Memória Anual CLAC 2017 (versión portugués)

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MEMÓRIA ANUAL 2017


EQUIPE OPERATIVA CLAC


Conteúdo Editorial Palavras da Direção Executiva Conselho Diretivo Fortalecimento e Desenvolvimento Comisão de Normas Rede de Trabalhadores(as) Produção e Mercados MEL, Avaliação, Monitoramento & Aprendizagem Incidência Programas e Projetos CLAC Gênero e Inclusão Juvenil Cumprimento Social Soberania Alimentar Mudança Climática Resumo Execução Financeira 2017 Desde as Coordenadoras

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Glossário CLAC Coordenadora Latino-americana e do Caribe de Pequenos Produtores(as) e Trabalhadores(as) de Comércio Justo CN Coordenadora Nacional FTA Fairtrade América IICA Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura NFO´s Organizações Nacionais de Comércio Justo (National Fairtrade Organizations, por sua sigla em inglês OPP Organização de Pequenos Produtores OP´s Organização de Produtores SCAA Specialty Coffee Association of America SCAE Specialty Coffee Association of Europe SCAJ Specialty Coffee Association of Japan WFTO World Fair Trade Organization SWP Projetos do Sistema Global (por sua sigla em inglês) FI Fairtrade Internacional


Editorial

Construindo uma América Latina empoderada para enfrentar os desafios do futuro.

E

m 2017 os produtores(as) e trabalhadores(as) da América Latina e do Caribe sofreram novamente grandes perdas devido às mudanças climáticas em um contexto de mercado que cada vez mais é caracterizado pela crescente concorrência e pressão dos baixos preços. Esta situação requer de medidas que só podemos construir junto com as Redes de Produtos, Rede de Trabalhadores(as) e as Coordenadoras Nacionais de CLAC. Em resposta aos desafios do mercado quanto a vendas Fairtrade e os preços, e tendo em consideração nossa estratégia de melhorar a renda de pequenos(as) produtores(as) e trabalhadores(as) para assegurar os níveis de vida mais dignos, trabalhamos juntos com o sistema Fairtrade no desenvolvimento de propostas e atividades que nos permitam alcançar esta meta. Na banana, identificamos os custos sociais e ambientais externos não cobertos pelos preços que recebem os produtores(as) dentro e fora do Comércio Justo.

Este estudo foi executado por uma organização holandesa “True Price”, Fairtrade International e CLAC. Os custos sociais (60% do custo externo identificado) incluem as rendas de pequenos(as) produtores(as) e trabalhadores(as) e o acesso aos benefícios da segurança social. Desta mesma forma, os custos ambientais (40% do custo externo) incluem o manejo dos recursos naturais e o uso dos pesticidas. Os resultados demonstram que os produtores(as) de Comércio Justo reduziram os custos externos em um 50%, confirmando nossa diferença e, ao mesmo tempo, a necessidade de aumentar nossos volumes de venda Fairtrade e estabelecer preços mínimos que cubram os custos de uma produção sustentável e de uma vida digna. A Rede Café de CLAC, junto com o Coordenador de Café, coletou e validou os custos sustentáveis do Café em 13 países durante 2017 e em 2018 continua com este trabalho para poder definir, igual que na banana, os avanços e os desafios para obter um preço que cubra os custos econômicos, sociais e ambientais no marco da sustentabilidade.

Marike de Peña Presidenta Conselho de Diretores de CLAC Esta informação nos ajudaria em nosso diálogo com a indústria, os consumidores e a sociedade civil. Além disso, também nos facilitaria o desenvolvimento de programas específicos de apoio ao produtor(a) para ir finalizando a brecha e alcançar rendas que cubram os custos de uma vida digna em mercados desafiantes. A Rede Banana de CLAC implementou um programa de apoio que nestes momentos também se está aplicando no Café; tem um enfoque primordial para um melhor manejo do solo por meio da produção própria e aplicação de bio fermentos. Este projeto já demonstrou uma melhoria significativa na produtividade, na qualidade da fruta e na renda do produtor(a), além de reduzir o uso de pesticidas, frequência de irrigação e aplicações de controle fitossanitário, e, por consequência, a baixa de custo da produção. Em 2017 foi reorganizado a Rede Sucos e Frutas para processo, sendo uma de suas principais preocupações a crescente concorrência entre organizações e a urgência de revisar o preço mínimo Fairtrade.

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Nesta complicada realidade, vários compradores expressaram a necessidade de obter mais informação sobre o impacto do Comércio Justo e uma maior transparência sobre os possíveis riscos em suas cadeias de abastecimento como condição Por outro lado, a Rede de Trabalhadores(as) para manter seu compromisso com os produtores realizou um encontro em Medellín em julho de e o Comércio Justo. 2017 e mesmo que países tenham mostrado diferentes desafios, também foram observados A América Latina e o Caribe mantêm uma posição avanços em temas como a negociação coletiva e forte no Comércio Justo, razão pela qual estes impacto do prêmio, compromisso no Comércio requerimentos podem afetar as vendas de Justo, trabalho coletivo, intercâmbios e a luta unida nossos produtores(as), se não respondermos aos pelo crescimento do mercado Fairtrade que marca mesmos. A CLAC com o apoio de FLO CERT e os o espírito de cada um dos integrantes da Rede. Os produtores(as), trabalharam durante o ano de trabalhadores(as) entendem que a Rede lhes deu 2017 na resposta de informação de impacto em os meios para que sua voz seja ouvida no sistema duas cadeias de valor específicas; tanto através de Comércio Justo, e eles avaliam positivamente da realização de estudos em vários países e setores nos quais os dados foram coletados no essa oportunidade que CLAC lhes oferece. campo através do desenvolvimento de relatórios As Coordenadoras Nacionais de CLAC, junto de impacto. Da mesma forma, em 2018, será com a equipe operativa, realizaram a primeira fortalecida em CLAC a unidade de Monitoramento, fase de revisão de normas das Organizações de Avaliação e Aprendizagem (MEL), com a finalidade Pequenos(as) Produtores(as). O Conselho de de apoiar de melhor maneira na medição do Diretores e a Comissão de Normas de CLAC (CECLAC) impacto, e oferecer estes serviços mais agilmente acompanharam o processo muito de perto, já que aos produtores(as) e seus mercados. a revisão atual é uma oportunidade de responder à demanda que vem vindo há anos por parte dos Em 2017, CLAC fortaleceu também seu serviços produtores(as) de diferentes setores e países para de Coordenação de Mercado com coordenadores certas práticas e debilidades que ainda existem no para café, cacau, açúcar, mel, banana e outros Comércio Justo. A CLAC trabalhou com as Redes de produtos. A Rede de Café participou ativamente em Produtores da África, Ásia e Fairtrade International várias feiras nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África no desenho da consulta, como também na e América Latina. sistematização dos resultados por país. Da mesma forma, a Rede de Banana também No ano de 2017 para CLAC foi um ano de desafios participou nas feiras dos Estados Unidos e Europa, e e ação. O mercado do Comércio Justo segue em conjunto com outros produtos participaram na crescendo, no entanto, a oferta de produtos cresce feira de Biofach na Alemanha. mais rápido que a demanda. Enquanto que a Rede de Mel, Rede de Açúcar, Rede de Cacau e a Rede de Quinoa igual tiveram seus encontros regionais, focados em desafios de mercado e temas de mudança climática.

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O Conselho de Diretores de CLAC e as Redes de Produto identificaram a necessidade de estar mais próximos e ativos nos mercados com o objetivo de aumentar as vendas para as organizações certificadas e, por consequência, a renda do produtor(a). Os coordenadores e representantes das Redes visitaram em 2017 a Fairtrade Foudation no Reino Unido, Max Havelaar Suíça, Max Havelaar França, Fairtrade Alemanha, Fairtrade Japão, Fairtrade Coreia e Fairtrade América. CLAC conseguiu implementar com muito sucesso doze projetos em 2017 focados em: mudança climática, direitos e bem-estar laboral, proteção infantil, gênero e inclusão de jovens. O governo da Finlândia financiou projetos de melhoria de capacidades de organizações de café na Nicarágua, Guatemala, e de capacidades para melhor servir a nossos membros em CLAC; assim como o projeto de capacitação de trabalhadores e gerenciamento de plantações em temas migratórios, manejo de conflitos e negociação coletiva na República Dominicana. Paralelamente, conseguiu junto com Save the Children obter um projeto da União Europeia focado na proteção infantil e de adultos vulneráveis para cacau. No Peru, conseguiu financiar vários projetos de banana para fortalecer a mesa de diálogo laboral e aumentar a produtividade. Os projetos beneficiaram 14 países e 124 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) e Trabalhadores(as). Finalizando, quero agradecer a equipe operacional da CLAC, seu grande compromisso com nossa missão, espírito e entrega que permitiu que tenhamos Organizações, Redes e Coordenadoras mais fortalecidas e uma América Latina fortalecida para o futuro.


Palavras da Direção Executiva Juntos(as) construindo: um comércio sustentável e justo, e um mundo mais equitativo para todas e todos.

O

ano de 2017, foi um ano de muito trabalho, mas também de muitas conquistas para CLAC. Nossa presidenta, Marike de Peña, fez uma visita pelos eventos mais importantes deste ano. Foi um ano em que foi trabalhado arduamente para conseguir cada vez mais um maior empoderamento dos(as) pequenos(as) produtores(as) e trabalhadores(as) ao longo de nosso continente. Assim como conseguir avanços na consolidação operacional e melhoria contínua de CLAC.

Através de uma estrutura operacional mínima de 60 pessoas, foi possível aumentar a porcentagem de atenção de nossas organizações membro, e conseguiu um leve aumento na satisfação dos serviços, chegando a um 82,5% (em comparação de um 81% do ano anterior) conseguiu também uma alta execução de nosso plano operacional anual e orçamento, e um uso eficiente dos recursos, comprovado por diferentes auditorias e avaliações externas.

Desta maneira, vamos sucessivamente, e pouco a pouco, evidenciando melhorias a favor dos protagonistas e donos desta Rede: os(as) pequenos(as) produtores(as) e trabalhadores(as). Nosso orçamento em 2017 foi de 4,9 milhões de dólares (4,2 em 2017), dos quais 75% foram provenientes de fundos arrecadados pelas taxas das licenças pelas vendas de produtos Fairtrade canalizadas por Faitrade Internacional (FI). Um 18% vieram dos fundos de projetos gerados pelo Sistema Fairtrade ou canalizados por diferentes Organizações Nacionais Fairtrade (NFOs), como Fairtrade Finlândia, Fairtrade Alemanha, Faitrade Foundation Inglaterra e Fairtrade Irlanda. 0s 7% restantes vieram de outros aliados diretos como TRIAS, BTC, serviços oferecidos pela avaliação de impacto, afiliações, entre outros.

Xiomara Paredes Diretora Executiva CLAC Enquanto que um 19% foram investidos em nossa estratégia de comunicações, incidência, monitoramento, avaliação e aprendizagem, promoção do comércio justo, governança e gastos administrativos. Nas seguintes páginas, poderá apreciar-se como através das diferentes unidades de nossa estrutura operacional e junto com nossos membros, há um avanço no cumprimento de nossa Estratégia. Além disso, as Coordenadoras Nacionais expõem uma mostra do trabalho incansável realizado que vai em coordenação com a estratégia que buscamos.

Em nossa primeira linha estratégica, Fortalecimento organizacional e operacional de CLAC, cuja finalidade é continuar fortalecendo CLAC para assegurar uma estrutura organizacional e operacional sólida Dos recursos executados em 2017, um 81% foram e eficiente como plataforma de integração dos investidos em atividades de fortalecimento de Pequenos(as) Produtores(as) e Trabalhadores(as) de capacidades a favor de nossas organizações membro Comércio Justo na América Latina e no Caribe; e suas estruturas: Redes de Produto, Rede de Trabalhadores(as) e Coordenadoras Nacionais.

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é possível evidenciar como o Conselho de Diretores, o Comitê de Vigilância, as Coordenadoras Nacionais e as Redes de Produtos, com o apoio das diferentes áreas em CLAC se esforçaram para contribuir para este fim. Em nossa segunda linha estratégica, Promoção do Comércio Justo, seus valores e princípios, as Coordenadoras Nacionais e as áreas de Comunicações, Incidência e Produtos e Mercados, contribuíram principalmente para “Promover diante dos consumidores e sociedade civil em geral - tanto nos países do Norte como nos do Sul - os princípios, valores e impactos do Comércio Justo”. A terceira linha, Fortalecimento e desenvolvimento de nossas organizações membro, cuja finalidade é: contribuir para o fortalecimento e desenvolvimento de capacidades dos membros de CLAC, com o fim de alcançar um maior empoderamento, e um desenvolvimento auto gestionário e sustentável; nossa Unidade de Fortalecimento e Desenvolvimento, através das diferentes regiões fizeram um incansável trabalho para alcançá-lo. Na quarta linha: Crescimento e vinculação com mercados existentes e novos, tem sido a nossa Unidade de Produtos e Mercado, que contribuiu para garantir que as nossas organizações membros, tenham um maior acesso aos mercados no Norte e no Sul. Uma atividade que destaca, nesta última parte, foi o início dos estudos de mercado no Sul, nos países com maior potencialidade, como México, Equador e Costa Rica.

Finalmente, em relação aos eixos transversais: Gênero, Mudança Climática, Soberania Alimentar, Proteção Infantil, Inclusão de Jovens, Sustentabilidade Ambiental e Boas práticas Trabalhistas; foram todas as estruturas operacionais de CLAC (Coordenadoras Nacionais, Redes de Produto e Rede de Trabalhadores) e as diferentes Unidades internas, que transversalizaram cada temática, embora, sem dúvida, os melhores resultados se evidenciam em Gênero, Inclusão de Jovens, Proteção Infantil e Mudança Climática, onde também há um pessoal operativo designado para trabalhar nestas áreas tão demandadas.

A quinta linha estratégica é Incidência, e sua finalidade é influenciar na tomada de decisões de diferentes atores (públicos, privados ou mistos), no movimento por um Comércio Justo, e diante qualquer outra instância, sobre temas que afetem a nossos membros; nesta linha tanto as Coordenadoras Nacionais como nossas áreas de Incidência e de Fortalecimento e Desenvolvimento, colocaram um grão de areia para trabalhar na construção destes espaços, assim como na elaboração de vários estudos e investigações que se convertem em úteis instrumentos para a incidência. Estamos a um ano de encerrar o atual Plano Estratégico, e começar novamente um ciclo de planejamento, onde avaliaremos as metas alcançadas e as necessidades ainda demandadas, para continuar juntos construindo: um comércio sustentável e justo, e um mundo muito mais equitativo para todas e todos. Comemoremos as vitórias de 2017 e aventuremo-nos novamente por conseguir novas conquistas em 2018!

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Conselho Diretivo

Em 2017 foi o segundo ano da gestão do atual Conselho Diretivo eleito na VI Assembleia Geral de CLAC, que foi realizado em novembro de 2015 em San Salvador, El Salvador para o período de 2016-2018.

A

primeira reunião física de 2017 aconteceu de 15 a 17 de março em Lima (Peru). Nesta ocasião, os membros do Conselho Diretivo de CLAC tiveram a oportunidade de fazer uma jornada de intercâmbio com a Coordenadora Peruana de Comércio Justo e a Junta Nacional do Café do Peru; também foram analisados os temas mais relevantes do início do ano. Alguns dos temas mais importantes discutidos na Reunião do Conselho Diretivo foram: os avanços da discussão a nível global sobre a oferta de negócios no sistema de Comércio Justo, a presença dos membros em diferentes reuniões das Organizações Nacionais de Comércio Justo (NFOs, por sua sigla em inglês), assim como os relatórios das redes de produtos. No último dia, foi realizada uma oficina de Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem (MEL), na qual estiveram presentes o Conselho Diretivo de CLAC, a Junta Nacional de Café do Peru e a Coordenadora Peruana de Comércio Justo. A segunda reunião física do ano foi em 21 e 22 de setembro na Cidade do Panamá (Panamá). Nesta ocasião, o Conselho realizou a análise da execução da estratégia de CLAC, onde as redes, a parte operacional e alguns comitês, deram seus relatórios e foi feito um resumo sobre a primeira fase da Consulta de Normas que foi realizado na região.

Diretoria de CLAC 2016-2018

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É importante destacar que dias antes da reunião também se reuniram representantes das diferentes Coordenadoras Nacionais para resumir os resultados desta consulta. Em ambos cenários, foram definidos passos a seguir e as lições aprendidas das extensas jornadas de consulta que ocorreram em diferentes países. Posteriormente, em 16 de outubro realizou-se uma reunião virtual para dar seguimento as propostas dos acordos que foram trabalhados na reunião do Panamá. Algumas das propostas, aprovadas e analisadas, incluem a decisão de convidar a senhora Sonia Murillo, representante da Rede Açúcar, como observadora no Conselho Diretivo (com voz e sem voto), já que o representante que havia sido escolhido na Assembleia renunciou à sua organização, perdendo assim sua qualidade de representante; também a inclusão de novos membros nas comissões de normas e gênero de CLAC; e foi delegado a revisão da Política de Afiliação de CLAC ao Comitê de Vigilância, entre outras. Da mesma forma, a Comissão Operacional de CLAC também desenvolveu várias reuniões físicas e virtuais (4 físicas e 2 virtuais) para acompanhar de perto o trabalho que é realizado em CLAC a nível operacional. Desta maneira, contribuíram a ter sempre uma perspectiva estratégica para facilitar a tomada de decisões da organização. A Comissão Operacional aproveitou cenários para se reunirem como o SCA 2017 em Seattle, Washington em abril e a Assembleia Geral de Fairtrade em Bonn, Alemanha em junho. Neste último evento, CLAC foi representada por quatro delegados(as) escolhidos na reunião de Lima.

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O Comitê de Vigilância de CLAC, por sua parte, reuniu-se em 5 e 6 de setembro na sede de CLAC em San Salvador, El Salvador. Como é de costume, nesta ocasião os membros do Comitê revisaram os relatórios da Auditoria Externa e Estados Financeiros de CLAC, além da revisão do plano operacional de 2016 e sua avaliação, entre outros temas importantes de prestação de contas. Em 2017 foi um ano de ganhos consideráveis para a tomada de decisões estratégicas por parte do Conselho Diretivo, a Comissão Operacional e o Comitê de Vigilância de CLAC, assim como para a participação dos e das representantes dos diferentes países da região em importantes reuniões para a tomada de decisões, tanto a nível regional como a nível global.

Reunião em Lima, Peru 15 a 17 de março de 2017

Assembleia Geral de Fairtrade Junho 2017


Fortalecimento e Desenvolvimento 2017: Um ano de acompanhamento intensivo em mais Organizações

Anneke Theunissen Diretor de Operações CLAC

N

este ano de 2017, CLAC e sua Equipe Operativa conseguiu acompanhar um 79% das organizações de Comércio Justo, sendo 11% mais do que o ano anterior, de um total de 826 organizações que estão certificadas Fairtrade entre América Latina e o Caribe.

Número de organizações atendidas: 900 800 700 600

79%

500 68%

400 300

55%

200 100 0

66%

17% 2013

2014

2015

2016

2017

Somas de organizações não atendidas Somas de organizações atendidas

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Região do Cone Sul

N

a região do Cone Sul, com os países do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, houve uma média de 101 organizações de Comércio Justo em 2017, principalmente produtores(as) de café (Brasil), frutas para sucos (Brasil, Argentina, Chile), uvas para vinho (Argentina e Chile), mel (Argentina, Uruguai, Brasil e Chile) e açúcar (Paraguai). Nessa região podemos destacar em particular durante este ano de 2017 um grande trabalho de e com jovens de toda a região por meio de um Encontro de Jovens no Paraguai, da mesma forma se desenvolveram oficinas específicas sobre redes sociais e fotografia para dinamizar a comunicação social, especialmente em Instagram, onde os jovens de organizações de suco e café no Brasil compartilham imagens de suas organizações, cultivos e percepções do Comércio Justo nas redes sociais para as pessoas que seguem o desenvolvimento das organizações de Comércio Justo.

No Paraguai, as e os jovens apoiaram intensivamente a Coordenadora Nacional como o projeto infantil Okakuaa, implementado pelo governo e aliados em uma região, onde estão localizadas as organizações de cana de açúcar. E finalmente, as organizações como a Rede de Frutas e Sucos por meio de um projeto especial para as organizações de suco de laranja no Brasil e no México. No Brasil, Boa Esperança converteu-se em uma Cidade pelo Comércio Justo em novembro de 2017.

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PRODUTOS Café Frutas para suco Uvas para vinho Mel Açúcar

101

ORGANIZAÇÕES

PAÍSES Brasil Argentina Uruguai Paraguai Chile

Encontro de Jovens no Paraguai Projeto no Paraguai com Okakuaa Boa Esperança, Cidade pelo Comércio Justo, no Brasil Workshops para jovens em fotografia para redes sociais Exemplo de fotografias tiradas para o projeto


PRODUTOS

Região Andina

Café Cacau Bananas Quinoa Ervas Nozes Frutas

A

região Andina com os quatro países Colômbia, Equador, Bolívia e Peru, representam a região com maior número de organizações de Comércio Justo com um total de 456 em 2017. Os produtos principais são café e cacau em toda a região, bananas na Colômbia, Equador e Peru, quinoa na Bolívia, Equador e Peru, e outros produtos como ervas, nozes, frutas e verduras. As organizações de produtores de café na Bolívia conseguiram dar grandes passos com o projeto de aumento da produtividade por meio de promotores jovens que vocês podem ler também na página 28 dessa Memória. A juventude também tem sido muito ativa em outros países da região, colaborando com organizações não governamentais como TRIAS no Peru e Equador na inclusão das novas gerações na vida das organizações de pequenos(as) produtores(as). Na Colômbia, ao longo de 2017 se colaborou de uma maneira muito intensa com todas as organizações de Comércio Justo em revisões de normas como também na criação de uma estratégia de café de Comércio Justo na Colômbia e em um vídeo de promoção. Conseguiu também se aproximar ao Governo por meio de um Convênio de colaboração com Organizações Solidárias, entidade que forma parte do Ministério do Trabalho que tem como objetivo promover os princípios e valores do Comércio Justo na reconstrução das comunidades neste novo processo de paz no país. No Equador, há alguns anos destaca-se uma grande articulação de Comércio Justo por parte das organizações de base com o Governo.

456

ORGANIZAÇÕES

PAÍSES Colômbia Equador Bolívia Peru

Jovens promotores, Project Lidl Oficina de revisão de normas, Colômbia Workshops de formação para jovens, Equador Produtores de vídeo de café na Colômbia Rede café Bolívia em visita técnica a CECOVASA no Peru

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PRODUTOS

Região Caribe

Bananas Açúcar Cacau Café

80

ORGANIZAÇÕES

O

Caribe representa um total de 80 organizações divididas sobre diferentes ilhas e produzindo principalmente bananas na República Dominicana e as Ilhas de Barlavento, açúcar em Belize, Cuba e Jamaica, cacau e café na República Dominicana e Haiti. Mais da metade das organizações do Caribe estão na República Dominicana, que é onde concentram-se também a maioria das atividades de apoio de CLAC. No ano de 2017 podemos destacar, em particular, o trabalho realizado em apoio a Rede de Trabalhadores(as) na República Dominicana.

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PAISES

Belize República Dominicana Haiti Jamaica Cuba Ilhas Barlavento

Foi possível intensificar as oficinas de capacitação em diferentes temas com as e os trabalhadores(as), entre outros temas como os Planos de Desenvolvimento Fairtrade, procedimentos de queixas e gênero. Também as Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de cacau entre Haiti e República Dominicana facilitou um intercâmbio, entre outros temas para a criação de uma proposta de projeto que estará implementando a partir de 2018. Em Belize e Cuba, se está trabalhando intensamente com as organizações de cana em seus respectivos temas Projeto para melhorar o cumprimento das normas trabalhistas e de interesse, que para Belize foi mais focado em temas da proteção infantil de proteção infantil, como também de fortalecimento das normas trabalhistas e de proteção social Passagem do furacão Irma afeta plantações organizacional, enquanto para Cuba era mais em temas Visita com técnicos de açúcar da ATAC em Cuba de produtividade. XIV Congresso de Diversificação, em Cuba Capacitações a trabalhadores para trabalhadores


PRODUTOS

Região América Central e México

Café Mel Bananas Frutas frescas Legumes Cacau Açúcar

188

ORGANIZAÇÕES

N

a América Central e no México, temos uma média de 188 organizações, e a maioria são organizações de café (México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica), seguido por mel (México, Guatemala e Nicarágua). Também há organizações que produzem bananas (Costa Rica, Panamá e México) e outras frutas frescas (Costa Rica, México), verduras (Guatemala, México), cacau (Panamá, Costa Rica, Nicarágua) e açúcar (Costa Rica e El Salvador). A produtividade e a adaptação à Mudança Climática tem sido um dos temas mais trabalhados nesta região. No México, houve a colaboração com duas universidades em diferentes estados para analisar o impacto das mudanças climáticas na produção cafeeira e sugerir diferentes estratégias de adaptação e mitigação. Além disso, na região foram dados grandes passos em proteção infantil, preparando cada vez mais as Coordenadoras Nacionais (Guatemala, Costa Rica e México) e organizações de base com suas próprias políticas e procedimentos neste tema. Durante 2017 e depois de 5 anos consecutivos de colaboração com a ONG TRIAS, pudemos dar início ao primeiro ano de um segundo projeto com foco na promoção de gênero e inclusão de jovens em El Salvador, mas também de maneira global a nível de continente; também em temas de empreendedorismo e serviços integrais nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de El Salvador. Por outra parte, Costa Rica, Panamá e Nicarágua finalizaram com sucesso seu projeto de criação de oportunidades de mercado no Sul com IICA em 2017, e na Costa Rica já se está trabalhando para dar continuidade a essa relação com o IICA.

PAÍSES México Guatemala El Salvador Nicarágua Costa Rica Panamá

II Escola de Liderança feminina Assinatura do convênio com a Ben & Jerry’s Encontro do Cooperativismo, Nicarágua Declaratória com a Universidade ECOSUR, México Assinatura de alianças em tema de gênero, El Salvador

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Fortalecimento e Desenvolvimento em cifras O número de oficinas realizadas neste ano aumentou enquanto o número de visitas individuais às organizações diminuiu, em comparação com o ano anterior. Notamos que conseguimos crescer pouco a pouco em assegurar uma participação ativa da juventude em nossas oficinas, enquanto que a porcentagem de participação de mulheres nas oficinas de CLAC diminuiu ligeiramente. Ano

Número de oficinas 2017 2016 2015 2014 2013 0

15

50

100

150

200

250

300

350

400

450

301 ATIVIDADES

46 ATIVIDADES

179 ATIVIDADES

388 ATIVIDADES

553 ATIVIDADES

% Mulheres Total Capacitadas

2013

865

2014

3935

2015

10299

2016

6349

2017

8814

Ano

571 ATIVIDADES

40% 37% 29% 30% 28%

Total % hasta 30 Pessoas sobre total

2013

865

2014

3935

2015

10299

2016

6349

2017

8814

Sem info 25% 21% 25% 27%

A maioria das atividades de CLAC concentrou-se na área de Fortalecimento Organizacional como os Eixos Transversais e Cumprimento de Normas, seguido por atividades em fortalecimento Comercial, Produtivo e em menor medida na área de Fortalecimento Financeiro. O último pode ser explicado, já que que muitos esforços em seguimento se concentram no fortalecimento organizacional, comercial e produtivo em primeiro lugar; para assim conseguir que as Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) sejam facilmente elegíveis para financiamentos. Ainda assim, colocamos como meta melhorar nossa estratégia em fortalecimento financeiro e buscar alianças com as quais possamos trabalhar mais sobre este tema nos próximos anos.


Comisão de Normas

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017 foi um ano de muito trabalho para CLAC em questões de normas. A seguir, serão apresentadas as principais atividades e conquistas obtidas. A Comissão de Normas (CECLAC) reuniu-se 22 vezes. Uma reunião presencial de 3 dias e as outras virtuais. A Comissão recebeu dois novos integrantes e um novo representante de CLAC diante do Comitê de Normas de Fairtrade Internacional (SC). A CECLAC deu apoio ao representante de CLAC no SC, com orientações precisas sobre a opinião e posição de CLAC em diversos temas da agenda. CLAC participou nos 14 projetos de consulta para revisão de normas que realizou a Unidade de Normas de Fairtrade desde a atribuição do projeto até a decisão final. Além disso, realizou o seguimento da aplicação em campo através da Equipe Operativa. Podemos destacar uma participação ativa no processo, para escolher um novo representante de CLAC, no Comitê de Normas de Fairtrade. Miguel Mateo, da Guatemala foi o candidato recomendado por CLAC e finalmente selecionado pelo Comitê de normas (SC). Desde setembro já está integrado ao SC. Também foi realizado uma recomposição da Comissão de Normas CLAC com a integração de João Gasperini do Brasil e Milton Gonzaga do Peru completando um total de 5 membros, facilitando o quorum para as reuniões e aumentando a capacidade de contribuição da Comissão. Conseguiu-se o primeiro trabalho direto da CECLAC com as Coordenadoras Nacionais, apoiadas pela Equipe Operativa, em um processo de consulta de normas. Para que desta maneira, as consultas possam ser mais participativas e o mais amplas possíveis.

A Comissão de Normas

A principal conquista foi realizar com sucesso a primeira fase de consulta na revisão do critério das Organizações(as) de Pequenos(as) Produtores(as). Um processo amplio de vários meses e que exigiu muita coordenação e trabalho entre todas as partes envolvidas. Realizaram-se 25 oficinas em 15 países para completar a consulta. Para a análise dos resultados da consulta, realizou-se uma oficina no Panamá, na que participaram representantes das Coordenadoras Nacionais, o Conselho de Direção e a CECLAC. Por último, a CECLAC deu seguimento a nove requerimentos sobre normas, recebidos desde as diferentes sub-regiões e uma NFO.

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Rede de Trabalhadores(as) “Uma aposta pela legitimação do trabalho decente”

N

o seu processo de consolidação, a Rede de Trabalhadores(as) da América Latina e do Caribe desenvolveu várias atividades para construir uma estratégia para visibilizar o impacto do comércio justo na vida dos trabalhadores(as) e suas famílias, assim como construir de forma participativa e democrática os acordos que estabeleçam para o funcionamento dela mesmo. Durante 2017, desenvolveu-se o segundo Encontro da Rede de Trabalhadores(as) da América Latina e do Caribe, neste cenário, o objetivo foi retomar o trabalho proposto durante o primeiro encontro fazendo muita ênfase na construção das regras internas e adaptação de estatutos tendo em conta as realidades expressadas por cada um dos trabalhadores(as). Também e de forma participativa foi redesenhado a visão da estratégia da rede e foi elaborado o plano de trabalho para 2018.

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No final do ano, reuniu-se o comitê técnico operacional e cumprindo com o mandato estabelecido na assembleia geral, construiu e aprovou o plano operacional. Entre outras linhas, concordaram com o seguinte: Realizar reuniões virtuais mensalmente do Comitê técnico da Rede de Trabalhadores(as) que facilite a execução e seguimento no cumprimento do plano.

Comitê de Trabalhadores (as) Rede de trabalhadores (as) CLAC A nível local, cada um dos comitês de trabalhadores(as) desenvolveu dinâmicas próprias que permitem realizar reuniões e assembleias de forma periódica, aqui vale a pena mencionar as conquistas alcançadas pelos trabalhadores(as) da República Dominicana e da Colômbia, onde se reúnem trabalhadores(as) delegados(as) de todas as plantações do país de maneira regular para facilitar o intercâmbio sobre temas de interesse comum.

Desenvolver encontros dos comitês locais de trabalhadores(as) com a intenção de entregar Na Argentina, Brasil, Chile, Equador e México os informação que motive a participação permanente. comitês locais conseguiram desenvolver atividades de integração que permitem a construção de canais de Elaborar os perfis das plantações que permitam comunicação e a consolidação do tecido social. visibilizar o impacto do Comércio Justo nos trabalhadores(as), suas famílias e comunidades O maior desafio proposto é construir um regulamento interno para que a Rede de Trabalhadores(as) siga adjacentes. seu desenvolvimento sob os princípios do Comércio Iniciar um processo de investimento conjunto com Justo e pode servir de guia para os comitês de as organizações de trabalhadores(as) e outras trabalhadores(as) a nível local em cada país. entidades locais ou nacionais em um dos eixos transversais de CLAC por região, dependendo das necessidades de cada região.


Atividades da Rede de Trabalhadores (as)

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Produção e Mercados

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m 2017, a Unidade de Produtos e Mercado trabalhou para criar vínculos mais fortes entre as organizações de pequenos(as) produtores(as) e trabalhadores(as) e o mercado internacional, incluindo compradores, comerciantes e outros sócios estratégicos. Além disso, a unidade realizou esforços para fortalecer as organizações da América Latina e do Caribe, em termos de melhorias de qualidade e produtividade. Detalhamos algumas de nossas intervenções abaixo.

Fortalecendo a equipe Com a finalidade de aumentar a experiência e a capacidade de apoio em temas de produção e acesso a mercados, em 2017, CLAC ampliou sua equipe de produtos e mercados com três posições novas. Primeiro, juntou-se a Coordenação Geral de Produtos e Mercado, quem dirige a unidade e trabalha produtos menores. Também adicionou uma nova coordenação para o produto cacau e uma segunda coordenação para café com o objetivo de fortalecer o apoio a produtores(as) nesses produtos importantes. Com uma equipe mais sólida, CLAC continua apoiando as organizações de base para melhorar suas capacidades de produção e sua conexão com o mercado do Comércio Justo.

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Equipe Produtos e Mercados CLAC

Fortalecendo as redes de produtos As Redes de Produtos de CLAC, incluindo a Rede Açúcar, a Rede Banana, a Rede Cacau, a Rede Café, a Rede Mel, a Rede de Sucos e a Rede Quinoa, constituem espaços importantes de discussão e acordos dentro de CLAC. Os comitês técnicos de todas as redes reuniram-se fisicamente, pelo menos, uma vez em 2017 e outras vezes de forma virtual. Nessas reuniões as redes compartilharam e trocaram opiniões e experiências sobre desafios na produção, desafios nas cadeias comerciais e a nível dos mercados para ir pouco a pouco fortalecendo-se como espaços de representação dos interesses dos e das produtores(as) do continente latino-americano.

Encontro REDE CAFÉ de CLAC


As redes de produto desempenham também um papel importante na resposta das consultas sobre as avaliações do sistema Fairtrade, como foi o caso da Rede Cacau que desenvolveu uma oficina sobre a revisão do modelo de preços para cacau de Comércio Justo.

Assistência em Feiras e Eventos Em 2017, a Unidade de Produtos e Mercado seguiu fortalecendo a participação de CLAC em feiras internacionais. Para o produto café, CLAC teve presença na Global Specialty Coffee Expo (conhecida como SCAA, Estados Unidos), World of Coffee (conhecida como SCAE, Hungria) Sintercafe (Costa Rica), SCAJ (Japão) e Café Show (Coreia), não somente para visibilizar a CLAC, mas também para vincular-se melhor com a indústria global, mediante degustações de cafés especiais, aproximação e reuniões com compradores e em alguns casos com um stand em conjunto com o sistema Fairtrade. No produto café, CLAC participou também no Primeiro Foro de Produtores de Café em Medellín, na Colômbia, e no Foro de Sustentabilidade AVANCE na Guatemala. Para produtos frescos, CLAC participou em Fruit Logística (Alemanha) e PMA (Estados Unidos). No caso de PMA, foi a primeira vez que CLAC participou com um stand, junto com Fairtrade International e Fairtrade América, com o objetivo de explorar o potencial do mercado norte-americano para frutas e verduras de Comércio Justo.

Em banana, CLAC também participou na reunião do Foro Mundial de Banana na Genebra, particularmente no grupo de trabalho sobre prevenção do mal do Panamá (Fusariose, RT4), onde compartilhou sua experiência com seu programa de saúde de solos e aumento da produtividade (Programa PIP).

Materiais Informativos

Este ano, continuamos desenvolvendo materiais para comunicar impacto, não somente para o sistema Faitrade, como também para o mercado global. Desta maneira, o Projeto de Perfis Comerciais avançou. O trabalho de 2017 incluiu a recopilação de mais de 450 perfis, avanços e manutenção da ferramenta virtual CLACBook e seguimento na redação e tradução dos perfis. A meta final é ter todos os perfis atualizados, traduzidos e disponíveis para baixar em CLACBook durante 2018. Também, Produtos e Mercado, contribuiu na publicação de três Boletins de Produtos destinados ao mercado e publicado em espanhol e inglês. Estes incluem um Boletim de Café, um de Banana e um de Açúcar. Da mesma forma, foram desenvolvidos vários vídeos de promoção sobre o papel e os impactos de Comércio Justo, principalmente nos produtos de café e banana.

BOLETINS DE PRODUTOS

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Desde agosto, conseguimos 15 visitas para 23 organizações, capacitando 200 pessoas no programa, incluindo produtores(as) e técnicos(as), em todos os países produtores de banana Fairtrade da América Latina. Também se conseguiu organizar um grande intercâmbio entre produtores(as) de diferentes países da região na zona bananeira de Santa Marta, na Colômbia, para poder observar os resultados do programa e compartilhar entre produtores(as) sobre sua própria realidade e experiência. O resultado desse intercâmbio foi muito positivo para motivar os produtores(as) a adotar e implementar o PIP.

PERFIS COMERCIAIS

Segunda fase do Projeto PIP A partir de agosto de 2017, CLAC começou com a implementação da segunda fase do Programa de Aumento de Produtividade (PIP) em banana. O programa pretende melhorar a saúde e a fertilidade dos solos para aumentar a produtividade da banana. Como os resultados da primeira fase foram positivos, incluindo melhorias na produtividade e redução de custos, CLAC decidiu dar seguimento a uma segunda etapa para aprofundar e fortalecer o programa e buscar expandi-lo para mais organizações.

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Oficinas de Produção e Qualidade do café

Em 2017, com a nova Coordenação do Café focada na Produção e Qualidade, CLAC conseguiu realizar a primeira fase de intercâmbio e capacitação para técnicos de café. Este evento se realizou na Colômbia, no centro experimental de CENICAFE. Doze técnicos(as) de dez organizações e nove países, participaram durante uma semana, sendo capacitados em temas como fenologia, mudança climática, viveiros de café e boas práticas agrícolas, entre outros. Além disso, CLAC desenvolveu várias oficinas sobre melhoria da produtividade e manejo da qualidade do café na Guatemala, Colômbia e Bolívia. Estas oficinas também se focaram em melhores práticas.


Oficinas de Capacitação em Manejo de Riscos CLAC realizou 16 oficinas de capacitação em análise de mercado e manejo de riscos para 139 organizações de produtores(as) de café no México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Colômbia, Peru e Brasil. Além disso, 30 organizações receberam assessoria e treinamentos personalizados por expertos externos para fortalecer suas capacidades comerciais e o manejo de riscos a nível de mercado e de gestão.

Início de um Projeto Piloto de Melhoria de Produtividade do Cacau Desde setembro de 2017, CLAC assumiu o papel de coordenador para a implementação de um projeto piloto de renovação de parcelas de cacau com novas tecnologias de plantio na República Dominicana. O país constitui um dos principais provedores de cacau fino e de cacau orgânico da América Latina; no entanto, as parcelas demonstram níveis de produtividade bastantes distantes em comparação de outros países. O projeto busca melhorar a estrutura e composição do solo em plantações novas, para que possam produzir mais, procurando também uma maior resistência aos efeitos da mudança climática, que se sente de forma cada vez mais severas na ilha.

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Avaliação, Monitoramento & Aprendizagem, MEL E

m 2017 realizaram diversas atividades de Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem (MEL) lideradas por CLAC em diversos países e produtos, como complemento das atividades sistemáticas de MEL.

Nicarágua

Na Nicarágua, foi realizado um estudo de impacto para as organizações de café certificadas em Comércio Justo que também são apoiadas pelo projeto Finlândia. O objetivo do estudo de impacto divide-se em três grandes áreas: a) avaliar as contribuições do Comércio Justo às Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) nos últimos 10 anos, b) avaliar mudanças nas comunidades e seus membros nos últimos 10 anos, incluindo temas de renda, ativos familiares e acesso a serviços básicos e c) proporcionar informação para as Organizações de Pequeno(as) Produtores(as) para informar futuros planos de desenvolvimento. O estudo conclui que existem impactos favoráveis na melhoria da renda, dos ativos e das condições de vida das famílias. As melhorias no acesso a serviços básicos e a educação, não só se informa para os membros da família dos sócios das organizações participantes, mas também para as comunidades onde estão presentes. É importante destacar que o impacto na renda do Comércio Justo é diferenciado entre os membros das organizações. Ou seja, os associados que têm maior área de terra e em consequência maior área de café percebem com mais clareza os benefícios.

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República Dominicana

No norte da República Dominicana iniciou-se um diagnóstico de contexto regional para as famílias de pequenos(as) produtores(as) de banana. O estudo abrange os meios de vida de uma maneira holística, incluindo aspectos demográficos, saúde, educação, pobreza, emprego, comércio e meio ambiente, entre outros. Os resultado estarão pronto em 2018.

Colômbia

Da mesma forma, na Colômbia, realizou-se uma avaliação de impacto de Comércio Justo nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) e de Trabalhadores(as) vinculados à atividade bananeira. O estudo tinha o objetivo de a) conhecer o impacto gerado entre 2012 e 2016 entre a população meta, b) avaliar a eficiência do Comércio Justo como meio de sustentabilidade para melhorar a produção de banana, c) conhecer a percepção da população meta sobre os efeitos de Comércio Justo e d) formular recomendações.

O estudo incluiu que o Comércio Justo demonstrou ser uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável de produtores(as) e trabalhadores(as) nas áreas bananeiras da Colômbia, ajudando a diminuir o déficit e qualidade da habitação, erradicando o trabalho infantil, fechando a brecha contra o analfabetismo e o abandono escolar, facilitar acesso à educação superior e promover espaços de bem-estar físico e emocional para as comunidades. Da mesma forma, foi demonstrado que o resultado do Comércio Justo, 90% das famílias têm uma renda que lhes permite ter uma pequena poupança.

Brasil Em 2017 também foi iniciado um programa piloto para monitorar e avaliar o desenvolvimento das organizações de café no Brasil como resultado do prêmio de Comércio Justo. Monitorar e avaliar resultados desde uma perspectiva centralizada, por exemplo, desde CLAC ou Fairtrade têm suas limitações. A principal limitação é que as organizações não são donas do processo e portanto não veem benefícios nele. Este piloto tem como objetivo desenvolver o sistema de monitoramento de resultados desde as organizações de onde elas formam parte do desenho e são donas e responsáveis de mantê-los. O incentivo para as organizações é que serão capazes de obter dados relevantes e oportunos sobre seu desenvolvimento. Só assim será possível estabelecer um sistema de monitoramento e avaliação viável e sustentável. No último trimestre de 2017, a CLAC implementou também por terceiro ano consecutivo as enquetes em lares, nesta vez em organizações cafeeiras no Peru. Este trabalho se realiza em colaboração com o sistema Fairtrade e a ideia é voltar a fazer as entrevistas, a cada 3 anos, a um mesmo grupo de famílias em seus lares para conseguir compreender melhor o processo de evolução e impactos do Comércio Justo no lar. Este ano entrevistamos 232 lares de 3 organizações cafeeiras e 3 organizações bananeiras no Peru. Os resultados estão sendo sistematizados nos primeiros meses de 2018.

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Incidência

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Declaração sobre cidades e vilas para o comércio justo Boa Esperança

e acordo com a Estratégia de Incidência de CLAC, o ano de 2017 foi direcionado em fortalecer as capacidades das Coordenadoras Nacionais para fazer incidência, além do seguimento das iniciativas e oportunidades a nível de país e o seguimento e impulso permanente para as campanhas de promoção do Comércio Justo através das Cidades e Povos pelo Comércio Justo e as Universidades Latino-americanas pelo Comércio Justo. Com o enfoque de apoiar o desenvolvimento de estratégias de incidência a nível de país e a nível local, em articulação com a estratégia de incidência de CLAC, realizaram oficinas nacionais nos seguintes países: • Bolívia • Chile • Paraguai Nicarágua

• • • •

Costa Rica-Panamá, Colômbia Peru Equador

Estas oficinas nacionais colaboraram para identificar as necessidades e os espaços nos quais as Organizações(as) de Pequenos(as) Produtores(as) podem incidir, sendo este o primeiro passo para construir planos de incidência que possam contribuir na solução de diversas necessidades das organizações.

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Desde a área de incidência também houve seguimentos de diversas iniciativas nas que se destacam as seguintes:

1. 2. 3. 4. 5. 6.

Apoio as atividades da Plataforma Nacional do México, para envolver a Universidade Politécnica de Huatusco (UPH) na campanha e também a Universidade de Chapingo. Um grande resultado destas relações foi a grande comemoração do Dia Mundial do Comércio Justo na UPH. Apoio a CoopeVictoria para começar a campanha local em Grécia (Costa Rica). Apoio a Cooperativa Dos Costas com sua campanha local em Boa Esperança (Brasil). Apoio a Plataforma Nacional Equatoriana com as campanhas em Riombanba e Quito. Ambas cidades foram declaradas no segundo semestre de 2016. A Rede Nacional de Produtores(as) conseguiu um grande impacto com as administrações públicas e na Estratégia Nacional de Comércio Justo promovida pelo Governo. Apoio a Plataforma Nacional do Peru em suas atividades com a Universidade Nacional de Piura, especialmente para ajudar os jovens produtores(as) a participarem nas atividades. Apoio a Plataforma Nacional da Costa Rica, para desenvolver uma capacitação nacional sobre Legislação Nacional de Agricultura Orgânica.


7. Universidade Autônoma de Chapingo, México

8.

Apoio a Plataforma Nacional Paraguaia para desenvolver uma capacitação sobre o Sistema Nacional de Garantia Participativa para a agricultura orgânica. Aproveitaram esta oficina também para conhecer no campo a experiência de um SPO com este sistema. Com o enfoque regional desenvolveu-se em 2017 um grande evento na Bolívia; que deu a possibilidade de trocar experiências de incidência, e graças a esta reunião, a Coordenadora Nacional de Pequenos(as) Produtores(as) conseguiu um melhor posicionamento, conseguindo uma maior visibilidade nas plataformas do governo. Da mesma forma, como fruto deste encontro, CEPAL e CLAC publicaram o Livro A Contribuição do Comércio Justo para o Desenvolvimento Sustentável.

Universidades Latino-americanas pelo Comércio Justo O objetivo principal da campanha é criar uma rede de universidades latino-americanas e caribenhas que apoiam o comércio justo através de várias atividades acadêmicas, de extensão social e de vinculação direta com as organizações de pequenos(as) produtores(as) de comércio justo, portanto, tanto as que estão vinculadas aos circuitos solidários internacionais, como as que trabalham construindo um comércio justo campo-cidade ou sul-sul. A Campanha Universidade pelo Comércio Justo teve excelentes resultados durante 2017 somando duas Universidades a esta campanha, com a declaração da Universidade Autônoma Chapingo e a Escola Superior Politécnica de Chimborazo (ESPOCH, em Riobamba) como Universidades pelo Comércio Justo.

Cidades e Povos pelo Comércio Justo As alianças são um enfoque importante da estratégia de Incidência, pelo qual em 2017 foi avaliado o convênio entre a Corporação Unificada Nacional de Educação Superior CUN e CLAC no trabalho de pequenos(as) produtores(as) de café no município de Planadas na Colômbia. A geração de conhecimento contribuiu para a promoção do Comércio Justo, tendo como um avanço o relatório publicado pela Universidade Uniminuto da Colômbia sobre Políticas Públicas para o incentivo do Comércio Justo e solidário na América Latina, que também contou com a cooperação finlandesa e a participação de vários investigadores na área.

Em 2017 foi comemorada a declaração de Boa Esperança como Cidade pelo Comércio Justo, com ela completam-se três cidades brasileiras pelo Comércio Justo, e Boa Esperança converte-se na sexta cidade de Comércio Justo na América Latina. Além disso, foram iniciados comitês locais e declaratórias de início em mais três cidades de países diferentes: no Paraguai iniciou durante 2017 a cidade de Arroyos y Esteros, em Honduras destacam-se as atividades de início da cidade de Marcala e na Costa Rica a declaração de início de Grécia, com estas iniciativas espera-se aumentar mais três cidades para a campanha durante 2018. Estas conquistas destacam-se durante 2017, como iniciativas locais que mantêm viva e ativa a campanha, e que também promove alianças com os diferentes setores e atores a nível local.

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Programas e Projetos CLAC Aprendendo a gerenciar para o impacto

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urante 2017, a Unidade de Programas e Projetos de CLAC, avançou com as relações estabelecidas com os sócios estratégicos. Foram estabelecidas as bases que permitiram avançar em uma gestão mais eficiente da unidade. Conseguiu-se desenhar e pôr em prática um modelo de gestão de projetos baseados nos princípios do Comércio Justo, no qual permite que todos os atores envolvidos participem ativamente na tomada de decisões e se empoderem. É desta maneira como os projetos estão se transformando em verdadeiras ferramentas de desenvolvimento que permitem às organizações membros alcançar suas metas, enquanto que CLAC conseguiu ampliar os serviços.

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Por outro lado, a Unidade está preparando o caminho para alcançar uma linguagem comum e uma metodologia de trabalho que permita gerenciar projetos que alcancem impactos significativos e duradouros. Uma mostra disso, são as principais conquistas que foram alcançadas trabalhando em equipe entre as Coordenadoras Nacionais, as Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) e a Equipe Operativa de CLAC.

Conquistas em Projetos Ativos Em 2017 a Unidade terminou com 12 projetos ativos em execução em 8 países de 3 regiões diferentes, em 4 produtos e relacionados com os 3 eixos transversais da estratégia de CLAC 2016-2018. Alguns dos resultados mais relevantes estão relacionados com os avanços dos projetos ativos, assim como com a finalização exitosa de vários projetos que foram implementados com o apoio de Fairtrade Finlândia e da Cooperação Técnica Belga.

Projeto LIDL Bolívia

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PROJETOS ATIVOS PAÍSES


Jovens liderando a Adaptação à mudança climática no café de Comércio Justo em Caranavi, Bolívia Na Bolívia se está desenvolvendo um projeto “Jovens liderando a Adaptação à mudança climática no café de Comércio Justo em Caranavi, Bolívia”, o qual foi financiado por Fairtrade Alemanha e LIDL. Que tiveram a participação de 330 produtores(as) pertencentes a 8 organizações cafeeiras de Comércio Justo do país. O projeto tem como objetivo de impacto contribuir o fortalecimento organizacional das Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) para ser mais resistentes diante das mudanças climáticas; melhorando os sistemas produtivos do café orgânico e desenvolvendo as capacidades de jovens líderes, até 2018. Algumas das conquistas mais importantes do projeto são:

90% das organizações com equipe técnica, promotores e/ou diretiva capacitados em mudança climática e replicam capacitações em suas bases no início do projeto.

50% das organizações analisaram seus riscos climáticos e desenvolveram e implementaram planos ou estratégias de adaptação que ajudam a reduzir sua vulnerabilidade para a mudança climática e permite dar uma melhor resposta para mudança climática até 2018.

80% dos produtores(as) participantes do projeto percebem que o uso de práticas de agricultura sustentável tem um impacto positivo na produtividade e/ou qualidade de cultivos e resistência a mudança climática.

69% dos jovens participam nas escolas de formação de líderes informam que melhoraram suas capacidades para liderar equipes, falar em público e participar nos espaços de sua organização

100% dos promotores capacitados adotam e replicam conhecimento adquiridos a 10 produtores cada um.

Fizeram um total de 320 viveiros de café com capacidade de 1000 plantas cada um, nas propriedades dos produtores participantes.

Diretivos das 8 organizações estão motivados(as) e empoderados(as) do projeto para sentirem-se parte em todos os processos de tomada de decisões.

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Vida e Cacau

O projeto “Vida e Cacau” financiado pela Cooperação Técnica Belga finalizou em dezembro de 2017. Seu objetivo foi contribuir a melhorar a qualidade de vida dos produtores(as) de cacau do Peru e Equador. Para isso, trabalhou-se arduamente junto com as organizações participantes, Heider Internacional e a Cooperação Técnica Belga no fortalecimento produtivo, organizacional e comercial para a sustentabilidade das organizações produtoras de cacau. Os principais resultados do projeto são: EQUADOR: Aumento no rendimento de 278 Kg/ha/ano em 2016 a 591.91kg/ha/ ano em 2017. 836 famílias participantes, 256 mulheres. Aproximadamente 440 ha (aprox. 348 famílias) fertilizadas com o adubo elaborado em sua própria planta (300.000 kg). 42 líderes capacitados participam ativamente em seus espaços de tomada de decisões (assembleias, comitês, etc.) Melhorou o sistema de controle de qualidade da organização PERU: Aumento da produção de 700 kg/ha/ano em 2016 a 710 kg/ha/ano em 2017. 111 famílias participaram no projeto, 60 mulheres. 55.000 plantas de cacau produzidas no viveiro da organização. 28 novos líderes capacitados que participam ativamente em seus espaços de tomada de decisões. Melhorou o sistema de controle de qualidade da organização.

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Formação para o conhecimento e melhora das normas trabalhistas e de proteção social no setor bananeiro na República Dominicana No setor bananeiro na República Dominicana, foi implementado um projeto de formação para o conhecimento e melhora das normas trabalhistas e de proteção social dos(as) trabalhadores(as), o qual foi financiado por Fairtrade Finlândia. O objetivo do projeto é “Contribuir no desenvolvimento de um entorno laboral digno e respeitoso dos direitos dos trabalhadores(as) no setor bananeiro da República Dominicana”. As principais conquistas do projeto que finalizou em 2017 foram:

3350 Trabalhadore(as) de plantações Fairtrade têm acesso aos benefícios do Sistema Dominicano de Segurança Social.

3327 Trabalhadore(as) de plantações Fairtrade inscritos na Tesouraria da Segurança Social (TSS).

54 Trabalhadore(as) com competências como formadores(as) de formadores em gestão migratória, direitos trabalhistas e segurança social.

1200 Trabalhadore(as) com novos conhecimentos em gestão migratória, direitos trabalhistas e segurança social.

1300 Trabalhadore(as) conhecem como funciona o mecanismo de queixas e sugestões para canalizar suas preocupações e demandas com relação ao cumprimento de seus direitos trabalhistas nas plantações certificadas por Fairtrade.

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Construindo Condições de Vida Sustentáveis para as Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de Café da Guatemala e da Nicarágua Da mesma forma, finalizaram em dezembro de 2017 os projetos apoiados por Fairtrade Finlândia na Guatemala e na Nicarágua. O objetivo destes projetos era contribuir a conquista de meios de vida sustentáveis para as famílias de pequenos(as) produtores e produtoras de café de Comércio Justo. Os principais resultados alcançados são:

GUATEMALA 16 OPPs implementam planos de produção para melhorar a qualidade e a produtividade de suas parcelas.

1096 pequenos produtores (376 mulheres) têm acesso a adubos produzidos em suas próprias biofábrias (aprox. 37.000 litros) NICARÁGUA Aumento na produção de 65% (9.18q/ha em 2015 a 15qq/ha 2017) 9.485,45 quarteirões de café renovadas 14 “biofábricas” implementadas para que as OPPs produzam seus próprios bio insumos. 19 jovens capacitados em boas práticas agroecológicas estão dando apoio as suas OPPs atualmente.

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Em dezembro de 2017 também finalizou a execução do projeto para a melhoria das capacidades de CLAC para oferecer serviços a seus membros, com o apoio de Fairtrade Finlândia. O projeto foi enfocado no fortalecimento organizacional de CLAC e dos vínculos entre as organizações membros através de suas redes de produtos e coordenadoras nacionais.

Por último, a Unidade de Programas e projetos também se dedicou a formular novos projetos, em 2017 foram apresentadas 17 notas de conceito e propostas completas. Destas propostas 9 foram aprovadas, 6 estão em fase de avaliação e 2 foram descartadas.

As atividades incluíram o fortalecimento das capacidades dos membros do Conselho Diretivo e do pessoal operativo de CLAC; o melhoramento da Unidade de Comunicações; a elaboração e distribuição de materiais didáticos para o seguimento dos membros; assim como a geração de conhecimento a partir do desenvolvimento de estudos sobre seguros agrícolas, políticas públicas de Comércio Justo e solidário, e a contribuição do Comércio Justo ao desenvolvimento sustentável. Adicionalmente, desde o projeto também foi possível contribuir para o desenvolvimento de atividades relacionadas com a adaptação e mitigação da mudança climática, entre outros resultados que têm fortalecido CLAC.

Uma equipe de gestores(as) de fortalecimento treinados em normas Fairtrade, em manejo do tempo, entre outros temas. Uma equipe a nível de coordenação aprendendo Inglês através de uma formação virtual; assim como em temas de liderança. Membros do Conselho de Diretores com formação em inglês, projetos e gênero. Membros de Coordenadoras Nacionais treinados no tema de liderança transformacional. Jovens em El Salvador foram capazes de recuperar o ecossistema natural e proteção de mantos aquíferos em sua comunidade, com a plantação de viveiros de espécies nativas. Um curso de Mudança Climática de 6 módulos, disponível para os membros de CLAC e pessoal técnico, disponível na plataforma claase. Publicação de estudos de Políticas Públicas de Comércio Justo, estudo da Situação Atual dos Seguros Agrícolas na América Latina e no Caribe e um Livro sobre a contribuição do Comércio Justo ao Desenvolvimento Sustentável, este último junto com a CEPAL. Uma nova página web de CLAC disponível em três idiomas (espanhol, inglês, português); assim como uma equipe técnica de comunicações treinada em meios audiovisuais.

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Gênero e Inclusão Juvenil A

inclusão de gênero e jovens é um dos eixos transversais do plano estratégico de CLAC. Destacamos alguns dos avanços que se produziram ao longo de 2017: a nível de nossa estrutura, a Comissão de Inclusão do Conselho Diretivo mantém um papel ativo na análise e retroalimentação das estratégias de maneira articulada com a Coordenação de gênero e jovens. Durante o ano foi realizada uma reunião presencial para a análise de estratégias de gênero e de jovens, a primeira já está se implementando em diferentes fases e a segunda ainda está em processo de revisão por parte do Conselho Diretivo. Um dos desafios da Comissão é contar com representação da juventude, para o qual procedeu-se a convidar as Coordenadoras Nacionais a que postulem um homem jovem como membro da Comissão e assim contar com representação de ambos gêneros na comissão.

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Em coordenação com a Unidade de Comunicações visibilizou-se a importância do trabalho conjunto entre mulheres e homens, partindo em um primeiro momento por reconhecer a contribuição das mulheres nos processos organizacionais e empresariais. Com este fim, implementou-se durante 2017 uma campanha de comunicação interna e externa denominada “O Comércio Justo é Inclusivo” onde foram publicadas 12 notas informativas de diferentes países e 6 entrevistas a mulheres líderes da Nicarágua, Equador, México, El Salvador e Haiti. Com a Unidade de Programas e Projetos, foram revisados critérios básicos de referência na formulação de projetos tendo em conta a inclusão de gênero e jovens, igualmente foram proporcionados insumos para a formulação de propostas enquadradas na estratégia e já se dispõe dos recursos necessários para a implementação de escola de liderança de mulheres na República Dominicana, que acontecerá em 2018. Também a coordenação de gênero e jovens forma parte do comitê assessor para a implementação do projeto piloto de Jovens Liderando a Adaptação à Mudança Climática em café de Comércio Justo na Bolívia.

Formatura II Escola de Liderança Feminina


Como parte da estratégia de gênero, também foram elaborados diversos materiais para a sensibilização durante o ano, entre eles: áudios curtos de gênero e masculinidades (cápsulas) com metodologias para a facilitação de oficinas, um manual metodológico da escola de liderança das mulheres em espanhol, português e creol. Também concluiu-se a caixa de ferramenta para a transversalização de gênero em organizações de base, elaborados no marco da aliança estabelecida com TRIAS e organizações parceiras em El Salvador. Evidencia-se motivação para a implementação de ações a favor da participação de mulheres e jovens, em 10 Coordenadoras Nacionais de Comércio Justo, entre elas México, Guatemala, Nicarágua, República Dominicana, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, El Salvador. Onde foram realizadas 11 oficinas de sensibilização sobre gênero, masculinidades, liderança (223 homens e 79 mulheres). Em El Salvador foi impulsionada a segunda escola de liderança e empoderamento das mulheres. Quanto a inclusão de jovens, realizou-se um encontro regional no Cone Sul com 4 países: Paraguai, Brasil, Chile e Argentina; assim como 5 encontros nacionais na Colômbia, Equador, Bolívia, El Salvador. Também foi realizado um acampamento de jovens no México com uma participação total de 300 jovens, dos quais 34% foram mulheres provenientes de organizações produtoras de açúcar, café, banana, mel, cacau, vinhos e artesanatos. Neste foram compartilhadas experiências e identificaram propostas para os seus países, além disso, analisaram o rascunho da estratégia de inclusão de jovens de CLAC. Da mesma forma, foram conformados comitês de jovens em cinco destes países e três têm comissões de inclusão. Foram realizados treinamentos dirigidos a jovens em degustação, mercado, cadeias de valor, entre outros. Registrando uma participação de 1556 pessoas, adultas e jovens em ações de inclusão, 42% são mulheres.

Alguns desafios são: Continuar na transversalização do enfoque de gênero e inclusão de jovens em todas as intervenções de CLAC. Manter diálogo político como um tema estratégico para a sustentabilidade organizacional, assim como poder garantir de maneira planejada, o gerenciamento dos recursos para a implementação das estratégias e o seguimento das organizações nos diferentes países e escalar em alianças a nível local e internacional.

A campanha desenvolvida foi: O Comércio Justo é Inclusivo

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OFICINAS DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE GÊNERO E MASCULINDADES em 10 coordenadores nacionais (223 homens - 79 mulheres) ENCONTROS REGIONAIS JUVENIS PAÍSES COM COMITÊS DE JOVENS

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Cumprimento Social N

o eixo transversal a proteção infantil avançou no cumprimento da política de proteção infantil e do adulto vulnerável de CLAC, assim como na compreensão e aplicação por parte de nossas organizações membro dos critérios do Comércio Justo e normas nacionais em torno ao trabalho e inclusão dos menores de 18 anos, pondo maior ênfase nas seguintes linhas de ação:

Desenvolvimento de capacidades da equipe operativa e de nossas organizações membro, assim como das Coordenadoras Nacionais sobre a temática de trabalho infantil e liberdade de trabalho. Contatos e exploração de alianças com instâncias nacionais ou locais de proteção infantil, públicas e privadas, o que nos permitiu ter uma melhor compreensão dos nossos potenciais aliados no tema e conformar algumas alianças. Validação da estratégia de CLAC sobre proteção infantil e de ferramentas e metodologias para colocá-la em prática, as quais estão em processo de difundir e fomentar entre as organizações. Em cumprimento da política de proteção infantil e do adulto vulnerável, entraram em vigor novos procedimentos para a comunicação e declaração de consentimento com a política de nossos visitantes e colaboradores externos e para obter as autorizações para a tomada de entrevistas e de material audiovisual a menores de idade.

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Algumas conquistas a destacar são: Na Guatemala iniciou-se um projeto focado nas boas práticas trabalhistas e proteção infantil na área de San Marcos, incluindo atividades de conscientização e capacitação para a Junta Diretiva e pessoal técnico da organização participante; assim como o desenvolvimento de uma política de proteção nessa organização, uma análise das principais vulnerabilidades que poderiam afetar a infância e adultos nas áreas de produção de café e elaboração de um plano de ação que se estará implementando em 2018. No Paraguai e na Colômbia foram formalizadas alianças e iniciadas ações conjuntas com atores do Governo e da sociedade civil, identificando temas de interesse comum nos quais podemos unir esforços na prevenção e remediação ao trabalho infantil. Estes atores são: a Secretaria Nacional da Infância e a Adolescência, o Conselho Local de Infância do distrito de Independência e o Projeto financiado por USDOL “Paraguai Okakuaa”, no Paraguai; o Ministério de Trabalho, a rede de empresas contra o trabalho infantil, a ONG Save the Children e acadêmicos da área de pediatria social na Colômbia. Na Colômbia também se participou no processo de consultas lideradas desde o Governo para a revisão da legislação sobre trabalho infantil. As Coordenadoras nacionais na Costa Rica e no México têm ido se apropriando do tema avançando na construção de suas políticas de proteção infantil a nível de país. Também, por exemplo, na geração de alianças com atores públicos na Costa Rica e na criação da comissão inclusão no México.

Desde CLAC e em aliança com atores do Governo, oferecemos oficinas de capacitação, conscientização e socialização de ferramentas e ações para a abordagem do trabalho infantil, com a perspectiva de que as organizações se apropriem das mesmas e as implementem com o apoio de CLAC. Um total de 29 oficinas foram implementadas em 111 organizações do Paraguai, Jamaica, República Dominicana, Bolívia, Colômbia, Peru, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, El Salvador e México.

Aprendemos tanto sobre o tema de normativas, como nós podemos prevenir e garantir a qualidade da criança e do adolescente dentro do nosso distrito e de nossa organização. É básico e importante conhecer sobre as leis de nosso país, sobre o tema de tráfico de menores, sobre o tema de abuso e exploração infantil e assim não somente melhoramos a qualidade de nossa organização, também melhoramos a qualidade de vida de nossas crianças, também do nosso distrito e do nosso país.

Lyly Pareja Madera, Técnico. Cooperativa Agrária Cafeeira San Fernando, Peru.

Várias destas oficinas têm permitido avançar na análise de trabalho infantil perigoso, reconhecendo a diferença entre tarefas adequadas e permitidas para a adolescência e tarefas perigosas e proibidas, nos processos produtivos de café, banana, cacau e cana de açúcar no Paraguai, Colômbia, México, Belize, Peru, Guatemala, República Dominicana e El Salvador. Essa análise vai continuar em outros rubros produtivos e países em 2018.

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Soberania Alimentar A

Soberania Alimentar, diversificação produtiva e o comércio justo local são apostas necessárias para a construção de sistemas alimentares mais sustentáveis e resilientes. Os pequenos produtores e produtoras cultivam mais de 70% dos alimentos que são consumidos no mundo e são atores fundamentais para o desenvolvimento, a eliminação da fome, erradicação da pobreza e a proteção de recursos naturais. As organizações de pequenos(as) produtores(as) de comércio justo, articuladas a nível regional através de CLAC, incluíram a soberania alimentar como parte dos eixos transversais de trabalho.

A partir disso evidencia-se que a Soberania Alimentar não só se trata de garantir o acesso aos alimentos, senão que também garantir o direito das populações (especialmente rurais) de construir um modelo produtivo, de distribuição e consumo adequado para a sua realidade local. Esse modelo deve ser compatível com a sustentabilidade da mãe terra e com o planeta, inclusivo e em busca de uma maior equidade.

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Junto com a soberania alimentar, vários movimentos camponeses no mundo estão promovendo a agroecologia como “modo de ser, de viver e de produzir”, e também como “processo social, cultural e político”, que harmoniza as relações entre a natureza e os seres humanos. Igualmente, busca a revalorização dos territórios, a defesa da água e as sementes nativas, o patrimônio cultural dos povos rurais e todas as heranças ancestrais.

Muitas organizações membros de CLAC trabalham diariamente no tema de Soberania Alimentar e desde CLAC foi iniciado um projeto de pequena escala de sistematização de lições aprendidas nessas atividades. Iniciamos em 2017 com uma organização cafeeira no México, la Unión Majomut, que já tem muitos anos de ter investido esforços neste tema, particularmente com grupos de mulheres. Queremos aprender dessa experiência e socializá-la por meio de nossos canais de comunicação com os demais membros de CLAC. Os resultados estarão disponíveis em 2018.


Mudança Climática A

s manifestações da mudança climática se observam em todas as regiões. Devido ao ritmo acelerado e à magnitude considerável das mudanças do clima, que estão modificando as dinâmicas naturais e impactando negativamente os ecossistemas e a sociedade em seu conjunto.

É por isso que CLAC tem um Programa de Mudança Climática, cuja finalidade é incrementar as capacidades organizacionais de nossos membros para enfrentar os efeitos da Mudança Climática, e consequentemente ser mais resilientes. É por isso, que ao longo desta memória, pode-se observar como desde as diferentes áreas de trabalho de CLAC tem se tratado este tema, e muitos dos projetos implementados têm este enfoque. Porém, também há outras coisas que contar com relação a esta temática. Assim que outra das conquistas mais destacadas durante 2017 foi a Aliança Ambiental Sustentável de Serra Nevada (Colômbia). A Aliança compõe-se de 5 grupos certificados de banana e 6 associações certificadas de café de Serra Nevada de Santa Marta, cujo objetivo é a conservação das águas que nascem nas áreas médias cafeeiras e altas da serra e irrigam o município da área Bananeira.

Com a estratégia de estabelecer corredores biológicos de conservação da principal fonte de água, foram efetuadas ações de educação ambiental e sustentabilidade entre as 11 associações e outras entidades locais, com um alcance de 1.000 produtores beneficiados em seis Macro-bacias, (Rio Bonda, Rio Córdoba, Rio Frio, Rio Sevilha, Rio Tucurinca, Rio Fundación). Paralelamente, foi desenvolvido outro projeto ambiental no norte da Colômbia, onde participaram 2 organizações de banana e 18 Corporações de Trabalhadores(as) da área bananeira de Urabá. Em uma primeira oficina de Diagnóstico Ambiental e de Mudança Climática foram evidenciados requerimentos comuns entre todos os municípios da área e a necessidade de trabalhar em conjunto, e desde esta reflexão, iniciou-se em 2017 um processo de conformação de um projeto de Conscientização e educação ambiental para a comunidade em geral, onde cada uma das organizações participantes contribuem com uma contrapartida de seu prêmio social.

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Além disso, foram dadas várias oficinas de Diagnóstico Ambiental e de Mudança Climática em organizações cafeeiras da Colômbia onde se capacitou sobre as temáticas do fenômeno da mudança climática, foi estimulado o fortalecimento em processos individuais de mitigação de contaminação ambiental e adaptação à Mudança Climática e animou-se à realização de ações conjuntas em processos de sensibilização e educação ambiental as diferentes comunidades. Conjuntamente, foi realizada uma Jornada de Capacitação em Mudança Climática a implementadores da certificação e técnicos de 30 organizações de Banana, Café e Rapadura da Colômbia. No Equador foi realizada uma oficina para a elaboração de planos de adaptação à mudança climática em Propriedades de El Oro-Machala. Os objetivos da oficina se centraram em sensibilizar e capacitar sobre mudança climática, analisar os riscos e oportunidades diante deste fenômeno e aprender a desenhar um plano de adaptação diante do mesmo. Por outro lado, no México foi realizado um diagnóstico situacional de mudança climática e produtividade com as organizações deste país, com a finalidade de facilitar a tomada de decisões e implementação de ações. Outras ações destacáveis na região foram desenvolvidas no marco da colaboração com Fairtrade Finlândia, onde grande parte dos recursos financeiros e humanos foram investidos para o desenvolvimento de ações relacionadas com a mudança climática, principalmente baseadas na geração de conhecimento. Adicionalmente, em 2017 foram orientadas parte dos esforços para dar seguimento e fortalecer atividades que se implementaram em anos anteriores.

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Dentro da colaboração com Fairtrade Finlândia foi realizada a implementação da enquete sobre manifestações, impactos, vulnerabilidade e ações de mitigação e adaptação à mudança climática nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de café da América Latina e do Caribe. O objetivo da implementação destas enquetes é ter um panorama mais completo da situação atual desta problemática, e assim contribuir para a tomada de decisões para orientar o programa de Mudança Climática de CLAC. Paralelamente e dentro do marco de colaboração com Fairtrade Finlândia, ao longo de 2017, foram realizadas 5 oficinas sobre mudança climática com ferramentas desenvolvidas em anos anteriores (curso de mudança climática e manuais) na Bolívia, Colômbia, Peru e Equador, com promotores e diretivos de diversas organizações, assim como com pessoal operativo de CLAC. Adicionalmente, continuou-se com o apoio da recuperação de ecossistemas naturais na Cooperativa La Fortuna, em El Salvador. Durante o ano de 2017 foram realizadas várias atividades de plantação de árvores nativas e manutenção do projeto. Por último, é necessário mencionar que se elaborou e publicou um manual de uso sustentável da água em espanhol e português, a partir das experiências das organizações que aplicaram ao concurso que se realizou desde Progresso Network em 2016, no marco do Programa de Mudança Climática.


Resumo Execução Financeira 2017 ENTRADAS - Fundos FI - Fundos Café, Cacau, Banana FI - Plano de Desenvolvimento Café - Projeto TRIAS - Projetos FT Finlândia - Projeto Mesas de Diálogo /Fairtrade Irlanda - Projeto Mel para o Futuro / FT Alemanha - Fundos para Enquetes de Lares FI - Apoio Emergência Furacão Mathew FTF - Afiliações e Fundos Próprios - Serviços de Avaliação de Impacto - Projeto BTC - Projeto Shared Interest - Projeto Jovens, Café e Mudança Climática Bolívia/ FT Alemanha-LIDL - Projeto Gênero e Soberania Alimentar /Sodexo - FT Foundation - Fundos mudança climática / FT Foundation - Fundos FI 2016 TOTAL DE ENTRADAS DESPESAS - Pessoal de campo, gastos de viagem e atividades de campo (oficinas, treinamentos, trocas de experiências, participação em feiras, acompanhamento técnico, etc.) - Incidência - Atividades MEL - Comunicações e promoção do Comércio Justo - Governança (participação em consultas de normas, reuniões do Conselho de Diretores e outros comitês, reuniões dentro do sistema FI) - Gastos administrativos e pessoal administrativo - Fortalecimento e operatividade de Coordenadoras Nacionais Subtotal Executado Fundos por aplicar TOTAL DE DESPESAS

QUANTIDADE $2,333,235.00 $943,739.00 $280,960.00 $108,179.00 $404,432.00 $45,000.00 $24,384.00 $9,132.00 $38,518.00 $4,247.00 $157,310.00 $63,735.00 $2,800.00 $57,816.00 $23,023.00 $22,997.00 $457,885.00 $4,977,392.00

PERCENTUAL 47% 19% 6% 2% 8% 1% 0% 0% 1% 0% 3% 1% 0% 1% 0% 0% 9% 100%

$3,401,454.00 $96,689.00 $102,549.00 $136,521.00

73% 2% 2% 3%

$152,422.00 $407,684.00 $345,495.00 $4,642,814.00 $334,578.00 $4,977,392.00

3% 9% 7% 100%

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Desde as Coordenadoras

A

s Coordenadoras Nacionais são muito importantes dentro de CLAC, já que constituem sua força operativa. Estão constituídas pelas organizações de pequenos produtores de Comércio Justo em cada país, independentemente do que produzem. Até o momento, existem 14 Coordenadoras Nacionais constituídas legalmente no México, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, República Dominicana, Haiti, Peru, Brasil, Colômbia, Bolívia, Chile, Paraguai e Equador. É importante apontar que as Coordenadoras Nacionais têm os seus próprios processos, estruturas e tomada de decisões. Nesta seção faz-se um percorrido das principais atividades de cada uma delas:

Coordenadora Mexicana de Pequenos Produtores de Comércio Justo, CMCJ A Coordenadora Mexicana de Comércio Justo (CMCJ), comprometida com o fortalecimento das Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) do México, coordenou 19 eventos entre oficinas e viagens de troca de conhecimentos e saberes de diversos temas: cumprimento de normas, análise de risco em café, análise de resultados do diagnóstico, estratégias de mudança climática, proteção infantil, e planejamento de atividades de gênero, nas quais participaram 55 organizações e 361 produtores(as) dos principais produtos do México. Destacando-se a consulta de normas de

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Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) do sistema Fairtrade e oficinas sobre proteção infantil para entender melhor este processo desde as organizações. A CMCJ liderou 20 reuniões de trabalho com diferentes atores: Universidades ECOSUR (San Cristóbal/Tapachula), CHAPINGO (Centro de Pesquisas Interdisciplinares para o Desenvolvimento Rural Integral/Centro Regional Universitário Oriente), o Centro de Pesquisa Científica de Yucatán (CICY), o Centro de Pesquisa e Assistência em Tecnologia e Desenho do Estado de Jalisco (CIATJ), entre outros, assim como com

representantes de instituições políticas como o Fideicomisso Sul Sudeste da Comissão Nacional de Governadores (FIDESUR).

O comércio justo foi promovido através de feiras, seminários, foros, festejos do Dia Internacional do Comércio Justo, mercados, declarações de universidades de comércio justo. Em matéria de incidência, a Coordenadora Mexicana conseguiu a declaração de uma das maiores universidades de agricultura no México, a Universidade Autônoma Chapingo (www.chapingo. mx).


Também, o Colégio da Fronteira Sul (ECOSUR avançou na assinatura do convênio e tem se dado seguimento ao programa de trabalho da Universidade Politécnica de Huatusco e a organização COORPROVER. Em política pública conseguiu-se estabelecer a ponte de comunicação entre órgãos do governo federal e estadual através do FIDESUR e presença em outras organizações como o conselho nacional de orgânicos entre outros. O México foi sede de 2 encontros de redes de produtos, a Rede mel e a Rede de sucos. Adicionalmente, participaram produtores mexicanos na reunião da rede de sucos da América Latina que se realizou no Brasil. A Coordenadora Mexicana serviu como ligação dos apoios, recursos e solidariedade recebida depois dos tremores do mês de setembro. Os apoios chegaram desde algumas organizações do México, pessoal de CLAC, Coordenadoras Nacionais como a da Guatemala e desde a sede de Fairtrade Alemanha.

Coordenadora Guatemalteca de Pequenos Produtores de Comércio Justo, CGCJ A Coordenadora Guatemalteca de Pequenos(as) Produtores(as) de Comércio Justo, conta com personalidade jurídica desde 2008, como uma organização de segundo e terceiro nível, através de 21 organizações associadas que aglutinam mais de 25 mil famílias que produzem, criam mais de100 mil empregos no campo, exportam produtos com padrões de qualidade internacional, geram importantes somas de divisas para o país e promovem o desenvolvimento de pelo menos 150 mil guatemaltecos.

Durante os 4 anos anteriores e graças ao apoio de CLAC foi desenvolvido o Projeto Fairtrade Finlândia com as organizações de café, projeto que veio fortalecer o trabalho das organizações e principalmente o da coordenadora.

Estas organizações que integram a coordenadora estão distribuídas em onze departamentos da Guatemala com três produtos certificados: café, mel de abelha e vegetais, as quais se caracterizam por dinamizar as economias locais graças aos prêmios sociais das vendas de seus produtos de maneira direta o que encurta substancialmente a cadeia de comercialização. A Coordenadora Nacional tem como fim principal coordenar e apoiar as organizações guatemaltecas de pequenos produtores certificadas no sistema de comércio justo, para elevar o nível de vida e bem-estar da população vinculada; fortalecendo e consolidando as organizações, as relações entre os produtores e o sistema de comércio justo.

Universidade Autônoma de Chapingo, México

de mercado e serviços financeiros; para promover a competitividade e auto-sustentabilidade das associadas.

A sua missão é coordenar e representar as organizações de pequenos produtores, inclusivas e certificadas no sistema de Comércio Justo; incidir nas políticas públicas e organizações privadas relacionada, administra capacitação, inteligência

Visita do Fairtrade Japan

Atividade de comemoração do Fair Trade Day

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Coordenadora de El Salvador de Pequenos Produtores Organizados, CESPPO A Associação Coordenadora Salvadorenha de Pequenos(as) Produtores(as) Organizados de El Salvador (CESPPO), desenvolveu durante o ano 2017 um processo sustentável em diferentes áreas, que lhe permitiu impactar no desenvolvimento social das famílias nas cooperativas. Na área de Finanças trabalhou-se na Estratégia de Sustentabilidade Financeira, que tem como base investir e desenvolver projetos empresariais para mulheres e jovens. Além disso, tem como objetivo que a CESPPO incremente o seu capital. Na área de Comercialização e Mercado, a CESPPO participou nas principais feiras internacionais e nacionais com o apoio do Conselho Salvadorenho do Café. Como resultado, o café Fairtrade de El Salvador é 100% comercializado em mercados da Europa e dos Estados Unidos. Na área de programas, com grande satisfação foram concluídos dois anos de participação no projeto regional FENIAGRO – PERI-FIDA, o qual, teve como resultado a participação por dois anos em eventos de troca de conhecimento no Paraguai, Colômbia, e Guatemala, assim como em oficinas regionais especializadas para cacau e café.

A Iniciativa para o Desenvolvimento do Produtor que se desenvolve na organização El Sunza se completa e se dá o início da implementação de 71 hectares de irrigação.

Caixa Transversal com TRIAS

Assinatura de um acordo com o Conselho Salvadorenho do Café

Em 2017 concluiu também um projeto de 3 anos de aliança com a ONG Belga TRIAS, com um impacto em resultados de mais de 87% na percepção de mudanças nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as), segundo a medição SPIDER que foi implementado em diferentes áreas.

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Assembleia Geral 2017

Além disso, mencionado projeto inclui a perfuração de um poço e o estabelecimento de um sistema de irrigação por aspersão, com fundos Ben & Jerry’s e com os co-investimentos da própria organização. Na área de Gênero e Jovens, trabalhou-se em apoiar com cursos especializados de cacau e barismo, assim como com assistência empresarial com um enfoque de cadeia para a implementação da campanha “O Comércio Justo é Inclusivo”. Esta campanha busca visibilizar o papel das mulheres nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) e na agricultura.


Coordenadora Nicaraguense de Organizações de Pequenos Produtores de Comércio Justo, CNCJ A Coordenadora Nicaraguense de organizações de pequenos(as) produtores(as) de Comércio Justo (CNCJ-Nic), chegou no ano de 2017, três anos depois de ter sido constituída como uma plataforma de integração das organizações Certificadas Comércio Justo nos produtos: café, cacau, mel, gergelim, amendoim, fruta, cúrcuma e gengibre. Na Nicarágua o produto café ocupa 89% das organizações de pequenos(as) produtores(as) certificadas Fairtrade, o 11% restante se distribui entre o resto de produtos mencionados anteriormente. As conquistas mais importantes e significativas alcançadas em 2017 no país, no processo de fortalecimento da Coordenadora foram: • No cacau, vai melhorar significativamente a comunicação e dinâmicas de trabalho com as organizações produtoras. Também, duas organizações nicaraguenses de cacau participaram na reunião da Rede Cacau de CLAC, onde se deu continuidade ao processo de fortalecimento da Rede. Além disso, foram realizados vários encontros entre organizações produtoras e pessoal de CLAC para a definição das linhas de trabalho organizações de pequenos(as) produtores(as) de cacau visando o ano de 2018. Um aliado importante neste 2017 em cacau, tem sido Ritter Sport, empresa de chocolates da Alemanha, com presença na Nicarágua, com a qual foram coordenadas atividades dirigidas a fortalecer as organizações de pequenos(as)

produtores(as), tendo-se criado uma ferramenta de diagnóstico, no social econômico- produtiva – ambiental, para avançar no processo sustentabilidade das organizações, além disso da capacitação dirigida a fortalecer o manejo e compreensão sobre finalidade, princípios e normas comércio justo. • Em café, finalizou-se com sucesso o projeto Fairtrade Finlândia/CLAC, deixando uma Coordenadora Nicaraguense, fortalecida internamente e com maior presença no país, tanto a nível de organizações de pequenos(as) produtores(as) como de atores aliados, entre eles o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) e A Escola Nacional. Com este projeto foram realizadas diversidades de atividades produtivas, as mais significativas foram, a formação de 20 promotores filhas e filhos de produtoras(es) (25% mulheres) em curso especializado sobre produção de café sustentável em pequena escala, os quais trabalharam internamente nas suas cooperativas, o forte impulso para a cafeicultura orgânica com o fortalecimento de 16 pequenas plantas de insumos orgânicos, que produziram uma variedade de produtos e insumos orgânicos. • Outros foram: o estudo realizado sobre o impacto em organizações certificadas em café Comércio Justo Fairtrade Nicarágua, o qual mostrou que o 65,87% da amostra reconheceu que o Comércio Justo permitiu a eles renovarem os seus cafezais,

melhorar o manejo de suas plantações de café e cobrir necessidades básicas, outro aspecto valorizado positivamente foi o impacto gerado pelo comércio justo na tomada de decisões, coesão organizativa, políticas internas, internas e numa gestão transparente. • A CNCJ-Nic e as organizações SOPPEXCCA, PRODECOOP, Tierra Nueva, Las Diosas, Del Campo e UCA Miraflor, participantes na EXPOAPEN 2017, foram ganhadoras com o segundo lugar como organizações Comércio Justo na promoção de marcas e produtos. A finalidade é garantir a promoção e divulgação no mercado local de produtos manufaturados de: café, cacau, mel, gergelim, entre outros, das organizações participantes. A EXPOAPEN é a feira internacional mais importante para o setor produtivo nicaraguense, na qual participam consumidores, provedores compradores nacionais e internacionais.

Encontro Cooperativismo do Desenvolvimento Organizacional

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Coordenadora Nacional de Comércio Justo Costa Rica-Panamá, CNCJCR-P

Em 2017 foi um ano fundamental na participação da Coordenadora Nacional de Organizações de Pequenos Produtores da Costa Rica e Panamá, na Rede Costarriquense de Agricultura Familiar REDCAF. O propósito da Rede é “Promover a articulação, a coordenação e o diálogo nacional para a incidência, a construção e implementação e o seguimento de políticas públicas diferenciadas para a Agricultura Familiar; por meio de ações e estratégias que contribuam com a atribuição de recursos e com o fortalecimento das unidades produtivas familiares e as suas organizações, impulsionando a sua melhora integral e o empoderamento local e nacional, com vistas ao desenvolvimento territorial sustentável e à Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional”. A Presidenta da Coordenadora, a senhora Sonia Murillo, é parte do Comitê Coordenador em representação do espaço para produtores e produtoras a nível nacional. A representação da Coordenadora Nacional nesta instância é transcendental no afã de expor a importância do Comércio Justo como parte da estratégia a seguir, na busca de fortalecer a economia de nossas famílias produtoras e impulsionar em nossos mercados locais e consumidores a sensibilização de preferir produtos nacionais e produzidos no seio da Agricultura Familiar, em sua diversidade de representações.

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Durante segundo ano consecutivo em 2017, foi implementado o Projeto Promoção dos Cafés de Comércio Justo da Costa Rica nos mercados internacionais de alta qualidade, os canais mais aproveitados para o desenvolvimento deste projeto são as duas feiras de café mais importantes do mundo a SCAA e a SCAE; o projeto se desenvolve em parceria entre CLAC, a Associação de Cafés Finos da Costa Rica, Fairtrade International e a Coordenadora Nacional. O projeto promove a exibição de uma seleção dos melhores cafés de 8 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) certificadas Fairtrade da Costa Rica nas principais feiras internacionais de café mais importantes do mundo. O seu objetivo principal é posicionar os cafés certificados comércio justo da Costa Rica dentro do setor de cafés de alta qualidade ou de especialidade. Outra contribuição destacada durante 2017 é a realização de 8 oficinas sobre “Formulação e desenho do plano de negócios para um projeto ligado ao modelo «Agroturismo Justo e Solidário» como alternativa de diversificação empresarial “. Implementou-se com apoio de IICA e o Gestor de CLAC a nível de país, dirigidos a 4 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as): PROBIO, COOPEVICTORIA R.L., COOBANA R.L. e AGROATIRRO R.L.

Durante o ano, foram realizadas 6 capacitações e oficinas nacionais para fortalecer as capacidades agro-empresariais dirigidas às Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) no Panamá e Costa Rica em atenção em produtos como café, banana, abacaxi e cana de açúcar. Participou-se em 4 consultas desde Fairtrade Internacional, sendo a mais transcendental a Revisão Consulta de Normas para Organizações de Pequenos Produtores Fairtrade, com a participação de 15 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) da Costa Rica e 2 do Panamá. Além disso, a Coordenadora Nacional em sua gestão de incidência integra a “Plataforma Nacional de Produção Sustentável de Abacaxi” tendo os espaços proprietários e suplente por parte do setor produtivo de pequenos e médios produtores no Comitê Nacional de Seguimento, cujo papel é analisar, melhorar e acatar as ações lideradas pelo estado no plano de ação para o fortalecimento da produção e comércio responsável de abacaxi.


A Iniciativa Colombiana de Pequenos Produtores de Comércio Justo, Solidário e Sustentável A Iniciativa Colombiana de Comércio Justo da Colômbia, no ano de 2017, fortaleceu a sua aposta política e estrutural representando e realizando ações nos aspectos organizacionais, produtivos e econômicos, especialmente naquelas que definem a recuperação e cuido dos critérios e princípios do Comércio Justo, o qual se configurou como um dos movimentos mais importantes nas últimas décadas dignificando a participação dos pequenos produtores no mercado.

As organizações agremiadas com a Iniciativa Colombiana, com o apoio de CLAC, têm fortalecido o cumprimento de seus objetivos estratégicos desenvolvendo atividades fundamentais para o cuido e preservação dos recursos naturais e no manejo e cuido da água. As ações anteriores fortalecem a aposta mais importante que é a conversão à produção orgânica.

CLAC tem desempenhado um papel fundamental para o fortalecimento de mencionados aspectos durante o ano de 2017, pois se subscreveram 5 convênios que lhe permitiu melhorar a sua estrutura administrativa. Além de recursos importantes, contou-se com espaços que fortaleceram a formação e representação organizacional e política em instâncias de ordem privado e público. Foram realizadas ações como a revisão de políticas públicas com representantes do Governo quanto à normatividade que regulamenta a contratação de menores e o trabalho do idoso, além de espaços de formação e construção organizacional para os jovens incluindo-os e convertendo-os em atores fundamentais das organizações de pequenos(as) produtores(as). A Iniciativa, durante este período, participou da revisão das Normas do sistema Fairtrade. Neste espaço os participantes foram contextualizados sobre as mudanças e incidências da última reforma dos critérios de comércio justo, a nível regional e internacional.

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Coordenadora Colombiana de Comércio Justo, CCCJ 2017 foi um ano de grandes avanços para a Coordenadora Colombiana de Comércio Justo da Colômbia (CCCJ), apesar de algumas dificuldades administrativas que já foram reparadas. Neste ano iniciou-se nos primeiros meses com a “reorganização da casa”, começando pela reconstrução da contabilidade e parte dos compromissos de índole legal da CCCJ.

As duas organizações de representação na Colômbia (Iniciativa Colombiana de Comércio Justo e Solidário e a Coordenadora Colombiana de Comércio Justo) avaliaram a proposta da Colômbia. Depois, em setembro fez-se a retroalimentação e validação do trabalho de normas resultado de uma reunião com representantes das Coordenadoras Nacionais dos diferentes países da América Latina e do Caribe na Cidade do Panamá, Panamá.

A CCCJ foi partícipe de vários encontros relevantes do movimento de Comércio Justo em 2017. Em fevereiro estiveram no encontro de implementadores e jovens em Alcalá, Valle del Cauca. Em junho participaram no encontro de Comércio Justo em Medellín, aproveitando o Foro mundial de produtores de café que foi realizado na mesma cidade. Por outro lado, na Colômbia foram adiantadas reuniões e oficinas com relação à proteção infantil, pelo que foi uma boa oportunidade para o trabalho conjunto entre a Iniciativa e a Coordenadora da Colômbia em agosto. Nesse mesmo mês, realizou-se a revisão de Normas a nível Nacional, espaço onde houve a participação da maioria de organizações da Colômbia. Neste evento de consulta, fez-se uma revisão tendo como base a proposta de Fairtrade e as análises realizadas por organizações e por regiões.

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Workshops de proteção infantil

Logo em outubro, a CCCJ participou em companhia de todas as organizações na feira de Cafés da Colômbia EXPO. Esta feira é especializada na promoção de cafés especiais mais importantes da Colômbia e América Latina. Este evento integra toda a cadeia de valor do café e oferece um cenário para expor e dar a conhecer as tendências e inovações do mercado do café a nível nacional e internacional. Finalmente, em novembro CCCJ deu a sua Retroalimentação à Política de Gênero e Juventude de CLAC, convocado por CLAC em Quimbaya, Quindío; e em dezembro, a Coordenadora esteve também em um evento onde se destacou o Comércio Justo na Colômbia como um modelo a implementar com as vítimas do conflito Colombiano, realizado em Ibagué, Tolima.


Coordenadora Equatoriana de Comércio Justo, CECJ A CECJ, durante o ano de 2017, executou dois projetos muito importantes para o seu fortalecimento: o Projeto TRIAS, onde se enfatizou na participação de Gênero e Geracional, tendo como resultado a eleição de um novo “Comitê GEN GEN” para o período 2017 – 2019 com participação de um representante de trabalhadores(as) das plantações.

A Coordenadora Equatoriana de Comércio Justo (CECJ) mudou, em 2017, a sua diretiva para o período 2017 – 2019, cujos objetivos são, a representação e incidência de suas organizações sócias a nível local e internacional. Os temas de incidência que se destacaram durante 2017 são os seguintes: Apoio para o reconhecimento da Escola Superior Politécnica de Chimborazo – ESPOCH, como Universidade Latino-americana pelo Comércio Justo, quem desenvolveu várias atividades de promoção e difusão do Comércio Justo. Também, realizaram-se foros nacionais e internacionais com o Instituto de Altos Estudos do Equador IAN, 5K pelo Comércio Justo, feiras nos eventos e são os ganhadores na construção de um aplicativo móbil que servirá como catálogo de produtos de Comércio Justo. Igualmente, continuou-se com uma ativa participação nas mesas de discussão da estratégia equatoriana de comércio com a finalidade de elevar a política pública. Em maio fez-se uma apresentação no Foro Internacional de Comércio Justo na Bolívia onde se mostrou o árduo e sustentável trabalho, assim como também as dificuldades enfrentadas neste grande espaço de incidência ganho com o governo equatoriano.

Reconhecimento da Escola Superior Politécnica de Chimborazo - ESPOCH

Adicionalmente, foi aprovada a Política GEN GEN e socializou-se no marco do III Encontro Nacional de Jovens e Gênero. Além disso foram facilitadas sete oficinas sobre Aplicadores dos Sistemas Internos de Controle - SIC. Outra atividade importante foi a execução do projeto com ALADI para a promoção e difusão do Comércio Justo a nível nacional, com a construção das fichas de impacto e o desenvolvimento do Foro Nacional de Produtos de Comércio Justo

Escola de Formação

A CECJ em 2018, legalizou seis organizações como as suas novas sócias e aprovou duas organizações a mais, o qual lhe permitirá ter uma maior representação e sustentabilidade.

Reunião da Rede de Trabalhadores

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Coordenadora Boliviana de Comércio Justo, CNCJ-Bolívia Entre as atividades mais relevantes da Coordenadora Nacional de Comércio Justo da Bolívia (CNCJBolívia) na gestão 2017 destacamos o “1º Encontro Internacional de Comércio Justo: uma aliança para o Desenvolvimento Sustentável”, com participação das Coordenadoras Nacionais e Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de Comércio Justo do Equador, Peru, Chile, República Dominicana, Colômbia e Bolívia. As experiências de incidência compartilhadas, apoiaram o processo de fortalecimento e visibilização da CNCJ-Bolívia.

Técnicos de café da Bolívia visitam CECOVASA no Peru

No “1º. Encontro Nacional de Jovens de organizações de Comércio Justo da Bolívia”, com a participação de 35 (54% mulheres e 46% homens) representantes das 5 redes por produto da CNCJ-Bolívia; onde se elegeu o diretório do comitê de jovens de Comércio Justo. O comitê ficou conformado da seguinte forma:

Foi assinado um convênio de apoio interinstitucional com a Federação de Cooperativas Agroindustriais da Nicarágua (FENIAGRO, R.L.), para a elaboração da proposta de Tratamento Tributário Diferenciado para as Organizações de comércio justo da Bolívia. Com o propósito de contar com uma ferramenta guia para o acionar da CNCJ-Bolívia, construiu-se o Plano Estratégico Institucional quinquenal (PEI), tendo como linhas estratégicas:

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1. 2. 3. 4. 5.

Fortalecimento institucional e das redes por produtos. Desenvolvimento das organizações de pequenos produtores. Incidência política e posicionamento institucional. Promoção do Comércio Justo como elo da cadeia que une Organizações de pequenos(as) produtores (as) e o mercado na Economia Plural. Desenvolvimento de mercados promovendo o comércio justo.

O projeto de café, “Jovens liderando a adaptação à mudança climática em café de comércio justo, em Caranavi - Bolívia” recebeu a visita de avaliação da Unidade de Programas e Projetos de CLAC, conseguindo o 75% de cumprimento, com base nas atividades de administração e transparência, eventos de capacitação e comunicação. Segundo os produtores, as Escolas de Campo (ECA´s) foi uma das atividades mais exitosas.

1º Encontro Internacional do Comércio Justo: uma aliança para o desenvolvimento sustentável

Jovens que lideram a adaptação à mudança climática no café de comércio justo, em Caranavi

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Presidência: Rede Cacau. Vice-presidência: Rede Café. Secretário de Atas: Rede Quinoa. Tesouraria: Rede Artesanatos. Vocal: Rede Castanha.


Coordenadora Nacional de Comércio Justo-Peru, CNCJ-Peru A Coordenadora Nacional de Comércio Justo do Peru (CNCJ-Peru) em 2017 realizou as seguintes atividades: O Conselho Diretivo, aprovou Lineamentos da política institucional de inclusão geracional com jovens, orientado a sensibilizar e fortalecer capacidades dos e das jovens sócios e filhos(as) de sócio(as) em temas de Comércio Justo e cooperativismo. Também realizou atividades de desenvolvimento de capacidades de liderança dos e das jovens sócio(as) para incorporarse em cargos da gestão gremial e empresarial em suas organizações, atividades que se implementam com o apoio da ONG Belga TRIAS. A CNCJ-PERU culminou o Curso de Gestão do Talento Humano para Organizações de café, a qual teve 24 participantes capacitados de 13 Organizações de pequenos(as) produtores(as) de Comércio Justo, contando com o apoio financeiro de Fairtrade Finlândia. Dirigentes e líderes jovens da CNCJ-Peru participaram fraternalmente com a Coordenadora Boliviana, durante a semana de Comércio Justo em La Paz, Bolívia em maio de 2017, evento onde foram compartilhadas experiências e foram ressaltados os valores e impactos do comércio justo na região andina.

Desenvolvimento de habilidades de liderança para jovens

Participação no Encontro Internacional do Comércio Justo na Bolívia

A CNCJ-PERU participou na III Conferência Global do Foro Mundial Bananeiro, realizada do dia 8 a 10 de novembro em Genebra com outros 300 delegados de 40 países cuja Declaração final ressalta o êxito do Peru na harmonização das relações trabalhistas por meio da Mesa de Diálogo nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de banana. Em Piura, a CNCJ-Peru realizou um diagnóstico sobre Medição do Ambiente laboral nas Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de banana da região, com apoio de CLAC, Fairtrade Irlanda e Fairtrade International. A CNCJ-PERU em convênio com Fairtrade Alemanha e CLAC, executou com sucesso, um projeto piloto para a melhoria da competitividade da banana orgânica peruana, onde 6 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de banana estabeleceram parcelas demonstrativas que conseguiram exitosos resultados com a aplicação de bio-fermentos.

Curso de Gestão de Talentos Humanos para OPPs de Café

III Conferência Global do Fórum Mundial da Banana

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Coordenadora Paraguaia de Comércio Justo, CPCJ Para a Coordenadora Paraguaia de Comércio Justo (CPCJ), o ano 2017 foi um ano de muitas conquistas e avanços significativos, graças ao compromisso assumido pelos membros desta nucleação que representa 9 Organizações de Pequenos(as) Produtores(as) de cana de açúcar. Em 2017 fez-se ênfase ao empoderamento dos jovens nas organizações, através de seu envolvimento em atividades relevantes durante todo o ano, o que tem contribuído para o crescimento da Coordenadora.

Entre as atividades mais destacadas do ano podemos citar as seguintes:

Comemoração Dia do Comércio Justo, Aregua

É necessário ressaltar que o trabalho foi desenvolvido a partir do seguimento do Plano Estratégico (2017 – 2021), o qual busca otimizar o trabalho conjunto sem descuidar o dia a dia de cada organização membro. Como política, a Coordenadora segue fortalecendo as alianças estratégicas, trabalhando de forma conjunta com organismos tanto governamentais e nãogovernamentais que ajudam a seguir o rumo traçado. Outra atividade que se priorizou em 2017 foi o seguimento da Campanha Arroyos y Esteros, Cidade pelo Comércio Justo no Paraguai. Esta declaratória posicionará ainda mais o país e contribuirá para a promoção dos valores do Comércio Justo tanto a nível local como a nível internacional.

Comitê impulsionador da campanha de Arroyos

Comemoração do Comércio Justo - Manduvira

Sem dúvidas poder concretar a Reunião da Rede de Açúcar ,da América Latina e do Caribe, no Paraguai foi a maior conquista da Coordenadora do Paraguai!

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Encontro de Jovens

Oficina de troca de conhecimentos sobre o Sistema Participativo de Garantias. Festejos em comemoração ao dia Mundial do Comércio Justo com a realização de duas grandes atividades para a promoção e difusão do Comércio Justo. Encontro regional de jovens de Comércio Justo com a participação de representantes do Brasil, Uruguai, Chile, Argentina e Paraguai. Reunião da Rede de Açúcar com participação total dos membros de mencionada rede. Oficina de associativismo e marco normativo nacional com relação a associações sem fins lucrativos. Primeira fase de consulta da norma de Organizações de Pequenos(as) Produtores(as).

O compromisso da CPCJ é seguir crescendo como Coordenadora Nacional, e ser referentes a nível continental.


Coordenadora Nacional de Comércio Justo, Chile A Coordenadora Nacional de Comércio Justo Chile (CNCJ Chile) durante o ano de 2017, realizou ações para o desenvolvimento e crescimento do Comércio Justo no Chile e na região, executando atividades de desenvolvimento organizacional, fomento às exportações e apoio ao desenvolvimento e crescimento do Comércio Justo no Chile. Para a visualização do Comércio Justo dos pequenos(as) produtores(as) realizou-se um Seminário Internacional de Comércio Justo, com a participação dos principais representantes do Comércio Justo internacional, entre eles CLAC, com a presença de seu Presidente e da Diretora Executiva. Potenciou-se o fomento para a instalação de competências e capacidades dos membros da CNCJ Chile com ações como capacitações em Fomento Produtivo (capacitação para aceder a instrumentos do Estado em áreas de fomento produtivo, econômico e meio-ambiental) e oficinas de marketing internacional, diagnóstico organizacional apoiado por CLAC, para coaching de fortalecimento organizacional, entre outros. Também realizou-se a formulação de projetos e programas de Fomento, para as entidades CORFO, INDAP, PROCHILE e CRDP Maule, para atividades a desenvolver em 2018, em áreas de promoção e inovação social, Comércio Justo e inclusão e equidade de gênero. Em paralelo, para a articulação, participouse em Mesas Consultivas do Ministério da Economia, Divisão Associatividade e Economia Social, em temáticas de Gênero, Políticas Públicas e Governança.

A CNCJ Chile se integra e se visualiza como o organismo promotor do Comércio Justo no Chile de pequenos(as) produtores(as). No que diz respeito à promoção e difusão dos produtos ofertados pela CNCJ Chile, seu encadeamento com novas organizações, destacam-se a roda de negócios contemplando potenciais clientes internacionais e as empresas membros da CNCJ Chile. Além disso, gerenciou-se a visita à Feira Anuga, Alemanha, por parte de representantes das organizações da CNCJ Chile, Projeto adjudicado com apoio de ProChile. Em Promoção, gerenciou-se uma Gigantografia nacional, um site web e um folheto corporativo e material promocional, para a difusão do Comércio Justo. Adicionalmente, desenvolveu-se o projeto de CESTAS JUSTAS, com apoio das empresas membros e da Universidade Católica de Maule, projeto piloto desenvolvido para festas de Natal e Ano Novo.

Foram assinados importantes convênios como o convênio entre o Jornal DECOOP Chile e a CNCJ Chile. O jornal das Cooperativas chilenas difundirá todas as atividades das organizações membros e a CNCJ Chile fomentando o Comércio Justo no Chile. Por outro lado, o convênio entre a Divisão de Associatividade e Economia Social do Ministério da Economia e a CNCJ CHILE foi assinado. Neste o Ministério reconhece na Coordenadora o ente autorizado para apoiar a précertificação de novas e mais organizações de pequena agricultura a nível nacional. Continua-se na procura para incorporar novas organizações ao comércio justo e incluir nas licitações nacionais de compras públicas as ofertas das organizações membros da CNCJ Chile, a partir da assinatura de vontades de diversas municipalidades das campanhas de comércio justo existentes na região.

Outras atividades importantes nas que a Coordenadora participou foram a oficina de revisão de Normas de Comércio Justo com apoio de CLAC; a realização do encontro pelo Comércio Justo, desenvolvendo temáticas sobre Incidência, Certificação, Fomento comercial e, Relação Sul Sul com representantes internacionais de CLAC, a Coordenadora Nacional de Comércio Justo de PERU, WFTO, autoridades chilenas e organizações de Comércio Justo nacional. Também foram realizadas mesas de trabalho e atividades para a comemoração do Dia do Comércio Justo em maio de 2017, assim como uma oficina de revisão de Preços Mínimos, apoiados por CLAC.

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Coordenadora de Comércio Justo do Brasil - BRFAIR Em 2017, a Associação de Organizações de Produtores de Fairtrade do Brasil (BRFAIR) dedicou esforços para melhorar seu fortalecimento organizacional, comunicação e transparência. Também procurou ampliar a participação de seus sócios nos debates políticos acerca do Comércio Justo e nas oficinas de fortalecimento. Entre as atividades destacadas da Coordenadora Brasileira de Comércio Justo (BRFAIR) durante o ano de 2017 podem-se mencionar: Contratação de una Gestora Executiva. ● Visita aos sócios da BRFAIR pela Gestora. ● Comemoração do Dia Internacional do Comércio Justo. ● Participação ativa na Consulta de Normas para Organizações de Pequenos Produtores. ● A Coordenadora Nacional teve Presença na “Semana Internacional do Café”, em Belo Horizonte (Minas Gerais), para promover as suas organizações e produtos. ● Promoção dos cafés Fairtrade nas Feiras Internacionais, por meio da realização de degustações. ● Participação na Reunião Internacional da Rede de Sucos. ● Workshop de Riscos para Mercado de Café. ● Informativo de atividades de BRFAIR para seus sócios. ● Troca virtual de experiências entre Coordenadoras Nacionais do Brasil, Costa Rica e México.

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Consulta de Normas para OPP

Encontro Internacional da Rede de Frutas e Sucos

Stand da BRFAIR na Semana Internacional do café

Workshop Associativo


Coordenadora Dominicana de Pequenos Produtores e Trabalhadores de Comércio Justo, COORDOM 2017 consistiu para a Coordenadora Nacional de Comércio Justo da República Dominicana, um ano de fortalecimento e empoderamento de suas organizações membro, em especial dos comitês e a Rede de trabalhadores e trabalhadoras.

Também, continuou-se executando, com grande sucesso, o Programa de Incremento à Produtividade (PIP) através de um manejo agronômico dos sistemas de produção de banana que melhora a produtividade e qualidade da fruta preservando o meio-ambiente.

Contou-se com uma ativa participação dos 20 plantios em cada uma das oficinas e capacitações realizadas durante o ano centradas principalmente no desenvolvimento de Boas Práticas Trabalhistas. Dentro deste trabalho destaca-se a elaboração de um “procedimento de queixas e sugestões” que se construiu em conjunto entre gerentes, mandos médios e trabalhadores, através do qual tem se fomentado a melhoria dos relacionamentos e a boa comunicação entre todas as partes.

Pelo anterior é que desde a COORDOM se segue trabalhando por e para o pequeno(a) produtor(a) e trabalhador(a) de cada uma das organizações membro, pondo sempre no centro o cumprimento e respeito dos valores e princípios do Comércio Justo como eixo central de trabalho.

Conseguiu-se retomar a Assembleia Geral de trabalhadores e trabalhadoras e eleger os novos representantes da Rede Nacional. Neste encontro pôde-se conhecer o impacto do uso da prima Fairtrade por parte de cada um dos comitês. Exemplos disso são a reparação e construção de moradias, o apoio para a comunidade em diferentes projetos de desenvolvimento social, bolsas de estudo, escolas e sala de tarefas, entre outros.

Atividades com trabalhadores de plantação

Projeto PIP, RD

Reunião da Rede de Trabalhadores

A nível de Organizações de Pequenos(as) Produtores(as), deu-se apoio e seguimento ao cumprimento da normativa Fairtrade, através de diferentes oficinas e capacitações para a elaboração de Planos de Desenvolvimento, manejo e uso da Prima e fortalecimento institucional. Projeto PIP. RD

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Coordenadora Haitiana de Pequenos Produtores de Comércio Justo - KOSEA Em 2017 o Haiti esteve marcado por um lento retorno à normalidade depois dos efeitos combinados do furacão Matthew e dos distúrbios políticos ligados à campanha eleitoral para renovar o pessoal político do país. Neste contexto, a Coordenadora Haitiana de Comércio Justo (KOSEA) em aliança com BUPRODER dedicouse, mais que tudo, a atividades de incidência dando a conhecer o sistema e a coordenação do apoio post furacão Matthew às organizações do extremo Sul do país. Graças ao apoio solidário de CLAC, Fairtrade Alemanha e à Fairtrade Foundation pôde-se apoiar os pequenos(as) produtores(as) diretamente afetados por mencionado furacão, tanto através de distribuições de kits alimentícios e sanitários, como na reparação de tetos de suas moradias.

Os e as produtores(as) de KOSEA apreciam muito as duas missões de CLAC a Haiti que se realizaram em 2017. Uma foi de prospecção e a outra uma visita técnica de cacau. Este é um claro sinal que demonstra que o Haiti segue formando parte da grande família regional do comércio justo.

visita do CLAC a Thiotte

Apesar disso, a de-certificação por falta de pagamento da CAUD, procedente da região Sudoeste mais afetada por Matthew segue sendo uma fonte de preocupação. Esta situação é um dos maiores desafios para o ano de 2018. Mesmo não tendo conseguido ainda a constituição legal de KOSEA, fomentou-se em grande medida a vida associativa dentro de suas organizações, a partir da realização de suas respectivas assembleias gerais e a participação em eventos regionais como a reunião da Rede Cacau celebrada em Santo Domingo em novembro de 2017.

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Feccano, cacau

ASPVEFS-Manga


Coordenador Latino-Americano e do Caribe de Pequenos Produtores (as) e Trabalhadores (as) do ComĂŠrcio Justo, CLAC www.clac-comerciojusto.org info@clac-comerciojusto.org


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