N° 02 - Jan. / Fev. 2014
EDIÇÃO ESPECIAL DE COBERTURA DO
EVENTO NO MAKSOUD PLAZA REUNIU CERCA DE 300 PROFISSIONAIS
Palavra do Presidente Expediente Ano I - Edição 02 CIST - Clube Internacional de Seguros de Transportes Composição Inicial Presidente: JOSÉ GERALDO DA SILVA - Gerabel - Transportes Brasil 1º Vice-Presidente: SALVATORE LOMBARDI JUNIOR - Argo 2º Vice-Presidente: APARECIDO MENDES ROCHA - Lógica 3º Vice-Presidente: ODAIR NEGRETTI - BC Business 1º Secretário: CARLOS SUPPI ZANINI - Zanini-Saiza 2º Secretário: CARLOS JOSÉ DE PAIVA (Paiva I) - Paiva
Vamos em frota acompanhar os bons ventos que sopram para o mercado de transportes
1º Tesoureiro: FRANCISCO CARLOS GABRIEL - Advance 2º Tesoureiro:WALTER VENTURI - Pamcary Diretor Técnico Internacional: PAULO ROBSON ALVES - Zurich Pres. Conselho Fiscal: CEL. RICARDO JACOB - PMSP
A
tuamos em um mercado privilegiado, pois o Brasil é um país muito dependente do transporte rodoviário para suprir a demanda de distribuição de tudo que é produzido. Temos a quinta maior malha rodoviária do mundo, com mais de 1,7 milhão de quilômetros.
Pres. Conselho Consultivo: JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA - JBO Assessoria Membros Conselho Consultivo: PAULO ROBSON ALVES - Zurich / SÉRGIO CARON - Marsh / MAURO ANTONIO CAMILLO - AON / RICARDO CESTENARIO - Generali Pres. Conselho Fiscal: JOSÉ SEVERIANO DE ALMEIDA NETO - HDI-Gerling
A carteira de transportes tem registrado bons resultados com a melhora nos números da sinistralidade, impulsionado pelo avanço nos sistemas de gerenciamento de risco das empresas.
Membros Conselho Fiscal: ALFREDO CHAIA - Chartis / RICARDO GUIRAO AON / ANIBAL DE EUGENIO FILHO - Bússola / JOSÉ CARLOS SERRA - Serra & Company / ADAILTON DIAS - RSA Diretor de Segurança: CEL. RICARDO JACOB - PMSP
Nesta edição trazemos a cobertura completa do I Simpósio & Expo CIST, que aconteceu no final do ano passado. O evento foi de uma grandeza incrível, refletindo o poder do nosso segmento de transportes. Mais uma vez quero agradecer a cada patrocinador, a cada palestrante, a todos os amigos do Sincor-SP, a todos os membros da família CIST e demais colaboradores, a cada congressista. Foi graças à contribuição de cada um que alcançamos o sucesso, reforçando a troca de informações de seguro transporte, consolidando o nome de nossa entidade, e realizando um sonho. A princípio parecia loucura assumir o risco de um evento desse tamanho, mas fui em frente e agora estou realizado. E já pensando na próxima edição do evento, que acontecerá no final de 2014.
Diretor Técnico Nacional: HELIO DE ALMEIDA - Fairfax Diretor de Sindicância: PAULO ROGERIO HAUPTLI - FOX Audit Diretor Comércio Exterior: SAMIR KEEDI - SKE Consultoria Ltda Diretor de Relacionamento com o Mercado: CARLOS ALBERTO BATISTA DE LIMA - Serv Assist Diretor Jurídico & Assuntos Internacionais: NÉLSON FARIA DE OLIVEIRA - Faria de Oliveira Advogados Diretor de Logística: PAULO ROBERTO GUEDES - Veloce Diretor de Resseguro: RENATO MARQUES CUNHA BUENO - ARX Re Diretor de Gerenciamento de Riscos: RENE ELLIS - Total Planning Diretor Social & Eventos: PAULO CRISTIANO DOS SANTOS - Allianz Diretor de Meio Ambiente: MARIO CANAZZA - consultor
Este ano, aliás, promete. Já no início, no mês de janeiro, o mercado de transportes comemora duas grandes vitórias. Dia 02 foi sancionada a Lei dos Desmanches e quinze dias depois o Projeto de Lei nº 885/2009, que cassa o registro no Cadastro do ICMS das empresas envolvidas na receptação de cargas roubadas ou furtadas. Essa Lei já era uma expectativa de todos nós do mercado de seguros de transportes e foi abordada em palestra do nosso I Simpósio. Irá impulsionar ainda mais nosso pujante setor, pois vai atacar diretamente o receptador de mercadorias, que é quem viabiliza o roubo de cargas no país.
Diretor de Tecnologia: RONALDO MEGDA - Tracker do Brasil Diretor de Marketing: FELIX RYU - Teckel Design Diretor de Cursos: GUILHERME ARMANDO CONTRUCCI - Webseguros TV Diretor de Benefícios: DAVID DO NASCIMENTO - Univida Diretor da Área de Perícias: MÁRCIO MONTESANI. Sócios fundadores: MAIRTON MACHADO DE SOUZA - ACE / ARLINDO SIMOES - Allianz / JOÃO JOSÉ DE PAIVA (Paiva II) - Paiva / JOSÉ CARLOS SIQUEIRA - professor / JOSÉ CARLOS V. RABELO - Rabel Trans / AUGUSTO NASCIMENTO - Macedosul / OSVALDO F. GOMES - Interworks
Ainda são poucos corretores de seguros e seguradoras que atuam no ramo de transportes, e no nosso segmento estão as grandes oportunidades. Vamos juntos aproveitar o potencial e contribuir para ainda mais crescimento.
Comunicação: Jornalista Responsável: Thaís Ruco - MTb 49.455 Diagramação: Felix Ryu Inoue - Teckel Design Comercial: Mauricio Rodrigues - MRS Servicos Publicitarios
Grande abraço, José Geraldo da Silva
mrs.serv.public@gmail.com 03
I Simpósio & Expo CIST GRANDE EVENTO VOLTADO PARA O SEGURO DE TRANSPORTE SE TORNA UM MARCO NO SEGMENTO
O Clube Internacional de Seguros de Transporte promoveu no final de 2013 o I Simpósio & Expo CIST, trazendo palestras e debates sobre as atuais situações do ramo, com foco nas soluções para os reais acontecimentos do dia a dia, a profissionais do segmento. O evento realizado no dia 21 de novembro no Maksoud Plaza reuniu cerca de 300 profissionais, entre corretores de seguros, seguradores e prestadores de serviços.
O evento contou ainda com a Expo CIST, na qual os patrocinadores – seguradoras e prestadoras de serviços – puderam participar mostrando produtos, serviços e tirando dúvidas. O I Simpósio & Expo CIST esteve garantido pela Berkley Seguros, seguradora oficial do evento, em Responsabilidade Civil. Para o presidente da CIST, José Geraldo da Silva, a importância e necessidade de um evento como este para o setor de transportes faz com que o Simpósio & Expo CIST seja realizado anualmente. “Já estamos preparando o próximo, que integra o calendário de 2014 como um dos importantes eventos da indústria de seguros brasileira”.
Um dos grandes objetivos do CIST é a capacitação e troca de informações do setor de transportes e, nesse sentido, o simpósio foi idealizado como um marco do segmento, que até então não contava com um evento específico para os profissionais do setor. A cerimônia de abertura contou com apresentação do superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna. Além de qualificados palestrantes para abordar os temas mais discutidos atualmente pelo mercado de seguros de transporte, o evento contou com a participação de empresas argentinas e portuguesas, interessadas em conhecer a cadeia logística da indústria de seguros de cargas no Brasil. Esta edição da CIST News traz a cobertura completa das apresentações. 04
Cerimônia de abertura tem a participação de lideranças do setor de seguros O superintendente da SUSEP, Luciano Portal Santanna, aceitou o convite feito pelo presidente do CIST, José Geraldo, em reunião entre as duas entidades e não apenas compareceu ao Simpósio como fez a apresentação de abertura.
para participar trazendo sugestões ao órgão regulador. Queremos um diálogo direto com os profissionais que atuam nesse ramo”, afirmou Luciano Portal Santanna, destacando ainda a relevante atuação do CIST para estudo e divulgação dos seguros de transporte. Luciano aproveitou a oportunidade para desmentir boatos divulgados recentemente sobre seu afastamento da autarquia, afirmando que não está se despedindo e que ainda há muito a ser feito no comando da Susep.
Também marcou presença no evento o presidente do SincorSP, Mário Sérgio de Almeida Santos, que enfatizou a parceria do sindicato de corretores de seguros com o CIST, para oferecer à categoria profisisonal o suporte técnico necessário para a comercialização do produto de transporte. “O Sincor-SP apoia o CIST e está em total sintonia para ajudar a categoria neste sentido. Entendemos que a união das entidades trazem grandes benefícios para todos”, disse Mário Sérgio.
Ele quer dar uma atenção especial ao setor de transportes, que também tem muito a ser trabalhado e a crescer. Anunciou que incluirá um membro do CIST como representante em grupo de trabalho para discutir os assuntos ligados aos seguros de transportes de cargas no Brasil.
“O seguro de transporte é um produto nobre, devemos tratá-lo como tal, e nesse momento eu vejo o CIST fazer o resgate da nobreza desse mercado fantástico, de grande poder de desenvolvimento do país. O segmento de transporte é fundamental para o crescimento do Brasil e do nosso mercado de seguros”, completou o presidente do Sincor-SP.
“Temos preocupação especial com mercado de seguros de transporte, recebemos a visita diretoria do CIST para discutir algumas coberturas que não vêm sendo seguradas pelo mercado e também o custo dos seguros de transporte para que seja adequado a o s r i s c o s d o c o n s u m i d o r, estudando, entre outros pontos”, disse o superintendente da Susep.
Outra liderança do mercado, o mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, Alexandre Camillo, também prestigiou o evento.
“Vamos criar nos próximos dias um grupo de trabalho e convido o CIST 05
I Simpósio & Expo CIST Palestra: Novas soluções contra receptação, em face dos novos instrumentos legais
NELSON FARIA DE OLIVEIRA - Advogado titular do escritório FARIA DE OLIVEIRA ADVOGADOS Estado, sob pena de sofrerem graves consequências econômicas e danos à imagem”, declarou Nelson Faria de Oliveira. O desdobramento previsto por atos tidos como ilícitos, nos termos da Lei 12.846/13 é de multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação, sem prejuízo das sanções penais cabíveis e das sanções da Lei 8.429/92 que se aplica a pessoas físicas e jurídicas (suspensão de direitos políticos, multa civil, reparação do dano, proibição de contratar com a administração pública ou dela receber benefícios de qualquer natureza). Em outras palavras, para além da multa criada, cabe ainda a incidência da multa civil prevista na Lei da Improbidade. De autoria do deputado João Caramez, o Projeto de Lei 885/2009 cria um mecanismo eficaz que ataca a grande fonte de alimentação do roubo de cargas, que é a rede de receptação de mercadorias roubadas. A proposta do parlamentar prevê a cassação da Inscrição Estadual do estabelecimento comercial que for pego vendendo carga roubada. A regulamentação da Lei Complementar 121/2006 também contribui ao criar o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e roubo de veículos e dá outras providências. “O roubo de cargas ocorre devido a mercados abertos para a compra desses produtos. Os marginais, quando vão na busca de uma carga, não vão aleatoriamente, vão sim na busca de uma encomenda. Assim, o melhor caminho é o combate ao receptador. Com o apoio das forças policiais, agentes da Receita Federal, Ministério Público e do Judiciário pode-se obter enormes resultados e condenações, não só no âmbito penal, mas também no âmbito da Concorrência Deslegal e da Sonegação, assim como na aplicação de sanções administrativas, que inviabilizam essa mercância ilícita”. Os novos instrumentos legais são um novo rumo e vêm a ser esperança, na visão de Nelson Faria de Oliveira, pois o roubo de carga é um dos fortes componentes do custo Brasil, ao lado dos custos tributários, custos e estelionatos trabalhistas, entre outros que fazem com que o país tenha as maiores dificuldades de exportação de produtos, figurando entre os mais caros do mundos.
A história do roubo de carga não é recente e desde a antiguidade o método foi utilizado como forma de lucro e comércio. Por conseguinte, a figura do receptador é também histórica. Em sua palestra, Nelson Faria de Oliveira lembrou as origens do roubo de cargas desde os piratas que roubavam navios aos bandidos do Velho Oeste Americano, e nos dois casos a penalidade era enforcamento. “No Brasil o roubo de carga como vemos hoje iniciou-se no começo dos anos 70, crescendo a cada ano, sendo certo que estamos atravessando uma das fases mais difíceis, com níveis de roubo de carga nunca antes visto. Nossas transportadoras, seguradoras e indústria enfrentam esse problema, que varia por região”, disse o palestrante. No Brasil, o roubo de cargas vem tipificado nos artigos 157 e 158 do Código penal Brasileiro (Código Penal/ Parte Especial/ Título II Dos crimes contra o patrimônio/ Capítulo II Do roubo e da extorsão). Os receptadores, aqueles que adquirem os produtos oriundos de roubo, são os que motivam e fomentam esse “negócio”, que só apresenta resultados financeiros desde que existam interesses na aquisição desses produtos, que os revendem. A legislação brasileira do Código Penal dá pena de reclusão de um a quatro anos e multa ao receptor de mercadoria roubada. Também não podemos esquecer que esse ilícito enseja ainda o crime de sonegação fiscal. Pela Lei da Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/98), contadores, assessores, auditores ou conselheiros contábeis deverão informar as operações suspeitas aos Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A Lei Anticorrupção (12.846/13) deve impactar o funcionamento, a dinâmica e a cultura empresariais no Brasil, ao fortalecer a ética e a lógica de probidade administrativa. De fato, acrescentou-se ao rol de sanções do Direito brasileiro uma pesadíssima multa administrativa contemplada diretamente na Lei 12.846/13, associada tal multa à responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, a ser imposta através de veículo designado como processo administrativo. “A partir dessa lei, que entra em vigor em fevereiro de 2014, há quem diga que as empresas tornam-se obrigadas a prevenir e descobrir os desvios e transgressões tipificadas como corrupção, transformando-se em colaboradoras do 06
Palestra: Soluções de gestão e gerenciamento que criam valor à cadeia logística
DARCIO CENTODUCATO - Diretor de Logística da PAMCARY A missão do gestor de logística é servir, entregando de forma correta o produto, na quantidade, no local e na hora, sendo socioambientalmente responsável e com menor custo possível. As soluções em seguros e gerenciamento de riscos impactam positivamente no trabalho de servir, e reduzem custos pelo aumento de produtividade. Este foi um dos temas abordados durante o I Simpósio & Expo CIST.
transporte, como corretores, seguradores e demais prestadores de serviços, formas de convencer sobre a i m p o r t â n c i a d o gerenciamento de riscos. “Para os clientes, temos que mostrar que a prevenção garante menores índices de ruptura por roubos, acidentes e avarias; maior confiabilidade do processo de transporte e redução de estoques de segurança; controle dos tempos em trânsito; identificação de problemas e maior rapidez na sua resolução; reputação na prevenção e resposta a roubos e acidentes (em especial com impactos ambientais). A reputação de uma empresa vale muito”. “Para os acionistas, o gerenciamento de riscos representa menor variância do tempo de entrega: menores níveis de estoque, redução de perdas, menores taxas de seguro. O gerenciamento de riscos é valorizado ainda pela sociedade pela prevenção de acidentes com danos ambientais, detecção e resposta rápida em caso de acidentes”.
Darcio Centoducato, diretor da Pamcary – empresa de seguros, gerenciamento de riscos e informações logísticas no transporte de cargas – afirmou em sua palestra que não existe logística sem risco. “Ao passo que os roubos continuam sendo um problema constante, os acidentes crescem acentuadamente. Com base nos acidentes atendidos pela Pamcary, em 2012 foram perdidos R$ 960 milhões com roubos, porém os 8.500 mortos em acidentes nas estradas por ano geram despesas de R$ 8,9 bilhões. O objetivo da gestão de riscos é o investimento em proteção”. O impacto financeiro da prevenção e gerenciamento de riscos de roubos é muito menor, cerca de 10% sobre o frete, e gera satisfação para cliente, acionista, empregado, fornecedor, meio ambiente e sociedade. O palestrante indicou à platéia, composta por diversos integrantes do mercado de seguro 07
I Simpósio & Expo CIST Palestra: O mercado de resseguros no Brasil
PEDRO PURM - Diretor presidente da ARGO SEGUROS BRASIL A abertura do mercado de resseguros foi um divisor de águas e resultou no desenvolvimento de um mercado dinâmico e globalizado. Em 2007, o Brasil operava em monopólio, com apenas uma resseguradora. Em seis anos (2013), o Brasil tem 107 resseguradoras, sendo 14 locais, 34 admitidas e 59 eventuais. Em sua palestra, o presidente da Argo Seguros no Brasil, Pedro Purm, explicou que o processo de abertura, com seus marcos regulatórios, buscou dar incentivo ao mercado local e se preocupou com a segurança das capacidades o f e r e c i d a s . “ Pa r a a resseguradora local – empresa incorporada no Brasil com a finalidade de operar em resseguro e retrocessão –, a única exigência é o capital mínimo de R$ 60 milhões”. Já para a resseguradora admitida – empresa domiciliada no exterior, com um escritório de representação no Brasil – o capital mínimo é de US$ 100 milhões, precisa estar operando no país de origem por mais de cinco anos, ter rating emitido por uma agência de risco com mínimo equivalente a S&P BBB-, conta corrente vinculada à Susep com um valor mínimo de US$ 5 milhões e como limite 20% para o resseguro. No caso da resseguradora eventual – empresa domiciliada no exterior, não em paraíso fiscal, sem escritório de representação no Brasil – o capital mínimo é de US$ 150 milhões, operando no país de origem por mais de cinco anos, com rating emitido por uma agência de risco com mínimo equivalente a S&P BBB, 10% do prêmio anual precisa ser cedido por seguradora (25% para Garantia e Riscos de Petróleo), e como limite 20% para o resseguro. As opções de cessão de resseguro garantem vantagem competitiva para as resseguradoras locais. “A seguradora tem o resseguro limitado ao máximo de 50% do prêmio emitido anual (exceto para
garantia, agrícola, nuclear e crédito). No mínimo 40% de cada cessão de resseguro deve ser colocado com resseguradoras locais e no máximo 10% do prêmio cedido anual pode ser colocado com resseguradoras eventuais. Com crescimento acelerado, as resseguradoras locais têm a maior participação na evolução dos prêmios de resseguro”, disse. O palestrante também destacou que as resseguradoras beneficiam a economia nacional, pois o capital e as provisões são fonte significativa de investimentos no país. O mercado está ainda em processo de formação, evoluindo com o aprendizado da prática. Mas profundas mudanças trazidas pela abertura do resseguro já podem ser observadas, na opinião de Pedro Purm. A abertura do mercado trouxe maior dinamismo ao mercado brasileiro de seguros, possibilitou o lançamento de novos produtos e coberturas, e acirrou a competição, reduzindo as taxas (em geral). Passou-se a diferenciar o bom do mau risco, bons riscos têm melhores taxas e condições e maus riscos podem ficar sem cobertura. Atraiu novos participantes e investimentos do exterior, aumentou a oferta de capacidade. Gerou uma guerra por talentos, está exigindo maior qualificação técnica de subscrição, gerenciamento de riscos e de sinistros e forçando a eliminação da prática de “net underwriting”. Possibilitou uma maior diferenciação de serviços ao exigir dos agentes do mercado o conhecimento das diversas opções (potencial importante para os corretores). Trouxe a necessidade de avaliação de rating das resseguradoras e, por fim, colocou o Brasil no cenário global de resseguros.
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Palestra: Mercado de seguros transportes na américa latina – foco no Brasil
ERIKA SCHOCH - Presidente da ALSUM -Latin American Marine Underwriters Association Em sua palestra, Erika Schoch, presidente da ALSUM - Latin American Marine Underwriters Association, fez uma análise seguro de transportes, baseada em dados estatísticos levantados pela própria entidade. Para ela, o seguro marítimo é o que tem maior potencial de crescimento no mercado de transportes da América Latina. Em 2012, o seguro marítimo movimentou US$ 2.908 milhões na América Latina, o que representa 8,8% em comparação às demais regiões, que movimentaram US$ 33.050 milhões no mesmo período. No Brasil o ramo de carga tem como fatores positivos a cultura de gerenciamento de riscos (especialmente embarcadores), a renovação gradual da frota de veículos de transporte, e o aumento gradual do investimento na infraestrutura (estradas, portos) com reflexos positivos no transporte. Por outro lado, podemos enumerar os pontos negativos: alta incidência de roubos (cargas target) persiste, o aumento gradual no escopo de cobertura de seguro (ex: maiores períodos se armazenagem), as franquias baixas (em alguns casos, inexistente), a baixa qualidade na informação para subscrição, uma possível aprovação do código comercial brasileiro limitando a responsabilidade civil dos armadores poderá refletir no seguro de carga. O ramo de casco no Brasil também possui características próprias. As positivas são que o fortalecimento da marinha mercante nacional e da indústria de construção naval criará mais oportunidades, além disso, grandes armadores se conscientizando da importância em investir em gerenciamento de risco. Por sua vez, pontos negativos se dão por taxas e franquias incompatíveis com a exposição e experiência, o mercado global operando com prejuízos nos últimos 17 anos, excesso de capacidade no mercado de (res)seguros, cobertura desalinhada com o mercado internacional (ex: conceito de ‘perda de frete’), opções limitadas de serviços de vistoria e regulação de qualidade. O ramo de Responsabilidades marítimas no Brasil também foi
analisado pela palestrante. Como aspectos positivos, ela apontou a melhoria gradual dos terminais com o aumento dos investimentos privados, o país ser pouco exposto a catástrofes naturais, e o fato de que os sinistros vultosos nos últimos anos poderão provocar um aumento dos prêmios e investimento em prevenção. Já como pontos negativos, ela acredita que o componente ‘property’ é comumente maior que o relativo às responsabilidades marítimas, os risk reports ainda necessitam de melhoria técnica, há baixa qualidade na informação para subscrição, e os prêmios e franquia são incompatíveis com as exposições (acumulação)” A palestrante analisou ainda o ramo do riscos de petróleo no país. Os pontos positivos são que o fortalecimento da indústria de construção petroleira criará mais oportunidades, e também grandes petroleiras se conscientizando da importância em investir-se em gerenciamento de risco. Já os negativos, taxas e franquias incompatíveis com a exposição e experiência, excesso de capacidade no mercado de (res)seguros, e também opções limitadas de serviços de vistoria e regulação de qualidade.
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I Simpósio & Expo CIST Palestra: A logística e a inovação
PAULO ROBERTO GUEDES - Presidente da VELOCE Inovação somada ao domínio de novas tecnologias garante o aumento de produtividade e, consequentemente, melhoria na qualidade da produção e dos produtos e serviços prestados. Tudo isso aumenta o nível de competitividade de empresas e países, e foi o tema da palestra apresentada por Paulo Roberto Guedes, presidente da Veloce. Segundo o palestrante, o Brasil vem lançando programas para estimular a inovação. Os objetivos são incentivar as empresas a fabricar carros mais econômicos e mais seguros; aumentar a competitividade do setor; e investir na cadeia de fornecedores e em pesquisa e d e s e n v o l v i m e n t o . “O s investimentos chegam a R$ 67 bilhões em engenharia e produção até 2017, contemplando estimulo às pesquisas, aumento do padrão tecnológico e domínio das atividades fabris”, expôs. Porém, como todos os demais setores produtivos brasileiros, haverá muitos problemas logísticos para serem resolvidos em toda a extensão da cadeia produtiva. Na visão de Guedes, os principais motivos, entre outros, são a precariedade em infraestrutura, capacitação e cultura logística. No Índice Mundial de Competitividade (pesquisa do IMD, da Suiça), no qual são avaliados 60 países, o Brasil ficou em 48° lugar em 2012 e caiu para 51° em 2013. Problemas com educação, infraestrutura e necessidade de reformas (tributária, por exemplo) contribuíram muito para a nota baixa final. O desenvolvimento econômico e social está diretamente ligado a pessoas capacitadas. “É impossível um país ou uma empresa melhorar desempenho com equipes mal preparadas, sem condições de gerar ou absorver novos conhecimentos. Portanto,
investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento são imprescindíveis, bem como a melhoria na qualidade do ensino em todos os níveis”, defendeu. Para Paulo Guedes, nos últimos anos tem havido pouca produção de alta tecnologia. “Falta cultura logística. Governantes e empresários devem estar convictos de que a logística tem importância estratégica para suas empresas e governos. Essa cultura precisa ser difundida em todas as áreas empresariais e governamentais, de tal forma que, a ela, se dê a devida e real importância”. “É preciso focar na construção de objetivos convergentes. Mesmo com intereses diferentes, usuários e operadores de logística têm de construir um campo de objetivos convergentes e estabelecer a cultura logística como um valor empresarial. Dentro deste conceito, transformar o operador logístico em parceira estratégica é tarefa de ambos, pois é um esforço que demanda modificação cultural”, ponderou o palestrante. Pelo lado dos usuários, terceirizar não é perder poder. O operador logístico é parceiro e, desde o início, deve ser chamado para participar da elaboração dos projetos, pois a atividade logística é estratégica e tem que ser “cuidada” desde o momento de sua concepção – ‘logística’ não pode ser adquirida como “commodities”. Uma correta medição de desempenho é fundamental para a avaliação da qualidade e dos custos, é preciso entender corretamente a diferença entre gasto e custo total. Já pelo lado do operador logístico, deve-se entender que é parceiro estratégico, integrado à organização do cliente. Assim, ser flexível e adaptar-se rapidamente às mudanças; inovar, mesmo sabendo que assume riscos; buscar soluções para os problemas logísticos a partir das necessidades e exigências do cliente; manter relacionamento transparente e ético, com lealdade e fidelidade comercial; manter área de TI atualizada, equipe capacitada, qualidade, segurança, respeito ao meio ambiente e sustentabilidade; e, sem dúvida, considerar “gestão de riscos” como disciplina empresarial fundamental. 10
EXPO CIST
Exposição das empresas e parceiras do seguro transporte Na proposta do Clube Internacional de Seguro de Transportes de trazer especialistas do mercado para apresentar os conhecimentos nos temas ligados ao ramo, paralelamente ao I Simpósio aconteceu a I Expo CIST. A feira de exposições permitiu o relacionamento entre os participantes do evento, que durante os intervalos das palestras puderam conhecer as novidades de cada patrocinador.
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I Simpósio & Expo CIST
Certificado digital específico para empresas de transportes O I Simpósio & Expo CIST teve todo o apoio do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo). O presidente do CIST, José Geraldo da Silva, é também coordenador da Comissão de Transportes do Sindicato, e trabalhou em nome das duas entidades para trazer grande conteúdo técnico para auxílio do corretor de seguros e dos demais participantes do setor.
Na feira de exposições, o Sincor-SP deu espaço de divulgação para sua Autoridade Certificadora, a AC Sincor. Cada dia mais pessoas e empresas precisam utilizar certificados digitais para realizar procedimentos online e assinar digitalmente. No caso das empresas de transportes, há um produto específico, chamado Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas (CT-e), certificado digital direcionado para quem possui frotas para transporte de cargas. Todos os modais devem utilizar o CT-e: aéreo, rodoviário, aquaviário,
ferroviário e dutoviário. O certificado CT-e é destinado a empresas que emitem documentos fiscais eletrônicos referentes ao transporte de cargas. Permite a emissão dos documentos fiscais referentes ao transporte de carga de forma eletrônica, com validade jurídica, redução de custos de impressão e armazenamento dos documentos fiscais, redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira.
de validação do país, com unidades estrategicamente localizadas, e vem trabalhando para expandir suas operações, a fim de atender o maior número de pessoas e empresas, com facilidade e conforto. O objetivo da AC Sincor é contribuir com o desenvolvimento de aplicações, ampliação de rede de distribuição e popularização do uso de certificados digitais, não somente no mercado de seguros como também em todos os segmentos da sociedade.
O Sincor-SP optou por ter sua própria Autoridade Certificadora para contribuir para que o corretor de seguros pudesse atuar na área de certificação digital como uma Autoridade de Registro (AR), emissora dos documentos, aumentando sua respeitabilidade profissional e, por consequência, sendo um dos maiores disseminadores da tecnologia no Brasil. A AC Sincor tem hoje uma das maiores redes de Autoridade de Registro e postos
Estiveram no estande da AC Sincor da Expo CIST, atendendo às duvidas e explicando sobre as soluções de certificação digital, o coordenador de Tecnologia do Sindicato Clóvis Ka m i n s k a s , e o s u p e r v i s o r d e Infraestrutura da Autoridade Certificadora Edson Belo. O presidente do Sincor-SP, Mário Sérgio, um dos anfitriões do evento, também passou pelo estande da AC Sincor.
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Seguradora especializada em transporte valoriza parceria Além de contar com uma palestra de seu CEO Pedro Purm (com o tema “O mercado de resseguros no Brasil”) no I Simpósio, a Argo Seguros teve destaque na I Expo CIST. O diretor da área de Cargo & Marine da Argo Seguros Brasil, Salvatore Junior, esteve acompanhando o CEO, e exibiu os seguros da empresa para os executivos que passaram pelo estande. “A Argo é uma seguradora especializada em nichos, com uma plataforma eletrônica de última geração, pois visamos atender especialmente o médio mercado. O segmento de seguro de transportes, devido a tantas peculiaridades, requer seguradores altamente qualificados, especialmente por que apresenta grande exposição aos riscos. Dessa forma, estar presente num evento totalmente dedicado a este segmento, por si só, agrega muito à nossa operação”, explica Salvatore Junior. “O evento do CIST excedeu nossas expectativas, os temas abordados pelos
especialistas foram muito esclarecedores, temas atuais que requeriam discussões de alto nível, como pudemos constatar. E ainda tivemos em nosso estande visitantes que integram a indústria de seguros, fazendocomo atingíssemos o nosso principal objetivo institucional”. Salvatore Junior conta que a atuação do Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) vem ao encontro do trabalho da seguradora. “A parceria da Argo com o CIST é de mão dupla. Nos ajuda a promover nossa marca, pois somos uma seguradora especializada no ramo de transportes, e podemos ainda contar com o suporte técnico dos profissionais CIST através dos seus pareceres das comissões técnicas”. No Brasil, a Argo Seguros foi fundada em 2011 como uma nova subsidiária do Argo Group Internacional, que iniciou expansão internacional em 2007. Sediada em São Paulo, oferece ampla gama de seguros 13
especiais, bens patrimoniais e responsabilidade incluindo seguro profissional, transportes, riscos de engenharia, patrimonial e seguro garantia. Além disso, implementa uma abordagem centrada no cliente, criando soluções inovadoras para suas necessidades. O Argo Group International é uma companhia de seguros com 60 anos de atuação, com origem nos EUA (Califórnia, Texas) e matriz em Bermuda. Companhia multinacional de alcance global, conta com 1.300 funcionários em 8 países e 28 localidades, com exposição a riscos em 134 países.
I Simpósio & Expo CIST
Tecnologia focada em seguradoras e corretoras de seguro transporte A AT&M é uma empresa de tecnologia especializada no segmento de transportes, que tem seguradoras e corretoras de seguros como clientes, desde que foi fundada, em 1996. Em seu estande na I Expo CIST, a AT&M exibiu seus principais produtos.
Como uma de suas filosofias, a AT&M defende que é inevitável a melhor aproximação de uma empresa com seus clientes e fornecedores, o que se dará através dos sistemas de informatização, reduzindo tempo, recursos e otimização dos meios de troca, seja de bens ou de serviços. Face a isso, tem contribuído para o sucesso da empresa aliar a todos seus aplicativos à comunicabilidade remota de dados, por todos os meios disponíveis de conexões, integrando os negócios entre parceiros e unificando unidades via sistemas.
de tratar o processo de seguro nacional de cargas. De acordo com os expositores, este produto oferece agilidade, redução de mão de obra, redução de custos operacionais e integração com os sistemas e processos da seguradora e/ou corretora. A solução não exige nenhum equipamento especial, valendo-se da infraestrutura existente na embarcadora e/ou transportadora, e é composta de um conjunto de hardwares, softwares e serviços especialmente desenvolvidos para esta finalidade. Outro destaque apresentado foi o Sistema ETrans©, desenvolvido para automatizar os processos de ocorrências na entrega e de cobrança para transportadoras. A solução permite que o cliente inclua novas ocorrências por nota fiscal, gere documentos de cobrança e os envie online numa interface amigável. Os demais serviços prestados pela AT&M também foram expostos no estande: Outsourcing Services (terceirização de mão de
Uma das soluções apresentadas foi o Sistema de Averbação Eletrônica, que realiza a captura e transmissão de dados, como uma solução completa, segura e inviolável 14
obra especializada, processamento e recursos de teleprocessamento), Information Services (bancos de dados para consulta, aplicações online e acesso à internet, aplicações ASP), Automation Services (automação de lojas com consolidação das bases de dados na matriz via transmissão de dados, automação de vendas, integração industrial nas áreas de produção, expedição, comercial e financeira), Timestamping services (hardware com mecanismo de proteção - AT&M TC, softwares de check e criptografia) e Sistema de Gestão Comercial – SGC (aplicação destinada à informatização de lojas e atacadistas).
Prevenção de riscos e monitoramento da carga transportada Maior gerenciadora de riscos independente do Brasil, na área de transportes a Buonny tem como missão maximizar a segurança da carga transportada, antecipando medidas de segurança para detectar e prevenir riscos nas operações de logística de produtos.
A empresa efetua vistorias de sinistros de transporte nacional e internacional, faz análise do perfil profissional dos motoristas carreteiros e também tem um programa de qualificação técnica e comportamental dos motoristas. Sua central de monitoramento 24 horas acompanha em tempo real as cargas. Esse processo garante segurança e apoio logístico ao permitir a visualização dos veículos, a troca de mensagens e o envio de comandos que possibilitam a tomada de medidas preventivas ou corretivas a partir da central de monitoramento.
empresa, o executivo é presidente da Gristec (Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento) e do Sindirisco (Sindicato Nacional das Empresas de Gerenciamento de Riscos e das Empresas de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento). Na Expo CIST, a Buonny apresentou o portal de relacionamento Amigos da Carga (www.cartaoamigosdacarga.com.br), criado em parceria com a Repom, pioneira na gestão de soluções para o gerenciamento de frete. O site é um novo canal de comunicação do cartão Repom Buonny Amigos da Carga, desenvolvido em parceria pelas empresas e destinado à gestão eletrônica do pagamento de frete. Trazendo informações sobre a nova legislação e com áreas específicas voltadas ao caminhoneiro, transportador e corretor, o Amigos da Carga tem o objetivo de informar e estreitar o relacionamento entre todos os envolvidos neste processo.
Cyro Buonavoglia, diretor geral e sócio fundador da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários, esteve no estande da empresa na I Expo CIST. Além da diretoria da 15
O cartão Repom Buonny Amigos da Carga, desenvolvido como ferramenta para gestão de pagamento de frete, oferece ao mercado uma solução completa para viabilizar a adequação às exigências da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), por meio da resolução n°3658 que determinou o fim da Carta-Frete, pois possui características que permitem atender as necessidades específicas do mercado de transporte e benefícios para seus membros. Para as empresas, possibilita fazer a gestão do Pagamento de Fretes com controle de todas as operações via internet durante o transporte, possibilitando a otimização de processos e redução de custos. Já no caso dos caminhoneiros, facilita: recebimento de frete, consumo e saques na rede Repom e conveniadas; transferência de recursos para sua conta corrente; entrega da documentação do frete em mais de 800 postos da Rede Repom, além de atendimento e suporte 24 horas para suprir as necessidades na estrada.
I Simpósio & Expo CIST
Seguradora com a melhor sinistralidade em Transportes A Liberty Seguros registrou, em 2013, o melhor índice de sinistralidade no ramo de seguros de transportes entre as oito companhias do setor com arrecadação superior a 100 milhões de reais.
“O mercado de seguro de transportes apresenta alta competitividade porque há diversas companhias já consolidadas no ramo, mas a concorrência crescente é resultado da operação de novas se g ur a d o r a s“ , a c r e d i t a M a r c e l o Anacleto, diretor de Transportes da Liberty Seguros. Ele ressalta que a empresa cresceu 12% em 2013, período em que o mercado evoluiu 2% em média.
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Para Anacleto, o principal desafio da carteira é o grande número de roubos de carga. “Esse ainda é o principal desafio da carteira, mas contamos com uma área de inteligência focada na questão, verificando as empresas de gestão de riscos e a tecnologia utilizada, bem como a operação dos segurados. O objetivo é a implementação de planos de gerenciamento, em conjunto com a logística, para mitigar os riscos.” Para quem deseja comercializar os
Durante a I Expo CISTO, a empresa apresentou seu portfólio de produtos voltados para a área de transportes, que inclui seguros para embarcadores e transportadores voltados para importação e exportação. A seguradora atua no Brasil e nos demais países do Mercosul, cujos membros plenos são 16
produtos de Transportes, Marcelo afirma que a Liberty desenvolve trabalho de inclusão de parceiros de distribuição, por meio de célula dedicada ao pequeno e médio corretor através da atuação especializada de um gestor com um subscritor.
Sistemas para controle e mais segurança à carga serviço e motor aceleração e freada bruscas, pontuação e ranking dos motoristas, entre outros.
A Pósitron, marca da PST Electronics, líder em segurança automotiva e referência no desenvolvimento de soluções tecnológicas em rastreamento e segurança eletrônica, apresentou na I Expo CIST suas soluções para o segmento de transportes. Com abrangência nacional, o Pósitron Dual é utilizado para o controle e segurança do veículo, do condutor e da carga. Trata-se de um rastreador híbrido com localização via GPS, comunicação
através do modem GSW/GPRS, duplo SIM card e opção para inclusão do terminar satelital, com pacotes de comunicação nacional e internacional. Desenvolvido e fabricado internamente, o equipamento Pósitron permite a integração da telemetria sem troca ou inclusão de equipamentos e a integração com sistemas do cliente (ex.: ERP). Sua inteligência possibilita criar pontos de controle e de interesse; cerca poligonal; definição de rotas; regras de segurança e macros. Com o serviço de telemetria (opcional), é possível realizar o acompanhamento do desempenho do veículo da condução do motorista; gerenciar a frota de modo a obter economia operacional e prevenção de acidentes; controlar a jornada de trabalho; emitir relatórios de velocidade (seco e chuva), hodômetro, RPM, freio de 17
A unidade de Rastreamento da Pósitron firmou no ano passado parceria com o SINDICARGA (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro), tornando-se uma das empresas sócio-mantenedoras do sindicato. Um dos objetivos é trabalhar forte com o mercado do Rio de Janeiro, onde estão mais acentuados os roubos de cargas. A PST Electronics, fundada em 1988, é uma das maiores fabricantes de alarmes do mundo e líder em segurança a u t o m o t i v a n a A m é r i c a La t i n a . Atualmente, a empresa possui fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM) e uma filial em Buenos Aires, na Argentina. Desde 1997, a companhia integra o Grupo Stoneridge, com presença predominante na Europa, EUA e Ásia.
I Simpósio & Expo CIST
Minimizando problemas após os sinistros de seguro transporte A Serra & Company é uma prestadora de serviços para o mercado de transportes que atua na vistoria, regulação e liquidação de sinistros, reduzindo os problemas neste momento crucial para o seguro. Em seu estande na I Expo CIST, a empresa apresentou seus principais serviços. Em transportes (nacional, internacional e RCT-RC), a Serra & Company realiza atendimento em portos, aeroportos e SOS carga, em regime de plantão 24 horas, proporcionando resgate, socorro e salvamento de carga, em todo o território nacional. Elabora vistorias, certificados de vistoria e relatório de regulação dentro dos padrões exigidos pelos órgãos resseguradores. Em property (seguros corporativos, riscos operacionais/ nomeados e responsabilidade civil), realiza vistorias e elaboração de relatórios contendo completa
apuração de causa, circunstâncias e fixação de prejuízos, tudo de conformidade, com o contrato de seguro. Para serviços de averiguação e sindicância a empresa dispõe de profissionais capacitados, que trabalham com sigilo e descrição, nos ramos da vida, automóvel, transportes, e ramos elementares. A Serra & Company também atua na área de perícias, com a emissão de laudos avaliados por peritos, engenheiros e profissionais qualificados nas modalidades: engenharia civil, mecânica, eletroeletrônica, engenharia elétrica, química e outros; auditoria contábil e fiscal; exames laboratoriais por órgãos reconhecidos em âmbito nacional e internacional. O presidente da empresa, José Carlos Serra, esteve pessoalmente no I Simpósio & Expo CIST e afirmou que a repercussão do evento
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foi muito satisfatória.“Ficamos ainda mais em evidência para o nosso mercado, tivemos muitas visitas em nosso estande”, garante. “Fizemos uma apresentação de todo nosso programa de serviços, de forma bem reduzida, para todos que queriam conhecer, além da entrega dos brindes”. Para o presidente da Serra & Company, a criação do CIST foi benéfica ao mercado. “Vemos nossa atuação com o CIST com bom olhos, entendemos que a entidade é uma boa referência para o mercado de seguros de transporte, portanto temos muito interesse na continuidade e no crescimento da parceria”.
Novidades para monitoramento rastreamento de caminhões e cargas O Grupo Tracker, maior empresa de rastreamento e monitoramento de veículos no Brasil, apresentou seus produtos e serviços durante a I Expo CIST. Segundo o vice-presidente Ronaldo Megda, que também é diretor de Tecnologia do CIST, um dos principais diferenciais da empresa é a cobertura internacional que pode localizar os veículos ou cargas que são roubados no Brasil e que atravessam fronteiras.
“Mostramos na Expo CIST a nova versão do GPS/GPRS com sensores e atuadores para caminhões que acabamos de lançar e que foram desenvolvidos especificamente para gerenciadoras de risco, frotistas, empresas de transporte e logística,” conta Megda. Os novos atuadores, que podem acompanhar os produtos GPS/GPRS e o Tr a c k e r L o g , p e r m i t e m v á r i a s alternativas para monitorar caminhões e carretas. “Os produtos baseados na
tecnologia GPS/GPRS auxiliam os gestores de veículos e frotas em tudo aquilo que antecede o roubo ou furto da carga, podendo acionar sirenes quando as portas da cabine do passageiro, do motorista ou do baú forem abertas antes do previsto, por exemplo”, explica Megda. A partir de uma central de gerenciamento, podem receber um comando para abrir ou fechar as travas instaladas nas portas, dependendo de regras préestabelecidas pela empresa. Já com os sensores, a empresa pode controlar a temperatura do baú, essencial para empresas de transportes de perecíveis, se houve conexão ou desconexão da parte articulada do veículo (sensor de engate), até a leitura da RPM do veículo. “Todas essas informações são recebidas online. Por isso conseguimos emitir relatórios para gerenciamento de riscos e conduta dos motoristas nas estradas”, completa. 19
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A empresa também expôs os produtos para rastreamento. Neste caso, a tecnologia utilizada é a radiofrequência, considerada a melhor solução para recuperação de veículos e cargas roubadas. “Esta tecnologia nos permite atuar após a ocorrência do roubo, podendo localizar veículos ou cargas mesmo em lugares fechados, já que transpõe barreiras. Além disso, é imune a ação de inibidores de sinais (jammers ou capetinhas)”, afirma. “Tivemos bons resultados com o evento, criamos um mailing através de um sorteio realizado e estreitamos o relacionamento com alguns corretores e seguradoras. Participamos também de algumas reuniões pós-evento”, declara Megda. “Temos ótima relação com o CIST. Além de participar do Simpósio, já trocamos informações referentes às tecnologias disponíveis e acreditamos que é um grupo com alto potencial de desenvolvimento no mercado de transportes”.
I Simpósio & Expo CIST
Novas soluções para a gestão do transporte de cargas A Techis é uma prestadora de serviços especialista em oferecer ao mercado transportador brasileiro soluções verdadeiramente inteligentes, baseadas no desenvolvimento contínuo de sistemas com recursos de inteligência artificial, assegurando tanto a otimização de custos quanto o aumento de eficácia nas operações de rastreamento, segurança e logística no país. Na I Expo CIST, a Techis apresentou seu produto de destaque, o SOS First, uma plataforma integrada de apoio à gestão no transporte de cargas composta por três módulos: gestão do risco, gestão de viagens & frotas e gestão da jornada do motorista.
operações para decisões rápidas e precisas; contingência 24x7 através de central de dados dedicada, assegurando que tanto a comunicação como a atuação sejam realizadas de forma ininterrupta, no caso de quedas nos sistemas dos clientes.
seguros e corretores), e obter um feedback positivo que nos motiva ainda mais a prosseguirmos em nossa missão de contribuir de maneira transformadora, através da inovação e tecnologia, para o sucesso de nossos clientes e parceiros”.
Entre os diferenciais do SOS First, a Techis destaca: atuação online, automática e simultânea dos eventos e alertas relacionados a riscos, viagens e jornada do motorista, bem como a outros processos na gestão do transporte de cargas; comunicação próexecutiva e imediata para toda a estrutura decisória da empresa, dando visibilidade das
O presidente da Techis, Antonio Clemente, levou ótima impressão do evento. “O Simpósio & Expo CIST foi marcado pela excelente organização e relevância dos temas abordados para o público-alvo. Chamou a atenção positivamente o fato de já em sua primeira edição ter reunido um grupo tão seleto de participantes, que certamente encontraram um ambiente extremamente propício para troca de experiências e oportunidades de negócios”, declara.
Para Antonio Clemente, o CIST tem sido um canal de extrema relevância para que a Techis leve ao conhecimento do mercado os benefícios advindos de soluções tecnológicas. “Desta maneira, o CIST se posiciona como incentivador de extrema relevância de iniciativas baseadas em tecnologia que venham a agregar valor às atividades e operações de seus associados”.
“Neste sentido, a Techis teve a oportunidade de apresentar sua proposta inovadora a formadores de opinião no mercado de transporte de cargas nacional, particularmente ao mercado segurador (companhias de 20
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Carreira de Sucesso 45 anos de dedicação ao seguro de transporte na mesma empresa Uma grande empresa é feita de grandes profissionais. Contar com o trabalho dedicado de um funcionário ao longo de 45 anos é para poucos. O resultado só poderia ser o melhor possível.
Camillo foi aprender outros ramos de seguros. “Fiquei durante cinco ou seis anos cuidando de alguns clientes estratégicos da área de propriedades, mas nunca deixei a de transportes”.
Há 45 anos Mauro Antonio Camillo foi contratado para seu primeiro emprego. A empresa mudou de nomes e composições, mas ele permaneceu. Hoje, Mauro Camillo, como é conhecido em todo o mercado, é o diretor responsável pela área de transportes da Aon Risk, empresa especializada em seguros de importação, exportação, transporte nacional, cabotagem, fluvial e aéreo nacional.
“Em 1987, A Alexander adquiriu 50% da Macfarlane & Associados e passou a se chamar Alexander Macfarlane Corretora de Seguros Ltda. Em 1997, A Alexander adquiriu os outros 50% da Macfarlane e passou a se chamar Alexander & Alexander.Finalmente, ainda 1997, a Aon adquiriu a Alexander & Alexander mundialmente. Talvez agora possam entender um pouco melhor quando eu digo que tudo isso foi e é a única empresa onde trabalhei todos esses 45 anos!”, diz animado.
Quando ingressou na empresa a área de transportes contava com apenas três funcionários, hoje Mauro Camillo comanda mais de 20. Segundo ele, atualmente a Aon representa 12% do volume do mercado de transporte nacional, e nos últimos cinco anos a empresa tem apresentado crescimento de mais de 10% por exercício.
Mauro Camillo é um dos profissionais mais tradicionais da Aon e do setor de transportes. “O segundo profissional mais antigo da Aon tem 39 anos de empresa, mas ele saiu eu voltou, não foi uma carreira contínua como a minha. Eu sempre digo que mudaram as empresas mas eu permaneci sentado na cadeira”.
A carteira profissional de Mauro Camillo traz como primeiro registro a contratação em 11 de fevereiro de 1969 pela empresa Wood & Cia Ltda. “Comecei como office-boy, cargo no qual fiquei por apenas três meses, pois logo fui desenvolvendo novas funções, chegando rapidamente à área de seguro transporte”, afirma.
“Tenho que agradecer muito e a muitos colegas. No lado pessoal, primeiramente a Deus por ter me dado saúde para fazer tudo que fiz nos 45 anos, e aos meus pais, que embora não tiveram condições de me dar uma situação financeira privilegiada, me deram educação e instruções para seguir o melhor caminho. Também agradeço minha esposa, que sempre esteve comigo nos bons e maus momentos, ajudando e apoiando e, finalmente, aos meus queridos filhos, hoje educados, estudiosos e trabalhadores”.
Ele sabe de cor toda a história da empresa. “Em 1971, a Wood & Cia Ltda foi desmembrada em Wood Seguros Ltda e Wood Macrae Corretores de Seguros Ltda. No final de 1972, o Sr. Wood iniciou as negociações para que a Wood Macrae fosse a representante da Alexander & Alexander no Brasil, o que aconteceu no ano seguinte”. Em seu terceiro ano de empresa já passou a ser o chefe do departamento de transporte. “E aí comecei a crescer, a fazer cursos”. Hoje, Camillo é formado em Administração de Empresas, e ainda possui cursos de Importação e Exportação, Comércio Exterior e Marketing de Seguros. “Em 1975, a Wood Macrae contratou Alastair Macfarlane, que logo em seguida passou a ser o responsável pelo relacionamento e negócios da Alexander & Alexander. A Wood Macrae não concordou com a ideia de ampliação e modernização da corretora, então a Macfarlane tornou-se representante da Alexander & Alexander, cuja operação teve início em julho de 1983 em novo endereço. Por questões de registros junto à Susep, a Macfarlane & Associados iniciou suas operações com o nome Amparo Corretora de Seguros. Em pouco tempo, com a situação regularizada junto à Susep, todos registros foram transferidos para a Macfarlane & Associados”. Quando atingiu 15 anos de empresa Mauro 28
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Combate ao crime Governador de São Paulo sanciona Lei para coibir receptação de carga
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou no dia 17 de janeiro de 2014 o Projeto de Lei nº 885/2009, que cassa o registro no Cadastro do ICMS das empresas envolvidas na receptação de cargas roubadas ou furtadas. O PL era uma expectativa do CIST, abordada em palestra de Nelson Faria Oliveira no I Simpósio (confira na página 6).
possibilidade fomentava o aumento de delitos e atrapalhava a livre concorrência entre empresas legais”, detalhou Grella. O estabelecimento ainda será multado em duas vezes o valor dos produtos frutos de roubo ou furto. Caso não seja possível comprovar a origem destes produtos, eles serão incorporados ao patrimônio do Estado. O valor arrecadado com os itens irregulares será investido no combate ao roubo e furto de cargas. A lei entra em vigor na data de sua publicação.
“Essa lei é extremamente importante porque ela vai em cima do receptador. A maneira mais eficiente, mais eficaz de reduzir roubo e roubo de carga, é não permitir a ação do receptador. Nós estabelecemos uma legislação em que o receptador, aquele que vender carga roubada, produto roubado, além de pagar uma multa duas vezes o valor do produto, tem a inscrição, o cadastro do ICMS cassado, não podendo operar no Estado de São Paulo”, disse o governador Geraldo Alckmin.
O presidente da FETCESP, Flávio Benatti, falou da importância da lei para o setor. “Para enfrentar o grave problema do roubo de cargas são necessárias ações de resposta em dois níveis estratégicos: o jurídico e o operacional. Sob a ótica operacional já temos o Procarga e a criação de núcleos de combate aos delitos de carga em todas as delegacias seccionais do Estado. Mas é sob a ótica da normatização legal que estamos comemorando as maiores conquistas neste início de ano”, ressaltou.
Alckmin ainda destacou ação similar, promovida pelo Governo do Estado, para o setor de combustíveis. “Nós tínhamos muito posto de gasolina vendendo combustível adulterado, fraude volumétrica, fraude fiscal e não adiantava multar porque eles eram laranjas, não pagavam as multas. A hora que cancelou a inscrição moralizou o setor”, completou o governador.
Benatti também se referia à importância da Lei dos Desmanches, sancionada no dia 02 de janeiro. “O setor que perde cerca de 1500 veículos de carga por ano no Estado de São Paulo, recebeu a medida com grande satisfação. Estamos esperançosos que dias melhores virão com relação ao roubo de cargas. Com as novas leis os responsáveis pela repressão a esses delitos têm plenas condições de cumprir suas funções”, concluiu.
Segundo a lei, uma empresa será punida caso adquirir, transportar, estocar ou revender quaisquer bens de consumo, gêneros alimentícios ou outros produtos industrializados fruto de crime. “Esta é uma iniciativa que vai resultar numa redução não só dos furtos e roubos de carga, mas numa diminuição também dos crimes contra os veículos”, ressaltou o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. A punição prevista é a cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que impede os proprietários de exercerem o mesmo ramo de atividade pelo prazo de cinco anos. Também são impedidos de pedir a inscrição de nova empresa pelo mesmo período.
A Lei dos Desmanches intensifica o combate aos furtos e roubos de veículos e também ao latrocínio, que está relacionado aos roubos de carros em 50% dos casos. “Será necessário fazer um ciclo completo: desde o desmonte regular dos carros até a venda ao consumidor”, relembrou o governador. Para vender peças de carros, as empresas terão que manter cadastro no Departamento de Trânsito (Detran) e na Secretaria da Fazenda. Quem descumprir o regulamento ficará impedido de trabalhar nesse ramo. Também poderá ser aplicada multa entre R$ 10 mil e R$ 30 mil.
A nova lei vai contribuir também com a economia do Estado. “A mercadoria roubada, quando vendida, não inclui os impostos. Essa
Com informações de órgãos oficiais do Governo 30
Entrevista União para a troca de conhecimento O executivo Salvatore Júnior, diretor de Cargo & Marine da Argo Seguros, participa da ALSUM, a Associação Latino americana de Subscritores Marítimos. Na entrevista a seguir, ele conta mais sobre a entidade sem fins lucrativos capitalizada por empresas seguradoras e resseguradoras com presença na América Latina, que reúne um seleto grupo de subscritores especializados em seguros de transportes. Confira! CIST News – Como a ALSUM foi constituída ? Salvatore Júnior– A ideia de se criar uma associação de subscritores de seguros marítimos foi concebida em setembro de 2010, durante a realização do Simpósio Ibero-americano de Transportes que ocorreu em Bogotá. Neste evento se evidenciou a falta de padronização de subscrição na América Latina, que basicamente aplica os padrões Americanos e Europeus. CN – Que sua função na entidade? SJ – A função da entidade é prover informações, cursos de capacitação nacional e internacional para toda a indústria de seguros na América Latina.Já a minha função é representar a ALSUM no Brasil visando à implementação de tais objetivos.
infraestruturas aquecidos, a linha apresenta crescimento contínuo. Acreditamos que potencial de crescimento se manterá aquecido. CN – Como será a parceria com o CIST, divulgada no I Simpósio? SJ – Estamos em franca negociação, mas adianto que a parceria poderá ser muito boa para o mercado porque as duas entidades têm osmesmos princípios e objetivos: capacitação.Estamos estudando um modo de juntar forças, mantendo o principal objetivo das associações, que é a capacitação. A ALSUM está muito adiantada no desenvolvimento da sua plataforma tecnológica, e-learning. O CIST tem o conhecimento do mercado local, e já esta prestes a lançar o primeiro curso de transportes “online”, portanto, estamos estudando essas possibilidades. Há ainda outro tema em discussão, saiba que gerenciamento de riscos em diversos países da América Latina ainda é novidade (!!). O Brasil está muito avançado neste serviço, então, seguramente poderá ser um dos temas que o CIST irá desenvolver com a parceria. Em outras palavras, juntos poderemos levar o nosso conhecimento local para esses mercados.
CN – Qual a relevância do transporte marítimo no mercado brasileiro? É diferente de outras regiões? SJ – É um dos prêmios ramos de seguro, com muita relevância em face ao resultado positivo que apresenta. CN – Quais as particularidades do seguro marítimo? SJ – O ramo de seguro transportes é muito específico, requer especialização dos corretores e seguradores. As apólices são cuidadosamente elaboradas para cada operação e requerem dos subscritores de riscos conhecimento em Logística, Comércio Exterior e, ainda, conhecimento e especialização em gerenciamento de riscos.
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CN – Qual o potencial de crescimento desse segmento no Brasil? SJ – Este segmento tem ligação direta com a economia: se a economia vai bem, com consulto interno e projetos de
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Entidades em parceria Comissão transportes FenSeg alerta para mudanças na forma de subscrição e aceitação de riscos A Federação Nacional de Seguros Gerais, FenSeg, reúne representantes de seguradoras para trabalhar por avanços nas discussões do mercado, ampliando a representatividade do segmento de transportes. A Comissão Técnica de Transportes, presidida desde 2011 por Paulo Robson Alves, que é também diretor do ramo na Zurich, é uma das mais atuantes da casa. “Mais do que representar o mercado de transporte, nosso objetivo dentro da comissão é apresentar soluções inovadoras que acompanham as necessidades dos segurados e corretores de seguros”, ressalta.
“Quem não se lembra do colapso dos portos em função da estrutura precária, burocracia documental e custos logísticos que encarecem a operação tornando o valor das mercadorias menos competitivo, já que o custo operacional é repassado para o preço final do produto?”, indaga Paulo Robson. Essa falta de infraestrutura acaba por impactar também o seguro de transporte de carga no Brasil.
Uma das recentes análises do grupo presidido por Paulo Robson concluiu que o seguro de transportes, que já foi considerado o ramo nobre durante muitos anos, vem sofrendo constantes modificações no que diz respeito à subscrição e aceitação dos riscos. Somente conseguem colocação para os seus riscos os segurados que investem em melhorias nas suas operações, adotando o chamado“gerenciamento de riscos”. No entanto, muitos ainda cometem o equívoco de entender que as soluções de gerenciamento de riscos são mitigações relacionadas apenas ao risco de roubo quando, na verdade, o roubo é um dos componentes desse gerenciamento, que integra uma apólice de seguro de transportes.
O especialista alerta que no momento da subscrição dos riscos, todos esses componentes devem ser levados em conta, naturalmente associados a um conjunto de outras informações, de forma a que o corretor de seguros e a seguradora possam entender a exposição da mercadoria aos riscos, sugerir a cobertura adequada e calibrar corretamente a taxa e franquia.
Além do risco de roubo, lideram o ranking da natureza dos sinistros uma frequência muito grande de acidentes, como tombamento, colisão e capotamento, ou ainda riscos de molhadura, má estiva e queda de carga.
“A dinâmica de nossa carteira requer respostas rápidas e precisas e, ainda, poder de decisão, sempre com uma boa dose de flexibilidade, pois se o risco não for avaliado corretamente poderá refletir nas condições oferecidas aos segurados e, consequentemente, impactar nos resultados obtidos, muitas vezes diferentes do planejado”.
As causas são as mais diversas como, por exemplo, qualidade e infraestrutura das estradas, falta de planejamento das viagens, despreparo dos motoristas, amarrações inadequadas e embalagem imprópria para o transporte.
Assim, cada vez mais, o trinômio segurado, corretor e seguradora se faz importante. “Devem estar bem próximos e perseguindo a mitigação de riscos. Afinal, o seguro de carga tem por objetivo restabelecer o equilíbrio econômico do segurado em decorrência das imprevisibilidades”.
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Artigo Rodovia x Ferrovia ou Rodovia + Ferrovia? Por Samir Keedi É de conhecimento geral que há tempos o país vem travando uma luta desnecessária, tendo de um lado a rodovia e de outro a ferrovia. A perda com isso é de ambos os modos, em especial, da sociedade brasileira.
de cada um significa apenas dividir a carga de modo a que, ambos, e mais a sociedade, possam tirar disso o melhor proveito.
A ferrovia teve início em 1854, e prosperou até o final da década de 40 do século XX. Quando atingiu o seu ápice em tamanho, com 36.000 quilômetros. A partir dai decresceu, tendo hoje 29.000 quilômetros. Podemos conjecturar que sua decadência deveu-se à chegada da indústria automobilística. O que ocorreu na década de 50 do século passado.
A lógica manda que a ferrovia tenha a carga que deve ser transportada a grandes distâncias, com isso reduzindo seus custos finais. A rodovia, por sua Samir Keedi, Bacharel vez, deve ficar com a carga em economia, professor a ser transportada entre da Aduaneiras e pequenas distâncias. Com universitário e autor de limite julgado ótimo, de diversos livros e artigos máximo de 400/500 sobre comércio exterior. quilômetros. Num jargão popular, bastante conhecido “cada macaco no seu galho”. Em que todos ganham sem ninguém perder.
Mas, não pretendemos colocar a indústria automobilística como responsável pela decadência da ferrovia, não faz sentido. Assim, obviamente, essa maravilhosa indústria merece todos os nossos elogios. Até porque, se tivéssemos que escolher apenas um modo de transporte entre todos, eliminando os demais cinco modos, ele seria o veículo rodoviário, sem qualquer dúvida. E pela simples razão de que ele é o único veículo capaz de fazer transporte ponto a ponto. E permite a distribuição de mercadorias levando-as à população em quase todos os lugares.
E vide que essas distâncias, além de boas para o custo final de transporte e, por consequência da própria mercadoria, são também ideais para o próprio transportador rodoviário. Aplique-se a isso o mesmo raciocínio que ocorre numa corrida de táxi. Em que as viagens mais curtas são mais rentáveis do ponto de vista preço/quilometragem em face da bandeirada.
Assim, é fácil imaginar o que teria ocorrido com a economia brasileira, e sua chance de crescimento, o que ainda pode acontecer, se dermos mais atenção à ferrovia. E se a utilizarmos nas longas distâncias. Essa mudança na matriz de transporte, com transferência de cargas do modo rodoviário para o ferroviário, significaria, de imediato, uma redução nos custos de transporte. Implicando em mercadorias a preços menores nas prateleiras do varejo, com mais consumo, pois é isso que ocorre com qualquer renda extra.
Portanto, fácil verificar que se o transportador rodoviário realizar apenas transportes de curta distância, maior será a sua receita relativa, cobrindo melhor seus custos. Assim, o ideal seria a sua perda de cerca de 25/30 pontos percentuais, ou metade de sua carga. Portanto, ficando com apenas cerca de 30% da carga a ser transportada, aquela de ligação com outros modos e de distribuição.
Assim, não há como se discutir a importância da ferrovia e o que ela pode representar ao país. Portanto, devemos lamentar o Estado ter relegado a ferrovia a essa situação, imaginando-a descartável até 1996. Mas, nem tudo está perdido, já que o Estado foi obrigado a privatizar as suas operações. A ferrovia renasceu a partir disso, tendo passado de 18% a 26% da carga entre 1996-1999 até 2013.
Deixando para o transporte ferroviário a realização da transferência da carga a grandes distâncias, e com preços mais baixos de fretes e mercadorias - cuja consequência é o aumento da atividade econômica - a economia seria alavancada e cresceria mais sustentadamente.
É bom que tanto a rodovia quanto a ferrovia se conscientizem da importância da distribuição de mercadorias para um país como o nosso. Em especial do quanto vale o povo brasileiro, que é a razão de ser de qualquer ação econômica nacional. E o nosso comércio exterior.
Assim, não é difícil perceber que os transportes rodoviário e ferroviário não são, em qualquer hipótese, antagônicos, mas complementares, e cada um precisa do outro. Dessa forma, os dois juntos representam uma poderosíssima arma de logística a serviço da economia nacional. Em que cada um deles deveria investir no outro, por puro interesse econômico.
Assim, uma união entre os dois modos apenas traria melhorias e crescimento para ambos. Se houver uma conscientização, e essa levar a uma divisão coerente da carga, com cada um fazendo aquilo que é melhor, ambos ganharão. Não é necessário que, para que um lado ganhe, o outro tenha que perder e, isso, hoje, já é um pensamento mais comum e aceito. Utilizar as competências adequadas
Samir Keedi: "Há cerca de 2.000 anos um revolucionário mudou o mundo. Acorda Brasil!" 34