenda até ao pós-venda.
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De acordo com uma pesquisa da Deloitte, 51% das PME’s investe nas redes sociais para aumentar o volume de negócios. No entanto, apesar dos canais de “social media”, como o Facebook e o Twitter, terem ganho importância nestes últimos 12 meses para 55% dos inquiridos, estes admitem que o principal benefício que recolhem da presença nas redes sociais é precisamente o “branding” e não tanto as receitas. Opinião partilhada por Fnac e Worten, que são unânimes em afirmar que as redes sociais são apenas mais uma ferramenta.
disponibilidade de stock. Na Internet é possível falar com um vendedor da loja através de uma chamada telefónica”, exemplificou Regis Schulz no World Retail Congress. Ingredientes aos
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quais se juntam necessariamente preços competitivos. Caso contrário, será muito difícil competir com os operadores “pure player”. João Paulo Peixoto também considera
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receitas da retalhista ainda provêm das lojas. A Fnac transformou o seu modelo de negócio e hoje oferece mais produtos através da Internet, como os electrodomésticos e a papelaria, é ainda mais centrada na satisfação dos clientes, apostou em novos e mais pequenos formatos de loja, nomeadamente nos aeroportos, numa resposta à exigência de conveniência por parte dos clientes, e está cada vez mais focada para o crescimento da Internet e organização multicanal. Visão que é partilhada pelo CEO da Darty. “A experiência de compra tem de ser consistente da loja à Web e da Web à loja. As lojas Darty têm comparadores de preços e ecrãs “touch screen” onde os consumidores podem consultar a
É fundamental que os vários “players” acordem para a realidade “perigosa” materializada pela chegada de “pure players” fortes. É preciso estar preparado para reagir para a hiper concorrência que não vemos, mas que atrai o consumidor que ia às nossas lojas, e preparar as nossas organizações para o futuro. É isso que a Fnac está a fazer, ao alavancar o online para sobreviver e fazer crescer o offline.
O papel das redes sociais No caso da Fnac Portugal, que tem mais de 520 mil gostos na sua página de Facebook, as redes sociais servem para levar o cliente à loja, pois não privilegia esse canal para acções comerciais. Para a Worten, cuja página de Facebook tem mais de 700 mil gostos, são mais uma ferramenta de comunicação com o consumidor. Ambas as insígnias estão de acordo que não são tanto uma ferramenta comercial nem geradoras de tráfego para o site. Já para Martha Stewart, fundadora da Martha Stewart Living, as redes sociais são fundamentais no desenvolvimento da sua actividade, havendo mesmo uma equipa dedicada unicamente à estratégia a implementar neste canal. Martha Stewart diz que ela própria utiliza o Twitter para falar com os clientes e saber o que eles desejam. O uso de “smartphones” com GPS e os “likes” do Facebook vão permitir desenvolver aplicações para a sugestão de compras nos pontos de venda físicos. O objectivo das aplicações é divulgar nas redes que se está a “gostar” de uma promoção ou convidar a visitar uma loja. Por outro lado, as redes sociais permitem maior participação no atendimento ao consumidor e novos formatos, pois cada vez mais pessoas fazem as suas reclamações através
destes mecanismos e já há plataformas onde os próprios consumidores respondem às dúvidas mais comuns de outros consumidores e que não exijam recurso a dados da empresa. Tendências para social media e marketing digital em 2014 Atenção ao Google+: Embora o Facebook ainda seja a rede social com mais utilizadores, o Google+ já desponta na segunda posição, com 343 milhões de utilizadores activos. E o mais importante é que pode ser uma peça importante no que diz respeito ao SEO Conteúdo visual em foco: Imagens e vídeos são muito mais partilhados que textos. Por isso, as redes que destacam a partilha de imagens, como Tumblr e Slideshare, continuarão a crescer Micro vídeos: A partilha de pequenos vídeos em tempo real tem-se consolidado. O Vine e a funcionalidade de vídeos do Instagram são exemplo disso mesmo. As empresas podem apostar nesses vídeos de poucos segundos e muito potencial para se tornarem virais Crescimento do MySpace: Novas aplicações e actualizações no MySpace podem fazê-lo
Fonte: Jayson DeMers, Marketing Digital na Forbes - Marcelo Perlingeiro, Marketing Digital DestinoInternet.com
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A criação do valor da marca é fundamental para a construção de valor afectivo, tal como acrescentar valor, oferecer sortido e ter disponibilidade de stock.
ocupar uma fatia do mercado. Nada que consiga competir com Facebook e Twitter, mas os entusiastas de música e bandas vão “gostar disso” LinkedIn fundamental no B2B: O LinkedIn deve-se tornar mais comercial ainda em 2014, afirmando-se como uma fonte de procura de profissionais para contratação Marketing de conteúdo: Estratégia para criar conteúdos de qualidade em diversos formatos, incluindo texto e vídeo, e criar uma experiência positiva para o cliente. Com as últimas mudanças no algoritmo do Google, o conteúdo de qualidade e bem elaborado é essencial para atrair utilizadores do motor de busca Mobile Marketing: Garantir que o web-
site tem uma excelente usabilidade em computadores, tablets e smartphones é fundamental. A publicidade no smartphone vai ter alguns desafios. Empresas como o Yahoo já indicam que a migração dos utilizadores para o smartphone tem gerado um impacto negativo nas receitas Maturidade nas redes sociais: Muitas empresas correram para as redes sociais com o objectivo de não perder a oportunidade e estabeleceram sua presença sem um planeamento cuidadoso. A tendência para 2014 é a reavaliação do objectivo para a utilização de cada rede e a medição do retorno do investimento em detalhe. Para algumas marcas, pode ser mais importante estar no Facebook e Twitter do que no Pinterest, por exemplo. Ou simplesmente utilizar o Twitter para atendimento
Publicidacde no Facebook: O Facebook começou a investir agressivamente na sua plataforma de publicidade. Por exemplo, reduziu a exposição dos posts para apenas uma percentagem dos seguidores de uma Fanpage, forçando quem quiser atingir toda a sua audiência investir em publicidade. Para as empresas que têm como mercado alvo o consumidor final, o Facebook é uma excelente oportunidade de investimento, já que o custo por clique ainda é muito baixo. Além disso, a capacidade de segmentação do Facebook é incrível. O momento de investir e vender com um alto retorno no Facebook é em 2014 Retargeting: Retargeting é uma estratégia hoje disponível em diversas plataformas de publicidade online como o Google AdWords. A eficácia desta técnica é alta, pois tem-se a possibilidade de trazer de volta ao nosso site um utilizador que já teve exposição ao nosso produto, aumentando a probabilidade de conversão. Como é uma funcionalidade recente, a tendência é para o aumento da sofisticação das plataformas e da inteligência sobre o que funciona ou não em Retargeting.
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Dois estudos apresentados em ocasiões diferentes apontam numa mesma direcção: a maioria das compras é precedida por pesquisa de informação online. Na electrónica de consumo, segundo a Consumer Electronics Association, o website é o canal preferido por 58% dos consumidores para a pesquisa de produtos, na preparação da sua última compra num retalhista com loja física. E na hora de comprar um determinado produto, seis em cada dez pessoas iniciam o seu processo de pesquisa e de busca de informação através da Internet, segundo revela um estudo da HP. 12
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O crescimento do multicanal implica novos desafios trazidos por uma nova forma de concorrência, proporcionada pelos retalhistas “pure players”, como a Amazon, mas também pelas próprias empresas que vendem bens de consumo e que passam a disponibilizá-los directamente aos consumidores”
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que um dos principais erros é encarar o negócio online uma ameaça para o retalho físico. “É hoje um facto provado e comprovado que o negócio online é uma alavanca de resultados com efeitos directos no negócio físico. Tendo em conta a grande penetração da utilização da Internet no nosso país, que atinge hoje os 64% da população, é fácil entender que o canal online, por si só, já seria um importante veículo de promoção e aumento de notoriedade das marcas”. Até porque, lembra este profissional, 30% dos compradores via “e-commerce” opta por levantar as suas encomendas
nas lojas físicas, privilegiando, assim, o contacto directo ou a confiança da existência de um local tangível. “Factor este que beneficia, mais uma vez, as lojas que têm uma oportunidade directa e pessoal para fazer “upsell””. Para os mais cépticos, há ainda um
Maioria das compras é precedida De acordo com a Consumer Electronics Association, na hora de fazer as compras, a loja física ainda é o canal privilegiado (69%), comparativamente aos 28% que compram no website e 4% através do canal mobile. As lojas são frequentemente usadas para examinar os produtos (86%), fazer as compras (84%) e as devoluções (86%). Já os canais online são utilizados para comparar preços (89%), ler opiniões sobre os produtos (89%) e comparar características (84%). O estudo revela ainda que 45% dos consumidores que compram em retalhistas com lojas físicas usaram os seus equipamentos móveis para os ajudar a comprar dentro da própria loja. Estes equipamentos são usados frequentemente para procurar informação (54%) e para comparar preços com os de outros retalhistas online (46%), com os do site do retalhista em questão (42%) e com os de outras lojas físicas (42%). De acordo com um outro estudo da HP, apresentado por José Correia, director geral da HP Portugal, no evento da AGEFE , na hora de comprar um determinado produto, apenas 32% vai às lojas informar-se antes da decisão de compra. O responsável da HP detalhou que destes 32%, 9,47% decide com base no preço e 7,8% vê nas marcas um factor decisivo. A política de devoluções é o elemento de confiança mais valorizado por este universo, onde 66% das pessoas privilegia o aconselhamento. Perante o produto ligado e em demonstração, seis em cada dez tomam imediatamente a decisão na loja. Por outro lado, dos 59% que fazem a sua pesquisa
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online, 19% toma nesse momento a decisão, valorizando o preço (12,4%) e as marcas (8,9%). Neste universo, o factor mais apreciado é a garantia do melhor preço e a ferramenta que mais influencia a decisão é a comparação de produtos. Online representa 3% das vendas em Portugal As vendas de bens tecnológicos através da Internet continuam baixas no mercado português. De acordo com os dados apresentados por Miguel Faias, da GfK Portugal, no IX Encontro da AGEFE, o online representa 3% das vendas totais destes produtos e concentra-se, principalmente, em smartphones, câmaras digitais, TV, tablets e armazenamento. No retalho offline, manteve-se uma tónica de campanhas agressivas. A GfK contabilizou 120 campanhas este ano, mais 26 que no período anterior. 32% destas acções foram multiproduto, 14% focadas em produtos IT, 83% com desconto imediato e 13% com desconto em cartão. Comércio electrónico já vale 49 mil milhões de euros em Portugal Segundo o estudo ACEPI/IDC Economia Digital em Portugal 2009-2017, apresentado recentemente pela ACEPI – Associação do Comércio Electrónico e da Publicidade Interactiva no eShow, há 6,7 milhões de internautas em Portugal (64% da população) e até 2017 serão 8,4 milhões (80% da população). Compradores online são 2,5 milhões (24% da população)
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O sucesso destes operadores não se baseia no preço, “mas na marca e na confiança de uma filosofia transparente, com fornecedores confiáveis”, como confirma Andreas Oerter, CPO da Redcoon.Trata-se, em última análise, de dar respostas ao cliente, “não com um e-mail estúpido que se envia para toda a gente, mas através de uma voz que lhe assegura que está alguém por detrás do ecrã a cuidar dele”, como alertava o fundador da Vente Privée. outro factor decisivo que transforma o negócio online não só como um canal de venda com enorme potencial de crescimento, mas também como uma alavanca fundamental da marca, com impacto directo nos resultados das lojas físicas: a tendência ROPO - “Research Online, Purchase Offline”- com a pesquisa a converter-se numa das principais e primeiras etapas no processo de tomada de decisão de compra. “Não será preciso muitas contas para entender a importância que a satisfação da pesquisa, através das plataformas digitais da nossa marca,
terá nos nossos resultados finais ou na luta de uma melhor quota de mercado face à concorrência”, sublinha João Paulo Peixoto. “Se um cliente não achar o que procura junto de nós, terá que recorrer a soluções alternativas e, em última instância, aos nossos concorrentes”. A transformação digital implica uma evolução no “back office”, através da implementação de novos processos e ferramentas IT, assim como na capacidade logística, que tem de ser ampliada de forma a poder assegurar entregas em 24 horas. Tem de haver
por pesquisa de informação na Internet e até 2017 este número irá aumentar para os 3,5 milhões (35% da população). O valor das compras B2C já alcançou os 2,4 mil milhões de euros (1,5% do PIB) e deverá aumentar para quatro mil milhões até 2017 (2,5% do PIB). As compras B2B e B2G já alcançaram os 36,7 mil milhões de euros (24% do PIB) e deverão crescer para os 69 mil milhões em 2017 (43% do PIB). Considerando todos os seus canais (B2C,B2B, B2G e ATM), o comércio electrónico vale 49 mil milhões de euros (31% do PIB). Portugueses têm perfil conservador em relação a compras online Mais de 84% dos consumidores portugueses nunca realizou uma compra online, seja por falta de hábito, desconhecimento, falta de segurança ou receio de serem burlados, ou porque preferem efectuar as suas compras em loja. Esta é principal conclusão do estudo “Portugal 2013: Cidadãos Digitais, Consumidores Analógicos” da GfK. Se a população portuguesa que utiliza a Internet, de forma regular, está a aumentar (51% em 2013 versus 47% em 2011), bem como o número de indivíduos que já efectuou compras e transacções online (16% em 2013 versus 2% em 2011), a realidade é que população portuguesa
mantém um perfil de consumo tendencialmente analógico. A população portuguesa divide-se quase equitativamente entre os utilizadores regulares de Internet (51%), que despendem em média uma hora online, e os que não utilizam este meio (49%). No que diz respeito às compras online, 84% dos indivíduos nunca realizou qualquer compra através deste canal, sendo que, destes, 48% não o faz por falta de hábito ou por desconhecimento, 26% por falta de segurança/ receio de serem burlados e, mais relevante, 23% porque prefere efectuar as suas compras
na loja e/ou ver o produto fisicamente. Dos 16% que já efectuou compras pela Internet, 40% já adquiriu roupa, calçado e acessórios, 23% viagens e/ou bilhetes de avião, 21% livros e CD’s de música, 21% equipamentos de telecomunicações e 20% bilhetes para espectáculos. A GfK realizou uma segmentação da população, identificando cinco perfis distintos. O grupo mais numeroso na população portuguesa são os Desligados (40%), indivíduos que não possuem um acesso à Internet em casa, nem os equipamentos necessários para aceder à mesma. Os Digitais Funcionais (35%) são cidadãos digitais, mas consumidores analógicos. Destacam-se também os Pró-Digitais (6%), cidadãos e simultaneamente consumidores digitais, com uma utilização diária da Internet de cerca de quatro horas e utilizadores de aplicações. Todos possuem smartphone, sendo o grupo no qual é também maior a penetração de tablets (28%). Foram ainda identificados os Digitais Experimentalistas (10%) que, tal como os anteriores, se assumem como cidadãos e consumidores digitais mas com um perfil de utilização menos intenso. E, finalmente, os Analógicos por convicção, indivíduos que apesar de possuírem um acesso à Internet em sua casa e os equipamentos para aceder a este canal, não o fazem por opção/desconhecimento.
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Online, um
nizações sem a formação e ou contratação de recursos especializados”, defende. Acordar para uma realidade perigosa antes que seja tarde No entender destes profissionais, é fundamental que os vários “players” acordem para a realidade “perigosa” materializada pela chegada de “pure players” fortes. Operadores que, no entender de Rui Lopes, levarão as lojas a definharem. “É preciso estar preparado para reagir para a hiper concorrência que não vemos, mas que atrai o consu14
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No caso da Fnac Portugal, que tem mais de 520 mil gostos na sua página de Facebook, as redes sociais servem para levar o cliente à loja, pois não privilegia esse canal para acções comerciais. Para a Worten, cuja página de Facebook tem mais de 700 mil gostos, são mais uma ferramenta de comunicação com o consumidor.
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um forte trabalho no alinhamento das políticas comerciais, para que a experiência oferecida online e offline seja consistente. Esta transformação passa também pela formação e recrutamento para a área digital, segundo pensa João Paulo Peixoto, para quem a aposta neste canal, como plataforma preferencial ou de crescimento global, passa por importar para dentro da empresa inteligência e recursos especializados no sector. “O negócio online tem características, processos, estratégias e métricas muito próprias que não podem ser cultivadas no seio das orga-
midor que ia às nossas lojas, e preparar as nossas organizações para o futuro. É isso que a Fnac está a fazer, ao alavancar o online para sobreviver e fazer crescer o offline”. O CEO da Vente Privée vai mais longe e dá como exemplo o retalhista de moda ASOS, um “pure player” que, acredita, irá abrir lojas em Regent Street, nos Campos Elísios, em Nova Iorque e Tóquio, e a Amazon, gigante do comércio electrónico que evoluiu da criação de um “marketplace”, onde os pequenos retalhistas podem actuar, para a criação de produtos. “Mais que
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O mercado online português continua a registar crescimentos, contrariando o cenário de crise que atravessa os sectores ditos tradicionais. No segundo trimestre, 72% dos sites de comércio electrónico em Portugal aumentaram o volume de vendas face a período homólogo , segundo o Barómetro Trimestral ACEPI/Netsonda “Comércio Electrónico em Portugal”. 65% dos sites inquiridos registaram um aumento do número de clientes e, destes, 27% viram o número de clientes crescer acima dos dois pontos percentuais. 14% registou um volume de vendas superior a um milhão de euros. Os resultados mostram ainda que 22% dos sites esperam manter o volume de vendas no trimestre seguinte e que aumentou o número de sites que considera que “o comércio electrónico vai manter o crescimento do ritmo das vendas” (16%). “O mercado online em Portugal tem evoluído da forma mais interessante possível”, concorda o consultor João Dionísio. “Já saltou a fase mais indiferenciada e descuidada do comércio e aproveitou o conhecimento que foi sendo formado na área, evitando erros e mal-entendidos que uma atitude mais voluntarista envolve. Neste momento as insígnias que apostam no comércio electrónico fazem-no de forma muito centrada nas necessidades dos clientes, o que mostra maturidade e respeito”. O director de projectos da Dendrite espera agora que os clientes respondam a essa postura, mas aqui ainda há, no seu entender, um grande caminho de “literacia electrónica” a percorrer em Portugal. “E esse será sempre um ponto a favor do crescimento deste tipo de solução”. Recorde-se que, de acordo com um estudo da GfK (ver caixa anterior), 84% dos portugueses nunca realizaram uma compra online, seja por falta de hábito, desconhecimento, falta de segurança ou receio de serem burlados, ou porque preferem efectuar as suas compras em loja. De acordo com o “Consumer Barometer” da Google, comparando o mercado português com o espanhol, verifica-se que existe uma enorme diferença para pior no que diz respeito ao acesso dos consu-
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m mercado em crescimento midores à Internet. “Realidade que condiciona todo o panorama online”, defende Carlos Ascenção, CEO da PWM e docente no IPAM. Segundo o especialista, 64% dos consumidores portugueses tem acesso à Internet, contra 76% em Espanha. Em Portugal só 45% dos consumidores tem banda larga; em Espanha são 65% e a diferença na penetração de dispositivos móveis também é expressiva (smartphones 32% em Portugal e 55% em Espanha e tablets 9% em Portugal contra 21% em Espanha). “Mas isto pode ser encarado pelo lado positivo. Há um enorme potencial de crescimento em Portugal”, acredita Carlos Ascenção. Os dados do Google atestam que o crescimento do mercado online no sector do retalho tem tido crescimentos médios anuais de 14%, podendo atingir os 55% de crescimento até 2016. “Nos anos mais recentes, o canal online da Staples em Portugal tem registado crescimentos médios de 15% ano, com uma perspectiva de crescimento a curto prazo alinhada com as médias globais do negócio online no retalho”, confirma João Paulo Peixoto, delivery director da Staples. E o que existe está, no entender de João Catalão, presidente da POPAI Portugal, alinhado com o que de bom existe. Principais perigos de estar “off” Não obstante, esta não é ainda uma realidade para todos. “Infelizmente ainda há empresas que não entendem que todas as possibilidades de “tocar” o cliente, são oportunidades para fazer acontecer. Desperdiçar o potencial do online é claramente uma má decisão”, lamenta João Catalão. No cerne desta questão está, muitas vezes, uma enraizada resistência à mudança, em que a condição humana nas empresas em muitos casos choca de frente com a evolução do mercado, sobretudo no que diz respeito ao negócio digital. “A resistência à mudança de
mentalidade, estratégia e foco, baseada em análises estritamente numéricas, históricas ou pelo receio de abrir portas para além das competências individuais, pode significar um atraso e perda de competitividade muitas vezes difíceis de recuperar”, alerta João Paulo Peixoto. Outro dos obstáculos prende-se, de acordo com este profissional, com a incapacidade de acompanhar a mudança do paradigma no processo de compra. “A própria crise financeira internacional, com um reflexo muito severo em Portugal, trouxe uma maior frieza na tomada de decisão, pois o peso de uma carteira vazia é um factor de inibição de atitudes consumistas. Assim, é fundamental às organizações ajustarem-se ao nível dos serviços, informação, canais, formatos e opções, preparando-se para clientes mais exigentes, menos pacientes e mais criteriosos”. Independentemente das naturais limitações demográficas e geográficas de Portugal, o sector do retalho tornou-se um negócio à
escala global. Para quem hoje inicia um negócio, a sua aspiração não pode ser meramente local, sob o risco de ser confrontando com uma oposição global assente em dinâmicas e volumes que permitem rapidez, eficácia e custos reduzidos. “Dependendo das propostas de valor e eficácia dos canais criados, muitas vezes os negócios acabam por florescer em públicos ou regiões menos esperadas, criando um efeito de disseminação que hoje é efectivo pelo suporte das plataformas digitais”, sublinha o responsável da Staples. O mercado online é, assim, um mar de oportunidades e de acesso muito democratizado. “É mais fácil ter um negócio online do que offline. Ter um site de “e-commerce” é muitíssimo mais simples e barato do que ter um estabelecimento de comércio”, acrescenta Carlos Ascenção. O maior perigo é, então, ficar “off”. “A visibilidade pode ser tão importante como a competência”, defende João Catalão. “O principal perigo é não perceber que o universo digital e o “e-comerce” não se esgotam em si mesmo, são apenas mais um canal de acesso aos clientes e que pode potenciar as vendas noutros canais”, reforça João Dionísio. Alguns conselhos para que as organizações tenham sucesso e preparem o futuro A formação e o recrutamento são apontados como um dos conselhos para que as organizações tenham sucesso na área digital. “Se parte da estratégia de uma organização é a aposta no canal digital, como plataforma preferencial ou de crescimento global, um dos primeiros passos e talvez um dos mais importantes, passa por importar para dentro da empresa inteligência e recursos especializados no sector” afirma João Paulo Peixoto. Tipicamente, empresas com esContinua na página seguinte
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O uso de “smartphones” com GPS e os “likes” do Facebook vão permitir desenvolver aplicações para a sugestão de compras nos pontos de venda físicos.
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de preço. “A criação do valor da marca é fundamental para a construção de valor afectivo, tal como acrescentar valor, oferecer sortido e ter disponibilidade de stock”, concorda Nuno Nascimento Rodrigues, director de Marketing e Online Portugal da Worten. Pelo facto da primeira vaga da Internet estar a terminar, chegou o tempo de regressar ao que se vende. “Para mim, significa o fim dos “pure players”, eles vão acabar”, sustenta o CEO da Vente Privée. “O futuro é multicanal
e “cross-channel”. A empresa norteamericana de roupa interior Spanx está nesse caminho, segundo avançou a sua CEO, Laurie Ann Goldman, no World Retail Congress. A Spanx sempre vendeu muitos produtos através do online, catálogo e canal “wholesale” e decidiu agora vender a sua marca, transformando o apreço dos clientes em quota de mercado. Por isso mesmo, em 2014, a Spanx, que veste desde celebridades norte-americanas ao cliente comum, vai abrir 20 novas lo-
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um operador de “e-commerce”, é hoje uma marca”, defende. A gigante do “e-commerce” posicionouse no lugar cimeiro (88,6 pontos) de um inquérito realizado em nove países pela OC&C. A empresa responsável por este estudo salienta que, historicamente, o factor confiança sempre foi o mais importante na construção da percepção dos consumidores sobre um retalhista e que este sempre foi o ponto forte da Amazon, que liderou pela sua ampla selecção de produtos e relação qualida-
A resistência à mudança de mentalidade, estratégia e foco, baseada em análises estritamente numéricas, históricas ou pelo receio de abrir portas para além das competências individuais, pode significar um atraso e perda de competitividade muitas vezes difíceis de recuperar.
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[ Tema de capa ] Continuação da página anterior
Online, um mercado em crescimento
jas. O ponto de venda físico irá permitir mostrar outros atributos que um catálogo não é capaz, como a qualidade dos tecidos e a forma como assenta no corpo do cliente, o que será fundamental para a criação de uma relação de
tratégias não vocacionadas para a área digital, que são confrontadas com a necessidade de uma mudança de mentalidade e reposicionamento no mercado, são obrigadas a colmatar a inexistência de know-how em estratégia digital com a criação de departamentos, cargos ou recurso a agências especializadas. Carlos Ascenção vai mais longe e pede para que as empresas não entreguem o marketing digital “ao informático lá da zona”. A gestão do online deve ser feita pelos responsáveis do marketing, com o envolvimento do topo e o apoio da informática. “Para isso é necessário que os gestores de marketing se reciclem. Os gestores de marketing que não estudem Webmarketing tornar-se-ão inúteis no curto prazo”, alerta o docente do IPAM. Carlos Ascenção aconselha a terceirizar, ou seja, entregar a empresas especialistas a gestão de canais específicos, como as redes sociais, o portal corporativo ou as campanhas online. “Quase todas as PME entregam a contabilidade a gabinetes externos, mas ainda há muitas empresas cujo gestor entregou ao sobrinho a gestão do “site” (incluindo aqui todas as funções de marketing digital), porque “ele tem jeito para a informática”, ou à mulher a construção do novo website, “porque ela tem bom gosto””, afirma. Da mesma forma que entregar a contabilidade a um contabilista é mais barato e eficaz do que fazê-lo dentro da empresa, “entregar, por exemplo, a gestão e manutenção duma campanha no Google a uma agência evita imensos desperdícios, bem como será certamente mais lucrativo”, aconselha o CEO da PWM. O alargamento de produtos, serviços e canais disponíveis ao cliente é apontado como outro conselho por João Paulo Peixoto. “Com a real globalização da oferta, concorrência internacional e acesso facilitado a uma infinita quantidade de soluções e produtos, é fundamental que as empresas rapidamente se ajustem para combater essa realidade, oferecendo
elas próprias aos seus clientes soluções e opções que satisfaçam a sua pesquisa e procura”. O alargamento das gamas de produtos, através da virtualização de stocks e sistemas de distribuição alargados, associado a serviços logísticos e operacionais de confiança, bem como a multidisciplinaridade de canais, formatos e opções de acesso, sejam eles físicos ou virtuais, serão decisivos para que o cliente continue a apostar nas suas marcas de confiança, vendo nelas a inovação e adaptação às novas necessidades. Segundo o profissional da Staples, é também necessário uma orientação à performance, teste e optimização. “A estratégia digital surge no contexto da crise económica e financeira mundial como um forte aliado nas estratégias de comunicação das empresas. Numa era em que os orçamentos de comunicação e marketing vão perdendo algarismos, o canal digital surge como uma ferramenta equilibrada, unindo a capacidade de chegar à audiência, eficácia e controlo de custos, que dificilmente podemos descartar. Estamos numa era de fazer mais por menos e, nesse sentido, as estratégias de orientação à performance, onde as organizações despendem apenas de acordo com os resultados conseguidos, são sem dúvida uma via incontornável para sucesso comunicacional”. A capacidade de atingir o alvo, de segmentar, de seleccionar os meios, de adaptar a mensagem, testar, medir e optimizar em tempo real são premissas que fazem dos canais digitais um dos principais veículos das estratégias de marketing nas empresas modernas. Carlos Ascenção foca o seu conselho exactamente na necessidade de analisar resultados, pois muitos gestores desconhecem o poder que podiam ter se usassem ferramentas online de estudos de mercado. “Com elas, poderiam decidir clara e inequivocamente entre comprar a marca A ou marca B. Ou decidir a melhor altura para lançarem uma campanha”. Já João Dionisio destaca a simplificação de procedimentos e a credibilização da relação com o cliente de forma a garantir experiência de compra satisfatória desde a encomenda até ao pós-venda.
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confiança. Até porque, segundo Laurie Ann Goldman, a complementaridade entre os dois canais, Internet e retalho, já foi confirmada: “nos mercados onde temos lojas, as vendas pela Internet disparam. É como se a loja lembrasse ao cliente de comprar pela Internet”.
Na hora de fazer as compras, a loja física ainda é o canal privilegiado (69%), comparativamente aos 28% que compram no website e 4% através do canal mobile.
fundamental nesta nova revolução digital que, para o responsável máximo da Fnac, representa “uma oportunidade única para os retalhistas tradicionais se rejuvenescerem e racionalizarem as suas empresas, restaurando a inovação e o crescimento”. Num estudo, realizado pela Universidade de Monash, quase dois terços dos entrevistados acreditam que as vendas através da Internet tornaram-se mais importantes no último ano, contudo o “bricks and mortar” continua a ser o canal mais importante para 68% dos retalhistas. Neste sentido, mais de metade dos inquiridos planeia aumentar a sua rede
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de lojas a um nível internacional. Em 2025, o consumo nos mercados emergentes mais que duplicará face aos valores de 2010, potenciado pelas tendências da urbanização e ascensão das classes médias. Estes consumidores dos mercados emergentes irão mais rapidamente adoptar as novas tecnologias e dispositivos inteligentes, como os smartphones, abrindo espaço para a expansão do digital a um ritmo mais célere do que o que ocorreu nos mercados desenvolvidos. “O crescimento do multicanal anda de braço dado com a globalização do retalho, equipando os negócios com a capacidade de distribuírem a nível mundial e acederem a novos consumidores e fontes de receitas”, defende o CEO do Carrefour. Ao mesmo tempo, materializa novos desafios trazidos por uma nova forma de concorrência, proporcionada pelos retalhistas “pure players”, como a Amazon, mas também pelas próprias empresas que vendem bens de consumo e que passam a disponibilizá-los directamente aos consumidores.
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Internet sim, mas loja física ainda é o canal mais importante Ora, se para Jacques-Antoine Granjon o “e-commerce morreu”, o mesmo não se poderá afirmar quanto ao hipermercado, formato de loja privilegiado pelo Grupo Carrefour, na opinião do seu chairman e CEO, Georges Plassat. “Os hipermercados não morreram. Mas os seus operadores terão de perceber que as lojas têm de ser interessantes, proporcionar uma experiência de compra agradável e responder às necessidades dos consumidores”. No entender do gestor, o futuro do retalho passará por uma evolução “clicks and mortar”: “ninguém irá comprar o seu litro de leite pela Internet”, sustentou Georges Plassat no World Retail Congress. O desafio das lojas será, no entanto, tornarem-se espaços mais atractivos e eficazes. Também Alexandre Bompard recusa terminantemente a ideia de que o retalho tradicional não tem condições de êxito nesta nova era multicanal. “Tem é de tomar decisões rapidamente porque o tempo urge e a concorrência é agressiva”. A loja física é assim um elo
O mercado online em Portugal tem evoluído da forma mais interessante possível para o consultor João Dionísio. Neste momento as insígnias que apostam no comércio electrónico fazem-no de forma muito centrada nas necessidades dos clientes, o que mostra maturidade e respeito.”
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6 meses em notícia Julho
Media Markt aposta no formato urbano A Media Markt abriu uma nova loja no coração de Madrid. A ideia subjacente é posicionar-se no centro da cidade, com 2.200 metros quadrados de exposição e uma agressiva política de preços em todos os produtos. Panasonic, Miele, Groupe Seb, Sony e Intel eleitos Fornecedores do Ano pela Euronics A Panasonic, a Miele, o Groupe Seb, a Sony e a Intel foram eleitos Fornecedores do Ano pela Euronics Internacional, durante o evento anual do grupo de compras, realizado em Talin, na Eslovénia. Panasonic compra participação na gorenje A Panasonic comprou uma participação de 13% na gorenje, um dos maiores fabricantes de electrodomésticos da Europa de Leste, numa estratégia para crescer nesta região. Expert compra lojas ProMarkt A Expert comprou ao grupo Rewe várias lojas ProMarkt, a sua divisão de electrónica de consumo, que o grupo alemão anunciou, no início do ano, pretender vender. Fnac abre loja no Aeroporto de Lisboa A Fnac inaugurou no Aeroporto de Lisboa a primeira loja especialmente dedicada aos que viajam de férias ou a negócios. Media-Saturn reestrutura cúpula directiva ibérica Ferran Reverter é o novo CEO da filial ibérica da Media-Saturn, substituindo no cargo Joachim Rösges, membro do comité executivo da Media-Saturn Holding, que foi nomeado para CEO da Media Media Markt S.p.A. em Itália. El Corte Inglés consegue refinanciar a sua dívida O El Corte Inglés conseguiu o aval das principais entidades financeiras espanholas para o refinanciamento e finalizou um acordo com os bancos credores para alargar o prazo de pagamento de uma dívida avaliada em 5.070 milhões de euros, em que quase metade vencia entre este ano e o próximo. 20
Setembro
Worten disponibiliza serviço de retomas A Worten colocou ao dispor dos seus clientes o serviço de retomas, através do qual os velhos equipamentos valem dinheiro. Kodak com aprovação judicial para sair da insolvência A Kodak recebeu aprovação judicial para sair do processo de insolvência como uma organização de muito menor dimensão, que se pretende especializar na área da impressão. Euronics nomeia novo director geral John Olsen é o novo director geral da Euronics e junta-se à equipa após passagem no fabricante de televisão TP Vision. PIXmania vendida a uma holding alemã A Dixons Retail recebeu uma oferta “irrecusável” da holding industrial alemã Mutares A.G. para a compra da PIXmania. Dyson processa Samsung por violação de patentes A Dyson iniciou acções legais contra a Samsung por infracção de uma das suas patentes. Sonae entra no negócio dos robots de cozinha A Sonae lançou a Yämmi, uma máquina de cozinha multifunções, que permite confeccionar qualquer tipo de refeição. IKEA começa a vender painéis solares no Reino Unido A IKEA começou a vender painéis sola-
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res nas suas lojas do Reino Unido e está a estudar outros mercados onde possa replicar esta iniciativa. Fnac elimina 180 postos de trabalho na área do disco A Fnac anunciou a eliminação de 180 postos de trabalho na área do disco em França, sector que perdeu perto de 60% em valor entre 2006 e 2012. Delhaize vítima de décadas de corrupção O grupo belga Delhaize confirmou que foi durante décadas vítima de corrupção interna. Um dos seus antigos dirigentes exigiu subornos aos empreiteiros que trabalhavam para o grupo de distribuição durante um período de 20 anos. Carrefour reorganiza direcção europeia O Carrefour reorganizou sua cúpula directiva a nível europeu. A direcção europeia deixa de existir, coincidindo com a saída de Thomas Hübner, actual director executivo do Carrefour Europa. eBay responde aos cacifos da Amazon O eBay estabeleceu uma parceria com a Argos para testar um serviço “click & collect”. Uma resposta aos cacifos da Amazon, já que os clientes que comprem artigos de parceiros seleccionados do eBay poderão recolhê-los nas lojas Argos espalhadas pelo Reino Unido. Auchan testa serviço de partilha de viaturas no Drive O Auchan introduziu um serviço de partilha de viaturas
para o seu Drive de Nantes, em que os clientes podem relacionar as suas encomendas, partilhar viaturas no levantamento e receber um voucher que pode ser descontado na encomenda seguinte. Tesco lança o seu próprio tablet A Tesco lançou o seu próprio tablet. Chamado Hudl, funciona com a última versão do Android, tem um processador de 1,5 gigahertzs, ecrã HD e memória expansível. Staples e RadioShack removem cacifos da Amazon das suas lojas A Staples e a RadioShack retiraram os cacifos de recolha de produtos encomendados à Amazon das suas lojas. Decisão tomada um ano depois deste programa se ter iniciado e motivada pela cada vez maior concorrência com o maior player mundial de comércio electrónico. Trony reabre lojas Fnac em Itália As lojas Fnac de Milão, Turim, Verona, Génova e Nápoles reabriram graças ao Grupo DPS (Trony) que, através da sua subsidiária FRC, avançou para o aluguer destes cinco pontos de venda estratégicos. Media Markt testa entregas de táxi A Media-Saturn está a testar um novo esquema de entregas que prevê aos clientes que comprem nas suas lojas ou online ter os produtos entregues na sua casa através de táxi. Dixons mostra conceito de loja do futuro A Dixons Retail
Leia o desenvolvimento de todas estas notícias em www.rmelectro.com
abriu uma nova loja Travel no aeroporto de Gatwick, no Reino Unido, que foi comunicada como a sua loja do futuro. Tesco sai definitivamente dos EUA A Tesco chegou a acordo com o grupo de investimento Yucaipa para a venda das suas operações norteamericanas, a cadeia Fresh & Easy. Fnac lança novos espaços dedicados aos objectos ligados Após o lançamento dos espaços dedicados aos pequenos domésticos e ao universo infantil, a Fnac apostou nos objectos ligados para renovar a sua oferta e compensar o declínio dos seus mercados tradicionais. Intermarché propõe aluguer de longa duração de electrodomésticos O Intermarché criou em França o serviço UZit, que propõe o aluguer de longa duração de electrodomésticos e tecnologia. Panasonic retira-se do mercado de smartphones A Panasonic retirou-se definitivamente do mercado de smartphones e decidiu focar-se no seu negócio internacional e potenciar as suas divisões de saúde e eficiência energética. El Corte Inglés tem novo director geral Dimas Gimeno Álvarez, sobrinho do actual presidente, Isidoro Álvarez, é o novo director geral do El Corte Inglés.
Outubro
Worten fecha mais uma loja em Espanha A Worten fechou uma loja em Albacete. O ponto de venda, com 2.587 metros quadrados, situado no centro comercial Los Llanos, foi encerrado por não se ter chegado a acordo com a empresa proprietária do imóvel quanto ao valor do aluguer. DIA abre nova insígnia Clarel é a nova insígnia do grupo DIA, especialista no cuidado pessoal e do lar, sob a qual se vão remodelar as 1.130 lojas Schlecker em Portugal e Espanha adquiridas em Fevereiro. Philips cancela transferência do negócio de áudio, vídeo, multimédia e acessórios para a Funai A Philips cancelou o acordo para transferir o negócio de áudio, vídeo, multimédia e acessórios para a Funai, após uma violação do contrato. Governo aprova nova lei sobre práticas restritivas no comércio O Conselho de Ministros aprovou um novo regime jurídico aplicável às práticas individuais restritivas do comércio. Nespresso abre primeira loja automatizada O terminal 1 do aeroporto de El Prat, em Barcelona, acolheu a primeira boutique automatizada Nespresso Cube. Um grande cubo transparente, que permite ver uns braços robóticos a preparar os pedidos dos clientes. Agriloja abre 1.ª loja nos Açores A Agriloja abriu em São
Miguel a sua primeira loja nos Açores. Estreia no arquipélago que marca também a introdução de uma nova secção nos pontos de venda do grupo, a Mercearia. Amazon começa a expedir a partir dos armazéns da Procter & Gamble A Amazon estabeleceu uma parceria com a Procter & Gamble (P&G) e outros grandes fornecedores e vai começar a expedir directamente a partir dos seus próprios armazéns.
Novembro
Haier deixa Fagor sem nenhuma opção na Polónia A Haier pôs termo à sua aliança com a Fagor na Polónia, pelo não cumprimento de uma série de condições estabelecidas no acordo subscrito em Setembro passado. FTC aprova fusão da OfficeMax e da Office Depot A Federal Trade Commision (FTC), organismo norte-americano competente em material de concorrência, deu luz verde à fusão, no valor de 1,2 biliões de dólares, entre a OfficeMax e a Office Depot.
Costco detalha planos de expansão internacional A Costco está a preparar a sua entrada em Espanha, com duas aberturas na Primavera e no Verão de 2014.
Auchan aposta em insígnia de produtos para o lar O Grupo Auchan apostou na Little Extra, a sua insígnia especializada em mobiliário e produtos para o lar de baixo preço.
Aldi entra na “guerra” do café em cápsulas A Aldi entrou no negócio do café em cápsulas e lançou, no mercado alemão, uma gama duas vezes mais barata que a da Nespresso e máquinas que a imprensa local diz terem qualidade comparável.
Fagor declara insolvência A Fagor Electrodomésticos apresentou no Tribunal Comercial de San Sebastián a sua declaração de insolvência, após ter falhado na conclusão de um acordo de financiamento que lhe permitisse implementar o seu plano de reestruturação. A partir de agora, será o tribunal a decidir o que irá acontecer à empresa. Caso não seja possível alcançar um acordo com os credores, a empresa entra em liquidação.
Sonae inaugura primeira loja no Qatar A Sonae alargou a sua presença internacional com a inauguração da primeira loja Zippy no Qatar. CTT e Worten estabelecem acordo para operação ibérica de transporte pós-venda Os CTT e a Worten estabeleceram um acordo aplicável a todo o território ibérico para a prestação de serviços de transporte de suporte às actividades de pós-venda, extensível a várias insígnias da Sonae SR.
Auchan lança marca própria de electrónica A Auchan anunciou uma nova marca própria de electrónica de consumo, a Qilive. Panasonic anuncia o fim da produção de painéis de plasma A Panasonic agendou o fim da produção de ecrãs de plasma em Dezembro. Euronics leva serviço de banda larga via satélite para as principais ruas da Alemanha A Euronics uniu-se à Eutelsat Communications, e ao seu parceiro getinternet, levando a banda larga via satélite para as principais ruas da Alemanha, para consumidores ainda fora do alcance de uma experiência de banda larga com qualidade.
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MOMENTOS Electro
IX Encontro AGEFE
Entrega dos prémios EISA 2013/2014
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XXIII Encontro Anual de Parceiros da JCFS
Apresentação do Sport Clube Lusitânia Basquetebol
Convenção Vulcano 2013
Indesit no Giro 2013
Apresentação do LG Multi V IV
Worten abre centro HP
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Electrodomésticos - Produto
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Vulcano reúne parceiros na apresentação das novidades 2013/2014 A Vulcano organizou em Outubro um evento de apresentação dos novos produtos 2013/2014 aos parceiros e clientes. Com o tema 360º: o seu grau de confiança, cerca de 500 pessoas reuniram-se no Pátio da Galé, em Lisboa. João Fernandes, director comercial do Grupo Bosch, destaca que o evento permitiu reforçar o compromisso com os clientes, ao apresentar novas soluções com um grau de eficiência e poupança ainda mais elevados.
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enso que os novos produtos apresentados irão certamente fazer a diferença e marcar o próximo ano, consolidando a Vulcano como uma marca portuguesa de referência, defendeu João Fernandes. Recorde-se que, desde 1985, a Vulcano é líder do mercado nacional de esquentadores, com uma quota acima de 50%. O seu centro de investigação e desenvolvimento, criado em 1993, funciona como uma incubadora de ideias que tornam esta empresa numa das mais inovadoras do seu sector em todo o mundo. A unidade de Aveiro é a terceira produtora, a nível mundial, de esquentadores e o centro de competências do grupo Bosch para a água quente sanitária. Este encontro teve como objectivo
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aproximar os clientes e parceiros do universo Vulcano, ao mesmo tempo que foram apresentadas as principais novidades que serão lançadas nos próximos meses nos segmentos de esquentadores, bombas de calor para aquecimento de águas sanitárias, solar térmico, caldeiras e ar condicionado. Na gama de esquentadores, a Vulcano revelou o novo Sensor Compacto, que oferece o maior valor de rendimento de 40
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Tendências de mercado
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Desde 1985, a Vulcano é líder do mercado nacional de esquentadores, com uma quota acima de 50%. O seu centro de investigação e desenvolvimento, criado em 1993, funciona como uma incubadora de ideias que tornam esta empresa numa das mais inovadoras do seu sector em todo o mundo. A unidade de Aveiro é a terceira produtora, a nível mundial, de esquentadores e o centro de competências do grupo Bosch para a água quente sanitária. um esquentador do segmento doméstico (94%) e que se caracteriza pela sua versatilidade, uma vez que é um equipamento de exaustão estanque que funciona igualmente como ventilado.
Dentro da gama de bombas de calor para aquecimento de águas sanitárias, a Vulcano apresentou o modelo AquaEco de segunda geração, com um novo nível de eficiência até 430%. Esta João Fernandes, director comercial do Grupo Bosch
permite poupanças de cerca de 70%, comparativamente a outros sistemas eléctricos de aquecimento de água, destacando-se ainda pela capacidade de armazenamento de 270 litros. Sendo uma das grandes apostas da marca, a Vulcano deu também a conhecer o novo colector solar da gama PremiumSun FKT-2, que se diferencia por ser um painel selectivo em alumínio/cobre, com um rendimento mais elevado mesmo em situações de pouca radiação solar. Na área das caldeiras, a Vulcano irá introduzir uma nova gama de caldeiras de chão a lenha (AquaSolid) em ferro fundido e com a maior boca de alimentação do mercado. Modelos que se distinguem por poderem ser instalados como única fonte de calor ou combinados com outras fontes existentes, como o gás e o gasóleo, alternando o consumo de acordo com a necessidade. Finalmente, no segmento de ar condicionado, a Vulcano deu a conhecer a sua gama agora com classificação A++, superando assim a normativa europeia de etiquetagem energética imposta para 2013.
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Mercado - Tendências de mercado
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Consumidores e retalho rendem-se ao aluguer de electrodomésticos Motivados por um cenário económico muito degradado e que tem afectado, sobremaneira, os orçamentos familiares, os consumidores têm adoptado diferentes tácticas para “esticar” os rendimentos disponíveis. Face à compra, o aluguer ainda não é uma realidade afirmada, mas está a expandir-se, sobretudo nos artigos que apenas se utilizam esporadicamente. Mas não só: 12% por cento dos portugueses manifesta-se interessado em alugar os electrodomésticos, em detrimento da compra, indo ao encontro de uma tendência europeia que insígnias como o Intermarché e a Fnac já trataram de responder.
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80 hipermercados Intermaché de França. Quanto maior for o período de aluguer, mais baixo o preço da subscrição. De acordo com o Intermarché, o serviço UZ’it tem por objectivo “permitir aos clientes o acesso a bens de consumo de nova geração, sem se preocuparem com a sua depreciação, riscos de avaria ou substituição”. A assistência técnica é, de resto, um dos argumentos mais convincentes, com o Intermarché a prometer a intervenção no mais breve espaço de tempo. Este tipo de serviço foi já também proposto pela Fnac em algumas das suas
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serviço ainda não foi disseminado no mercado português mas é já uma realidade em França, por exemplo, para operadores como Intermarché, Fnac ou a Boulanger. A iniciativa mais recente, e expressiva, é a da insígnia do grupo Os Mosqueteiros aderiu o serviço UZ’it e propõe o aluguer de longa duração de electrodomésticos e tecnologia. Os artigos, que podem ser alugados através de subscrição mensal, têm um valor mínimo de 350 euros. Os alugueres são por períodos de dois e cinco anos e estão disponíveis em 52 dos
De acordo com o Intermarché, o serviço UZ’it tem por objectivo “permitir aos clientes o acesso a bens de consumo de nova geração, sem se preocuparem com a sua depreciação, riscos de avaria ou substituição”. A assistência técnica é, de resto, um dos argumentos mais convincentes, com o Intermarché a prometer a intervenção no mais breve espaço de tempo.
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lojas. Ambas as ofertas – Intermarché e Fnac – têm como parceiro a Évollis, que está também a testar este tipo serviço com uma loja E.Leclerc. Ao aluguer junta-se uma opção de compra do produto em causa pelo valor residual. A assistência técnica é assegurada pela Évollis, durante a vigência do contrato, assim como a recuperação do produto no final, caso o cliente decida não ficar com o equipamento. Grande potencial de crescimento A viragem para este novo modo de consumo é delicada, sobretudo porque implica uma efectiva mudança de mentalidades, mas promissora. O site Lokéo (www.lokeo.fr), fundado em 2009, tem conhecido crescimentos na ordem dos 30% a 40% e isto sem ter ainda investido em comunicação. Segundo o seu fundador, Fréderic Caymaris Moulin, a empresa regista cerca de 500 novos contratos por mês e tem já seis mil
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Mercado - Tendências de mercado
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O aluguer responde, sobretudo, às expectativas de dois grupos de consumidores: por um lado, os lares com maiores dificuldades financeiras e, por outro, os consumidores mais esclarecidos e com fobia de recorrer ao crédito.
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O site Lokéo (www.lokeo.fr), fundado em 2009, tem conhecido crescimentos na ordem dos 30% a 40% e isto sem ter ainda investido em comunicação. Segundo o seu fundador, Fréderic Caymaris Moulin, a empresa regista cerca de 500 novos contratos por mês e tem já seis mil clientes. Em 90% dos casos, os contratos são renovados.
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clientes. Em 90% dos casos, os contratos são renovados. Com o cunho do grupo HTM, casa-mãe da Boulanger, a Lokéo propõe fórmulas de aluguer de média e de longa duração em electrodomésticos e produtos de imagem e multimédia. De acordo com a empresa, “o aluguer permite usufruir dos produtos sem os inconvenientes associados à compra e propriedade, com a grande vantagem para o consumidor de não ter de investir em equipamentos que rapidamente ficam ultrapassados”. Numa solução chave-na-mão, o serviço
inclui tudo, desde a entrega à instalação, aconselhamento, serviço de assistência técnica e troca em caso de avaria, sem que sejam cobradas tarifas adicionais. O catálogo compõe-se de 600 referências, em permanente renovação, com a Lokéo a garantir ter as grandes marcas, os produtos mais eficientes em termos energéticos e todas as tecnologias e
funcionalidades que facilitam a vida dos clientes. Nascida com a crise, esta alternativa de consumo parece ter vindo para ficar. Um estudo do gabinete de consultoria Altavia, especializado na área do “e-commerce”, vai no mesmo sentido de um do Observador Cetelem e confirma a conversão dos consumidores ao uso de equipamentos,
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equipamento. Uma fatia interessante que será seguramente disputada quer por operadores “pure player”, como a Lokéo, quer pelos retalhistas, mas também pelos particulares. Para a consultora Altavista, o retalho terá todo o interesse em disponibilizar este tipo de oferta que, apesar de menos rentável no curto prazo, permite fidelizar mais clientes do que a venda.
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A Évollis antecipa que o aluguer possa representar 5% a 10% do mercado de bens de equipamento. Uma fatia interessante que será seguramente disputada quer por operadores “pure player”, como a Lokéo, quer pelos retalhistas, mas também pelos particulares. Para a consultora Altavista, o retalho terá todo o interesse em disponibilizar este tipo de oferta que, apesar de menos rentável no curto prazo, permite fidelizar mais clientes do que a venda.
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em detrimento da compra. Num inquérito realizado junto de 1.200 pessoas, 59% indicou que a tendência para o aluguer irá manter-se. Nathan Stern, sociólogo especialista em economia colaborativa na Altavia, explica que o aluguer responde às necessidades dos lares de evitar os picos de tesouraria nos seus orçamentos já esmagados, mas também a obsolescência tecnológica. Xavier Pinse, director da Évollis, acrescenta que o aluguer responde, sobretudo, às expectativas de dois grupos de consumidores: por um lado, os lares com maiores dificuldades financeiras e, por outro, os consumidores mais esclarecidos e com fobia de recorrer ao crédito. Tendo por base este universo, a Évollis antecipa que o aluguer possa representar 5% a 10% do mercado de bens de
Nos próximos anos, diria que prefere poder alugar em vez de comprar os produtos seguintes?
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(em %, média 12 países)
30 25 20 15 10 5 0
Vestuário, Eletrodomésticos sapatos, acessórios
TV, hi-fi, informática, produtos tecnológicos
Fonte: O Observador Cetelem 2013
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Decoração, mobiliário
Viaturas, duas rodas
Equipamentos desportivos/ lazer
Material bricolagem, jardinagem
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Mercado - Dados de mercado
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR
2012: fusões, separações,
encerramentos e perda de vendas no retalho de electrónica
O sector da electrónica de consumo continua a ressentir-se, e muito, do difícil clima económico e de um ambiente competitivo cada vez mais exigente. No ano passado, as receitas dos 20 maiores retalhistas de electrónica e “office” (EEO) caíram 1% comparativamente ao exercício anterior, de acordo com os novos “rankings” publicados pelo Planet Retail.
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ano de 2012 fica marcado por algumas mudanças na lista das maiores empresas, provocadas, em parte, por vários movimentos de consolidação e alianças estratégicas entre os “players” do sector. Uma das grandes novidades deste “ranking” comparativamente com o do exercício 2011/2012 é a inclusão da E-square, entidade criada a partir da fusão entre dois importantes grupos de compras europeus, a Electronic Partner e a Electronic Domestic Appliances. Estes dois grupos já figuravam entre os 20 maiores retalhistas do sector no ano passado e viram, assim, reforçada a sua posição, dotando, através desta fusão, as lojas independentes que os compunham de um acrescido poder de negociação.
O fim da parceria entre a Best Buy e a Carphone Warehouse consolida a saída da maior retalhista mundial de electrónica de consumo da Europa. O último ano e meio tem sido, de resto, fértil em encerramentos de operações. Fruto destes movimentos, a Darty deixa de figurar no Top 20.
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Mas a fusão dos dois grupos de compras europeus não foi a única a registar-se. Nos Estados Unidos da América, os dois maiores concorrentes da Staples, Office Depot e OfficeMax, também se uniram em Fevereiro deste ano, negócio recentemente aprovado pelos accionistas e que, certamente,
provocará alterações nos “rankings” do próximo ano. Se uns se aliam, outros enveredam por caminhos distintos. A Best Buy e a Carphone Warehouse anunciaram o fim da sua parceria de cinco anos para o mercado europeu. Curiosamente, pouco tempo depois deste anúncio, o Grupo Metro e a Carphone Warehouse comunicaram uma aliança estratégica para o desenvolvimento de quiosques “store-in-store” para a venda de telecomunicações nas lojas Media Markt e Saturn. O fim da parceria entre a Best Buy e a Carphone Warehouse consolida, também, a saída da maior retalhista mundial de electrónica de consumo desta geografia. O último ano e meio tem sido, de resto, fértil em encerramentos de operações, sobretudo por parte de operadores europeus. Fruto destes movimentos, a Darty, anteriormente conhecida por Kesa Electricals, deixa de figurar no Top 20. A venda da sua cadeia Comet no Reino Unido, no final de 2011, e das suas operações em Itália, no culminar de 2012, reflectiu-se nas contas da Darty e foi decisiva para
Mercado - Dados de mercado
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Os retalhistas com operações no mercado chinês estão, também, a sentir mais dificuldades, à medida que o consumo neste país começa a desacelerar. É neste âmbito que se enquadra a saída da Media Markt desta geografia e o abandono da chinesa GOME do mercado de Hong Kong para se concentrar na actividade doméstica.
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este afastamento. Em contrapartida, um dos seus grandes concorrentes, a Dixons Retail, aproveitou o espaço deixado pela Comet no mercado britânico, para fazer crescer os seus resultados no ano fiscal de 2012. Contudo, nem tudo tem sido um “mar de rosas” para este retalhista, com a sua operação PIXmania a figurar como um valente espinho. No início deste ano, foram fechadas as lojas físicas que a retalhista online possuía nos mercados francês, português, espanhol e belga e confirmou-se o abandono das opera-
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ções online em 12 dos 24 mercados onde a PIXmania estava presente. E seguiu-se a sua venda, ao grupo alemão Mutares. A Europa está, de facto, a ser fortemente afectada pela crise económica e a penalizar os retalhistas aqui sediados, mas no Japão a situação não é muito melhor. Um quarto dos que figuram no Top 20 de 2012 são japoneses e foram todos “castigados” pelas fracas vendas registadas no seu mercado doméstico. Neste sentido, quatro “players” caíram no “ranking”, sendo a Edion a única a conseguir manter a sua posição. Os retalhistas com operações no mercado chinês estão, também, a sentir mais dificuldades, à medida que o consumo neste país começa a desacelerar. É neste âmbito que se enquadra a saída da Media Markt desta geografia e o abandono da chinesa GOME do
Mercado - Dados de mercado
mercado de Hong Kong para se concentrar na actividade doméstica. Liderança ameaçada A liderança deste “ranking” está, há já vários anos, entregue à norte-americana Best Buy, que em 2012 gerou
20 maiores retalhistas de electrónica e “office” Empresa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Best Buy Grupo Metro Apple Expert Staples Yamada Denki Euronics Dixons Retail E-square Suning Casino GOME Office Depot K’s Holdings Yodobashi Camera Edion Dell Bic Camera OfficeMax Harvey Norman
N.º de pontos Vendas em 2012 Vendas em 2017 (em milhões (previsão em milhões de venda de dólares) de dólares) em 2012 4.379 942 395 8.483 2,215 4.544 11.509 1.324 11.366 1.705 971 1.679 1.674 391 21 1.183 107 983 291
Fonte: Planet Retail
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48.491 32.713 28.945 28.369 26.262 25.092 21.624 15.794 15.756 15.059 13.413 12.821 11.597 9.986 9.590 9.510 7.019 6.817 6.531 6.502
43.490 39.406 55.315 33.967 26.706 31.177 25.254 17.432 17.833 21.411 17.969 14.281 10.874 10.395 10.291 9.621 5.984 9.570 6.053 7.117
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vendas no valor de 48.491 milhões de dólares. Nos últimos anos, contudo, a maior retalhista de electrónica do mundo tem vindo a apresentar fracos resultados, particularmente no seu mercado doméstico. O novo CEO da empresa, Hubert Joly, já manifestou publicamente que quer dar a volta à situação, numa estratégia que, entre outros aspectos, ditou o fim da parceria com a Carphone Warehouse, que durou apenas cinco anos, e a saída da retalhista norte-americana do mercado europeu. Esta decisão irá, no entender do Planet Retail, reflectir-se nas contas da Best Buy já no próximo ano e
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Actualmente na terceira posição dos “rankings” do Planet Retail, a Apple gerou, em 2012, vendas no valor de 28.945 milhões de euros, a partir de 395 lojas, feito que sobressai ainda mais se se tiver em consideração que o total das vendas da Best Buy resultou de mais de quatro mil pontos de venda. A manter-se este ritmo de crescimento, a Apple arrisca-se mesmo a assumir a liderança em 2017.
as previsões são mesmo de que os seus resultados continuem a afundar até 2017. O Planet Retail antecipa que dentro de quatro anos, a sua facturação caia para os 43.490 milhões de euros, o que poderá significar a entrega da liderança à Apple.
A tecnológica tem vindo a crescer rapidamente, impulsionada pela expansão internacional, particularmente para os mercados emergentes, como o chinês. Actualmente na terceira posição dos “rankings” do Planet Retail, a Apple gerou, em 2012, vendas no valor
de 28.945 milhões de euros, a partir de 395 lojas, feito que sobressai ainda mais se se tiver em consideração que o total das vendas da Best Buy resultou de mais de quatro mil pontos de venda. A manter-se este ritmo de crescimento, a Apple arrisca-se mesmo a assumir a liderança em 2017, com as suas vendas a alcançarem os 55.315 milhões de euros. Os resultados que têm vindo a ser alcançados pela Apple estão também a motivar outros fabricantes de electrónica de consumo a entrar no jogo do retalho através da abertura de lojas próprias, nomeadamente a Samsung, a Microsoft e a Sony. Com cada vez mais “players” a disputar uma fatia deste exigente e difícil mercado, outros retalhistas que hoje figuram no Top 20 serão, certamente, afectados. Como resposta, estes retalhistas estão a evoluir o “layout” das suas lojas, assemelhando-as, cada vez mais, às “department stores”. Uma estratégia que começou, há já vários anos, com “shop-in-shops” da Apple e que se estende agora a outras propostas. Texto gentilmente cedido pela Grande Consumo
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Mercado - Tendências de mercado
] Texto: Carina Rodrigues
Haier ultrapassa Whirlpool como maior fabricante mundial de electrodomésticos
Os volumes de vendas de grandes electrodomésticos irão crescer globalmente 4% em 2013. O motor deste crescimento é a China, que tem uma grande quota-parte no acréscimo de 61% atribuído à região da Ásia-Pacífico. Neste contexto, revela um estudo da Euromonitor International, não surpreende que a Haier ultrapasse a Whirlpool como maior fabricante mundial de electrodomésticos em volume.
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or detrás deste crescimento robusto de 4% está, contudo, uma história feita de capítulos díspares. Na Europa de Leste espreita-se a luz ao fundo do túnel, com a região a emergir em 2013 como a mais dinâmica e as vendas a regressarem aos níveis pré-recessão, catalisadas pelo mercado russo. Na América Latina, o Brasil é o grande “culpado” das vendas de electrodomésticos crescerem perto de 4%, metade do desempenho de 2012, em virtude do fim dos programas governamentais com incentivos fiscais à compra destes produtos. Mesmo assim, em valor, esta região brilha com um crescimento de 8%. Na região de África e Médio Oriente, apesar do desempenho negativo do mercado egípcio, o crescimento na África do Sul e Marrocos contribui para uma evolução saudável de 4%. Entretanto, na Europa Ocidental permanecem as dificuldades de sempre e esta região não regressa aos crescimentos. Nos pequenos domésticos, 2014 vai inaugurar um período de cinco anos onde a consultora espera crescimentos polarizados. Por um lado, nas regiões emergentes, os produtos de tratamento do ar irão catalisar o mercado, com as vendas de ar condicionado split a registarem, em 2017, um crescimento recorde nas regiões da Ásia Pacífico, América Latina e Europa de Leste. Na América do Norte, a preparação de alimentos irá ter a sua maior subida em valor, com as máquinas de café a representarem 15% deste desempenho. Já na Europa Ocidental, as vendas de aspiradores contribuirão para 35% do crescimento até 2017, sobretudo devido aos modelos cilindro. Em termos de produção, 2013 finaliza com um aumento de 3% no que toca o fabrico de grandes domésticos, 90% com origem na região da Ásia-Pacífico. Depois da China, a Indonésia regista o maior crescimento desta região, embora ainda não represente mais que 1% da produção mundial. Um misto de processos de expansão e deslocalizações beneficiou o novo fôlego produtivo no Brasil, Turquia e Polónia, com a Itália a manter-se como o maior perdedor. Após ter perdido 50% da sua produção anual entre 2006 e 2012, o país que já foi o terceiro maior produtor do mundo perdeu mais dois milhões de unidades em 2013 e representa, actualmente, apenas 3% da produção mundial. 34
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Em 2013, as vendas de electrodomésticos irão crescer em todas as regiões, excepto na Europa Ocidental. Contudo, no próximo ano, esta região deverá inverter o ciclo negativo e ter um exercício saudável. Uma grande tendência de 2014 é a mudança do luxo para a necessidade. Os consumidores dos mercados emergentes vão comprar cada vez mais equipamentos que eram tradicionalmente considerados muito caros, como os aspiradores, os purificadores de ar (que cresceram 13% em 2013) e as máquinas de café. O encastre inicia em 2014 um período de crescimento que se prolongará até 2018. Em 2013, a China lidera em termos de volume, seguida dos EUA. Contudo, o maior crescimento é atribuído à Índia, onde a maior disponibilidade de rendimentos está a motivar as compras de encastre. A cocção está a ter o melhor desempenho entre as várias categorias (em volume). Bosch& Siemens e Electrolux AB lideram globalmente, embora a Haier tenha registado o maior crescimento de 2013 graças ao seu domínio na China. Os BRICS serão o motor do crescimento nos pequenos domésticos a partir de 2014 e a Internet o canal onde estes produtos mais irão crescer. Isto deve-se ao baixo valor unitário dos pequenos domésticos e à crescente aposta, por parte do retalho, das estratégicas multicanal.
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Mercado - Tendências de mercado
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR
Do “hard” ao “smart discount”
Uma acesa disputa rumo à “Pole Position”. Tal como na prova rainha da competição automóvel, também no “discount” a corrida para o primeiro lugar do ranking da categoria se faz de forma acesa e intensa. Aldi e Lidl são os intervenientes de uma disputa que vai muito além do mercado de origem – Alemanha – com a excelência das operações, com vendas de muitos milhões de euros, a serem dignas de uma análise mais aprofundada. Proposta que lhe apresentamos nesta viagem desde o “hard” ao “smart discount” e que, no caso, português, já leva a que 50% dos produtos existentes em cardex seja adquirido no mercado nacional.
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comportamento dos consumidores e uma potencial retoma económica irão modelar o mercado retalhista após anos de crescimento estagnado e quedas de vendas, à luz da crise financeira mundial. Três canais estão, contudo, segundo um estudo da IGD, a posicionar-se como motores dos crescimentos vindouros nos próximos cinco anos: as lojas de conveniência, o online e o “discount”. As primeiras ganharam uma renovada popularidade em virtude da sua aposta na oferta de valor, propondo aos clientes promoções à sua medida e investindo fortemente nas suas marcas próprias. No futuro, estes operadores poderão encontrar novas oportunidades de crescimento se fortalecerem as suas parcerias locais e desenvolverem as suas funcionalidades de “click & collect”, beneficiando do bom momento de outro dos canais que se perfila como um dos motores do crescimento: o online. De acordo com a IGD, a Internet será o canal que mais irá crescer até 2018, no seguimento dos fortes investimentos que os retalhistas estão a fazer nesta área. Porém, a mudança mais assinalável no comportamento dos consumidores, desde o início da crise, tem sido o seu crescente entusiasmo com os formatos “discount”. Se, numa fase inicial, eram os seus preços baixos 36
que atraíam os consumidores, agora é a qualidade da sua oferta que os está a tornar numa alternativa popular aos outros canais de retalho. Ao ponto de que mesmo que as circunstâncias económicas melhorem, estas lojas dificilmente perderão os seus clientes actuais. Do “hard” para o “smart discount” Olhando para o “berço” deste conceito de retalho, o mercado alemão, conseguem-se detectar algumas tendências que estão a contribuir para o reforço da popularidade do “discount”. “Não obstante estarem perto de atingir
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um ponto de saturação, em termos de crescimento pela via de abertura de novos pontos de venda, estes operadores têm vindo a reinventar-se, na busca de novas soluções e fontes de receitas. Estratégias que se têm provado acertadas, como comprovam os 42% de quota do “discount” no conjunto do retalho de base alimentar alemão”, confirma Emily O’Neill, consultora na IGD. Uma das estratégias seguida pela generalidade dos operadores da categoria é a maior aposta nos produtos de saúde e beleza. A saída da Schlecker do mercado alemão em 2012 abriu
Lidl em Portugal
Com vendas estimadas de 1,32 mil milhões de euros no mercado português, o Lidl lidera entre os operadores de “discount”. Em termos do mercado de retalho de base alimentar, a sua quota é, segundo o Planet Retail, de 7%. No ano passado, Portugal foi o 13.º mercado, ao nível das vendas, para o Grupo Schwarz. Em 2012, havia 23 lojas Lidl por cada um milhão de habitantes no país. Actualmente, o retalhista possui 243 lojas em Portugal, rede bem mais extensa que a do seu rival Aldi. Contudo, esta rede de lojas está longe de estar completa. O Planet Retail indica que até 2018 poderão somar-se mais 41 pontos de venda, tantos quantos os que o Aldi abriu em sete anos. Neste sentido, o Lidl tem previstos alguns investimentos para o país. Este ano destinou 45 milhões de euros para a remodelação de lojas e melhoria das suas infraestruturas. Deste montante, 15 milhões de euros foram canalizados para a construção da nova sede em Sintra, que deverá estar operacional em 2014.
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Lidl: supermercado da classe média A rede do Lidl estende-se da Lapónia às Canárias. Durante muitos anos, o
Grupo Schwarz foi dos que mais cresceu em termos de rede de lojas mas a sua expansão é agora mais lenta, em virtude da consolidação em muitos mercados. Em contrapartida, o foco está presentemente colocado na melhoria dos pontos de venda já existentes e numa maior produtividade por loja, o que tem reduzido o intervalo entre o crescimento do número de lojas e o das vendas. O Planet Retail contabiliza que, entre 2007 e 2012, a rede de lojas do Lidl tenha crescido 4,7%, enquanto as suas vendas subiram 7,5%. As estimativas para os cinco anos seguintes, até 2017, apontam para um crescimento de 2,6% no número de lojas e de 4,9% nas vendas. Assim, a entrada no mercado norte-americano poderá providenciar um novo terreno fértil para o Lidl continuar a crescer, face ao travão colocado na sua expansão europeia. O Lidl partilha com o seu rival Aldi as posições cimeiras do mercado de “dis-
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espaço e os operadores de “discount” foram suficientemente flexíveis para aproveitar esta oportunidade. O Lidl, por exemplo, tem vindo a integrar cada vez mais marcas de produtos de saúde e beleza no seu sortido, nomeadamente a Nivea, Schwarzkopf e L’Oréal. Estes operadores têm desenvolvido diferentes tácticas para fidelizar clientela, consolidar presença por essa Europa fora e elevar credenciais de conveniência. O terreno de batalha deslocou-se do preço para o valor e a aposta na categoria dos frescos é também ela paradigmática.
Estas tendências não são, porém, exclusivas do mercado alemão, sendo replicadas, com maior ou menor expressão, nas várias geografias onde os operadores de “discount” estão presentes. Com o traço comum da sua adaptação e adequação aos gostos e preferências dos consumidores locais. Sem fazerem alterações radicais, os “discounters” estão introduzir novos níveis de detalhe na sua oferta, evoluindo, cada vez mais, do rígido conceito de “hard discount” para uma noção de “smart discount”. A maneira como o fazem é, no entanto, distinta, porque díspar é também a filosofia de cada um destes operadores. Os líderes, Aldi e Lidl, proporcionam o melhor exemplo disto mesmo, seguindo diferentes caminhos na sua ambição de liderar as vendas deste canal.
As previsões do Planet Retail apontam que as vendas do Aldi cresçam 4% nos próximos cinco anos, desempenho inferior ao projectado para o Lidl, que se estima que cresça mais 4,9% neste período. Assim, em 2017, o Aldi continuará a liderar, com vendas de 69 mil milhões de euros, mas a distância para o Lidl, cujas vendas totalizarão 68,5 mil milhões de euros, será muito menos confortável. Rm-Revismarket - 2.º semestre de 2013
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Um dos aspectos centrais da sua estratégia é a adaptação da gama e conceito aos gostos locais, com o Lidl a posicionar-se como suporte dos produtores nacionais. De facto, em Portugal, 50% dos produtos oferecidos nas lojas são portugueses. Percentagem ainda mais elevada no mercado italiano, por exemplo, onde 70% da oferta tem origem local.
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count”. É líder na Bulgária, Croácia, Eslováquia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suécia e segundo em todos os outros mercados onde está presente, à excepção da Suíça, onde é terceiro. Nos países onde tem a vice-liderança, a posição cimeira é, precisamente, ocupada pelo Aldi. Estes dois operadores têm concorrido taco a taco pela liderança do mercado de “discount”, com o Lidl a conseguir encurtar a distância para o Aldi nos últimos anos. Em 2012, o Aldi liderava com vendas na ordem dos 56,8 mil milhões de euros, comparativamente aos 53,8 mil milhões de euros do Lidl. As previsões do Planet Retail apontam, no entanto, que as vendas do Aldi cresçam 4% nos próximos cinco anos, desempenho inferior ao projectado para o Lidl, que se estima que cresça mais 4,9% neste período. Assim, em 2017, o Aldi continuará a liderar, com vendas de 69 mil milhões de euros, mas a distância para o Lidl, cujas vendas totalizarão 68,5 mil milhões de euros, será muito menos confortável. Entre as medidas tomadas para elevar as vendas por loja estão, segundo o Planet Retail, a relocalização de alguns activos em áreas com maior potencial de clientes, a melhoria na apresentação dos produtos, a introdução de novas gamas (como, por exemplo, o peixe fresco), o reposicionamento e relançamento das marcas próprias, horários de funcionamento ampliados e mais flexíveis e a adaptação aos gostos locais. Tudo isto resultou em vendas de, em média, 5,4 milhões de euros por loja, performance que Matthias Queck, responsável pela área de pesquisa do Planet Retail, considera de “notável para um operador de “discount”, sobretudo tendo em conta a sua fraca presença nos mercados da Europa Central”. Grande parte desta subida das vendas em 2012 proveio, contudo, da decisão de instalar padarias nas lojas Lidl. A oferta de pão não só gera vendas adicionais como, e sobretudo, atrai mais clientes e
Mercado - Dados de mercado
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melhora o ambiente das lojas. O operador do Grupo Schwarz previu um investimento de 500 milhões de euros até Fevereiro de 2014, valor que representa um sexto do seu orçamento total em termos de novos investimentos e que será aplicado em novas fachadas, estanteria, iluminação e potenciais ampliações para acomodar mais zonas de padaria. Estas acções fazem parte de uma estratégia global designada de “Pole Position”, iniciativa desenhada no quadro de 2012 a 2015 com o objectivo de contrariar o declínio da quota de mercado dos “discounters” em alguns mercados face à maior agressividade, em termos de preço, por parte dos retalhistas tradicionais.
Aldi em Portugal
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para 72 em 2018. Neste sentido, a estratégia do Aldi para o mercado nacional passa pelo aumento da sua penetração, movendo-se para norte onde ainda não tem expressão, de forma a poder explorar a capacidade total do centro de distribuição recentemente construído. No mercado nacional, o Aldi tem, no entanto, outras preocupações que não o Lidl. Avança o Planet Retail que um dos desafios será defender a sua posição como operador de “discount”, em particular face às acções agressivas em termos de preço levadas a cabo pelo Continente e pelo Pingo Doce, que têm respondido aos “discounters” com a ampliação das suas gamas de marca própria.
Presente em Portugal desde 2006, o Aldi não espelha aqui a sua posição de liderança mundial. Com vendas estimadas de 137,6 milhões de euros para este ano, é o terceiro operador, vindo atrás do seu grande rival, o Lidl, e do Minipreço. Não obstante, entre 2008 e 2013, as suas vendas terão crescido, de acordo com o Planet Retail, 28,67%. Portugal é mesmo o segundo mercado com maior crescimento acumulado das vendas previsto no período de 2012 a 2017, com 15,4%, sendo apenas suplantado pela Polónia (+17,4%). Actualmente, o Aldi tem 41 pontos de venda no país mas a Aldi Nord, divisão onde o negócio português está integrado, considera que há potencial para a expansão da rede de lojas, que deverá elevar-se
O Aldi continua a aumentar o número de marcas de fabricante presentes nas suas lojas, quer no mercado doméstico quer a nível internacional. O número de marcas depende, segundo a IGD, do mercado em causa e das preferências dos consumidores locais, destacando-se a Suíça e a Áustria como aqueles onde existe uma maior proporção das marcas de indústria, em contraste com a França e a Bélgica.
A aplicação destes princípios, que implicam uma mudança na forma de comunicar do Lidl, divulgando mais mensagens integradas de posicionamento da marca, em detrimento da promoção de produtos isolados, e aumentando as actividades de marketing e de interacção com os clientes, inclusivamente recorrendo às
redes sociais, é particularmente visível no mercado francês, o mais importante em termos de vendas a seguir ao mercado doméstico, que está a funcionar como que uma espécie de protótipo para a evolução do conceito do “discounter”. “Temos de deixar para trás o “hard discount” e repensar o nosso negócio”, con-
firma Friedrich Fuchs, director geral do Lidl em França. “O Lidl tem de se tornar no supermercado da classe média e dos clientes com mais recursos”. Um dos aspectos centrais desta estratégia é a adaptação da gama e conceito aos gostos locais, com o Lidl a posicionar-se como suporte dos produtores nacionais. De facto, em Portugal, 50% dos produtos oferecidos nas lojas são portugueses. Percentagem ainda mais elevada no mercado italiano, por exemplo, onde 70% da oferta tem origem local. Esta adaptação local permite também que os produtos locais sejam utilizados em acções promocionais noutros mercados, assim como a realização de promoções pan-europeias. Desta forma, nota o Planet Retail, com esta evolução de conceito, o Lidl reage também à aproximação que o Aldi está a fazer às marcas de fabricante. Aldi: aposta na conveniência De facto, o Aldi continua a aumentar o número de marcas de fabricante presentes nas suas lojas, quer no mercado doméstico quer a nível internacional. O número de marcas depende, segundo a IGD, do mercado em causa e das preferências dos consumidores locais, destacando-se a Suíça e a Áustria como aqueles onde existe uma maior proporção das marcas de indústria, em contraste com a França e a Bélgica. Nos próximos meses, o Aldi deverá continuar a ampliar a sua oferta de marcas de fabricante, nomeadamente na Ale-
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Com a integração das marcas líderes da indústria e o programa de remodelação de lojas que a sua divisão Aldi Nord tem vindo a encetar, as vendas numa base comparável do universo de lojas tenderão a aumentar. Em alguns pontos de venda já se observaram ganhos na ordem dos 30%.
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manha, no âmbito da sua estratégia de se tornar num destino “one-stop” para as compras e de aumentar o gasto médio por cliente. Tanto mais que já começou a publicitá-las nos mercados português e francês. Nos seus mais recentes folhetos, o Aldi tem vindo a colocar os logótipos destas marcas, incluindo os da Coca-Cola, Mars, Président, Axe e Dove. Este passo representa uma ruptura com a tradição do “discounter” em se focar apenas nos seus produtos de marcas próprias, promovendo agora uma oferta mais equilibrada, embora a sua estratégia de marca continue focada nos seus próprios produtos. Comparativamente ao Lidl, o Aldi continua a seguir uma filosofia mais próxima do “hard discount”. Líder mundial entre os operadores de “discount” e inventor do conceito, o Aldi continua focado na eficácia e no controlo de custos, através de uma oferta e serviços limitados, baixos preços, lojas de dimensões médias e da aposta na marca própria. Segue uma estratégia baseada num único formato e tem uma presença mais internacional que a do seu maior concorrente, com operações na Europa, Austrália e Estados Unidos da América, onde a sua divisão Aldi Nord também é proprietária dos supermercados Trader Joe’s. Devido ao seu cariz algo conservador e a uma estratégia de expansão muito cautelosa, focando-se mais no crescimento orgânico, o Aldi tem-se desenvolvido de forma moderada mas constante. No período de 2007 a 2017, a sua
Destaque
rede de lojas crescerá, de acordo com o Planet Retail, 2,8%, ao passo que as vendas aumentarão 5,1%. Com a integração das marcas líderes da indústria e o programa de remodelação de lojas que a sua divisão Aldi Nord tem vindo a encetar, as vendas numa base comparável do universo de lojas tenderão a aumentar. Em alguns pontos de venda já se observaram ganhos na ordem dos 30%. Até porque nos mercados mais saturados, a quota de mercado do Aldi tem tendido a estabilizar nos 7% a 12% devido à limitação do seu sortido. De facto, alerta o Planet Retail, após 2017, o Aldi poderá mesmo perder a liderança do sector de “discount” para o Lidl. Para contrariar este cenário, para além das medidas já tomadas no sentido de melhorar as suas lojas e enriquecer a oferta proposta aos clientes, o Aldi po-
derá apostar nas suas vendas internacionais, que têm vindo a crescer face ao investimento que o operador tem direccionado para os mercados em crescimento, especialmente fora da Europa. No entanto, no futuro mais imediato, contrariamente ao Lidl, o Aldi não tem em vista a entrada em novos mercados. Em contrapartida, vai apostar na sua expansão nos locais onde já está presente mas onde ainda não atingiu todo o seu potencial, como o espanhol, onde não tem uma cobertura nacional, e sobretudo para os centros das cidades, com uma nova abordagem ao formato de conveniência. No Reino Unido, por exemplo, o Aldi abriu uma loja na zona noroeste de Londres com metade do tamanho de um dos seus pontos de venda convencional (1.400 metros quadrados) e horário de funcionamento alargado. Neste tipo de lojas, o Aldi está a introduzir novas categorias de produtos, como os jornais e revistas, comida pronta a levar e padaria, e novos serviços, incluindo os “checkouts” rápidos. Futuro Duas distintas estratégias, uma mesma conclusão: o valor percepcionado pelos consumidores e a aposta na qualidade continuam a ser os alicerces da proposta dos “discounters”, argumentos que se irão associar ao conhecimento e adaptação a um consumidor cada vez mais local. Sem mudanças radicais, ambos os operadores que lideram esta categoria estão a desenvolver estratégias alternativas para atrair distintas missões de compras. O crescimento do canal de “discount” é, assim, uma realidade, mas passa por uma evolução de um conceito que não pode mais identificar-se apenas com as credenciais do preço, procurando elevar a proposta de valor apresentada. Texto gentilmente cedido pela Grande Consumo
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Os portugueses estão ligeiramente menos pessimistas, mas com menos dinheiro para gastar no Natal e Passagem de Ano. Segundo um estudo da Deloitte, em 2013, os portugueses vão gastar menos 2,3%, cerca de 393 euros por lar, para a compra de presentes (195 euros), produtos alimentares (144 euros) e socialização (55 euros). Com o factor preço a ser determinante na compra, 57% dos inquiridos afirma que procurará mais produtos em promoção, o que representa um aumento face aos 46% de 2012. 70% considera que não comprará um presente sem antes ter em atenção o seu valor e 69% fará menos compras por impulso. Esta tendência justificará o facto de 56% afirmar que pesquisará mais os produtos online antes de os comprar. O dossier de Natal da Rm-Revismarket vai, assim, de encontro ao estado da Nação. Mais que sugestões de produtos, as marcas apresentam aqui propostas para responder aos grandes anseios actuais dos consumidores portugueses. Sugestões úteis, funcionais e que têm como denominador comum serem promotoras da poupança, seja ela de tempo, de dinheiro ou de recursos.
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Dossier Natal Económico Alisador Serie 7 Sensocare da Braun A poupança é a palavra de ordem na utilização do alisador Satin Hair 7 da Braun, que permite obter em casa um “look” profissional, evitando idas regulares ao cabeleireiro. O primeiro alisador Sensocare do mundo, o Satin Hair 7 tem sensores inteligentes que medem a espessura e hidratação do cabelo, desde a raiz até às pontas, bem como a velocidade de passagem, adaptando automaticamente e de forma continuada a temperatura para proteger o cabelo. Verdadeiramente inteligente, este alisador consegue dar “feedback”, através do seu “display”, do processo de alisamento, permitindo a personalização do estilo. O alisador da Braun vem equipado com placas de cerâmica NanoGlide que proporcionam um alisa-
mento três vezes mais suave que as placas convencionais. Tem também três modos de utilização: Sensocare, que permite beneficiar dos princípios básicos do equipamento sem ser necessária a sua parametrização; My Sensocare, que permite adaptar o aparelho às especificidades do cabelo e gravar até três perfis de utilização e o modo manual. Tal como todos os produtos Braun, este alisador foi desenhado e testado para durar, pelo menos, sete anos. PVP recomendado: 99,99 euros.
Secador Instant Dry Eco Intelligence da Rowenta
A Rowenta apresenta o novo Instant Dry Eco Intelligence, o secador obrigatório para fãs de produtos “eco-friendly” . Este secador permite reduzir o consumo de energia em 30%, mantendo uma performance equivalente a um secador de 2.110 watts e uma eficiência de 100%. Com o Instant Dry Eco Intelligence é possível conjugar seis posições com três níveis de temperatura e duas velocidades independentes. Com 1.500 watts de potência, graças ao sistema Moving Air Booster, com saída de ar oscilante, é possível alcançar uma secagem mais rápida e cómoda, com uma maior difusão do ar por todo o cabelo. Esta oscilação assegura, ainda, uma secagem delicada, evitando os “pontos de calor” e garantindo uma temperatuda homogénea, protegendo todo o cabelo. O Instant Dry Eco Intelligence inclui um difusor, para criar volume natural nos caracóis, e um concentrador para um acabamento perfeito. O sistema Ionic integrado permite eliminar a electricidade estática e maximizar o brilho, para um cabelo macio e flexível. PVP recomendado: 40 euros.
Máquina de lavar a loiça OR12-55 da Orima A nova gama Orima de produtos com portas de vidro preto é ideal para famílias que procuram aliar o design à máxima performance e poupança económica. A nova máquina de lavar a loiça OR12255 tem 14 talheres de capacidade, classe A++ e oito programas de lavagem. Para aumentar a sua poupança, pode-se escolher o programa de meia carga alternada, decidindo se se pretende lavar só o cesto superior ou só o cesto inferior. Muito silenciosa e com programador “touch”, que permite programar todas as funções de forma simples e intuitiva, incluindo diferir até 24 horas o início do programa de lavagem, esta máquina facilita a colocação da loiça através de um terceiro cesto de cutelaria, que permite lavar todos os talheres dispostos na horizontal e devidamente separados, garantindo uma lavagem mais adequada e evitando riscos. Preço sob consulta.
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Esquentador Sensor Compacto da Vulcano A marca portuguesa de esquentadores apresenta o esquentador Sensor Compacto, que oferece, segundo a Vulcano, o maior valor de rendimento de um esquentador estanque do segmento doméstico: até 94%. Estes versáteis equipamentos podem funcionar como estanques ou ventilados e possuem o mesmo tipo de ligações hidráulicas que os aparelhos tradicionais actuais, o que permite a utilização de acessórios standard e facilita a sua instalação, sendo ideal para uma substituição mais rápida e sem obras. Através da tecnologia termostática, o Sensor Compacto permite uma poupança considerável nos consumos, uma vez que adapta o consumo de gás e água à temperatura seleccionada pelo utilizador (de 35º a 60ºC). A redução do consumo de água atinge cerca de 60 litros por dia, o que corresponde a 40 garrafas de litro de meio. A poupança de gás pode chegar até 35%. Graças ao Optiflow, uma tecnologia de gestão da combustão que controla de forma muito precisa o caudal de ar, o Sensor Compacto consegue custos
Um forno com muito mais espaço e com as medidas standard, é isto que a Candy oferece no novo modelo MAXI Forno FTH 824 VX, indicado para quem quer cozinhar várias receitas em simultâneo e optimizando tempo e consumos energéticos. Com mais 40% de espaço interior do que um forno comum, o MAXI Forno tem 78 litros de capacidade mas ocupa as dimensões standard de encastre (60 centímetros de largura). O design do forno, com um painel muito fino e uma porta mais alta, permite conseguir mais espaço na cavidade interior. Outra grande novidade é a cavidade interior dupla que permite fazer do MAXI Forno um forno 4 em 1. Ou seja, graças a um separador interno, o utilizador pode transformar o apa-
de funcionamento mais reduzidos e um aumento do seu grau de eficiência e durabilidade. Este esquentador apresenta também um menor valor de potência mínima (2,9; 3,8 e 4,8 kW), uma característica fundamental para a estabilidade da temperatura de saída da água, da qual resulta uma maior eficiência energética. Paralelamente, e devido a um ventilador modulante, que controla a quantidade de ar para a combustão em função da potência desejada e calcula automaticamente as distâncias de evacuação, esta nova gama de esquentadores proporciona uma poupança energética adicional (água, gás e também electricidade). Para além das suas potencialidades, o Sensor Compacto é um aparelho de dimensões reduzidas, com modelos de 12, 15 e 18 litros por minuto. Estes equipamentos, como toda a gama Sensor, são compatíveis com soluções solares. Preço sob consulta.
MAXI Forno da Candy relho em “dois fornos” e escolher uma das quatro formas de utilização do espaço: é pos-
sível accionar a cozedura apenas na cavidade
Senior Phone ZTC SP45
A ZTC lança um novo telefone a pensar na população sénior, o SP45, um Senior Phone simples e prático a um preço reduzido. Disponível em duas cores (preto e branco), de design elegante e de fácil interacção, o SP45 aposta novamente na introdução da base como elemento relevante e distintivo, permitindo o cómodo carregamento da bateria ou apenas suporte do telefone. Ergonómico, o teclado XL com caracteres extra grandes e o visor a cores dão ao utilizador uma maior comodidade. O uso das teclas de acesso rápido facilita o acesso à lanterna e a chamada de emergência. PVP recomendado: 39,90 euros.
superior do forno, apenas na zona inferior, em toda a cavidade ou em simultâneo nas duas zonas mas com temperaturas diferentes. A cavidade maxi pode ser dividida em dois fornos multifunções separados, de forma a criar duas zonas independentes, cada uma com um ventilador próprio e com possibilidade de programar diferentes temperaturas e tempos de cozedura. Poupa-se em tempo e consumos energéticos. O forno é de classe A-20% de eficiência energética. A iluminação interior é feita por sistema de leds, que gasta menos 95% em relação aos sistemas tradicionais de iluminação e ainda tem a vantagem das lâmpadas serem mais duráveis. PVP recomendado: 899 euros.
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Dossier Natal Económico Esquentador Hydrobattery-Plus da Junkers
Mais poupança com o esquentador Hydrobattery-Plus da Junkers. Estes esquentadores são termostáticos, consumindo apenas a quantidade de gás necessária para atingir a temperatura de saída de água que foi préseleccionada pelo utilizador. A temperatura pode ser regulada entre os 38ºC e os 60ºC, consoante as necessidades de conforto. Desta forma, estes esquentadores permitem poupar na factura do gás e da água, ao evitar desperdícios desnecessários. A gama Hydrobattery-Plus, com controlo termostático da temperatura e ignição a baterias, está disponível nas capacidades de 11, 14 e 18 litros por minuto. Estes esquentadores são também compatíveis com a instalação de um sistema solar térmico, já que foram concebidos para trabalhar com água pré-aquecida. Preço sob consulta.
Novo sistema de engomar a vapor FashionMaster da Miele
Pela primeira vez na sua história, a Miele apresenta um sistema de engomar a vapor cuja montagem é rápida e simples e que garante resultados perfeitos e economia de tempo. O FashionMaster destaca-se pela combinação dos vários elementos necessários à passagem a ferro: gerador de vapor, ferro e tábua de engomar. Com dois passos simples, a tábua fica montada rapidamente e o ajuste em altura torna-se ainda mais fácil através do sistema de pressão automático, para uma regulação adequada à altura do utilizador. A juntar a tudo isto, a existência de dois compartimentos de arrumação oferecem um amplo espaço para guardar o ferro e os acessórios de forma segura e de fácil acesso. Este sistema tem também uma função de descalcificação e enxaguagem automáticas do gerador de vapor. Dependendo do grau de dureza e da quantidade de água utilizada para gerar vapor, o aparelho calcula automaticamente os intervalos de descalcificação. Já o cálculo dos intervalos de enxaguar é baseado na quantidade de água utilizada para gerar vapor, sendo que a enxaguagem remove os resíduos minerais deixados pelo processo de evaporação no gerador de vapor. A base do ferro com estrutura de favos patenteada facilita uma distribuição rápida e uniforme do vapor. Quando se fala de conforto de utilização, a FashionMaster contempla todos os aspectos, começando pelo ferro, que liberta o vapor para tratamento dos tecidos, passando pelo facto do gerador de vapor ser independente do ferro e culminando na tábua com funções especiais. Equipado com rodas, para facilitar o transporte e a movimentação por toda a casa, o FashionMaster passa com facilidade por desníveis no pavimento e contorna os móveis sem problemas. A tábua de engomar dispõe de dois ventiladores
Máquinas de café série 70 da Briel
Num dossier dedicado à poupança, a Briel destaca as suas máquinas de café série 70, com os modelos ES71A, ES74, ES75A. Rápidas no seu aquecimento, permitem ao consumidor poupar em tempo e energia. A bomba de 19 bar extrai um café espresso com melhor qualidade, a caldeira em aço inoxidável tem uma maior durabilidade, o porta filtro em latão transmite robustez e o facto de serem máquinas automáticas permite ao consumidor controlar a quantidade de café. Todos os modelos têm a particularidade de poderem extrair café em pastilha monodose ou café em pó. Preço sob consulta.
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que permitem utilizar as funções de sucção ou insuflação. Através da função de sucção, cria-se uma almofada de ar entre os tecidos e a tábua, especialmente indicada para peças de caxemira ou com folhos. Por outro lado, a função de sucção garante a penetração do vapor nos tecidos, impedindo a formação de condensação e evitando ainda que a roupa deslize na tábua. Outro destaque da FashionMaster da Miele é a sua elevada taxa de produção de vapor, em particular quando engoma tecidos grossos e densos e acima de tudo quando utiliza vapor nas roupas colocadas em cabides. O sistema de engomar a vapor Miele atinge uma pressão de quatro bar e uma saída constante de vapor de 100 gramas por minuto, não esquecendo a função vapor na vertical e a função de vapor disponível a partir do nível 2 de temperatura. Passar a roupa em menos tempo é também possível dado que este dispõe de um reservatório de água com capacidade para 1,25 litros, de fácil remoção e com possibilidade de encher a qualquer momento. Preço sob consulta.
Máquina de cozinhar Cookii da Flama Ferro a vapor Eco Intelligence da Rowenta
O ferro Eco Intelligence da Rowenta garante uma redução do consumo de energia em 30% sem afectar a eficácia desejada. Tem 2.400 watts de potência e uma capacidade de depósito de 300 mililitros. O Eco Intelligence integra várias tecnologias que permitem a eficiência máxima, como o Eco Steam System e a base Laser Microsteam 400 3De. Esta base em aço inoxidável endurecido evita os riscos e os mais de 400 micro orifícios asseguram a difusão perfeita do vapor e, assim, a melhor eficiência. Outro aspecto inovador é o formato 3D da base que permite poupar ainda mais energia. O Eco Steam System da Rowenta tem um débito de vapor optimizado. Emite um super jacto de vapor de 180 gramas por minuto, garantindo a remoção fácil de vincos difíceis. O Eco Intelligence foi concebido para funcionar com água da torneira. Os sistemas anticalcário e anti gota são complementados pela função de autolimpeza. Para cumprir as preocupações ecológicas, 95% da embalagem e manuais de instruções são fabricados com papel e cartão reciclado. PVP recomendado: 78 euros.
A Flama lança a máquina de cozinhar Cookii que permite cozinhar rapidamente refeições saudáveis para toda a família. Concentrando num único aparelho vários electrodomésticos, a Cookii permite picar, ralar, amassar, bater, misturar, triturar e cozer. Com a Cookii poupa-se espaço e tempo na cozinha. Muito fácil de utilizar e de limpar, esta máquina está dotada de vários sistemas de segurança para uma utilização com toda a confiança e tranquilidade. Com um livro de mais de 200 receitas, pode-se preparar facilmente várias entradas, sopas, pratos de carne e de peixe, sobremesas, bolos e tartes. O seu design compacto e moderno combina com todas as cozinhas. Preço sob consulta.
Esquentador Vaillant atmoMAG exclusiv A gama de topo dos esquentadores Vaillant é a solução para os utilizadores que procuram, num esquentador a gás, não apenas um aparelho que produz AQS mas que cubra todas as necessidades com o máximo de conforto e o mínimo consumo. A tecnologia termostática, até há pouco reservada às caldeiras murais, oferece ao utilizador vantagens importantes relativamente às soluções tradicionais. O utilizador fixa a temperatura de conforto e o esquentador fornece a água a essa temperatura graças à regulação precisa da potência. Desta forma, o utilizador desfruta não só de água quente à temperatura desejada mas também a máxima estabilidade. A tecnologia termostática impede que a água aqueça acima da temperatura desejada e, por isso, um consumo desnecessário
de gás. Esta poupança varia segundo a utilização do aparelho e tipo de gás utilizado, permitindo poupar por ano até 85 euros se se tiver gás natural e até 150 euros se se utilizar gás butano/propano. A produção de AQS à temperatura exacta permite utilizar a água directamente sem necessidade de misturar com água fria e, consequentemente, gasto excessivo de água (e gás). Se a temperatura de entrada da água é superior a 15ºC, o esquentador dispõe de um selector de caudal que permite obter caudais superiores aos nominais. Esta característica exclusiva dos modelos atmoMAG exclusiv da Vaillant converte o modelo de 11 litros num aparelho capaz de chegar aos 14,3 litros por minuto ou a 18,2 litros no caso de um esquentador de 14 litros. Preço sob consulta.
Actifry 2 em 1 da Tefal A Actifry 2 em 1 da Tefal é a solução para quem gosta de cozinha saudável e de refeições completas, originais e rápidas de confeccionar. Esta versão da Actifry permite preparar o prato principal e o acompanhamento em simultâneo, poupando o dobro do tempo. É duas vezes mais rápida e prática, com a possibilidade de programar automaticamente as duas áreas com quatro programas distintos consoante o tipo de alimento. A Actifry 2 em 1 preserva a textura, o sabor e a qualidade nutricional dos alimentos, sempre com
quantidades mais reduzidas de gordura. O cheiro a fritos deixa de ser uma preocupação, devido a uma libertação de odores reduzida. É fácil de usar e limpar, pois a cuba, o tabuleiro, a pá misturadora e a tampa são facilmente desmontáveis e compatíveis com a máquina de lavar a loiça. A Actifry 2 em 1 vem acompanhada de um livro de receitas variadas que ensina a preparar desde pratos gourmet a refeições nutritivas, ideais para o dia-a-dia. PVP recomendado: 330 euros.
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Dossier Natal Económico Máquina de lavar a roupa DYN 11146 PG 8 da Hoover
Robot multi-cozedura COOKEO da Moulinex
A Moulinex apresenta o COOKEO, o primeiro robot multi-cozedura inteligente que permite preparar sopa, vegetais, carne, peixe, arroz, cereais e sobremesas em tempo recorde e sem vigilância. Graças ao seu ecrã digital intuitivo e fácil de utilizar, o COOKEO proporciona uma nova experiência interactiva. Com um guia passoa-passo, através de quatro menus, é possível preparar refeições rápidas: no menu “Receitas”, o COOKEO inclui 50 receitas pré-programadas; no menu “Ingredientes“, basta seleccionar o ingrediente e o COOKEO ajusta a temperatura e o tempo de cozedura; no menu “Favoritos”, é possível memorizar as receitas preferidas e no menu “Manual”, pode-se escolher entre o modo “Cozedura Rápida” ou “Alourar. Já o modo “Manter Quente” ou “Aquecer” é ideal para que o cozinhado esteja à temperatura certa no momento de ir para a mesa. É possível, ainda, pré-programar o início da cozedura através da opção “Início Diferido”. O robot multi-cozedura inteligente da Moulinex tem uma capacidade familiar para seis pessoas, uma cuba de seis litros amovível e revestimento antiaderente em cerâmica. A cuba é muito fácil de limpar, sendo compatível com a máquina de lavar a loiça e inclui pegas laterais que garantem toda a segurança na sua utilização. O COOKEO possui ainda um cesto a vapor que permite cozinhar os legumes preservando todos os nutrientes. PVP recomendado: 250 euros.
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A Hoover aposta nas grandes capacidades e numa tecnologia que permite lavar a roupa de uma semana inteira de uma só vez, sem maiores gastos de tempo e consumos energéticos. Tudo isto numa máquina de lavar roupa de classe A+++ de eficiência energética, que consome menos 30% de electricidade em relação a um electrodoméstico classe A. Além de ter capacidade de carga de 11 quilogramas de roupa, o modelo DYN 11146 PG 8 oferece a tecnologia 8 Pulse, exclusiva e patenteada pela Hoover, que permite misturar cores e vários tipos de tecidos sem os estragar. Isto é possível porque uma mistura de detergente e água é difundida directamente na roupa através de oito jactos no interior do tambor. Esta mistura penetra nas fibras e garante uma lavagem perfeita a 20º C, possibilitando a mistura de tecidos delicados com roupa muito suja e com nódoas difíceis e evitando ter de se lavar a altas temperaturas.
O tambor XXL e a capacidade também fazem com que esta máquina seja ideal para lavar edredões ou outras peças de grande dimensão, poupando-se assim nas idas à lavandaria. Esta máquina, dotada da tecnologia Inverter, tem movimentos suaves e calibrados do tambor, simulando em pleno a lavagem manual. O motor Inverter da Hoover oferece garantia e fiabilidade, assim como as melhores prestações de lavagem, mesmo com a carga completa, e tem 10 anos de garantia (bem como as deslocações e mão-de-obra associadas). Este modelo Hoover tem um “display” LCD multifunções, velocidade de centrifugação regulável até 1.400 rotações por minuto e um detector de carga que permite regular e ajustar o tempo de lavagem conforme a carga de roupa dentro do tambor. Esta gestão automática dos consumos é outro factor que contribui para reduzir consumos energéticos e de tempo. PVP recomendado: 899 euros.
Panelas de pressão Smartplus da HAEGER Menos tempo e menos consumo de energia com as panelas de pressão Smartplus da HAEGER. Com estas panelas, o tempo de confecção dos alimentos é menor do que a preparação em panelas tradicionais e o consumo de energia mais baixo, dado o curto tempo de cozedura. De design moderno e elegante, com tampa e corpo em aço inoxidável, a nova panela de pressão da HAEGER, disponível em quatro litros e seis litros, está indicada para uso em gás, anel radiante, placa eléctrica, vitrocerâmica e indução. Com botão de abertura e fecho da tampa, indicador visual de segurança (IVP) e de segurança total, a Smartplus está equipada com sete sistemas de segurança: libertação rápida de vapor com um só toque, duas
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configurações de pressão, sistema de libertação da junta de borracha, bujão de segurança, bloqueio automático, libertação rápida de vapor e dispositivo de compensação por deslocamento da junta de borracha. Preço sob consulta.
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Mercado Estratégias
Mensagens de Natal
i Portugal deseja O Grupo De´Longh ros a todos os seus parcei
Natal no de 2014 e um Próspero A um Feliz
Alex Barnett
nha e Portugal
Director Geral Espa
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Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
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s um Natal repleto A ZTC deseja a todo o. Novo cheio de sucess no A um e a ri eg al de
Boas Festas!
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Mensagens de Natal
Braun e desejam Oral-B os seus a todos par Festas F ceiros elizes!
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Rm-Revismarket - Marรงo/Abril 2010
A GAMA STEAMJET Com a gama Steamjet da Hoover não há necessidade de utilizar detergentes ou químicos: simplesmente água limpa vai alcançar excelentes resultados. Todo o tipo de sujidade será eliminado através do poder impressionante do vapor de alta temperatura. A acção do vapor oferece a vantagem de remover todos os odores sem deixar resíduos ou manchas. Ideal para quem sofre de alergias e para quem tem crianças e animais de estimação.
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