UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES ARQUITETURA E URBANISMO
PARQUE SOCIO EDUCACIONAL
CLARICE MALINOSKI DE OLIVEIRA
Mogi das Cruzes - SP Julho/2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
PARQUE SOCIO EDUCACIONAL
CLARICE MALINOSKI DE OLIVEIRA
Monografia apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mogi das Cruzes, sob orientação da Profª. Mestre Martha Lúcia Cardoso Rosinha.
Mogi das Cruzes - SP Julho/2019
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CLARICE MALINOSKI DE OLIVEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I PARQUE SOCIO EDUCACIONAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca. Aprovado em: ________________
BANCA EXAMINADORA
____________________________________ Professora Orientadora Arquiteta Mestre Martha Lucia Cardoso Rosinha Universidade de Mogi das Cruzes
____________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes
____________________________________ Arquiteto convidado 3
Agradecimento
Agradeço à minha mãe, pelo carinho e por não medir esforços para me auxiliar a chegar onde estou hoje, sempre incentivando para que me tornasse uma pessoa e profissional melhor a cada dia. À minha família como um todo que deu suporte ao longo destes anos. Aos professores, que mostraram ao longo do curso, um novo ver sobre o mundo e esta profissão, incentivando a busca por conhecimento e estar sempre evoluindo. Aos meus colegas de trabalho que de bom grado compartilharam seus conhecimentos e experiências que muito contribuiu para meu crescimento profissional e pessoal. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada.
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Resumo
Este trabalho trata de uma iniciativa para implementação de uma unidade de ensino profissionalizante assim como uma área verde voltada para lazer e aumento de área vegetada no centro de Suzano e diminuição da quantidade de lotes subutilizados na região central. Com a baixa quantidade de áreas verdes nos centros urbanos, há necessidade de se reverter esta situação, a fim de se aproximar do sugerido pela OMS de 12m² de área verde por habitante, redução de poluentes no ar, criar áreas de descanso assim como é importante o estímulo ao convívio social de qualidade. A fim de proporcionar oportunidades para geração de renda para as pessoas, a unidade educacional terá infraestrutura necessária para oferta de cursos gratuitos para a população, um auxílio para o ingresso e a recolocação no mercado de trabalho.
Palavras-chave: Área arborizada; Ensino profissionalizante; Praça;
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Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12 1.
Definição do Tema ............................................................................... 13
1.1.
Praças................................................................................................ 13
1.1.1. Histórico do tema ........................................................................ 15 1.2.
Educação profissionalizante pública.............................................. 16
1.2.1. Histórico do Tema ....................................................................... 18 1.2.2. Modalidade de cursos a ser desenvolvidos .............................. 19 2.
3.
4.
5.
Legislação ............................................................................................... 21 2.1.
Vigilância Sanitária Decreto nº 12.342/1978 ................................... 21
2.2.
NBR 9050........................................................................................... 25
2.3.
Bombeiros......................................................................................... 29
2.4.
Plano diretor ..................................................................................... 29
2.5.
Lei de Uso e Ocupação do Solo ...................................................... 31
Estudos de Caso ..................................................................................... 33 3.1.
Parque educativo Raíces ................................................................. 33
3.2.
Parque Sabesp Mooca ..................................................................... 39
Visita técnica ........................................................................................... 43 4.1.
SASPE ............................................................................................... 43
4.2.
Parque Prefeito Mario Covas ........................................................... 47
4.3.
Crescer- Unidade Vila Natal............................................................. 51
4.4.
Praça General Osório ....................................................................... 58
Área de Intervenção ................................................................................ 60 5.1.
Estado ............................................................................................... 60
5.2.
Município........................................................................................... 61
5.2.1. História ......................................................................................... 61 5.3.
Terreno .............................................................................................. 64 6
6.
Urbanístico .............................................................................................. 65 6.1.
Uso do Solo ...................................................................................... 65
6.2.
Orientação solar ............................................................................... 66
6.3.
Trânsitos ........................................................................................... 67
6.4.
Índices urbanísticos ......................................................................... 68
7.
Perfil do Cliente ....................................................................................... 69
8.
Conceito................................................................................................... 69
9.
Partido Arquitetônico ............................................................................. 70
10.
Programa de Necessidades ................................................................ 76
11.
Agenciamento ...................................................................................... 84
11.1.
Setor educacional ......................................................................... 84
11.2.
Área Comum .................................................................................. 84
11.3.
Área Administrativa ...................................................................... 85
11.4.
Área de Serviços ........................................................................... 85
12.
Organograma ....................................................................................... 86
13.
Fluxograma .......................................................................................... 87
14.
Setorização........................................................................................... 88
15.
Estudos Preliminares .......................................................................... 88
Bibliografia ........................................................................................................ 92 ANEXOS ........................................................................................................... 97
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Lista de figuras Figura 1- Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento a e b . 26 Figura 2- Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento c, d, e, f .................................................................................................................................. 26 Figura 3- Exemplos de proteção contra queda ................................................. 28 Figura 4- Imagem 3D do projeto ....................................................................... 33 Figura 5- Setorização 3D do projeto ................................................................. 34 Figura 6- Planta Baixa ...................................................................................... 34 Figura 7- Planta de Cobertura........................................................................... 35 Figura 8- Foto do projeto implantado ................................................................ 36 Figura 9- Cortes A, B e C .................................................................................. 36 Figura 10- Cortes D, E e F ................................................................................ 37 Figura 11- Esquema de Fachadas (Norte, Noroeste e Sul) .............................. 37 Figura 12-Esquema de Fachadas (Oeste e Leste) ........................................... 38 Figura 13- Imagem 3D do Parque SABESP ..................................................... 39 Figura 14- Imagem Passarela ........................................................................... 40 Figura 15- Imagem 3D da escada..................................................................... 40 Figura 16- Implantação do Parque.................................................................... 41 Figura 17- Detalhe do piso elevado .................................................................. 42 Figura 18- Cortes .............................................................................................. 42 Figura 19- Pergolado ........................................................................................ 42 Figura 20- Fachada do SASPE - entrada pela Rua General Francisco Glicério .................................................................................................................................. 43 Figura 21- Biblioteca do SASPE ....................................................................... 44 Figura 22- Cozinha experimental ...................................................................... 45 Figura 23- Sala de Corte e Costura .................................................................. 46 Figura 24- Sala de aula (cursinho) .................................................................... 46 Figura 25- Entrada do Parque Prefeito Mario Covas ........................................ 47 Figura 26- Passeio com vista para pergolado do Parque Prefeito Mario Covas .................................................................................................................................. 47 Figura 27- Centro de informação turística ......................................................... 48 Figura 28- Pista de caminhada do Parque Prefeito Mario Covas ..................... 49 Figura 29- Sanitários......................................................................................... 49 8
Figura 30- Bicicletário e acesso à Av. Santos ................................................... 50 Figura 31- Pergolado ........................................................................................ 50 Figura 32- Passagem descoberta e pergolado ................................................. 51 Figura 33- Entrada Crescer Vila Natal .............................................................. 52 Figura 34- Rampa e escadas externas ............................................................. 52 Figura 35- Cozinha (Padaria e Confeitaria) ...................................................... 53 Figura 36- Cozinha Experimental...................................................................... 53 Figura 37- Sala Multimídia ................................................................................ 54 Figura 38- Corredor de salas, aceso à escada e sanitários .............................. 54 Figura 39- sala de informática........................................................................... 55 Figura 40- Refeitório ......................................................................................... 56 Figura 41- DML ................................................................................................. 56 Figura 42- Sala de Beleza ................................................................................ 57 Figura 43- Sala de Beleza- Cadeiras ................................................................ 57 Figura 44- Entrada da praça General Osório .................................................... 58 Figura 45- Centro da raça General Osório ........................................................ 59 Figura 46- Arborização e bancos da praça ....................................................... 59 Figura 47- Lateral da Praça Osório ................................................................... 60 Figura 48- Localização e Suzano na Região Metropolitana .............................. 61 Figura 49- Mapa de Localização de Município ................................................. 63 Figura 50- Vista frente do lote pelo lado da Rua General Francisco Glicério ... 64 Figura 51- Localização do terreno .................................................................... 65 Figura 52- Mapa de Uso do Solo ...................................................................... 65 Figura 53- Orientação solar do terreno ............................................................. 66 Figura 54- Pontos com parada de transporte público ....................................... 67 Figura 55- Exemplo de arquitetura industrial .................................................... 70 Figura 56- Exemplo de arborização .................................................................. 71 Figura 57- Rua das Flores- Curitiba .................................................................. 71 Figura 58- Composição do Bioconcreto ............................................................ 72 Figura 59- Imagens esquemáticas do funcionamento do bioconcreto .............. 72 Figura 60- esquema do conceito do produto .................................................... 74 Figura 61- Exemplo de piso V3 Pavegen .......................................................... 74 Figura 62- Esquema patenteado do gerador de energia .................................. 75 9
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Lista de tabelas Tabela 1- Tabela de Macrozoneamento (MUC) ................................................ 31 Tabela 2- Tabela de Usos permitidos no Zoneamento Municipal (Z-1) ............ 31 Tabela 3- Tabela com resumo da orientação solar do terreno ......................... 67 Tabela 4- Índices Urbanísticos aplicados no Terreno ....................................... 68 Tabela 5- Tabela de Necessidades - Educacional ............................................ 76 Tabela 6- Tabela de Necessidades - Área Comum .......................................... 78 Tabela 7- Tabela de Necessidades - Área Técnico Administrativa ................... 79 Tabela 8- Tabela de Necessidades - Área de Serviços .................................... 82
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INTRODUÇÃO O objetivo deste projeto é desenvolver uma área de lazer, descanso integrado à um local para formação profissional e auxilio para inserção no mercado de trabalho, como também, um espaço público para atuar como respiro em meio ao centro urbano e comercial do Munícipio de Suzano. Objetivos específicos: •
Criação de área pública de lazer e descanso;
•
Criar espaço arborizado como “respiro” no centro urbanizado;
•
Incentivo ao aperfeiçoamento profissional e inserção no mercado de trabalho através de instalações de ensino adequadas para as aulas ali ministradas.
Com a implantação deste projeto tem-se em vista a utilização de uso público de lotes subutilizados que contribuirão não apenas com aumento de área verde em centro urbano, mas também abrigará um centro de educação profissional gratuito, que trará um local de promoção de atividades voltadas para o desenvolvimento profissional de moradores da cidade. Um local de aprendizado é sempre necessário para Município, que com mão de obra qualificada se devolvem profissionais aptos para diferentes seguimentos do mercado de trabalho, principalmente quando estes cursos são ministrados de forma gratuita, o que gera oportunidades para os cidadãos que não despendem de recursos para alcançar tais melhorias por meio de ensinos particulares. Para que se torne viável para implantação, deve ser um local de boa localização, bem fornecido de atendimento de transporte público ou em local que admita um acesso de pedestre por meio do caminhar, de modo à ser ideal estar situado em uma localidade central. A subutilização de terrenos traz um malefício para os cidadãos, visto que uma área poderia ser destinada para melhoria da qualidade de vida, geração de renda ou prestação de serviços, porém, sem uso fica suscetível a ocupações irregulares e podendo até ser foco de doenças e criadouro de animais peçonhentos caso não haja manutenção adequada, além de criar insegurança paras os transeuntes decorrente de possíveis ações criminosas. A dificuldade de acesso de pedestres devido à fatores como grandes desníveis, buracos, calçadas estreitas, obstáculos ao longo do percurso, falta de acessibilidade 12
e falta de locais para descanso causa diminuição de circulação de pessoas nas calçadas, visto ter maior facilidade e comodidade no deslocamento em veículos próprios, ou em alguns casos, optam por transporte público que geram maior quantidade de poluentes. Aliado a este empecilho, a falta de áreas verdes espalhadas pela cidade prova ser uma adversidade à boa qualidade do ar, altas temperaturas e ao controle de ruídos em centros urbanos, visto que como outras cidades do Brasil estão de desacordo a recomendação da OMS de 12m² de área verde por habitante. Neste cenário evidencia a necessidade de melhores locais para caminhar, descansar, e maior quantidade de áreas verdes em meio urbano tanto para benefício dos pedestres como para qualquer outro no centro.
1. Definição do Tema
1.1. Praças Os espaços públicos são locais voltados ao povo, abertos à sociedade que segue interesses coletivos geridos e regulamentados pela administração pública que deve garantir cidadania e meios de usufruir. Habitualmente, os espaços públicos têm destinações diversas para um público abrangente sem distinções de etnia ou classe social. Segundo o Arquiteto e Urbanista Luiz Guilherme Rivera de Castro (julho/2013, edição 232) “Compreende os lugares urbanos que, em conjunto com infraestruturas e equipamentos coletivos, dão suporte à vida em comum: ruas, avenidas, praças, parques”.
Sua existência é essencial para a criação de locais com convivência e troca de diversas culturas, em essência democráticos por abrangerem sem distinção o público, que difere de ambientes privados, que tendem a ter maior restrição de fluxo e grupo social que venham a utilizá-lo, que gera dúvidas de diferença quando comparado com espaços semi-públicos, como em casos de Shoppings Centers que nestes casos há maiores restrições que em locais públicos, porém, mantém a convivência e encontros de pessoas.
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Para Paulo Césae da Costa Gomes, “os atributos de um espaço público são aqueles que têm relação coma vida pública [...] E, para que esse ‘lugar’ opere uma atividade pública, é necessário que se estabeleça, em primeiro lugar, uma copresença de indivíduos.” (GOMES, 2010)
Nestes espaços encontram-se alguns mobiliários urbanos como bancos, luminárias, lixeiras, placas, objetos que facilitem e garantam o uso adequado do local para suas devidas finalidades. A praça é um lugar que apresenta diversidade e democratização do espaço, além de apresentar variedade de usos como lazer, comércio e serviços e criar conexões entre pessoas, ruas e o meio urbano em que está inserido, além de local para exercício de cidadania. Segundo (ALEX, 2011) o conceito de praça como encontro e convergência de fluxos urbanos é alterado para um lugar com equipamentos de recreação e área vegetada, desconsiderando questões de demanda e necessidades específicas do local. Atualmente as praças atuam como algo desconexo do meio urbano, por conta em grande parte de inadequação de projetos, atuando muitas vezes como barreira para transposições, não convidativo e até locais que apresentam perigo paras os passantes, que gera o abandono da área e afugenta a população, ou ocupações irregulares. A integração da praça com seu entorno promovendo devida circulação, acesso e comunicação com entorno deve estar em sintonia com seu projeto paisagístico, com atenção aos detalhes notados em escala humana, que indiferente do estilo estético ou tamanho, deve se preocupar com as necessidades regionais de onde se encontra. Segundo Stephen Carr, os espaços públicos podem ser classificados em três tipos de acesso, sendo eles o físico, em que não há barreiras para entrar ou sair de um lugar, o que indica a necessidade de se refletir no momento da locação dos acessos de passagem, entrada e saída no momento da concepção do espaço; acesso visual, refere-se ao primeiro contato com o espaço, mesmo que em longa distância, o que instiga ou não de adentrar, e engloba a visibilidade de todos os ângulos possíveis enquanto observados em escala humana para informar se o local apresenta riscos ou não; o acesso simbólico ou social refere-se à sinais sutis ou não se o local é acolhedor e receptivo ou não, como existência de guardas, porteiros que indicam ordem e segurança, enquanto em locais fechados e com existência de comércio, um exemplo 14
seria o valor das mercadorias ou até mesmo a decoração aplicada (CARR, 1995). Estes três tipos de acessos quando combinados nos traz se um espaço é convidativo para uso ou não. As praças podem ter quatro tipos de classificação (MACEDO e BORBA, 2002): •
As praças jardins tem como objetivo contemplação da natureza, e circulação. Podem ser mudados ou abertos, ou até mesmo circundado por edifícios;
•
As praças secas são voltadas para grande circulação de pessoas sem vegetação;
•
Praças azuis são as que tem como principal atração água;
•
Parava amarelas são as praias.
1.1.1. Histórico do tema As praças foram sofrendo alterações referentes ao seu traçado e função de acordo com o passar do tempo e cultura que estava inserida, porém, entre gregos e romanos era conhecida como ágora ou fórum, um espaço voltado para tomada de decisões, transmissão de conhecimento e cultura, grandes e bem cuidados, estes espaços eram muito importantes e bem planejados. Já na Idade Média, as praças adquiriram função mais religiosa como celebração de casamentos, funerais e outros ritos religiosos, assim como era local para execuções e comércio. Esta concepção é devido às constantes tentativas de invasão das cidades, antes muradas e fortificadas, que não se atentavam à estética, e sim, funcionalidade. Com o avanço dos conceitos urbanos, as praças foram se moldando aos períodos correspondentes, como por exemplo as Piazzas, praças italianas ou as Plazas, praças espanholas que no período de transição entre Idade Média e Renascimento, final do Século XIII, apresentavam praças com finalidade de representatividade de poder, normalmente localizada próximo à uma igreja, e praças voltadas para o comércio, estrategicamente localizadas no centro pelas principais vias de acesso à cidade. Com o passar do tempo, sua funcionalidade foi se alterando, para um local mais elaborados, com funções sociais, artísticas, ambientais e contemplativas.
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As Places, praças francesas do início do século XVII contavam com vasta arborização, diferente da italiana e espanhola, que serviram de inspiração para a Square londrina. Segundo (ALEX, 2011) “A praça em sua origem latina, caracteriza-se como espaço de encontro e convívio, urbano por natureza.” Desta forma, o conceito de praça aplicado pode variar de acordo não apenas com a época em que foi desenvolvida, mas também pela região. O autor menciona que o paisagismo e a concepção de espaços livres moderno brasileiro foi muito influenciado pela concepção norte-americana por volta da década de 1950, perdendo suas características como espaço público e democrático, e também não concilia com o espaço urbano. A concepção americana, não era bem visto socialmente pessoas vagando pelas ruas, pois por volta do século XIX eram estimulados os domínios privados que criou uma defasagem de experiências com espaços públicos e sua dinâmica com o entorno como diz Lofland em The Morality of Public Life: the Emergence and Continuation of a Debate (LOFLAND, 1989), de forma que o convívio público se dava em locas voltados para consumo ou eventos de diferentes portes ou finalidades, divergindo dos espaços europeus. As praças brasileiras advêm da instituição da igreja na época colonial como marco inicial da consolidação das então vilas, contendo na área central um largo das igrejas, com espaços amplos, porém vazios. A forma das atuais praças difere dos jardins públicos franceses do século XIX, que mantinham padronização e simetria.
1.2. Educação profissionalizante pública
A educação profissionalizante é uma modalidade do ensino que oferta cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e cursos Técnicos. Nos casos da modalidade de ensino FIC os cursos têm carga horária reduzida e não conferem diploma técnico, apenas uma certificação para determinada função que o aluno desenvolveu ao decorrer do curso, esta certificação não é obrigatório o a concisão do ensino médio. Abrangem cursos de capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização dos cidadãos.
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Em cursos de ensino técnico tem maior duração, tendo a carga horaria mínima de 800 horas, que ao final o aluno recebe um diploma de nível médio técnico que o possibilita a desempenhar funções técnicas. Diferente do FIC, para o recebimento do diploma é necessário que o aluno tenha concluído a modalidade do ensino médio. Com o surgimento desta modalidade da educação no período da Primeira República, o ensino profissionalizante vem ganhando espaço nos dias atuais por conseguir prover qualificação em diversas áreas em menores períodos que cursos técnicos (nível médio e tecnólogos (nível superior) que demandam maiores períodos de tempo. Conforme a Lei nº 9.394/1996- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no Artigo 42, apodem ser ministrados cursos de livre oferta que abertos à comunidade, promovem capacitações para desenvolvimento de cidadania e preparação para exercício profissional de algumas ocupações fim de capacitar pessoas para novas fontes de geração de renda. “A educação como um processo mais amplo exerce um dos mais relevantes papéis na regulação das normas sociais, que são as pautas definidoras do comportamento individual dentro da sociedade. ” (Machado, 1989, pg. 97) Desta forma a educação tem importante papel quanto à geração de oportunidades e redução da desigualdade social, além de criar vínculos sociais decorrentes do convívio entre os alunos, professores e demais funcionários das unidades de ensino, como explica Machado quando diz: “A escola é uma das mais importantes agências socializadoras. ” (Machado, 1989, pg. 97) A educação contribui com a construção social, criando uma interdependência social, ao modo que um individua necessita diretamente ou indiretamente de outro devido suas funções diversas porem complementares deste modo, a existência de variedade de funções em cooperação é benéfica para o funcionamento da sociedade para garantir uma coesão social. Para Morrish, (1975, p. 47) “uma sociedade deve proporcionar uma adequada diferenciação e atribuição de papéis: a estabilidade e continuidade de qualquer sociedade depende, em grande medida, do persistente desemprenho de certas atividades por diferentes grupos, nessa sociedade. Sem essas atividades habituais e ordenadas, a sociedade desmoronaria rapidamente. Tampouco é suficiente que qualquer um tente desempenhar tais atividades; deve existir
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uma
divisão
de
trabalho
baseada
no
adestramento,
capacidade e especialização, assim como na motivação. ”
O conceito de capital humano advém da época neoclássica, sob a concepção clássica do valor do trabalho, que atribui seu valor por sua utilidade, incluindo todas as fontes de produção que trará benefícios para outras pessoas. Ela consiste na teoria do quesito humano ser a fonte da produtividade, visto como investimento nos casos de oferecimento de aperfeiçoamento, o que retornaria como benefícios para o indivíduo e a sociedade em geral. A estratificação social gera a desigualdade social, por seguir os parâmetros de sociedade divindade em classes, uma em detrimento da outra, criando uma hierarquia social, que recebem recompensas proporcionais a classe que pertence e ao seu merecimento por esforço que consequentemente cria privilegiados e desprivilegiados.
1.2.1. Histórico do Tema O ensino profissionalizante teve início no Brasil com a Rede de Ensino TécnicoProfissional, advindo da Primeira República (1889- 1930), em 1909, o então presidente Nilo Peçanha assina o Decreto n° 7.566 em 23 de setembro, criando as Escolas de Aprendizes e Artífices (1909- 1942), mantidas pelo Governo Federal sob intermédio do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, locais voltados para o ensino de ofícios, principalmente os relacionados à indústria, que culminou na criação do SENAI ( Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 1942, porém, apenas devidamente valorizada na década de 1960, pelas Escolas Técnicas Federais com incentivos de grandes empresas privadas e estatais. Em 1971 com a Lei n° 5.692/71 foi estipulado o ensino de segundo grau (atual ensino médio) deveria garantir o aluno em sua formação uma habilitação parcial profissional técnica ou ao menos, de auxiliar técnico. Já na década de 1980, por conta da nova Constituição Federal de 1988, este tipo de educação foi se moldando aos novos modelos educacionais, também influenciado com o avanço tecnológico que trouxe a informática e a disseminação da internet. Em 1996, pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) instituiu um capítulo específico para educação profissional, posteriormente 18
incrementado pelo Decreto nº 2.208/ 97, que dividia em três níveis a educação profissional, sendo elas: •
• •
Nível básico, com caráter não formal e duração variável, voltada para capacitação de adultos e jovens para desenvolvimento de atividades produtivas; Nível técnico, de objetivo à profissionais com capacidades produtivas para os diferentes setores, podendo ser ministrado juntamente ao ensino médio; Nível Superior, voltado para a área tecnológica abrangendo áreas especializadas das necessidades regionais. Esta divisão contribuiu para a diminuição na defasagem da formação profissional
para os casos de demandas maiores e mais corriqueiras, além de reconhecer a importância da promoção à capacitação profissional, ato que o ensino genérico não poderia suprir.
1.2.2. Modalidade de cursos a ser desenvolvidos •
Aula de línguas estrangeiras Inicialmente no século XVI divergente da língua nativa até então, a Língua
Portuguesa foi ministrada a fim da catequização dos indígenas e imposição do estilo de vida europeu. Com a chegada da família real para o Brasil houve desenvolvimento no campo do ensino de línguas estrangeiras modernas como inglês, francês e italiano, com finalidade não apenas de comunicação como disseminar novas culturas. Esta modalidade de ensino na década de 60, com a criação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional instituía como título de acréscimo e não mais de caráter essencial, que foi posteriormente foi mais valorizada em decorrência da globalização e a conscientização da necessidade da preparação para autonomia para interações interculturais e qualificação profissional. •
Aula de informática Com a evolução da tecnologia, os computadores, máquinas antes volumosos e
pouco acessíveis, assim permaneceram até meados da década de 80, com seus tamanhos reduzidos e com a concepção de que os computadores poderiam ser utilizados para fins educacionais. A disponibilização de equipamentos de informática promove a inclusão digital e cria uma oportunidade de inserção no meio digital, garantindo inicialmente um primeiro contato com computadores e suas ferramentas básicas, assim como a internet, que garantirá conexão à conteúdos não apenas nacionais e acesso a redes sociais frutos 19
da globalização. Posteriormente, o usuário poderá adquirir habilidades para acesso a ferramentas da internet mais avançados e utilizar programas voltados à edição de textos, imagens, criação de peças gráficas e demais funcionalidade que lhe forem necessárias. Este tipo de ensino é voltado para a capacitação do aluno no campo da informática, a depender do ramo proposto. Este tipo de conhecimento se mostra como diferencial no mercado de trabalho quando se especializado em programas específicos, desenvolvimento de programas, manutenção de equipamentos e programação, muito solicitados no ramo de inovação e desenvolvimento de novas tecnologias. •
Trabalhos Manuais O desenvolvimento de produtos manuais tem longo histórico, que ganhou melhor
estrutura por volta da Idade Média, utilizando diversos materiais a depender de sua finalidade, mais comum em caráter familiar, desenvolvidos em locais conhecidos por oficinas, precedente às técnicas de industrialização que cria produtos em larga escala. O artesanato é um importante instrumento para desenvolvimento de renda, visto o amplo público que pode abranger, assim como estimula a criação de arte local, que possui características únicas, que variam de artesão para artesão. •
Costura A costura está presente a muitos anos, porém, foi apenas em 1790 que houve a
primeira patente de máquina de costura, utilizada para confecção de calçados, enquanto a primeira voltada para vestuário foi criada em 1830. Estas criações tornaram a produção de vestuário significantemente mais ágil em comparação com as peças confeccionados por artesãos. A arte da costura é ainda muito usual no campo da moda, visto a potencialidade de criar peças exclusivas e sob medida, assim como em solicitações para reparos e demais alterações em modelos já existentes. •
Fotografia A primeira fotografia a se ter registro é datada de 1826, reproduzida por Josph
Nicéphore Niépce na França, enquanto a primeira máquina fotográfica é datada de janeiro de 1839 denominada daguerreotipo, que consistia em uma caixa escura, que com utilização de uma placa de ouro e alguns componentes químicos como iodo, mercúrio e tiossulfato de sódio, com isso era possível se obter uma imagem. 20
Por conta da dificuldade de obtenção destes componentes e seu alto valor, a fotografia permaneceu como algo inacessível por muitos anos para o público geral, evoluindo com a substituição do uso de metais para o papel. O avanço tecnológico tornou possível a obtenção de fotografias coloridas, máquinas mais compactas e de melhor qualidade, precursoras das atuais câmeras digitais. Para se obter uma foto física, as fotos analógicas, diferente das digitais que basta possuir o arquivo e utilizar algum equipamento para impressão, necessitam de uma oficina preparada com equipamentos específicos para revelação como uma sala com iluminação e temperatura controlada, componentes químicos, papel específico e tempo. A fotografia digital ou analógica tem por objetivo capturar um momento e tornar possível revê-lo posteriormente, adquirindo por vezes função artística ou até mesmo de comunicação, o que desenvolve o olhar do fotógrafo sobre o mundo. •
Culinária A história da culinária se desenvolve juntamente com a evolução humana, visto
a necessidade de alimentação para a sobrevivência. As alterações dos objetos e alimentos utilizados variam de acordo com o período histórico vivenciado, que afetavam o estilo de vida das pessoas, desde os tempos nômades às diferenças culturais modernas. Inicialmente é necessário pontuar os conceitos de culinária e gastronomia, sendo respectivamente a arte de cozinhar ou conjunto de pratos de determinado pais ou região, enquanto outro consiste em conceitos e práticas relacionado à culinária, tornando uma arte de escolher e preparar bons pratos. Anteriormente às receitas compartilhadas em meio digital, era comum os cadernos com receitas manuscritas passo a passo com dicas para a sua execução, normalmente passado de geração em geração no meio familiar. Para o desenvolvimento destas técnicas se faz necessário uma cozinha equipada para atender as necessidades apresentadas pelas receitas, incluindo não apenas um espaço adequado para as práticas como equipamentos específicos.
2. Legislação
2.1. Vigilância Sanitária Decreto nº 12.342/1978 21
O decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978 tem como objetivo regulamentar as dimensões mínimas de ambientes e garantir a preservação da saúde, promover melhoria na qualidade do meio ambiente, assegurar condições adequadas e o bemestar público. •
Cozinhas: 4,00m² mínimo;
Para sanitário a norma especifica: •
Sanitários com somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
•
Sanitários com bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m;
•
Sanitários com bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
•
Sanitários com bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
•
Sanitários com bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
•
Sanitários com somente chuveiro, 1,30 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
•
ante-câmaras, com ou sem lavatério, 0,90 m², com dimensão mínima de 0,90 m;
•
Mictórios tipo caina, de uso coletivo, 0,60 m, em equivalência a um mictório tipo cuba;
•
Separação entre mictórios tipo cuba, 0,60 m, de eixo a eixo.
•
Vestiários: 6,00 m².
A norma especifica sobre o pé- direito de acordo com o uso: •
Em escolas, as salas de aula e anfiteatros devem ter no mínimo 2,20m, e em média 3,00m;
•
Instalações sanitárias 2,50 m;
•
Garagens, 2,30 m;
•
Corredores e passagens, 2,50 m;
•
Armazéns, salões e depósitos, excetuadas os domiciliares, 3,00 m. 22
Para iluminação e ventilação natural, todo cômodo deverá ter abertura diretamente para o exterior, exceto corredores de até 10,00m e saguões de elevadores. Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de, salas, salões e locais de trabalho, em prédios de mais de um pavimento ou altura superior a 4,00 m: I - os espaços livres fechados, que contenham em plano horizontal, área equivalente a H²/4, onde H representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o piso do pavimento mais baixo a ser insolado, iluminado ou ventilado, permitindo-se o escalonamento; II - os espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), junto às divisas do lote ou entre corpos edificados, de largura maior ou igual a H/6, com o mínimo de 2,00 m. § 1.º - A dimensão mínima do espaço livre fechado, referido no inciso I, será sempre igual ou superior a H/4 não podendo ser inferior a 2,00 m e sua área não inferior a 10,00 m², podendo ter qualquer forma desde que nele possa ser inscrito, no plano horizontal um círculo de diâmetro igual a H/4. § 2.º - Quando H/6 for superior a 3.00 m, a largura excedente deste valor poderá ser contada sobre o espaço aberto do imóvel vizinho, desde que constitua recuo legal obrigatório, comprovado por certidão da Prefeitura ou apresentação da legislação municipal. Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e despensas serão suficientes: I - os espaços livres fechados com: a) 6,00 m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00 m; b) 6,00 m² de área mais 2,00 m² por pavimento excedente de três com dimensão mínima de 3,00 m e relação entre seus lados de 1,5, em prédios de mais 3 pavimentos ou altura superior a 10,00 m: II - espaços livres abertos de largura não inferior a : a) 1,50 m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00 m de altura; b) 1,50 m mais 0,15 m por pavimento excedente de três, em prédios de mais de 3 compartimentos. A área iluminante dos compartimentos deverá corresponder, no mínimo, a:
23
I - nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares: 1/5 da área do piso; II - nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários: 1/8 da área do piso, com área do piso, com o mínimo de 0,60 m². III - nos demais tipos de compartimento: 1/10 de área do piso, com o mínimo de 0,60 m². A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso de, no mínimo, a metade da superfície de iluminação natural. As cozinhas, instalações sanitárias, depósitos, armazéns, despensas, adegas e compartimentos similares, terão o piso e as paredes revestidas até a altura de 2,00 m no mínimo, de material liso, resistente, impermeável e lavável, ou na forma que for prevista em normas específicas.
A área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00 m² por aluno lotado em carteira dupla e de 1,20 m², quando em carteira individual. Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos também às seguintes exigências: I - área útil não inferior a 0,80 m² por pessoa; II - ventilação natural, ou renovação mecânica de 50 m³ de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 hora. A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1,5 da área do piso. § 1.º - Será obrigatória e iluminação natural unilateral esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento. § 2.º - A iluminação artificial, para que possa ser adotada em substituição à natural, deverá ser justificada e aceita pela autoridade sanitária e atender as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os corredores não poderão ter larguras inferiores a: I - 1,50 m para servir a até 200 alunos; II - 1,50 m acrescidos de: a) 0,007 m (sete milímetros) por aluno, de 200 a 500; b) 0,005 m (cinco milímetros) por aluno, de 501 a 1,000; 24
c) 0,003 m (três milímetros), por aluno excedente de 1.000. As escolas deverão ter compartimentos sanitários, devidamente separados para uso de cada sexo. § 1.º - Esses compartimentos em cada pavimento, deverão ser dotados de bacias sanitárias em número correspondente, no mínimo, a uma para cada 25 alunas; uma para cada 40 alunos; um mictório para cada 40 alunos; e um lavatório para cada 40 alunos ou alunas. § 2.º - As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitárias deverão ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15 m de altura na parte inferior e de 0,30 m, no mínimo, na parte superior. § 3.º - Deverão, também, ser previstas instalações sanitárias para professores que deverão atender, para cada sexo, à proporção mínima de uma bacia sanitária para cada 10 salas de aula; e os lavatórios serão em número não inferior a um para cada 6 salas de aula. § 4.º - É obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação, na proporção mínima de 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 200 alunos; uma bacia sanitária para cada 100 alunas e um lavatório para cada 200 alunos ou alunas. Quando for prevista a prática de esportes ou educação física, deverá haver também chuveiros, na proporção de um para cada 100 alunos ou alunas e vestiários separados, com 5,00 m², para cada 100 alunos ou alunas, no mínimo. É obrigatória a instalação de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora na proporção mínima de 1(um) para cada 200 alunos, vedada sua localização em instalações sanitárias, nos recreios, a proporção será 1(um) bebedouro para cada 100 alunos. Os reservatórios de água potável das escolas terão capacidade, adicional à que for exigida para combate a incêndio, não inferior à correspondente a 50 litros por aluno.
2.2. NBR 9050 Nesta norma tem por objetivo regulamentar a sinalização, dimensões e parâmetros mínimos para acessibilidade. Deslocamento de pessoa a pé (distância necessária): 25
•
Com bengala: 0,75m
•
Bengala: 0,80m
•
Duas bengalas, andador com rodas e cão guia: 0,90m
•
Muletas: 1,20m
O espaço mínimo para um cadeirante é de 0,80m por 1,20m, ao modo que em deslocamentos em linha reta é necessário um espaço de 0,90m de largura, enquanto caso uma pessoa de pé queira nadar ao lado do cadeirante são necessários de 1,20m a 1,50m de largura. Já o deslocamento de dois cadeirantes lado-a-lado demando uma largura de 1,50m a 1,80m. As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, são: a) para rotação de 90° = 1,20 m largura e 1,20 m de comprimento; b) para rotação de 180° = 1,50 m - 1,20 m; c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m. Para condições de manobra de cadeiras de rodas são necessários para o deslocamento as dimensões conforme imagens a seguir: Figura 1- Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento a e b
Figura 2- Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento c, d, e, f
26
Devem ser previstas proteções laterais ao longo de rotas acessíveis, para impedir que pessoas sofram ferimentos em decorrência de quedas. Quando uma rota acessível, em nível ou inclinada, é delimitada em um ou ambos os lados por uma superfície que se incline para baixo com desnível igual ou inferior a 0,60 m, composta por plano inclinado com proporções de inclinação maior ou igual a 1:2, deve ser adotada uma das seguintes medidas de proteção: a) implantação de uma margem lateral plana com pelo menos 0,60 m de largura antes do início do trecho inclinado, com piso diferenciado quanto ao contraste tátil e visual de no mínimo 30 pontos; b) proteção vertical de no mínimo 0,15 m de altura, com a superfície de topo com contraste visual de no mínimo 30 pontos.
27
Figura 3- Exemplos de proteção contra queda
Os assentos para pessoas obesas devem aguentar uma carga de 250 kg e ter: •
Profundidade do assento mínima de 0,47 m e máxima de 0,51 m, medida entre sua parte frontal e o ponto mais frontal do encosto tomado no eixo de simetria;
•
Largura do assento mínima de 0,75 m, medida entre as bordas laterais no terço mais próximo do encosto. É admissível que o assento para pessoa obesa tenha a largura resultante de dois assentos comuns, desde que seja superior a esta medida de 0,75 m;
28
•
Altura do assento mínima de 0,41 m e máxima de 0,45 m, medida na sua parte mais alta e frontal;
•
ângulo de inclinação do assento em relação ao plano horizontal, de 2°a 5°;
•
Ângulo entre assento e encosto de 100° a 105°. Quando providos de apoios de braços, estes devem ter altura entre 0,23 m e 0,27 m em relação ao assento.
A inclinação transversal da superfície deve ser de até 2 % para pisos internos e de até 3% para pisos externos. A inclinação longitudinal da superfície deve ser inferior a 5 %. Inclinações iguais ou superiores a 5 % são consideradas. Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm dispensam tratamento especial. Desníveis superiores a 5 mm até 20 mm devem possuir inclinação máxima de 1:2 (50%), conforme. Desníveis superiores a 20 mm, quando inevitáveis, devem ser considerados como degrau.
2.3. Bombeiros 2.3.1. INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 11/2019 Saídas de emergência Esta instrução normativa será utilizada para dimensionar as saídas de emergência presentes no prédio.
2.3.2. INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 38/2019 Segurança contra incêndio em cozinha profissional Esta
instrução
normativa
será
utilizada
para
segurança
das
salas
correspondentes às cozinhas experimentais e de panificação.
2.4. Plano diretor A lei complementar nº 312 de 22 de dezembro de 2017 direciona o crescimento e desenvolvimento de modo sustentável e organizado do Município, como a implementação de instrumentos urbanísticos, regularização fundiária, e estabelece os coeficientes básicos e máximos de aproveitamento a serem aplicados no Município.
29
O Plano Diretor também delimita as macrozonas urbanas e rurais, com objetivo de requalificar espaços e ordenar o território municipal a fim de promover desenvolvimento socioeconômico, mantendo os patrimônios cultural, ambiental, natural ou construído, em concordância com o estatuto da cidade, garantindo o direito à cidade e suas funções sociais. O Município de Suzano conta com 6 diferentes macrozonas, sendo elas: Macrozona de Qualificação da Urbanização (MQU), Macrozona Urbana Consolidada (MUC), Macrozona de Estruturação Urbana (MEU), Macrozona de Ocupação Controlada (MOC), Macrozona de Proteção e Recuperação ao Manancial (MPRM) e Macrozona da APA do Rio Tietê (MAPAT). Destas macrozonas, apenas a MPRM é caracterizada como macrozona rural. A Macrozona Urbana Consolidada (MUC) tem como característica ser a área de maior infraestrutura e oferta de serviços públicos e privados, propícia para adensamento e investimentos, além de estabelecer premissas como o incentivo à fachadas ativas, fruição pública, implementação de empreendimentos misto, entre outros como descrito nos artigos 19 e 20 desta lei. Art. 19. A Macrozona Urbana Consolidada (MUC) consiste na porção central do Município, corresponde a área com maior grau de infraestrutura instalada e oferta de serviços públicos e privados, sendo propícia a um maior adensamento, visando otimizar os recursos existentes e os investimentos públicos já realizados. Art. 20. São objetivos para a Macrozona Urbana Consolidada (MUC): I
-
Estimular
o
adensamento
construtivo
e
populacional; II - Incentivar a implantação de empreendimentos de uso misto; III - Incentivar a implantação de fachadas ativas, permeabilidade no lote, fruição pública e espaços privados de convivência pública; IV - Implementar de medidas de sociabilização dos ganhos privados na construção da cidade;
30
V - Valorizar empreendimentos de economia criativa e criação de polos de tecnologia; VI - Incentivar o uso de transporte não motorizado; VII - Implantar vias de pedestre, e compartilhadas; VIII - Possibilitar a utilização de estacionamentos de uso particular como vagas rotativas.
Tabela 1- Tabela de Macrozoneamento (MUC)
Macrozonas
Descrição
MUC
Macrozona Urbana Consolidada
CA Básico 2,5
CA Máximo 4,0
Fonte: Lei 312/17, com alterações da autora
2.5. Lei de Uso e Ocupação do Solo
A lei 025 de 1 de março de 1996 regulamenta o uso e ocupação do solo, dentro do perímetro Municipal, dividindo o território em diferentes Zoneamentos a fim de estabelecer dentro de seus respectivos Zoneamentos, categorias de uso permitidos, frente, área e recuos mínimos, para regulamentar os tamanhos de lotes mínimo no município, a respeitar seus devidos zoneamentos Municipais. Outros componentes desta lei são os índices urbanísticos para uso e ocupação do solo como taxa de ocupação, impermeabilização e índice de elevação com intuito de aprovação de projetos, parcelamento do solo, e demais outras finalidades, como visto na tabela a seguir. Tabela 2- Tabela de Usos permitidos no Zoneamento Municipal (Z-1)
31
Fonte: Lei 025/96, com alterações da autora
Segundo seção IV da lei de uso e ocupação do solo, é estabelecido que atividades destinadas à educação são classificadas como institucionais, recebendo a sigla “E”, que também estabelece índices urbanísticos específicos para esta classificação. Art. 47. Para fins de Uso e Ocupação do Solo, os estabelecimentos institucionais ("E") classificam-se como espaços, estabelecimentos ou instalações destinadas à educação, saúde, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou Administração Pública, que tenham espaço direto, funcional ou espacial, com o Uso Residencial.
Para empreendimentos institucionais, emprega-se: •
Taxa de ocupação nunca superior a 50%;
•
Recuos de 5,00m frontal, posterior e laterais de 3,00m;
•
Necessidade de 01 vaga de estacionamento para cada 50,00m² de área construída;
•
Tratamento acústico especial para conter poluição sonora.
Para edificações localizadas em Z-1, poderão encostar nas divisas laterais e fundos, atendendo as normas vigentes para de taxa de ocupação, índice de aproveitamento, insolação e ventilação, em casos de edificações com altura máxima de 10,00m excluídos os telhados (caso tiverem apenas finalidade de cobertura). Serão admitidos índice de elevação superior aos instituído para a Z-1, desde que seja acrescido 1,00m nos recuos para cada pavimento adicional. Para os acessos verticais como escadas e rampas, deverão ter acesso à iluminação natural ou de sistema de emergência em casos de iluminação artificial, assim como, ser de materiais incombustíveis, atentando ao fato de escadas em caracol serão somente aceitas em casos de acessos secundários. Em casos de elevadores, será obrigatório a instalação de ao menos 01 elevador em edificações acima de 10,00m de altura, ou de no mínimo 02 elevadores em edificações acima de 24,00m, metragens contadas das distancias verticais contados a partir da soleira de entrada do edifício até o último pavimento. Os acessos ou circulação em frente às portas dos elevadores deverão ter dimensão mínima de 1,50m, em casos de mais de um elevador, as áreas de acesso 32
devem estar interligadas em toda sua extensão em todos os pisos. Necessário salientar que a existências de elevadores não exime a obrigação de escadas ou rampas para acesso vertical. Para edificações destinadas à ensino, deverão ser constituídas de material não combustível, ter locais de recreação e ter instalações sanitárias separadas por sexo. Para instituições de ensino profissionalizante deverão atender os seguintes requisitos: As salas de aula deverão corresponder a no mínimo 1,20m² por aluno, adaptado às características para cada curso; Área destinada à biblioteca com no mínimo 36,00m²; Para escolas com mais de 100 alunos, anfiteatro ou auditório de dimensões compatíveis com o número de alunos e que comportem, no mínimo, 20% dos alunos do período; Pátio coberto e/ou descoberto de dimensões compatíveis com o número de alunos e características do curso; As salas especiais ou laboratórios com área correspondente a 180m² por aluno, ou no mínimo, com raio de 3,00m por aluno. As vagas de estacionamento deverão atender as medidas mínimas de 2,30m de largura e 4,50m de comprimento, com corredor de circulação de largura mínima de 3,00m quando vagas de ângulo de 30°, 3,50m quando vagas de 45° e 5,00m em vagas de 90°. O armazenamento de gás deve localizar-se fora da edificação em abrigos, devendo estar ao mínimo de 1,50m de distância de qualquer abertura da edificação.
3. Estudos de Caso
3.1. Parque educativo Raíces O Parque Educacional Raíces é situado na cidade de El Peñól, distrito de Antioquia (Colômbia), distante 69km da Capital nacional Medelín. Este projeto de 653,00m² foi desenvolvido no ano de 2015 pelo escritório Taller Piloto Arquitectos. Figura 4- Imagem 3D do projeto
33
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
O projeto é composto por um jardim interno, voltado para a socialização, uma praça externa e dois blocos didáticos, sendo eles um com duas salas de aula e um atelier, ambos espaços separados por pequenos jardins com função de ventilação e para criar uma conexão com o exterior. No outro bloco encontra-se uma sala multiuso, banheiros, administração e área técnica. Figura 5- Setorização 3D do projeto
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
Figura 6- Planta Baixa
34
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
Figura 7- Planta de Cobertura
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
O parque encontra-se em zona urbana, e devido à topografia acidentada, por se tratar de região montanhosa (entre 1.939m e 2.014m acima do nível do mar), serve como mirante da cidade. A implantação deste equipamento trouxe um uso público a uma área mais distante de centro, com proposta de criar circulação de pessoas no local. 35
Figura 8- Foto do projeto implantado
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
O projeto criou uma arquitetura que se sobressai das outras edificações ao seu redor, que o faz parecer deslocado do resto da malha urbana, por conta da sua coloração clara em contraponto a maioria das edificações apresentando cores mais avermelhadas, transmitindo a sensação de esta à parte do contexto que deveria estar inserido.
Figura 9- Cortes A, B e C
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
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Figura 10- Cortes D, E e F
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
O Projeto utilizou-se da topografia existente para reduzir ao máximo a necessidade de movimentação de terra, além desta ação auxiliara na preservação da encosta e vegetação ali presentes.
Figura 11- Esquema de Fachadas (Norte, Noroeste e Sul)
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
37
Figura 12-Esquema de Fachadas (Oeste e Leste)
Fonte: ArchDaily.com.br/ Parque Educativo Raíces
Próximo ao Raíces encontra-se majoritariamente residências de gabarito baixo. As vias de entorno do edifício em análise apresentam calçadas estreitas, descontínuas e sem padronização, enquanto as vias são estreitas e seguem a topografia acidentada.
O acesso ao edifício se dá por meio de uma calçada estreita criada para pedestres assim como uma via sem pavimentação asfáltica revestida com brita, o que auxilia na permeabilidade, porém, em dias chuvosos tende a ser escorregadio e perigoso para os transeuntes.
Próximo ao local implantado, seguindo o aclive, existe vasta área vegetada e livre de uso, enquanto em cotas mais baixas, apresenta grande quantidade de residências, mesmo que projetado para servir de conexão entre estas partes, não apresenta aliterações no fluxo da área implantada.
A região central da cidade apresenta uma malha urbana consolidada, com gabarito médio entre 2 e 3 pavimentos, também com calçadas não uniformes 38
enquanto em algumas áreas, são desprovidas das mesmas e de pavimentação em vias.
A implementação deste parque educativo trouxe benefícios no âmbito educacional, visto que na cidade havia apenas uma escola para toda a demanda local, além de ser um local para desenvolvimento de atividades culturais. 3.1.1. Análise SWOT
Positivo
Negativo
Boas soluções sustentáveis
Conexão com entorno ruim
Bem setorizado
Poucas salas Difícil acesso
3.2. Parque Sabesp Mooca
Figura 13- Imagem 3D do Parque SABESP
O Parque SABESP Mooca consiste em uma revitalização de um antigo terreno que abriga um reservatório de água, que sob gestão da SABESP.
39
Projeto de 2011, com final da obra em 2014, foi desenvolvido pelo escritório Levisky Arquitetos, trata-se de uma área de 21.200m² que abriga o reservatório de água, agora requalificada e aberta para uso público. O Parque SABESP Mooca- Radialista Fiori Gigliotti é um projeto de iniciativa para conscientização ambiental além de proporcionar lazer aos usuários e conexão com a cidade. O projeto conta com mais de 200 árvores de diferentes espécies e quase 3.000 arbustos, disposto ao longo do parque, que cria uma ambientação que induz o visitante a criar uma sinergia com a natureza. Figura 14- Imagem Passarela
O projeto situa-se entre as ruas Sebastião Preto, Avenida Paes de Barros e Rua Terenas. O terreno tem um perfil de aclive, que com a implantação do parque, esta topografia foi pouco alterada, de modo que na entrada exista uma rampa para garantir aceso de pessoas com mobilidade reduzida, assim como escadas com largos degraus que garantem ligação direta ao piso elevado, para os visitantes que desejam contemplar o mirante, sem ter de realizar os percursos em rampa do parque. Figura 15- Imagem 3D da escada
40
Figura 16- Implantação do Parque
O parque conta com rota acessível que tem acesso à um circuito cultural histórico, que conta o ciclo da água desde as represas até seu consumidor final. No decorrer do percurso, assim como equipamentos de atividade física. Acima da área técnica existe mirante que dá acesso à uma área aberta com elementos como pérgolas que assistem na passagem no decorres do percurso a partir do acesso inicial.
41
Figura 17- Detalhe do piso elevado
Figura 18- Cortes
O Pergolado utilizado ao longo do caminho para o piso elevado ĂŠ feito de perfis metĂĄlicos, que garante maior durabilidade e resistĂŞncia. Figura 19- Pergolado
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3.2.1. Análise SWOT
Positivo
Negativo
Boa conexão com entorno
Poucos atrativos
Bem arborizado
Poucos abrigos para dias chuvosos
Boas soluções sustentáveis
4. Visita técnica
4.1. SASPE Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (SASPE), localizado na Rua General Francisco Glicério, 1.334, do loteamento Jardim Santa Helena do Município de Suzano. Ele é uma unidade que tem por finalidade desenvolver ações sociais de inclusão social e profissional, além do exercício à cidadania, vinculado ao fundo social de solidariedade.
Figura 20- Fachada do SASPE - entrada pela Rua General Francisco Glicério
Fonte: Autora
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Ele é um projeto de adaptação da antiga prefeitura Municipal, que após a troca de edifício sede entrou em desuso e aos poucos foi definhando, até por medos da década de 1990, sob iniciativa pública foi reformado e instalado o antigo CEAP, programa municipal que oferecia cursos gratuitos para a população a fim de ampliar as oportunidades e inserção no mercado de trabalho. Com a troca de gestão do Município, foi criado o SASPE, que com parceria com a G2 construtora, foram feitas reformas de adaptação no antigo prédio para torná-lo possível como sede do projeto e abrigar diferentes modalidades de cursos a serem ministrados naquele local. Nele são desenvolvidos cursos de informática básica e Linux; fotografia para celular; como viver de fotografia; estética automotiva; higienização de estofados; fotovoltaica; gestão empresarial; como montar seu negócio; técnicas administrativas; planos de negócios, entre outros cursos. Por se localizar na região central de Suzano, a unidade tem fácil acesso de transporte público como vans e ônibus de linhas Municipal. O acesso ao prédio pode ser feito pela Rua General Francisco Glicério, assim como pela Rua Benjamin Constant, a depender da localidade da sala que será ministrado o curso, tendo ambas entradas ligação entre si e possibilidade de acesso à secretaria, que tem entrada pela Rua Gen. Francisco Glicério, ao lado da entrada de alunos. Figura 21- Biblioteca do SASPE
Fonte: Autora
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O SASPE conta com uma área de 1908,43m², com aproximadamente 20 salas, sendo elas salas para usos diversos, 1 sala de informática, uma cozinha experimental, uma panificadora, 2 salas de bordado e costura, uma sala dedicada à cursos na área de estética e beleza. Figura 22- Cozinha experimental
Fonte: Autora
Os cursos ali ministrados tem por objetivo o ensino de uma profissão, além de auxiliar no desenvolvimento do Município, visto que os produtos resultantes das aulas, sempre que possível são revertidos como melhorias para a própria cidade, como por exemplo, no curso de corte e costuras, os alunos aprendem a desenvolver modelos que serão posteriormente entregue aos alunos da rede de ensino municipal, assim como nos cursos voltados para construção civil como assentador, pintor e pedreiro, os alunos tem suas aulas teóricas na unidade, porém, as aulas práticas são desenvolvidas em locais públicos que necessitam de tais contribuições.
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Figura 23- Sala de Corte e Costura
Figura 24- Sala de aula (cursinho)
4.1.1. Análise SWOT
Positivo
Negativo
Fácil acesso por transporte público
Prédio adaptado não atende totalmente às demandas dos cursos
Recentemente reformado
Fluxo cruzado entre funcionário e alunos
Atende grande quantidade de cursos
Poucos computadores 46
4.2. Parque Prefeito Mario Covas Figura 25- Entrada do Parque Prefeito Mario Covas
Fonte: Autora
O Parque Prefeito Mario Covas se localiza na Avenida Paulista, 1853Bela Vista, São Paulo, fácil acesso pelas linhas de metrô, conta com uma área de 5.396m². Neste local originalmente abrigava a antiga residência da família Thiollier, conhecida por Vila Fortunato, que foi demolida em 1972. Figura 26- Passeio com vista para pergolado do Parque Prefeito Mario Covas
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Fonte: Autora
Em parceria com a Subprefeitura, o local foi transformado em um parque em ponto de informações turísticas, com funcionamento diário das 7h às 18h. Figura 27- Centro de informação turística
Fonte: Autora
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Figura 28- Pista de caminhada do Parque Prefeito Mario Covas
Fonte: Autora
Neste parque há bicicletário, sanitários, bebedouros, bancos, mesas, lixeiras, aparelhos de ginástica, caminho coberto por pérgola e funciona como área de respiro para a movimentada Avenida. A vegetação presente é heterogênea, resquícios da vegetação original da Mata Atlântica. Figura 29- Sanitários
Fonte: Autora
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Figura 30- Bicicletário e acesso à Av. Santos
Fonte: Autora
Ele faz ligação entre a Avenida Paulista com a Alameda Santos, o caminho é feito por trilhas que permeiam a vegetação, e criam um belo visual para os passantes, além de um aminho retilíneo descoberto, para os pedestres que não têm intensão de desfrutar das dependências do parque, e sim, chegar à outra via, mais rápido em comparação a contornar o mesmo por fora. Figura 31- Pergolado
Fonte: Autora
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Figura 32- Passagem descoberta e pergolado
Fonte: Autora
4.2.1. Análise SWOT
Positivo
Negativo
Boa conexão com entorno
Cercado por grades
Fácil acesso por transporte público
Poucos atrativos
Bem arborizado
Poucos abricós para dias chuvosos
Boa manutenção Mobiliário bem disposto ao longo do parque
4.3. Crescer- Unidade Vila Natal O Crescer Unidade Vila Natal se localiza na Rua dos Vicentinos, 1216- Vila Natal, Mogi das Cruzes, é uma unidade de ensino voltado para oferecer cursos profissionalizantes à população mogiana, sob coordenação da Secretaria Municipal de Educação.
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Figura 33- Entrada Crescer Vila Natal
Fonte: Autora
O prédio construído pela Prefeitura de Mogi das Cruzes para se tornar uma escola, foi cedido à Escola ETM (Escola Técnica Mogiana), era antigamente utilizado para aulas de nível técnico nos campos de gestão empresarial, administração e culinária que futuramente mudou-se para um prédio na região central da cidade. Figura 34- Rampa e escadas externas
Fonte: Autora
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As atividades no Crescer Vila Natal iniciaram-se em 2008, que devido sua estrutura, tem tendência a ministrar cursos mais voltados para a área de beleza e culinária. A unidade conta com 10 espaços para aprendizado, sedo 2 deles cozinhas, uma utilizada para cursos voltados à panificação e confeitaria, outra, voltada para demais cursos culinários. Figura 35- Cozinha (Padaria e Confeitaria)
Fonte: Autora
Figura 36- Cozinha Experimental
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Fonte: Autora
Por ter salas com grandes dimensões, foi possível adaptar para os cursos de estética, que demandam maior espaço para os equipamentos e mobiliário. A unidade apresenta sala multimídia que conta com projetor, tela para projeções e cadeiras, utilizado por cursos como fotografia e jardinagem para auxiliar nas aulas teóricas. Figura 37- Sala Multimídia
Fonte: Autora
Figura 38- Corredor de salas, aceso à escada e sanitários
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Fonte: Autora
O prédio se encontra em um terreno com perfil em declive, ao passo que apresenta 2 patamares, um ao nível da rua, que abriga as salas de beleza, multimídia, secretaria, sala de reuniões, informática e banheiros. Figura 39- sala de informática
Fonte: Autora
No outro nível está o estacionamento, DML, cozinhas e refeitório, abaixo do nível da rua. O acesso vertical interno é feito por meio de escada, enquanto o externo é possível acessar o nível abaixo da rua por rampa.
55
Figura 40- Refeitório
Fonte: Autora
Figura 41- DML
Fonte: Autora
No momento da visita a Diretora da unidade informou que estava sendo desenvolvido neste trimestre 58 cursos, distribuídos nos períodos dentre 8h às 22h durante os dias úteis na semana, dentre eles maioria na área artística, beleza e culinária.
56
Figura 42- Sala de Beleza
Fonte: Autora
Figura 43- Sala de Beleza- Cadeiras
Fonte: Autora
4.3.1. Análise SWOT Positivo Grande ministrados
Negativo quantidade
de
cursos Algumas salas são apenas adaptadas, não
atendem
totalmente
às
necessidades 57
Fácil acesso por transporte público
Pouco acessível em decorrência do único acesso vertical ser por escada
Boa infraestrutura
Poucos abricós para dias chuvosos
Bom Fluxo interno
4.4. Praça General Osório A Praça General Osório data do século XIX se localiza no centro de Curitiba. Inicialmente denominada Largo Oceano Pacífico (1878), teve seu nome alterado logo no ano seguinte, em homenagem à um herói da Guerra do Paraguai. Figura 44- Entrada da praça General Osório
Fonte: Autora
Bem arborizada, esta praça tem 12.700m² de área e conta com diversos caminhos em seu interior, que culmina em uma grade variedade de percursos à serem feitos, tendo um largo caminho principal que ao centro apresenta uma fonte.
58
Figura 45- Centro da raça General Osório
Fonte: Autora
Ao longo do caminho principal não se tem bancos para descanso, apenas nos acessos às vias laterais. O piso apresenta um mosaico nas cores preto e banco com formatos de flores ao longo de toda a praça. Figura 46- Arborização e bancos da praça
Fonte: Autora
59
O paisagismo é bem trabalhado com uma arborização densa e com grandes árvores, algumas nativas, que podem ser vistas à longa distância, além de criarem um clima mais agradável por proporcionar sobras em dias quentes. Também está presente na praça gramados e canteiros com flores sazonais. Esta praça é muito importante pois é um local de práticas esportivas, encontro dos trabalhadores e moradores da região, local para contemplação da natureza e descanso, em meio ao centro urbano de Curitiba. Figura 47- Lateral da Praça Osório
Fonte: Autora
4.4.1. Análise SWOT
Positivo
Negativo
Boa conexão com entorno
Não possui bancos na passagem central
Fácil acesso por transporte público
Nas áreas mais arborizadas não conta com muita iluminação
Bom paisagismo (piso e vegetação) Boa manutenção
5. Área de Intervenção
5.1. Estado 60
A área de intervenção encontra-se no Estado de São Paulo, que corresponde a uma área de 248,209 Km², dividida entre 15 regiões diferentes. O Município de Suzano se localiza na Região metropolitana do Estado, dividido entre Regiões Leste, Oeste, Norte, Sudoeste e Sudeste, que detém o maior polo de riqueza nacional. Assim como outros 10 Municípios, como Mogi das Cruzes, Poá e Itaquaquecetuba, Suzano pertence à Região Leste da Região Metropolitana. Figura 48- Localização e Suzano na Região Metropolitana
N
Fonte: Autora
5.2. Município
5.2.1. História O Município de Suzano, antigamente conhecida como vila Guaió, por conta do Rio Guaió, que teve sua fundação oficial em 11 de dezembro de 1890, passando a se chamar Vila da Concórdia, mesmo ano da aprovação do arruamento da vila feito por João Romariz. 61
Inicialmente fazia parte do Município de Mogi das Cruzes, que com o passar do tempo começou a se destacar e com a vida das primeiras décadas do século XX, com o aumento da passagem de pessoas pela região decorrente da passagem da linha férrea, aumento de imigrantes de diferentes nacionalidades como italianos, espanhóis, portugueses, libaneses e japoneses, as atividades comerciais e agricultoras começaram a crescer e se diferenciar do restante dos assim bairros de Mogi das Cruzes. No vilarejo já existia iluminação pública com lampiões em algumas ruas, assim como já haviam instalados posto de telegrafo, correio e de telefone, em seguida foram construídas escolas para as crianças do povoado, sendo a primeira delas, uma escola somente para meninos no ano de 1892. Em documento datado de 19 de novembro de 1919 foi solicitado por negociantes, proprietários e fazendeiros que fosse elevado à distrito de paz de Mogi, assinado por 76 pessoas, dentre elas importantes figuras históricas de Suzano, que culminou na lei estadual 1705 de 27 de dezembro de 1919, oficializando esta reivindicação.
Nesta época haviam 500 prédios habitados em uma população
estimada em mil moradores, distrito policial, mercado, igreja, casas de diversões e duas escolas públicas mistas (para meninos e meninas). A partir dos anos 1920, houve um grande crescimento, trazido pela instalação de fábricas, que eram as principais fontes de emprego para os moradores, que empregam de 300 a 400 empregados cada. Por volta de 1930, o distrito já detinha maiores arrecadações que muitos outros bairros de Mogi das Cruzes, sendo sua principal fonte de arrecadação a agricultura, cujos produtos eram enviados pra grandes centros pela ferrovia ou pela estrada São Paulo- Rio de Janeiro por caminhões. Nesta época a iluminação elétrica começou a ser instalada, por meio de um contrato assinado com a empresa The São Paulo Tramway, Light and Power (Light), porém, apenas em 1939 esta instalação chegou na praça da igreja. Já em 1940, haviam aproximadamente 6mil moradores, que em 1950 passavam a ser 11.157, aumento substancial que justificava a grande arrecadação de receita que enviava para Mogi das Cruzes. Mesmo com o aumento populacional, os investimentos em infraestrutura não vieram em mesma quantidade, de modo as ruas ainda serem de terra batida,
62
problemas com higiene, não havia escoamento adequado para as águas pluviais, água ou esgoto encanado, que criou insatisfação da população. Devido esta inconformidade, foi feito um plebiscito que tinha por objetivo ver a opinião dos moradores entre desligar-se de Mogi, ou não, além da criação de uma comissão para organizá-lo. O resultado foi a criação de uma Comissão Pró Emancipação, que realizou o plebiscito em 10 de outubro de 1948, com maioridade absoluta de votos pela emancipação, que seria oficializada em 29 de julho de 1948 recebeu o parecer favorável para a emancipação. Figura 49- Mapa de Localização de Município
N
Fonte: Autora
O município tem 206,236 Km² de território, com população aproximada de 294.638 habitantes (IBGE 2018). Suzano faz divisa com os municípios de Mogi das Cruzes, Poá, Itaquaquecetuba, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires. Com localização privilegiada, está a 30 Km do Aeroporto Internacional de Guarulhos assim como tem fácil acesso à capital de São Paulo, por meio de vias automotores como o Rodoanel trecho Leste, acesso às Rodovias Presidente Dutra, 63
Rodovia Ayrton Senna/ Carvalho Pinto, assim como é servido por uma estação de trem da CPTM ( linha 11 coral) localizado no centro do município que auxilia na ligação com a capital e as cidades próximas, assim como funciona como rota férrea para transporte de carga pertencente à empresa MRS. Suzano conta com a Faculdade Piaget de ensino superior, assim como uma unidade da Etec Centro Paula Souza, SENAI Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho e também o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.
5.3. Terreno
O terreno se encontra no Centro Comercial de Suzano, a área total do terreno de intervenção é de 7.381,91m², localizada entre as ruas General Francisco Glicério e Baruel. Parte do terreno trata-se de um antigo local que abrigava um supermercado, que veio a falência e foi abandonado, e aos fundos, um terreno murado, porém, sem uso, tem acesso pela Rua General Francisco Glicério e pela Rua Baruel, respectivamente, importantes vias para a fluidez da cidade. Figura 50- Vista frente do lote pelo lado da Rua General Francisco Glicério
Fonte: Google Maps/ Rua General Francisco Glicério, 1081- Vila Costa (2011)
Como visto na imagem, o imóvel encontra-se abandonado, atualmente, foi 64
colocado um fechamento metálico em toda a extensão do lote. Em frente ao terreno existe uma parada de ônibus e van, que causa congestionamento de pessoas na calçada. Outra parte do terreno de intervenção trata-se de um estacionamento a pouco tempo retomado as atividades, assim como um pequeno comércio local e um lote vazio e murado, ambos com frente para a Rua Baruel, importante via para o Município de Suzano. Figura 51- Localização do terreno
Fonte: Autora
6. Urbanístico
6.1. Uso do Solo Figura 52- Mapa de Uso do Solo
65
Fonte: Autora
Como mostra no mapa, próximo ao terreno se concentram grande quantidade de imóveis comerciais e de serviços, enquanto no raio estabelecido de 20m, pode-se observar também uso residencial, principalmente de condomínios, que se caracterizam pelos lotes maiores demarcados como residenciais, porém, em menor quantidade quando comparado com as atividades geradoras de renda.
6.2. Orientação solar Figura 53- Orientação solar do terreno
66
Fonte: Autora
Tabela 3- Tabela com resumo da orientação solar do terreno
Face
Verão
Equinócio
Inverno
01
12h- 18:45h
12h- 18h
11h- 17:15h
02
05h- 8:30h
06h- 12h
6:45h- 17:15h
16:30h- 18:15h
16:30h- 18h
05h- 12h
06h- 12h
03
6:45h- 12:30h
Fonte: Autora
Como mostra na tabela, o terreno tem boa localização, recebe iluminação em todas as estações do ano.
6.3. Trânsitos Figura 54- Pontos com parada de transporte público
Fonte: Autora
67
Como possível observar na imagem acima, existem 2 pontos de parada de transporte público próximos ao terreno, sendo um deles em frente ao lote pela Rua General Francisco Glicério e outro localizado na Rua Tiradentes. Referente às vias, ambas medem aproximadamente 10,00m de largura de leito carroçável, e contam com calçadas de aproximadamente 1,80m. A Rua Francisco Glicério tem grande volume de pedestres circulando nas calçadas, pois esta rua conta com grande quantidade de comércios. Esta via apresenta sentido centro para carros, enquanto a Rua Baruel tem sentido duplo até o encontro com a Rua Tiradentes, enquanto o trecho entre a Rua Tiradentes e a Rua Rui Barbosa, reduz para mão única.
6.4. Índices urbanísticos De acordo com a Legislação de Uso e Ocupação do Solo, o terreno encontra-se em Z-1 (Zona Central de Alta Densidade Demográfica) sob os seguintes coeficientes urbanísticos: •
Recuo Frontal Mínimo de 5,00m;
•
Recuo lateral mínimo de 1,50m de um dos lados observados H/10 + 1,50
•
Recuo de fundos mínimo de 2,00m, observados H/10 + 1,50m
•
Taxa de Ocupação de 80%
•
Taxa de Impermeabilização de 90%
•
Índice de elevação de 17
De acordo com o Plano Diretor Municipal, o terreno encontra-se em MUC Macrozona Urbana Consolidada) sob os seguintes coeficientes urbanísticos: Coeficiente de Aproveitamento Básico de 2,5 Coeficiente de Aproveitamento Máximo de 4,0 Tabela 4- Índices Urbanísticos aplicados no Terreno
ÍNDICES URBANÍSTICOS APLICADOS NO TERRENO Taxa
de Taxa
de Coeficiente
Ocupação
Impermeabilização Básico
5.905,53m²
6.643,72m²
Coeficiente Máximo
18.454,77m² 29.527,64m² 68
Fonte: Autora
7. Perfil do Cliente O perfil dos usuários de um local público é diversificado, visto a abrangência de tais espaços democráticos que tendem a não fazer distinções sociais de seus usuários de modo a faixa etária abranger desde crianças até idosos, enquanto os frequentadores podem ser cidadãos do próprio Município à estrangeiros de países longínquos que estão à lazer ou à trabalho. No setor educacional, será voltado para jovens, adultos e idosos moradores do Município de Suzano que apresentarem interesse pelos cursos ali oferecidos, indiferente de classe social ou gênero. Esta abrangência se dá por conta da iniciativa para qualificação de profissionais para o mercado de trabalho, assim como ocupação para idosos, além de criar um ambiente para socialização e aquisição de conhecimentos gerais. No setor administrativo poderão ser utilizados por funcionários maiores de 18 anos para a manutenção e administração da unidade, que por ter 3 turnos de aulas, sendo eles matutino, vespertino e noturno, com período de funcionamento entre 08h e 22h, trabalharão por turnos com diferentes cargas horaria entre 8h ou mais, com intervalo de almoço e mais dois horários de café. Portanto, entende-se que para melhor atender o público alvo, há a necessidade de criar espaços com total acessibilidade e abriguem a diversidade do público alvo atendendo suas necessidades.
8. Conceito
O projeto apresentará grande permeabilidade e conectividade, tanta interna, ao modo de criar sinergia entre a área arborizada, passeio público, que promoverá diferentes caminhos para os pedestres, criando uma liberdade no caminhar e edificação, servindo à função como espaço público e de ligar duas vias centrais, mas também, conexão com o entorno. Para a unidade educacional, será visado uma arquitetura industrial e por se tratar de um edifício público, será buscado a utilização de materiais com longo tempo de 69
vida útil e de fácil manutenção, a fim de reduzir os gastos públicos com manutenção da unidade. Parque que isto seja possível, estes conceitos devem estar atrelados à integração
9. Partido Arquitetônico
Referente ao conceito de Integração, serão aplicados na edificação, ambientes com poucas divisões, para criar sensação de fluidez, além de utilizar materiais transparentes como vidro, para comunicação entre ambientes externos e internos. Para a utilização da arquitetura industrial, serão utilizados concreto e tijolos aparentes, estes materiais serão tratados para que tenham maior durabilidade. Figura 55- Exemplo de arquitetura industrial
Fonte:arcoweb.com.br/ Melina Romano/ arquitetura de interiores Iniversidade São Paulo
Na área externa serão utilizadas vegetações adequadas para meio urbano, que não apresentem raízes superficiais, com troncos resistentes a fim de evitar acidentes com a queda ou quebra das mesmas, e que não tenha grande porte.
70
Figura 56- Exemplo de arborização
Fonte: Google imagens/ arborização urbana/ digicade
Serão empregados largos passeios com piso drenante como modo de aplicar a permeabilidade no terreno, tanto no sentido de sustentabilidade, como em relação à caminhabilidade dentro do projeto. Figura 57- Rua das Flores- Curitiba
Fonte: Autora
A fim de desenvolver um edifício de fácil manutenção e longa vida útil para contenção de gastos públicos, foi cogitado a utilização do bioconcreto, que foi criado por um microbiologista chamado Dr. Henk Jonkers e pelos pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, este concreto é composto por componentes comuns como areia, cimento, brita, e água com adição de uma bactéria 71
chamada Bacillus Pseudofirmus ou Sporosarcina Pasurii, assim como nutrientes orgânicos chamado de lactato de cálcio. Esta bactéria pode permanecer latente no concreto por mais de 200 anos após a construção. Figura 58- Composição do Bioconcreto
Concreto comum
Bacillus Pseudofirmus
Bioconcreto
Fonte: Autora
Assim que há uma rachadura, a água penetra no concreto, que com adição de oxigênio ativa as bactérias encapsuladas dentro dele, que libera calcário para preencher a rachadura naturalmente e previne a oxidação, que pode ser concluído em apenas 3 semanas, além de garantir uma vida útil de 200 anos ao projeto, que corresponde ao tempo em que as bactérias sobrevivem nas capsulas. Figura 59- Imagens esquemáticas do funcionamento do bioconcreto
H2O
OXIGÊNIO
72
Fonte: Autora
Foi essencial a escolha da bactéria que poderia sobreviver à ambientes inóspitos e não há riscos à saúde pois esta bactéria apenas sobrevive em condições alcalinas. Este concreto é ideal para redução de custos com manutenção, devido sua auto recuperação pode ser indicado para locais com grande amplitude térmica, locais de difícil acesso, prédios que necessitam de mais fácil ou duradouras manutenções, como prédios públicos, serviços essenciais ou de muito fluxo de pessoas e que sofrem com terremotos ou outros tipos de movimentação de solo. Por conta da redução da manutenção, este produto oferece um ganho ao meio ambiente por reduzir os gastos energéticos para a produção dos componentes do concreto que seria utilizado para a reposição, assim como outros poluentes derivados dos mesmos. Visando sustentabilidade, por se tratar de um projeto que promoverá grande fluxo de pessoas, devido à sua característica de ligação entre duas ruas movimentadas, pode-se aplicar o conceito de geração de energia por energia mecânica criado pela empresa Pavegen, que capta energia através de atrito gerado pelo caminhar desenvolvido pelo britânico Laurence Kemball-Cook.
O sistema
funciona da seguinte forma: O pedestre caminha sobre o piso, que com seu peso, comprime os geradores eletromagnéticos que se localizam abaixo, que de acordo com a empresa, produzem 73
de 7 watts de energia por passo, além de registrar dados referentes aos passos, como quantidade de pessoas que passaram e energia produzida. Figura 60- esquema do conceito do produto
Fonte: pavegen.com
O piso é feito de metal, alumínio reciclado e vinil reciclado, que é resistente e não oferece riscos de escorregar, com seu modelo em formato de triângulos, capta energia em todas as extremidades, maximizando sua eficiência, porém, seu design também pode ser custumisável à necessidade o cliente, e se adequar a qualquer forma. Figura 61- Exemplo de piso V3 Pavegen
Fonte: pavegen.com
74
O modelo V3 é composto por 3 geradores eletromagnéticos e um piso triangular entre 5m e 10mm acima deles, que são ativados pelo pisar nas placas, que afundam, gerando energia mecânica que é convertida para energia consumível. O produto em 50cm em cada lado, com capacidade de gerar 5 watts contínuos derivados dos passos com voltagem de 48V, certificado pelo EMC compliant, CE Marking e UL compliant.
Figura 62- Esquema patenteado do gerador de energia
Disco conversor
Gerador Base
do
Gerador Fonte: patentescope.wipo.int, com alterações feitas pela autora
Foi testado em vários países, um deles foi em um corredor de uma escola com passagem de 100 alunos, que auxiliou para ter base em um cenário externo em locais de passagem. Houve aplicação também em locais externos, sendo um deles instalar algumas placas pela calçada próxima a uma estação de trem a St. Omer Station na França, que a energia gerada podia também alimentar aparelhos com carregamento USB. Este produto pode ser aplicado em locais com grande passagem de pessoas, como em calçadas em áreas centrais, equipamentos de transporte como estações de trem, metrô e terminais de ônibus. A energia gerada pode ser utilizada não apenas para acender as lâmpadas, como para fornecer energia para os equipamentos eletrônicos necessários para o funcionamento destes locais.
75
10. Programa de Necessidades Tabela 5- Tabela de Necessidades - Educacional
Setor
Educacional
Programa de Necessidades População Mobiliário 20 Mesas, cadeiras, armário, pia, lousa, bancadas e utensílios de cozinha
Ambiente Cozinha Experimental
Função Aprendizado de artes culinárias
Condicionantes Ambientais Pé direito mínimo de 3.00m, com área iluminante de 1/8 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
Área mínima Uma área de 7m² para cada pessoa sentada e 1m² para pessoas em pé
Sala de Informática
Aprendizado de mídias digitais
20
Mesas, cadeiras, computadores, projetor Datashow e tela de projetor
Pé direito mínimo de 3.00m, com área iluminante de 1/5 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
10m², considerando 1,50m² por pessoa
Sala Multiuso
Realização de atividades diversas
20
Cadeiras, projetor Datashow e tela de projetor
Pé direito mínimo de 3.00m, com área iluminante de 1/5 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
Mínimo 10m², mas se deve considerar uma área 1,5m² por aluno
Sala de aula
Aquisição de conhecimento em áreas diversas
20
Mesas, cadeiras, lousa, projetor Datashow, tela de projetor
Pé direito mínimo de 3.00m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior.
Mínimo 10m², mas se deve considerar uma área 1,5m² por aluno
76
Auditório
Apresentações culturais, palestras.
150
Cadeiras
Ateliê de costura
Aquisição de conhecimento prático de atividades de manufatura
20
Mesas, cadeiras, máquina costura, armário, prateleiras e lousa
Depósito
Armazenamento de insumos Prateleiras
Despensa Armazenamento de alimentos e utensílios Sanitários
Prateleiras
Necessidades fisiológicas 30% da população
Vaso sanitário, pia, cuba, papeleira e toalheiro
Pé direito mínimo de 3.00m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
Pé direito mínimo de 2.50 m Área iluminante deve ser de 1/10 da área do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área Pé direito mínimo de 2.50 m Área iluminate deve ser de 1/10 da área do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área Pé direito mínimo de 2.30m, com área iluminante de 1/8 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
Mínimo 10m², mas se deve considerar uma área 1,5m² por aluno 10m²
10m² 10m²
77
Tabela 6- Tabela de Necessidades - Área Comum
Setor Área Comum
Ambiente Praça
Biblioteca
Sanitários
Programa de Necessidades Função População Mobiliário Área para Indefinida Bancos, postes, mesas diversas finalidades como entretenimento, apresentações, passagem, socialização e descanso Leitura de 60 Prateleiras, mesas e livros cadeiras
Necessidades fisiológicas
30% da população
Vaso sanitário, pia, cuba, papeleira e toalheiro
Condicionantes Ambientais
Área mínima
Pé direito mínimo de 3.00m, com área iluminante de 1/5 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
10m², considerando 1,50m² por pessoa
Pé direito mínimo de 2.30m, com área iluminante de 1/8 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
10m²
78
Tabela 7- Tabela de Necessidades - Área Técnico Administrativa
Setor
Ambiente
Função
Área técnica administrativa
Sala de coordenação
Coordenação da unidade escolar
Programa de Necessidades População Mobiliário 01 Mesas, cadeiras e armários
Sala de diretoria
Gerir a unidade escola e suas dependências
01
Mesas, cadeiras e armários
Sala de professores
Reunir os professores
10
Mesas, cadeiras e armários
Condicionantes Ambientais Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
Área mínima
É necessário 7,0m² por usuário
É necessário 7,0m² por usuário
É necessário 7,0m² por usuário
79
Recepção
Secretaria
Atendimento ao público
02 Mesa, cadeira, impressora, computador e armário
Atendimento aos alunos, professores e pais 2
Sala de Reunião
Reuniões
15
Mesa, cadeira, impressora, computador e armário
Mesa e cadeiras.
Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
É necessario 7,0m² por usuario É necessário 7,0m² por usuário
É necessário 7,0m² por usuário
É necessário 7,0m² por usuário
80
Copa
Alimentação
10 Mesas, cadeiras, geladeira, microondas e bancada com pia
Vestiários
Área de descanso
Higiene pessoal e troca de vestimentas
10
Descanso e lazer 10
Sanitários
Necessidades fisiológicas
30% da população
Bancos, armários e chuveiros
Sofá, televisão, mesa de centro e rack
Vaso sanitário, pia, cuba, papeleira e toalheiro
Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/8 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,50m Área iluminante deve ser de 1/8 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,50 m Área iluminante de ser de natural 1/8 da área do piso e a área de ventilação deve ser metade da área iluminante Pé direito mínimo de 2.30m, com área iluminante de 1/8 do piso e área de ventilação natural, deve ser metade da área iluminante.
4,0m²
10m²
8m²
10 m²
81
Tabela 8- Tabela de Necessidades - Área de Serviços
Setor Área de Serviços
Ambiente Manutenção
Função Realizar reparos
Programa de Necessidades População Mobiliário Mesa e armários
DML
Limpeza
Tanque, máquina de lavar roupa e varal
Almoxarifado
Armazenar objetos
Prateleiras e armários
Condicionantes Ambientais Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
Área mínima
10m²
10m²
82
Vestiários
Higiene pessoal e troca de vestimentas
Bancos, armários e chuveiros
Pé direito mínimo de 2,50m Área iluminante deve ser de 1/8 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. O ambiente deve ter comunicação direta com o exterior
10m²
83
11. Agenciamento
11.1.
Setor educacional
Cozinha Experimental Sala de Reunião
Educacional
Sanitários Sala de Informática Sala de aula
Ateliê de costura Auditório
Depósito Despensa
Sala Multiuso Área Comum
Área Comum
11.2.
Praça Biblioteca Sanitários
84
11.3.
Área Administrativa
Área Administrativa
Sala de coordenação Sala de diretoria Sala de professores Recepção Secretaria Sala de Reunião Copa Vestiários
Área de descanso Sanitários
Área de Serviços
Área de Serviços
11.4.
Manutenção DML Almoxarifado Vestiários
85
12. Organograma
ร rea Comum
Administrativa
Educacional
Serviรงos
86
13. Fluxograma
RUA
PRAÇA
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
ÁREA DE EXPOSIÇÕES
RECEPÇÃO DML
PRAÇA
ALMOXARIFADO
SANITÁRIOS
SECRETARIA
CIRCULAÇÃO VERTICAL SALAS DE AULA
DIRETORIA
SANITÁRIOS
COORDENADORIA
AUDITÓRIO
DESCANSO
VESTIÁRIOS
SALA DOS PROFESSORES
LABORATÓRIOS
REUNIÃO
COPA ESTACIONAMENTO RUA
87
14. Setorização
Educacional Estacionamento Circulação
Primeiro Pavimento
Pública e arborizada
15. Estudos Preliminares
88
89
90
91
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ANEXOS
Anexo 1- Listagem de cursos ministrados no SASPE
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