Rm REVISMARKET O mercado Electro em revista
Trimestral • Janeiro/Fevereiro/Março 2011 • n.º 42 • Distribuição gratuita
Revismarket
E 2011? Leia ainda
Informações e tendências de mercado para esta época de incerteza, uma caixa-de-ferramentas para tornar a crise numa oportunidade
Cidadela Electrónica, Media Markt, planos uma empresa humanizada e estratégia para 2011 www.rmelectro.com • www.rmdeco.com
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Ficha Técnica
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Editorial
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N.º 42 Janeiro/Fevereiro/Março 2011 www.rmelectro.com www.rmdeco.com
Propriedade: Revismarket - Edição de Publicações, Lda. Rua Peixinho Júnior, N.º 2, 1.º E 2770-135 Paço de Arcos Tel.: +351 214 413 277 Fax: +351 214 413 478
Editor: Jorge Conde admin@revismarket.com
Direcção: Cidália Ribeiro cirib@revismarket.com
Redacção: Carina Rodrigues redaccao@revismarket.com
Área Comercial: pub@revismarket.com comercial@revismarket.com
Paginação: AMM outsourcingdesigners@gmail.com
Impressão: Mulembeira Rua Vasco da Gama, nº. 36 2685-244 Portela de Loures
Distribuição gratuita e por assinatura Tiragem: 3.000 exemplares
Depósito Legal n.º 236.204/05 Publicação registada no Instituto da Comunicação Social com o n.º 124843
Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito. Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsável perante os seus leitores. A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.
2011, para um ano diferente... uma estratégia diferente
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al como faço todos os inícios de ano, cá estou eu a comunicar os objectivos da Rm-Revismarket para 2011, para que leitores e parceiros saibam exactamente o que esperar da nossa organização. Mesmo num ano que se vislumbra conturbado, fazemos questão de comunicar, preto no branco, a nossa estratégia, respondendo à confiança que o mercado sempre depositou no nosso projecto. Acredito que esta confiança e credibilidade não aconteceu por acaso; foi sim devido a muito trabalho e a uma constante aposta na qualidade e utilidade dos nossos conteúdos, que vão muito além da publicação de simples notícias e que requerem um permanente investimento numa informação atempada e útil aos leitores. Foram estas premissas que possibilitaram que nos mantivéssemos no mercado sem falhar um único número, mesmo em alturas mais complicadas. Assim, e contrariando o velho ditado que diz que equipa vencedora não se muda, decidimos fazer algumas alterações. A primeira passa por uma ligeira alteração de conceito pois, até agora, a nossa estratégia assentava única e exclusivamente nos apoios dos nossos parceiros anunciantes e esta é uma premissa que se tornou obsoleta na conjuntura actual. A seu tempo, vamos diferenciar e segmentar conteúdos, cobrando alguns deles, de acordo com os vários interesses de cada leitor. Realço, no entanto, que os serviços base de informação se irão manter gratuitos e disponíveis online. A revista impressa também continuará gratuita para os profissionais da distribuição e para as empresas anunciantes da Rm. No entanto, para as empresas que não são parceiras ou anunciantes e outros profissionais, o envio da revista obrigará a uma assinatura anual. Ainda na revista impressa e, seguindo a evolução natural dos hábitos de leitura, vamos espaçar a periodicidade passando-a a trimestral. Esta decisão foi alicerçada pelo constante aumento do interesse pela Internet, tendo as leituras em detalhes nas nossas newsletters ultrapassado os 68%. Aproveito também este início de ano para um desabafo pessoal porque, apesar de ser uma apaixonada pela minha actividade, estou cansada de gerir vaidades e exigências absurdas de quem confunde negócio com serviço público. Para que fique claro, a RmRevismarket é um negócio, por isso publica informações nas quais tem interesse e que considera importantes para os leitores. Não somos um serviço público e não temos qualquer obrigação de trabalhar sobre assuntos nos quais não vemos interesse. A nossa missão passa única e exclusivamente por manter-nos fiéis aos nossos leitores, de forma a que os nossos parceiros continuem a ter resultados ao investir nos nossos meios. Apesar da amizade que temos com muitos dos intervenientes do mercado, continuaremos a publicar apenas trabalhos que se enquadrem na nossa missão editorial e empresarial, mesmo que alguns egos fiquem “aborrecidos”. Se pudermos ajudar, fá-loemos certamente, sempre com vista a dar conteúdos que consideramos importantes e interessantes para a nossa actividade e leitores. Aproveito para desejar excelentes negócios para 2011 porque, apesar de conturbado, acredito que este ano nos reserva grandes surpresas a todos. Cidália Ribeiro Directora
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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Índice
] Tema de capa E 2011?
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Mercado
1, 2, 3 partida! Começou a corrida para a proximidade
Notícias
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Aberturas
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Relatórios & contas
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Quem são
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10 grandes vendedores de todos os tempos
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Tristar aposta em nova área de negócio e consolida estratégia
Samsung reforça enfoque nas tecnologias “verdes”
de proximidade aos clientes
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Media Markt aposta na expansão em Portugal
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Samsung reforça enfoque nas tecnologias “verdes”
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Moulinex quer liderar mercado nacional de preparação alimentar
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Bosch e Siemens lançam
Moulinex quer liderar mercado nacional de preparação alimentar 4
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
novos produtos sob o signo da eficiência
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1, 2, 3, partida! Começou a corrida para a proximidade
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Cidadela Electrónica – Braga, um negócio humanizado
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Momentos electro
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Tempo de pausa
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Tema de Capa
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E 2011?
Estão preocupados com a conjuntura política e económica do país e a sua influência no sentimento de insegurança dos consumidores. A perda do poder de compra, o desemprego e a diminuição do consumo estão no centro das suas inquietações. Querem continuar a disponibilizar aos seus clientes os melhores produtos e serviços, ao melhor preço do mercado, mas temem o impacto da actual conjuntura na sua capacidade de continuar a servir bem o consumidor e de manterem os postos de trabalho e o bom funcionamento das suas empresas. As margens estão cada vez mais esmagadas, os prazos de pagamento são cada vez menos cumpridos, o crédito é cada vez mais uma miragem, prejudicando a saúde financeira das organizações. Algum destes factores é novidade? Nem por isso, já se enumeravam em 2010, mas assumem agora uma importância cristalizada, porque o clima é de ainda maior incerteza, dado que os cenários de uma esperada retoma para o final do ano passado não se chegaram a concretizar. O que podem estes empresários fazer, então? Para já dizem apostar numa estratégia de inovação, que lhes permita reforçar os seus elos de ligação com os seus clientes, transformando a tal da crise num catalisador da competitividade das suas empresas.
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inquiridos pela Revismarket, parece que não mudou nada. Ou melhor, mantêm-se as mesmas preocupações, prioridades e receios identificados há um ano atrás, talvez ainda mais cristalizados por uma incerteza que se adensou e que trava estes profissionais a se aventurarem a lançar quaisquer previsões de longo prazo. Para já, estes gestores traçam o cenário
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de um início do ano atípico, com os canais tradicionais (pequeno e grande retalho) em baixa. A juntar à real perda do poder de compra, Janeiro ficou afectado pela antecipação de compras efectuadas em Dezembro com vista a evitar o aumento do IVA. “Em Janeiro os negócios foram inferiores aos dos anos anteriores, notando-se uma preocupação no consumidor se deve ou
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uando em 2010 publicávamos, na primeira revista do ano, o artigo de destaque sobre as perspectivas dos profissionais do sector para o ano que se começava a desenrolar, eram muitos os que, num tom marcadamente de cautela, destacavam que a economia parecia começar a dar os seus primeiros indicadores positivos, avançando uma possível recuperação para o final do ano. 2010 era definido, por estes profissionais, como “difícil” e “incerto”, mas que lançaria as bases do futuro. A selecção natural do mercado parecia ter atingindo o seu auge em 2009, culminando em 2010, para apenas restarem as empresas mais fortes, ágeis e versáteis. Estaria assim cumprido o papel do chamado “ano zero”. Volvidos mais de 12 meses desde que publicámos essa análise, o que mudou então? Avaliando pelas respostas dos profissionais
Estes gestores traçam o cenário de um início do ano atípico, com os canais tradicionais (pequeno e grande retalho) em baixa. A juntar à real perda do poder de compra, Janeiro ficou afectado pela antecipação de compras efectuadas em Dezembro com vista a evitar o aumento do IVA. “Em Janeiro os negócios foram inferiores aos dos anos anteriores, notando-se uma preocupação no consumidor se deve ou não comprar, mesmo quando entra na loja para esse efeito”
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Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR
2011 2011 começou difícil, não se vislumbrando ainda um caminho. E é nestas alturas que a informação assume um papel ainda mais vital. Por isso, nesta primeira revista do ano, propomos ao leitor a nossa caixa-de-ferramentas para 2011. Depois da análise dos profissionais do sector, segue-se um conjunto de estudos com dados e tendências de mercado, esperando que se tornem particularmente úteis nesta época de incerteza, e a opinião de alguns especialistas sobre como tornar a crise numa oportunidade.
Nota-se claramente uma desaceleração do consumo, confirmada pelos primeiros dados de 2011 da GfK, que constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses
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não comprar, mesmo quando entra na loja para esse efeito”, detalha António Alves, sócio-gerente da Telereparadora. “Clientes nossos, que são retalhistas, estão a queixar-se de redução do tráfego das lojas”, confirma Jorge Custódio, administrador da Lifetech. Nota-se claramente uma desaceleração do consumo, confirmada pelos primeiros dados de 2011 da GfK, que constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses. O nervosismo está instalado. Nunca, como agora, pairou sobre a mente dos portugueses o “fantasma” do Fundo Monetário
Mercado Quem são
“A situação política nacional tem contribuído de forma decisiva para a degradação da economia e, infelizmente, não se perspectivam alterações significativas na nossa classe política. Enquanto continuarmos a ter como agentes políticos pessoas que, na sua maioria, nunca tiveram um emprego na vida, a situação continuará a degradar-se”
Internacional, um espectro que começou com as suas aparições constantes já ia bem decorrido o ano de 2010, motivando uma política de austeridade que se fez e faz sentir, com uma particular agudeza, nos bolsos dos portugueses. E levando a um constante clima de tensão política que culmina agora no pedido de demissão do Primeiro-Ministro, José Sócrates. “A situação política nacional tem contribuído de forma decisiva para a degradação da economia e, infelizmente, não se perspectivam alterações significativas na nossa classe política. Enquanto continuarmos a ter como agentes políticos pessoas que, na sua maioria, nunca tiveram um emprego na vida, a situação continuará a degradar-se,” defende Luís Vasco Cunha, administrador da Susiarte/expert. Nesta medida, se o panorama já se afigurava difícil em 2010, pior Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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Tema de Capa
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parece ter ficado em 2011. O que podemos então esperar deste novo ano?
Portugal é segundo o “Euro-clima”, o país que apresenta os piores índices de propensão à compra, consideravelmente inferior ao de países que normalmente o acompanham na cauda da Europa, como a Grécia e Roménia.
mundo, de acordo com este índice, estão os chamados “PIIGS”, ou seja Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha. Uma noção que é corroborada pelo estudo “Euro-clima” da GfK, que coloca Portugal (-47 pontos) no mesmo grupo que a Grécia (-43 pontos) e a Roménia (-47 pontos), como os países que registam as mais baixas expectativas económicas. Portugal é também, segundo o “Euro-clima”, o país que apresenta os piores índices de propensão à compra, consideravelmente inferior ao de países que normalmente o acompanham na cauda da Europa, como a Grécia e Roménia. Os índices registados em 2010, e com excepção dos primeiros meses de 2009, são os mais baixos des-
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Em 2010, aquando da publicação da primeira revista do ano, o controlo apertado era apontado como uma das medidas mais importantes a implementar e mantém-se como prioridade em 2011. 44 por cento dos profissionais inquiridos pela Rm enumeram-no como a primeira medida para enfrentar 2011, em nome da saúde financeira das empresas, sobretudo quando se antecipa um agravamento das condições de financiamento.
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Um consumidor ainda mais cauteloso Para já, do lado do consumidor, podemos esperar uma continuação dos comportamentos cautelosos. Segundo a última edição do “Índice Nielsen de Confiança do Consumidor”, realizado a nível mundial, os consumidores terminaram 2010 mais pessimistas do que estavam no princípio de 2009. “Como a realidade económica e financeira imediata permaneceu frágil e com falta de indicadores positivos durante 2010, os consumidores constataram a cruel realidade que a recuperação total ainda está muito longe”, afirma Venkatesh Bala, Chief Economist no The Cambridge Group, que faz parte da Nielsen. Os consumidores estão assim a preparar-se para mais um ano de crescimento nulo ou lento. “Os números relativos à criação de postos de trabalho e de empregos caíram abaixo das expectativas e, embora muitos países tenham oficialmente saído da recessão, muitos consumidores ainda vivem, e contam continuar a viver, um estilo de vida cauteloso que restringe os gastos domésticos e a procura”, continua Venkatesh Bala. O comportamento pragmático de 2010 vai assim continuar em 2011, na medida em que existem ventos contrários ao crescimento. Este comportamento pragmático vai manifestar-se através de uma combinação entre os gastos essenciais e os discricionários, com o foco a recair na poupança de combustível e nos electrodomésticos, na redução das despesas com os produtos de mercearia, na comida “take-away”, na roupa e no entretenimento. Por entre os países mais pessimistas do
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de 2001, único ano que na última década apresentou índices positivos. Empesários igualmente mais cautelosos Como a economia funciona em ciclo, as expectativas dos consumidores são influenciadas pela retoma de alguns indicadores económicos, que geram neles percepções psicológicas que alteram os seus hábitos e comportamentos na hora de adquirir um produto. E as consequências desta tendência dão um novo impulso à economia. Ora, se os consumidores mantêm a sua atitude comedida na hora de consumir, numa simbiose quase perfeita, as empresas reforçam a prudência na sua abordagem ao mercado. Do lado do retalho, o relatório “Global Powers of Retailing 2011”, publicado pela consultora Deloitte, veio já confirmar que o comportamento cauteloso do lado do consumo foi responsável pelo travão no crescimento das vendas da distribuição e mais de um terço dos 250 maiores retalhistas do mundo sofreram um declínio no ano fiscal de 2009 (de Junho de 2009 a Junho de 2010). No entanto, os esforços realizados por muitas empresas para cortar nos seus custos e ajustar os seus níveis de inventário acabaram
Tema de Capa
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“Como 2011 será mais um ano de dificuldades, teremos que saber encontrar os antibióticos adequados à cura das doenças que forem aparecendo, sem esquecer que é essencial tomar vitaminas para fortalecer a estrutura. Temos de continuar o processo de contenção de custos, sem descurar a aplicação de algumas medidas que funcionem em contraponto, de modo a garantir a estabilidade emocional das organizações. Temos de cortar, mas também de coser”.
Focus no consumidor Mas nem só de cortes se faz a estratégia destas empresas. Tanto mais que, nestes momentos, existe o risco para tomar medidas de curto prazo que poderão não ser as mais adequadas. “Nenhum grande comandante se destaca quando o navio está no porto, mas sim quando enfrenta tempestades. Como tal, estamos em época propícia ao desenvolvimento das capacidades de cada um e das respectivas organizações”, alerta Luís Vasco Cunha.
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a poder actuar rapidamente de acordo com as exigências e flutuações do mercado. “O conhecimento adequado dos públicos-alvo permite identificar as suas reais necessidades e soluções desenvolvidas à medida e específicas. Hoje, mais do que nunca, é imperativo escutar os clientes e apelar à eficiência e criatividade de todos os envolvidos na cadeia de valor”, sublinha Sara Machado, directora de marketing e comunicação da Sage. Os vectores desta “conversa” com o consumidor assentam ainda num serviço de excelência e no reforço dos planos de fidelização. Tudo em nome de uma relação de confiança, numa conjuntura como a actual, em que é essencial dar garantias. “Actualmente, a melhor das garantias é ser capaz de propor um verdadeiro serviço de apoio ao cliente com o acompanhamento personalizado no antes,
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por valer a pena. Apesar da descida das vendas, o lucro líquido do total dos 250 maiores retalhistas aumentou de 2,4 por cento, em 2008, para 3,1 por cento, em 2009, ano em que apenas 13 empresas operaram com perdas, menos de metade do número de empresas não rentáveis em 2008. Esta filosofia de gestão milimétrica dos custos, de forma a garantir a rentabilidade, é transversal a todas as áreas, perfis e dimensão dos negócios. Em 2010, aquando da publicação da primeira revista do ano, o controlo apertado era apontado como uma das medidas mais importantes a implementar e mantém-se como prioridade em 2011. 44 por cento dos profissionais inquiridos pela Rm enumeram-no como a primeira medida para enfrentar 2011, em nome da saúde financeira das empresas, sobretudo quando se antecipa um agravamento das condições de financiamento.
“Como 2011 será mais um ano de dificuldades, teremos que saber encontrar os antibióticos adequados à cura das doenças que forem aparecendo, sem esquecer que é essencial tomar vitaminas para fortalecer a estrutura. Temos de continuar o processo de contenção de custos, sem descurar a aplicação de algumas medidas que funcionem em contraponto, de modo a garantir a estabilidade emocional das organizações. Temos de cortar, mas também de coser”. Nesta medida, 35 por cento destes gestores destacam também a importância em se concentrarem, mais do que nunca, na relação com os seus clientes, identificando claramente as suas necessidades, monitorizando de perto todas as alterações do seu comportamento e as tendências do consumo, de forma
35 por cento destes gestores destacam também a importância em se concentrarem, mais do que nunca, na relação com os seus clientes, identificando claramente as suas necessidades, monitorizando de perto todas as alterações do seu comportamento e as tendências do consumo, de forma a poder actuar rapidamente de acordo com as exigências e flutuações do mercado. Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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durante e sobretudo depois da compra”, defende Ulric Jerome, director executivo da PIXmania.
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Em nome da fidelização, as empresas socorrem-se então de várias ferramentas, praticando o chamado “marketing de guerrilha”, que implica a adopção de estratégias mais inovadoras. Apostadas em marcar pela diferença, na sua abordagem ao mercado não descartam reajustar o modelo de negócio às necessidades reais e actuais do cliente, seja organizando o portfólio, ampliando o catálogo e os serviços ou até repensando a forma de estar no negócio.
estão mais sensíveis a oferecer outros argumentos. “O mundo não vai acabar em 2011, mas teremos que ser pró-activos, continuar a inovar nos produtos e, como sempre, ter os parceiros certos. O ano de 2010 acabou por ser positivo e o mercado cresceu. Não sei o que vai acontecer em 2011, mas sei que as empresas só sobrevivem se tiverem rentabilidade, não apenas por fazerem volume”, sustenta Armando Anjos, Country Manager da Indesit Company. Por outro lado, de nada serve tapar uma grande ferida com pensos rápidos. As medidas para enfrentar 2011 não devem restringir-se este ano, mas já deveriam ter sido pensadas anteriormente, jogando numa estratégia de
O comportamento pragmático dos consumidores vai continuar Em 2010
54% 53% 47% 40% 39% 38% 36%
gastaram menos em vestuário pouparam nas despesas de entretenimento pouparam nos combustíveis, gás, electricidade e água reduziram os gastos com mercearia cortaram na comida de “take-away” adiaram o “upgrade” dos seus produtos de tecnologia cortaram nas férias
Em 2011
34% 22% 22% 21% 19% 17% 15%
vão poupar nos combustíveis, gás, electricidade e água vão gastar menos em vestuário vão poupar nas despesas de entretenimento vão cortar na comida de “take-away” vão reduzir os gastos de mercearia vão diminuir as despesas de telefone vão usar menos o automóvel
Fonte: Nielsen.
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Inovar é a palavra de ordem Em nome da fidelização, as empresas socorrem-se então de várias ferramentas, praticando o chamado “marketing de guerrilha”, que implica a adopção de estratégias mais inovadoras. Apostadas em marcar pela diferença, na sua abordagem ao mercado não descartam reajustar o modelo de negócio às necessidades reais e actuais do cliente, seja organizando o portfólio, ampliando o catálogo e os serviços ou até repensando a forma de estar no negócio. “Num ano em que as perspectivas económicas são pessimistas, acreditamos que o desenvolvimento de produtos inovadores, que trazem valor acrescentado ao consumidor, é a melhor forma de dinamizar o consumo”, exemplifica Patrícia Parracho, directora de marketing do Groupe SEB Portugal. Mas sem esquecer os básicos, como alerta Daniel Guerreiro, Portugal Sales Director da Philips Consumer Lifestyle. “Especialmente num ambiente cada vez mais complexo, é fundamental facilitar a escolha ao consumidor, pois a confusão apenas aumenta a insegurança”. O grande objectivo é, em última análise, a apresentação de valor adicional percebido pelo consumidor, numa altura em que este está naturalmente inclinado a escolher preço. Este continua a fazer parte das regras do jogo, através de campanhas e “bundles” de produtos muito competitivos, mas não é a única variável. A afirmação feita no artigo de 2010 de que a crise tinha trazido o fim do paradigma do preço é confirmada nas percepções dos profissionais para 2011, que
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antecipação. “A definição de uma estratégia e de um plano de acção apenas comprovam que vários cenários foram pensados atempadamente e que as empresas estão preparadas para enfrentar, não apenas os desafios em situações de crise, mas no seu dia-a-dia, não se deixando abalar pelos momentos menos positivos,” sublinha Fernando Alves, antigo profissional do sector. Encontrar novas oportunidades de negócio Numa estratégia de antecipação, as empresas procuram ainda encontrar novas oportunidades de negócio, que possam compensar a eventual quebra nas vendas a retalho. A Staples, por exemplo, está a reforçar a área de negócio Delivery e expandir os serviços Easy Tech e Easy Solutions. “A nossa sugestão é que as empresas devem procurar responder com soluções ‘chave na mão’, sem reduzir a qualidade dos produtos e serviços”, comenta Carlos Maia, director geral da insígnia. Paralelamente, a Staples aposta na diversificação dos seus canais de distribuição, uma As famílias estão a usar menos os cartões de débito e de crédito. Em 2008, 74,7% dos detentores de cartões de cartões de crédito usavam-nos. Em 2010, esta utilização diminuiu para 62,3%. Fonte: Mastercard
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Tema de Capa
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Patrocínio:
Painel António Alves – sócio-gerente da Telereparadora da Amadora; Armando Anjos – country manager da Indesit Company; Carlos Maia – director geral da Staples; Daniel Guerreiro – Portugal Sales Director da Philips Consumer Lifestyle; Fernando Alves – especialista em marketing e antigo profissional do sector; Henrique Santana – sócio-gerente da Electrilar; João Beato – country manager da Symantec Portugal; João Catalão – administrador da SalesUp; João Paulo Ferreira – country manager da Candy Hoover; João Pequito – director da PSE – Produtos e Serviços de Estatística; Jorge Custódio – administrador da Life-
Mais medidas para enfrentar 2011 Aumentar a visibilidade, através do reforço do investimento em comunicação com o cliente Ser-se mais produtivo, flexível e criativo Apostar na formação Apostar no crescimento dos produtos de marca própria Apostar nos mercados externos Criação de sinergias através de compras em grupo (PME’s) estratégia que também está a ser seguida pela Clever House, com vendas através de lojas online alocadas a entidades, como bancos e sites de venda em grupo, e desenvolvendo campanhas promocionais junto dos principais parceiros que utilizem a Internet (sites, redes sociais, etc) como canal de comunicação e de negócio. Todos estas medidas destinam-se, em última análise, a garantir um clima de confiança e esperança dentro das organização, que depois se consiga propagar para o exterior e injectar-se nos mercados. “Pressinto que os colectivos irão finalmente assumir o seu inevitável lugar, pois o individualismo dificilmente poderá contornar as dificuldades que se irão deparar nos próximos tempos”, confessa João Medeiros, director geral da Best Sell. “Acredito que o associativismo será o caminho mais assertivo e talvez inevitável na futura sociedade, independentemente de que área estejamos a falar, pelo que há que exortar em cada um de nós a capacidade intrínseca de combatividade e excelência que sempre demonstrámos além-fronteiras. Não há mais lugar a “pousios” ou remarcações de históricos menos bem sucedidos. 2011 irá exigir, a meu ver, toques a rebate e injecções de adrenalina, que incorporem valores essenciais como a honestidade, responsabilidade e muita solidariedade”.
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A afirmação feita no artigo de 2010 de que a crise tinha trazido o fim do paradigma do preço é confirmada nas percepções dos profissionais para 2011, que estão mais sensíveis a oferecer outros argumentos. “O mundo não vai acabar em 2011, mas teremos que ser pró-activos, continuar a inovar nos produtos e, como sempre, ter os parceiros certos. O ano de 2010 acabou por ser positivo e o mercado cresceu. Não sei o que vai acontecer em 2011, mas sei que as empresas só sobrevivem se tiverem rentabilidade, não apenas por fazerem volume”
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Fonte: Inquérito Rm aos seus leitores
tech; Jorge Silva – director de marketing da Ricoh Portugal; José Ribeiro – director da Clever House; Luís Vasco Cunha – administrador da Susiarte/expert; Luís Leitão – director comercial da Teka; Moisés Neves – sócio-gerente da Hiper Real; Patrícia Parracho – directora de marketing do Groupe SEB Portugal; Paulo Garrido – director geral da SOAL; Pedro Faria – director comercial geral da Fagor; Pedro Machado – director de vendas e serviço ao cliente da Ensitel; Rita Moniz – project manager da Páginas Amarelas; Sara Machado – directora de marketing e comunicação da Sage; Ulric Jerome – director executivo da PIXmania.
Algumas tendências na área do retalho para 2011 Os discounters serão o canal mais dinâmico As grandes lojas vão ter dificuldades no não alimentar Muitos segmentos do não alimentar vão deparar-se com uma fraca procura Os retalhistas vão apostar nos seus pontos de venda já existentes e testar a expansão para novos mercados através da Internet ou de pequenas lojas A Internet está a aumentar em termos de influência nas decisões de compra Os consumidores vão favorecer os retalhistas que prestarem o mesmo nível de conveniência na Internet e nas suas lojas físicas A conveniência pode ultrapassar o preço como o factor mais importante para muitos consumidores A Internet vem reestabelecer o elemento da compra por impulso Muitos retalhistas vão posicionar as suas lojas como pontos de recolha para as compras feitas online (ex: Em França, o Auchan lançou pontos de recolha do tipo “drive-through”. Alguns localizam-se junto de hipermercados, outros são em formato “stand-alone”. A Best Buy lançou, nos Estados Unidos, o serviço Store Pickup Plus, permitindo aos clientes comprar online e recolher o produto na loja ou num dos armazéns da insígnia, em 45 minutos) O comércio online é além-fronteiras Os smartphones criam novas ocasiões de compra As marcas próprias apostam na qualidade Redes sociais proporcionam novas oportunidades para comunicar com os consumidores Promoções baseadas na localização do consumidor O não alimentar é deixado para os especialistas Uma segunda vaga de internacionalização, rumo aos mercados emergentes Fonte: Planet Retail
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Terá a crise aspectos positivos? Todas as situações têm efeitos negativos e positivos e a crise que vivenciamos não é excepção. Colocámos esta questão a debate no Forum Rm-Revismarket do LinkedIn e algumas respostas confirmam que existem efeitos positivos numa época negativa.
“Acredito que 2011 poderá ser um ano de oportunidades” “Acredito que 2011 poderá ser um ano, não de oportunismos (isso já caducou), mas de oportunidades. Todos nós “sabemos” que novos valores, necessidades/preocupações, aparecerão e emergirão na sociedade e no mundo, que porão à prova a nossa capacidade de adaptação e criatividade. Pressinto que os colectivos irão finalmente assumir o seu inevitável lugar, pois o individualismo dificilmente poderá contornar as dificuldades que se irão deparar nos próximos tempos. 2011 irá exigir, a meu ver, toques a rebate e injecções de adrenalina, que incorporem valores essenciais, como a honestidade, responsabilidade e muita solidariedade”. João Medeiros – Best Sell
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“Empresas muito mais organizadas e pró-activas” “Noto, nos contactos que tenho efectuado com o mercado, que esta crise trouxe uma franca alteração na forma de pensar dos profissionais das marcas com quem contactamos e trabalhamos. Noto as empresas mais preocupadas, mas também muito mais organizadas, pró-activas, com objectivos, conscientes das oportunidades e com decisões tomadas mais cedo. Percebese claramente uma atitude de ‘fazer acontecer’ que se sobrepõe à atitude mais habitual de ‘vamos ver como corre antes de tomar decisões’. Acredito que o receio do ano ‘papão’ 2011 levou a que os profissionais deixassem menos espaço ao acaso e a um maior profissionalismo escolhendo melhor o quê, como, quando e com quem trabalhar”. Cidália Ribeiro - Revismarket
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“A crise potencia o colocarmos tudo em questão e isso ajuda ao progresso”
“Quando estamos na nossa zona de conforto, todos temos tendência a acumular lastro ao nosso redor, seja por inércia ou falta de coragem em o eliminarmos. Ora o lastro, em qualquer embarcação, só dificulta a navegação, por isso há que ter coragem de o atirar borda fora. A crise ajuda-nos a eliminar aquilo que não contribui para a navegação, aqueles que não remam no mesmo sentido, logo trata-se de um aspecto positivo. Outro aspecto positivo é que os momentos difíceis são ruidosos e introspectivos, logo propiciadores de reflexão sobre muitos temas que tínhamos como certos e inquestionáveis. A crise potencia o colocarmos tudo em questão e isso ajuda ao progresso. Para os que acreditam que a crise um dia terá o seu fim, há o aspecto positivo de que nesse dia estarão muito melhor preparados para enfrentar os tempos de bonança e crescimento. A crise também implica o regresso à teoria da evolução das espécies de Darwin, com a eliminação de muitas empresas que eram nocivas por não cumprirem as regras de mercado e assim prejudicarem as entidades que cumprem as suas obrigações. Há que assumir que certas limpezas são positivas. Por último, a crise traz-nos de volta à terra, pois faz-nos ver claramente que o caminho que seguíamos de querermos crescer ano após ano não é sustentável, precisamos fortalecer-nos e não gastar energias em crescimentos que muitas vezes são contraproducentes”. Luís Vasco Cunha- Susiarte/expert
“Atitudes revitalizadas, crença de que existem oportunidades por explorar” “Estou agradavelmente surpreendido com o início do ano! Empresas e Empresários a tomarem decisões... As Palestras e outro tipo de intervenções que já realizei este ano mostraram-me atitudes revitalizadas, crença de que existem oportunidades por explorar, objectivos de crescimento suportados em novas exigências qualitativas! Sinto uma maior tomada de consciência com a responsabilidade colectiva. Ouço, com muita regularidade, falar de ‘excelência’, ‘performance’, ‘mobilização’, defesa do posto de trabalho, etc. Acredito que só pode acontecer algo de bom com este tipo de atitudes e comportamentos.” João Catalão - INV
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Tema de Capa
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Mercado cai 0,4% em 2010
O mercado português de produtos tecnológicos caiu 0,4 por cento em 2010, para os 2.548 milhões de euros. Apesar do valor negativo, esta queda representou, mesmo assim, uma melhoria face à registada um ano antes, quando o mercado perdeu sete por cento. É preciso remontar ao ano de 2007 para se encontrar uma evolução positiva.
Tendências total mercado vs online em 2010 (valor) Canais de consumo
Vendas físicas
Vendas online
Total
4%
1%
19%
Tecnologias da informação
6%
3%
21%
Fotografia
3%
0%
22%
Electrónica de consumo
0%
-1%
7%
Telecomunicações
5%
3%
23%
Grandes domésticos
3%
1%
33%
Pequenos domésticos
7%
5%
40%
14
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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Neste sentido, o ano de 2010 até se pode considerar positivo para o chamado mercado de electrodomésticos. A electrónica de consumo cresceu 3,4 por cento em valor, os grandes domésticos cerca de 9,7 por cento e os pequenos domésticos, incluindo a climatização, subiram 12,3 por cento. Em termos do mix de produtos, todos os canais mantiveram sensivelmente a sua importância relativa, sendo apenas de assinalar o ganho dos mass merchandisers nos pequenos domésticos, dos 13,9 para os 16,3 por cento.
Depois de um primeiro semestre muito positivo, a segunda metade do ano voltou a decepcionar, especialmente o último bimestre. Após uma queda de 6,3 por cento em Novembro, o mês de Dezembro continuou com as tendências negativas, perdendo mais 2,8 por cento. E os primeiros dados de 2011 não indicam melhorias. A GfK constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses.
Sabia que?
2010, um ano positivo para os canais associados à venda de electrodomésticos No entanto, num ano em que o mercado caiu 0,4 por cento, os canais associados à venda de elec-
trodomésticos, que valem já mais de metade do mercado (56,5%), até tiveram um desempenho positivo. É de salientar o crescimento de 6,9 por cento na facturação dos independentes e associados, canal que, pela primeira vez em vários anos, ganhou importância nas vendas (+0,9%). Mass merchandisers (+5,4%), cadeias (+4,9%) e especialistas de cozinhas (+3,6%) também viram a sua facturação aumentar. Os grandes responsáveis pela quebra do mercado foram assim os outros canais, nomeadamente as lojas de equipamento de escritório, os especialistas de telecomunicações, o canal profissional de informática e as lojas de informática, que reportaram, conjuntamente, uma quebra de 17,6 por cento.
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epois de um primeiro semestre muito positivo, a segunda metade do ano voltou a decepcionar, especialmente o último bimestre. Após uma queda de 6,3 por cento em Novembro, o mês de Dezembro continuou com as tendências negativas, perdendo mais 2,8 por cento. E os primeiros dados de 2011 não indicam melhorias. A GfK constata uma perda de sete por cento em termos homólogos, assinalando a pior tendência dos últimos 13 meses.
Se vendem em Portugal por hora cerca de :
200 televisões 100 leitores de música portáteis 70 frigoríficos 70 máquinas de lavar a roupa 170 preparadores de alimentos 100 máquinas de café
Em 2010, 28% dos plasmas/LCD’s e 31% das câmaras digitais vendidos estavam com redução do preço superior a 10%
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Tema de Capa
]
Vendas físicas versus online, um mercado a mover-se a duas velocidades
Mercado a duas velocidades, o online e as vendas físicas. Entre 1998 e 2010, a GfK contabilizou mais de 13.482 pontos de venda e aproximadamente 11.300 sites B2C activos. Mas entre 2007 e 2010, o mercado europeu perdeu perto de oito mil pontos de venda, ao passo que ganhou 1.300 novos sites activos. Também ao nível das vendas, se observa esta diferença de velocidades dos mercados físicos e online. Na Europa Ocidental, nas áreas analisadas pela GfK, o online vale já 14 por cento. É um crescimento de mais de 100 por cento em apenas quatro anos. Nas vendas físicas de produtos tecnológicos para o lar, a área mais importante é a electrónica de consumo, que representa 29 por cento do negócio, seguindo-se os grandes domésticos, com 21 por cento, e aos pequenos domésticos, com 11 por cento. No online, tudo muda, com os grandes domésticos e os pequenos domésticos a perder importância relativa. Aqui, a área mais importante são as tecnologias da informação, com 39 por cento do negócio, e a fotografia, que nas vendas físicas apenas valem seis por cento, sobe 50 por cento de importância, para uma quota de nove por cento. A electrónica de consumo continua a ser uma área importante, com 27 por cento do negócio, mas os grandes domésticos caem para os 13 por cento e os pequenos domésticos para os sete por cento. Em Portugal, o online apenas representa dois por cento do negócio de electrodomésticos, um valor ainda bem distante dos 24 por cento da República Checa. Ainda existe muito espaço para o online crescer a nível europeu, mas a verdade é que o seu desempenho, nos últimos anos, tem sido sucessivamente acima do do mercado. Considerando os canais de consumo, o mercado cresceu quatro por cento em valor. Muito deste crescimento ficou a dever-se à subida de 19 por cento das vendas online, dado que as vendas físicas apenas somaram mais um por cento. E esta tendência é transversal a todas as áreas analisadas. Enquanto as vendas físicas de electrónica de consumo caíram um por cento, no online cresceram sete por cento. Também nos grandes domésticos, o desempenho do online foi superior, com um crescimento de 33 por cento contra um por cento das vendas físicas. E nos pequenos domésticos, o crescimento da Internet foi de 40 por cento, contra os sete por cento das vendas físicas.
Mercado português de electrodomésticos – tendências por canal 2010 vs 2009 (valor) Total
Electrónica de consumo
Grandes domésticos
PAD +Climatização
Total mercado
+7,6%
+3,4%
+10%
+12,3%
Independentes/associados
+7,7%
+4,1%
+7,6%
+12,2%
Cadeias
+7,5%
+4,7%
+12,7%
+8,1%
Mass merchandisers/ DIY
+12,5%
-7,5%
+27%
+31,5%
2009
2010
Cadeias
2009
2010
2009
2010
18,2%
17,6%
53,3% 51,9%
79% 4% 72%
2010 vs 2009 (valor)
Portugal Espanha
– evolução do peso de cada linha de produto 2010 vs 2009 (valor) Independentes/ associados
Electrónica de consumo: Grandes domésticos: 4 Pequenos domésticos:
Tendências ibéricas por linha de produto
Mercado português de electrodomésticos Total mercado
Concentração do mercado português nas grandes insígnias
Electrónica de consumo
Mass merchandisers
+3,4%
Grandes domésticos +9,7%
+1,6% -2%
PAD (+Climatização) +12,3% +4,3%
2009
2010
46,5%
38,2%
Microinformática
-13%
-0,4%
Suportes de armazenamento
-1,5%
-7,3%
Telecomunicações
-11,4%
-15,7%
Entretenimento
-0,6%
-3,5%
Electrónica de consumo
42,4% 40,7%
Grandes domésticos
38,1% 38,9%
64,4%
64,3%
26%
27,3%
19,4%
21,9%
Pequenos domésticos
19,5% 20,3%
17,4%
18,1%
20,7% 20,8%
34,1%
39,9%
Fonte: GfK Portugal
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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[
Tema de Capa
]
Portugal é o país da Europa Ocidental onde a linha branca teve o crescimento mais expressivo Em 2010, a linha branca teve um ano positivo. A nível mundial, as vendas cresceram oito por cento, comparativamente a 2009, ficando num valor pouco acima do registado em 2008, nos 160 biliões de dólares. Este crescimento assume uma particular relevância e dá um sinal positivo, sobretudo porque se segue a uma forte queda de seis por cento verificada um ano antes. Portugal foi o país da Europa Ocidental onde a linha branca teve o crescimento mais expressivo em valor, cerca de 9,7 por cento, contrastando com o desempenho da vizinha Espanha, que caiu 0,5 por cento.
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m dos produtos responsáveis pelo crescimento do total da linha branca foram as máquinas de lavar a roupa, que cresceram, no mercado nacional, 11,2 por cento em valor e 11 por cento em unidades, bem acima dos 3,8 e 3,5 por cento, respectivamente, da média europeia. Nesta área, tem-se constatado um aumento do interesse pelos equipamentos de maiores dimensões, deixando os cinco quilogramas de ser os preferidos do mercado. Em Portugal, os modelos com sete ou mais quilogramas cresceram mesmo 26,4 por cento, uma tendência que é, de resto, europeia (32,8%). Outro dos motores do crescimento da linha branca foram os frigoríficos e os combinados, que cresceram, em Portugal, 11,3 por cento quer em unidades, quer em
Um dos produtos responsáveis pelo crescimento do total da linha branca foram as máquinas de lavar a roupa, que cresceram, no mercado nacional, 11,2 por cento em valor e 11 por cento em unidades, bem acima dos 3,8 e 3,5 por cento, respectivamente, da média europeia. Nesta área, tem-se constatado um aumento do interesse pelos equipamentos de maiores dimensões, deixando os cinco quilogramas de ser os preferidos do mercado.
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Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
valor. Uma subida de dois dígitos que, tal como aconteceu na roupa, superou a da média europeia, de 2,6 por cento em unidades e de três por cento em valor. No frio, a tendência caminha claramente para os equipamentos mais eficientes. Em Portugal, os equipamentos de classe A+ e A++ são já 32 por cento do total das vendas, enquanto que os modelos Frost Free representam 24 por cento. Ao nível da cocção, as vendas no mercado nacional também foram mais positivas que as da generalidade da Europa. Nas placas, assinalaram-se crescimentos de 8,5 por cento em valor e 8,8 por cento em unidades, num ano marcado pelas movimentações no mercado do gás e pelo aumento dos modelos eléctricos. Em Portugal, 48 por cento das placas vendidas
Mercado mundial de linha branca 2006: 2007: 2008: 2009: 2010:
+8% (135 biliões de dólares) +13% (153 biliões de dólares) +2% (156 biliões de dólares) -6% (147 biliões de dólares) +8% (160 biliões de dólares)
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Frigoríficos/ /combinados
+11,2% Valor + 11% Volume
+11,3% Valor + 11,3% Volume
Europa Ocidental
Europa Ocidental
+3,8% Valor +3,5% Volume
+3% Valor +2,6% Volume
Portugal
Portugal
são de indução ou vitrocerâmicas. A indução tem sido um dos “drivers” do crescimento das placas eléctricas, com ganhos importantes à medida que a oferta tem vindo a aumentar, sobretudo em segmentos mais baixos. No mercado nacional, a indução vale já 18 por cento, tendo registado um crescimento de 33 por cento. Os fornos, por seu turno, cresceram no ano passado 5,3 por cento em valor e 6,7 por cento em unidades. Esta é uma área que depende da renovação das cozinhas, e consequente substituição dos fogões individuais, para crescer. Um travão chamado construção No entanto, apesar de todas estas tendências positivas, o ano de 2011 per-
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Sabe-se que o ano começou negativo para as vendas de linha branca. Janeiro assinalou uma queda de 8,3 por cento em unidades e de 8,5 por cento em valor, num movimento contrário ao do mercado europeu, que cresceu, respectivamente, 3,8 por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.
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Máquinas de lavar a roupa
Tema de Capa
Outro dos motores do crescimento da linha branca foram os frigoríficos e os combinados, que cresceram, em Portugal, 11,3 por cento quer em unidades, quer em valor. Uma subida de dois dígitos que, tal como aconteceu na roupa, superou a da média europeia, de 2,6 por cento em unidades e de três por cento em valor.
manece ainda como uma incerteza. Até porque alguns mercados da Europa Ocidental começaram a denotar, no último quadrimestre, uma desaceleração dos crescimentos. A nível nacional, o que se passa também no sector da construção poderá reflectirse na evolução deste mercado. A construção nacional tem vindo a acumular resultados negativos, sobretudo no sector residencial. Desde 2002 que se assinala uma perda de 59 por cento no volume da produção. As quedas antecipadas para este ano para o sector residencial, entre os sete e os nove por cento, segundo dados da FEPICOP, poderão influenciar negativamente a venda de electrodomésticos.
Para já, sabe-se que o ano começou negativo para as vendas de linha branca. Janeiro assinalou uma queda de 8,3 por cento em unidades e de 8,5 por cento em valor, num movimento contrário ao do mercado europeu, que cresceu, respectivamente, 3,8 por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.
Placas
Fornos
+8,5% Valor + 8,8% Volume
+5,3% Valor + 6,7% Volume
Europa Ocidental
Europa Ocidental
+3,2% Valor +4,1% Volume
+2,9% Valor +3,9% Volume
Portugal
Portugal
Fonte: GfK Portugal
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Tema de Capa
]
Mercado nacional de electrónica de consumo regressa aos crescimentos em 2010
Depois de dois anos de quebras sucessivas, de quatro por cento em 2008 e de cinco por cento em 2009, o mercado europeu de electrónica de consumo recuperou em 2010, voltando a valores positivos (+1%). Num ano em que a facturação atingiu a fasquia dos 40 mil milhões de euros, assinalaram-se tendências díspares pela Europa. Enquanto que a Holanda, o Reino Unido e a França continuaram no vermelho, os mercados português, espanhol, alemão e italiano voltaram a crescer, destacando-se este último com uma subida de oito por cento. Portugal, depois de dois anos com tendências ainda mais negativas que as europeias (menos cinco por cento em 2008 e menos sete por cento em 2009), conseguiu no ano passado crescer acima da média (+3%).
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uma clara demonstração do peso res, dos quais 220 milhões serão LCD’s. A nível que o mercado de televisão ainda tem europeu, a expectativa é que as vendas de LCD’s para o total da electrónica de consu- alcancem os 73,9 milhões de unidades. mo, a puxar pelo mercado europeu A contribuir para isto está a cada vez maior estiveram os LCD’s, que valem 66,4 por cento disseminação da tecnologia LED, cada vez da facturação total. No sul da Europa (Portugal, mais conhecida pelos consumidores e uma das Espanha e Itália), a sua participação é ainda mais grandes apostas das marcas na área da telesignificativa, abarcando três quartos da facturação visão. A GfK antecipa um crescimento de 162 global do mercado de electrónica de consumo. por cento, dos 34 milhões para os 89 milhões A nível europeu, o mercado de televisão cresceu de unidades vendidas, e um peso já de 41 por 8,7 por cento em unidades e 3,7 por cento em valor, tendo nos LCD’s o seu grande “driver” (+10,1 por cento em unidades e +4,6 por cento em valor). Também a contribuir para o crescimento do mercado Unidades Valor Preço europeu esteve o áudio fixo que, apesar da +1% +4,9% quebra de 2,3 por cento em volume, somou Total electrónica -3,7% de consumo mais dois por cento em valor. Todos os restantes segmentos de produto apresentaram TV total +8,7% +3,7% -4,6% tendências negativas. Para o comportamento do mercado de TV CRT -96,4% -96,8% -12,4% contribuiu o impacto do Mundial de Futebol. +9,6% -0,5% -9,2% A “factura” pagou-se, no entanto, no segun- Plasma do semestre, que foi negativo. O mercado LCD +10,1% +4,6% -5% português imitou as tendências do europeu, -11,2% -9% +2,4% com os meses de Maio e Junho a serem DVD total particularmente benéficos, seguindo-se Câmaras de vídeo -15,3% -16,5% -1,4% uma segunda metade do ano em queda. O ano encerrou com uma descida de quatro Áudio fixo -2,3% +2% +4,4% por cento, um valor que, mesmo assim, se +0,3% +4,3% ficou pela metade da quebra assinalada pelo Sistemas de som -3,9% mercado europeu no seu conjunto. Elementos Hi-Fi +2,1% +4,9% +2,7%
Electrónica de consumo na Europa 2010 vs 2009
LED’s puxam pelo mercado Para 2011, a GfK prevê que sejam vendidos, em todo o mundo, 266 milhões de televiso18
Áudio portátil
-12%
-7,4%
Electrónica auto
-11,8%
-17,8% -6,3%
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
+5,4%
cento no total de LCD’s comercializados a nível mundial. Só na Europa, os LED’s valerão, em 2011, 39 por cento do mercado de LCD’s, 42 por cento se se considerar apenas a Europa Ocidental, bem acima dos 18 por cento de quota assinalados em 2010, mas ainda distantes dos 62 por cento esperados para este ano para a América do Norte. Os LED’s são assim responsáveis pelo enriquecimento do mix dos produtos vendidos. No entanto, a diferença de preços de um destes modelos para um LCD normal está a esbaterse cada vez mais. Em Dezembro de 2009, um LED custava duas vezes e meia mais que um LCD normal e em Dezembro do ano passado essa diferença era já de apenas duas vezes mais. De facto, num ano em que o mercado europeu de LCD’s cresceu, como um todo, dez por cento em unidades, a facturação apenas subiu cinco por cento, porque o PVP médio desceu cinco por cento face a 2009. A contribuir para esta erosão do preço estão sobretudo os LED’s, cujo PVP médio desceu cerca de 35 por cento, enquanto o dos LCD’s caiu 18 por cento. Para além dos preços mais convidativos, 2011 poderá ainda ser um ano positivo para os LED’s (que têm baixos consumos energéticos) devido à obrigatoriedade dos televisores passarem a ostentar, a partir de 30 de Novembro, uma etiqueta energética, à semelhança do que acontece com os electrodomésticos. O potencial da Internet na TV Outro dos motores de crescimento do
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Tema de Capa
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Numa clara demonstração do peso que o mercado de televisão ainda tem para o total da electrónica de consumo, a puxar pelo mercado europeu estiveram os LCD’s, que valem 66,4 por cento da facturação total. No sul da Europa (Portugal, Espanha e Itália), a sua participação é ainda mais significativa, abarcando três quartos da facturação global do mercado de electrónica de consumo.
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Para além dos preços mais convidativos, 2011 poderá ainda ser um ano positivo para os LED’s (que têm baixos consumos energéticos) devido à obrigatoriedade dos televisores passarem a ostentar, a partir de 30 de Novembro, uma etiqueta energética, à semelhança do que acontece com os electrodomésticos. mercado de TV é a Internet. Em 2010, seis por cento dos televisores vendidos em Portugal tinham esta funcionalidade, o dobro dos de 2009. Este valor, ainda baixo, atesta o seu potencial de crescimento, comparando, por exemplo, com o mercado alemão, onde 21 por cento dos televisores vendidos em 2010 já tinham Internet. Efectivamente, com os consumidores cada vez mais activos na Internet, é de esperar que esta característica possa também contribuir para incentivar as vendas e para enriquecer o mix de produtos. Até porque o uso simultâneo de Internet e de televisão ainda está a dar os primeiros passos, mas é já uma prática regular de 28 por cento dos consumidores inquiridos pela GfK. E ao falar de catalisadores de crescimento, não poderia faltar o 3D. Apesar da sua aceitação não estar a ser tão transversal como os LED’s, a verdade é que esta tecnologia pode puxar por vários segmentos de produto, para além do de televisão. No ano passado, o 3D foi já responsável por quatro por cento do “turnover” do mercado europeu de electrónica de consumo. No mer-
cado nacional de LCD’s e plasmas, o 3D representou seis por cento em valor.
corte nos salários da função pública e o aumento do IVA para 23 por cento em Janeiro deste ano, às quais acresTotal de 1.290.000 E em 2011? cem outros factores como a aparelhos vendidos Para já, o que se sabe, é que o TV: elevada taxa de desemprego 692.000 ano não começou da melhor Blu-ray: (11,2 por cento em Janeiro) 432.000 maneira para a electrónica Home Theather: 163.000 e a subida do preço dos de consumo em Portugal. Câmaras de video: 3.000 combustíveis, que atingem No mês de Janeiro, o mermáximos históricos. cado caiu 10 por cento, em Não obstante, alguns provalor, com todos os produdutos continuam com a tos a mostrarem tendências sua promessa de puxar negativas, exceptuando os por este mercado. A alta Europa: 5% auscultadores (+11%). No definição continua a ter um Portugal: 6% caso dos LCD’s e plasmas, grande potencial e a repreEspanha: 4% a queda foi de cinco por sentar uma oportunidade Reino Unido: 5% cento. O cenário melhorou de crescimento para vários França: 5% em Fevereiro, com os LCD’s segmentos que não só o da Alemanha: 6% e plasmas a crescerem oito TV. Em 2010, os produtos por cento e a contribuírem de alta definição cresceram para uma subida de três por cento do merca- 15 por cento no mercado nacional. do na sua totalidade. Paralelamente, e se se tomar como exemplo O que se pode, assim, afirmar, desde já, de o que se passou no mercado espanhol, o 2011 é que será um ano de grande incerteza. facto de não haver, este ano, nenhum grande A GfK antecipa um primeiro semestre negati- evento desportivo não significa que 2011 não vo, dado que os meses de Maio e tenha os seus momentos positivos. No país Junho não são, tradicionalmente, vizinho, em 2010, o melhor trimestre para a muito positivos para este mer- electrónica de consumo não foi o do Mundial cado, salvo em anos de grandes de Futebol mas sim o do apagão analógico. 2010 vs 2009 eventos desportivos, como foi o Em Portugal, já arrancaram as campanhas Unidades: +10% de 2010. Por outro lado, conti- de sensibilização da população portuguesa Valor +5% nuarão a sentir-se os efeitos no para a TDT e, com o “phase out” das emisPreço: -5% consumo de todas as medidas sões analógicas agendado para 26 de Abril LED: -35% de austeridade tomadas pelo Go- de 2012, são já esperados alguns efeitos no LCD normal: -18% verno em 2010, nomeadamente o final deste ano.
3D na Europa em 2010
Peso do 3D nas vendas de Flat TV em 2010
LCD’s na Europa
- evolução em 2009 e 2010 2009 vs 2008 Unidades: +27% Valor +3% Preço: -19% LED: -39% LCD normal: -23% Fonte: GfK Portugal
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
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Tema de Capa
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Portugal cresce mas perde o pódio nas vendas de pequenos domésticos
Depois de um ano como o país europeu que mais crescia, ao nível dos pequenos domésticos, o mercado português caiu para o fundo da tabela, sendo apenas ultrapassado pelo holandês, com o mais baixo crescimento da facturação. Mesmo assim, estes produtos tiveram um ano positivo, somando mais três por cento em unidades e 3,4 por cento em valor.
A
grande diferença entre o que se passou no mercado português e a tendência global europeia prendese com a estabilização do PVP médio a nível nacional (+0,3%), que impediu que a facturação se elevasse a outros níveis. Na Europa Ocidental, o crescimento em volume não foi assim tão diferente do verificado a nível nacional (+3,2%), mas a facturação evoluiu 7,4 por cento. Vários segmentos de produto contribuíram para o nível de facturação alcançado na Europa (9.805 milhões de euros), traduzindo um crescimento saudável, não concentrado em apenas um ou outro produto. Na categoria de bebidas, o destaque foi para as máquinas de café expresso de sistema fechado (+16%), as chaleiras (+9%) e as máquinas de café automáticas (+3%). Já na categoria de cozinha, sobressaíram os robots de cozinha (+32%), as picadoras (+28%), as varinhas (+10%) e as torradeiras (+8%). Nos cuidados do lar, os produtos que mais contribuíram para as vendas foram os robots (+126%), os aspiradores verticais (+19%), os aspiradores de bater e escova (+6%), os aspiradores trenó (+5%) e os siste-
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mas de engomar (+4%). Finalmente, na categoria de cuidados pessoais, os produtos que mais cresceram foram as depiladoras laser/IPC (+220%), as depiladoras normais (+14%), as escovas de dentes (+13%), os secadores de cabelo (+6%) e as máquinas de barbear (+5%). Cuidado pessoal aumenta cinco pontos em cinco anos em Portugal Com todas as categorias de pequenos domésticos a crescerem, os cuidados pessoais sobressaíram a nível europeu e aumentaram cinco por cento em unidades e nove por cento na facturação. Os produtos de depilação masculina destacaram-se nesta categoria, subindo 10,2 por cento em volume e 15,2 por cento em valor. Em Portugal, os cuidados pessoais foram também a categoria que registou o melhor desempenho, crescendo 8,7 por cento em unidades e 8,9 por cento em valor. Esta categoria de produto tem tido vários anos positivos, tendo aumentado cinco pontos em cinco anos, passado dos 22 para os 27 por cento em unidades. Também no nosso mercado, os produtos de depilação masculina são os que mais crescem,
A grande diferença entre o que se passou no mercado português e a tendência global europeia prende-se com a estabilização do PVP médio a nível nacional (+0,3%), que impediu que a facturação se elevasse a outros níveis.
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Em Portugal, os cuidados pessoais foram também a categoria que registou o melhor desempenho, crescendo 8,7 por cento em unidades e 8,9 por cento em valor. Esta categoria de produto tem tido vários anos positivos, tendo aumentado cinco pontos em cinco anos, passado dos 22 para os 27 por cento em unidades. 20
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
cerca de 31,7 por cento, num reflexo das novas tendências de consumo e com o retalho a dar um maior enfoque. Em termos líquidos, a depilação masculina prestou também a maior contribuição para o crescimento (2,7 pontos). Mas não foram apenas os produtos de cuidados pessoais a crescer. Todas as categorias tiveram, em 2010, um ano positivo. Na de cozinha, venderam-se mais quatro por cento de unidades, que contribuíram para um aumento de dois por cento na facturação. Nos cuidados do lar, as unidades somaram mais 2,8 por cento e a facturação mais 2,5 por cento. Um bom ano para os sazonais No ano passado, os chamados produtos sazonais também tiveram um bom comportamento a nível nacional. A GfK contabilizou 1.014 mil unidades vendidas, com a ventilação a crescer 90,6 por cento, o ar condicionado fixo cerca de 89,7 por cento, o ar condicionado portátil a somar mais 41,5 por cento, o tratamento de ar a subir mais 28,2 por cento e o aquecimento eléctrico a vender mais 27,7 por cento. Uma nota particularmente positiva é que alguns destes produtos estão a começar a ser encarados
Sazonais
– tendências 2010 vs 2009 Unidades Valor Ventoinhas
+90,6%
+116,4%
Ar condicionado fixo
+89,7%
+80,1%
Ar condicionado portátil
+41,5%
+62,9%
Tratamento de ar
+28,2%
+46,2%
Aquecimento eléctrico
+27,7%
+35,8%
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Tema de Capa
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No ano passado, os chamados produtos sazonais também tiveram um bom comportamento a nível nacional. A GfK contabilizou 1.014 mil unidades vendidas, com a ventilação a crescer 90,6 por cento, o ar condicionado fixo cerca de 89,7 por cento, o ar condicionado portátil a somar mais 41,5 por cento, o tratamento de ar a subir mais 28,2 por cento e o aquecimento eléctrico a vender mais 27,7 por cento.
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Pequenos domésticos
– tendências na Europa Ocidental em 2010
Unidades: +3,2 % (181 milhões) Valor: +7,4% (9.805 milhões de euros)
Pequenos domésticos – tendências em Portugal em 2010
Unidades: +3% (3,8 milhões) Valor: 3,4% (192 milhões de euros)
Cuidados pessoais na Europa
Unidades: Valor:
+5% +9%
Produtos que mais cresceram (unidades)
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Todas as categorias tiveram, em 2010, um ano positivo. Na de cozinha, venderam-se mais quatro por cento de unidades, que contribuíram para um aumento de dois por cento na facturação. Nos cuidados do lar, as unidades somaram mais 2,8 por cento e a facturação mais 2,5 por cento.
como uma solução de longo prazo, contrariando o factor sazonal das vendas. É o caso do ar condicionado fixo com bomba de calor, um produto cada vez mais associado ao conforto e a assinalar uma regularidade de vendas ao longo do ano. E em 2011? 2011 começou com o mercado português em contraciclo com o europeu. Enquanto que este cresceu 9,7 por cento em unidades e 11,8 por cento no mês de Janeiro, Portugal perdeu 0,4 por cento em volume e 2,1 por cento em valor.
Todas as categorias contribuíram para este cenário, com os cuidados pessoais a cair 0,6 por cento, a cozinha a perder 1,3 por cento e os cuidados do lar a serem os mais negativos, decrescendo 3,7 por cento. No entanto, alguns produtos têm conseguido resistir à crise. É o caso do cuidado dental (26%), das picadoras (9%), dos modeladores de cabelo (7%) e das torradeiras (5%). Estes produtos facturam mais e vendem mais unidades. Os produtos de depilação feminina (21%), depilação masculina (7%) e batedeiras (3%) também facturam mais mas não vendem mais unidades.
Depilação masculina: Cuidado dental: Aparadores de cabelo: Secadores de cabelo: Modeladores de cabelo: Depilação feminina: Máquinas de barbear:
+10,2% +5% +4,6% +3,8% +3,4% +2,9% +2,4%
Cuidados pessoais em Portugal Unidades: Valor:
+8,7% +8,9%
Peso nas unidades vendidas Secadores de cabelo: Modeladores de cabelo: Aparadores de cabelo: Cuidado dental: Depilação masculina: Máquinas de barbear: Depilação feminina:
28% 18,8% 12,3% 11,1% 10,2% 10% 9,6%
Fonte: GfK Portugal
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Tema de Capa
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Dicas para líderes de equipas que querem surpreender o mercado em 2011 Atitude, Atitude, Atitude!
Esta é a dica mais importante para líderes de equipas que querem responder com eficácia às exigências do mercado em 2011! Em 2011, “Confiança” é a palavra de ordem. O Cliente estará ainda mais sensível! As mensagens que vai receber serão na maioria negativas! Teremos que ser parte da solução... Se o líder de uma equipa sentir que a sua equipa não está comprometida com o negócio, ou insegura em relação ao futuro, seguramente o seu Cliente também o sentirá! Cliente inseguro não toma decisões de compra! Por isso, lidere pela Atitude Positiva, pois só ela será capaz de gerar, desde logo na sua equipa, a confiança que irá ter de transmitir na interacção com o Cliente.
1 +1 = 3
Muitas lojas têm hoje em dia menos Colaboradores e, no entanto, a diferenciação e competitividade passará por interacções comerciais positivas que conseguem fazer com que cada Cliente se sinta único e especial! Identifique e potencie os pontos fortes de cada um dos seus Colaboradores. Reuna a equipa e partilhe-os. Em conjunto com a equipa, encontre formas de se articularem de modo a que o resultado do vosso trabalho seja mais do que uma simples soma aritmética. Se cada um tiver consciência daquilo em que é Bom, com empenho poderá facilmente passar de Bom a Excelente. Será difícil a concorrência competir com uma equipa de pessoas excelentes que joga tirando partido dos pontos fortes de cada um. Faça briefings diários com toda a equipa onde rapidamente podem definir tácticas práticas para se articularem e experimentarem todos os dias fazer algo mais, ou diferente na loja. Se tudo tem um preço, tudo deve possuir valor. Qualquer cliente que visita um estabelecimento comercial investiu tempo, por isso deve usufruir de uma experiência comercial positiva.
Motivação a 360°
Toda a gente tem obrigação de se auto-motivar e de motivar todos os que a rodeiam! Crie esta mentalidade na sua Equipa e verá como muita coisa muda... Em 2011, há que tomar a iniciativa de contagiar positivamente quem nos rodeia e não ficar à espera que venha o chefe, o governo, a União Europeia ou outrém, de fora, para nos motivar! Equipas motivadas são equipas mais
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João Alberto Catalão e Ana Teresa Penim Fundadores e administradores do INV-Instituto de Negociação e Vendas
felizes e, como costumamos dizer e provar, Vendedores felizes vendem mais e melhor!
I³© - Inspirar(-se), Inovar(-se), Incentivar(-se)
O mercado está diferente. Quem continuar a fazer o que sempre fez, já não vai ter o que antes tinha. Pense “como posso inspirar-me, inovar-me e incentivar-me a mim, à minha equipa, e eles os nossos clientes?”. Os clientes têm necessidades e ambições, mas precisam de encontrar bons motivos para gastar o dinheiro na sua loja! Os clientes precisam de percepcionar Valor acrescentado, ou defender-se-ão optando apenas pelo mais barato! Equipa Comercial que só sabe vender pelo preço não terá as armas suficientes para combater em 2011! Mobilize-se a si e à sua equipa para “ganharem cada vez mais mundo” e obterem inspiração em tudo o que os rodeia no dia-a-dia. Saiam do gabinete e da loja para a rua, viajem, falem com pessoas e sítios diferentes do costume, visitem sites e novidades na Internet, observem o que outros ramos de negócio estão a fazer e pensem como podem transferir ou adaptar ideias para o vosso ramo de negócio, auscultem clientes e parceiros sobre as coisas mais diversas e percebam o que eles acham que ainda ninguém faz e o que de diferente gostariam de obter. Partilhem com a Equipa TUDO o que os Clientes ou Parceiros vos disserem e introduzam as modificações que forem necessárias! Não fiquem agarrados aos procedimentos do costume, só porque são os que estão implementados no sistema.
R.O. © - Resiliência Operacional
Resiliência Operacional significa encarar cada dificuldade como uma excelente oportunidade e um óptimo motivo para melhorar, encontrar e proporcionar aos Clientes soluções que mais ninguém é capaz de lhes oferecer. Preparar-se, conhecendo como ninguém o contexto negocial. Só assim será capaz de “ver” o que os outros ainda não viram e de conectar o que ainda não foi conectado! Ser criativo exige pôr a cabeça a pensar! Encarar os desafios como estímulo ao seu potencial! Gostar de estar e de trabalhar fora da “zona de conforto” será o segredo dos melhores profissionais em 2011! O Sucesso parece estar ligado à acção. As pessoas prósperas continuam a ser as que fazem e desfazem para procurar fazer sempre melhor…
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Tema de Capa
Um mercado electrizante A comercialização de equipamentos eléctricos e electrónicos é muito recente no mundo e, naturalmente, em Portugal. Há 50 anos, este mercado praticamente não existia embora já existisse o embrião daquela que terá sido a primeira cadeia de lojas de equipamentos eléctricos e cuja insígnia correspondia ao nome de uma conhecida marca de máquinas de costura, a famosa e omnipresente em todos os lares da época Singer. No despontar deste novo mercado foram igualmente surgindo algumas lojas de comerciantes independentes, acompanhando a evolução de um mercado em crescendo, consequência natural da vulgarização dos equipamentos eléctricos nas casas portuguesas a partir dos anos 60. Só mais recentemente, e já depois do contributo dado pelos hipermercados para o amadurecimento deste mercado, apareceram os novos “players” de formatos especializados em cadeia, com políticas agressivas de promoções e baixos preços, que hoje lideram em vendas e preferências dos consumidores, preenchendo um vazio que as lojas Singer não quiseram ou não souberam ocupar. E, com a entrada dos Category Killers, tudo mudou quanto à forma como os retalhistas de electrodomésticos tratavam as suas variáveis de marketing mix, nomeadamente, e no que concerne à variável produto, os sortidos e as gamas alargaram-se e aprofundaram-se até ao limite; quanto à variável promoções, desenharam-se acções de forte impacto junto dos consumidores; na variável preço a guerra estalou de vez e nunca mais irá parar; e, por fim, quanto à variável “placement”, as lojas de hoje, para corresponderem às outras variáveis, são todas megas loja tipo show room. Porém, estas quatro variáveis clássicas já não são suficientes para alicerçarem qualquer modelo de negócio, tornando-se imprescindível e incontornável levar em consideração as variáveis ambiente e tecnologia. Mas também quanto ao futuro, este mercado não está isento das tendências que marcam todos os outros mercados, tais como estas:
1. Os pontos de venda serão cada vez mais pontos de contacto a ligar os produtores/marcas/retalhistas com os consumidores e mais dedicados a acções de animação,
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José António Rousseau Professor e Consultor em Marketing da Distribuição
experimentação e resolução de problemas do que à compra/venda de produtos. As actuais lojas da Apple e da Microsoft já estão a apontar esse caminho.
2. Acentuar-se-á a tendência de miscigenação dos conceitos e formatos comerciais, a criação de ambientes diferentes em função das categorias existentes nos sortidos e o apelo às emoções e percepções dos consumidores será muito mais intenso.
3. Aumentará exponencialmente a utilização dos novos canais de e.commerce e de m.commerce, cuja quota de
mercado irá acentuar-se em detrimento das vendas em loja. Já muitos operadores o fazem cada vez melhor e até os mais renitentes, como a Media Markt, já anunciam, pelo menos em Espanha, colocar em Setembro de 2011 todo o seu catálogo nacional online e criar um Personal Shopper tecnológico à disposição dos clientes nas lojas para esclarecer dúvidas e assessorar sobre os usos e funções dos produtos. Porém, e independentemente da visão prospectiva proposta, penso que, de imediato, os comerciantes independentes que ainda chegaram a 2011 não poderão deixar de evoluir para formas de associação e integração comercial e as grandes insígnias retalhistas terão de continuar o processo de centralização das suas operações, de inventar novas e melhores propostas de valor para os seus clientes, de criar e desenvolver as suas marcas de distribuidor e de investir nos seus canais complementares de comércio electrónico. A concorrência é um tapete rolante, em cujo sentido contrário do seu movimento se encontram todos os operadores económicos. Os que ficarem parados irão ficando para trás. Aqueles que se limitarem a caminhar não passarão do mesmo sítio. Só os que correrem avançarão em direcção ao futuro.
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Mercado Notícias
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Philips inicia nova etapa em Portugal
Electrilar é o novo associado Euronics
A Electrilar, empresa gerida por Henrique Santana com sede em Évora, tornou-se no 57.º associado da AAA, passando a integrar o Grupo Euronics. A empresa, que viu recentemente renovado o estatuto de PME Excelência, tem actualmente duas lojas de electrodomésticos em Évora, num total de 1.700 metros quadrados. Os seus fornecedores principais são a BSH, Indesit, Electrolux, Samsung, LG, Sony e SEB. O novo associado Euronics tem projectos de crescimento e expansão regional que incluirão, a partir de agora, a insígnia Euronics e o aproveitamento das diversas sinergias que o grupo proporciona aos seus associados.
A Philips inaugurou as suas novas instalações em Portugal, situadas no Lagoas Park, em Porto Salvo. Esta inauguração marcou também uma nova etapa da Philips no mercado português, que ambiciona reforçar a liderança na área da saúde e bem-estar e uma maior aproximação ao mercado e consumidor português. “Neste momento, estamos a reorganizar a empresa. Estamos mais focados no exterior e acreditamos que é em torno do cliente, e não do produto, que devemos evoluir, daí a nossa aposta na criação de unidades mais pequenas e autónomas que tomam decisões mais rápidas em todos os aspectos relacionados com o mercado”, afirma José Manuel Torre, vice-presidente e director geral financeiro da Philips Ibérica. Esta abordagem ao mercado nacional enquadra-se na estratégia “Vision 2015” que a multinacional definiu para todo o mundo e que assenta na liderança global nas áreas da saúde e bem-estar, tornando-se na marca preferida pelos consumidores na maioria dos mercados em que actua. A Philips estabeleceu ambiciosos objectivos de crescimento, independente da conjuntura de dificuldades económicas, tendo como meta crescer acima do PIB de cada país onde está presente. Em Portugal, o ano de 2011 será assim marcado pela nova abordagem e aproximação da empresa à sociedade e ao consumidor português, que arrancou oficialmente com a inauguração das novas instalações. A Philips investiu cerca de dois milhões de euros nesta nova sede, um sinal claro, na opinião de Manuel Eugénio, country manager da Philips Portuguesa, de que a empresa acredita no mercado português, onde já está há 84 anos, e onde tem o objectivo de desenvolver mais o negócio. No ano passado, as vendas da marca a nível nacional totalizaram os 100 milhões de euros, valor que os responsáveis em Portugal garantem ser para continuar a crescer. Nesta nova etapa fica ainda o registo de uma abordagem aos parceiros de distribuição como um dos pilares fundamentais da venda. Manuel Eugénio garante que a Philips pretende uma distribuição alinhada com os seus princípios e valores, que entenda que a tecnologia não representa mais um fim em si mesma mas um meio para atingir os objectivos e de aproximação com o cliente.
Comércio electrónico em Portugal resiste HAEGER aposta ao ambiente de recessão económica na linha branca
O comércio electrónico manteve a sua resistência face ao ambiente económico recessivo que se tem vindo a registar, tendo mesmo alcançado índices de crescimento em determinados mercados (Fotos e Serviços, Saúde/Fitness, DVD/Vídeos, CD/Música e Jogos/Consolas), revelam os resultados do Barómetro Trimestral ACEPI/Netsonda “Comércio Electrónico em Portugal”, relativos ao quarto trimestre de 2010. 75 por cento das empresas inquiridas revelam vendas positivas durante este período. 30 por cento dos sites cresceram acima dos 10 por cento no volume de vendas, tendo-se registado, durante o mesmo período, um elevado número de novas empresas (com actividade há menos de um trimestre) no comércio electrónico (14%). Muitas delas são micro empresas. 76 por cento dos sites inquiridos referiram que o número de clientes que efectua compras no seu site cresceu neste período. As principais categorias de produtos e serviços transaccionados foram Electrónica/Telemóveis, Livros/Revistas e Casa/ Arte/Decoração, o que demonstra uma tendência transversal de evolução nas diversas áreas, não só tecnológicas. 26
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
A HAEGER alargou a sua gama de produtos e apostou no desenvolvimento da linha branca, com o lançamento do frigorífico HAEGER 240 e de três modelos de arcas congeladoras horizontais. A HAEGER continua assim a sua estratégia de investimento e expansão do negócio com o objectivo de reforçar a sua posição no mercado. A aposta na linha branca vem fortalecer e complementar o portfólio da empresa e aumentar o enfoque nas áreas de negócio estratégicas.
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Mercado Notícias
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El Corte Inglés alarga o serviço de compra online à área de electrónica O El Corte Inglés disponibilizou o serviço de venda online de produtos na área de electrónica. Este serviço estava apenas disponível para compras online de artigos do supermercado e do Club del Gourmet. A expansão, que coincidiu com a renovação do sítio do
El Corte Inglés, abrange quatro áreas de negócio, fotografia, som e imagem, electrónica automóvel e telecomunicações. Para além das compras online, o cliente pode contar também com uma linha de venda assistida, enquanto canal alternativo de compra.
PPR finaliza a venda da Conforama à Steinhoff
O Grupo PPR finalizou a venda da Conforama à Steinhoff International Holdings por 1,2 mil milhões de euros. O desinvestimento na cadeia enquadra-se no âmbito da estratégia de focar o Grupo PPR no segmento do luxo e das marcas “lifestyle”. A Redcats e a Fnac são as outras subsidiárias do grupo que estão a ser também consideradas para venda. A Conforama tem 241 lojas.
JCFS distinguida com estatuto PME Líder 2010 A JCFS, SA - C L Euronics da Madeira foi distinguida, pelo segundo ano consecutivo, com o estatuto PME Líder, em parceria protocolada com o Banco BPI. Esta distinção, que surge num período conturbado e de crise económica, visa distinguir as pequenas e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos e perfis de risco,
no contexto da estrutura empresarial nacional, contribuindo para a capacidade competitiva do país. “Apesar de considerarmos que deveremos manter alguma contenção, fazemos votos que esta distinção seja o prenúncio de que, neste ano de 2011, tenhamos mais comemorações do que reclamações”, avança a empresa em comunicado.
Manchetes do trimestre Pingo Doce é a marca de distribuição mais Magnética António Meireles comemora 80.º aniversário OKI estabelece parceria para facilitar acesso ao crédito por parte dos seus clientes LG reúne parceiros de Home Appliances no evento anual High Tech & Style 2011 Ricardo Pinhão deixa a Airlux CCP contabiliza 40 mil empregos perdidos no comércio no período de um ano Arranca a campanha para esclarecer sobre a TDT 2 municípios impõem encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados de tarde Sony realinha negócios estratégicos STL é distribuidor da Scott em Portugal Manuel Estévez é o novo director geral da Conforama El Corte Inglés entra no segmento das Vendas Privadas na Internet Consumidores Portugueses elegeram os Produtos do Ano Carrefour planeia vender Dia e 25% do Carrefour Property Best Buy concentra investimento na abertura de novas lojas Best Buy Mobile nos EUA e Five Star na China Media-Saturn potencia negócio online com a aquisição da Redcoon Worten, Miele, HP, Canon e Nokia são Marcas de Confiança dos portugueses Media Markt abre segunda loja na China Produtos sul-coreanos passam a entrar na UE sem pagar tarifas Mycook inaugura loja em Lisboa Prolar comemora 50 anos em jantar no Casino do Estoril Dell anuncia parceria na área de distribuição com Tech Data em Portugal GTI é o novo distribuidor da Toshiba Electronics LG inaugura a nova Academia Ar Conditioning & Energy Solutions Toshiba quer 5% do mercado português de TV White and Brown passa a fazer parte do Grupo Taurus Sonae estuda investir na Europa de Leste WMF compra a Princess Leia estas e outras notícias em
www.rmelectro.com
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[ Moviflor reabre loja da Bobadela A loja Moviflor da Bobadela foi renovada e reabriu dia 5 de Março. A loja Moviflor da Bobadela localizase na estrada nacional 10, junto a Sacavém.
SPAR abre novo supermercado em Alcanede A SPAR inaugurou em Alcanede o seu mais recente supermercado em Portugal. O novo ponto de venda com cerca de 400 metros quadrados foi criado de raiz e será uma das lojas modelo da SPAR em Portugal. A nova unidade oferece aos seus clientes serviços de Talho, Charcutaria, Peixaria, Padaria e Cafetaria, para além de uma grande oferta de produtos frescos e de marca própria SPAR. O supermercado permite a criação de 10 novos postos de trabalho.
Mercado Aberturas
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Lisboa acolhe loja de energia solar da Resul
A Resul inaugurou a primeira loja física de energia solar na zona de Lisboa. Situada no Parque Oriente, em Sacavém, o novo ponto de venda Resul Solar pretende constituir-se como um espaço de referência em termos de equipamentos, componentes e acessórios para os mercados fotovoltaico e solar térmico. “Com a abertura deste espaço, uma das nossas mais-valias é permitir que os clientes contactem directamente com os equipamentos que comercializamos. Outra das vantagens é o facto de proporcionarmos um acompanhamento próximo, por parte dos nossos técnicos especializados nas diferentes áreas do solar que, no local, poderão aconselhar ou esclarecer os profissionais que nos visitem, como é o caso dos instaladores, ou mesmo o público em geral”, afirma Pedro Torres, administrador da Resul. No sector fotovoltaico, a loja Resul Solar disponibiliza equipamentos e componentes dos fabricantes Suntech, o maior fabricante mundial de painéis fotovoltaicos, e Danfoss (inversores). Para além destas marcas, das quais a empresa é distribuidor oficial, este espaço disponibiliza igualmente painéis da marca LDK e Kyocera e inversores da SMA e SolarMax. A Resul Solar comercializa também todo um leque de equipamentos e acessórios para a instalação completa de um sistema fotovoltaico, tais como seguidores, contadores eléctricos, sistemas de fixação e montagem de painéis, caixas e portinholas, cabos eléctricos e conectores, protecções, ligações à terra, entre outros.
AKI investe 400 mil euros na renovação da loja de Telheiras
Inauguradas lojas Luz e Som e Bang & Olufsen no Edifício Transparente Fevereiro assinalou a inauguração dos novos showrooms Luz e Som e Bang & Olufsen no Edifício Transparente, no Porto. Com uma quantidade assinalável de presenças, a abertura dos dois estabelecimentos fez-se em simultâneo, de modo a maximizar as sinergias proporcionadas pela marca dinamarquesa Bang & Olufsen e pelos estabelecimentos Luz e Som. Carlos Góis, administrador da Luz e Som, refere que “este é um investimento planeado há algum tempo e que seguramente trará mais visibilidade à Bang & Olufsen e à Luz e Som. Como estamos habituados a trabalhar no segmento luxo, a Bang & Olufsen é ainda uma mais-valia fundamental, pelo acrescido leque de produtos que poderemos disponiblizar aos nossos clientes”. 28
Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010
O AKI investiu 400 mil euros na renovação da sua unidade em Telheiras, a mais antiga da insígnia em Portugal, que abriu ao público em 1992. A loja , com 5.000 metros quadrados, apresenta-se completamente renovada de acordo com o novo conceito da marca. O objectivo do AKI com a renovação é contribuir para que a marca esteja mais próxima da população. Esta loja apresenta um tráfego diário superior a 1.000 clientes. As renovações verificam-se nos departamentos de Jardim, Sanitários, Iluminação e Decoração, assim como na implementação de dois novos departamentos, Construção e Zona de Conforto (Electricidade, Aquecimento e Climatização).
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Mercado Aberturas
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Media Markt inaugura em Setúbal a sua primeira loja na margem Sul do Tejo A Media Markt começou o ano com a sua primeira abordagem ao mercado da margem Sul do Tejo. Foi inaugurada, dia 24 de Fevereiro, em Setúbal, uma nova loja, que assinala também a abertura do 10.º ponto de venda da insígnia em Portugal. Com mais de 50.000 artigos disponíveis num espaço comercial de mais de 4.000 metros quadrados, a Media Markt apresentase em Setúbal com um investimento superior a cinco milhões de euros. Para apoiar os clientes da região, foram criados 70 postos de trabalho directos e cerca de 30 indirectos. Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal, sublinha que a grande preocupação da Media Markt não é a venda de produtos, mas sim a oferta de soluções. Nesta medida, a loja de Setúbal é, segundo este responsável, o mais inovador de todos os pontos de venda abertos pela insígnia. “O enfoque esteve colocado em tornar a loja o mais amigável possível para o cliente, para que este possa mexer, testar e experimentar os produtos. As maiores inovações desta loja não são, muitas delas, visíveis, mas concorrem para a sua grande funcionalidade e para que a experiência de compra do cliente seja a melhor possível”.
Delta Q abre a sua primeira loja no Brasil Localizada na cidade de Vitória, no Estado de Espírito Santo, a nova loja Delta Q Brasil representa um marco no processo de internacionalização do conceito Q. Para Rui Miguel Nabeiro, administrador Delta Cafés, a nova loja Delta Q Brasil “é o espelho do empreendedorismo Delta Q e representa o começo do novo ciclo da marca, que aposta em 2011 na internacionalização dos valores Delta e no que de melhor se faz em Portugal.” A nova loja, inaugurada dia 22 Fevereiro, foi concebida à semelhança das lojas Delta Q Atrium Saldanha e Porto. Está dividida em três espaços distintos, uma boutique, uma área de consumo rápido e um espaço lounge. É um espaço de lazer por excelência, onde os consumidores brasileiros poderão conhecer o portfólio de produtos Delta Q e receber o melhor aconselhamento ao nível do café, das máquinas e produtos complementares ao consumo de café.
O melhor look da estação Rua Nossa Senhora de Fátima, 177 - 1.º Sala 4 • 4050-427 Porto Rm-Revismarket - Março/Abril 2010 T. 226 094 717 F. 226 095 782 Email: geral@orbegozo.pt
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Vendas da Media-Saturn crescem 5,6% em 2010 As vendas da Media Markt e da Saturn cresceram 5,6 por cento em 2010, para os 20,8 mil milhões de euros. De acordo com os resultados anunciados pelo Grupo Metro, o EBITDA cresceu 2,8 por cento, para os 625 milhões de euros, e a margem manteve-se ao nível do ano anterior, nos 3,1 por cento.
O ano de 2010 fica marcado pela entrada da Media Markt na China e pelo lançamento das marcas próprias “ok” (segmento de entrada) e KOENIC (electrodomésticos premium). Este ano, segue-se a introdução das marcas PEAQ (electrónica de consumo) e ISY (acessórios). Com o encerramento das lojas Saturn no mercado francês, a Media-Saturn prosseguiu também com a optimização do seu portfólio. O ano passado fica ainda assinalado pelo lançamento das lojas online da Media Markt e da Saturn na Holanda e na Áustria.
Mercado Relatório & Contas
Minipreço sobe ligeiramente as vendas para os 917 milhões de euros em 2010 O Minipreço viu as suas vendas crescerem 0,2 por cento, em 2010, para os 917 milhões de euros, de acordo com os resultados divulgados pelo Grupo Carrefour. Este ligeiro crescimento assume uma maior relevância tendo em conta que, em 2009, as vendas do Minipreço em Portugal tinham caído 0,9 por cento, um resultado influenciado por um quarto trimestre penalizador, com as vendas a ressentirem-se 3,9 por cento face ao período homólogo de 2008. Pelo contrário, em 2010, o último trimestre foi positivo, com as vendas a subirem 3,2 por cento para 232 milhões de euros. Em termos globais, as vendas do Grupo Carrefour atingiram os 101 mil milhões de euros, contra os 95,5 mil milhões de 2009.
Sonae lucrou 192 milhões de euros em 2010
A Sonae obteve, em 2010, um resultado líquido directo de 192 milhões de euros, mais 12,6 por cento do que em 2009. O volume de negócios aumentou 5,5 por cento, para os 5,8 mil milhões de euros (excluindo gasolineiras), com ganhos de quota de mercado no retalho. As vendas da Sonae MC registaram um crescimento de cinco por cento. Já a Sonae SR manteve um crescimento de vendas de dois dígitos (12%). As vendas da Sonae SR Portugal aumentaram cinco por cento (um por cento em termos comparáveis), enquanto que as vendas da Sonae SR internacional aumentaram 60 por cento (decréscimo de um por cento em termos comparáveis). As operações em Espanha foram responsáveis por cerca de 20 por cento das vendas de retalho especializado em 2010, respondendo por 62 por cento do crescimento de vendas da Sonae SR no ano. A Worten e a Sport Zone foram bem-sucedidas no fortalecimento da sua posição de mercado ibérico.
Jerónimo Martins cresce 40,3% para os 281 milhões de euros em 2010 Os lucros da Jerónimo Martins cresceram, em 2010, 40,3 por cento, para 281 milhões de euros. No mesmo período, as vendas “engordaram” 18,8 por cento, para os 8,7 mil milhões de euros, com o EBITDA consolidado a crescer acima das vendas, 23,6 por cento, para 653 milhões de euros. No retalho em Portugal, o EBITDA gerado atingiu 186,5 milhões de euros, a que corresponde um crescimento de 3,8 por cento em relação ao ano passado. No Pingo Doce, o crescimento like-for-like (LFL) das vendas atingiu, no ano, 8,4 por cento nos supermercados e 7,2 por cento na rede total das lojas, com a insígnia a registar vendas no valor de 2,74 mil milhões de euros. Por sua vez, no Recheio, assinala-se o crescimento de 3,2 por cento das vendas LFL.
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Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
Indicadores económicos
Estatísticas do Emprego (4.º trimestre de 2010): a taxa de desemprego situou-se em 11,1%, mais 1,0 p.p. que no trimestre homólogo, registando um novo máximo para a série iniciada em 1998. Síntese Económica de Conjuntura (Janeiro): o PIB em volume apresentou uma variação homóloga de 1,2% no 4.º trimestre de 2010 (1,3% no 3.º trimestre). O indicador de consumo privado desacelerou de forma ténue no 4.º trimestre de 2010. O indicador de clima económico diminuiu no 4.º trimestre de 2010 e em Janeiro. Taxas de juro implícitas no crédito à habitação (Fevereiro): 2,144% (+0,043 p.p que em Janeiro). Índice de Volume de Negócios do Comércio a Retalho (Janeiro): 5,3% (-1,2% em Dezembro). Índice de Preços no Consumidor (Fevereiro): 3,5% (-0,1 p.p que em Janeiro).
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Mercado Relatório & Contas
Vendas do Grupo SEB crescem para os 3.651 milhões de euros em 2010 As vendas do Grupo SEB ascenderam aos 3.651 milhões de euros, a nível mundial, o que pressupõe um aumento de 15 por cento em relação ao ano anterior. No mercado doméstico, o francês, os resultados beneficiaram da vitalidade dos pequenos domésticos. Depois de um início de ano forte, o crescimento trimestral foi de três por cento, liderado pelos utensílios de cozinha, geradores de vapor, Nespresso e Dolce Gusto. O investimento em publicidade antes do Natal também contribuiu para o aumento das vendas nas últimas semanas do ano. Estes foram os melhores resultados desde 2008, ano em que o grupo conseguiu crescer mais 12,5 por cento que no ano anterior e comparam com a queda de 1,7 por cento assinalada em 2009. Nos restantes países europeus, as vendas aumentaram em todos os mercados, excepto o grego. Em Portugal, as vendas aumentaram no final do ano.
Lucros da Electrolux crescem 53% em 2010
Vendas da Tech Data crescem 13,3% no 4.º trimestre As vendas líquidas da Tech Data no quarto trimestre, concluído em 31 de Janeiro, foram de 7,1 mil milhões de dólares, o que reflecte um aumento de 13,3 por cento relativamente aos 6,3 mil milhões de dólares alcançados no ano anterior. O lucro operacional do quarto trimestre foi de 117,8 milhões de dólares, o equivalente a 1,65 por cento das vendas líquidas. Em Portugal, este foi um ano determinante para o crescimento da empresa. Segundo Paulí Amat, Country Manager da Tech Data Portugal, “a aquisição da DLI permitiu à empresa obter resultados que excederam em grande medida as expectativas”.
Receitas da Apple crescem para os 26,74 mil milhões de dólares
Os lucros líquidos da Electrolux em 2010 totalizaram as 3.997 coroas suecas, cerca de 453 milhões euros, resultados que significam um crescimento de 53 por cento face ao ano anterior. No ano passado, a Electrolux facturou 106.326 coroas suecas, cerca de 12.056 milhões de euros, crescendo três por cento.
Falta de tempo, de recursos e de pessoal? Arquivo acumulado, apresentações por fazer, base de dados desactualizada, listagens por organizar ...
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A Apple apresentou receitas recorde de 26,74 mil milhões de dólares e um lucro líquido de seis mil milhões de dólares, ou 6,43 dólares por acção diluída, no primeiro trimestre fiscal de 2011, terminado a 25 de Dezembro de 2010. Estes resultados comparam-se às receitas de 15,68 mil milhões de dólares e lucro líquido de 3,38 mil milhões de dólares, ou 3,67 dólares por acção diluída, do mesmo trimestre do ano passado. A margem bruta foi de 38,5 por cento, comparado com os 40,9 por cento do trimestre homólogo. As vendas internacionais foram responsáveis por 62 por cento das receitas trimestrais. A Apple vendeu 4,13 milhões de Macs no decorrer do trimestre, o que representa um aumento unitário de 23 por cento face ao mesmo trimestre do ano passado. A empresa vendeu 16,24 milhões de iPhones no período em análise, o que significa um crescimento unitário de 86 por cento face ao conseguido no mesmo trimestre do ano anterior. Quanto aos iPods, foram vendidos 19,45 milhões, representando um decréscimo de sete por cento face ao mesmo trimestre do ano passado. A empresa também vendeu 7,33 milhões de iPads no decorrer do trimestre.
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Mercado Quem são
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Ana Machado é Marketing Manager para o sudoeste europeu do Inter IKEA Centre Group Ana Machado foi nomeada Marketing Manager para o sudoeste europeu do Inter IKEA Centre Group (IICG), ramo do Grupo IKEA especializado no desenvolvimento e gestão de centros comerciais. Desde 2009 no IICG e até agora Marketing Manager do MAR Shopping, o maior centro comercial do grupo na Europa, Ana Machado tem a seu cargo o planeamento estratégico de marketing e execução do mesmo nos centros comerciais do grupo em Portugal, Espanha e França. Licenciada em Marketing pela Universidade Fernando Pessoa, no Porto, Ana Machado tem um percurso profissional que inclui uma vasta experiência adquirida no sector dos centros comerciais, sempre em funções ligadas à gestão de marketing, em operadores como a Multi Mall Management e a Sonae Sierra.
Tue Mantoni é presidente e CEO da Bang & Olufsen Tue Mantoni é o novo presidente e CEO da Bang & Olufsen. O anterior detentor do cargo, Kalle Hvidt Nielsen, afastouse desta posição mas irá assessorar o novo presidente durante um período de transição de quatro meses, até ao final de Junho.
João Amaral é Regional Manager da Toshiba
João Henriques é CFO da Vodafone Portugal João Henriques é o novo administrador para a área financeira da Vodafone Portugal, substituindo João Couto que desempenhava o cargo desde Julho de 2008 e que assumiu a função de CFO (Chief Financial Officer) do Vodafone Group Commercial. João Henriques iniciou a sua carreira profissional como assistente convidado no Instituto Superior Técnico, encontrando-se na consultora Boston Consulting Group (BCG) desde 1999, onde desempenhou diversas funções. “Principal” na BCG desde 2006, João Henriques tinha responsabilidades de liderança e coordenação de projectos no sector das telecomunicações. Para além de um sólido conhecimento do mercado e do negócio das telecomunicações, João Henriques possui também uma licenciatura em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico e um MBA pelo INSEAD. 32
João Amaral foi nomeado Regional Manager da Toshiba, passando a assumir a responsabilidade máxima do negócio em Portugal e Espanha. A nível de organização da estrutura ibérica, cada país vai permanecer com a sua gestão autónoma, havendo uma estrutura de direcção em cada um dos países. João Amaral, de 49 anos, era desde 2003 director geral da Toshiba Systems Portugal, apesar de estar ligado à empresa desde 2000. Com a responsabilidade de desenvolver a companhia em Portugal, foi também responsável pela abertura do escritório, pela implementação da infra-estrutura de serviço e atendimento ao cliente e pela constituição de uma rede de parceiros de canal. Ao longo destes 11 anos de ligação à Toshiba, João Amaral viu a sua gestão ser reconhecida, várias vezes, pela casa-mãe devido à performance da subsidiária no desenvolvimento de soluções de negócio. Em 2006, conquistou o prémio de “Melhor Subsidiária”, galardão atribuído pela primeira vez a uma subsidiária europeia e que viu ser repetido em 2007, pelo segundo ano consecutivo. Desde sempre, João Amaral teve interesse em tecnologia, tendo desenvolvido a sua actividade profissional na área das tecnologias de informação desde 1981 e desempenhado funções de programador, consultor, director de informática e responsável pela gestão de negócio de várias empresas. João Amaral tem formação na área técnica e o Programa de Alta Direcção de Empresas pela AESE/IESE.
Rm-Revismarket - Janeiro/Fevereiro/Março 2011
António Jorge é Project Manager para a área de CCTV da Gateway A Gateway reforçou a sua equipa comercial, com especial enfoque para a área de CCTV, e nomeou António Jorge para encabeçar o projecto. Com larga experiência neste mercado, António Jorge já passou por algumas empresas de referência neste sector, entre as quais dois dos maiores fabricantes a nível mundial.
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Mercado Quem são
Jorge Reis é director comercial da MRW para Portugal Jorge Reis é o novo responsável pelas áreas comercial, marketing, acção social, televenda e serviço ao cliente da MRW. Com 39 anos, Jorge Reis apresenta uma vasta experiência comercial, da qual constam várias empresas em regime de franchising, e vai dirigir o departamento comercial da empresa.
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Patrícia Parracho assume a direcção de Marketing da SEB Portugal Patrícia Parracho é a nova directora de Marketing da SEB Portugal, empresa detentora das marcas Krups, Moulinex, Rowenta e Tefal Na empresa desde 2003, Patrícia Parracho exercia funções de Senior Product Manager, responsável pelas famílias de café expresso e outras bebidas e de cuidados pessoais. Durante este percurso, esteve ainda responsável, a nível local, pela gestão de projectos internacionais de referência, como o lançamento da máquina de café multi-bebidas Krups Nescafé Dolce Gusto, o desenvolvimento da gama Krups Nespresso e a parceria com a Elite Models para a gama Rowenta for Elite Model Look. Anteriormente, Patrícia Parracho passou pelo departamento de Marketing da Unilever, como Assistant Brand Manager da marca Organics.
José Carlos Ferreira é director executivo da JP Sá Couto
João Paulo Ferreira é Country Manager da Candy Hoover em Portugal João Paulo Ferreira é o novo Country Manager da Candy Hoover Portugal. Aos 43 anos, e depois de ter saído da Sonicel, onde foi responsável pela coordenação das áreas de electrónica de consumo e ar condicionado da Panasonic, João Paulo Ferreira abraçou o projecto Candy Hoover, ficando com a responsabilidade da filial portuguesa, funções que assumiu a 1 de Fevereiro do corrente ano. Com mais de 20 anos de mercado e um vasto currículo, João Paulo Ferreira foi também responsável pela divisão de electrónica de consumo da LG Electronics Portugal. Da sua experiência profissional faz ainda parte um período longo passado na Sanyo Portugal.
Fruto de uma reorganização interna da empresa, que tem como objectivo a separação do negócio nacional e internacional, a JP Sá Couto introduziu o cargo de director executivo nos seus quadros. José Carlos Ferreira exerce agora a função, estando responsável pela área de negócio nacional. Responsável pela distribuição do negócio para Portugal, José Carlos Ferreira conta com um vasto currículo, tendo passado por empresas de referência como a Samsung ou a Tech Data.
Nadi Batalha é coordenadora de Marketing da Vulcano Nadi Batalha é a nova coordenadora do departamento de Marketing da Vulcano. Nadi Batalha, de 35 anos, detém uma vasta experiência nos sectores de actividade ligados à electrónica, com especial enfoque na área do grande consumo. Trabalhou cerca de 10 anos na Sanyo Portugal, primeiro enquanto gestora de produto de electrónica de consumo, tendo assumido, posteriormente, o cargo de directora de Marketing da empresa. Foi ainda convidada para ser presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sanyo Portugal.
Licenciada em Gestão de Marketing pelo Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), Nadi Batalha tem, ainda, uma pós-graduação em Gestão Hoteleira pelo mesmo instituto. Do seu currículo fazem também parte várias formações, nomeadamente na área da Energia Solar Térmica, promovida pela CENERTEC, Gestão Comercial e Marketing com Apoio das Tecnologias da Informação e Comunicação e Análise de Mercado na vertente estratégica, promovida pela ESSE Consultores.
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Mercado Quem são
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10 grandes vendedores de todos os tempos - I
A bnet compilou uma lista com os 10 maiores vendedores de todos os tempos. O termo vendedor aqui empregue designa mesmo o género masculino, dado que o site está também a preparar uma lista dedicada exclusivamente às melhores vendedoras. Nesta edição, publicamos os primeiros cinco nomeados para a lista masculina. Para seleccionar este leque de 10 grandes vendedores, a bnet considerou que nenhum comportamento é mais humano do que a venda. A troca de ideias, de bens, de serviços ou de dinheiro é um comportamento único da espécie humana. Os 10 seleccionados detêm, no entender da bnet, as melhores técnicas de vendas do mundo.
Steve Jobs – “Vender é mais fácil quando o produto faz com que as pessoas o queiram comprar” No que toca a técnicas de vendas, tem-se de gostar da de Steve Jobs. Coloquem-no num palco e ele pode, virtualmente, fazer com que qualquer produto da Apple pareça a maior invenção de sempre. Muito da sua qualidade como vendedor provém da sua personalidade. Mas a principal razão porque se acredita em Steve Jobs quando ele diz que o produto vai ser um sucesso é o seu recorde fenomenal de lançamento de produtos que todas as pessoas querem. Ron Popeil – “Nada
vende mais rápido que um honesto entusiasmo pelo que se está a oferecer” A bnet considera que não existe no mundo dos vivos ninguém que consiga vender mais rápido e mais produtos que Ron Popeil. Este mediático inventor americano é conhecido pelas suas aparições na TV e por usar a frase “But wait, there’s more!” (“Mas espere, tem mais!”) desde meados da década de 50. Um dos seus feitos mais admiráveis é o facto de ter conseguido vender cerca de um milhão de dólares em electrodomésticos em apenas uma hora. Apenas usando o seu rosto, a sua voz e as suas mãos. O segredo parece estar no seu entusiasmo quase infantil por tudo o que vende, que leva o consumidor a querem comprar apenas para poder sentir-se daquela maneira.
Benjamin Franklin – “Investir no conhecimento tem sempre a
melhor taxa de juro” 34
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Autor, impressor, politólogo, cientista, inventor, satírico, activista dos direitos civis, estadista, diplomata e um grande vendedor. Benjamin Franklin foi um verdadeiro homem dos sete ofícios, que vendeu, praticamente sozinho, a ideia dos “Estados Unidos”, não apenas aos seus compatriotas mas também ao resto do mundo.
P. T. Barnum – “Não chega vender, tem-se de entreteter o cliente” Phineas Taylor Barnum, o fundador do que se tornou no maior circo do mundo, considerava-se a si mesmo como um “showman”, acima de tudo. E usava esta capacidade para promover virtualmente tudo a algo que as pessoas quisessem ver. Muitos foram os que pagaram muito dinheiro para ver a “sereia mumificada”, que não era nada mais do que o tronco e a cabeça de um macaco bebé pregado a metade de um peixe. Joseph Smith – “Não vendam o produto, vendam a visão”
Joseph Smith convenceu em vida milhares, e depois de morto mais uns milhões, que tinha descoberto um conjunto de tabuletas de ouro, que apenas podiam ser lidas usando um par de óculos mágicos. Conhecido pelos seus seguidores como profeta, vidente e revelador da parte de Deus, durante a maior parte da década de 1830, Joseph Smith viveu em Kirtland, no Ohio, com grande parte de seus seguidores, mas também enviou seguidores para o Missouri, numa tentativa de estabelecer uma cidade de Sião, como a Nova Jerusalém bíblica.
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Mercado Estratégias
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Tristar aposta em nova área de negócio e consolida estratégia de proximidade aos clientes
Depois de ter consolidado as famílias de produto que já lhe eram tradicionais, nomeadamente os pequenos domésticos e os produtos “outdoor”, a Tristar aventurou-se pelo mundo da electrónica de consumo e adicionou a marca Audiosonic ao seu portfólio de produtos. Fruto do seu investimento na optimização do sortido, a entrada neste mercado faz-se com base na premissa de que a qualidade não deve ser luxo mas, antes, estar acessível ao maior número de pessoas possível. Esta abordagem dá também continuidade à política de proximidade e parceria com os clientes que, segundo Pedro Amaral, director comercial da Tristar, tem conduzido aos melhores resultados de sempre.
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todo o seu potencial. Potencial esse que tenderá a crescer ainda mais com a optimização de sortido e com a introdução de novas famílias de artigos”, avança Pedro Amaral. 43 anos de história A actividade da Audiosonic começou em 1967 com a comercialização de pequenos rádios tran-
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retracção do consumo verificada de forma bem vincada tem-nos levado a efectuar um esforço ainda maior na procura das melhores soluções e promoções para os nossos actuais e potenciais clientes”, garante o responsável. Famílias de produtos como os grelhadores de placas e os jarros de fervedores em inox têm repetido, a nível nacional, os bons resultados obtidos noutros países, espelhados pelos vários prémios internacionais com que têm sido distinguidos, mantendo-se como apostas firmes. A estes produtos, que são já tradicionalmente associados ao portfólio da Tristar, junta-se agora a Audiosonic, uma marca que se distingue, segundo a Tristar, pelos equipamentos de elevada estética, tais como os conjuntos design HI-FI, LCD e LED TV’s. “Com produtos atractivos, sempre seguindo as últimas tendências, a Audiosonic (By Tristar) é um parceiro imprescindível no mercado de produtos electrónicos de qualidade. Estamos ansiosos para assistir ao desenvolvimento de
Com produtos atractivos, sempre seguindo as últimas tendências, a Audiosonic (By Tristar) é um parceiro imprescindível no mercado de produtos electrónicos de qualidade. Estamos ansiosos para assistir ao desenvolvimento de todo o seu potencial. Potencial esse que tenderá a crescer ainda mais com a optimização de sortido e com a introdução de novas famílias de artigos
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sístor a partir da sua sede, um pequeno armazém em Amesterdão Oeste. Como o crescimento foi rápido, este edifício tornou-se pequeno e a empresa teve que mudar para um edifício maior em Amesterdão. Esta localização deu-lhe a oportunidade de ter os seus próprios armazéns. Nos anos seguintes, a Audiosonic continuou no seu trilho de crescimento, bem como a gama de produtos que, àquela altura, estava circunscrita ao áudio. Em 1977, foram adicionados produtos de vídeo e a marca passou fronteiras para a Bélgica, Alemanha e França. Devido à exigência de aparelhos electrónicos nos anos 80, a Audiosonic abriu um escritório no Extremo Oriente.
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Mercado Estratégias
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Media Markt aposta na expansão em Portugal A Media Markt continua a apostar na sua expansão no mercado nacional. Depois da abertura de mais um ponto de venda em Portugal, que marca a sua primeira incursão a sul do Tejo, são 16 as localidades portuguesas identificadas para novos pontos de venda até 5.000 metros quadrados. Da estratégia da insígnia para o mercado nacional faz também parte a aposta nas suas marcas próprias, esperadas até ao final deste ano.
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ctualmente com uma rede de 10 pontos de venda, a Media Markt tem planos ambiciosos para fazer crescer a sua presença em território português. Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal, sublinha, no entanto, que a Media Markt é “especialista de retalho, não de ‘real estate’, pelo que as aberturas estarão sujeitas a alguns condicionalismos e ao ritmo com que foram surgindo novas oportunidades. Não obstante, o COO nomeia alguns destinos possíveis para novas lojas Media Markt. “Fruto da realidade do país, há uma concentração muito significativa do consumo na área da Grande Lisboa”, explica. Cascais, Oeiras, Loures, Lisboa Oriental (Expo), Alverca, Almada e Seixal estão entre as localidades consideradas de prioritárias, às quais se juntam Coimbra e Faro. “Estas localizações estão devidamente identificadas e será uma questão de tempo para reunir todas as condições e encontrar a oportunidade certa para que a abertura seja efectivada”. Uma das questões que poderá entravar o ritmo de aberturas prende-se com os requisitos de terreno para a implantação de uma loja Media Markt. Uma loja-tipo da insígnia tem, no mínimo, uma área de vendas que ronda os 3.000 metros quadrados, pelo que a localização da implantação terá de ter dimensões consideráveis. No entanto, Valdemar Barreto adianta também que já foi desenhado outro modelo de loja com dimensões ligeiramente inferiores da loja-tipo, para poder expandir a presença da insígnia em regiões onde não se justifica um ponto de venda de tão grandes dimensões.
Valdemar Barreto, COO da Media Saturn em Portugal
Ao mesmo tempo, o responsável máximo da Media Saturn em Portugal considera que a ambição de abrir mais de três lojas por ano não é “realista”. “Os produtos são cada vez mais entendíveis pelo cliente final, mas continuam a carecer de muito aconselhamento. A Media Markt tem uma grande preocupação com o serviço que presta aos seus clientes, investindo muito na formação das suas equipas, não só do ponto de vista comportamental como também da componente técnica. Cada nova loja implica alguns milhares de horas de formação e mesmo durante os primeiros três meses após a abertura há um grande acompanhamento das equipas para que o serviço prestado possa ser de excelência”.
Marcas próprias chegam a Portugal até ao final do ano As marcas próprias da Media Markt vão estar disponíveis também no mercado português até ao final deste ano. O principal responsável da insígnia no mercado nacional prefere chamar a estas marcas de “exclusivas”, dado que se posicionarão não apenas como uma oferta de primeiro preço, mas também com uma proposta de valor que potenciará a sua compra, por parte do consumidor, por outros factores que não exclusivamente o preço. De acordo com Valdemar Barreto, o lançamento destas marcas no mercado nacional está, neste momento, a ser preparado, estando já tratadas as questões relativas ao “packaging”. Subsistem, ainda, alguns aspectos de natureza legal mas, sobretudo, técnicos, dado que “o objectivo da Media Markt é assegurar, também para estas marcas, um serviço ao consumidor e assistência técnica de excelência”. Esta gama de marcas exclusivas já está, desde o último trimestre de 2010, disponível em alguns mercados europeus, nomeadamente no alemão, italiano, austríaco e holandês. De acordo com a Media Saturn, a gama contempla uma marca económica, chamada “ok”, que inclui todas as categorias de produto e a marca de electrodomésticos de elevada qualidade “KOENIC”. Este ano, juntam-se ao portfólio a marca “PEAQ”, dedicada aos produtos de electrónica de consumo de elevada qualidade, introduzida durante o primeiro semestre, e a marca de acessórios “ISY”, na segunda metade do ano.
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Mercado Estratégias
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Samsung reforça enfoque nas tecnologias “verdes”
Decorreu em Algés, numa tenda orgânica de mais de dois mil metros quadrados, o forum “Innovating Life” 2011, que assinalou o lançamento da estratégia de mercado para 2011 da Samsung Electrónica Portuguesa (SEP). O seu enfoque está verdadeiramente colocado em tecnologias “verdes” e é transversal a todas as áreas de negócio. A estratégia para 2011 assenta também no conceito “Smarter Life” (“uma vida mais inteligente”), que no mundo dos electrodomésticos é suportado pela filosofia “Smart Thinking” e pelo empenho em desenvolver o mercado através de tecnologias inovadoras e da eficiência energética.
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m bom exemplo destas tecnologias é a ecobubble, presente na nova máquina de lavar a roupa Scout, que oferece uma elevada poupança no consumo de energia, cerca de 30 por cento menos do que uma máquina classe A, permitindo simultaneamente um elevado desempenho nas lavagens mesmo com água fria. Além disso, a lavagem pode ser feita no programa ecobubble a uma temperatura de 15ºC e os utilizadores conseguem os mesmos resultados de um ciclo de 40ºC utilizando 70 por cento menos energia e proporcionando um ambiente de lavagem mais suave para peças de roupa sensíveis ao calor. “As famílias procuram uma máquina de lavar fácil de utilizar com maior capacidade de carga e que reduza a pegada ecológica”, refere Henrique Pereira, Head of Division da área de Electrodomésticos da Samsung Electrónica Portuguesa. “A tecnologia ecobubble da máquina de lavar Samsung tem isso em consideração e incorpora um inovador design para que
Uma nota importante para a distribuição portuguesa é que a Samsung tomou a decisão estratégica de iniciar a produção de roupa e frio na sua nova fábrica na Polónia. Isto vai permitir encurtar o prazo de entrega das encomendas para duas semanas, comparativamente com as oito que demorava a entrega da produção realizada na Coreia. 38
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possa ser um elemento de decoração transformando a casa num espaço mais elegante.” Também a gama de combinados da série G foi desenvolvida com base no conceito “Smart Design”, do qual resultou um equipamento com um espaço interior maximizado, mantendo as dimensões exteriores e oferecendo assim uma capacidade de armazenamento até 400 litros. A série G foi desenvolvida na Europa, para consumidores europeus, e procura responder às suas necessidades em termos de espaço, melhor isolamento, paredes mais finas e uma melhor ergonomia interior. A nova gama de chega ao mercado com diversas características diferenciadoras, como a sua eficiência energética (A+++), o compressor Digital Inverter e o novo Smart Eco System. Possui dez sensores inteligentes para monitorizar continuamente os níveis de temperatura e humidade e para gerir de forma eficiente o compressor, poupando assim energia e obtendo os melhores resultados de refrigeração. Uma nota importante para a distribuição portuguesa é que a Samsung tomou a decisão estratégica de iniciar a produção de roupa e frio na sua nova fábrica na Polónia. Isto vai permitir encurtar o prazo de entrega das encomendas para duas semanas, comparativamente com as oito que demorava a entrega da produção realizada na Coreia.
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Mercado Estratégias
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Moulinex quer liderar mercado nacional de preparação alimentar
Após oito anos de ausência, a Moulinex está de volta, a ser comercializada pelo Grupo SEB, com uma nova identidade e imagem mais moderna. Guiando a sua estratégia com base em novos valores e nas características distintivas da marca (fácil, saborosa, energética e intuitiva), a aposta é focada em dois universos, a preparação alimentar e a cozedura eléctrica.
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pesar de alguns anos ausente do mercado português, a Moulinex mantém uma presença muito forte na mente do consumidor, continuando, em termos de notoriedade, a ser reconhecida como líder, segundo um estudo de mercado realizado em 2010. “A reentrada da Moulinex completa o portfólio de marcas do Grupo SEB e insere-se na sua estratégia multi-marcas. Com uma forte aposta em inovação e qualidade, a ‘nova’ Moulinex procura reflectir a aliança entre a utilização intuitiva, muito associada à marca, e o sentido prático dos seus produtos”, explica Rui Mainhas, responsável pela marca. Dentro da nova gama, a colecção Red Ruby será alvo de um maior destaque, uma vez que se trata da personificação dos novos valores Moulinex. “O objectivo, a médio prazo, será alargar a oferta da marca para além das áreas de preparação alimentar e cozedura eléctrica. Por outro lado, a liderança no universo de preparação alimentar é claramente a meta a curto prazo da Moulinex”, adianta. A marca estará presente nos diversos pontos de venda logo nos primeiros meses do ano. De acordo com Rui Mainhas, o objectivo é implementar uma distribuição em todo o território nacional, disponibilizando os produtos a todos os consumidores, independentemente da sua localização geográfica. A distribuição contará com o apoio de um plano de marketing a 360 graus, de forma a assegurar um sucesso imediato e sustentado. O investimento em media do Grupo SEB irá aumentar cerca de 22 por cento, em 2011, com especial enfoque na marca Moulinex, que contará com várias campanhas de comunicação em televi40
são, imprensa e online, algumas delas previstas arrancar já durante o primeiro semestre do ano. O ponto de venda irá contar com a presença de “displays” de linear, bandeirolas, PLV’s, totems e também demonstrações, que são, no entender dos responsáveis do Grupo SEB, a melhor forma de aproximar a marca do consumidor e demonstrar os valores diferenciadores e características únicas dos produtos Moulinex. 54 anos a tornar a vida mais fácil 54 anos após o seu lançamento, com Moulinex, “a vida torna-se mais fácil” também em Portugal. Criada em 1957, por Jean Mantelet, com o intuito de libertar as mulheres das tarefas culinárias mais ingratas, a Moulinex fez uma entrada grandiosa em França. O passe-vite e a
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Moulinette, produtos de uso fácil, explodiram no mercado, vendendo às dezenas de milhões de exemplares. No final dos anos 50, surgiu a mulher moderna, que trabalhava e desejava conquistar tempo às tarefas domésticas para se divertir, distrair, ir ao cinema. No início da década seguinte, e dando seguimento ao posicionamento e principal objectivo da marca, a Moulinex lançou o seu famoso slogan “Moulinex liberta a mulher!”. É também na década de 60 que surgiu o mais mítico produto da marca, a famosa picadora 1 2 3, que regista venda superiores a 10 milhões de unidades. Até 1980, a Moulinex lançou cerca de 70 novos tipos de produtos. Com o início da era “cocooning”, em 1990, os aparelhos Moulinex arredondaram-se e revestiram-se de cores frescas.
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Mercado Estratégias
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Bosch e Siemens lançam novos produtos sob o signo da eficiência Sob o mote “Vamos quebrar o gelo”, a BSH deu recentemente a conhecer um conjunto de novidades que, segundo Tiago Alves, director de marketing do grupo, “vão aquecer o mercado pelas suas inovações”. Os novos produtos lançados em 2011 têm como denominador comum o seu design, as inovações tecnológicas que aportam e uma renovada preocupação com a eficiência energética. A Bosch e a Siemens têm novidades em todas as áreas, da lavagem à indução, passando pelo frio e pelos pequenos domésticos que, de acordo com Wolfram von Ohain, director geral da BSHP, “vão aportar valor acrescentado ao mercado”.
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Um novo marco em poupança energética Na área do frio, a partir de Abril de 2011, haverá uma nova classe A+++, a qual representa um novo marco no campo da eficiência energética.
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Alguns aparelhos da gama SmartCool da Bosch e da gama coolEfficiency da Siemens vão ostentar esta classe energética, que atesta que o seu consumo é metade do de um aparelho com uma classe de eficiência energética A+. As gamas de frio de 2011 foram completamente renovadas com 80 novas referências e mais opções com 12 novas características. Com estes novos aparelhos de frio, a Bosch e a Siemens lançam as suas primeiras gamas compostas exclusivamente por modelos com a melhor classe
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ara fazer face a este desafio, a BSH tem-se pautado por uma forte aposta na inovação, que lhe tem permitido lançar para o mercado muitos produtos que constituem novidades mundiais. Segundo Wolfram von Ohain, três por cento das vendas, ou seja, cerca de 300 milhões de euros, são investidos na investigação e desenvolvimento, para poder continuar a oferecer aos consumidores soluções que pretendem melhorar a sua qualidade de vida. Um dos grandes vectores deste investimento na inovação tem sido a eficiência energética, aspecto que é particularmente caro aos consumidores nacionais. De acordo com Tiago Alves, os portugueses são os europeus que mais têm em conta este argumento na hora de escolher um produto, uma preocupação que é mencionada por 57 por cento dos consumidores. Neste sentido, a BSH volta em 2011 a propor soluções cada vez mais eficientes, em todas as suas áreas de actuação, permitindo aos consumidores conciliarem os seus desejos de rentabilidade e economia de dinheiro com a protecção do ambiente.
A preocupação com a eficiência energética e em propor ao consumidor soluções flexíveis marca também as novas soluções na área da lavagem da loiça, onde a Bosch e a Siemens têm para oferecer novos recordistas mundiais em poupança de energia, de água e em silêncio.
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energética A+++ e A++, estabelecendo um novo marco em poupança energética. Alcançar estes níveis de eficiência não significa, no entanto, que os consumidores tenham de comprometer outros aspectos da sua utilização. Este conceito de eficiência não se restringe ao uso de energia, mas abrange também a ideia de uma utilização mais eficiente e flexível do espaço, uma maior eficiência na conservação dos alimentos e um elevado padrão de design, tanto por dentro como por fora. Um bom exemplo destas soluções é a inovadora tecnologia lowFrost, que permite uma clara redução na criação de gelo, diminuíndo profundamente a necessidade de descongelação manual. Outro exemplo, são as gavetas CrisperBox dos novos equipamentos de frio da Bosch e da Siemens, para uma melhor conservação das frutas e legumes, e as gavetas CoolBox, que prolongam o tempo de conservação da carne e do
peixe. As características e opções de conservação são de tal maneira flexíveis, que o consumidor pode ter um frigorífico “à medida”, de acordo com as suas necessidades pessoais. 3 recordistas mundiais a lavar a loiça A preocupação com a eficiência energética e em propor ao consumidor soluções flexíveis marca também as novas soluções na área da lavagem da loiça, onde a Bosch e a Siemens têm para oferecer novos recordistas mundiais em poupança de energia, de água e em silêncio. Ambas as marcas desenvolveram aquelas que são, de acordo Tiago Alves, as máquinas de lavar a loiça mais económicas do mundo, visto que apenas necessitam de 6,5 litros de água para lavar na perfeição 13 serviços padrão. Na Bosch, este feito é alcançado pelo modelo ActiveWater Eco e na Siemens pela ecoStar. As duas marcas são também detentoras do recorde em consumo de energia. Os modelos ActiveWater Eco2 e ecoStar 2 consomem apenas 0,71 kWh por lavagem, graças à tecnologia dos minerais zeólito. Estes minerais retiram a humidade do ar e ajudam, por isso, a lavar e a secar com consumos de energia muito baixos. Traduzindo isto por números, significa que as máquinas de lavar a loiça da Bosch e da Siemens são até 30 por cento mais económicas do que o limite para a classe de eficiência energética A. O último dos recordes vai para o nível de silêncio, um aspecto precioso para o bem-estar do consumidor. Nas máquinas de lavar a loiça speedMatic da Siemens, o ruído não excede os 38 décibeis, valor inferior ao alcançado pelo funcionamento de um computador.
Maior flexibilidade ao cozinhar Na área da cocção, o grande destaque vai para a tecnologia de indução e para as placas FlexInduction. A Bosch apresenta placas de indução mais rápidas, seguras, de fácil limpeza e agora também mais flexíveis. As novas FlexInduction são, segundo Tiago Alves, as primeiras placas de indução que proporcionam uma zona na qual há uma verdadeira liberdade para colocar panelas e tachos sem as restrições das tradicionais áreas de cozedura, bastando tocar no botão para se poder aproveitar a área completa da placa para cozinhar.
Esta característica pode ser utilizada para manter a placa convencional, com duas zonas de cozedura separadas, ou combiná-las numa zona maior. Todas estas novidades são lançadas num ano em que ambas as marcas cumprem algumas etapas memoráveis, particularmente a Bosch, que assinala o seu centenário em Portugal. 2011 promete ser, assim, um ano importante para a BSHP, que tem ainda a responsabilidade de consolidar o aumento de quota de mercado conseguido no ano passado, na área dos grandes domésticos, para os 22 por cento.
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Mercado Tendências
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1, 2, 3 partida! Começou a corrida para a proximidade Poder fazer as compras a pé, no seu próprio bairro, em pequenas lojas de comércio tradicional parecia ser, há uns anos atrás, um cenário em vias de extinção ou um privilégio ao alcance de poucos. No entanto, parece que estes hábitos estão a voltar com novos conceitos de comércio de proximidade, numa corrida que não pára de se reinventar. Durante muito tempo, a grande distribuição fugiu dos centros das localidades, mas agora o panorama mudou. Verifica-se uma viragem profunda no universo do comércio organizado, que leva à reinvenção da noção de proximidade, de serviço e de conveniência. Martins e Sonae, a apostarem na área do comércio tradicional através do formato de mercearia de bairro. “Amanhecer” e “Meu super”, mais dois novos actores “Amanhecer” dá nome ao novo conceito de mercearias de bairro que a Jerónimo Martins lançou em Fevereiro, com duas primeiras lojas em Viana de Castelo e na baixa lisboeta. O objectivo é chegar ao fim do ano com 20 a 25 pontos de venda. O conceito assenta num acordo de cooperação comercial, não num franchising, já que a Jerónimo Martins não cobra nenhuma taxa aos proprietários. Os comerciantes passam a adoptar a designação “Amanhecer” e vendem os produtos da marca própria Recheio, que também segue a mesma denominação. A marca Amanhecer já existia há 12 anos, mas estava circunscrita a uma gama muito reduzida. Actualmente conta com 130 produtos, mas até ao final do ano prevê ter 200 a
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220 artigos. Paralelamente, a mercearia vê o seu layout e decoração adequados. A mudança é coordenada pela Jerónimo Martins, sendo os custos assegurados pelo proprietário. O perfil de consumidor da nova insígnia será diferente do do Pingo Doce. “Enquanto o consumidor do Pingo Doce é um cliente de uma ou duas compras por semana, nas lojas Amanhecer estamos a falar em visitas diárias”. O Recheio quer apostar, através destas lojas, num atendimento personalizado ao cliente e na proximidade.
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investimento de dois actores históricos portugueses, como o Pingo Doce e o Modelo, generalizou o comércio de proximidade alimentar num conceito de média superfície. Por exemplo, o Pingo Doce aumentou a área de venda com novas aberturas, a conversão das lojas Feira Nova e a aquisição das lojas Plus. A insígnia tem hoje mais de 350 lojas a nível nacional. “A proximidade física e humana na relação com o cliente e com as comunidades onde está inserido” era, por seu turno, um dos valores da marca Modelo, agora fundido com o Continente. Para estas insígnias, a proximidade não é uma questão de oportunidade, porque já faz parte dos seus genes, mesmo numa altura em que o consumidor tem enraizado o hábito de comprar em hipermercados de periferia. Mas no início deste ano, o conceito reforçou-se, com estes dois líderes da distribuição portuguesa, Jerónimo
“Amanhecer” dá nome ao novo conceito de mercearias de bairro que a Jerónimo Martins lançou em Fevereiro, com duas primeiras lojas em Viana de Castelo e na baixa lisboeta. O objectivo é chegar ao fim do ano com 20 a 25 pontos de venda.
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Conteúdos recolhidos por Cidália Ribeiro e Carina Rodrigues Fotos: Jerónimo Martins e Sonae
A tendência de proximidade passa por “não agradar a todos, mas sim muito a alguns”
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O comércio de proximidade é sobretudo uma relação de pessoas
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Também a Sonae anunciou uma nova área de negócio de supermercados e lojas alimentares. “Vamos disponibilizar a instituições públicas e privadas, retalho tradicional, lojas de livre serviço, lojas de conveniência e franchising, uma vasta e completa gama de artigos, inovação e serviços de excelência com preços muito competitivos”, afirma Luís Moutinho, CEO da Sonae MC. O “Meu Super” é a marca dos novos supermercados em formato de franchising da Sonae, que terão entre 150 e 1.000 metros quadrados e estarão localizados predominantemente em zonas habitacionais. O formato está disponível a interessados da pequena distribuição de proximidade, em moldes bastantes competitivos, bem como a empresários que se pretendam estabelecer de novo neste mercado. Os parceiros da Sonae no “Meu Super” beneficiam da garantia de preços competitivos, da gama
Esta nova reviravolta vem insuflar uma nova vida ao conceito de comércio de proximidade alimentar mas ficar-se-á por aqui? Poderá esteconceito ser implementado em novas áreas de negócio, nomeadamente no sector electro? Vivemos hoje num processo diário de reinvenção. Estará o leitor preparado para enquadrar a sua empresa num cenário destes e num horizonte em mutação permanente? Fica apenas a reflexão...
de produtos de marca própria Continente e de fornecedor, a utilização de sistemas informáticos idênticos aos das restantes lojas da Sonae, bem como da plataforma logística. Proximidade = Cada vez + serviço Cada vez mais, a tendência de proximidade passa por “não agradar a todos, mas sim muito a alguns”. Gaëlle Le Floch, directora da unidade de distribuição de
Kantar Worldpanel em França, explica que o negócio de proximidade responde totalmente ao modelo de consumo de hoje em dia. Os consumidores querem ganhar tempo e as insígnias de proximidade apresentam “uma solução real ao consumidor”. Mas estará o consumidor a voltar-se para o essencial? “Desde que a crise apareceu, que as famílias são mais conscientes em relação à despensa. Antes de comprar,
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64 por cento questionam-se se necessitam mesmo de determinado produto”. Querem consumir de forma mais sã, sem precisar de automóvel, e mais rapidamente. Basta saber que em 1980 o tempo dedicado às compras era de 1h30 e hoje é de 35 minutos. O conceito de proximidade é prática corrente em França, onde variadíssimas insígnias se especializaram neste formato. E sobretudo, numa relação de confiança entre a insígnia e o seu cliente. Para Rodolphe Bonnasse, responsável da insígnia Franprix, “o comércio de proximidade é sobretudo uma relação de pessoas. A Franprix, por exemplo, está presente em cada esquina há mais de 50 anos e hoje os nossos clientes dizem o meu Franprix”. A noção de serviço passa pelos horários alargados (noite e fim de semana). O Intermarché Express, uma insígnia deste formato em França, abre ao domingo de manhã e o DailT Monop tem as portas abertas das 9 horas à meia noite. O Carrefour City de Paris acolhe os clientes das 7 às 23 horas
Mercado Tendências
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diariamente e das 9 às 20 horas ao domingo. “Graças a este horário, transformamonos num destino de domingo,” sublinha o responsável por esta insígnia. “Se, por um lado, este horário pesa nos custos com o pessoal, por outro alarga o leque de clien-
tes,” reforça. Pensa-se erradamente que este serviço é só valorizado nas grandes cidades, porque na província é igualmente apreciado. “Ainda mais que, para estes consumidores, este serviço é completamente novo”, afirma Thomas Bouquet-Nadaud, responsável por uma das insígnia especializadas neste formato em França, a Système U Proximité. Mas até onde irá a proximidade? Horários até à meia noite, pagamento de contas domésticas, recolha de encomendas... Hoje, a entrega ao domicílio já não chega para fazer a diferença. A distribuição percebeu que é necessário inovar. Neste domínio, as lojas Marché Plus propõem uma estratégia de multi serviços únicos, com engomadoria em 48 horas, distribuição de bilhetes, serviço de impressão de fotografias, venda de selos, cartões e carregamentos telefónicos, fotocópias, fax, etc. Por sua vez, a insígnia Chez Jean também segue esta política, oferecendo serviços de tabacaria, imprensa e Wi-Fi gratuito em toda a loja. Tem uma oferta matinal chamada “Journal café á volonté” (jornal e café à vontade) que lhe traz uma clientela de negócios. Se o leque de possibilidades é infinito, con-
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Mercado Tendências
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Insígnias sobrepõem-se ao canal
ceber estas prestações de serviços representa constrangimentos. De prospecção, investimento e comunicação. Para avançar com um serviço de engomadoria ou de chaves na hora, é necessário estabelecer parcerias com prestadores externos, definir um plano de negócios, etc. França já tem este formato muito desenvolvido, mas ainda está muito atrasada em relação ao Japão, onde, por exemplo, a insígnia 7/11 permite pagar as compras com o telemóvel desde há 6 anos. Prática que ainda não está implementada em França. Esta nova reviravolta vem insuflar uma nova vida ao conceito de comércio de proximidade alimentar mas ficar-se-á por aqui? Poderá este conceito ser imple-
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O “Meu Super” é a marca dos novos supermercados em formato de franchising da Sonae, que terão entre 150 e 1.000 metros quadrados e estarão localizados predominantemente em zonas habitacionais.
mentado em novas áreas de negócio, nomeadamente no sector electro? Vivemos hoje num processo diário de reinvenção. Estará o leitor preparado para enquadrar a sua empresa num cenário destes e num horizonte em mutação permanente? Fica apenas a reflexão... * Conteúdos do mercado francês com a cortesia da Points de Vente
A transformação de algumas insígnias em verdadeiras marcas, em especial nos últimos cinco anos, fez com que o “canal” deixasse hoje de ter tanta relevância enquanto factor explicativo dos comportamentos de compra. De acordo com a Kantar Portugal, prova disso é, por exemplo, o facto do tamanho da “cesta média” não ter hoje grande diferença entre um hiper, um super ou um hard discount. Por outro lado, os canais já não determinam desempenhos. Insígnias presentes no mesmo canal têm performances totalmente contrárias e assiste-se ao surgir de insígnias com perfil “multi assortment”, que passam a desenvolver vários tipos de missão de compra. Algumas desenvolvem tipos de compra até contraditórios com o que seria próprio do canal onde estão classificadas. Por exemplo, o Continente ou o Lidl desenvolvem também cestas de compra pequenas. Ou o Pingo Doce que desenvolve as chamadas cestas grandes, antes típicas de um hipermercado, mesmo descartando o efeito de integração do Feira Nova. Esta situação é também consequência de um forte envolvimento emocional com o consumidor, muitas vezes sob uma capa de racionalidade aparente. A Kantar acredita que este factor poderá ser de tal maneira forte que pode até sobrepor-se à lógica de “missões de compra” correlacionadas com “canais”, quando o consumidor seleccionava uma insígnia em função do tamanho e tipo da sua “missão de compra” da ocasião. Agora, a decisão pode ser mais por uma ou outra insígnia, em função do seu “mind-set”, ou seja da sua maior preferência por uma insígnia com que terá maior envolvimento emocional, afinidade ou preferência. As justificativas para essa escolha podem variar, mas o desenvolvimento de verdadeiras marcas/insígnias conduz habitualmente para uma diferenciação menos racional e mais emocional nas escolhas dos consumidores. Aqui e em especial no contexto de crise actual, funcionará também o conceito de “preço percepcionado” que é sempre influenciado pela marca, sendo hoje um factor absolutamente crítico para as diferentes insígnias da distribuição. A Kantar avança que os exemplos mais claros destas insígnias que se estão a transformar em verdadeiras marcas são talvez o Pingo Doce e o Continente.
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PORTUGAL EMPRESAS E NEGÓCIOS Esta nova rubrica destinase a dar a conhecer empresas e negócios portugueses que encontramos nas nossas várias viagens e que merecem destaque por alguma razão específica, seja como um bom exemplo, seja como um caso diferenciador ou, simplesmente, porque algo nos chamou a atenção de entre as várias centenas de organizações que temos vindo a conhecer ao longo dos anos. Portugal também faz bem e é esse bem fazer que queremos partilhar com todos os nossos leitores. Iniciamos esta rubrica com um conceito diferente que encontrámos em Braga, a Cidadela Electrónica.
Cidadela Electrónica – Braga um negócio humanizado Mesmo no meio dos “tubarões” do mercado, as três grandes insígnias com implantação nacional, encontra-se a loja nova da Cidadela Electrónica, aberta em Setembro de 2009. Uma loja com uma decoração cuidada e organizada, onde o consumidor se sente confortável. Num ambiente aconchegado e com espaços bem diferenciados, onde a modernidade convive com a tradição de uma empresa familiar e local, o atendimento é personalizado e assente mais numa óptica de aconselhamento do que propriamente de vendas. Todos os colaboradores andam fardados com batas brancas imaculadas, relembrando assim as origens da Cidadela, que iniciou o seu percurso, há 26 anos atrás, como empresa de reparações e ganhou a confiança dos clientes. A organização tem hoje três lojas e uma facturação de 10 milhões de euros (2010) e arrecadou, no ano passado, o título de Empresa do Ano, considerando os vários ramos de comércio, das Câmaras de Comércio do Alto Ave e Cávado.
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“Tentamos ser sempre diferentes e profissionais. Não conquistamos um cliente para uma venda, queremos que seja nosso cliente para sempre e já os temos em várias gerações”. 48
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uando se pergunta a José Araújo, fundador e actual gerente da empresa, qual o factor de sucesso destes 26 anos a resposta é simples. “Tentamos ser sempre diferentes e profissionais. Não conquistamos um cliente para uma venda, queremos que seja nosso cliente para sempre e já os temos em várias gerações”. O dirigente desta organização tem uma fórmula que considera acertada e que resultou sempre. “Faço no negócio o que faço na vida pessoal. Sou cumpridor, respeitador e tento resolver todos os problemas rapidamente, mesmo que isso traga prejuízo imediato, porque acabo por ficar com um cliente para a vida”. Nestes últimos 20 anos, a empresa cresceu todos os
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Conteúdos e fotos recolhidos por Cidália Ribeiro
Em Setembro passado, a Cidadela Electrónica aderiu à Euronics que é, na opinião de José Araújo, “o último comboio de longo curso que os comerciantes independentes têm para apanhar. Por muito forte que uma organização possa ser, é importante que pertença a uma insígnia forte”. Segundo o responsável, esta não é uma solução para a crise, até porque aderiram no ano em que tiveram maior crescimento. “Com pequenas correcções, a Euronics vai ser a futura grande cadeia de electrodomésticos e já começamos a tirar partido da nossa adesão”.
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anos em facturação. Em 2010, o crescimento foi de 26 por cento, o que se deve também à abertura da nova loja. “Nunca tivemos um ano com decréscimo de vendas, no pior ano crescemos um por cento”, afirma. Quando questionado sobre a razão que o levou a abrir uma nova loja no meio de insígnias já instaladas, como era o caso da Media Markt, Worten e Rádio Popular, a resposta também é simples. “Era uma zona que já tinha muita gente que procurava electrodomésticos; assim aproveitamos o tráfego”. A nova loja, no entanto, não segue os horários dos seus vizinhos concorrentes. Abre das 9h30 às 20 horas, nos dias de semana e sábados, e das 14h30 as 19h30
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“Faço no negócio o que faço na vida pessoal. Sou cumpridor, respeitador e tento resolver todos os problemas rapidamente, mesmo que isso traga prejuízo imediato, porque acabo por ficar com um cliente para a vida”.
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José e Angela Araújo
ao domingo, mas, segundo o responsável, a diferença de horários não afecta os bons resultados. “As grandes compras são efectuadas no período em que estamos abertos e, assim, os nossos colaborado-
res são fixos, o que não aumenta os custos e fomenta as vendas”. Nas categorias de produtos vendidos fora desse horário, tem consciência que perde vendas mas que não afectam os resultados, pois “são os que dão menos margem e maiores problemas”. O peso da Cidadela Electrónica no mercado de Braga comprova esta afirmação. Segundo José Araújo, mesmo com uma concorrência agressiva, a empresa já representa 30 por cento do volume de vendas total da zona e mais de 50 por cento em grandes domésticos e encastre. Estes resultados devem-se em muito ao factor confiança que o consumidor sente pela organização e que é fomentado pelo “excelente serviço que prestamos em assistência técnica”. Rm-Revismarket - Maio/Junho 2010
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porque, se houver algum problema, ele responsabiliza-se”. Passados quase 30 anos, ainda se mantém esta lógica de pensamento, que vai passando de geração para geração. Também o negócio da Cidadela vai passando para a nova geração. Angela Mercedes Araújo, filha do fundador, assume já a gestão de caixas e contas-correntes e os recursos humanos da empresa. A área
Mesmo com uma concorrência agressiva, a empresa já representa 30 por cento do volume de vendas total da zona e mais de 50 por cento em grandes domésticos e encastre. Estes resultados devem-se em muito ao factor confiança que o consumidor sente pela organização e que é fomentado pelo “excelente serviço que prestamos em assistência técnica”.
Gerente da nova loja 50
A Cidadela Electrónica tem sede em edifício próprio em Frossos, Braga, onde estão situados os armazéns, escritórios, serviços técnicos com uma área total de 4.500 metros quadrados, dos quais 2.000 metros quadrados são da exposição da loja do armazém. Possui uma filial em Vila Verde, com área de vendas de 400 metros quadrados, e uma nova loja, situada no Pólo de Negócios de Braga, com cerca de 2.000 metros quadrados de exposição.
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As lojas têm uma área própria de reparações, que faz logo a triagem e onde cerca de 80 por cento dos pequenos domésticos são reparados na hora. José Araújo iniciou o negócio como responsável pela assistência técnica da Philips e só mais tarde começou a vender electrodomésticos. Assim, ganhou a confiança do consumidor. Este pensa “vamos comprar ao Araújo
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A aposta no serviço e competências dos colaboradores são uma constante. Cada loja tem um gerente e um sub-gerente e cada vendedor está preparado para acompanhar a venda e aconselhamento de qualquer tipo de produto, assistindo o cliente desde que entra na loja até à sua saída. de cozinhas já está entregue ao genro, Carlos Silva, que é o responsável por toda a secção, desde o projecto à instalação. A aposta no serviço e competências dos colaboradores são uma constante. Cada
loja tem um gerente e um sub-gerente e cada vendedor está preparado para acompanhar a venda e aconselhamento de qualquer tipo de produto, assistindo o cliente desde que entra na loja até à sua saída.
Em Setembro passado, a Cidadela Electrónica aderiu à Euronics que é, na opinião de José Araújo, “o último comboio de longo curso que os comerciantes independentes têm para apanhar. Por muito forte que uma organização possa ser, é importante que pertença a uma insígnia forte”. Segundo o responsável, esta não é uma solução para a crise, até porque aderiram no ano em que tiveram maior crescimento. “Com pequenas correcções, a Euronics vai ser a futura grande cadeia de electrodomésticos e já começamos a tirar partido da nossa adesão”. Quanto a projectos futuros, estes passam por conquistar mais mercado e potenciar o negócio das cozinhas, através da aquisição de parte de uma fábrica, e do ar condicionado, área que obteve um crescimento de 100 por cento em 2010.
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Quando questionado sobre a razão que o levou a abrir uma nova loja no meio de insígnias já instaladas, como era o caso da Media Markt, Worten e Rádio Popular, a resposta também é simples. “Era uma zona que já tinha muita gente que procurava electrodomésticos; assim aproveitamos o tráfego”.
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Nestes últimos 20 anos, a empresa cresceu todos os anos em facturação. Em 2010, o crescimento foi de 26 por cento o que se deve também à abertura da nova loja. “Nunca tivemos um ano com decréscimo de vendas, no pior ano crescemos um por cento”,
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MOMENTOS Electro
“50 anos da Prolar, Janeiro de 2011”
“Convenção Sony em Saragoça, Pedro Navarrete, Fevereiro de 2011”
“Golden Club Balay, Janeiro de 2011”
“Convenção Orima, Janeiro de 2011”
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“Samsung Forum “Innovating Life”, Março de 2011”
“Convenção Mitsubishi Electric, Fevereiro de 2011”
“Inauguração da Academia LG, Janeiro de 2011”
“Conferência Europeia da Panasonic, Londres, Fevereiro de 2011”
“Inauguração da Media Markt de Setúbal”, Fevereiro de 2011”
“Inauguração dos showrooms Luz e Som e Bang & Olufsen, Fevereiro de 2011”
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MOMENTOS Electro
“Convenção High Tech & Style da LG, Março de 2011”
“Lançamento da nova Pixie Nespresso, Fevereiro de 2011” “Relançamento da Moulinex em Portugal, Dezembro de 2010”
“Show cooking da Indesit Company na BTL, Março de 2011”
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“Inauguração das novas instalações da Philips Portuguesa, Março de 2011”
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“Inauguração da Rádio Popular de Alfragide, Dezembro de 2010”
“Inauguração do Centro de Sensibilização Ambiental da ERP Portugal, Março de 2011”
“Convenção Sorefoz, Janeiro de 2011”
“Lançamento Siemens Studioline, Fevereiro de 2011”
“80.º aniversário Meireles, Março de 2011”
“Conferência GfK Portugal, Março de 2011”
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Tempo de pausa Sugestões
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Nesta rubrica destacam-se algumas sugestões das editoras sobre lançamentos de livros úteis para a informação e também descontracção dos nossos leitores. Apresentamos também as escolhas de um profissional do sector no que toca a momentos de pausa.
Porque é Que o Seu Mundo Está a Ficar Muito mais Pequeno – Jeff Rubin – Lua de Papel
Na economia global, ninguém pensa nas distâncias em quilómetros mas sim em dólares. Se o petróleo for barato, pouco importa se o bacalhau é ou não da Noruega, pois os custos de transporte não encarecem o produto. Mas, a partir do momento em que o preço dos combustíveis dispara, o bacalhau torna-se caro. O autor, economista que tem previsto com sucesso consecutivas escaladas no preço do petróleo, revela neste “best-seller” toda a extensão da nossa dependência do crude. E prova como é que o marco dos 100 dólares por barril vai ser fatal para a globalização. Ao mesmo tempo, revela que o mundo pós-petróleo vai reconfigurar o modo como produzimos, consumimos e vivemos e como a economia voltará a ser local. 17,00 €
Estratégias Inovadoras: como fazer? – Luís Pessoa – Editora RH
Este livro pretende ser um processo de aprendizagem (para toda a vida) e dirige-se ao melhor computador do mundo, o nosso cérebro. Com ele, pretende-se que todos “aprendam” a usar o poder quase ilimitado de vários milhões de células e de conexões que compõem o cérebro humano normal. Sustenta-se aqui a necessidade de uma revolução na aprendizagem de acordo com a explosão que se verifica na tecnologia, nas comunicações, na informação e no conhecimento, bem como de uma revolução na forma de pensar, na maneira de aprendermos a como aprender, na forma de encontrarmos soluções novas e brilhantes. Todas as páginas da esquerda possuem citações, ideias-chave e figuras que se destinam a uma leitura rápida, técnica de aprendizagem que ajuda a armazenar e a recuperar informações com muito mais eficácia, acelerando, assim, o processo de aprendizagem. 25,65 € 56
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151 Ideias Práticas para Gerir Bem o seu Tempo – Robert E. Dittmer – Publicações Europa-América
Assuma o controlo sobre o seu tempo e recupere a sua vida. É esta a proposta deste livro, que lhe apresenta 151 maneiras rápidas e simples de o fazer. Cada ideia advém de experiências do mundo real, de pessoas que descobrem soluções únicas para as pressões de tempo a que estão sujeitas diariamente. Ideias que, testadas na prática, provaram que funcionam. Comece o seu dia na noite anterior, não se comprometa mais do que possível e tente sempre entregar mais do que aquilo a que se tinha comprometido, reserve algum tempo diariamente para eventos inesperados, etc. O autor passou mais de 30 anos no mundo dos negócios e no governo, onde assistiu a todos os tipos de desperdícios de tempo que se possam imaginar. Trabalhou para a NATO e para o exército americano e é perito em gestão de crise e planeamento. 18,90 €
As escolhas de ... António Arnaut Director de Marketing da AEG Portuguesa
Os meus livros de eleição O 8.º Hábito de Stephen R. Covey. “Uma leitura transformadora. Faz-nos reflectir no modo como pensamos sobre nós mesmos e sobre a nossa vida – sobre os nossos relacionamentos, sobre as empresas onde trabalhamos e sobre o resto do planeta”.
Os álbuns que mais me marcaram De Muse, qualquer um, Ten dos Pearl Jam.
O meu restaurante favorito Fortaleza do Guincho, Eleven.
O meu local de sonho Pulau Redang, na Malásia, “um dos melhores spots para mergulho” e Bryce Canyon, no Utah, nos Estados Unidos, “natureza fantástica”.
As 9 Decisões Financeiras da sua Vida – Guia para lidar bem com o seu dinheiro – Moshe A. Milevsky – Centro Atlântico
Um novo olhar sobre o seu dinheiro e sobre como fazê-lo crescer. O livro apresenta uma maneira nova de pensar sobre o dinheiro das famílias, tirando partido dos últimos avanços da economia, das finanças comportamentais e das finanças pessoais. O autor ensina a “diversificar” o seu casamento, “rentabilizar” os seus filhos e gozar de maiores rendimentos na reforma e ajuda o leitor a determinar o verdadeiro valor de todos os seus recursos, a orçamentar as suas despesas escondidas do seu futuro, a planear o gastos dos seus recursos de maneira equitativa ao longo do tempo e a preparar-se para acontecimentos inesperados que podem desequilibrar até o planeamento mais cuidadoso. 14,00 €
Fundado a 5 de Outubro de 2009
A qualidade em buffet Rua Cândido Oliveira, n.º 115, S Victor 4715-012 Braga
Esperamos pela sua visita E-mail: boibombar@gmail.com • Telemóveis:+351 919 414 133 • +351 912 304 944 • +351 918 838 353
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Tempo de pausa Sugestões
Pense como um Campeão – Donald Trump – Gestão Plus Edições
Numa educação informal para os negócios e para a vida, o livro apresenta diversos ensaios inspiradores, seleccionados pessoalmente pelo autor, num convite à reflexão sobre o verdadeiro significado do sucesso. Será possível criar a verdadeira mudança, a nível local e global? Qual o futuro da economia de mercado tal como a conhecemos? Como podemos treinar e moldar os nossos pensamentos para atingir o sucesso? Qual a importância do “alfabetismo financeiro”? Qual a verdadeira relação entre a inovação e o empreendedorismo? Que papel têm a imaginação, a perspectiva e a visão no sucesso empresarial – e no bem-estar pessoal? Como podemos dar sentido aos nossos objectivos de vida? Estas são apenas algumas das questões abordadas ao longo das páginas, num estilo inspirador, original e com toques de humor. 16,50 €
Direito Fiscal Angolano I e II – António Vicente Marques – Jurinfor
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Superar a Adversidade – o Poder da Resiliência – Luis Rojas Marcos – Planeta
Este livro resulta de mais de oito anos de investigação. Perante as adversidades que põem à prova o nosso equilíbrio físico e emocional e ameaçam a perspectiva de futuro ou a própria sobrevivência, são necessários mecanismos para resistir. As relações afectivas, as faculdades mentais, a autoestima, o pensamento positivo, os motivos para viver e a aptidão para localizar o centro de controlo dentro de cada um são os factores que nos permite recompor e até dos golpes sair fortalecidos. Nesta obra, o autor analisa casos concretos de resiliência, tais como os mediáticos 11 de Setembro ou a aterragem no Rio Hudson, e convida a reflectir sobre os elementos fundamentais para seguir em frente, com o objectivo de estar o melhor possível preparado para enfrentar as dificuldades que inevitavelmente a vida apresenta. 16,60 €
Gestão Estratégica – Conceitos e Prática – Fernando Ribeiro Serra, Manuel Portugal Ferreira, Maria Cândida Torres e Alexandre Pavan – Lidel
Estas obras de legislação angolana dirigem-se a juristas e empresários com áreas de negócio em expansão para Angola. Os dois primeiros volumes incluem os mais relevantes diplomas de direito fiscal angolano. Esta colecção visa responder às crescentes necessidades do mercado português no que respeita a legislação angolana, fruto da intensificação das relações bilaterais entre Portugal e Angola. A crescente internacionalização das empresas de Portugal para o mercado angolano envolve processos jurídicos complexos, que esta colectânea ajuda a esclarecer. 44,10 €
Defendendo a premissa de que pensar estrategicamente a organização é essencial para o alcance do sucesso de qualquer empresa no mercado face às concorrentes, este livro define a estratégia nas suas variadas vertentes e apresenta conceitos mas também exercícios de gestão estratégica e casos de empresas portuguesas. 27,75 €
Nietzsche para Stressados – Allan Percy – Pergaminho
99 “comprimidos” de filosofia radical para as inquietações do dia-a-dia e que ajudarão a reencontrar a energia e o optimismo. O livro reúne 99 máximas do filósofo alemão e revela a sua aplicação prática em todos os contextos e situações do quotidiano, quer para preocupações profissionais, questões familiares complexas ou dilemas sentimentais. Cada capítulo tem início com um aforismo, seguido de uma interpretação prática que ajudará o leitor a tomar decisões, recuperar o ânimo, encontrar o rumo perdido e a relativizar a importância de todos aqueles pequenos incómodos. 14,00 € 58
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