Rm Revismarket Assistência técnica
Bimestral • Novembro/Dezembro 2010 • n.º 41 • Distribuição gratuita
Revismarket
As Notícias do Mercado Electro
Imagem de marca ou mal necessário?
Pode a Media Markt ter sucesso na China?
Produtos em análise
• Cuidados pessoais • Vídeojogos
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Ficha Técnica
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Editorial
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N.º 41 - Novembro/Dezembro 2010 www.rmelectro.com www.rmdeco.com
Carta
Propriedade: Revismarket - Edição de Publicações, Lda. Rua Peixinho Júnior, N.º 2, 1.º E 2770-135 Paço de Arcos Tel.: +351 214 413 277 Fax: +351 214 413 478
Editor: Jorge Conde admin@revismarket.com
Direcção: Cidália Ribeiro cirib@revismarket.com
Redacção: Carina Rodrigues redaccao@revismarket.com
Departamento Comercial: Maria João Garcia pub@revismarket.com
Paginação: AMM outsourcingdesigners@gmail.com
Impressão: Mulembeira Rua Vasco da Gama, nº. 36 2685-244 Portela de Loures
Distribuição gratuita e por assinatura Tiragem: 3.000 exemplares
Depósito Legal n.º 236.204/05 Publicação registada no Instituto da Comunicação Social com o n.º 124843
Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito. Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.
aos leitores
E
sta é a última revista de 2010, um ano particularmente difícil, mas ao qual conseguimos resistir e levar a bom porto. Num negócio editorial, em que o prato do dia é ver empresas editoras a fechar, títulos a encerrar e a retirarem-se do mercado e outros a arrepiar caminho e nem sequer arrancar, consideramo-nos felizes por ter chegado até aqui, com os nossos compromissos cumpridos e com o apreço dos nossos leitores e anunciantes. No entanto, e apesar de me questionar seriamente sobre o futuro, tenho apenas uma única certeza, há que repensar o negócio e ajustá-lo às novas realidades. O futuro não passa por fazer igual ao que sempre fizemos, porque estamos a viver uma época perfeitamente atípica e nada do que vivenciei até agora (e já lá vão 17 anos de mercado) se compara ao período pelo qual estamos e iremos passar. Há que tomar decisões de fundo e preparar as empresas para 2011, investindo no único património que pode garantir o futuro de qualquer empresa, os clientes/consumidores. Todos os processos hoje devem girar em torno do cliente/consumidor, tudo deve ser repensado de forma a garantir que este não se sinta defraudado, que o serviço que lhe propomos merece o seu apreço e a sua confiança e que o conseguimos surpreender com mais e melhor, para que não nos abandone e continue a investir no nosso negócio. É com esta premissa que estamos a definir os nossos objectivos e planos de acção para 2011, um ano que se avizinha particularmente atípico e que, na minha opinião, será decisivo para definir quem fica e quem deixa o negócio. Acredito que as empresas do sector que inverterem a sua lógica de pensamento e caminharem nesta direcção estarão cá no final do próximo ano para comprovar que a estratégia funcionou. Pelo menos assim o espero! Desejo, em meu nome e em nome de toda a equipa da Rm-Revismarket, um excelente 2011 a todos! Cidália Ribeiro cirib@revismarket.com
A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsável perante os seus leitores. A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.
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Índice
] Tema de capa Assistência técnica, imagem de marca ou mal necessário
Telefunken chega a Portugal através da Telefac
Mercado
Tristar quer reforçar a sua influência junto da distribuição moderna Junkers reforça a sua aposta na sustentabilidade e na eficiência energética
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Quem são
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Aberturas
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Telefunken chega a Portugal através da Telefac
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Tristar quer reforçar a sua influência junto da distribuição moderna
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Notícias
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Pode a Media Markt ter sucesso na China?
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2020, consumidor mais poderoso exige um retalho mais inteligente 28 10 factores-chave para o retalho em 2010
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e-Commerce – 20 definições que deve conhecer
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Tempo de pausa
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Electro Junkers reforça a sua aposta na sustentabilidade e na eficiência energética
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Produto em análise: Cuidados pessoais
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Produto em análise: Vídeojogos 44 Mensagens de Natal
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Tema de Capa
] Texto: Carina Rodrigues e Cidália Ribeiro Foto: Maria João Garcia
Assistência técnica imagem de marca ou um mal necessário?
Será a assistência técnica um investimento fundamental para a construção de uma imagem de marca ou encarado como um mal necessário? Na actual conjuntura económica, em que há uma pressão, a todo o momento, para se reduzirem custos, fará sentido continuar a investir numa área onde as margens são poucas, ou completamente inexistentes, e o retorno é difícil de medir? Mas poderão as marcas posicionar-se no mercado sem uma boa assistência técnica? E estarão os SAT’s preparados para serem um rosto da marca perante o consumidor? Estas foram apenas algumas das questões abordadas no jantardebate promovido pela Rm-Revismarket e que juntou marcas, lojas e concessionários de assistência técnica. Da troca de pontos de vista resultaram algumas sugestões de trabalho, para que a assistência técnica possa readquirir força como ferramenta de marketing e de fidelização dos clientes.
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branca (Indesit Company, Fagor, Frigicoll, Franke e Smeg), destacando-se a presença da OKI que, apesar de mais dedicada ao mercado profissional, mostrou interesse no tema debatido. Foi notória a ausência total de marcas especialistas em pequenos domésticos e electrónica de consumo, apesar da presença de SAT’s destas áreas. Em relação à distribuição, apenas um profissional da Media Mark fez a sua inscrição directa, sendo que mais
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nenhuma loja demonstrou interesse no tema, além dos convidados do painel. O debate ultrapassou duas horas de duração, tempo durante o qual os profissionais questionaram-se e reflectiram sobre os temas que mais os preocupam. Apesar de alguns momentos de tensão, a tónica do debate foi construtiva, com todos os participantes a darem a conhecer o seu ponto de vista e a partilharem as dificuldades, tendo inclusivamente
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ssistência técnica, imagem de marca ou um mal necessário? Para responder a esta questão, a Rm promoveu, no passado dia 25 de Novembro, o seu primeiro jantar-debate. A iniciativa contou com 27 participantes, entre representantes de marcas, lojas, centros de assistência técnica, a empresa patrocinadora, a Domestic & General, e a equipa da Revismarket. O nível de participação obtido é um indicador do interesse do mercado por este tema, dado que 46 por cento dos participantes extra painel estavam ligados a centros de assistência técnica. Destes, 85 por cento deslocaramse de fora da Grande Lisboa, representando maioritariamente as áreas dos pequenos domésticos e electrónica de consumo. Em contrapartida, as marcas, que correspondiam a 40 por cento dos participantes extra painel, estavam maioritariamente ligadas à linha
A distribuição lamenta a falta de comunicação entre os SAT’s e os serviços pós-venda das marcas, que conduz, geralmente, a situações de “desespero” por parte do consumidor, perante a ausência de respostas rápidas, acabando, muitas vezes, a distribuição por ter de assumir trocas de produtos, por não lhes restar qualquer outra alternativa.
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surgido algumas propostas de trabalho e sugestões de melhoria para facilitar o futuro. Imagem de marca ou mal necessário Voltando à questão que motivou o encontro, será a assistência técnica um elemento fundamental para a imagem de marca ou é cada vez mais encarada como um mal necessário? Os intervenientes do painel são unânimes em considerar que a assistência técnica é importantíssima para a construção da imagem de uma marca. “Quem não dá assistência abre espaço à concorrência”, concluiu Manuel Jorge, sócio-gerente da loja M.Jorge, uma associada expert, que abriu as “hostilidades” com uma história que, em jeito de anedota, coloca precisamente o dedo na ferida. Esta mesma conclusão foi reforçada por António Alves, sócio-gerente da Telereparadora da Amadora, que contribuiu com o ponto de vista de quem está, simultaneamente, do lado da loja e do centro de assistência, dado que a empresa reúne as duas vertentes. “Como loja e como SAT, comprovamos diariamente que a assistência técnica é um bem absolutamente indispensável. Nenhuma marca, por mais qualidade que tenha, pode dispensá-la. Ao fazê-lo, mais cedo ou mais tarde acaba por claudicar”. As próprias marcas representadas no debate também consideram que a assistência técnica é um elemento essencial da imagem de mar-
Mercado Quem são
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ca. No entender de António Madeira, director de serviço técnico da Miele, “é fundamental que qualquer marca crie os mecanismos necessários para prestar uma boa assistência técnica”. Até porque, nota o responsável, é nesta área onde reside o maior capital de conhecimento sobre os produtos. Nesta medida, uma das primeiras conclusões retiradas do debate é que as marcas terão de encarar a assistência técnica como um bem a prezar. “É a capacidade de dizer ao cliente que o produto tem qualidade, também no serviço que lhe está associado. Cada vez mais, a assistência técnica faz parte do ‘budget’ das marcas, como ferramenta de marketing e de fidelização dos clientes”, sublinha Ricardo Almeida, Portugal Sales Manager da Domestic & General. No entanto, como ressalva Luís Tarruela, responsável pelo serviço técnico da Frigicoll, com o actual modelo de centros de assistência externos, torna-se difícil criar essa imagem de marca. “Assim sendo, cabe às marcas destacarem-se pelo seu serviço de tratamento das reclamações, tanto dos consumidores como das lojas, no sentido de criarem confiança nas suas marcas”. Uma ferramenta decisiva no momento de prescrição pelo lojista Mas a assistência técnica é muito mais do que um serviço. José Brito, responsável pelo serviço técnico da Smeg, chama a atenção
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Quem não dá assistência abre espaço à concorrência
Uma das primeiras conclusões retiradas do debate é que as marcas terão de encarar a assistência técnica como um bem a prezar. “É a capacidade de dizer ao cliente que o produto tem qualidade, também no serviço que lhe está associado. Cada vez mais, a assistência técnica faz parte do ‘budget’ das marcas, como ferramenta de marketing e de fidelização dos clientes”.
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Depois da compra do produto, é fundamental que o cliente mantenha a confiança na loja e na marca e é aqui que entra a assistência técnica, como elemento construtivo dessa mesma confiança.
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António Alves - Telereparadora da Amadora
Jorge Cidra - Domestic & General
Paulo Faria - Fagor
António Madeira - Miele Patrocínio:
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Tema de Capa
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para o facto de que ao comprar um produto, o consumidor está a adquirir também uma função adicional, que se chama assistência técnica. “É também uma oportunidade para melhorar a ideia que o mercado tem da marca”, reforça Massimo Sabini, responsável pelo serviço técnico da Indesit Company. Do ponto de vista dos lojistas, a grande maisvalia da assistência técnica está associada ao factor confiança. “Depois da compra do produto, é fundamental que o cliente mantenha a confiança na loja e na marca e é aqui que entra a assistência técnica, como elemento construtivo dessa mesma confiança”, detalha Hugo Silva, responsável pela área do pós-venda da Media Markt. Carlos Silva, administrador da Prolar, concorda com este ponto de vista. “Para as marcas, a assistência técnica até poderá representar um custo, mas para as lojas e para o consumidor, é um benefício que faz a diferença no momento da decisão de compra”. A distribuição lamenta a falta de comunicação entre os SAT’s e os serviços pós-venda das marcas, que conduz, geralmente, a situações de “desespero” por parte do consumidor, perante a ausência de respostas rápidas, acabando, muitas vezes, a distribuição por ter de assumir trocas de produtos, por não lhes restar qualquer outra alternativa. Esta situação demonstra que a assistência técnica pode também ser um elemento facilitador ou dificultador da acção comercial pois, como nota Manuel Jorge, algumas marcas ainda não perceberam que a maioria dos lojistas vendem ao cliente o que o lojista quiser. “O consumidor não pode estar sujeito a que um SAT, por estar longe ou não ter condições, demore demasiado a resolver um problema”, concorda Domingos Marques, sócio-gerente da Equisor. Em contrapartida, de uma forma geral, o desempenho dos call centers das marcas é considerado satisfatório, porque dão informação imediata, apesar do centro de assistência poder,
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depois, não corresponder em termos de tempo de reparação. Este facto deve-se também, segundo os participantes, à falta de formação na área de atendimento ao público por parte dos SAT’s, que têm dificuldade em ajustar os serviços às necessidades dos consumidores. SAT’s sentem falta de apoio por parte das marcas e das lojas No entanto, os SAT’s lamentam a falta de apoio à sua actividade. “As marcas não investem em conformidade na assistência técnica e depois desculpam-se com a crise para essa falta de investimento. Se as marcas não apoiarem um pouco mais, a assistência técnica não vai sobreviver, porque 90 por cento da facturação corresponde a reparações em garantia”, afirma Rosário Santos, sócia-gerente da Tevecontrol. Ao mesmo tempo, os SAT’s notam também a falta de comunicação e apoio por parte das lojas. António Santos, sócio-gerente da Tevecontrol, destaca o preenchimento correcto e atempado dos documentos e a falta de transparência das datas de venda, que interferem com as garantias, e Domingos Marques acrescenta a necessidade de articulação entre
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As marcas não investem em conformidade na assistência técnica e depois desculpam-se com a crise para essa falta de investimento. Se as marcas não apoiarem um pouco mais, a assistência técnica não vai sobreviver, porque 90 por cento da facturação corresponde a reparações em garantia.
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Isidoro Canais - Romatécnica
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A distribuição lamenta a falta de comunicação entre os SAT’s e os serviços pós-venda das marcas, que conduz, geralmente, a situações de “desespero” por parte do consumidor, perante a ausência de respostas rápidas, acabando, muitas vezes, a distribuição por ter de assumir trocas de produtos, por não lhes restar qualquer outra alternativa.
os pontos de venda e os SAT’s, principalmente no interior do país. “Todos nos ‘batem’, mas os centros de assistência estão aptos a ajustarem-se às necessidades dos consumidores”, sustenta Luís Braziela, sócio-gerente da Satfiel. “Posso perfeitamente deslocar um técnico a casa do consumidor ao fim de semana, se for necessário, mas isso tem um custo. Podemos fazer tudo o que for preciso, mas temos de ser pagos por isso”, continua. Nesta medida, os centros de assistência técnica consideram que ainda há muito a ser feito a respeito da “educação” do ponto de assistência. “Este não é nenhuma ‘instituição de caridade’, como algumas lojas querem que seja. É um negócio profissional, que deve ser tratado e respeitado de uma forma correcta e justa”, defende Rosário Santos. Terá o SAT competências para ser um rosto da marca? Para a responsável da Tevecontrol, as marcas querem que o concessionário seja o seu rosto por detrás do balcão. Porém, a grande questão será se os SAT’s estão preparados para satisfazer as necessidades e exigências dos consumidores. O Portal do Electrodo-
méstico recebe numa base quase diária muitas reclamações de consumidores sobre o atendimento dos serviços técnicos. Como detalha Cidália Ribeiro, responsável pelo projecto, estas prendem-se, principalmente, com o défice de responsabilidade e competência na área da assistência técnica, mas sobretudo com o deficiente atendimento ao cliente e incumprimento dos prazos de reparação. O tempo de espera é também uma das queixas apresentadas por Manuel Jorge, que chegou a esperar meses por intervenções, cabendolhe apaziguar o consumidor e resolver, às suas custas, as questões. “Quando se pede a troca de algum produto, sobretudo um produto estético, esta demora muito e o cliente deveria ser informado do tempo de espera”, concorda Carlos Silva. Na origem destas situações, está a ausência de formação. Para José Brito, há uma carência de bons profissionais na assistência técnica, porque não se dá formação nas próprias escolas. Ricardo Cordeiro, responsável pelo serviço técnico da Franke, acrescenta ainda que muitas das empresas que apostam na formação dos seus colaboradores acabam por vê-los ir embora assim que adquirem al-
Ricardo Almeida - Domestic & General
Cidália Ribeiro - Revismarket
Carlos Silva - Prolar
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Luís Castro - Samsung
Luís Tarruela - Frigicoll
Massimo Sabini - Indesit Company
Tema de Capa
guma competência, algumas vezes para lhes fazerem concorrência. Paralelamente, muitas empresas de assistência técnica não são empresas profissionais. “Ainda há muitas micro empresas sem preparação a fazer assistência técnica e este factor é, inclusive, um reflexo do peso da marca no mercado”, defende José Brito. Esta distinção é, de resto, mais efectiva na área da electrónica de consumo dado que, no entender de Mário Ferreira, sóciogerente da Mavídeo, há uma maior exigência por parte da marca e do próprio consumidor, devido à rapidez das alterações tecnológicas, que obrigam a um maior conhecimento técnico e celeridade de resposta. A partilha de problemas e a comunicação entre a marca e o SAT é assim muito importante para assegurar a qualidade dos serviços. Luís António, sócio-gerente da Novatécnica, acredita mesmo que a qualidade do pós-venda das marcas e dos SAT’s nasce logo na formação, no conceito e nos padrões que os responsáveis ou líderes das marcas têm sobre este tema. O problema, nota Luís Braziela, é que “algumas marcas não têm um interlocutor com capacidade técnica”, o que dificulta a colaboração. No entanto, a avaliação do desempenho dos SAT’s é essencial, apesar de não ser fácil encontrar alternativas, principalmente fora dos grandes centros urbanos. “Controlamos ao minuto a qualidade do serviço prestado, através do número de chamadas perdidas versus o tempo de espera no atendimento, onde nos últimos anos temos alcançado uma média de 99 por cento na qualidade de serviço. Fazemos com regularidade inquéritos de satisfação à nossa rede de
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SAT’s, revendedores e clientes finais, de forma a entendermos os pontos a melhorar e lacunas a preencher. Para a OKI, os SAT’s constituem uma extensão aos serviços centrais”, explica Hugo Ramos, responsável pelo serviço pós venda da OKI. Mas não são incomuns situações de penalização dos centros de assistência mesmo através de rescisões de contratos. “Tentamos investir ao máximo e ajudar a melhorar o desempenho do serviço existente antes de rescindir um contrato, mas é uma situação que acontece e que tem de ser feita com muito cuidado”, explica Luís Castro, Service Manager da Samsung. Porém, outras marcas presentes no debate, e que não têm o peso no mercado que tem a Samsung, vão mais longe, afirmando que fora dos grandes centros urbanos, as marcas correm o risco de ficar “na mão do SAT pela ausência de alternativas”. Maior aposta na formação A pedra de toque para solucionar alguns dos dilemas em que a assistência técnica se encontra mergulhada é, neste sentido, a for-
Os SAT’s notam também a falta de comunicação e apoio por parte das lojas. António Santos, sócio-gerente da Tevecontrol, destaca o preenchimento correcto e atempado dos documentos e a falta de transparência das datas de venda, que interferem com as garantias, e Domingos Marques acrescenta a necessidade de articulação entre os pontos de venda e os SAT’s, principalmente no interior do país.
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Hugo Ramos - OKI
“Todos nos ‘batem’, mas os centros de assistência estão aptos a ajustarem-se às necessidades dos consumidores”, sustenta Luís Braziela, sócio-gerente da Satfiel. “Posso perfeitamente deslocar um técnico a casa do consumidor ao fim de semana, se for necessário, mas isso tem um custo. Podemos fazer tudo o que for preciso, mas temos de ser pagos por isso”,
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Os centros de assistência técnica consideram que ainda há muito a ser feito a respeito da “educação” do ponto de assistência. “Este não é nenhuma ‘instituição de caridade’, como algumas lojas querem que seja. É um negócio profissional, que deve ser tratado e respeitado de uma forma correcta e justa”.
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mação. Luís António considera mesmo que não é possível prestar um serviço de qualidade sem uma formação técnica contínua e que esta temática deveria ser compreendida e implementada pelas marcas, no sentido de prestar um serviço de excelência ao consumidor final. Várias falhas foram apontadas às marcas no que toca à falta de formação e de comunicação com os SAT’s. Mas será que estes aproveitam as ferramentas que as marcas colocam ao seu dispor? “Não é certo atribuir à marca toda a responsabilidade pelo que se passa na assistência técnica. Hoje em dia, praticamente todas as marcas investem no pós-venda e muitas vezes são os concessionários que não querem apoio”, defende José Brito. Segundo este profissional, muitas vezes os concessionários não querem a formação, apesar da marca a disponibilizar. “Também há quem não queira ser ajudado, porque a marca pode ter as ferramentas de informação, mas o concessionário não as usa”. As estruturas pequenas e a falta de meios dos SAT’s para suportar determinados custos podem levar a que seja complicado assistir a algumas formações, que implicam a “deslocação de um técnico que faz falta e custa dinheiro”, argumenta Isidoro Canais, sócio-gerente da Romatécnica. Da sua parte, fica a sugestão da comparticipação dos custos de deslocação do técnico ou a formação in loco nas instalações do SAT. Contudo, as marcas consideram que não devem comparticipar os custos. “Ninguém me pagou para ir à escola e estudar”, contrapõe Luís Castro, esclarecendo que a Samsung não paga qualquer valor aos concessionários para assistirem à formação. “Este deve ser um investimento do SAT para a sua competitividade. O contributo da marca é disponibilizar os seus técnicos. O do concessionário deverá ser o do seu tempo e do seu interesse”. Ao mesmo tempo, o responsável pelo serviço técnico da Sam-
A qualidade do pós-venda das marcas e dos SAT’s nasce logo na formação, no conceito e nos padrões que os responsáveis ou líderes das marcas têm sobre este tema. O problema, nota Luís Braziela, é que “algumas marcas não têm um interlocutor com capacidade técnica”, o que dificulta a colaboração.
sung relembra que, nos dias de hoje, quase que já nem se pode falar de ausência de formação, com a disponibilidade de informação em vários meios e canais, como os manuais e a própria Internet. Não obstante, em matéria de formação, os SAT’s acreditam que, mais do que na componente técnica, as marcas deveriam apoiar os concessionários a respeito do atendimento ao cliente. António Madeira concorda com esta noção, porque nos dias de hoje, para satisfazer o consumidor, não basta ter conhecimentos técnicos. “Aparência, simpatia e à vontade são elementos tão ou mais importantes”. Por essa mesma razão, uma das grandes apostas da Miele é a formação de atendimento, “estratégica para tranquilizar o cliente”. Luís Castro vai no mesmo sentido e relembra que a competência técnica é apenas o requisito básico. “É necessário todo um conjunto de competências de gestão, tratamento do cliente, logística, administrativas, entre outras, para gerir o dia a dia. A competência técnica é o fundamento, tudo o resto é que faz a diferença”. A formação em atendimento, a capacidade de gestão de conflitos, a imagem dos técnicos, a rapidez e eficácia nas reparações são então, no entender dos participantes no debate, pontos fundamentais para assegurar a qualidade do serviço prestado e a satisfação dos consumidores. “O acesso a informação privilegiada e a transmissão do conhecimento dado pela marca é es-
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António Santos - Tevecontrol
Hugo Silva - Media Markt
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Falsas avarias são um problema mas também uma oportunidade Um dos grandes problemas da assistência técnica são as chamadas falsas avarias que foram também abordadas pelos participantes no debate. José Araújo, sócio-gerente da Cidadela Electrónica, apresentou recentemente, no encontro organizado pela AGEFE, o olhar de quem lida no terreno com estes problemas, sublinhando que muitas das situações não
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Não é certo atribuir à marca toda a responsabilidade pelo que se passa na assistência técnica. Hoje em dia, praticamente todas as marcas investem no pós-venda e muitas vezes são os concessionários que não querem apoio.
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Manuel Jorge - M.Jorge
sencial para que o técnico se sinta mais confiante e possa prestar um melhor serviço”, acrescenta Hugo Ramos, que vai aproveitar algumas das sugestões lançadas no debate para incluir em futuras formações da OKI, nomeadamente o tema da legislação e a questão comportamental. Mas outras propostas foram lançadas. Luís Braziela, por exemplo, lamenta o facto das marcas dificultarem o trabalho do SAT por usarem sistemas de informação próprios, em vez de os compatibilizar. “Os produtos são muito idênticos, pelo que se poderiam tipificar as avarias por código, para facilitar a intervenção dos técnicos, evitando a duplicação de processos e custos associados”. Por seu turno, Luís Castro sugere que se criem sinergias através da associação de alguns concessionários. “Já existem alguns exemplos no estrangeiro, de concessionários que se uniram para negociar em conjunto a aquisição de viaturas ou de produtos informáticos”. O responsável da Samsung mostrou-se disponível para apoiar esse tipo de iniciativas, contudo, Isidoro Canais relembra que, há alguns anos, houve uma tentativa para criar uma associação deste tipo. “Os concessionários sofreram pressão por parte de algumas marcas, que chegaram mesmo a ameaçar retirar o serviço se o projecto prosseguisse. Parece que algumas marcas têm receios que os concessionários se associem, porque isolados podem ser melhor controlados”, alerta.
são, em si mesmas, uma questão de desconformidade dos produtos, mas um sintoma do crescimento do número de consumidores que optam por comprar em livre serviço e instalar, eles mesmos, os equipamentos, sem terem os devidos conhecimentos para uma instalação correcta e adequada. Também Hans Egenter, director geral da Miele, confirmou, numa entrevista à Rm, este mesmo facto, que constituiu um dos motivos que levaram a marca a optar por um novo modelo de comercialização, através do sistema Agente Autorizado Miele. Mas as falsas avarias representam também uma oportunidade. “Se se conseguir eliminar dez por cento das falsas avarias através das lojas, já será uma enorme redução de custos”, defende Luís Castro. Deste modo, de acordo com os participantes no debate, urge dar formação a quem está na loja, para que possa, em primeiro lugar, passar todos os atributos do produto ao consumidor e este saiba que o que vai comprar é adequado às suas necessidades. Massimo Sabini confirma que 50 por cento das reclamações dos consumidores devem-se à falta de informação e que grande parte dos pedidos de assistência técnica ocorrem no primeiro ou
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Tema de Capa
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tar receitas, reduzir os custos e fidelizar os clientes, que regressarão para comprar mais”.
no segundo mês após a compra, porque o cliente não sabe o funcionamento do produto. De resto, alguns estudos junto do consumidor realizados nos últimos anos confirmam a percepção destes profissionais. De acordo com uma pesquisa da NPD, a frustração em colocar um aparelho de electrónica de consumo a funcionar causou 13 por cento das devoluções de produto apuradas. 68 por cento destes consumidores não teriam devolvido se a loja tivesse prestado o apoio técnico adequado. “O serviço é a primeira e mais importante interacção que um consumidor tem com um fabricante ou com a loja após a compra e, apesar do custo do pós-venda poder ser elevado, o custo de não o proporcionar é ainda maior”, acredita Stephen Baker, vice-presidente da empresa responsável pelo estudo. “Um mau serviço técnico pode prejudicar a imagem de uma marca, traduzindo-se em devoluções e insatisfação por parte do consumidor. Investir um pouco mais no recrutamento e formação dos profissionais adequados para ajudarem o consumidor no seu percurso de vivência com o produto pode aumen-
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Investir ou não na assistência técnica? À partida, tendo em consideração os resultados apurados pelo estudo junto dos consumidores, a resposta é definitivamente afirmativa, mas convém ter em conta que esta é uma área onde a margem de exercício é baixa e o retorno mais difícil ou quase inexistente. Mesmo assim, os participantes no debate concordam que se deve investir na assistência técnica. “Porque é impossível a uma marca sobreviver sem uma boa assistência técnica”, nota António Madeira. Ao mesmo tempo, esta é também uma ferramenta de marketing como qualquer outra. “Uma marca pode encontrar na assistência técnica um canal de marketing onde há investimento e retorno”, confirma Luís Castro. Contudo, na opinião de Manuel Jorge, salvo raras excepções, a maioria das marcas foca o investimento nas acções de marketing, publicidade, relações públicas e comunicação, esquecendo que a assistência técnica poderia também fazer parte do plano de marketing. “Numa altura em que os clientes são cada vez mais camaleões, não tenho dúvidas de que um pedido de assistência técnica é uma excelente oportunidade para fidelizá-los”. O corolário de tudo isto, caso a experiência do consumidor seja positiva, será, como conta Jorge Cidra, responsável pelo contacto da assistência técnica na Domestic & General, ter o primeiro produto vendido pelos comerciais e o segundo através dos técnicos. Não obstante, na actual conjuntura, com a depreciação dos preços e a tendência para reduzir custos nos dois extremos do processo da venda do produto, a produção e a assistência técnica, qual o equilíbrio entre uma boa assistência técnica e a necessidade de eliminar despesas? Sem qualquer tabu, Luís Castro afirma que, no caso da Samsung, esse equilíbrio é
Ninguém me pagou para ir à escola e estudar”, contrapõe Luís Castro, esclarecendo que a Samsung não paga qualquer valor aos concessionários para assistirem à formação. “Este deve ser um investimento do SAT para a sua competitividade. O contributo da marca é disponibilizar os seus técnicos. O do concessionário deverá ser o do seu tempo e do seu interesse”.
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Os SAT’s acreditam que, mais do que na componente técnica, as marcas deveriam apoiar os concessionários a respeito do atendimento ao cliente. António Madeira concorda com esta noção, porque nos dias de hoje, para satisfazer o consumidor, não basta ter conhecimentos técnicos. “Aparência, simpatia e à vontade são elementos tão ou mais importantes”.
Jorge Moreira - Satfiel
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Principais conclusões do debate (conjuntas e individuais)
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Luís Castro sugere que se criem sinergias através da associação de alguns concessionários. “Já existem alguns exemplos no estrangeiro, de concessionários que se uniram para negociar em conjunto a aquisição de viaturas ou de produtos informáticos”. O responsável da Samsung mostrou-se disponível para apoiar esse tipo de iniciativas, contudo, Isidoro Canais relembra que, há alguns anos, houve uma tentativa para criar uma associação deste tipo. “Os concessionários sofreram pressão por parte de algumas marcas, que chegaram mesmo a ameaçar retirar o serviço se o projecto prosseguisse. Parece que algumas marcas têm receios que os concessionários se associem, porque isolados podem ser melhor controlados”, alerta. atingido com um “budget” próprio, com o qual se faz o desenvolvimento de todas as iniciativas específicas do serviço ao cliente. “Todos os dias há a pressão para reduzir custos, mas o facto de haver um valor estabelecido dá força à marca, para investir na assistência técnica e fidelizar clientes”. E depois da garantia? Todas as métricas estão, no entanto, pensadas para a assistência em garantia. A questão é o que acontece findo o prazo da garantia legal. Esta matéria deu pano para mangas em termos de debate, pois todos os participantes quiseram expressar a sua opinião. Quem controla se o produto está ou não em garantia e como lidar com as muitas exclusões foram algumas das questões que se colocaram. Os participantes avançaram mesmo com algumas sugestões, para
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- Reconhecimento e disponibilidade dos vários intervenientes para ministrar e participar em acções de formação nas diversas áreas, o que é um factor-chave para a qualidade do serviço prestado e satisfação do cliente. - Há ainda muito por fazer no que diz respeito à “educação/ articulação” da loja e SAT. - O associativismo dos SAT’s seria benéfico para a classe. - A partilha de um software comum às marcas seria vantajosa para SAT’s multimarca. - Interesse partilhado por todos no tema da redução das falsas avarias. - Falta de divulgação dos direitos e deveres dos clientes para com as garantias. - Algumas marcas saíram do debate com a sensação que têm muito trabalho pela frente, que têm de estar mais atentas, até porque a concorrência a isso obriga. Este debate despertou algumas marcas para o facto de que SAT’s, lojas e clientes finais consideram esta uma área importante e com muitas lacunas. - As marcas presentes consideram que assistência técnica faz tanta falta como outro sector qualquer e já começa a ser um elemento muito importante na venda do produto. - O debate de ideias sem tabus”. O expressar dos vários pontos de vista, SAT’s, lojas e marcas, e a forma aberta como as marcas encararam este debate são um sinal claro que algumas coisas podem melhorar. - O conjunto de pessoas responsáveis que se reuniu com o mesmo fim, “falar de assistência”, algo que era, há alguns anos atrás, impensável, reflecte alguma mudança. - A transparência de algumas marcas nas suas intervenções, avançando mesmo com números, é inédito. - Empenho dos participantes em revelar os seus argumentos tanto no sector técnico como no sector comercial. - Conhecimento do problema sob os diferentes pontos de vista dos intervenientes, nomeadamente as marcas, que precisam do serviço como mais-valia para a imagem das próprias e que não podem despender muita verba para esse serviço, e SAT’s, que são a peça fundamental no sistema e que dizem que os valores que recebem não são interessantes e que têm também trabalhadores e estrutura que não se compadece com o baixo valor que se paga pelos serviços. - A discussão gerada em termos do tempo de resposta a uma garantia leva a definir qual é realmente o tempo correcto para um cliente esperar por uma assistência. - O chamado período pós-venda faz, ou deveria fazer, parte integrante do lote de recursos dos departamentos de marketing, já que é um factor de fidelização de clientes, a marcas ou distribuidores. No entanto, este factor não é explorado da melhor forma, já que o valor/percentagem do orçamento geral dedicado à assistência técnica é insignificante e insuficiente para manter CAT’s/técnicos preparados e dotados de conhecimentos técnicos sobre o produtos e capacidades/competências comerciais adequadas. - A única forma do mercado se manter fiel às garantias é ser justo, sério, cumprir e defender a imagem da marca/ distribuidor.
que lojas, consumidores e SAT’s pudessem ter um verdadeiro conhecimento dos seus direitos e deveres. Carlos Silva propôs que as marcas, através da AGEFE, ou mesmo da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor ou da Confederação do Comércio e Serviços elaborassem e distribuíssem algum tipo de material de comunicação com os direitos e deveres dos consumidores perante uma garantia de produto, quais as responsabilidades e a quem cabe a resolução dos diversos problemas relacionados com o pós-venda dentro e fora da garantia da marca. Até porque, do ponto de vista do consumidor, a sua confiança nos produtos está relacionada com os prazos de garantia. De acordo com um estudo conduzido pela Lexmark junto de dez mil pessoas, 83 por cento dos consumidores teriam mais fé em dispositivos com maiores prazos de garantia e 40 por cento escolheram especificamente uma garantia mais alargada como a melhor forma de os tranquilizar sobre a qualidade do produto. É neste ponto que a actividade de empresas como a Domestic & General se pode revelar
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Tema de Capa
Patrocínio:
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Massimo Sabini confirma que 50 por cento das reclamações dos consumidores devem-se à falta de informação e que grande parte dos pedidos de assistência técnica ocorrem no primeiro ou no segundo mês após a compra, porque o cliente não sabe o funcionamento do produto.
Participantes:
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particularmente útil. “As marcas defendem a imagem do seu serviço pós-venda, pela importância e impacto comercial que pode trazer. No entanto, acabam apenas por salvaguardar a sua posição concorrente no mercado, com preços extra competitivos, condicionando o aprovisionamento de fundos que garantam a qualidade da sua rede de assistência técnica especializada e preparada para os dias de hoje. E é neste contexto que surgimos como uma solução que vem trazer algum ‘oxigénio’ a esta relação entre a marca, a loja e a assistência técnica, já que nos posicionamos como um investidor externo, que assume os gastos de reparação ou substituição por outro artigo, mantendo a imagem da marca”, esclarece Ricardo Almeida. Segundo este responsável, neste processo, a loja ou a marca oferece um serviço de ampliação de garantia, que ronda dez por cento do valor do artigo e que gera um benefício em forma de comissão, pelo seu trabalho de aconselhamento e venda. Este serviço garante um trabalho para a rede de assistência técnica oficial, pago pela seguradora, durante o período de extensão da garantia e normalmente pago a PVP de fora de garantia. A extensão de garantia é assim um mecanismo importante para fazer com que o consumidor
tenha mais confiança na marca e na própria loja. Esta é a percepção de Carlos Silva, que aderiu recentemente ao serviço através da Euronics, e de Hugo Silva. No entanto, o administrador da Prolar alerta para a necessidade de se ganhar consciência dos preços dos produtos, porque “enquanto se continuar a vender máquinas a 399 euros e frigoríficos a 299 euros, as marcas não vão conseguir dar uma boa assistência técnica”. E como nota final, aqui ficam mais alguns dados que mostram o que pensa o consumidor de tudo isto. Segundo o já referido estudo da Lexmark, a confiança na qualidade e na durabilidade dos dispositivos electrónicos é a mais baixa de sempre. 78 por cento dos consumidores não esperam que os produtos durem mais de cinco anos e 60 por cento desejam que a sua tecnologia seja feita de melhores materiais, mas só dois por cento pensam que um preço alto é equivalente à durabilidade do produto. 67 por cento sentem-se culpados quando se livram do seu equipamento, mas 48 por cento admitem que preferem deitá-lo fora em vez de repará-lo fora de garantia. 24 por cento ainda mudariam de marca com base na falha do produto.
Painel: António Madeira - director de Serviço Técnico da Miele; Luís Castro - Service Manager da Samsung; Carlos Silva – administrador da Prolar; Manuel Jorge – sócio-gerente da M.Jorge - expert; António Alves – sócio-gerente da Telereparadora da Amadora; Rosário Santos – sócia-gerente da Tevecontrol; Ricardo Almeida - Portugal Sales Manager da Domestic & General. Extra-painel: Domingos Marques - Equisor (SAT); Luís António Novatécnica (SAT); Isidoro Canais - Romatécnica (SAT); Luís Braziela – Satfiel (SAT); Jorge Moreira – Satfiel (SAT); Mário Ferreira- Mavídeo (SAT); Fernando Casimiro - Mavídeo (SAT); Massimo
Propostas e sugestões para dar continuidade ao tema
- Realização de sessões de trabalho/reuniões com mais tempo. Várias pessoas sugeriram com frequência trimestral e ao fim de semana, havendo mesmo uma marca a disponibilizar a sua sala de formação para o efeito. - Realização de novo debate incluindo os directores comerciais das marcas para ver debatida a visão sobre a vontade/interesse em reparar ou substituir artigo. “Queremos mesmo reparar ou preferimos que o cliente compre um produto novo? Quando um artigo está fora da garantia legal do aparelho, existe um interesse real em repará-lo ou preferimos gerar nova compra?”. - Maior aproximação dos departamentos técnicos das marcas às lojas para que conheçam os problemas “no terreno”, trabalhem em parceria e ajudem os departamentos comerciais das marcas a passar uma imagem mais positiva junto da loja. - Os departamentos técnicos das marcas devem receber clientes de lojas nas suas instalações e mostrem como trabalham, explicando o que pretendem mudar e melhorar. - As marcas devem criar níveis de assistência técnica diferentes para produtos diferentes, ou seja, um produto mais caro teria um determinado “pacote de serviços” (rapidez, produto de empréstimo, etc.), diferente de outro produto mais barato. No acto de compra, o cliente poderia fazer a sua opção de produto tendo também em conta este nível de serviços diferentes. - Elaboração de um plano de formação para os SAT’s nas áreas de atendimento ao público, comportamentos e imagem e gestão de reclamações e conflitos, nomeadamente para o pessoal do pós-venda e do front deck dos SAT’s. - Desenvolver outro evento como este jantar-debate direccionado para o mercado profissional, com os principais fabricantes e prestadores de serviços. - Maior entendimento e trabalho conjunto entre as marcas, criando melhores resultados e sinergias. Proposta: debater-se o tema em conjunto e definir plano de acção. - Criar uma ferramenta com os direitos e deveres do consumidor perante um produto dentro e fora da garantia para colocar nas lojas. - Uniformização da plataforma informática, que faça circular mais rapidamente a informação sobre o estado dos produtos em reparação e respectivos prazos previstos de entrega, para maior facilidade em responder ao consumidor. - Levantamento efectivo de necessidades de formação, planificação de acções de formação específicas a cada sector.
Sabini - Indesit Company; Paulo Faria – Fagor; José Brito – Smeg; Luís Tarruela – Frigicoll; Hugo Ramos – OKI; Ricardo Cordeiro – Franke; Hugo Silva - Media Markt; Jorge Cidra - Domestic & General; António Santos - Tevecontrol (SAT). Relembramos que apenas os membros do painel foram convidados. Todos os outros participantes compareceram espontaneamente e custearam a sua presença. Este modelo garante que as pessoas que participaram estavam efectivamente interessadas no tema, tendo comparecido de livre e espontânea vontade. A Revismarket não endereçou qualquer convite directo ao mercado além da informação nas suas newsletters.
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Mercado Quem são
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Armando Anjos é o novo director geral da Indesit Company
Armando Anjos é o novo director geral da Indesit Company. Ficando agora responsável por toda a estratégia corporativa da empresa em Portugal, reporta a Philippe Kaltenbach, director de área da Europa Ocidental. Armando Anjos assume assim um papel estratégico para toda a empresa, tendo como principais desafios reforçar a posição que a Indesit Company tem vindo a conquistar e consolidar o posicionamento da empresa no mercado nacional de forma diferenciada. Armando Anjos manterá, ad interim, a função de director comercial em Portugal. Depois de uma experiência comercial na DHL e Central de Cervejas, como chefe de vendas, Armando Anjos entrou na Indesit Company em 2002, como Built-In Sales Manager e depois como Key Account Manager para a distribuição moderna na filial em Portugal. Tem vindo a desempenhar a função de director comercial & Marketing em Portugal desde 2007. Armando Anjos tem 39 anos, é licenciado em Gestão de Empresas, possui uma pós-graduação em Marketing & Negócios Internacionais e concluiu um MBA na AESE/IESE – Escola de Direcção e Negócios.
3 perguntas a Armando Anjos
emnos contrata José António Rousseau
José António Rousseau, especialista na área da distribuição, assume as funções de Senior Advisor, para Portugal e Brasil, da emnos, uma empresa europeia de consultoria para o retalho que inicia a sua actividade em Portugal e que tem, como clientes internacionais, as insígnias Carrefour e Metro. Depois de 30 como director geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), José António Rousseau, deixou, no final de Outubro esta estrutura associativa, representativa da distribuição moderna portuguesa e da qual era o seu rosto mais visível, para se dedicar ao ensino universitário e iniciar uma nova actividade na área da consultoria de empresas. Licenciado em Direito pela FDL, além de director geral da APED, José António Rousseau foi também director geral da APCC e da Codipor, fundou a revista Distribuição Hoje e foi seu director durante os primeiros três anos. Foi ainda director geral da SPCC, empresa de gestão de centros comerciais do grupo Sonae que deu origem à actual Sonae Sierra. Nos últimos 20 anos tem ainda desenvolvido uma intensa actividade de docente no IADE, IPAM e ISEG e é autor de vários livros sobre distribuição, nomeadamente do best-seller “Manual de Distribuição”.
Philips nomeia Ron Wirahadiraksa como novo CFO
Ron Wirahadiraksa, actualmente CFO na Philips Healthcare, vai ser o novo Chief Financial Officer da Royal Philips Electronics a partir de 31 de Março de 2011, sucedendo a Pierre-Jean Sivignon, que deixará a Philips para prosseguir com projectos pessoais. O novo CFO da Philips ingressou na empresa em 1987. Depois de ter trabalhado na Holanda, Grécia, Malásia e nos Estados Unidos, tornou-se CFO da LG.Philips LCD na Coreia do Sul, em 1999, tendo participado na oferta pública inicial nas bolsas da Coreia e de Nova Iorque. Desde 2008 que é CFO da Philips Healthcare. 16
1 – Quais os objectivos pessoais e profissionais para esta nova fase profissional? Nesta nova fase, o meu grande objectivo é alcançar os objectivos que a empresa espera para o mercado português. 2 - Quais as alterações previstas a curto e médio prazo na empresa? Não estão previstas alterações de fundo neste momento, uma vez que a estratégia actual nos tem permitido alcançar os objectivos a que nos temos proposto 3 - O que pensa do facto de ser um dos poucos portugueses na direcção geral de uma multinacional, ao contrário da tendên-
cia generalizada dos últimos tempos, que passa por entregar a direcção geral a profissionais estrangeiros? Fico muito feliz e orgulhoso por isso. Sinto que é um reconhecimento destes oito anos de trabalho para a Indesit Company. Isto significa ter conquistado a confiança da empresa para me atribuir esta responsabilidade, numa altura tão difícil como esta. A empresa entendeu que a equipa local é forte, experiente e muito profissional e, por isso acredita, constituir uma vantagem pelo facto de sermos locais, permitenos entender melhor o mercado, os nossos clientes e fazer a ponte com o Head Quarter.
Jerri DeVard é a nova vice-presidente executiva e CMO da Nokia
Jerri DeVard foi nomeada para o cargo de vice-presidente executiva e Chief Marketing Officer (CMO) da Nokia. Deverá juntar-se ao Group Executive Board da Nokia, reportando a Niklas Savander, vicepresidente executivo e responsável pelo departamento Markets da Nokia. O recém formado departamento de Marketing e Comunicações da empresa, sob a responsabilidade da CMO, passará a reunir todas as actividades de marketing, “brand management” e comunicações da Nokia, bem como a tutelar algumas colaborações específicas com o sector. Jerri DeVard soma mais de 25 anos de experiência de trabalho na área do marketing, para várias marcas líderes no contacto com o consumidor, incluindo a Verizon, Citigroup, Revlon, Harrah’s Entertainment e Pillsbury Company. A sua experiência envolve a gestão de marca e o marketing multicultural, com uma forte ligação ao marketing directo e ao e-commerce. Para além de ter prestado consultoria a várias empresas, Jerri DeVard utilizou os seus conhecimentos e experiência na recolha de fundos para a campanha presidencial de Barack Obama.
Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
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Mercado Quem são
Alexandre Bompard é o novo presidente e CEO da Fnac
Alexandre Bompard é o novo presidente e CEO da Fnac, funções que assume no início de 2011. Com esta nomeação, Alexandre Bompard será também membro do comité executivo do Grupo PPR. De acordo com o comunicado do grupo, esta nomeação demonstra a sua vontade de conduzir a Fnac a uma nova fase de desenvolvimento. Alexandre Bompard sucede a Christophe Cuvillier, que se junta a François-Henri Pinault no PPR com novas responsabilidades. Com 38 anos, Alexandre Bompard tem um diploma do Instituto de Estudos Políticos de Paris, um masters em direito público e uma pós-graduação em economia. Depois da licenciatura pela Escola Nacional de Administração, ingressou na Inspecção-Geral das Finanças francesa, onde esteve quatro anos. Seguiu-se o cargo de conselheiro técnico de François Fillon, ministro dos Assuntos Sociais, Trabalho e Solidariedade, em 2003, e um ano mais tarde a evolução pelo sector dos media, com a integração no Canal+. De 2005 a 2008 foi director de Desporto no Canal+ e director de relações públicas do grupo. Desde 2008 que era presidente e CEO do Europe 1.
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Ana Isabel Morais é a nova directora geral da APED
Ana Isabel Trigo Morais é a nova directora geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Com um vasto currículo na área da gestão de organizações do sector cultural, Ana Trigo Morais tem também experiência no associativismo empresarial, tendo desempenhado funções na Associação Industrial Portuense. A nova directora geral da APED integrou, desde 2004, o Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém, com os pelouros da gestão administrativa e financeira, jurídico e coordenação das actividades comerciais. Anteriormente, exerceu diversas funções no Teatro Nacional de São Carlos e no Teatro Nacional de São João. Ana Isabel Trigo Morais foi coordenadora do infodesk do Ponto de Contacto Cultural, gabinete responsável pela divulgação dos programas de apoio financeiro da União Europeia para o sector cultural. Foi ainda responsável por um conjunto de iniciativas no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Ana Isabel Trigo Morais é licenciada em Direito, tendo frequentado também diversos cursos de gestão, organização e direcção de empresas.
Luís Alves Monteiro na direcção de marketing da Xerox Portugal
Luís Alves Monteiro foi nomeado para o cargo de director de marketing da Xerox Portugal, reportando directamente ao director geral, Pedro Quintela. Aos 47 anos, o mais recente director da Xerox Portugal assume as funções principais na definição da estratégia de marketing da organização e de coordenação das diferentes áreas do departamento de marketing que suporta transversalmente toda a actividade da Xerox em Portugal, incluindo o marketing support ao canal. O novo director de marketing da Xerox Portugal, licenciado em Direito, integrou a Xerox, em 2005, para o cargo de director geral da Xerox Porto com as funções de garantir a consolidação e activação de novas oportunidades de negócio e adaptar as mensagens corporativas à realidade local, com especial enfoque no desenvolvimento de soluções inovadoras. Em 2008, assumiu o cargo de European Channel Marketing Europe, onde passou a assumir o desenvolvimento e gestão de programas de marketing na Europa, para o canal de concessionários, bem como a coordenação das áreas operacionais do departamento de Marketing da Xerox Europa, com vista ao crescimento e rentabilidade do negócio. Antes de ingressar na Xerox, Luís Alves Monteiro assumiu outros cargos na área das tecnologias da informação, como na Hewlett Packard, como director comercial e Finance & Technology Manager.
Rm-Revismarket - Março/Abril 2010
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[ Mais uma loja convertida em Elite Digital
A Inforlandia lançou recentemente uma nova insígnia para a sua rede de lojas de informática. A Elite Digital - Corpo de Elite de Intervenção Técnica visa criar uma identidade própria para a rede de lojas, realçando a marcada componente de serviços, característica da oferta desta rede de lojas. A estratégia de crescimento da rede de lojas franchisadas passa, também, pela conversão de lojas já existentes. A Inforlandia anuncia assim a conversão da loja de uma rede franchisada concorrente que aderiu à rede franchisada Elite Digital em Outubro, estando previstas novas adesões até ao final do ano. A loja aderente situa-se na cidade do Porto, na Rua Coelho Neto, junto ao Campo 24 de Agosto. Como em qualquer loja Elite Digital, conta com uma equipa capaz de prestar um atendimento personalizado, incluindo na sua oferta comercial marcas líderes de mercado no sector informático, a preços competitivos, nomeadamente a marca nacional de computadores INSYS.
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AKI cria cerca de 100 novos postos de trabalho locais na Margem Sul O AKI inaugurou, dia 16 de Novembro, a sua 27ª loja, localizada no Retail Planet, no Barreiro. Esta nova unidade junta-se à nova loja do Montijo, que abriu em Outubro, no reforço da presença do AKI na Margem Sul do Tejo. Os dois novos espaços, Montijo e Barreiro, representam para a insígnia um investimento total que ronda os sete milhões e meio de euros e a criação de perto de 100 novos postos de trabalho numa das zonas mais afectadas pela crise económica em Portugal. Depois das duas novas aberturas no Montijo e Barreiro, o AKI passa a ter 27 lojas em Portugal, 1.468 colaboradores e mais de 20.000 artigos em loja, distribuídos por 12 departamentos.
Worten abre no Barreiro e em Peniche
Em apenas dois dias, a Worten somou mais duas lojas em Portugal. Dia 26 de Novembro, foi inaugurada a loja de em Peniche, um espaço com 495 metros quadrados de área de venda e que conta com cerca de 11 colaboradores. Um dia antes, assinalou-se a abertura da loja do Barreiro, que conta com 15 colaboradores num espaço de 520 metros quadrados. A loja Worten de Peniche está integrada num complexo comercial que inclui ainda o Modelo, a Modalfa, a Well’s e a Bom Bocado, que cria mais de 130 novos postos de trabalho directos. O novo espaço da Sonae em Peniche sucedeu um dia depois da inauguração de um outro complexo no Barreiro, que engloba um hipermercado Continente e mais quatro lojas da Sonae. As cinco insígnias presentes no novo Centro Comercial Continente do Barreiro representam uma área total de venda de 4.800 metros quadrados e são responsáveis pela criação de 272 novos postos de trabalho directos para a região. 18
Mercado Aberturas
Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
Media Markt reabre de Sintra
A Media Markt Sintra, localizada no Sintra Retail Park, reabriu as suas portas dia 11 de Novembro, após remodelação. A loja apresenta-se agora renovada, com especial destaque para o grande linear de televisão.
Jumbo e Box de Coina criam 265 postos de trabalho
O Grupo Auchan inaugurou, no dia 17 de Novembro, a sua 32.ª loja em Portugal, o Jumbo de Coina. O hipermercado representa um investimento de 17 milhões de euros, localiza-se no Barreiro Retail Park e cria 265 postos de trabalho, o equivalente a cerca de 22 mil horas de formação. O Jumbo de Coina é a 22.ª unidade com a insígnia Jumbo, tem uma área de venda de seis mil metros quadrados e uma loja Box com cerca de 700 metros quadrados
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Mercado Aberturas
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Expert com nova loja na ilha de S. Miguel
A Expert dispõe de mais um ponto de venda na ilha de S. Miguel, nos Açores. A nova loja foi inaugurada no passado dia 27 de Outubro, em Ponta Delgada, e é propriedade da Mobilar, empresa com 30 anos de actividade em diversas áreas de negócio. A nova loja Expert, com 600 metros quadrados totalmente dedicados aos electrodomésticos, electrónica de consumo e informática, conta ainda com uma loja de móveis Mobilar, no piso superior, de dimensões ligeiramente inferiores ao rés do chão. A loja Expert resulta de uma parceria entre a Mobilar e a Susiarte/ Codelpor.
Loja de áudio e vídeo ultra high-end abre em Lisboa
A Ultimate Audio inaugurou, dia 13 de Novembro, em Lisboa a sua primeira loja, um espaço nobre para exposição e demonstração de equipamentos áudio e vídeo ultra topo de gama. Trata-se de uma área de 250 metros quadrados na zona de Benfica, que foi trabalhada de raiz para oferecer condições ideais para a demonstração de equipamentos de excepção que, nalguns casos, custam mais de uma centena de milhar de euros. A Ultimate Audio, empresa criada em 2008 e que tinha até agora exercido a sua actividade sem um espaço físico próprio, oferece uma zona de recepção e exposição, duas salas específicas para demonstração de sistemas de áudio e uma para cinema-em-casa. Qualquer um dos três espaços de demonstração foi objecto de um projecto rigoroso, de forma a que os equipamentos possam ser fruídos com uma perturbação mínima da acústica da própria sala. Além disso, a forma como foram construídos permite o seu funcionamento em simultâneo, sem que o som de uma sala interfira com uma audição a decorrer noutra.
Valença tem mais uma loja 100% Euronics
Inaugurou, dia 30 de Outubro, mais uma loja 100% Euronics, desta feita em Valença. O novo ponto de venda, propriedade da Electrocunha, do empresário João Paulo Cunha, tem cerca de 300 metros quadrados. Na inauguração de mais esta loja Euronics, estiveram presentes, entre outros convidados, a actriz Marta Melro, Jorge Santos, presidente da Euronics, Dário Almeida, vice-presidente da Euronics e Arlindo Pereira, director comercial da Euronics.
O melhor look da estação Rua Nossa Senhora de Fátima, 177 - 1.º Sala 4 • 4050-427 Porto Rm-Revismarket - Março/Abril 2010 T. 226 094 717 F. 226 095 782 Email: geral@orbegozo.pt
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Mercado Estratégias
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Telefunken chega a Portugal através da Telefac Chegou há bem pouco tempo ao mercado nacional, num regresso da Telefac às suas próprias origens. A distribuição portuguesa passa a ter à sua disposição uma outra marca no mercado da televisão, que pretende contrariar o domínio hegemónico dos líderes e “refrescar” os lineares com uma alternativa que lhes permite não só dar mais opções de escolha ao consumidor final, mas também aliviar um pouco a pressão sobre as margens, sobretudo para o retalho dito tradicional. Embora ainda seja cedo para anunciar resultados, a verdade, garantem os responsáveis da marca, é que a distribuição acolheu de forma muito positiva o projecto. Consciente das dificuldades a enfrentar, a Telefac acredita, no entanto, no potencial de uma marca que historicamente sempre caminhou inovando, que lhe permitirá atingir os objectivos ambicionados em termos de quota de mercado.
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importantes parcerias com outros fabricantes. Esta caminhada tem também coincidido com a sua expansão para diferentes mercados. Presente em Espanha há já alguns anos, conseguiu afirmar a sua posição como uma alternativa face aos líderes, o que se materializou em vendas. E é aqui que se começa também a desenhar a abordagem ao mercado nacional, como nos conta Marina Mateus, o rosto do projecto Telefunken em Portugal, “por iniciativa de profissionais ligados ao sector em Espanha, que agilizaram os contactos com a casa-mãe”. Até porque já fazia parte dos planos da Telefunken a sua natural expansão para o mercado português.
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Uma alternativa face aos líderes Na actual conjuntura económica e tendo em conta o nível de concentração a que se chegou no negócio da electrónica de consumo, muitos poder-se-ão questionar sobre o que levou a Telefac a trazer esta nova marca para Portugal. Ora a resposta é muito simples. “A Telefac sempre esteve historicamente ligada à televisão. A própria empresa nasceu como fabricante de antenas e de acessórios electrónicos para a recepção de sinal analógico terrestre e mais tarde estabeleceu uma parceria de distribuição com a antiga ITT, fabricante dos famosos ITT Ideal Color, que possuía uma unidade de produção em Portugal. Posteriormente, e já integrada no Grupo Nokia, foi assegurada a distribuição da Schaub-Lorenz”, explica Marina Mateus.
Marina Mateus
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sua abordagem ao mercado nacional até pode ser recente mas a Telefunken tem já uma idade digna de muito respeito. Fundada a 27 de Maio de 1903, em Berlim, dedicando-se à produção e desenvolvimento de sistemas de rádio, em 1963 era já um fabricante líder no mercado da televisão, tendo nesse ano apresentado o sistema analógico a cores em PAL, que viria a ser adoptado como standard em quase toda a Europa. Daí para a frente, fazem parte da sua história vários capítulos de reconversões, fusões e aquisições até que, com a crescente influência das marcas nipónicas e coreanas, praticamente desapareceu do mercado. O ano de 2005 marcou, no entanto, uma viragem, com a sua reactivação como marca comercial. Desde então, o percurso da Telefunken tem-se pautado pela recuperação da marca, através de
Os lineares já estão sobrecarregados, mas Marina Mateus sublinha que estão dominados por duas marcas apenas. Uma situação que conduz a “uma erosão das margens, com uma forte, contínua e incontrolável deflação nos PVP’s, que o canal de retalho já tem dificuldade em acompanhar, face à pressão exercida pelas cadeias de maior dimensão e com outro potencial de compra. A Telefunken surge precisamente para colmatar esse problema que o retalho tradicional enfrenta”.
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Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
Esforços concentrados no retalho É precisamente neste ponto que reside a pedra de toque de toda a abordagem da Telefunken ao mercado. É certo que os lineares já estão sobrecarregados, mas Marina Mateus sublinha que estão dominados por duas marcas apenas. Uma situação que conduz a “uma erosão das margens, com uma forte, contínua e incontrolável deflação nos PVP’s, que o canal de retalho
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já tem dificuldade em acompanhar, face à pressão exercida pelas cadeias de maior dimensão e com outro potencial de compra. A Telefunken surge precisamente para colmatar esse problema que o retalho tradicional enfrenta”. Neste sentido, a Telefunken apresenta-se ao mercado como uma alternativa com uma imagem “intacta”, onde o retalho especializado pode encontrar uma estabilidade em termos de produto, gama e PVP’s. O portfólio de produtos é, segundo a responsável, bastante convencional do ponto de vista do número de modelos, mas suficientemente abrangente em termos de mercado. Em LCD’s, oferece soluções das 19 até às 42 polegadas e em LED tem opções de 26, 32 e 42 polegadas. Ao mesmo tempo, a gama incorpora algumas características únicas, como é o caso do PVR (Personal Video Recorder), que permite a gravação de qualquer programa sem recurso a nenhum aparelho exterior. Basta programar o televisor para que funcione como um normal gravador de imagem. Com todos os esforços concentrados no retalho tradicional, o projecto Telefunken vai ser liderado por Marina Mateus, como Product Manager, e no terreno irá contar com a equipa de vendas da Telefac, estando em processo de recrutamento um chefe de vendas. Para assegu-
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Texto: Carina Rodrigues Fotos: Telefac
Na actual conjuntura económica e tendo em conta o nível de concentração a que se chegou no negócio da electrónica de consumo, muitos poder-se-ão questionar sobre o que levou a Telefac a trazer esta nova marca para Portugal. Ora a resposta é muito simples. “A Telefac sempre esteve historicamente ligada à televisão”. Mas o facto do negócio de televisão fazer parte do ADN da Telefac não é a única justificação. “Há muito que se verificava existir no mercado uma janela de oportunidade para uma marca que se pudesse constituir como uma alternativa aos dois principais líderes e que exercem um domínio hegemónico no mercado. A falta de opções de escolha, a perda de vigor por parte de algumas marcas históricas e a ‘bipolarização’ condicionaram em demasia a oferta ao consumidor e a saturação em termos de linear”
rar a qualidade em todas as fases do processo de venda, desde a sua génese até ao pós-venda, a assistência técnica será assegurada a através de uma rede nacional e gerida pela Asgaard, especialista no sector do serviço pós-venda. Estão assim lançadas as bases para tentar repetir em Portugal a história de sucesso que a Telefunken tem tido noutros mercados. No arranque e até se atingirem os níveis desejados em termos de presença em linear, todos os esforços e recursos serão concentrados no Trade Marketing. Trabalhada a distribuição, chegará a altura de colocar a Telefunken na mente do consumidor português, prevendo-se, no segundo semestre de 2011, o início de uma campanha dirigida ao cliente final.
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Mas o facto do negócio de televisão fazer parte do ADN da Telefac não é a única justificação. “Há muito que se verificava existir no mercado uma janela de oportunidade para uma marca que se pudesse constituir como uma alternativa aos dois principais líderes e que exercem um domínio hegemónico no mercado. A falta de opções de escolha, a perda de vigor por parte de algumas marcas históricas e a ‘bipolarização’ condicionaram em demasia a oferta ao consumidor e a saturação em termos de linear”.
Mercado Estratégias
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.A Telefunken apresenta-se ao mercado como uma alternativa com uma imagem “intacta”, onde o retalho especializado pode encontrar uma estabilidade em termos de produto, gama e PVP’s. Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
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Mercado Estratégias
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Texto: Carina Rodrigues Fotos: Tristar
Tristar quer reforçar a sua influência junto da distribuição moderna Com um novo director comercial ao leme, Pedro Amaral, a Tristar espera fechar 2010 com os melhores resultados de sempre em Portugal. A empresa orgulha-se deste feito num tão curto espaço de tempo, mas reconhece que ainda tem muito trabalho a fazer, sobretudo no crescimento da sua base de clientes e da sua influência junto da distribuição moderna. O foco está assim colocado no cliente, a maior prioridade desta sua nova estratégia de abordagem ao mercado nacional, para que no futuro tenha uma influência transversal no grande consumo.
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etida e controlada pela casa-mãe desde o início do ano, a Tristar viu a sua estrutura em Portugal reorganizada, com a implementação de uma nova direcção local. Foi no âmbito desta reestruturação que se integrou Pedro Amaral, o novo director comercial da Tristar desde o passado mês de Julho. Com uma vasta experiência em gestão de contas na grande distribuição, desde o sector alimentar passando pela bricolage, Pedro Amaral encontra na Tristar o maior desafio da sua carreira até ao momento. Os resultados conseguidos nestes primeiros cinco meses conferem, no entanto, segundo este profissional, o maior tónico, sobretudo porque conseguidos num período de conjuntura económica claramente desfavorável. “Os resultados que estamos a ter num clima desfavorável como o que estamos a viver deixam-me muito optimista em relação ao futuro. Todas as mais-valias que foram sendo aportadas nos últimos meses à empresa contribuíram para que a Tristar se prepare para fechar o seu melhor ano de sempre em Portugal.” Neste trajecto, Pedro Amaral foi apoiado por uma equipa que qualifica de experiente e bem preparada, à qual foi necessário apenas incutir alguns procedimentos essenciais ao bom funcionamento interno, de forma a concentrar todos os esforços no que considera o activo mais valioso da empresa, os clientes. “Nestes primeiros meses, foi com enorme prazer que constatei que a nossa base de clientes cresceu e que a maior parte deles são cada vez mais fidelizados e satisfeitos com as nossas novas directrizes, estratégias e campanhas comerciais. Para eles, vai a nossa prioridade, sem qualquer dúvida”. Ainda assim, a Tristar tem como um dos seus principais objectivos de curto-médio prazo alargar de forma 22
Carlos Correia Gestor de Clientes
Isabel Tavares Departamento Comercial
ainda mais efectiva a sua influência à distribuição moderna, especializada e alimentar, o que está já
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Alexandra Coutinho Departamento Financeiro
em marcha com alguns projectos e parcerias em análise. “Baseado na expressão que estamos a adquirir, mesmo tendo noção da nossa dimensão, digo que dificilmente no futuro o grande consumo não contará connosco de uma forma transversal”, acrescenta Pedro Amaral. A Tristar tem também investido numa constante optimização de sortido e está neste momento a acrescentar algumas famílias de artigos. “Para além disso, estamos a preparar-nos para surpreender o mercado com um lançamento completamente imprevisível e que em Janeiro de 2011 se mostrará ao país na sua plenitude. Por outras palavras, e levantando um pouco o véu, às nossas tradicionais famílias Indoor (pequenos domésticos) e Outdoor (exterior), uma outra se irá juntar”.
Com uma vasta experiência em Gestão de Contas na Grande Distribuição, desde o Sector Alimentar passando pela Bricolage, Pedro Amaral encontra na Tristar Portugal o grande desafio da carreira até ao momento.
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Mercado Notícias
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Melhores exemplos do comércio e serviços em 2009 distinguidos com os Prémios Mercúrio Rui Nabeiro (Delta), na categoria de Prestígio, Pedro Guerra (Baviera), Joaquim da Silva Malcato (Celeiro da Memória) e Ronald Brodheim (Grupo Brodheim) conquistaram os Prémios Mercúrio como personalidades de referência no sector do comércio e serviços em 2009. A Conserveira de Lisboa, Sant’Ana Gourmet, PortoSigns, Projecto Manhattan e a Fixe em Casa foram as empresas premiadas. Os vencedores do Prémio Mercúrio foram distinguidos dia 29 de Novembro, numa gala apresentada por Nilton, na Culturgest, em Lisboa, reunindo as principais personalidades do comércio português. Uma iniciativa conjunta da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e da Escola de Comércio de Lisboa (ECL), o Prémio Mercúrio visa dignificar o que de melhor se faz no sector do comércio e serviços. Nesta sua segunda edição, contemplou o percurso de pessoas e empresas do sector, ao longo do ano de 2009.
Melhores negociadores da distribuição e da produção premiados com o Master da Negociação
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Frederico Paiva nomeado Country Manager para a Panasonic Ibéria em Portugal
Frederico Paiva é o novo Country Manager da Panasonic Ibéria em Portugal e é agora o responsável de negócio da marca no território nacional. Para Frederico Paiva, “um dos principais objectivos da Panasonic em Portugal será adoptar a postura de um posicionamento directo relativamente aos clientes, parceiros e consumidores, podendo apresentar soluções que estejam em linha com as necessidades e especificidades do mercado português, algo que até à data não havia sido possível para a Panasonic na sua plenitude”.
A arte da negociação foi distinguida no passado, dia 16 de Novembro, com a entrega dos galardões Masters da Negociação 2010, uma iniciativa do INV - Instituto de Negociação e Vendas, que visa premiar as personalidades que, em Portugal, mais se destacaram nesta área em 2010. Hans Egenter, director geral da Miele, e Carlos Maia, director geral da Staples, foram dois dos laureados da noite, na categoria de Carreira, que distingue pessoas com uma carreira relevante em contextos negociais. Para além destes dois troféus, na categoria de Carreira foram também distinguidos David Lopes, director geral do Recheio, e Paulo Pereira da Silva, presidente do Conselho de Administração da Renova. Na categoria Profissional, foram galardoados Isabel Ferreira Pinto, directora comercial da área de DPH do Pingo Doce, e Ricardo Cunha, National Account Manager do canal Hipers, Supers e Discounts (Direct Trade) da Colgate Palmolive. Já na categoria Prestígio, os Masters foram para Alberto da Ponte, presidente executivo da Sociedade Central de Cervejas e da Sociedade Água do Luso, e José Roquette, presidente do Conselho de Administração do Grupo Esporão. Teresa Regojo, presidente do Grupo Regojo e da Fundação Teresa Regojo, recebeu o Master Institucional.
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Mercado Tendências
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Pode a Media Markt ter sucesso na China? Desde o passado dia 17 de Novembro que a Media Markt está presente com uma grande loja na China, mais concretamente em Xangai. O ponto de venda, com mais de 9.500 metros quadrados, é o segundo maior da Media Markt em todo o mundo e trata-se também do primeiro passo de um ambicioso projecto de expansão que prevê mais dez lojas em Xangai antes de 2012. A entrada da segunda maior retalhista mundial de produtos electro irá, certamente, “aquecer” este mercado, muito apetecível sobretudo pelas oportunidades de expansão que proporciona. Mas desenganem-se os que julgam que a implantação da Media Markt no país será tarefa fácil. O líder mundial, a Best Buy, já lá está desde 2006 e o seu exemplo pode até servir de lição para a retalhista alemã, pelas dificuldades de expansão encontradas, especialmente onde existe pressão dos principais “players” locais, a Suning e a GOME.
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de Taiwan, a Foxconn Technology. A Media Markt China nasceu como uma jointventure entre o Grupo Metro e as duas famílias fundadoras da Media Markt, Kellerhals e Stiefel, com 75 por cento das acções, e a Foxconn Technology, com os outros 25 por cento. Ton Wortel é o CEO, assessorado por Alan S. Yeung, director de estratégia na China. Antes desta nova “aventura”, Ton Wortel tinha sido o COO de uma subsidiária da Media Saturn nos países Baixos. Já Alan S. Yeung era o CFO do Foxconn’s Channel Business Group. A aliança à Foxconn dá à Media Markt uma vantagem competitiva. Segundo o Planet Retail, a fabricante taiwanesa fez um investimento significativo na região continental da China e beneficia de um relacionamento privilegiado com as autoridades, fabricantes e fornecedores locais. A Foxconn está também já envolvida no negó-
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cio de retalho através da sua subsidiária Cybermart, uma empresa que aluga equipamento a pequenas lojas que vendem electrodomésticos e electrónica de consumo. “Ao estabelecer uma parceria com a Foxconn, a Media Markt não só terá acesso à sua ampla gama de produtos de electrónica, como também estabelece contactos de negócios com fornecedores locais que poderão ajudar a retalhista a acelerar a sua expansão”, destaca Yujun Qiu, analista do Planet Retail. Vantagens que podem ser entraves A consultora analisou as vantagens e os desafios que a Media Markt pode encontrar neste mercado, concluindo que o seu sucesso futuro é ainda uma incógnita, dependente de muitos factores, desde o conceito de loja, à estratégia de gestão descentralizada, sem esquecer as reacções es-
Existe o risco que a Suning e a GOME pressionem os fornecedores locais em termos do preço oferecido à Media Markt. Para além disso, com anos de experiência em guerras de preços, são muito flexíveis em se ajustarem às estratégias de preço dos seus concorrentes e os consumidores chineses ainda são muito sensíveis a este factor, mesmo em grandes cidades como Xangai. Ao contrário da Best Buy, que se posicionou no segmento médio-alto, para evitar ter de concorrer com os retalhistas locais, a Media Markt irá entrar posicionando-se no segmento competitivo. Como estreante, é uma estratégia arriscada
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ara já, a Media Markt consegue o feito de ter reunido cerca de dez mil pessoas esperando pela abertura das portas da nova loja no dia da inauguração. Esta aglomeração de clientes confirma o ambiente positivo para o consumo chinês, facto que foi destacado por Roland Weise, CEO de Media-Saturn-Holding, GmbH. “O poder de compra dos clientes chineses está a aumentar e é um crescimento muito positivo para o arranque deste nosso mercado. Só o sector dos produtos electrónicos cresce mais de oito por cento e prevê-se que as vendas subam entre 180.000 e 200.000 milhões de euros nos próximos dez anos”. Localizado em Huai Hai Road, uma das artérias comerciais mais conhecidas da cidade, o ponto de venda divide-se por cinco pisos, onde disponibiliza mais de 45 mil referências. No apoio à loja estão 275 colaboradores. Para além das secções habituais, integra estúdios de tecnologia 3D, Hi-Fi e televisão e 300 metros quadrados dedicados a um departamento de e-learning e jogos. Ao mesmo tempo, dispõe de uma ampla zona de descanso onde os clientes podem testar produtos como as cadeiras de massagem, enquanto desfrutam de uma bebida. Esta inauguração marca o arranque de um ambicioso plano de expansão para o mercado chinês, onde a Media Markt contempla uma rede de 100 pontos de venda nos próximos cinco anos. Neste caminho, a insígnia vai ser apoiada pela fabricante de semicondutores e electrónica
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Texto: Carina Rodrigues Fotos: Media-Saturn
Uma das inovações que a retalhista leva para este mercado é o seu característico modelo de gestão descentralizada. Jack Sun, o director de loja de Xangai, possui uma participação de 10 por cento no ponto de venda, o que lhe dá maior poder e liberdade de decisão relativamente às operações, compras e promoções a implementar. Adicionalmente, ao contrário da Suning e da GOME, que se apoiam nos recursos humanos dos fabricantes, a Media Markt investiu no recrutamento e formação dos seus próprios colaboradores, a mesma estratégia usada pela Best Buy, para garantir a imparcialidade e profissionalização do serviço ao cliente.
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peradas dos restantes retalhistas. Para a China, a Media Markt leva um conceito de loja muito diferente do dos seus concorrentes. Os retalhistas locais, como a Suning e a GOME, são normalmente muito flexíveis em termos da decoração e layout da loja e da oferta disponibilizada, adequando-os à dimensão e forma de cada ponto de venda e às necessidades específicas dos consumidores locais. As suas lojas têm entre três mil e 10 mil metros quadrados e normalmente localizam-se nas caves dos grandes edifícios ou ocupando instalações próprias. Quanto à Best Buy, para evitar a concorrência directa com estes retalhistas, adoptou uma estratégia “high-end”. Neste sentido, as suas lojas estão bem decoradas, oferecendo produtos de gama média e alta, que estão expostos de forma a convidar à interacção com os consumidores.
Existem ainda áreas dedicadas às cozinhas e ao cinema em casa. O que a Media Markt exporta para a China é o conceito europeu, com as suas grandes áreas, decoração simples e uma grande oferta de produtos a preços competitivos. Os clientes também podem interagir com os artigos e, estudando bem a lição dos centros comerciais no país, existe uma grande área dedicada ao entretenimento. A Media Markt espera agora que os clientes se mantenham mais tempo dentro da loja e que a convertam num destino de visita de toda a família aos fins de semana. A grande questão, para Yujun Qiu, é saber de que forma este conceito será aceite pelos consumidores chineses. “O que irá determinar o sucesso ou falhanço da Media Markt no país”. Outra das inovações que a retalhista leva para este mercado é o seu característico modelo de
gestão descentralizada. Jack Sun, o director de loja de Xangai, possui uma participação de 10 por cento no ponto de venda, o que lhe dá maior poder e liberdade de decisão relativamente às operações, compras e promoções a implementar. Adicionalmente, nota o Planet Retail, ao contrário da Suning e da GOME, que se apoiam nos recursos humanos dos fabricantes, a Media Markt investiu no recrutamento e formação dos seus próprios colaboradores, a mesma estratégia usada pela Best Buy, para garantir a imparcialidade e profissionalização do serviço ao cliente. Ora, esta que é, à partida, uma vantagem competitiva da Media Markt, pode tornar-se num entrave à sua expansão, devido à falta de recursos humanos qualificados na área do retalho. A própria loja de Xangai teve a sua inauguração inicialmente agendada para Setembro, tendo sido consecutivamente adiada até ao dia 17 de Novembro. “Os rumores indicam que este atraso se deveu sobretudo ao facto da Media Markt não conseguir recrutar profissionais qualificados. A retalhista ofereceria um salário anual a rondar os 300 mil dólares para o gerente da loja, mas poucos profissionais da GOME e da Suning se mostraram interessados no lugar, parcialmente porque não tinham confiança quanto ao futuro da Media Markt na China. Eventualmente, a insígnia contratou um profis-
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O que a Media Markt exporta para a China é o conceito europeu, com as suas grandes áreas, decoração simples e uma grande oferta de produtos a preços competitivos. Os clientes também podem interagir com os artigos e, estudando bem a lição dos centros comerciais no país, existe uma grande área dedicada ao entretenimento. A Media Markt espera que os clientes se mantenham mais tempo dentro da loja e que a convertam num destino de visita de toda a família aos fins de semana
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sional que trabalhava para o Carrefour há cinco anos”, avança Yujun Qiu. O que é que a Media Markt pode então esperar deste mercado? O analista do Planet Retail considera que, para já, a Suning e GOME não deverão tomar qualquer acção específica contra o desenvolvimento da Media Markt, mas isso não significa que não estejam atentas a tudo o que a retalhista alemã irá fazer. Tal como aconteceu com a Best Buy, é provável que enviem os seus ‘espiões’ para conhecerem melhor a nova loja e reajam de acordo com o que forem apreendendo. “Ao aprenderem com a Best Buy, a GOME e a Suning estão agora testar e usar pessoal de vendas profissional. Se o conceito da Media Markt se tornar popular entre os consumidores chineses, estas insígnias irão provavelmente melhorar as suas lojas para incorporar aquelas características”. Outra questão que se levanta é como a Media Markt irá competir com base no preço contra a Suning e a GOME? Estes dois retalhistas chineses têm um significativo poder de negociação com os fornecedores no país, devido ao facto de terem uma ampla rede de lojas. “Existe o risco que a Suning e a GOME pressionem os fornecedores locais em termos do preço oferecido à Media Markt. Para além disso, com anos de experiência em guerras de preços, são muito flexíveis em se ajustarem às estratégias de preço dos seus concorrentes e os consumidores chineses ainda são muito sensíveis a este factor, mesmo em grandes cidades como Xangai.
Mercado Tendências
Ao contrário da Best Buy, que se posicionou no segmento médio-alto, para evitar ter de concorrer com os retalhistas locais, a Media Markt irá entrar posicionando-se no segmento competitivo. Como estreante, é uma estratégia arriscada”, alerta Yujun Qiu. Estas dificuldades poderão ser, contudo, mitigadas pelo poder de negociação internacional da Media Markt, potenciado pelo seu estatuto de líder europeu. Para além disso, nota o analis-
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ta do Planet Retail, a estratégia de preços baixos da Media Markt é baseada no facto de muitas vezes vender produtos ligeiramente desactualizados, lançados em 2009, que são depois complementados com as últimas novidades. A última nota na análise do Planet Retail questiona o quão ambicioso é o plano de expansão na China. Sem dúvida que se trata de um mercado pouco saturado, onde existe ainda um enorme potencial para a abertura de novas lojas. Contudo, existem poucas localizações adequadas para novos e grandes pontos de venda em Xangai. Adicionalmente, a Suning e a GOME, com as suas já estruturadas redes de lojas, não irão dar estas melhores localizações de “mão beijada” à Media Markt. Tome-se o exemplo da Best Buy, que actualmente só possui seis lojas em Xangai e outras duas em Suzhou e Hangzhou, duas cidades perto de Xangai. Uma destas lojas foi fechada pouco depois da abertura, devido à sua localização desvantajosa, e a outra tem apenas 77 metros quadrados. A Best Buy tem, inquestionavelmente, o músculo financeiro para se expandir na China, mas a GOME e a Suning têm conseguido travá-la, recorrendo-se das suas ligações ao governo e empresas locais. Mesmo assim, o Planet Retail acredita que, apesar da sua abordagem mais tardia a este mercado, a Media Markt pode ser bem sucedida na China. A sua estrutura de gestão descentralizada joga aqui a seu favor e já provou que é decisiva na capacidade da retalhista em se adequar bem às especificidades de cada mercado onde se expande.
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Mercado Dados de mercado
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consumidor mais poderoso exige um retalho mais inteligente
Os próximos dez anos serão marcados por uma mudança dramática nos hábitos de consumo, na forma de realizar as compras e no próprio perfil do consumidor. A principal conclusão do estudo “Retail 2020”, realizado pela consultora imobiliária Jones Lang LaSalle, é a de que os retalhistas e os “players” com intervenção no mercado de retalho terão que estar com a máxima atenção e adoptar um ritmo de reacção que se coadune com as mutações sentidas no próprio tecido do consumidor.
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entar perceber o consumidor é como um pai tentar perceber o seu filho. Quando pensamos que finalmente conseguimos, constatamos que já evoluíram e mudaram”, explica Chris Middleton, criador e gestor deste estudo. “Os consumidores estão hoje muito mais poderosos e vão evoluir cada vez mais no consumo inteligente. Não vamos evoluir, por certo, para um mundo sem consumo, mas podemos dizer que os consumidores estão a colocar as questões do consumo no seu devido lugar. Por isso, o retalho tem de ser muito mais inteligente, para poder estar em condições de responder a este consumidor. O evento de apresentação deste estudo em Portugal contou com a presença de alguns responsáveis ligados ao retalho, entre os quais Cláudia Almeida e Silva. A directora geral da Fnac Portugal considera também
Conseguir integrar as plataformas online e offline é o grande desafio. Hoje em dia, as lojas físicas terão que ser muito mais orientadas para a experiência e não apenas para a realização de uma transacção. O online, por seu turno, é uma plataforma privilegiada para a recolha de informação e para a extensão da gama de produtos.
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que o consumidor tem hoje um poder “impressionante”, como nunca teve. Mas, para além do perfil do consumidor, com novas necessidades, exigências e preferências, também os hábitos de consumo e as formas de fazer as compras estão a mudar de forma radical. Para Cláudia Almeida e Silva, a Internet é a protagonista do futuro. “Conseguir integrar as plataformas online
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Mercado Dados de mercado
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Texto: Carina Rodrigues Foto: DR
Os colaboradores das lojas têm de tornar-se menos vendedores e mais ‘entertainers’, conselheiros e professores. Há que ver uma loja como uma zona de festa, onde o vendedor é o anfitrião a quem cabe proporcionar uma experiência memorável ao seu visitante, neste caso, o cliente. Trata-se de vender o serviço e a experiência certos, no momento certo.
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Longe vão os tempos em que era o retalho que ditava as regras e as impunha aos fabricantes e aos clientes. O poder mudou de mãos e está hoje do lado do consumidor, que tem ao seu dispor cada vez mais ferramentas para encontrar o melhor negócio. Amanhã, este consumidor estará em condições privilegiadas para negociar o preço dos produtos que quer adquirir. Ao mesmo tempo, os próprios fabricantes estão a saltar uma etapa e a disponibilizar os seus produtos directamente ao consumidor
ceu a colossos da antiga economia como a Virgin Megastores? No mundo online, seis meses é realmente muito tempo e mais do que suficiente para se fazer uma fortuna. Rafael Pelote, Head of Market Intelligence and Costumer Experience da Sonae Sierra, considera mesmo que, na vertente online, um dos factores mais importantes é o marketing digital e que quem não tentar tirar partido destas novas ferramentas não terá sucesso. “O grande desafio que se coloca neste momento de disrupção é voltar a colocar a questão que se faz quando entramos em qualquer negócio, porque é que alguém decide ser meu cliente? Temos de questionar os modelos de negócios e a nossa proposta de valor, para podermos dar resposta a este novo consumidor, porque o consumidor é o centro do negócio de retalho”.
jo?”. A resposta será um grupo díspar de nativos digitais, que vendem directamente ao consumidor, sem pagar a renda de uma loja. E, não obstante a sua falta de experiência comercial, poderão passar de “zero a heróis” numa questão de meses. Estes empreendedores irão revolucionar a experiência de compras dos consumidores, através de novas técnicas de vendas e entrega dos bens, sistemas de pagamento e políticas de troca. Veja-se o exemplo do iTunes, que hoje domina o negócio da venda de música, e da Amazon, que conquistou o mercado dos livros. E o que aconte-
O poder nas mãos do consumidor Conhecer o consumidor é uma das formas de conseguir ser-se bem sucedido no novo cenário que emerge mas, como sublinha Chris Middleton, “hoje em dia, os retalhistas terão de conversar com os consumidores e entrar nas suas vidas quotidianas, o que poderá acontecer principalmente através das novas tecnologias e meios de comunicação, incluindo o acesso às redes sociais”. Longe vão os tempos em que era o retalho que ditava as regras e as impunha aos fabricantes e aos clientes. O poder mudou
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e offline é o grande desafio. Hoje em dia, as lojas físicas terão que ser muito mais orientadas para a experiência e não apenas para a realização de uma transacção. O online, por seu turno, é uma plataforma privilegiada para a recolha de informação e para a extensão da gama de produtos”. Algumas das maiores mudanças no retalho na próxima década serão mesmo originadas pela tecnologia, desde logo, a integração de todas as novas tecnologias e “gadgets” na forma de fazer e facilitar a compra, nos sistemas de segurança e pagamento nas lojas e na Internet e na utilização que os retalhistas fazem desta ferramenta no seu negócio. Robert Bonwell, CEO da Jones Lang LaSalle EMEA, sublinha que o comércio online pode ainda estar na sua “infância”, mas, ao longo da próxima década, o panorama de retalho disponibilizado pela Internet irá mudar de forma dramática, com as barreiras à entrada a reduzirem radicalmente e a comodidade para os consumidores a aumentar. “Apesar de muitos retalhistas com lojas físicas estarem já a abraçar o poder das compras online, muito poucos criaram novos negócios e modelos de negócios completos na Internet. Nos próximos dez anos, a verdadeira inovação no comércio acontecerá online e será liderada pelos empreendedores não retalhistas novos no mercado”. De facto, nos próximos cinco anos, os retalhistas já estabelecidos perguntar-se-ão muitas vezes “quem roubou o meu quei-
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Os responsáveis pelo estudo acreditam mesmo que os contornos dos vencedores e dos perdedores da próxima década começarão a ser visíveis já nos próximos cinco anos. “O consumidor está a mudar, o mundo está a mudar e o retalho irá mudar”, garantem. O que é que esta mudança implica desde já? Nos dias de hoje, seis meses são já muito tempo para se conseguir fazer uma fortuna no negócio de retalho, 48 horas é uma eternidade para um consumidor esperar pela entrega de uma encomenda e cinco minutos é simplesmente demais para aguardar numa fila para pagar. Se a última década foi marcada pela expansão física, a próxima será caracterizada por um fraco aumento de metros quadrados, mas por um elevado nível de inovação.
Apesar de muitos retalhistas com lojas físicas estarem já a abraçar o poder das compras online, muito poucos criaram novos negócios e modelos de negócios completos na Internet. Nos próximos dez anos, a verdadeira inovação no comércio acontecerá online e será liderada pelos empreendedores não retalhistas novos no mercado.
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de mãos e está hoje do lado do consumidor, que tem ao seu dispor cada vez mais ferramentas para encontrar o melhor negócio. Amanhã, este consumidor estará em condições privilegiadas para negociar o preço dos produtos que quer adquirir. Ao mesmo tempo, os próprios fabricantes estão a saltar uma etapa e a disponibilizar os seus produtos directamente ao consumidor, sobretudo através dos seus sites. A Dell é um exemplo categórico e há muito que a venda directa é um elemento fundamental do seu modelo de negócio. Mas os fabricantes estão a ir mais longe, apostando nas suas próprias lojas físicas. Todas estas movimentações irão obrigar o retalho a ser mais estratégico nas negociações pelo espaço em linear e a apostar nos serviços, como uma fonte de receitas adicionais numa era em que os preços se tornam cada vez mais elásticos. Por outro lado, além de uma estratégia vincadamente orientada para a presença online e para as novas tecnologias, para que os retalhistas tradicionais já estabelecidos se possam equiparar à nova geração de concorrentes, terão de alterar o seu formato operacional, mas necessitarão também de investir no recrutamento de uma nova geração de colaboradores inteligentes e fluentes na linguagem digital. “Os colaboradores das lojas têm de tornar-se menos vendedores e mais ‘entertainers’, conselheiros e professores. Há que ver uma loja como uma zona de festa, onde o vendedor é o anfitrião a quem cabe proporcionar uma experiência memorável ao seu visitante, neste caso, o cliente. Trata-se de vender o serviço e a experiência certos, no momento certo”, alerta o autor do estudo. A este respeito, Rafael Pelote relembra que uma boa experiência de consumo é uma experiência sem barreiras e facilitada.
Mercado Dados de mercado
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Nos dias de hoje, seis meses são já muito tempo para se conseguir fazer uma fortuna no negócio de retalho, 48 horas é uma eternidade para um consumidor esperar pela entrega de uma encomenda e cinco minutos é simplesmente demais para aguardar numa fila para pagar. Se a última década foi marcada pela expansão física, a próxima será caracterizada por um fraco aumento de metros quadrados, mas por um elevado nível de inovação.
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“A mudança está a chegar, com novas tendências sociológicas, novas economias emergentes, novas tecnologias e demografias. Mas é um facto de que uma nova ordem trará, com certeza, oportunidades a quem souber posicionar-se de forma adequada”, alerta Manuel Puig, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal.
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Mercado Tendências
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Texto: Carina Rodrigues
10 factores-chave para o retalho em 2011 As taxas de desocupação e a oferta, em particular nos centros comerciais, serão os factores mais importantes do mercado de retalho e do seu desempenho em 2011. Segundo o “European Retail - 10 Key Drivers for 2011” da Cushman & Wakefield, a divergência ou polarização são o segundo factor, dado que, perante uma retoma económica divergente em toda a Europa, irão existir grandes diferenças de desempenho entre os mercados de retalho, com alguns a registar uma evolução positiva, enquanto outros terão um crescimento mais lento. A abertura de centros comerciais deverá continuar em níveis baixos, o que irá sustentar as rendas dos melhores, uma vez que os retalhistas vêem as suas opções reduzidas. Ao mesmo tempo, a procura continuará a ser cautelosa e selectiva mas, com menos opções disponíveis, irá assistir-se a uma maior competição pelas melhores localizações. Por esta razão, o mercado prime será a base da retoma, assim que esta se iniciar, mas o mercado secundário continuará fragilizado em 2011, prevendo-se que demore mais tempo a recuperar.
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uitos destes factores são, de alguma maneira, essenciais à retoma, mas em alguns casos estão mais ligados com a criação do ambiente geral no qual a retoma se pode verificar, do que propriamente em servir de motor para a recuperação. “O mix correcto de condições de financiamento, níveis de consumo e indicadores de confiança no negócio é vital para criar um ambiente global no qual a retoma possa ocorrer. O ano de 2011 assistirá, no geral, a uma redução de espaços de boa qualidade e será interessante observar a rapidez de reacção dos retalhistas e promotores a esta situação”, destaca Marta Leote, “associate” e directora do departamento de “research” e consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal. De acordo com esta responsável, embora se preveja uma manutenção da situação de menor consumo em 2011, estima-se, em contrapartida, um aumento da procura de retalhistas, depois de dois anos de relativa inactividade. “No entanto, com os custos de entrada a aumentarem, os retalhistas estarão mais atentos às suas margens e mais conscientes do que nunca em direccionar os seus esforços para assegurar a melhor localização possível”. Quais são, então, os 10 factores-chave para o retalho em 2011?
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Oferta A oferta reduzida de espaços prime já se começa a sentir e será um factor-chave para o mercado em 2011.
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PIB Enquanto os factores principais para a retoma económica são o comércio e o investimento, evitar uma recessão dupla é o segundo
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factor mais importante para o retalho em 2011. As previsões apontam para um aumento da polarização da Europa.
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Preço Os custos ocupacionais estão mais reduzidos, desde a queda do valor das rendas em 2008/2009; no entanto, estão a surgir outras pressões para os retalhistas, como o aumento dos preços das matérias-primas e transporte.
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Emprego A flexibilidade dos mercados laborais continuará a ser fundamental para o retalho em 2011. As taxas de desemprego estabilizaram na maioria dos países, contudo, no próximo ano, poderão aumentar, caso a capacidade de recuperação do sector privado não consiga compensar os cortes nos empregos do sector público. Para além disso, o próprio medo do desemprego poderá ter um impacto negativo na confiança do consumidor e, consequentemente, no consumo.
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Financiamento Espera-se que o facto das taxas de juro continuarem baixas por mais algum tempo ajude as empresas e os consumidores em 2011. A tendência mais significativa é o crescimento progressivo do interesse por parte dos bancos em financiar empresas e, possivelmente, consumidores.
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Vendas no retalho Os retalhistas irão monitorizar de perto como a evolução das vendas, tanto em volume como em valor, irá reagir à mudança de condições em 2011 e estarão prontos a ajustar os seus planos de expansão. O possível impacto
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do aumento da taxa de IVA irá também ser fundamental. Com os consumidores a depararemse com um “emagrecimento” dos salários e impostos mais elevados, estima-se que os retalhistas que vendem produtos de valores baixos continuem a evoluir positivamente, tendo em conta o efeito recessivo nos consumidores das medidas de austeridade aplicadas.
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Medidas de austeridade A contenção do crescimento poderá atrasar a retoma em algumas áreas. Nos mercados onde o aumento de impostos tem um peso maior que o corte das despesas, o impacto no retalho em 2011 será necessariamente mais penalizador.
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Regulamentação Uma questão delicada que não pode ser ignorada. As alterações regulamentares irão ter um impacto crescente em 2011, em especial porque os retalhistas procuram ajustar as alterações na contabilidade dos contratos de arrendamento, agendadas para 2012 ou 2013.
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Procura A procura por parte dos retalhistas continuará a ser cautelosa e selectiva, mas com menos opções de novos espaços. Haverá uma forte competição para as melhores localizações.
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Demografia A mudança do perfil demográfico da população europeia, cada vez mais envelhecida, será um ponto crítico para o futuro do mercado de retalho europeu. No entanto, o impacto negativo no sector será subtil, sendo mais direccionado para o planeamento do negócio futuro do que nos padrões de actividade a curto prazo.
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Mercado Opinião
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e-Commerce
Foto: DR
– 20 definições que deve conhecer 1ª parte
Da mesma forma que um ortopedista tem de saber o nome dos ossos, há termos em e-Commerce de conhecimento recomendável, para que você possa identificar problemas e tomar decisões.
Carlos Pinto Ascenção Director do Portal WebMarketing
1. Termos sobre alojamento de e-Commerce Alojamento dedicado Também referido por vezes como servidor dedicado, é tipicamente um serviço de aluguer, em que o cliente aluga uma máquina (o servidor), o software e a ligação à Internet. Paralelamente, pode contratar um serviço de manutenção do servidor prestado pela própria empresa de alojamento. Alojamento partilhado Às vezes também chamado alojamento virtual ou servidor partilhado, basicamente significa que o nosso site está a partilhar recursos com outros sites, os quais correm (estão alojados) no mesmo servidor. Alojamento virtual É um serviço que inclui funções de servidor Web e ligação à Internet. O alojamento virtual é muitas vezes a opção de pequenas empresas ou de pessoas singulares que não querem comprar e manter o seu próprio servidor Web e ligações à Internet. Muitas vezes, as empresas de alojamento associam um pacote de serviços relacionados com o registo do nome de domínio, armazenamento de ficheiros, serviço de e-mail e ainda Webdesign. Alojamento Web É a prestação de serviços, como aluguer de espaço num servidor, serviços Web e manutenção de ficheiros para websites pertencentes a empresas que não tencionam ter os seus próprios servidores Web. Servidor Web É um computador que fornece páginas Web. Todos os servidores Web têm um endereço IP e possivelmente um nome de domínio. Quando um utilizador digita num browser uma URL, este envia um pedido ao servidor onde o nome de domínio está alojado para apresentar a página. Qualquer computador pode ser convertido em servidor Web, instalando-lhe software adequado e ligação à Internet. 2. Termos sobre processos de e-Commerce Login Acto de fornecer a um sistema informático os dados necessários para acesso. Como o que o sistema pede é normalmente um (nome de utilizador) e uma (senha). Também se utiliza o termo login para caracterizar o conjunto username e password.
Credit Card Interchange Intercâmbio gerado entre todas as organizações envolvidas na transacção de e-Commerce, nomeadamente o banco do titular do cartão, o gateway de pagamento, o emissor do cartão, o banco do comerciante. Gateway de pagamento Serviço prestado por uma organização externa que automatiza a transacção financeira entre o comerciante e o cliente. O termo gateway de pagamento também é utilizado para designar o sistema que processa, verifica, aceita ou declina as transacções dos cartões de crédito em nome do comerciante através de ligações seguras de Internet. Merchand Account Conta bancária em nome dum comerciante destinada a aceitar pagamentos por cartão de crédito e outros tipos de pagamento electrónico. Shopping Cart Software de e-commerce que funciona como catálogo duma loja online e de processamento de encomendas. Trata-se duma interface entre o site do comerciante e outras infra-estruturas, como um ERP ou CRM, e o gateway de pagamento, permitindo a consumidores escolher os produtos, proceder a correcções e ao respectivo pagamento. Chargeback Mecanismo criado para protecção do consumidor, através do qual ele pode pedir junto do seu banco a devolução dum débito feito através do seu cartão de crédito. As razões principais para o procedimento de chargeback são: - técnicas – cartão expirado, fundos insuficientes ou erro no processamento bancário; - administrativas – facturação duplicada, montante facturado incorrecto ou reembolso nunca processado; - qualitativas – o consumidor reclama não ter recebido os bens tal como prometido no acto da compra; - fraudulentas – o consumidor reclama que não autorizou a compra. CVV / CVC 2 Siglas também conhecidas por código de segurança. Trata-se dum número composto por três dígitos impressos no verso do cartão, a seguir ao número do cartão, do lado direito da faixa da assinatura. Continua na próxima edição
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Tempo de pausa Sugestões
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Nesta rubrica destacam-se algumas sugestões das editoras sobre lançamentos de livros úteis para a informação e também descontracção dos nossos leitores. Apresentamos também as escolhas de um profissional do sector no que toca a momentos de pausa.
Biblioteca Gestão sem Segredos – Gil Friend, James O’Rourke, Michael Solomon, Robert E. Gunther e Stephen P. Robbins Centro Atlântico
A “Biblioteca Gestão sem Segredos” consiste numa colecção de cinco livros, em caixa arquivadora, com o essencial sobre gestão. Os cinco livros revelam centenas de técnicas e estratégias testadas, concisas, fáceis de aplicar e que resultam. A colecção inclui os livros “O Segredo das Empresas Sustentáveis – A vantagem das estratégias ‘verdes’”, “Os Segredos da Mente dos Consumidores – Saiba como eles decidem fazer compras”, “O Segredo das Boas Decisões – Faça sempre a escolha acertada”, “O Segredo das Apresentações de Sucesso – Focalize-se no que pode correr bem e conquiste-os” e “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as soluções milagrosas”. 59,90 €
The Mind Gym - Relações – The Mind Gym – Lua de Papel
Relações, o novo curso proposto pela equipa de especialistas do Mind Gym. Depois dos dois best-sellers “The Mind Gym: Desperte a Sua Mente” e “The Mind Gym: Dá-me Tempo”, o terceiro livro da série parte do princípio de que o que distingue uma pessoa feliz de uma pessoa infeliz não é a conta bancária, nem a aparência física, mas sim a qualidade das suas relações. A equipa do Mind Gym apresenta agora este novo curso que visa ajudar a construir relações de sucesso. No final, depois de se ter usufruído do know-how da equipa do Mind Gym, que trabalha com mais de 500.000 pessoas em todo o mundo, cada um saberá, entre outras coisas, como ser amado, respeitado e obedecido, como criar empatia numa questão de segundos e como lidar bem com pessoas difíceis. Os leitores do livro terão ainda direito a frequentar o Mind Gym Online, onde só os sócios podem entrar (no verso da segunda capa do livro encontra-se uma senha de acesso exclusiva). 304 pp – 16,00 € 34
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Gestão Empresarial – Manuel Portugal Ferreira, João Carvalho Santos, Nuno Reis e Tânia Marques – Lidel
Da colecção Manual Prático Lidel, este livro é dirigido aos gestores e executivos de diferentes áreas e aos estudantes do ensino superior que procuram uma ferramenta que lhes transmita o saber teóricoprático necessário a uma gestão eficaz. Este livro apresenta uma abordagem geral à gestão organizacional, mostrando que uma gestão qualificada aumenta a capacidade competitiva das empresas. Entre outros, tem por objectivo ajudar o leitor a obter uma visão clara da globalidade da empresa, entender como a empresa molda os seus limites, detectar oportunidades e formular a sua estratégia, pensar na empresa e alavancar os recursos e melhorar a tomada de decisões na posse dos métodos qualitativos e quantitativos. 328 pp – 24,95 €
As escolhas de ... Manuel Júnior Marketing Manager da Indesit Company
Os meus livros de eleição The Fred Factor. “Marcou, de certa forma, a minha vida profissional, porque me permitiu ver melhor a motivação como arma para o sucesso e a valorizar a realização não só profissional mas também pessoal”.
Os álbuns que mais me marcaram Mellon Collie and the Infinite Sadness dos The Smashing Pumpkins.
O meu restaurante favorito Bar do Peixe, no Meco.
O meu local de sonho Praia do Tarrafal em Cabo Verde.
O Que os Homens Não Dizem às Mulheres acerca do Mundo dos Negócios – Christopher V. Flett – Publicações Europa-América
As mulheres sabem que são tão eficazes e capazes como um homem no que diz respeito ao mundo dos negócios, mas isso não significa que não existam coisas que precisam de saber sobre os homens e os negócios. Neste guia para a mulher moderna, o autor, um antigo macho alfa, revela tudo o que a mulher precisa de saber para compreender, comunicar e competir com os homens, jogar pelas suas regras e... ganhar. O que pensa o macho alfa comum, as dez coisas que uma mulher precisa de saber sobre os homens nos negócios, obrigar os homens a levá-las a sério, parar de se sabotar junto dos colegas do sexo masculino, aprender a assumir o controlo e a liderança, nunca pedir desculpas pelas falhas, lidar de forma eficaz com os homens condescendentes e desrespeitosos e compreender que ser “simpática” não leva a lado nenhum são alguns dos aspectos abordados neste livro. 236 pp – 18,50 €
Fundado a 5 de Outubro de 2009
A qualidade em buffet Rua Cândido Oliveira, n.º 115, S Victor 4715-012 Braga
Esperamos pela sua visita E-mail: boibombar@gmail.com • Telemóveis:+351 919 414 133 • +351 912 304 944 • +351 918 838 353
[ Electro Novidades ]
Texto: Carina Rodrigues Fotos: Junkers
Junkers reforça a sua aposta na sustentabilidade e na eficiência energética Sob o mote “Juntos unimos as peças do Planeta”, a Junkers realizou em Outubro a apresentação dos seus novos produtos, com especial destaque para as suas propostas na área das renováveis. A exposição dos produtos, com uma grande vertente interactiva e uma mensagem fortemente marcada pela sustentabilidade, sobretudo pelo papel que cada um pode ter na preservação dos recursos naturais do planeta, destacou as principais novidades que melhor traduzem a aliança entre a promessa de marca Junkers, “Conforto para a vida”, e a consciência ambiental. Esta foi a primeira apresentação em três anos, um período onde, de acordo com os responsáveis da Junkers, muito mudou no panorama nacional. Do lado da marca, em particular, e do grupo onde está integrada, o Grupo Bosch. A um nível mais abrangente, nestes três anos, as energias renováveis tornaramse um elemento cada vez mais estratégico do seu negócio, concentrando grande parte dos investimentos que têm vindo a ser feitos. Esta aposta na sustentabilidade tem dado os seus frutos, materializando-se, em 2009, em 15 por cento das vendas efectuadas com produtos na área de renováveis.
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Esquentador termoestático HYDROPOWERPLUS
Sistema Cerapur Solar
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e acordo com João Fernandes, director comercial da Bosch Termotecnologia, no ano passado, a divisão onde a marca Junkers está integrada facturou, no mercado nacional, 233 milhões de euros, muito à custa do consumo interno. Nesta medida, a Junkers vai continuar a reforçar a sua aposta em soluções energeticamente mais eficientes e nas energias alternativas. Como nota João Fernandes, se em 2005 era tipicamente uma marca de esquentadores, hoje possui uma gama muito mais diversificada, onde a área das renováveis é cada vez mais importante e estratégica, mas sobretudo onde a eficiência energética é o denominador comum de todos as soluções de conforto que propõe ao mercado.
A Junkers vai continuar a reforçar a sua aposta em soluções energeticamente mais eficientes e nas energias alternativas. Como nota João Fernandes, se em 2005 era tipicamente uma marca de esquentadores, hoje possui uma gama muito mais diversificada, onde a área das renováveis é cada vez mais importante e estratégica, mas sobretudo onde a eficiência energética é o denominador comum de todos as soluções de conforto que propõe ao mercado.
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Produtos energicamente mais eficientes e mais amigos do ambiente É nesta mesma tendência que se inscrevem todas as novidades apresentadas pela Junkers. Se é verdade que os esquentadores têm vindo a perder a sua importância relativa no conjunto do negócio, a Junkers não esquece a sua tradição nesta área, mas propondo modelos mais eficientes, como os esquentadores termoestáticos. A grande mais-valia destes modelos é que ajustam a potência às necessidades instantâneas de água quen-
[ Electro Novidades ]
Composição de um sistema solar
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te, reduzindo os custos de De acordo com João Fernandes, director energia e da água que é desperdiçada até que se atinja a comercial da Bosch Termotecnologia, temperatura de conforto do no ano passado, a divisão onde a marca Junkers utilizador. Ao mesmo tempo, está integrada facturou, no mercado nacional, são directamente compatíveis 233 milhões de euros, muito à custa com a instalação de um sistedo consumo interno. ma solar térmico, só entrando em funcionamento quando a energia solar não é suficiente para atingir a temperatura cento em energia face aos seleccionada pelo utilizador. A uma instalação convencional, em apenas um sistemas convencionais. A Junkers dispõe de uma gama metro quadrado de superfície. grande novidade nesta área completa de esquentadores Ainda antecipando as tendências do futuro, é o sistema CerapurSolar, termoestáticos para satisfazer as bombas de calor são outro dos segmenconstituído por uma caldeira qualquer necessidade de mertos em expansão e nesta área a Junkers mural de condensação e um cado, nas versões atmosféripropõe a bomba de calor ar/água Supraeco, acumulador de inércia de 400 cos (HYDROPOWER-PLUS) um único equipamento que permite suprir litros, através do qual a enerventilados (miniMAXX Exas necessidades de climatização de frio e gia solar pode ser acumulada cellence) e estanques (gama calor e de água quente. As bombas de calor para o apoio ao aquecimento Celsius). ar/água de alta eficiência energética extraem e produção de água quente Outra das apostas da Junkers a energia do ar exterior para a converter em sanitária. A combinação do é a tecnologia de condenconforto na habitação, de uma maneira napainel solar e a optimização sação, que João Fernandes tural, protegendo o meio ambiente e favoda plataforma electrónica acredita que será o standard recendo a poupança energética. As bombas SolarInside-ControlUnit, paem 2015. Neste âmbito, a de calor ar/água são também compatíveis tenteada pelo Grupo Bosch, Junkers apresenta uma vasta com um sistema solar térmico ou com ouBomba de calor ar/água são alguns dos factores que gama de caldeiras murais com tros sistemas de aquecimento já existentes Supraeco garantem economias até 55 por rendimentos de 109 por cento, na habitação, caracterizando-se pela sua cento do consumo anual de gás em relação a que permitem poupar, no mínimo, 30 por fácil instalação e manutenção. Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
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[ Electro Produto em Análise ] Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR
Natal representa o pico de vendas dos produtos de cuidados pessoais O Natal representa o pico das vendas de produtos de cuidados pessoais. À excepção da depilação feminina, que tem no Verão a sua melhor época, todas as áreas de cuidados pessoais sentem um aumento das vendas em Dezembro. No ano passado, só o Natal representou 16 por cento das vendas. Estes produtos são cada vez mais populares entre os portugueses, o que pode até ser explicado pela conjuntura económica mais desfavorável, que motiva o investimento no cuidado da imagem no lar. Em 2009, as vendas de cuidados pessoais cresceram mais 13,1 por cento num ano em que, mês a mês, foi sempre melhor que o anterior.
N
o total, venderam-se em Portugal mais de um milhão de unidades, o que significa um crescimento de 15,6 por cento face a 2008. Em valor, o saldo foi também positivo, mas inferior ao crescimento verificado do lado das unidades, o que poderá denotar uma certa erosão do preço destes produtos. As vendas são feitas, principalmente nas cadeias, seguindo-se os mass merchandisers
Mix de produto
2009 Unidades (%) Valor (%) Cuidado dental 17,6 7,6 Alisadores de cabelo 10,1 8 Secadores de cabelo 25,1 18,5 Modeladores de cabelo 15 15,1 Cuidado masculino 16,4 30,5 Depilação feminina 8,4 15,3 Balanças 7,5 5 Fonte: GfK Portugal
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como o segundo canal mais importante, quer em unidades, quer em valor. Em unidades, as cadeias representaram 64,5 por cento e os mass merchandisers 25,2 por cento das vendas. Comparativamente a 2008, todos os produtos apresentaram crescimentos, tanto em volume como ao nível da facturação. O grande destaque vai para os produtos do chamado “male grooming”, que representaram 30,5 por cento da facturação, num indicador claro de que os homens portugueses se preocupam cada vez mais com a sua imagem.
Mercado português de cuidados pessoais 2008
2009
Taxa de crescimento (%)
971.667
1.123.229
+15,6%
Valor (euros) 32.412.262 36.642.265
+13,1%
Unidades Fonte: GfK Portugal
[ Electro Produto em Análise ]
Montra de produtos A imagem pessoal reflecte o nosso estado de espírito, estilo de vida e personalidade. Para se ter sempre um visual cuidado, todos os dias, sem a necessidade de sair de casa, aqui ficam algumas das mais recentes propostas das marcas em produtos de cuidados pessoais. Sugestões em que a distribuição pode apostar nesta época de Natal, a mais forte para as vendas destes artigos.
Escovas de dentes eléctricas da AEG A AEG apresenta uma linha completa de escovas de dentes eléctricas adequadas a todas as necessidades, desde o kit de escova mais simples, que funciona a pilhas e sensor, até à escova mais completa, composta por um completo kit de aces-
Balança de casa de banho PW 1418 da Bomann
sórios para os cuidados das gengivas, língua e bochechas. Para completar esta linha de cuidados de saúde oral, colocada no mercado nacional pela MEI Europa, a AEG dispõe também de um irrigador oral para combater os problemas mais difíceis de placa bacteriana. PVP recomendado: a partir de 8,90 euros
Depiladora de luz pulsada HL100 da Beurer
A depiladora de luz pulsada para uso doméstico SensEpil by Beurer apresenta resultados duradouros, de forma rápida, indolor e muito eficaz. Colocada no mercado nacional pela Imporaudio, a depiladora da Beurer remove o pêlo de forma extremamente suave, sendo indicada para rosto, braços, pernas, axilas e virilhas. Clinicamente testada e recomendada por médicos, recorre à mesma tecnologia usada por dermatologistas para a depilação profissional. A luz pulsada desactiva o folículo piloso em profundidade, garantindo até 50 por cento de redução dos pêlos após três a quatro tratamentos. Fácil e segura de utilizar, a SensEpil by Beurer possui um sensor que reconhece automaticamente o tipo de pele. A luz incide sobre uma grande área da pele (2x3cm), garantindo a rapidez da depilação. PVP recomendado: 445,90 euros.
Secador de cabelo HTD 3394 da Clatronic
A Clatronic ajuda a ter um look perfeito, de forma fácil e prática, com a ajuda do secador de cabelo profissional HTD 3394 com 2.000 watts de potência. Este equipamento, colocado no mercado nacional pela MEI Europa, caracteriza-se pela alta performance, motor AC, ideal para cabeleireiros, em particular para secagens rápidas e eficazes, mas também é apropriado para longos períodos de uso, graças à protecção contra o sobreaquecimento. Para facilitar o seu uso, pode-se contar também com um cabo com rotação de 360 graus e 1,8 metros de comprimento, três níveis de temperatura e dois níveis de ar que se adequam a todos os tipos de cabelo. Este secador contém também um difusor profissional e uma argola para pendurar. PVP recomendado: 22,99 euros.
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A Bomann sugere a balança de casa de banho PW 1418, que conta com um design moderno, que trará um apontamento de elegância à casa de banho. Colocado no mercado nacional pela MEI Europa, este equipamento tem um visor LCD de fácil leitura e uma superfície em vidro liso de cor preta, fácil de limpar. Funciona a pilhas que já vêm incluídas. PVP recomendado: 16,99 euros.
Modelador de cabelo HS 3830 da Grundig
O modelador de cabelo HS 3830 em branco conseguiu atingir o topo das vendas e foi o alisador que mais vendeu na Alemanha, durante o ano de 2009. A Grundig atribui os bons resultados que os seus produtos têm obtido nos testes de avaliação levados a cabo no mercado alemão à sua facilidade de utilização, design elegante e à relação qualidade-preço. Este modelo, colocado no mercado nacional pela Soal, permite ter num dia caracóis e no outro o cabelo completamente liso. Pronto a usar em apenas 60 segundos, dispõe de nove níveis de temperatura, entre os 140ºC e os 230ºC. Com uma potência de 50 watts, vem equipado com placas de cerâmica e destaca-se pela sua temperatura constante e distribuição uniforme do calor. A facilidade de utilização é outro dos argumentos do modelador da Grundig, que inclui um cabo de dois metros rotativo e “display” LED. PVP recomendado: 22,90 euros.
[ Electro Produto em Análise ]
Máquina de barbear SensoTouch 3D da Philips A SensoTouch 3D da Philips é a primeira máquina de barbear eléctrica que pode ser usada com espuma, gel de barbear ou da forma tradicional, a seco. Graças ao sistema Aquatec, que permite escolher entre um barbear a seco ou um barbear húmido, é possível obter resultados mais avançados, que se adaptam às necessidades de cada homem em cada momento. A SensoTouch 3D foi desenhada para reduzir eficazmente as irritações da pele e conseguir um barbear cómodo. Três características aumentam o conforto da sua utilização, com destaque para o GyroFlex 3D, um componente tridimensional exclusivo, que se ajusta aos contornos específicos do rosto, minimizando a pressão necessária e reduzindo a irritação da pele. Por sua vez, o UltraTrack é um sistema de cabeças que combina três anéis especializados, ranhura para os pêlos curtos, canais para os
pêlos compridos e orifícios para os pêlos ultra curtos, permitindo um barbear rente que mantém a irritação da pele num nível mínimo. Finalmente, Aquatec é um sistema integrado que oferece aos homens a versatilidade de escolha entre um barbear cómodo e seco ou um barbear refrescante e húmido. A nova SensoTouch 3D tem também um design exclusivo que facilita a sua utilização, permitindo um melhor controlo da máquina e conferindo uma maior precisão com a pega fácil de segurar e formato ergonómico. Inclui ainda controlos tácteis e um visor de leitura avançada, permitindo visualizar o tempo de barbear disponível, os indicadores de carga e limpeza. A gama SensoTouch 3D vem equipada com um sistema que limpa, lubrifica e carrega a bateria após cada utilização. PVP aproximado: a partir de 220 euros.
Balança digital ONIX da HAEGER
A nova balança digital ONIX da HAEGER apresenta um design moderno e elegante, em vidro temperado e com apenas dois centímetros de espessura. Com um LCD de grandes dimensões, a ONIX é activada por toque e desliga automaticamente. O novo modelo da HAEGER, com tecnologia de precisão “Stain Gauge”, tem de capacidade 150 quilogramas e indicação de bateria baixa, de erro e excesso de peso. PVP recomendado: 18,00 euros.
Sistema de cuidado pessoal masculino CP7396 da Solac
A pensar nas necessidades dos homens, a Solac sugere um multi-sistema de cuidado pessoal masculino completo e de alta precisão, que corta eficazmente o cabelo, a barba e o pêlo corporal. 100 por cento resistente à água, o modelo CP7396 é fácil de utilizar e limpar. Pode ser usado com ou sem cabo, possuindo uma autonomia de mais de 45 minutos. A base de carregamento e armazenamento tem LED indicador do estado da carga. Este sistema da Solac vem equipado com lâmina cerâmica de máxima precisão, versátil, hipoalergénica, que não necessita de manutenção nem embota. Para o corpo, o acessório bodygroom permite quatro níveis de corte, enquanto as lâminas em aço inoxidável para a barba e pormenores são precisas ao aparar as patilhas, nuca ou sobrancelhas. O equipamento da Solac dispõe ainda de uma microaparadora e de acessório para nariz e orelhas. Os pentes com guias telescópicas permitem nove níveis de corte, com visualização do nível seleccionado, e é também disponibilizado um pente especial para reduzir a quantidade de pêlo na barba. O CP7396 vem ainda acompanhado de diferentes acessórios, nomeadamente escova de limpeza, óleo, pentes, tesoura e carregador. PVP recomendado: 49,90 euros.
Secador Senso da Ufesa
O novo secador de cabelo Ufesa Senso (SC8380) tem motor AC profissional, o que significa que está apto a suportar condições de utilização mais severas e mais sucessivas. A sua vida útil é maior do que a dos motores de corrente contínua dos secadores domésticos, permitindo uma secagem mais rápida, uma vez que a sua turbina movimenta um caudal de ar superior. Em preto, este secador tem uma potência de 1.750 watts, três níveis de temperatura e duas velocidades, com opção de ar frio. Graças ao concentrador de ar profissional de bocal estreito e um difusor hair volume, permite resultados e penteados mais variados e versáteis, adaptando-se na perfeição a cada tipo de cabelo e de corte. PVP recomendado: 44,99 euros.
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Montra de produtos Alisador de cabelo Respect da Rowenta Para alcançar resultados rápidos e perfeitos sem sair de casa, respeitando a beleza e saúde do cabelo, a Rowenta apresenta o alisador de cabelo Respect. Com um sistema único, que ajuda a preservar a saúde e beleza do cabelo, o alisador está equipado com a tecnologia Ultrashine Nano Ceramic, um revestimento profissional da Rowenta que maximiza o alisamento e o brilho do cabelo. Este alisador conta com o sistema exclusivo Respect, que ajuda a manter o cabelo com um aspecto saudável e permite regular automaticamente a temperatura, consoante o tipo de cabelo e o seu estado
Aparador de cabelo TR-2545 da Tristar
O aparador de cabelo TR-2545 da Tristar vem acompanhado de vários acessórios para facilitar e permitir um corte de cabelo perfeito, incluindo tesoura, pentes (quatro tamanhos de corte diferentes), escova de limpeza e óleo lubrificante Com uma potência de 10 watts, este modelo é também fácil de limpar e totalmente impermeável. Traz consigo uma mala para arrumação e transporte de todos os acessórios, garantindo a sua utilização em qualquer local. PVP recomendado: 19,90 euros.
geral (saudável, frágil ou estragado). O modelo possui, ainda, um comando selectivo do tipo de cabelo (ondulado, encaracolado ou crespo), permitindo alcançar resultados direccionados e perfeitos. Para maior controlo e precisão, o alisador Rowenta Respect tem um termóstato digital com “display” LCD, possibilitando a fixação da temperatura, de forma a evitar variações inesperadas durante o alisamento. De aquecimento rápido, em cerca de 30 segundos, este alisador destaca-se pela sua tecnologia de protecção e eficiência. PVP recomendado: 90 euros.
Secador profissional SN9200 T Rotocord da Valera
Muito compacto, mas nem por isso menos potente, o secador de cabelo SN9299 T Rotocord da Valera destaca-se pelo seu desempenho profissional. Colocado no mercado nacional pela Imporaudio, este modelo, com motor universal AC Long Life e uma potência de 2.000 watts, possui um elemento de aquecimento ondulado Security, seis combinações de fluxo de ar/temperatura e botão de frio, muito útil para fixar os penteados. O secador da Valera dispõe ainda de dois bicos concentradores muito estreitos (seis e 7,5 centímetros). O ionizador e a tecnologia de tourmalina, presentes neste modelo, geram iões de forma natural, protegendo o cabelo, tornando-o mais brilhante e eliminando a electricidade estática. A Valera não esqueceu também o conforto de utilização. O secador possui filtro metálico removível e cabo SuperFlex de três metros com Rotocord, um sistema único e patenteado que evita que o cabo se enrole ou entrelace na utilização. PVP recomendado: 88,90 euros.
Modelador Pearl da Remington A Remington introduziu a pérola nos seus produtos, criando a mais sofisticada gama de sempre. A gama Pearl uniu o poder da mais avançada cerâmica com a pérola verdadeira, criando resultados mais suaves e luzidios. O modelador Pearl da Remington permite, assim, criar caracóis elegantes, com resultados iguais aos de um salão profissional, que duram até ao final do dia. Este modelador vem equipado com uma função de aquecimento rápido, ficando pronto em apenas 30 segundos, e desliga-se automaticamente após 60 minutos. Possui cinco anos de garantia. PVP recomendado: 34,99 euros
Gama GlamouRed Care Edition da Bosch
De cor vermelha com um toque em dourado, a nova linha GlamouRed Care Edition, composta por um secador de cabelo (PHD5712) e um modelador de cabelo com placas cerâmicas (PHS2102), é verdadeiramente profissional. Com uma potência de 2.000 watts, o secador garante uma secagem rápida. Graças à posição “care,” permite uma secagem mais suave e cuidadosa do cabelo. O difusor especial com prato móvel é conveniente para utilizadores com o couro cabeludo sensível, conseguindo-se assim uma secagem suave e criando caracóis perfeitos. O modelador modela e alisa o cabelo de uma forma eficaz sem estragar. As placas em cerâmica asseguram uma perfeita distribuição do calor de forma homogénea e a posição “care” garante um alisar suave e cuidadoso do cabelo. Com aquecimento extra rápido, em apenas 60 segundos, este alisador tem 170 watts de potência, possui uma regulação de temperatura entre os 60ºC e 170ºC e um selector electrónico com doze posições. PVP recomendado: 39,99 euros o secador e 49,99 euros o modelador.
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[ Electro Produto em Análise ]
Portugueses compram cada vez mais produtos de entretenimento
O mercado de entretenimento tem vindo a ganhar importância no conjunto das vendas de produtos tecnológicos. Segundo os dados da GfK Portugal, em 2009, os produtos de entretenimento (consolas, vídeojogos, filmes e livros), representaram 15 por cento das vendas, quando em 2007 esta participação não ultrapassava os 11 por cento. Parte integrante do mercado de entretenimento, o sector dos vídeojogos, composto pelos jogos, consolas e acessórios, continua a apresentar tendências positivas. Em 2009, estes produtos fecharam o ano com um crescimento de 16 por cento, para os 214 milhões de euros.
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produtos somar mais 11 por cento em termos homólogos. No conjunto dos produtos que compõem esta área, as consolas e os acessórios foram os que mais cresceram no ano passado, em termos de facturação, cerca de 18 por cento para as consolas e 61 por cento para os acessórios. Por sua vez, os jogos cresceram dez por cento, para os 108 milhões de euros. Em termos de quotas, a área dos jogos representa 20 por cento, assim como o hardware (consolas e acessórios), também com 20 por cento do mercado. Sector dos vídeojogos cresce 16% em 2009 O sector dos vídeojogos, composto pelos jogos, consolas e acessórios, continua a apresentar tendências positivas. Em 2009, estes produtos
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E
nquanto no ano passado os produtos tecnológicos auditados pela GfK, incluindo os electrodomésticos e a electrónica de consumo, tiveram um desempenho bastante negativo, com apenas o mês de Dezembro a apresentar uma variação positiva, e de tão somente um por cento, o entretenimento seguiu um padrão de evolução contrário, revelando tendências negativas em apenas dois meses, Março (-14%) e Maio (-4%). Este desempenho positivo tem tido continuidade em 2010, que teve um arranque positivo para estes produtos, não obstante a sua época de vendas mais forte ser o segundo semestre. Deste modo, a GfK perspectiva que o entretenimento possa fechar o presente ano a representar já 16 a 17 por cento das vendas. Os primeiros seis meses do ano viram a facturação destes
As consolas e os acessórios foram os que mais cresceram no ano passado, em termos de facturação cerca de 18 por cento para as consolas e 61 por cento para os acessórios. Por sua vez, os jogos cresceram dez por cento, para os 108 milhões de euros. Em termos de quotas, a área dos jogos representa 20 por cento, assim como o hardware (consolas e acessórios), também com 20 por cento do mercado.
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fecharam o ano com um crescimento de 16 por cento, totalizando os 214 milhões de euros. Este crescimento manteve-se nos primeiros seis meses de 2010, com as vendas subirem mais 15 por cento, para os 77 milhões de euros, não obstante este ser, tendencialmente, o semestre mais fraco para estes produtos. Nesta medida, a GfK antecipa mais um ano positivo para os vídeojogos, com as vendas a crescerem 17 por cento. Esta será mesmo a maior taxa de crescimento dos últimos dois anos, tendo-se que remontar a 2007 para encontrar um crescimento superior. Os jogos são o produto mais valioso deste mercado em Portugal, representando mais de metade da facturação. Em 2009, venderam-se no mercado nacional mais de três milhões e meio de unidades, o que significa um crescimento de 10 por cento. A facturação ultrapassou os 108 milhões de euros, registando um acréscimo de 10,5 por cento. Cada português gastou, em média, 10,20 euros em jogos, um valor que, mesmo assim, é dos mais baixos a nível europeu e menos de metade do investido pelos consumidores franceses (22,40 euros). Nos primeiros seis meses do ano, os jogos continuaram a crescer, cerca de oito por cento, para os 40 milhões de euros, o que lhes dá a mais baixa taxa de crescimento de todos os produtos inte-
[ Electro Produto em Análise ]
Total Mercado 2008
2009
Unidades 3.225.999 3.551.608 Milhares de euros 98.068 108.409
Tendências % 2009 vs.2008 10,1 10,5
Jogos de consola Tendências % 2009 vs.2008 Unidades 2.566.086 2.969.576 15,7 Milhares de euros 84.309 95.865 13,7 2008
2009
Jogos de PC
Unidades Milhares Euros
2008
2009
Tendências % 2009 vs.2008
659.913 13.758
582.032 12.545
-11,8 -8,8
Fonte: GfK Portugal
grantes no mercado de vídeojogos. A maior evolução coube mesmo aos acessórios, que cresceram 42 por cento, para os oito milhões de euros. As consolas tiveram também um comportamento positivo, subindo mais 20 por cento, para os 29 milhões de euros. A GfK espera que, este ano, as vendas em volume cresçam 12 por cento, situando-se perto das 480 mil unidades. Base de utilizadores cada vez mais alargada Aos crescimentos que se têm verificado no mercado de vídeojogos não será alheia uma base de utilizadores cada vez mais alargada, incluindo entre o público feminino. As raparigas também gostam de jogar, os vídeojogos é que não iam ao encontro dos seus interesses. De acordo com os resultados de uma investiga-
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Enquanto no ano passado os produtos tecnológicos auditados pela GfK, incluindo os electrodomésticos e a electrónica de consumo, tiveram um desempenho bastante negativo, com apenas o mês de Dezembro a apresentar uma variação positiva, e de tão somente um por cento, o entretenimento seguiu um padrão de evolução contrário, revelando tendências negativas em apenas dois meses, Março (-14%) e Maio (-4%). Este desempenho positivo tem tido continuidade em 2010, que teve um arranque positivo para estes produtos, não obstante a sua época de vendas mais forte ser o segundo semestre.
ção da Universidade de Gante, na Bélgica, aquilo que determina que exista menos representatividade feminina no universo de jogadores não é a falta de interesse mas o facto dos títulos serem desenvolvidos a pensar no público masculino. “Ao contrário dos homens, as mulheres querem um jogo que seja lógico e fácil de utilizar. Os comandos a usar devem ser instintivos e a combinação de teclas simples, tal como as regras, que se querem claras. Elas esperam ainda que os desafios propostos sejam ‘viáveis’”, explica Lotte Vermeulen. A investigadora alerta que as raparigas tendem a desistir quando o título se revela pouco instintivo na utilização. A falta de paciência manifesta-se também na preferência por desafios mais curtos e simples, como os jogos sociais ou de utilização ocasional. Ora se é um facto que os jogos tradicionais ainda
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Mercado português de jogos
Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR
representam o grande filão dos títulos vendidos em Portugal, também é verdade que os novos tipos de jogos, como os de habilidade, saúde, sociais ou de simulação social, estão em crescimento. Estes jogos podem ser mais atractivos para o público feminino, mas também para um consumidor mais sénior, que se começa a atrever a enveredar por este caminho. Ao mesmo tempo, a actual crise económica pode proporcionar uma oportunidade de crescimento para este negócio. De acordo com uma análise da Euromonitor International, tal como o cinema teve a sua era dourada durante a Grande Depressão, a actual conjuntura pode resultar num crescimento a contraciclo do mercado de vídeojogos, até porque os consumidores estão a refugiar-se nas suas casas, o que potencia o consumo de entretenimento no lar.
Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
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[ Electro Produto em Análise ]
Montra de produtos Espera-se que 2010 seja mais um ano positivo para os vídejogos. Os primeiros seis meses do ano assim o indicam, tanto mais que ainda não ocorreu aquela que é a maior época de vendas para estes produtos, o Natal. Este é um mercado cada vez mais diversificado, composto por vários “players” e soluções, que vão do software aos acessórios dedicados. Estes compõem mesmo a área dos vídeojogos que apresentou a maior evolução na facturação, durante o primeiro semestre, posicionando-se como uma interessante alternativa de receitas. Assim, naquela que é a sua época quente de vendas, aqui ficam algumas das últimas propostas das marcas para animar ainda mais este mercado.
Gamepad AngEvil da Lifetech
A Lifetech propõe a nova geração do gamepad AngEvil na sua linha gaming, composta por gamepads, joysticks e volantes. O gamepad é indicado para os jogadores mais exigentes, apresentando quatro eixos, D-pad e 12 botões independentes de disparo. Com dois motores internos, a função Dual shock torna a experiência de jogo mais realista. Este gamepad é compatível com as mais recentes consolas de jogos, incluindo PS2 e PS3, e com PC. PVP recomendado: 15,90 euros
Portátil Aspire AS7745G-5454G1TMn da Acer
O Acer Aspire AS7745G-5454G1TMn é um modelo de 17 polegadas direccionado para gaming. Este modelo tira partido da CPU Intel Core i5-450 (2,4 GHz), com uma grande capacidade de processamento em resposta a grandes exigências. O processamento gráfico de topo é assegurado pela placa gráfica ATI Mobility Radeon HD 5650, com um giga VRAM DDR3 dedicada e suporte DirectX 11, para jogos 3D exigentes. Este desempenho é igualado por uma visualização cinemática, com cores brilhantes e reais, no ecrã de 17,3 polegadas, com resolução de 1.600x900 pixels. O painel utiliza tecnologia de luz de fundo LED, que permite uma reprodução ainda melhor da imagem e um aumento da legibilidade em condições de iluminação reduzida. Além disso, é isento de mercúrio e reduz o consumo de energia. Em termos de memória, o portátil gaming da Acer oferece uma memória DDR3 de quatro gigabytes, para uma rápida resposta do sistema e um processamento ininterrupto dos re-
quisitos multi-tarefa. No que toca ao armazenamento, as unidades de disco rígido de grande capacidade (2x500 GB) oferecem um espaço generoso para guardar facilmente todo o arquivo digital. Um leitor multi-cartões, que suporta os formatos de cartão de memória mais utilizados, permite a transferência simples e rápida de dados. A total conectividade é assegurada pelas mais recentes tecnologias com e sem fios, incluindo ligação de rede 802.11b/g/n. PVP recomendado: 799 euros.
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Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
Kit de carga universal da Omenex
A Metronic sugere o kit de carga USB internacional da Omenex, que permite recarregar aparelhos electrónicos, incluindo as consolas de jogos portáteis Nintendo DS, Nintendo DS Lite, Gameboy Advance e PSP. Com entrada de rede eléctrica 110-240 volts, este kit traz também uma ligação para o isqueiro do automóvel (12-24 volts). PVP recomendado: 39,90 euros.
[ Electro Produto em Análise ]
Auriculares Wireless Headset F540 da Logitech Com os auriculares Logitech Wireless Headset F540 já se pode jogar PS3 e Xbox 360 a altas horas da noite sem perturbar os vizinhos. Desenhados para serem usados durante largos períodos de tempo, os Wireless Headset F540 oferecem uma experiência de jogo com um som nítido e uma transmissão de voz limpa e clara. Os sensores de 40 milímetros afinados por laser oferecem um som rico e cheio de detalhes. O microfone com sistema de cancelamento de ruído faz com que oiçam o utilizador de forma clara em qualquer jogo para PS3 ou Xbox 360.
O sistema wireless a 2,4GHz, utilizado nos componentes para gaming, oferece uma conectividade perfeita sem fios. As suas baterias recarregáveis permitem desfrutar em qualquer momento de toda a experiência. As baterias oferecem até dez horas de autonomia e podem ser recarregadas durante a sua utilização. Os Logitech Wireless Headset F540 permitem conectar até três fontes de áudio, incluindo consolas, televisores, leitores de DVD e Blu-ray ou leitores multimédia. PVP recomendado: 149,99 euros.
Mochila Denim da Targus
PC Pavilion Elite HPE da HP
Porque os viciados em vídeojogos não só jogam em LCD’s, mas também em computadores portáteis, a Targus tem a resposta para a mobilidade destes vícios saudáveis, assegurando um transporte seguro e cómodo. Com alças ajustáveis, para o transporte de portáteis até 16 polegadas de forma confortável e segura, a mochila Denim da Targus dispõe ainda de compartimento acolchoado, bolso frontal para um acesso rápido aos objectos mais usados e muita capacidade de arrumação no interior. O design aqui também ajuda, uma vez que, construída em polyester com efeitos e detalhes denim/jeans, oferece um look descontraído e casual. PVP recomendado: 34,95 euros.
O novo computador Pavilion Elite HPE da HP é ideal para quem gosta de jogos, assegurando a máxima velocidade e performance até nos jogos mais intensivos. Equipado com processadores Intel Core i3, i5 & i7, gráficos de alto desempenho e Windows 7 Home Premium genuíno, o HP Pavilion Elite HPE oferece a potência necessária para jogar ou para outras tarefas exigentes em termos de recursos. A grelha vermelha Merlot, o exterior de preto brilhante e a faixa cromada do HP Pavilion Elite HPE combinam em perfeita harmonia com o formato da micro torre. Caso seja necessário, o PC HP Pavilion Elite HPE utiliza componentes standard do sector facilmente actualizáveis, a pensar na expansão futura. PVP recomendado: 1.310 euros.
Fitness-Pack “XL” para Nintendo Wii da Hama
A Hama propõe um kit de nove acessórios de fitness para a consola Wii. Este conjunto inclui saco almofadado para transporte seguro do “balance board”, kit de baterias recarregáveis, incluindo cabo, cobertura de neoprene de alta qualidade para protecção contra pó e riscos, temporizador para Wii-Fit, suporte para Wii-Mote, dois alteres para pulsos ou tornozelos e banda de transpiração para a cabeça. PVP recomendado: 24,99 euros.
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[ Mercado Estratégias ] Mensagens de Natal
Os colaboradores da Indesit Company aproveitam este espaço para desejar a todos os que têm o privilégio de ler a Revismarket um Santo Natal e um Próspero Ano Novo.
O Grupo Delonghi Portugal, que representa as marcas Delonghi, Ariete e Kenwood, deseja a todos os seus parceiros de negócios um Feliz Natal e um Óptimo Ano Novo. Esperamos que 2011 seja a continuação de uma excelente parceria.
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Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
s seja a todo A Miele de atal um Feliz N Ano Novo! ero e um prósp
As IXUS, as EOS, as PIXMA, os XEED, as LEGRIA, as ImagePROGRAF, as ImageRUNNER, as i-SENSYS, os LIDE, as PowerShot... ou seja, a Canon Portugal deseja a todos os seus clientes e parceiros um Excelente Natal e um Ano Novo cheio de sucesso.
A Candy Hoover Portugal, Lda deseja a todos os seus consumidores, clientes e amigos um Feliz Natal e um Pr贸spero 2011, repleto de sa煤de e de felicidade. Rm-Revismarket - Outubro/Novembro 2010
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Mensagens de Natal A B/S/H/ deseja a todos os seus parceiros, clientes e fornecedores um Feliz Natal e um Pr贸spero Ano Novo.
e A Flama deseja-lh um Feliz Natal e um Pr贸spero Ano Novo.
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Rm-Revismarket - Mar莽o/Abril 2010
As melhores propostas para o Natal
www.rmelectro.com
As melhores propostas para o Natal No actual clima económico, as prioridades de compra estão, mais que nunca, centradas na utilidade dos presentes. O estudo Xmas Survey 2010 da Deloitte confirmou esta mesma tendência, revelando que 98 por cento dos portugueses vão basear-se neste critério para a escolha dos presentes a oferecer, assim como na necessidade de reduzir o montante gasto em cada presente (96%) e na procura do melhor preço (94%). Não podemos dissociar esta característica dos electrodomésticos e produtos tecnológicos, pelo seu papel como aliados e facilitadores da vida quotidiana. Por isso seleccionámos um conjunto de sugestões de produtos e campanhas especialmente interessantes para esta época, uma das mais fortes do nosso sector.
Pequenos domésticos
Gerador de vapor Liberty Pressing da Rowenta
• Um aparelho ultra compacto, fácil de transportar e arrumar. Assemelha-se a um carrinho de mão em miniatura, encaixando-se todo sobre si próprio e oferecendo um compartimento de arrumação para cada peça do aparelho. A divisão para arrumação do ferro permite, inclusive, guardá-lo ainda quente, com toda a segurança e conveniência. • Com caldeira Fast Heat-Up, que aquece em dois minutos, desligar automático e modo stand-by, quando não é utilizado há oito minutos, e sistema Calc-Away, para uma limpeza fácil. • Possui uma base Laser Microsteam 400 que apresenta uma resistência máxima a riscos e uma difusão perfeita do vapor. Está equipado com pressão de seis bars e uma potência de 2.100 watts, dispondo de uma autonomia ilimitada e debitando 120 g/min. de vapor variável e um jacto de 250 g/min. na opção de Super vapor.
PVP recomendado: 400 euros.
Ferro a vapor Cocoon Pro da HAEGER
• Pretende solucionar o principal problema dos ferros de engomar, o calcário, proporcionando um engomar fácil e rápido e, ao mesmo tempo, uma maior durabilidade do produto. • Ferro de vapor contínuo de alta performance e muito seguro pois desliga automaticamente quando a tampa é fechada, permanecendo dentro de uma “cápsula”’, o que possibilita a arrumação imediata sem necessitar de arrefecer. Com base em alumínio polido e pega em cortiça, pode ser facilmente arrumado, pois é apenas um volume. • Reservatório de grande capacidade (0,85 l), aquecimento Rápido & Economizador de Energia, regulação do vapor até 50 g/min., vapor contínuo, vapor vertical e recolha automática do cabo eléctrico.
PVP recomendado: a partir de 74 euros.
Ferro com caldeira sensixx B25L pro energy da Bosch
• Grande depósito de água com capacidade para 0,8 litros que pode ser enchido a todo o momento, sem que se tenha de esperar que o ferro arrefeça, proporcionando uma autonomia ilimitada. • Com 2.400 watts de potência, aquece em menos de dois minutos. O sistema Intelligent steam contribui para um controlo melhorado da pressão de vapor (0 a 110 gramas), que pode ser regulado de forma variável. Este ferro permite ainda um jacto de vapor vertical contínuo, muito útil quando se necessita apenas de refrescar a roupa. • Funções “eco”, que possibilita poupar mais de 25 por cento de electricidade, e “secure”, um sistema de desligar automático que garante a total segurança de utilização.
PVP recomendado: 229,99 euros.
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Aparador de cabelo Maverick HC5750 Pro Power Series da Remington • Com o novo motor Pro Power Motor, corta mais cabelo em cada passagem, em todos os tipos e texturas de cabelo, secos ou molhados, com um desempenho duas vezes mais rápido. Sistema Auto Boost que, intuitivamente, ajusta a velocidade ao tipo e textura do cabelo. As suas lâminas são revestidas de titânio e auto-afiam-se. • Iluminação do comprimento do pente, para uma maior atenção ao detalhe. Em nome da simplicidade, traz apenas dois pentes, que permitem 15 configurações
de comprimento, entre um e 42 milímetros. Inclui um pente especial que permite criar o look de barba de três dias. • Sistema de Lavagem Rápida, que, com o clique de um botão, liberta o conjunto de lâminas para poder ser facilmente lavado com água corrente. • Sistema de carregamento por USB, que permite carregar directamente do PC ou através de uma tomada eléctrica normal.
PVP recomendado: 59,99 euros.
Máquina de café CitiZ Metal da Nespresso
Máquina de sumos Profi Cook AE 3150 da Clatronic
• Um estilo minimalista, em que formato e funcionalidade se complementam harmoniosamente. • Com um acabamento único em metal, surgem duas novas cores, Frost Aluminium e Silver Chrome. • Neste Natal, ao adquirirem as máquinas com o sistema de cápsulas Nespresso, os consumidores beneficiarão também da campanha “Presentes com Design Único” que lhes permite receber até 50 euros na compra de uma máquina de café Nespresso.
• Com acabamentos em inox e uma grande facilidade de utilização, permite preparar sumos de fruta e de vegetais de uma forma rápida e totalmente automática. • Com motor de 900 watts e um recipiente para polpas de grande capacidade (2 l), dispõe de duas velocidades e é totalmente desmontável para facilitar a sua limpeza.
PVP recomendado: 69,99 euros.
PVP recomendado: 199,99 euros.
Aspirador ciclónico Schaub Lorenz
• Aspirador com duplo sistema ciclónico. • Potência de 2.000 watts. Acrescenta-se um sistema de filtragem de cinco níveis, incluindo filtro HEPA, eficaz contra ácaros, pólens e bactérias. • Vem acompanhado de um completo conjunto de acessórios, incluindo base de plástico combinado para tapetes, escova de chão dura, bocal multiusos e escova turbo.
PVP recomendado: 69,90 euros
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As melhores propostas para o Natal Pequenos domésticos
Picadora PIKATTI 1706FL da Flama
• Muito rápida e extremamente fácil de usar, funcionando por pressão na tampa. • Com uma potência de 700 watts e capacidade para picar até 200 gramas, vem equipada com um novo sistema de lâminas em aço inoxidável de alto rendimento, que pica os alimentos com maior facilidade. • Copo liquidificador, com capacidade para 1,25 litros, dotado de sistema anti-gota. • Sistema de segurança e base anti-derrapante e, para facilitar a limpeza, é desmontável.
PVP recomendado: 49,99 euros.
Fritadeira Actifry Family da Tefal
• Todo o sabor e nutrição numa capacidade familiar (1,5 kg para seis pessoas). Com uma tecnologia patenteada, que levou 10 anos a desenvolver, apresenta a solução para fritar os alimentos de forma mais saudável, mantendo-os deliciosos. • Cozinhadas na Actifry, as batatas ficam com um menor teor de gordura (cerca de 3% comparação com os 14% da fritadeira normal). Para além da reduzida quantidade de gordura utilizada na fritura (apenas uma colher de óleo), é também possível escolher qualquer tipo de óleo ou azeite, podendo-se assim ajustar ao gosto ou necessidade de cada um.
PVP recomendado: 280 euros.
Saca-rolhas eléctrico da HAEGER
• Funcional e muito fácil de utilizar, apresenta-se como uma solução prática e rápida, para a complicada tarefa de abrir uma garrafa. • O saca-rolhas eléctrico, adaptado para garrafas de rolhas de cortiça, possui duas posições de sentido rotativo, bastando pressionar um botão para retirar a rolha da garrafa, libertando-a em seguida.
PVP recomendado: a partir de 15 euros.
Máquina multi-bebidas Nescafé Dolce Gusto Piccolo da Krups
• Bastante versátil e fácil de utilizar, permitindo preparar uma variedade de bebidas quentes e frias. • A sua gaveta de recolha de pingos e a base de apoio ajustável permitem servir bebidas em copos de várias dimensões, ao mesmo tempo que o processo de extracção e a pressão adequada a cada tipo de bebida (15 bars) optimizam o sabor e a cremosidade. • Desliga automaticamente ao fim de cinco minutos, poupando energia.
PVP recomendado: 90 euros.
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Aspirador Silence Force Eco Intelligence da Rowenta
• Económico e inteligente, graças ao motor de elevada eficiência e à optimização do fluxo de ar, reduz significativamente o consumo de energia em 35 por cento, assegurando uma performance similar a um aspirador Rowenta de 2.200 watts. • Potente no interior e silencioso no exterior, alcança um nível ideal de silêncio (69 décibeis), graças à tecnologia Advanced Silence System. • Vem equipado com diversos acessórios, como a escova Delta Silence Force, a escova para parquet e tubos metálicos telescópicos Silence. • Dispõe de um sistema de filtragem, com filtro HEPA, e saco para o pó com 4,5 litros de capacidade.
Grandes domésticos e aquecimento de águas
PVP recomendado: 230 euros.
Máquina de lavar a loiça 3VS702IA da Balay
• Com programa Eco 50ºC, permite consumir apenas nove litros de água por lavagem. • Dispõe de mais espaço interior e, em vez dos habituais 12 serviços de loiça padrão, é possível lavar 13. • Amplo “display” digital que informa sobre o tempo restante até à finalização do programa e permite diferir, até 24 horas, o início do programa seleccionado. Além disso, integra os tradicionais indicadores luminosos de reposição de sal e de abrilhantador. • Com seis programas de lavagem, beneficia também do programa Auto 45-65ºC, um programa automático diário, que permite aplicar um tratamento mais delicado quando o grau de sujidade não é muito elevado. • Funções especiais como a Vario-Speed, que assegura os melhores resultados de lavagem e secagem em metade do tempo, e Meia-Carga, opção disponível em qualquer um dos cestos, que reduz até 25 por cento o consumo de água, energia, detergente e de tempo.
PVP recomendado: 873,46 euros.
Forno eléctrico AGFM52BK da Airlux-Glem
• Na forma base de um rectângulo, de linhas essenciais e definidas, com a porta interior totalmente plana em vidro. • Forno de classe A, com esmalte liso e um volume útil de 60 litros, que dispõe de cinco funções, arrefecimento tangencial e programador de fim de cozinhado.
PVP recomendado: 364 euros.
Máquina de lavar a roupa ALF 7010X da Aspes • As melhores qualificações em eficiência energética, eficácia de lavagem e centrifugação.Com qualificação A-10%, consome menos dez por cento de energia comparado com as máquinas de lavar a roupa com qualificação A. • Com capacidade de sete quilogramas, permite reduzir o número de lavagens de roupa e lavar mesmo as peças mais volumosas. A sua porta de grande abertura facilita a colocação de toda a roupa no interior da máquina. • Equipada com um tambor com mais orifícios e de dimensões mais pequenas, trata a roupa com a máxima delicadeza. Está indicada para lavar e cuidar todos os tipos de roupa, dispondo de diversos programas especiais,
num total de 15. • Este modelo pode ser encontrado em qualquer loja Expert.
PVP recomendado: 509,90 euros.
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As melhores propostas para o Natal Grandes domésticos e aquecimento de águas
Fogão N 2540 V BL da Meireles • Na cor preto mate, uma escolha que combina funcionalidade e estética. • Equipado com quatro queimadores e forno a gás, com novos manípulos pretos anti-dedadas e com um novo rodapé.
PVP recomendado: 290 euros.
Esquentadores termoestáticos da Junkers • Ajusta a potência às necessidades instantâneas de água quente, permitindo uma maior poupança e uma maior eficiência energética. • O controlo termostático da temperatura permite que o esquentador consuma apenas a quantidade de gás necessária para atingir a temperatura de saída da água pré-seleccionada pelo utilizador. • Gama completa de esquentadores termoestáticos, nas versões atmosféricos, ventilados e estanques, compatível com a instalação de um sistema solar térmico e foi concebido para trabalhar com água préaquecida.
Preço sob consulta.
Máquina de lavar a roupa Avantixx 7 VarioPerfect da Bosch
• Adapta-se à carga introduzida e consome apenas a água necessária, permitindo poupar até 50 por cento de água. Isto significa o consumo de apenas 42 litros de água para uma carga de sete quilogramas de roupa e de menos 20 por cento de electricidade que o valor de referência para a classe de eficiência energética A. • Graças à tecnologia ActiveWater, é realizada uma correcta distribuição de água e de detergente, independentemente da carga que se encontra no tambor. • Novo tambor WaveDrum com 58 litros de volume que admite cargas até sete quilogramas. • Grande “display” para indicar o estado do programa, temperatura, velocidade de centrifugação, tempo residual e início diferido de 24 horas. • Para além dos programas clássicos, apresenta programas especiais adequados a diferentes situações, como a roupa desportiva, rápido 15 minutos, rápido/mix para cargas mistas, penas, camisas e Clinic Wash.
PVP recomendado: 739 euros.
Forno a vapor HKE 930 S da Teka
• Um produto capaz de responder às necessidades do consumidor que a cada dia valoriza mais uma alimentação saudável. • A colocação do depósito de água na parte superior da cavidade permite obter uma capacidade de 35 litros, bem como uma competitiva superfície de bandejas. • Os testes a que foi sujeito garantem o melhor desempenho em termos de rapidez de cozinhado, consumo de água e poupança energética.
PVP recomendado: 849 euros.
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Máquina de lavar a roupa IQ700 da Siemens • Doseia a quantidade exacta de detergente consoante a carga de roupa que se encontra no tambor, permitindo poupar água. Utiliza até menos 30 por cento de energia que o valor de referência exigido para a classe de eficiência energética A. • Para além dos programas automáticos, dispõe ainda de programas especiais, que permitem lavar todo o tipo de roupas, nomeadamente sintéticos, camisas e blusas, lãs, tecidos delicados e sedas, entre outros. • Com a tecnologia varioPerfect, é muito simples economizar energia sem comprometer a qualidade da lavagem. A opção ecoPerfect optimiza o consumo de energia ao mesmo tempo que a opção speedPerfect possibiliza reduzir o tempo de lavagem. • Extremamente silenciosa, incorpora inovações que lhe permitem manter o silêncio mesmo quando está a trabalhar nas máximas rotações, durante as fases de centrifugação. Para isso, contribui o novo motor iQdrive e o sistema anti-vibração.
PVP recomendado: 1.299 euros.
Entretenimento e TI
Televisor LED 40 VLE 8040C da Grundig
• Design elegante em preto piano brilhante com base de vidro rotativa. • Todas as vantagens da tecnologia LED. Para além de permitir obter um design muito fino, assegura uma imagem mais natural, uma melhor reprodução da cor e um contraste mais elevado. A estes benefícios acresce o menor consumo energético, 50 por cento inferior ao de um LCD convencional. • Modelo Full HD, com 2x20 watts e capacidade USB Recording. Os programas de televisão recebidos via DVB-T ou DVB-C podem ser directamente gravados e reproduzidos, até mesmo em HD, clicando apenas num botão e utilizando um disco rígido externo ou uma pen USB. • Função Timeshift para recuperar o programa gravado, sem necessidade de interromper a gravação. Só se tem de premir o botão de gravação do comando e o programa emitido será gravado através da ligação USB.
PVP recomendado: 899 euros.
Leitor de e-books EB700 da Sunstech
• Modelo com ecrã TFT a cores de sete polegadas que se destaca ainda por ter rádio FM e a capacidade de gravação de voz. A sua memória de dois gigabytes é extensível a 16, através de cartão SD, o que dá espaço extra para aumentar a biblioteca de e-books a todo o momento. • Suporta vários formatos, incluindo, ANSI, TXT unicode, PDF, EPUG, PDB, FB2 e HTML. É também compatível com os mais populares formatos de imagem (JPEG, BMP e GIF) e de áudio (MP3, WMA, OGG, FLAC, AAC e WAV) e permite a conversão automática de vídeo sem recurso a software extra. • Apresentado em duas cores, azul e vermelho, tem uma autonomia de oito horas em leitura, cinco de música ou três de vídeo.
LED TV TYR 3261B16 PVR da Telefunken
• Não só permite ver as emissões de televisão como também gravá-las, incluindo HDTV, através da sua porta USB. As gravações podem ser facilmente programas pelo utilizador e, graças à função Timeshift, fica a garantia de não se perder pitada da acção. • A conectividade USB permite que se converta num leitor de arquivos multimédia também com suporte para HD. As potencialidades de entretenimento são ainda ampliadas pelo modo de Jogo e pelo receptor de TDT de alta definição integrado. • Áudio Dolby Digital Plus, num modelo que beneficia ainda de limitador de volume automático. • Actualização de software automática via antena e versatilidade em termos de opções de conectividade, incluindo, entre outras, duas portas USB e outras duas entradas HDMI. • Consumo no modo stand-by ser inferior a um watt.
PVP recomendado:129,90 euros.
PVP recomendado: 546 euros.
Multifunções HP ePhotosmart Premium e-All-in-One • A grande inovação desta nova geração de impressoras reside na tecnologia ePrint, que permite a impressão por e-mail de qualquer lugar e de qualquer equipamento, sem a necessidade de instalar qualquer software adicional. Permite ainda imprimir aplicações (Apps) directamente da Internet, tais como mapas, notícias, fotos e variados documentos, apenas com um simples toque no ecrã. • Impressão automática frente e verso, característica que permite poupar até 50 por cento no papel, impressora, scanner e fotocopiadora num mesmo dispositivo com ligação wireless e navegação táctil. • Sistema de tinteiros individuais e entrada de cartões de memória.
PVP recomendado: a partir de 99 euros.
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